3 Ano Fisica Livro4
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FÍSICA
13 Atrito e resistência do ar
Atrito FatC = µC FN
Em casos ideais, é sempre considerado que um corpo
se desloca sobre uma superfície isenta de qualquer fator A força de atrito cinético é sempre menor que a força
que oponha ao movimento do corpo. Ou seja, a superfície aplicada. Além disso, µC < µE e, consequentemente,
é livre de atrito. No entanto, por mais que uma superfície FatC < FatE .
aparente ser bem lisa e polida, sempre há irregularidades
na superfície que fazem com que um corpo pare de se • Resistência do ar
movimentar em algum momento. Quando um corpo se movimenta em um meio fluido
(líquidos ou gases), também surge uma força que se
Assim, as irregularidades de uma superfície sobre a opõe ao seu movimento. Se esse meio fluido é o ar,
qual um objeta se movimenta origina a força de atrito, a a força oposta ao movimento é a resistência do ar.
qual transforma energia cinética do corpo em outro tipo de Seja k uma constante de proporcionalidade e
energia (como a térmica, por exemplo) que é liberada ao considerando que um objeto se move com uma
meio. velocidade (v), a intensidade da resistência do ar
( Fr ) é dada por
A força de atrito ( Fat ) tem a mesma direção do Fr = kv2
movimento do corpo em que atua, mas sentido oposto
a ele. A intensidade dessa força é expressa pelo produto Basicamente, a constante k depende de três fatores:
de um coeficiente de atrito ( µ ) com a força normal ( FN ) • forma do corpo, caracterizada pela grandeza
atuante no corpo. denominada coeficiente de arrasto aerodinâmico
Fat = µFN (C).
• área da seção transversal (A) do corpo perpendicular
à direção do movimento.
O coeficiente de atrito é uma constante adimensional, • densidade do ar (d).
dependente da natureza dos materiais em contato e da
rugosidade da superfície. Portanto, a constante k pode ser dada pela expressão
FatE = µ E FN m F
• Atrito Dinâmico
Após o objeto entrar em movimento, continua Há sobre a mesa um corpo de massa m = 3 kg que
existindo uma força de atrito. Porém, a força de está sob a ação de uma força cujo módulo é 20 N e se
atrito que atua sobre ele é denominada força de desloca na direção horizontal. Considere g = 10m/s2.
atrito cinético (ou dinâmico), cuja intensidade é O coeficiente de atrito estático entre o corpo e a mesa
determinada pelo produto do coeficiente de atrito é igual a 0,5.
cinético ( µC ) com a força normal ( FN ).
578 FÍSICA A13
força de atrito
θ
2
4
1
força F
03. (Unitau) Um bloco, com dimensões desprezíveis e cuja 05. (PucCamp) Um objeto de massa 200 g foi impulsionado
massa é de 10 kg, desloca-se apoiado sobre uma sobre uma superfície horizontal com velocidade inicial de
superfície horizontal plana. A trajetória descrita pelo 15 m/s e parou após 5,0s. Segundo a física newtoniana,
bloco é retilínea, e o movimento é devido à ação de essa variação de velocidade foi provocada pela ação de
uma força constante, cuja intensidade é de 200 N, e uma força, no caso, a força de atrito entre o objeto e
a direção forma um ângulo de 60º com a superfície a superfície. Supondo que a direção da força de atrito
horizontal sobre a qual o bloco desliza. O movimento fosse paralela à superfície, a intensidade média dessa
do bloco é do tipo retilíneo uniformemente acelerado, força foi
sendo o módulo da aceleração igual a 4,5 m/s2. a) 0,90 N.
b) 0,45 N.
Considere o módulo da aceleração gravitacional c) 0,60 N.
terrestre igual a 10 m/s2, cos(60º) = 0,50 e d) 0,75 N.
sen(60º) = 0,87. e) 0,30 N.
ATRITO E RESISTÊNCIA DO AR FÍSICA A13 579
2 ⋅ g ⋅ v02 v0
a) d = e t=
senθ + µ ⋅ cos θ g ⋅ senθ + µ ⋅ cos θ
v02 v0
b) d = e t=
2 ⋅ g ⋅ ( senθ + µ ⋅ cos θ ) g ⋅ ( senθ + µ ⋅ cos θ )
A componente horizontal da força que B exerce sobre
o solo horizontal na situação descrita, tem intensidade,
2 ⋅ µ ⋅ v02 g ⋅ µ ⋅ v0
c) d= e t= em N,
g ⋅ ( senθ + cos θ ) ( senθ + cos θ ) a) 380.
b) 430.
2 ⋅ v02 µ ⋅ v0
d) d = e t= c) 500.
µ ⋅ g ⋅ ( senθ + cos θ ) g ⋅ ( senθ + cos θ ) d) 820.
e) 920.
02. (Famerp SP) Um caminhão transporta em sua carroceria 04. (UFSCar SP) Por ser o vestibular da UFSCar, a tarefa
um bloco de peso 5 000 N. Após estacionar, o motorista era de grande responsabilidade e o fiscal de prova
aciona o mecanismo que inclina a carroceria. precisava ainda levar ao fundo da sala toda uma fileira
de carteiras. Exercendo sobre a primeira carteira da fila
uma força horizontal de intensidade constante, acelera
essa carteira a 1 m/s2. Observa então que, na medida
em que uma carteira passa a empurrar a próxima, o
conjunto todo tem sua aceleração diminuída, chegando
a se tornar nula exatamente quando a fila contém seis
carteiras. Enquanto lia as instruções da prova, pairava
na mente do fiscal uma questão:
Qual deve ser a intensidade da força de atrito que
Sabendo que o ângulo máximo em relação à horizontal ocorre entre uma carteira e o piso da sala?
que a carroceria pode atingir sem que o bloco deslize Responda a questão do fiscal, considerando que:
é θ, tal que sen θ = 0,60 e cos θ = 0,80 , o coeficiente de • As carteiras são idênticas, podendo ser consideradas
atrito estático entre o bloco e a superfície da carroceria pontos materiais que se movem em linha reta.
do caminhão vale • As intensidades das forças de atrito estático máximo
a) 0,55. e de atrito dinâmico são muito próximas, podendo
b) 0,15. ser consideradas iguais.
c) 0,30. • O piso da sala é plano e horizontal.
d) 0,40. • Cada carteira tem massa 25 kg.
e) 0,75.
a) 5 N. b) 6 N.
c) 10 N. d) 15 N.
e) 30 N.
580 FÍSICA A13
Fcp = mω2 R
Logo, a força resultante (Fres) sobre esse móvel é dada Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cc/
Hometrampoline.jpg >. Acesso em 28 out. 2016.
pela soma vetorial da força tangencial e da força centrípeta.
582 FÍSICA A14
• Bloco sobre um plano inclinado sem atrito Portanto, a aceleração do bloco sobre o plano
Considere um bloco de massa m sobre um plano inclinado está relacionada tanto com a aceleração da
inclinado sem atrito, conforme a figura a seguir. O primeiro gravidade quanto com o ângulo de inclinação da rampa.
passo para a análise desse caso é fazer um diagrama de
forças que atuam sobre o bloco, adotando um sistema de • Dois blocos em contato, sobre uma superfície sem
referência xy. Por questões de simplicidade, vamos deixar atrito, submetidos a uma força F.
que o eixo x coincida com a direção tangencial e o eixo y Na figura a seguir, temos dois blocos de massas
com a direção normal do plano inclinado. diferentes e em contato, formando um sistema de corpos.
Esse sistema está submetido a uma força F e sobre uma
superfície sem atrito. O diagrama de forças foi feito em
g
m cada bloco, como é possível observar na imagem.
θ mB
mA
F
Diagrama de forças y
x Diagrama de forças
FNB
FN
PT FNA
m y
mB
θ
PT PN FAB
PN mA
F x
FBA
P
θ
P
PA PB
Na horizontal (direção x), a força resultante em cada Como os blocos se movimentam com a mesma
bloco é aceleração, o sistema de equações é
Bloco A: F xRA = F - FBA
PA -T1 = mA a
Bloco B: F xRB= FAB
T1-T2 = mBa
T -P = m a
2 C C
Eles se movem com a mesma aceleração. Assim,
montamos o seguinte sistema de equações:
Por se tratar de um fio ideal, as trações T1 e T2 são
F - FBA = mA a iguais. Logo
FAB= mB a
PA - PC = (mA + mB+ mC )a
Como as forças de reação FBA e FAB têm a mesma
intensidade, então
F = (mA + mB )a
Exercícios Propostos
• Sistema de polias 01. (IFPE) Considere dois blocos homogêneos A e B, com
Nesse caso, o mais importante é recordar que, em um massas respectivamente iguais a 7 kg e 3 kg. Eles estão
fio ideal, toda a força atuante sobre uma extremidade de um unidos por meio de um fio de massa desprezível que
fio é transmitida integralmente para a outra extremidade. No passa por uma polia ideal. As figuras 1 e 2 representam
exemplo ilustrado na figura a seguir, o bloco B está sobre duas configurações em que os blocos foram dispostos
uma superfície sem atrito e um fio ideal conecta ambos os e cujas acelerações são a1 e a2, respectivamente.
lados de B a dois outros blocos, A e C. Considerando que não há atrito na superfície da figura
2, determine a razão a1/a2. (Use a aceleração da
mB g gravidade 10 m/s2).
mC mA A
mA > mC A
B
B
Diagrama de forças
Figura 1 Figura 2
FNB
T2 T2 mB T1 T1 a) 4/3
b) 3/4
c) 4/2
mC PB mA d) 3/2
e) 1
PC PA
02. (UnB) Julgue os itens abaixo.
00. As forças de ação e reação nunca atuam sobre um
A força resultante sobre cada bloco é mesmo corpo.
01. Quando um corpo não está acelerado, podemos
Bloco A: FRA = PA -T1 concluir que não existem forças atuando no corpo.
Bloco B: FRB= T1-T2 02. Um bloco de massa m = 0,1 kg deve ter uma
Bloco C: FRC= T2 -PC velocidade mínima inicial, v = 20 m/s, para atingir
o ponto mais alto do plano inclinado. A altura h vale
20 m (g = 10 m/s2).
