3 Ano Fisica Livro4

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A

FÍSICA
13 Atrito e resistência do ar

Atrito FatC = µC FN
Em casos ideais, é sempre considerado que um corpo
se desloca sobre uma superfície isenta de qualquer fator A força de atrito cinético é sempre menor que a força
que oponha ao movimento do corpo. Ou seja, a superfície aplicada. Além disso, µC < µE e, consequentemente,
é livre de atrito. No entanto, por mais que uma superfície FatC < FatE .
aparente ser bem lisa e polida, sempre há irregularidades
na superfície que fazem com que um corpo pare de se • Resistência do ar
movimentar em algum momento. Quando um corpo se movimenta em um meio fluido
(líquidos ou gases), também surge uma força que se
Assim, as irregularidades de uma superfície sobre a opõe ao seu movimento. Se esse meio fluido é o ar,
qual um objeta se movimenta origina a força de atrito, a a força oposta ao movimento é a resistência do ar.
qual transforma energia cinética do corpo em outro tipo de Seja k uma constante de proporcionalidade e
energia (como a térmica, por exemplo) que é liberada ao considerando que um objeto se move com uma
meio. velocidade (v), a intensidade da resistência do ar
( Fr ) é dada por
A força de atrito ( Fat ) tem a mesma direção do Fr = kv2
movimento do corpo em que atua, mas sentido oposto
a ele. A intensidade dessa força é expressa pelo produto Basicamente, a constante k depende de três fatores:
de um coeficiente de atrito ( µ ) com a força normal