586 FÍSICA A15
1,00 kg
V h
m
60º θ
F (N)
10,0
7,5
30º
0 2,0 10,0 x (m)
Se os fios e as polias utilizados forem ideais, se
a) 1,0 m/s. desprezarmos o atrito entre o piano e a superfície
b) 1,5 m/s. inclinada e considerarmos g = 10 m/s2, o módulo
c) 2,0 m/s. da força vertical que o homem deverá fazer para que
d) 2,5 m/s. o piano suba pelo plano inclinado com velocidade
e) 3,0 m/s. constante deverá ser, em newtons, igual a
a) 1 250.
04. (Mackenzie SP) Em um ensaio físico, desenvolvido com b) 2 500.
o objetivo de se estudar a resistência à tração de um fio, c) 3 750.
montou-se o conjunto ilustrado abaixo. Desprezado o d) 5 000.
atrito, bem como as inércias das polias, do dinamômetro e) 750.
(D) e dos fios, considerados inextensíveis, a indicação
do dinamômetro, com o sistema em equilíbrio, é
Dados : g = 10 m/s2
sen θ = 0,6
cos θ = 0,8
SISTEMA DE CORPOS I FÍSICA A15 587
𝝰 seno
42,1 0,67
45,3 0,71
48,6 0,75
54,1 0,81
a) 42,1
b) 45,3
(Wikipedia) c) 48,6
d) 54,1
Considere que, antes do salto, o centro de massa desse
atleta estava a 1,0 m do solo; no ponto mais alto do 03. (FGV) Uma pequena bola de borracha cai, verticalmente,
salto, seu corpo estava totalmente na horizontal e ali sua da janela de um apartamento, a partir do repouso, de
velocidade era de 2 ⋅ 5 m/s; a aceleração da gravidade uma altura de 12,8 m em relação ao solo. A cada
é 10 m/s2; e não houve interferências passivas. Para colisão com o chão, sua velocidade cai para a metade.
atingir a altura recorde, ele deve ter partido do solo a O número de colisões da bola com o solo em que ela
uma velocidade inicial, em m/s, de atinge altura maior que 10 cm é igual a
a) 7,0. Desconsidere a resistência do ar.
b) 6,8. a) 5.
c) 6,6. b) 2.
d) 6,4. c) 3.
e) 6,2. d) 6.
e) 4.
Texto comum à questão 02
Para os exercícios de Física, adote os seguintes valores 04. (PUC SP) Em uma máquina de Atwood ideal, são presas
quando necessário: duas massas, tais que M1>M2. Inicialmente as massas
Módulo da aceleração da gravidade (g) = 10 m.s–2 estão em repouso e niveladas. Após o abandono
1 quilograma-força (kgf) = 10N simultâneo das massas, verifica-se que a energia total
1 cal = 4J do sistema é de 100 J, após elas terem percorrido
1 c.v. = 740W 5 m em 2 s, alcançando uma velocidade de 5,0m/s.
1 tonelada = 103 kg Sabendo que o módulo da aceleração da gravidade é
1 atm = 1.105 N.m–2 de 10 m/s2, determine, em kg, os valores de cada uma
das massas.
02. (PUC SP) Um aluno resolve colocar em prática seus
conhecimentos de Física enquanto brinca com os
colegas em um balanço de corda única de comprimento
L (figura 1). Ele deseja que, ao passar pelo ponto mais
baixo da trajetória, a tração na corda corresponda a 3/2
de seu peso. Após alguns cálculos, ele, depois de sentar-
se no balanço, pede para que um colega posicione o
balanço conforme indicado na figura 2. Considerando
desprezíveis todas as formas de atrito e que, no início do
movimento, o balanço está com a corda esticada, parte
588 FÍSICA A15
a) M1 = 6,0 e M2 = 2,0
b) M1 = 6,5 e M2 = 1,5
c) M1 = 4,5 e M2 = 3,5
d) M1 = 5,0 e M2 = 3,0
18 3
c) . d) .
17 2
5
e) .
4
A
FÍSICA
16 Sistema de corpos II
Anteriormente, alguns exemplos de sistemas de corpos foram apresentados, como dois blocos em contato em uma
superfície sem atrito, um bloco sobre um plano inclinado sem atrito e o sistema de polias. Nesse módulo, são apresentados
outros exemplos em que as Lei de Newton são aplicadas.
g
m
Diagrama de forças
FN
Fat
m PT
a θ
PT PN
PN
P
θ
P
Considerando que o atrito cinético é µC , na direção normal (direção y do sistema de referência adotado) não há
movimento. Portanto,
FN = PN ⇒ FN = P cos θ
PT − FatC = ma ⇒ Psenθ − FN µC = ma
Lembrando que, para que o bloco entre em movimento, a força de atrito estático deve ser vencida.
590 FÍSICA A16
• Móvel realizando um movimento circular em uma No problema apresentado, mA > mB e, assim, o bloco
superfície inclinada mA desce o plano inclinado, elevando o bloco mB.
g No bloco B, temos
m
T − PB = mB a ⇒ T = mB (a + g )
θ P P
Assim, desenvolvendo essa equação com as expressões
Ao realizar um movimento circular uniforme, surge que obtivemos para a tração do fio e a força normal do
uma força centrípeta voltada para o centro da trajetória bloco A, chegamos na aceleração com que o sistema se
circular. A partir do diagrama de forças e sem considerar a movimenta.
presença de atrito, temos FN A senθ − T − FN A µC = mAa
Diagrama de forças
FNA T
Diagrama de forças
mA T PT
θ Fel
PTA PNA mB
θ PN m
PB
PA P
P
SISTEMA DE CORPOS II FÍSICA A16 591
Nele, atua a sua força peso e a força restauradora da 02. (Acafe) Um professor de Física utiliza uma rampa móvel
mola, denominada de força elástica (Fel). Conforme a 2ª Lei para verificar o valor do coeficiente de atrito estático
de Newton, temos entre ela e um bloco. Foi alterando o ângulo da rampa
Fel − P = ma em relação à horizontal, até que o bloco atingiu a
eminência do movimento. Nesse exato instante, tirou
kmola x − mg = ma uma foto da montagem e acrescentou com os valores de
algumas grandezas, como mostra a figura. Chegando
kmola a sala, explicou a situação a seus alunos e pediu que
a= x−g
m determinassem o valor do coeficiente de atrito estático
entre o bloco e a rampa.
Exercícios Propostos
01. (Unifor) Uma força horizontal de 140 N é aplicada a m
dois conjuntos de corpos apoiados em uma superfície 0c kg
10 10
plana e horizontal, conforme figuras abaixo. No caso 1,
a força é aplicada em A (mA = 10 kg) e, no caso 2, em 60 cm
B (mB = 20 kg). A força de atrito cinético entre o corpo
A e a superfície é 8 N e entre o corpo B e a superfície θ
12 N. Despreze outras forças dissipativas.
140 N 80 cm
A B
a) 0,65 e 45.
b) 0,75 e 45.
Caso 1 c) 0,65 e 60.
d) 0,75 e 60.
Exercícios de Treinamento
01. (UERJ) Um caminhão-tanque, transportando gasolina,
se move no sentido indicado com aceleração a. Uma
pequena bóia b flutua na superfície do líquido como
indica a figura.
30°
B
FÍSICA
13 Prismas
A
Primeira face Segunda face
Influência de parâmetros sobre o desvio total
Índice de refração - Mantendo os ângulos de incidência
∆ e o de abertura constantes, quanto maior for o índice de
δ1 δ2 refração do prisma, maior será o desvio total da luz.
θ1 θ’1
θ2 θ’2
A Ângulo de abertura - Mantendo o ângulo de incidência
Raio incidente Raio emergente e o índice de refração do prisma constantes, quanto menor
for o ângulo de abertura, maior será o desvio total da luz.
Seja A o ângulo entre as faces do prisma, denominado • Quando o ângulo de incidência é igual ao de
por ângulo de refringência ou de abertura, temos emergência ( θ1 = θ '1 ), ocorre uma situação de desvio
mínimo. Aplicando a Lei de Snell tanto na primeira
A = θ2 + θ '2 quanto na segunda refração no prisma, temos
nar .senθ1 = nvidro .senθ2
Essa última relação foi encontrada de acordo com o nvidro .senθ '2 = nar .senθ1
Teorema do Ângulo Externo, pois, A sendo o ângulo de
externo do triângulo, ele é dado pela soma dos ângulos Comparando as duas expressões, temos que θ2 = θ '2.
internos não adjacentes. Conforme o mesmo teorema, Logo,
podemos definir o desvio total (∆) que o raio emergente A = 2θ2
apresenta em relação ao raio incidente como
∆ = 2θ1 − A
594 FÍSICA B13
(a) (b)
ar
al
rm
no
acrílico θ2
θ1
Zircone 1,92
Fonte
Rutilo 2,62 Monocromador
de luz Solução de amostra
(prisma ou espelho (em tubo de ensaio
Hugh D. Young e Roger A. Freedman et al.
grating ou grade adequado ou cuvete)
Física IV: óptica e física moderna, 2004. Adaptado.
de difração)
Entre as substâncias mostradas na tabela, o meio x pode Disponível em: <http://www.ebah.com.br>.
Acesso em: 22 abr. 2016.
ser apenas
a) zircone e rutilo. A figura representa a estrutura básica de um
b) fluorita, poliestireno, quartzo e zircone. espectrofotômetro, um instrumento que pode ser
c) fluorita e poliestireno. utilizado para determinar o nível de proteção UV que os
d) rutilo. óculos de sol oferecem.
e) fluorita, poliestireno e quartzo. Ao lançar raios UV através das lentes, um
espectrofotômetro UV mede a quantidade de raios UV
04. (Unitau/Adaptada) A figura a seguir mostra um raio que passam através delas. Se não se tem certeza sobre
de luz que incide sobre um prisma equilátero com um o par de óculos de sol, o oftalmologista pode verificar as
ângulo de incidência de 60 graus. lentes para determinar se eles podem ajudar a manter os
olhos seguros, com o auxílio de um espectrofotômetro.
596 FÍSICA B13
A análise da estrutura básica de um espectrofotômetro, d) O feixe refratado na face C, ao sair dela, forma um
com base nos conhecimentos de Física, permite afirmar ângulo de 30º com a sua normal.
que e) O feixe refratado na face C, ao sair dela, forma um
01. o colimador é constituído por uma lente que pode ângulo de 60º com a sua normal.
conjugar imagem virtual direita e menor de um
objeto real. 04. (UFRRJ) Usar g = 10 m/s2 sempre que necessário.
02. as componentes da luz branca que se propagam em O triângulo retângulo ABC mostrado na figura
um prisma óptico apresentam os índices de refração representa a seção transversal de um prisma. Um raio,
diferentes entre si porque o espectro de cada cor proveniente do ar, incide normalmente sobre o lado AB
apresenta a velocidade de propagação diferente. do triângulo, reflete-se no lado BC e emerge novamente
03. a cor aparente da solução de amostra que absorve no ar tangencialmente a AC.
todos os comprimentos de onda visíveis permanece
imutável em relação à cor original.
04. a largura mínima da fenda de passagem do seletor
de comprimentos de onda é igual à soma dos
comprimentos de ondas dos espectros visíveis.
05. a dispersão em várias cores de um feixe de luz que
atravessa o monocromador ou a rede de difração se
deve ao fenômeno ondulatório de difração.
a)
a.
b)
b.
amarelo violeta
c)
c.
verde
laranja
d) azul
d. amarelo
e) vermelho
e. violeta
FÍSICA
B 14 Dispersão e refração atmosférica
42°
Exercícios Propostos
01. (UFJF) Considere uma gotícula d’água sobre a qual
incide obliquamente um raio de luz branca, como mostra
a figura. A velocidade da luz na água cresce com o
comprimento de onda. O comprimento de onda da luz
vermelha é maior que o da luz amarela, que por sua vez é
maior que o da luz azul. Assinale abaixo o item que mais
corretamente associa as cores aos raios 1, 2 e 3.
A cor do céu
Quando a luz do sol penetra a atmosfera da Terra,
ela sofre um fenômeno denominado espalhamento de
Rayleigh. Nesse sentido, a luz é absorvida pelas partículas
que compõem a atmosfera terrestre (moléculas de água, O2,
N2, CO2, poluição) e, em seguida, é espalhada em várias
direções. O céu é azul para um observador na Terra uma 1
vez que o azul é mais espalhado que as outras cores, por 2
3
apresentar um menor comprimento de onda.
DISPERSÃO E REFRAÇÃO ATMOSFÉRICA FÍSICA B14 599
a) raio 1 vermelho; raio 2 amarelo; raio 3 azul. 04. (UEPG) Em relação à observação das cores de objetos,
b) raio 1 azul; raio 2 amarelo; raio 3 vermelho. assinale o que for correto.
c) raio 1 amarelo; raio 2 azul; raio 3 vermelho. 01. O valor do índice de refração de um prisma de vidro
d) raio 1 vermelho; raio 2 azul; raio 3 amarelo. é diferente para cada cor que compõe a luz branca.
e) todas as cores seguem a mesma trajetória. 02. Se um objeto iluminado pela luz branca parece azul,
o mesmo objeto ao ser iluminado somente com luz
02. (UFPA) O arco-íris é um fenômeno óptico que acontece verde parecerá preto.
quando a luz branca do Sol incide sobre gotas esféricas 04. As cores observadas em bolhas de sabão e manchas
de água presentes na atmosfera. A figura abaixo de óleo podem ser explicadas pelo fenômeno da
mostra as trajetórias de três raios de luz, um vermelho interferência da luz.
(com comprimento de onda λ = 700 nm), um verde 08. Se uma rosa, com pétalas vermelhas, caule e folhas
(λ = 546 nm) e um violeta (λ = 436 nm), que estão num verdes, for iluminada apenas com luz vermelha, as
plano que passa pelo centro de uma esfera (também pétalas tornam-se mais quentes que o caule e as
mostrada na figura). Antes de passar pela esfera, estes folhas.
raios fazem parte de um raio de luz branca incidente. 16. A cor do céu parece ser azul pelo fato de a atmosfera
absorver quase toda radiação solar e deixar passar
Luz branca apenas a de cor azul.
deserto, os raios originados de um objeto distante – um 04. (PUC MG) Na Terra, uma pessoa pode ver o Sol, mesmo
oásis, pó exemplo – sejam desviados, afastando-se da quando ele está abaixo da linha do horizonte, porque o
normal, podendo ocorrer o fenômeno de refração total. ar atmosférico:
É este fenômeno que se dá o nome de miragem. a) anula a luz solar.
Após a leitura desse texto e com base em seus b) reflete a luz solar.
conhecimentos, marque a alternativa correta: c) refrata a luz solar.
a) A reflexão total ocorre sempre que a luz flui de meios d) polariza a luz solar.
mais refringentes para meios menos refringentes.
b) Ondas sonoras não podem sofrer reflexão total, Texto comum à questão 05
como a luz. Para nossos olhos, o mundo é organizado em esplendor
c) quanto maior o índice de refração absoluto de um aparentemente infinito de cores, do amarelo intenso
meio, maior é a velocidade da luz nesse meio. do girassol ao cinza-escuro de uma nuvem de chuva,
d) As fibras ópticas são fabricadas de modo que a luz do azul-claro do céu de inverno ao verde sedutor de
sofra reflexão interna parcial. uma esmeralda. Por isso, a maioria das pessoas se
e) Os espelhos não são refletores de luz. impressiona com qualquer cor capaz de ser reproduzida
pela mistura de apenas três comprimentos de ondas
03. (Uniube MG) Há situações do dia a dia em que a luz luminosas. Essa propriedade da visão humana,
não consegue atravessar a superfície de separação chamada tricromacia, surge porque a retina — camada
entre dois meios, apesar de estes serem transparentes. do olho formada por células nervosas que captam a luz
Ou seja, não se vê o fenômeno de refração da luz. A e transmitem a informação visual para o cérebro — usa
esse fenômeno damos o nome de reflexão total. somente três tipos de pigmentos para a visão em cores.
Seguem abaixo algumas consequências da reflexão (JACOBS; NATHANS, 2009, p. 52).
total da luz:
- A miragem é comum quando viajamos em estradas
longas e retas. Temos a impressão de que a superfície 05. (UNEB BA) As radiações visíveis de cores vermelha, verde
do asfalto está molhada. e azul podem ser obtidas por meio de luz branca solar
- As fibras ópticas são feitas de vidro ou de plástico que incide obliquamente na fronteira de um dioptro ar-
e possuem paredes extremamente lisas. Por esse vidro.
motivo, a fibra óptica é um condutor de luz. Essa Admitindo-se que a velocidade de propagação da luz
tecnologia é amplamente utilizada na medicina e no ar é igual a 3,0.108 m/s, uma análise da dispersão
nas telecomunicações. luminosa permite afirmar:
01. Os diferentes componentes da luz branca propagam-
Sobre a reflexão total da luz, são feitas algumas se em um meio homogêneo com velocidade de
afirmações: mesmo módulo.
I. Para haver reflexão total interna da luz, é necessário 02. O comprimento de onda da luz verde, de frequência
que a luz se propague de um meio mais denso para igual a 5,6.1014Hz, que se propaga no vidro, de
um meio menos denso. índice de refração igual a 1,52, é, aproximadamente,
II. Para haver reflexão total interna da luz, é necessário igual a 0,4 µ m.
que o ângulo de incidência seja superior ao ângulo 03. O desvio da luz azul é maior do que o da luz
limite de incidência. vermelha, consequentemente a velocidade da luz
III. A reflexão interna total independe do ângulo de azul, no vidro, é maior do que a da luz vermelha.
incidência do raio de luz no interior da fibra de vidro. 04. A velocidade de propagação da luz vermelha no
IV. Quando a luz passa do ar (n = 1) para a água vidro é igual a 3,0.105km/s.
(1,33), existe um ângulo de incidência para o qual 05. O desvio da luz vermelha em relação ao feixe de
ocorre a reflexão total. luz branca que incide na fronteira ar-vidro, com o
ângulo de incidência de 45º, é igual a 15º, sendo o
É(São) correta(s) a(s) afirmação(ões) contida(s) em: índice de refração do vidro para a luz vermelha igual
a) IV, apenas a 1,51 e sen28º igual a 0,47.
b) I e II, apenas
c) II e III, apenas
d) I , III e IV, apenas
e) I, II e III, apenas
B
FÍSICA
15 Lentes delgadas
Exercícios Propostos a lupa converge os raios solares que incidem sobre ela,
01. (Uece) Um raio de luz se propaga pelo ar e incide em para um único ponto chamado foco da lente. As lentes
uma lente convergente, paralelamente ao eixo principal, esféricas podem ser utilizadas para corrigir os defeitos
saindo pela face oposta da lente. Sobre o raio de luz de visão. Também são utilizadas em vários instrumentos
após sair da lente, cuja espessura não é desprezível, é óticos, como, por exemplo, a câmara fotográfica, o
correto afirmar que microscópio, o telescópio, e muitos outros.
a) sofreu duas refrações. Disponível em: <http://www.cdcc.usp.br/exper/medio/fisica/
b) sofreu uma refração seguida por uma difração. kit5_otica_lente_espelho/exp3_lente_espelho.pdf >.
Acesso em: 23 dez. 2015, com adaptações.
c) sofreu duas difrações.
d) sofreu uma difração seguida por uma refração.
04. (UCB/Adaptada) Com respeito às lentes esféricas, julgue
02. (Puc RS) Quando um raio de luz monocromática passa a afirmativa a seguir como verdadeira (V) ou falsa (F).
obliquamente pela superfície de separação de um meio ( ) Toda lente esférica possui necessariamente as duas
para outro mais refringente, o raio aproxima-se da faces esféricas.
normal à superfície. Por essa razão, uma lente pode ser
convergente ou divergente, dependendo do índice de 05. (UFRRJ) É sabido que lentes descartáveis ou lentes
refração do meio em que se encontra. usadas nos óculos tradicionais servem para corrigir
As figuras 1 e 2 representam lentes com índice de dificuldades na formação de imagens no globo ocular e
refração n1 imersas em meios de índice de refração que desviam a trajetória inicial do feixe de luz incidente
n2, sendo N a normal à superfície curva das lentes. na direção da retina. Sendo assim, o fenômeno físico
Considerando essas informações, conclui-se que que está envolvido quando a luz atravessa as lentes é a
a) reflexão especular.
Figura 1 Figura 2
b) difração luminosa.
N
c) dispersão.
d) difusão.
N e) refração luminosa.
n1 n2
n1 n2
c)
d)
(http://pontociencia.org.br. Adaptado.)
Elementos de uma lente esférica foco. Todo raio luminoso incidente paralelo ao eixo
As lentes esféricas são caracterizadas pelos seguintes principal se refrata alinhado ao foco principal da
elementos geométricos: imagem (F’). Do mesmo modo, todo raio luminoso
• centro de curvatura C1 e C2 das faces esféricas; incidente alinhado ao foco principal do objeto (F) se
• raios de curvatura R1 e R22 das faces esféricas; refrata paralelamente ao eixo principal.
• vértices V1 e V2 da lentes; Lente convergente Lente divergente
• eixo principal da lente, em que estão contidos os
centros de curvatura e os vértices;
• espessura da lente (e) – é a espessura da parte A F O F’ A’ A F O F’ A’
central da lente.
C1 C2 R2
V1 V2
R1 A F O F’ A’ A F O F’ A’
e
Lente de borda delgada
A F O F’ A’ A F O F’ A’
Pontos e raios notáveis
Existem três pontos das lentes esféricas que apresentam
características importantes para o estudo posterior da
formação de imagens. Trata-se do centro óptico (O), foco
(F) e antiprincipal (A).
Figura A Figura B
c) Exercícios de Treinamento
F F’ F F’
01. (Unifesp SP) Considere as situações seguintes.
I. Você vê a imagem ampliada do seu rosto, conjugada
por um espelho esférico.
d) II. Um motorista vê a imagem reduzida de um carro
F F’ F F’
atrás do seu, conjugada pelo espelho retrovisor
direito.
III. Uma aluna projeta, por meio de uma lente, a
e) imagem do lustre do teto da sala de aula sobre o
F F’ F F’
tampo da sua carteira.
606 FÍSICA B16
Ondas sonoras são ondas mecânicas que produzem Foi utilizado ∆s = 2d , pois é a distância que a onda
sensações auditivas ao penetrarem os ouvidos de uma sonora percorre para ir e voltar até a pessoa. Se o intervalo
pessoa e elas são audíveis na faixa de 20 Hz a 20 000 Hz. de tempo for menor que 0,1s, a pessoa ouvirá o som refletido
Abaixo de 20 Hz, as ondas são denominadas infrassons e, como um prolongamento do som emitido. Esse fenômeno é
acima de 20 000 Hz, são os ultrassons. Por serem ondas denominado reverberação. Já quando o intervalo de tempo
mecânicas, necessitam de um meio de propagação, ou é maior que 0,1 s, ocorre o eco, ou seja, a pessoa ouve o
seja, elas não se propagam no vácuo. Além disso, a direção som refletido de forma separada do som emitido por ela.
de propagação é a mesma da vibração, sendo classificadas
como longitudinais, e são tridimensionais. O som sofre refração ao passar de um meio para outro
em que a sua velocidade é diferente. Assim como qualquer
Velocidade do som onda, a frequência do som não se altera na refração. A
As ondas sonoras são capazes de se propagar tanto nos difração do som é outra propriedade das ondas que faz
meios sólidos quanto em meios fluidos (líquidos e gasosos). com que ele seja capaz de contornar obstáculos de até
A velocidade do som é dependente do meio, sendo maior 20 m de dimensão.
nos sólidos e menor nos gases. Além disso, diferentemente
dos meios sólidos, nos meios fluidos a velocidade do som As ondas sonoras também sofrem interferência quando
também é influenciada pela temperatura – quanto maior a ocorre o encontro de dois ou mais sons originados por
temperatura, maior é a velocidade do som. várias fontes ou por reflexões em obstáculos. Um exemplo
desse fenômeno é o batimento, o qual ocorre quando
A velocidade do som no ar e a 20 °C é de as ondas sonoras apresentam frequências ligeiramente
aproximadamente 340 m/s. diferentes e sofrem interferência. Quando se ouve um som
forte, a interferência é construtiva. Quando há silêncio, a
As ondas sonoras também podem ser descritas pelas interferência é destrutiva. A frequência de batimento (fB) é
grandezas associadas às ondas, como amplitude (A), dada pela diferença entre as frequências das ondas que
comprimento de onda ( λ ), frequência (f) e velocidade de compõe o batimento.
propagação (vsom). Essa última é dada por vsom = λf
f B = f2 − f1 , f2>f1
A frequência da onda depende apenas da fonte que
a emitiu. Por outro lado, a velocidade de propagação e o Efeito Doppler
comprimento de onda dependem do meio em que a onda O efeito doppler é o fenômeno que ocorre quando o
se encontra. observador e a fonte emissora do som estão em movimento
relativo. Nesse caso, as ondas sonoras apresentarão uma
A velocidade do som também pode ser calculada frequência diferente para o observador, denominada
pela fórmula da velocidade do movimento uniforme (MU). frequência aparente (f’).
∆s
vsom =
∆t Quando o observador se aproxima da fonte, a
Nesse caso, ∆s é a distância percorrida pela onda frequência aparente é maior que a frequência real (f) do
sonora em um intervalo de tempo ∆t. Propriedades das som. Se ele estiver se afastando, a frequência aparente é
ondas sonoras menor que a frequência real do som. Se o observador está
com velocidade vo e a fonte com velocidade v f , então a
As ondas sonoras sofrem reflexão com inversão de fase frequência aparente é obtida pela seguinte expressão:
ao atingirem um obstáculo fixo. Assim, seja d a distância
entre uma pessoa que está emitindo um som e um obstáculo v ±v
f ' = f som o
fixo, o tempo que leva para ela ouvir o som refletido pelo v ±v
som f
obstáculo é
Exercícios Propostos
01. (Unitau) Nos pontos A e B da figura a seguir estão dois alto-falantes que emitem de mesma frequência e em fase. Se a
frequência for crescendo desde cerca de 30 Hz, atingirá um valor em que o observador deixa de ouvir o som. Qual é essa
frequência? (velocidade do som no ar = 340 m/s)
A B
1m
a) 70 Hz
b) 120 Hz
c) 170 Hz
d) 340 Hz
e) 510 Hz
02. (FCMMG) A percepção de ondas sonoras dos seres humanos é diferente para distintas espécies de animais. A figura abaixo
mostra faixas de frequências, em Hz, percebidas por vários animais.
elefante, toupeira
cão, gato
morcego, golfinho
Considerando que a velocidade do som no ar é de 340 m/s, o comprimento de onda comum, em metros, entre o som
percebido por um elefante, por um gato e por um homem pode ser de
a) 1 m.
b) 2 m.
c) 5 m.
d) 10 m.
03. (Unig) O som é a sensação sentida através da audição pela ação das ondas sonoras que vibram em uma frequência de
20,0 Hz a 20,0 kHz. Sendo a velocidade do som no ar igual a 340 m/s, então o menor comprimento de onda que pode
ser percebido pelo ouvido humano, em mm, é igual a
01) 9,0.
02) 11,0.
03) 13,0.
04) 15,0.
05) 17,0.
ONDAS SONORAS FÍSICA C13 609
05. (IFMT) Uma criança brincava de bola em frente a sua É correto apenas o que se afirma em
casa, quando, de repente, um carro de som em alta a) I.
velocidade veio na sua direção. A criança percebeu b) II.
que, quando o carro se aproximava, o som estava c) III.
mais agudo, e, quando se afastava, estava mais grave. d) I e III.
Esse mesmo fenômeno também é observado em e) II e III.
ondas eletromagnéticas, como a luz para analisar se
as galáxias estão se aproximando ou se afastando da 02. (Fuvest SP) Um alto-falante fixo emite um som cuja
nossa galáxia (Via Láctea). Quando as galáxias estão se freqüência F, expressa em Hz, varia em função do tempo
aproximando com uma velocidade relativamente alta, a t na forma F(t) = 1000 + 200 t. Num determinado
frequência que chega até nós é diferente da frequência momento, o alto-falante está emitindo um som com
real emitida, tendo um desvio para o azul, e, quando se uma freqüência F1 = 1080 Hz. Nesse mesmo instante,
afasta, tem um desvio para o vermelho. Esse fenômeno uma pessoa P, parada a uma distância D = 34 m do
é conhecido na Física como alto-falante, está ouvindo um som com uma frequência
a) Efeito Joule. F2, aproximadamente, igual a:
b) Efeito Corona.
c) Efeito Fotoelétrico.
d) Efeito Compton.
e) Efeito Doppler.
Exercícios de Treinamento
01. (Fuvest SP) O resultado do exame de audiometria de Velocidade do som no ar ≈ 340 m/s
uma pessoa é mostrado nas figuras abaixo. Os gráficos a) 1020 Hz
representam o nível de intensidade sonora mínima I, b) 1040 Hz
em decibéis (dB), audível por suas orelhas direita e c) 1060 Hz
esquerda, em função da frequência f do som, em kHz. A d) 1080 Hz
comparação desse resultado com o de exames anteriores e) 1100 Hz
mostrou que, com o passar dos anos, ela teve perda
auditiva. Com base nessas informações, foram feitas as 03. (Fuvest SP) Uma onda sonora plana se propaga, em uma
seguintes afirmações sobre a audição dessa pessoa: certa região do espaço, com velocidade V = 340m/s,
I. Ela ouve sons de frequência de 6 kHz e intensidade na direção e sentido do eixo y, sendo refletida por uma
de 20 dB com a orelha direita, mas não com a parede plana perpendicular à direção de propagação e
esquerda. localizada à direita da região representada no gráfico
II. Um sussurro de 15 dB e frequência de 0,25 kHz é a seguir. As curvas I e R desse gráfico representam,
ouvido por ambas as orelhas. respectivamente, para as ondas sonoras incidente
III. A diminuição de sua sensibilidade auditiva, com o e refletida, a diferença entre a pressão P e a pressão
passar do tempo, pode ser atribuída a degenerações atmosférica P0, (P – P0), em função da coordenada
dos ossos martelo, bigorna e estribo, da orelha y, no instante t = 0. As flechas indicam o sentido de
externa, onde ocorre a conversão do som em propagação dessas ondas.
impulsos elétricos.
610 FÍSICA C13
a) Determine a freqüência f da onda incidente. 05. (Fuvest SP) O som de um apito é analisado com o uso
b) Represente, com caneta, no gráfico a seguir, a curva de um medidor que, em sua tela, visualiza o padrão
de P – P0, em função de y, no instante t = 0, para apresentado na figura abaixo. O gráfico representa a
a onda sonora resultante da superposição, nesta variação da pressão que a onda sonora exerce sobre
região do espaço, das ondas incidente e refletida. o medidor, em função do tempo, em µs (1µs = 10-6 s).
(Represente ao menos um ciclo completo). Analisando a tabela de intervalos de freqüências
c) Uma pessoa caminhando lentamente ao longo da audíveis, por diferentes seres vivos, conclui-se que esse
direção y percebe, com um de seus ouvidos (o outro apito pode ser ouvido apenas por
está tapado), que em algumas posições o som tem
intensidade máxima e em outras tem intensidade Seres vivos Intervalos de frequência
nula. Determine uma posição y0 e outra ym, do cachorro 15 Hz – 45.000 Hz
ouvido, onde o som tem intensidade nula e máxima, ser humano 20 Hz – 20.000 Hz
respectivamente. Encontre, para a onda resultante,
sapo 50 Hz – 10.000 Hz
o valor da amplitude Am, de P – P0, em pascals, na
posição ym. gato 60 Hz – 65.000 Hz
morcego 1000 Hz – 120.000 Hz
vaiação de
pressão
tempo
10µs
60º
V
frentes de onda
a) 1960 Hz
b) 1980 Hz
c) 2000 Hz
d) 2020 Hz
e) 2040 Hz
C
FÍSICA
14 Cordas vibrantes
Onda estacionária L
Considere uma corda esticada a uma tensão (T) e
com as extremidades presas. Ao vibrar essa corda com 1º harmônico
uma fonte, uma onda periódica se propagará por ela, com
velocidade de propagação (v) equivalente a
2º harmônico
T
v=
µ
nó
Essa onda sofrerá reflexão com inversão de fase na antinó
extremidade fixa e, portanto, tanto a onda incidente quanto
a onda refletida se propagarão pela corda. Essas duas
ondas vão se encontrar em determinado momento e sofrer A partir desse padrão apresentado, podemos dizer que
interferência.
2L
λn =
Se a fonte vibrar a corda com certas frequências e n
de forma constante, as ondas incidente e refletida serão
idênticas, ou seja, terão frequências, amplitudes, velocidades Lembrando que v = λf , temos
e comprimentos de onda iguais. Logo, as ondas resultantes
da interferência entre a onda incidente e a refletida são nv
fn =
denominadas ondas estacionárias. As frequência com 2L
que as ondas estacionárias são geradas são chamadas de
frequências naturais da corda. Dessa forma, a frequência do primeiro harmônico é
v v 3v
A frequência fundamental é a menor frequência f1 = , do segundo é f2 = , do terceiro é f3 = etc.
natural que produz esse comportamento na corda. Portanto, 2L L 2L
ao excitar a corda com a frequência fundamental dela, vai Em um instrumento musical de corda, a vibração
ser produzida uma onda estacionária denominada primeiro da corda provoca o surgimento de uma onda sonora. A
harmônico. As outras ondas estacionárias são chamadas de frequência do som que ouvimos é igual à frequência de
harmônicos. vibração da corda.
04. (Uepa) Considere o som produzido pela corda de um 01. (PUC SP) Uma corda inextensível e homogênea, de
violão nas duas situações indicadas na figura baixo. comprimento igual a 100 cm e massa igual a 50 g,
O comprimento da corda é reduzido a 2/3 no caso 2. tem um de seus extremos conectado a uma mola ideal
Comparando a frequência f1 do som produzido no caso disposta verticalmente. O outro extremo da corda está
1 com a frequência f2 produzida no caso 2 é correto preso a um corpo metálico de massa m, suspenso
afirmar que verticalmente, conforme indicado na figura abaixo.
Caso 1
A mola é posta a oscilar verticalmente em movimento
Caso 2
harmônico simples, com uma frequência de 20 Hz.
Considerando a polia ideal, determine a massa do corpo
metálico, em unidades do SI, para que se obtenham
dois ventres na onda transversal estacionária que se
forma na corda.
a) f1 = 3 f2.
b) f1 = 2 f2.
c) f1 = 3f2/2.
d) f1 = f2. a) 4,0.
e) f1 = 2f2/3. b) 2,0.
c) 1,0.
05. (Uneb) O conhecimento e o entendimento das d) 0,5.
propriedades das ondas possibilitam o estudo de
frequências naturais de oscilação das construções 02. (Famema SP) A figura representa um instrumento musical
de engenharia, sendo muito útil para a resolução de de sopro constituído por um tubo de comprimento
problemas futuros que surjam nessas construções. L, aberto nas duas extremidades. Ao soprar esse
Considerando-se que a velocidade das ondas instrumento, estimula-se a vibração do ar, produzindo
transversais em uma corda esticada é igual a ondas estacionárias, que se propagam com velocidade
180,0 m/s e sendo o comprimento da corda igual a (v), dentro desse tubo, conforme a figura.
4,0 m, é correto afirmar que a frequência do segundo
harmônico gerado nessa corda, em Hz, é igual a
01. 30,0.
02. 35,0.
03. 40,0.
04. 45,0.
05. 50,0.
Ressonância é o fenômeno que ocorre quando um 03. (Unip) A Ponte de Tacoma, nos Estados Unidos, ao
sistema é excitado com frequência igual a uma de suas receber impulsos periódicos do vento, entrou em
frequências naturais. A consequência disso é um aumento vibração e foi totalmente destruída. O fenômeno que
exagerado da amplitude de vibração, podendo levar ao melhor explica esse fato é
colapso do sistema. a) o efeito Doppler.
b) a ressonância.
Exemplos de efeitos da ressonância incluem c) a interferência.
• o colapso da ponte próxima a Manchester em 1831. d) a difração.
Uma tropa de cavalaria estava marchando sobre e) a refração.
essa ponte com o ritmo igual à frequência natural da
estrutura. 04. (UFPA) No trabalho de restauração de um antigo piano,
• o barulho das ondas do mar ao encostar o ouvido um músico observa que se faz necessário substituir uma
em uma concha. de suas cordas. Ao efetuar a troca, fixando rigidamente
• a queda da Ponte de Tacoma nos Estados Unidos, a corda pelas duas extremidades ao piano, ele verifica
em 1940. A ponte começou a oscilar com grande que as frequências de 840 Hz, 1050 Hz e 1260 Hz
amplitude porque a frequência do vento se igualou a são três frequências de ressonâncias sucessivas dos
uma das frequências naturais da ponte. harmônicos gerados na corda. Se a velocidade de
• uma pessoa quebrando uma taça de vidro ao cantar. propagação de uma onda transversal na corda for
Ao emitir ondas sonoras com frequência equivalente 210 m/s, pode-se afirmar que o comprimento da corda,
à frequência natural da taça, esta recebe muita colocada no piano, em cm, é
energia e vibra até quebrar. a) 100.
b) 90.
c) 30.
Exercícios Propostos d) 50.
01. (Puc PR) Numa certa guitarra, o comprimento das e) 30.
cordas (entre suas extremidades fixas) é de 0,6 m. Ao ser
dedilhada, uma das cordas emite um som de frequência 05. (UFSCar) Com o carro parado no congestionamento
fundamental igual a 220 Hz. sobre o centro de um viaduto, um motorista pôde
Marque a proposição verdadeira. constatar que a estrutura deste estava oscilando intensa
a) Se somente a tensão aplicada na corda for alterada, e uniformemente. Curioso, pôs-se a contar o número
a frequência fundamental não se altera. de oscilações que estavam ocorrendo. Conseguiu
b) A distância entre dois nós consecutivos é igual ao contar 75 sobes e desces da estrutura no tempo de
comprimento de onda. meio minuto, quando teve que abandonar a contagem
c) O comprimento de onda do primeiro harmônico é devido ao reinício lento do fluxo de carros. Mesmo
de 0,6 m. em movimento, observou que conforme percorria
d) A velocidade das ondas transversais na corda é de lentamente a outra metade a ser transposta do viaduto,
264 m/s. a amplitude das oscilações que havia inicialmente
e) As ondas que se formam na corda não são ondas percebido gradativamente diminuía, embora mantida a
estacionárias. mesma relação com o tempo, até finalmente cessar na
chegada em solo firme. Levando em conta essa medição,
02. (UFMG) Para que um corpo vibre em ressonância com pode-se concluir que a próxima forma estacionária de
um outro é preciso que oscilação desse viaduto deve ocorrer para a frequência,
a) seja feito do mesmo material que o outro. em Hz, de
b) vibre com a maior amplitude possível. a) 15.
c) tenha uma frequência natural igual a uma das b) 9.
frequências naturais do outro. c) 7,5.
d) vibre com a maior frequência possível. d) 5.
e) vibre com a menor frequência. e) 2,5.
RESSONÂNCIA FÍSICA C15 615
Exercícios de Treinamento
01. (UFPR) Foram geradas duas ondas sonoras em um
determinado ambiente, com frequências f1 e f2. Sabe-se
que a frequência f2 era de 88 Hz. Percebeu-se que essas
duas ondas estavam interferindo entre si, provocando
o fenômeno acústico denominado “batimento”, cuja a) 10 m. b) 15 m.
frequência era de 4 Hz. Com o uso de instrumentos c) 20 m. d) 30 m.
adequados, verificou-se que o comprimento de onda e) 45 m.
para a frequência f2 era maior que o comprimento de
onda para a frequência f1. Com base nessas informações, 04. (UFSCar SP) No passado, quando os motoristas
assinale a alternativa que apresenta a frequência f1. adentravam em um túnel, começavam a buzinar
a) 22 Hz. em tom de brincadeira, pelo simples prazer de ouvir
b) 46 Hz. ecoar o grande ruído produzido. Mais recentemente,
c) 84 Hz. engenheiros constataram que tais sons produzem ondas
d) 92 Hz. estacionárias que podem afetar a estrutura dessas
e) 352 Hz. construções.
λ
L =1
4
2º harmônico
1º harmônico
(som fundamental) λ
L =3
2
λ
L =3
4
3º harmônico
3º harmônico
TUBOS SONOROS FÍSICA C16 617
igual a 34 cm e que, ao auscultar um paciente, houve b) O conjunto P de cargas que traciona o fio tem
a formação, no interior desse tubo, de uma onda massa m = 180 g. Sabe-se que a densidade linear
estacionária longitudinal de segundo harmônico e que do fio é µ = 5, 0 x 10-4 kg/m . Determine a freqüência
se propagava com uma velocidade de 340 m/s, qual a de oscilação da fonte.
frequência dessa onda, em hertz?
a) 250. Dados: velocidade de propagação de uma onda numa
b) 500.
F
c) 1 000. corda: v = ; g = 10 m/s2
µ
d) 2 000.
Mesmo em movimento, observou que conforme Considerando a situação descrita, assinale a(s)
percorria lentamente a outra metade a ser transposta proposição(ões) correta(s):
do viaduto, a amplitude das oscilações que havia 01. Quando os pulsos se encontrarem, haverá
inicialmente percebido gradativamente diminuía, interferência de um sobre o outro e não mais haverá
embora mantida a mesma relação com o tempo, até propagação dos mesmos.
finalmente cessar na chegada em solo firme. Levando 02. Decorridos 2,0 segundos, haverá sobreposição dos
em conta essa medição, pode-se concluir que a próxima pulsos e a amplitude será máxima nesse instante e
forma estacionária de oscilação desse viaduto deve igual a 2,0 cm.
ocorrer para a frequência, em Hz, de: 04. Decorridos 2,0 segundos, haverá sobreposição dos
a) 15,0. pulsos e a amplitude será nula nesse instante.
b) 9,0. 08. Decorridos 8,0 segundos, os pulsos continuarão
c) 7,5. com a mesma velocidade e forma de onda,
d) 5,0. independentemente um do outro.
e) 2,5. 16. Inicialmente as amplitudes dos pulsos são idênticas e
iguais a 2,0 cm.
02. (Unifesp SP) A figura representa uma configuração de
ondas estacionárias produzida num laboratório didático 04. (UFRJ) A figura 1 retrata, em um dado instante, uma
com uma fonte oscilante. corda na qual se propagam, em sentidos opostos, dois
pulsos transversais de mesma forma, um invertido em
relação ao outro.
N
DBN
H2O N N
+
N+ N+
H
OH
O O-
1 O O-
2
Determine a fórmula molecular da DBN. Com base Um experimento nesse procedimento forneceu os
nas informações fornecidas pelo esquema da reação, e seguintes resultados:
dado R = 0,082 L ⋅ atm ⋅ K–1 ⋅ mol–1, calcule o volume massa de vapor = 1,0 g; volume do bulbo = 410 cm3;
de CO2, em litros, que pode ser capturado na reação pressão = 1 atm e temperatura = 90 ºC.
de 1 mol de DBN à temperatura de –23 ºC e pressão Considere R = 0,082 atm.L.mol–1.K–1.
de 1 atm. Calcule a massa molar da substância.
FÍSICA
D 14 Transformações gasosas
Transformação isobárica
Transformação isotérmica
Um gás sofre uma transformação isotérmica quando V
a temperatura do gás permanece constante, enquanto
a pressão é variada de forma inversamente proporcional
ao volume por ele ocupado. Utilizando a Lei geral dos
gases perfeitos, temos que a relação válida para uma
transformação isotérmica é
V1
1 1 = PV
PV 2 2
V2
A representação gráfica dessa transformação gasosa
é um gráfico p x V, em que os valores de pressão estão
no eixo das ordenadas e os de volume estão no eixo das
abcissas. A curva da transformação isotérmica é uma T1 T2 T (K)
hipérbole equilátera, denominada isoterma, e quanto mais
alta for a temperatura do gás, mais afastada ela estará dos
eixos. Transformação isocórica
Transformação isotérmica Em uma transformação isocórica, o volume do gás
permanece constante e a pressão varia proporcionalmente
P
à temperatura:
P1 P2
=
T1 T2
V1 V2 V
Transformação isobárica
Essa transformação gasosa ocorre a pressão constante P1
e, portanto, pela Lei geral dos gases perfeitos, volume e
temperatura variam de forma proporcional entre si. P2
V1 V2
=
T1 T2
T1 T2 T (K)
O gás sofre uma expansão adiabática quando o o gás da garrafa ocuparia se estivesse sob pressão de
volume do gás aumenta e a pressão e a temperatura uma atmosfera à temperatura ambiente. Considere uma
diminuem. O gás passa por uma compressão adiabática garrafa contendo 25 litros de oxigênio gasoso a 40 atm
quando seu volume diminui e a pressão e a temperatura de pressão em equilíbrio térmico com o meio ambiente.
aumentam. No gráfico, observa-se que a curva da Considerando o gás como ideal, o volume disponível
transformação adiabática ocorre entre duas isotermas. para respiração, em litros, é
Transformação adiabática a) 1 000. b) 00.
c) 250. d) 40.
P e) 200.
05. (UFG)
P1
p (N/m2)
B C
(a)
T1 D
T1
P2 A V (cm3)
T2
V1 V2 V V (cm3)
(b)
Exercícios Propostos
01. (Ufla) Certa quantidade de um gás ideal está contida
em um recipiente de paredes rígidas e volume V, T (°C)
inicialmente, à temperatura T1 = 400 K e exercendo
uma pressão P1 = 1,0.106 N/m2. Utiliza-se parte p (N/m2)
desse gás, de forma que a pressão baixe para
A B
P2 = 6,0.105 N/m2 e a temperatura para T2 = 300 K.
Pode-se afirmar que a quantidade de gás utilizada foi de (c)
a) 25%. b) 20%.
c) 80%. d) 40%.
V1 V2 V (cm3)
02. (Fatec) Um gás ideal exerce pressão de 2 atm a 27 °C. O
gás sofre uma transformação isobárica na qual seu volume p (N/m2)
sofre um aumento de 20%. Supondo não haver alteração
na massa do gás, sua temperatura passou a ser, em °C, A
a) 32. b) 54. (d)
c) 87. d) 100. B
T1
e) 120.
V1 V2 V (cm3)
03. (UEG) Um gás é aquecido a volume constante. A pressão
exercida pelo gás sobre as paredes aumenta porque Os gráficos acima mostram transformações a que foi
a) as massas das moléculas aumentam. submetido um gás ideal. Analisando estes gráficos, é
b) as moléculas passam a se chocar com maior correto afirmar-se que
frequência nas paredes, exercendo maior força 01. no gráfico (a), observam-se três transformações:
sobre elas. uma isovolumétrica de A para B, uma isobárica de B
c) a distância média entre as moléculas aumenta. para C e uma isotérmica de C para D.
d) os tempos de contato das moléculas com as paredes 02. o gráfico (b) representa uma transformação isobárica.
aumentam. 04. a área hachurada, no gráfico (c), representa o
trabalho realizado pelo gás, para ir do estado A para
04. (ESCS) Em hospitais, é comum armazenar oxigênio, o estado B.
em garrafas rígidas, para fornecer a pacientes com 08. se o gráfico (d) representar uma transformação
problemas respiratórios. Em uma garrafa, chamamos isotérmica, a área hachurada representará o calor
volume disponível para a respiração ao volume que recebido pelo gás, na transformação de A para B.
624 FÍSICA D14
c) A densidade do gás aumenta, e a energia cinética 02. (Famerp SP) Um extintor caseiro foi produzido utilizando-
das moléculas diminui. se vinagre e bicarbonato de sódio, conforme a figura:
d) A densidade do gás permanece constante, e a
energia cinética das moléculas permanece constante.
e) A densidade do gás permanece constante, e a
energia cinética das moléculas aumenta.
N pode ser reescrito como o produto do número de mols 03. (Univag) Certo produto utilizado como desentupidor
pelo número de Avogadro A (A = 6,02.10²³ moléculas/mol): de pias e ralos contém em sua composição alumínio
e hidróxido de sódio sólidos. Entrando em contato
3 R 3R com a água, esses componentes reagem produzindo
EC média = n T ⇒ EC média = T
2 nA 2A hidrogênio gasoso, de acordo com a equação:
2Al (s) + 2NaOH (s) + 6H2O (l) →
→ 2NaAl (OH)4 (aq) + 3H2 (g)
ENERGIA INTERNA DE UM GÁS FÍSICA D16 629
Sabendo que a constante universal dos gases (R) é 05. (ITA) Temos um frasco contendo um gás à temperatura
igual a 0,082 atm ⋅ L ⋅ K–1 ⋅ mol–1, é correto afirmar de 127 °C. Querendo expulsar do frasco 1/3 do número
que a reação completa de 5,4 g de alumínio produz de moléculas desse gás, devemos aquecê-lo a
um volume de hidrogênio, medido a 300 K e 0,8 atm, a) 42,5 °C.
próximo a a) 377 K.
a) 12 L. a) 447 °C.
b) 6 L. a) 42,5 K.600 K.
c) 3 L.
d) 9 L.
e) 15 L. Exercícios de Treinamento
01. (UniCesumar PR) Um gás perfeito, submetido a uma
Texto comum à questão 04 pressão de 35 N/m2, apresenta um volume inicial de 10 m3.
Novas tecnologias de embalagens visam a aumentar Em uma transformação isobárica, esse gás sofreu uma
o prazo de validade dos alimentos, reduzindo sua variação em sua energia interna de 750 J após receber
deterioração e mantendo a qualidade do produto 2500 J de energia térmica de uma fonte de calor.
comercializado. Essas embalagens podem ser Encerrada a transformação, podemos afirmar que o
classificadas em Embalagens de Atmosfera Modificada volume final do gás, em m3, passou a ser de:
Tradicionais (MAP) e Embalagens de Atmosfera
Modificada em Equilíbrio (EMAP). As MAP são
embalagens fechadas que podem utilizar em seu interior
tanto gases como He, Ne, Ar e Kr, quanto composições
de CO2 e O2 em proporções adequadas. As EMAP
também podem utilizar uma atmosfera modificada
formada por CO2 e O2 e apresentam microperfurações
na sua superfície, conforme ilustrado abaixo.
a) 80 b) 60
c) 50 d) 40
e) 10
Adaptado de exclusive.multibriefs.com.
03. (UFAL) Uma dada massa de gás perfeito sofre uma Texto comum à questão 05
transformação termodinâmica passando do estado A Quando necessário, use aceleração da gravidade:
para outro B, como representa o diagrama p x V abaixo. g = 10 m/s2
1 3
sen30º = ; cos 30º =
2 2
i Ponte de Wheatstone
R A ponte de Wheatstone é uma montagem com quatro
resistores com a função de determinar o valor da resistência
de um resistor na prática.
V
Com base na figura a seguir, temos um circuito
Como ele apresenta uma resistência interna, é com quatro resistores e um galvanômetro (simbolizado
possível que ao conectá-lo ao circuito, o voltímetro por G) conectados à mesma fonte de tensão. Para medir,
sofra modificações e, assim, a tensão medida não por exemplo, a resistência R3, as resistências R1 e R4 são
seja de fato a original. A fim de que isso não ocorra, conhecidas e a resistência R2 é variável.
a sua resistência interna deve ser muito alta, quando
comparada às resistências do circuito. Um voltímetro C
que apresenta hipoteticamente uma resistência i i
interna infinita é denominado voltímetro ideal. R1 R2
Assim, ele não modifica o valor da tensão original
do circuito, apontando o valor com precisão.
A B
G
• Amperímetro
Para medir a intensidade de corrente elétrica, utiliza-
se um aparelho chamado amperímetro. Ao contrário R4 R3
do voltímetro, ele é conectado em série no trecho do
i’ i’
circuito que se deseja conhecer o valor da corrente D
elétrica que transcorre por ali.
U
632 FÍSICA E13
Inicialmente, varia-se a resistência R2 até que a corrente 02. (Unimontes) No circuito abaixo, temos uma bateria e
que passa pelo galvanômetro seja nula e, assim, VC = VD . um amperímetro ideais, mas o voltímetro, conectado aos
Dessa forma, a diferença de potencial entre AC e AD serão vértices X e Y do circuito, tem uma resistência interna de
iguais, o que nos leva a seguinte expressão 600 Ω . As leituras do amperímetro e do voltímetro são,
respectivamente,
U AC = R1i
⇒ R1i = R4i '
50 !
U AD = R4i ' X
Portanto, temos que R1i = R4i ' e R2i = R3i ' . Trabalhando a) i = 500 mA, V = 60 V.
essas duas expressões, chegamos à seguinte fórmula: b) i = 300 mA, V = 120 V.
c) i = 400 mA, V = 80 V.
R1 R3 = R2 R4 d) i = 600 mA, V = 70 V.
Isso significa que o produto das resistências de ramos 03. (UFMG) A resistência elétrica de um dispositivo é definida
opostos é equivalente em uma ponte de Wheatstone como a razão entre a diferença de potencial e a corrente
equilibrada. elétrica nele.
Para medir a resistência elétrica R de um resistor, Rafael
conectou a esse dispositivo, de duas maneiras diferentes,
Exercícios Propostos um voltímetro, um amperímetro e uma bateria, como
01. (Fatec) O diagrama representa um circuito simples representado nestas figuras:
constituído por um resistor de resistência variável
(reostato), uma bateria, um amperímetro e um voltímetro,
devidamente acoplados ao circuito. Se a resistência do R R
resistor variar de 500 Ω para 5 000 Ω , a leitura da
A I II
Exercícios de Treinamento
B
01. (FEI SP) No trecho do circuito dado abaixo, os valores em
R1 R2 miliampère das correntes i3, i4, i5 são, respectivamente:
C
A
A C 0m i4
G 20
i 1= 12
30Ω 0Ω
A i3 B
R3 R4
60Ω
60
Ω
i2 =
D 10 i5
0m
A
D
a) 0, 200, 100
E
b) 100, 100, 200
c) –100, 300, 0
Analise as afirmações, considerando que a ponte de d) 200, 0, 300
Wheatstone esquematizada esteja em equilíbrio. e) –200, 400, –100
I. Os valores dos resistores R1, R2, R3 e R4 guardam a
proporção dada pela expressão: R1 × R2 = R3 × R4. 02. (FEI SP) No circuito esquematizado, a chave CH
II. Mesmo que o gerador seja substituído por outro de comanda o ramo AB através do resistor de 100kΩ:
força eletromotriz diferente, o galvanômetro indicará
100κΩ A 100κΩ
o valor zero.
III. Os pontos B e D são equipotenciais, assim como o
são os pontos A e C.
300V 100κΩ
É correto o contido em
CH 300V
a) II, apenas.
B
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas. A chave CH está aberta; a ddp entre A e B vale:
e) I, II e III. a) 0
b) 100V
05. (FMJ) Analise o circuito. c) 150V
d) 300V
e) n.d.a.
L1
L3 V3
V0 V1 03. (FEI SP) No circuito esquematizado, a chave CH
V2 L2 V3 comanda o ramo AB através do resistor de 100kΩ:
L4 V4 100κΩ A 100κΩ
300V 100κΩ
CH 300V
B
R 2R
2R R
A
R/2 E
0 ! i
r
ε
Nesse caso, o valor de corrente é conhecido como
r 0 i
corrente de curto-circuito.
O rendimento (η’) do receptor é
O rendimento (η) de um gerador é dado por Potc '
η' =
Potc Potr
η=
Pot g ε 'i ε'
η' = ⇒ η =
Ui U
636 FÍSICA E14
R3 (I) R4 I (A)
0 2,0 5,0
Exercícios de Treinamento
Texto comum à questão 01
a) Calcule o valor da intensidade da corrente que Esta prova aborda fenômenos físicos em situações do
percorre o circuito. cotidiano, em experimentos científicos e em avanços
b) Nas condições dadas, qual o rendimento obtido pelo tecnológicos da humanidade. Em algumas questões,
gerador e pelo receptor? como as que tratam de Física Moderna, as fórmulas
necessárias para a resolução da questão foram
03. (Mackenzie SP) A tensão nos terminais de um receptor fornecidas no enunciado. Quando necessário use
varia com a corrente, conforme o gráfico a seguir. g = 10 m/s2 para a aceleração da gravidade na
superfície da Terra e π = 3.
GERADORES E RECEPTORES FÍSICA E14 637
01. (Unicamp SP) Telas de visualização sensíveis ao toque são A resistência interna desse gerador é igual a
muito práticas e cada vez mais utilizadas em aparelhos a) 0,40 Ω .
celulares, computadores e caixas eletrônicos. Uma b) 0,20 Ω .
tecnologia frequentemente usada é a das telas resistivas, c) 0,10 Ω .
em que duas camadas condutoras transparentes são d) 0,30 Ω .
separadas por pontos isolantes que impedem o contato e) 0,50 Ω .
elétrico.
03. (Fuvest SP) Uma bateria possui força eletromotriz ε e
resistência interna R0. Para determinar essa resistência,
um voltímetro foi ligado aos dois pólos da bateria,
obtendo-se V0 = ε (situação I). Em seguida, os terminais
da bateria foram conectados a uma lâmpada. Nessas
condições, a lâmpada tem resistência R = 4 Ω e o
voltímetro indica VA (situação II), de tal forma que
V0/VA = 1,2. Dessa experiência, conclui-se que o valor
de R0 é
a) O contato elétrico entre as camadas é estabelecido
quando o dedo exerce uma força F sobre a tela,
conforme mostra a figura ao lado. A área de contato
da ponta de um dedo é igual a A = 0,25 cm2.
Baseado na sua experiência cotidiana, estime o
módulo da força exercida por um dedo em uma tela
ou teclado convencional, e em seguida calcule a
pressão exercida pelo dedo. Caso julgue necessário,
use o peso de objetos conhecidos como guia para a
sua estimativa.
b) O circuito simplificado da figura no espaço de
resposta ilustra como é feita a detecção da posição
do toque em telas resistivas. Uma bateria fornece
uma diferença de potencial U = 6 V ao circuito de
resistores idênticos de R = 2 kΩ. Se o contato elétrico a) 0,8 Ω
for estabelecido apenas na posição representada b) 0,6 Ω
pela chave A, calcule a diferença de potencial entre c) 0,4 Ω
C e D do circuito. d) 0,2 Ω
e) 0,1 Ω
L L2 0,1
V
1 5 10 i(A)
638 FÍSICA E14
–
há circuitos elétricos mais complexos que não podem ser R4 R3 !1
i2
+
reduzidos a circuitos simples. Para ainda assim fazer essa
análise, são empregadas as Leis de Kirchhoff.
F E R2 D
Nó e malha
Em um circuito, define-se nó como um ponto onde Pela 1ª Lei de Kirchhoff, temos que ao nó B, por
os condutores estão ligados. A malha é qualquer caminho exemplo, chegam as correntes i1 e i2 e a corrente i3 o deixa.
condutor fechado. Logo,
i3 = i1 + i2
1ª Lei de Kirchhoff
Também conhecida como a Lei dos Nós, essa lei
estabelece que a soma das correntes que chegam até um Em seguida, é definido um sentido arbitrário para
nó é igual à soma das correntes que o deixam. seguir as malhas e aplicar a 2ª Lei de Kirchhoff. Nesse caso,
vamos determinar o sentido anti-horário para a malha
2ª Lei de Kirchhoff ABEF e horário para a malha BCDE.
A 2ª Lei de Kirchhoff indica que quando uma malha
!2 R1
é percorrida, a soma algébrica das forças eletromotrizes e
A + – B C
das diferenças de potencial presentes nela é nula. Essa é a
Lei das Malhas. i3
i1
–
R4 R3 !1
Exemplo i2 Sentido da
+
Considere o circuito ilustrado na figura a seguir. Sentido da malha ABCDE
Suponha que os valores de resistência e de força eletromotriz malha ABEF
são conhecidos e que se deseja saber o valor das correntes F E R2 D
que circula pelo circuito.
Para a malha ABEF, a 2ª Lei de Kirchoff diz que
R1 ε2 + U BE + U AF = 0 . Logo,
A + – B C
−ε2 − R4i1 + R3i2 = 0
–
R4 R3 !1
Com respeito ao sinal, ε2 é negativo pois, ao
+
Antes de aplicar a lei dos nós, é definido um sentido Aplicando a 2ª Lei de Kirchhoff na malha BCDE, temos
arbitrário para as correntes que percorrem as malhas. ε1 + U DE + U EB + U BC = 0 . Seguindo o mesmo procedimento
Portanto, vamos supor que i1, i2 e i3 circulam da maneira que foi feito para a malha ABEF, chegamos à seguinte
como está representada na figura a seguir. expressão:
Agora, há um sistema de três equações e três 03. (Uniube) Os resistores são peças utilizadas em circuitos
incógnitas. Ao resolvê-lo, as intensidades das correntes i1, elétricos que têm como principal função converter
i2 e i3 são determinadas. energia elétrica em energia térmica.
Alguns exemplos de resistores utilizados no nosso
i3 = i1 + i2
cotidiano são: o filamento de uma lâmpada
−ε2 − R4i1 + R3i2 = 0 incandescente, o aquecedor de um chuveiro elétrico,
−ε + R i + R i + R i = 0
1 23 32 13 os filamentos que são aquecidos em uma estufa de
salgados, entre outros.
Com respeito ao sinal das correntes, se o resultado Os resistores podem ser associados em série, em
para uma corrente for um valor negativo, isso significa que paralelo ou de maneira mista.
o sentido dela é oposto ao que foi definido arbitrariamente Dada a associação a seguir, calcule a resistência
para aplicar as Leis de Kirchhoff. Se for positivo, o sentido equivalente entre A e B.
adotado é o que ela segue no circuito.
0,500 ! 1,00 !
A
Exercícios Propostos
01. (Unesp) Em um trecho de uma instalação elétrica, três 2,50 ! 3,00 !
resistores ôhmicos idênticos e de resistência 80 Ω cada
um são ligados como representado na figura. Por uma B
questão de segurança, a maior potência que cada um 1,00 ! 6,00 !
deles pode dissipar, separadamente, é de 20 W.
A resposta correta é
80 !
a) 3,5 Ω . b) 5 Ω .
80 ! c) 7,5 Ω . d) 9 Ω .
e) 15 Ω .
80 !
04. (IBMEC RJ) A figura abaixo representa a ligação de um
conjunto de lâmpadas coloridas, comumente utilizadas
para a decoração de árvores de Natal.
A B 3 4 5
+ R1 R2
100 V 10 A 20 A V
−
a) 0,375 V e 2,50 A
b) 0,750 V e 1,00 A
c) 0,375 V e 1,25 A
d) 0,750 V e 1,25 A
e) 0,750 V e 2,50 A
E
FÍSICA
16 Capacitores
C1 C2 C3 Ceq
Essa grandeza depende não somente da forma e da
dimensão do capacitor, mas também do dielétrico existente
entre as suas armaduras.
Associação de capacitores em paralelo 02. (Unifor) O flash de uma máquina fotográfica é um dos
Se os capacitores estão em paralelo, o gerador tem principais aliados de qualquer fotógrafo. Ele consiste
acesso a todos eles. Assim, o processo de carga ocorre em uma fonte de luz pontual ou, mais concretamente,
simultaneamente para todos, em que elétrons de uma um dispositivo auxiliar que emite, pontualmente, uma
placa são retirados e levados para outra. Nesse caso, as quantidade de luz sobre uma cena de modo a melhor a
diferenças de potencial dos capacitores são iguais entre si iluminar.
e à diferença de potencial estabelecida entre os terminais Um capacitor pode descarregar toda sua carga em
do gerador. uma pequena fração de segundo. É por isso que o flash
eletrônico em uma câmera utiliza um capacitor. A pilha
C3 carrega o capacitor do flash durante vários segundos, e
Ceq
então o capacitor descarrega toda a carga no bulbo do
C2 flash quase que instantaneamente.
A energia utilizada em um flash de uma máquina
fotográfica é armazenada em um capacitor que consiste
C1
em dois condutores separados por uma pequena
distância e que possuem cargas contrárias.
+ −
Caso a quantidade de carga nos condutores seja
!
+ − reduzida pela metade, o que acontece com o valor da
! energia armazenada nesse capacitor?
a) O valor da energia é mantido.
A carga total nessa associação é soma da carga de b) O valor da energia é dividido por dois.
cada capacitor. Portanto, c) O valor da energia é multiplicado por dois.
d) O valor da energia é dividido por quatro.
Q = Q1 + Q2 + Q3 e) O valor da energia é multiplicado por quatro.
CeqU = C1U + C2U + C3U
03. (Unifor) O capacitor, também chamado de condensador,
Ceq = C1 + C2 + C3 é um dispositivo de circuito elétrico que tem como função
armazenar energia eletrostática, ou energia elétrica.
Ele é constituído de duas peças condutoras que são
as placas ou armaduras. Entre essas placas, existe um
Exercícios Propostos material isolante que é também chamado de dielétrico.
01. (Unitau) Dois capacitores idênticos, de capacitância Considere a figura com três capacitores de capacitância
igual a 2 µF , estão ligados em série, conforme a figura C1, C2 e C3 sujeitos a uma tensão U e carregados com
abaixo. as cargas Q1, Q2 e Q3, respectivamente. Analisando este
circuito, podemos afirmar que
C1
2 µF +
Q1
2 µF C2
+
A B
+ Q2
−
+ C3
Q3
100 V
U
Sobre esses capacitores, é correto afirmar:
a) as cargas, em cada um dos dois capacitores, são a) as cargas acumuladas em cada um dos três
iguais a 10–4C. capacitores são Q1 = Q2 = Q3
b) as cargas são diferentes nos dois capacitores. b) a carga total dos três capacitores obedece a relação
c) as diferenças de potencial entre as placas dos Qt = (C1+C2+C3) ÷ U
capacitores são iguais a 100 V em cada um. c) as tensões aplicadas a cada capacitor obedecem a
d) as diferenças de potencial entre as placas dos dois relação U = U1 + U2 + U3
capacitores são diferentes. d) as tensões aplicadas a cada um dos três capacitores
e) as tensões nas placas dos dois capacitores são são U1 = U2 = U3
iguais, apesar de as cargas serem diferentes. e) as correntes que passam por cada um dos três
capacitores são i1 = i2 = i3
CAPACITORES FÍSICA E16 645
04. (UFPR) No circuito esquematizado abaixo, deseja-se que máxima igual a 170 V, estarão com carga plena após
o capacitor armazene uma energia elétrica de 125 µJ. um certo intervalo de tempo t.
As fontes de força eletromotriz são consideradas ideais Considerando t, determine:
e de valores ε1 = 10 V e ε2 = 5 V. Assinale a alternativa a) a carga elétrica total acumulada;
correta para a capacitância C do capacitor utilizado. b) a energia potencial elétrica total armazenada.
05. (Uece) Uma das propriedades do capacitor é armazenar 03. (UFG GO) Um desfibrilador é um dispositivo capacitivo
energia. Essa característica é a base de um desfibrilador, que, tipicamente, tem uma ddp de 6000 V e armazena
aparelho usado para conter a fibrilação de um coração uma energia de 180 J, fornecendo um pulso de corrente
vitimado por um ataque. Considere um desfibrilador da ordem de 5 ms. Para atingir seus objetivos em geral
com um capacitor de 64 µF completamente carregado, são necessários vários pulsos de descarga. Conforme
com uma tensão de 5 kV entre suas placas. Suponha o exposto, a função biológica desse dispositivo, sua
que em cada aplicação do aparelho seja usada 25% da capacitância em µF e a corrente média que flui durante
energia total acumulada. Assim, a energia, em Joules, o pulso, em ampère, são respectivamente:
utilizada em uma dessas aplicações é a) restabelecer os discos intercalares, 10 e 12.
a) 200. b) restabelecer os discos intercalares, 0,10 e 12.
b) 320. c) restabelecer as interdigitações, 0,10 e 0,12.
c) 640. d) restabelecer a atividade do nó sinoatrial, 0,10 e
d) 800. 0,12.
e) restabelecer a atividade do nó sinoatrial, 10 e 12.
Exercícios de Treinamento 04. (UFG GO) O sistema composto de duas placas metálicas
Texto comum à questão 01 circulares, móveis e de diâmetro 20 cm, formam um
Para seus cálculos, sempre que necessário, utilize os capacitor, conforme ilustrado na figura a seguir.
seguintes dados:
05. (UFG GO) Em dias secos, algumas pessoas podem mercantilista para o capitalismo industrial, que tem como
perceber descargas elétricas quando se aproximam marco cronológico a Primeira
de superfícies metálicas. Numa condição específica, o Revolução Industrial na Inglaterra.
corpo humano pode ficar eletrizado estaticamente com Na segunda fase, a partir de meados do século XIX, ocorre a
uma diferença de potencial de 30 kV. Neste caso, a pele aceleração da industrialização, processo conhecido como
humana funciona como as placas de um capacitor de Segunda Revolução Industrial. Os desenvolvimentos
300 pF, e o estrato córneo (a camada mais externa da tecnológicos, como o motor à explosão e a eletricidade em
pele) funciona como o dielétrico, podendo armazenar particular, contribuíram para a intensificação da urbanização e
energia elétrica. Considerando-se o exposto: o contato cada vez maior com os novos aparatos tecnológicos.
a) Calcule a energia eletrostática armazenada pelo Por fim, uma terceira fase ganharia corpo no século XX,
corpo e a respectiva carga elétrica. com a amplificação acelerada das ramificações desse processo,
b) Ao aproximar um dedo a 1,0 cm de uma superfície exemplificada pela informática e pela biotecnologia.
metálica, forma-se um arco voltaico visível de
100
200 µm de diâmetro que descarrega totalmente o b) 1. ∴ aT = m / s2 ou aT ≈ 9, 6 m/s2
109
corpo em 10 µs. Calcule a resistividade do ar no
arco voltaico (considere π = 3). 2. ∴ v3 = 4 5 m/s ou v3 ≈ 8,9 m/s
m = 2,64g
GABARITO FÍSICA 649
P2 = 26 atm
I II
b) Sendo a transformação isovolumétrica (V = cte), pode-
se calcular o volume do pneu em qualquer uma das situações 2. Considerando o amperímetro e o voltímetro como quase
apresentadas. Assim: ideais, a resistência do amperímetro é muito menor que a do
P = 30 atm resistor e a do voltímetro é muito maior que a do resto. Assim,
T = 300 K a ddp medida para os dois voltímetros é praticamente a mesma
V=? e a corrente medida nos amperímetros também. Mas no caso
m = 14 kg = 14000 g I, a corrente é ligeiramente maior que no caso II. Como a
N2 = 28 g/mol resistência é a razão entre a ddp no voltímetro e a corrente no
m amperímetro, a resistência no circuito II é ligeiramente maior
pV = ⋅ R ⋅ T
M que em I.
14000 g atm ⋅ L Considerando os dois equipamentos ideais, o valor da
30atm ⋅ V = ⋅ 0, 082 ⋅ 300 K
28 g / mol mol ⋅ K resistência medido é o mesmo para os dois casos.
V = 410 L 04. A
c) A estrutura que se repete no poli-isopreno é: 05. C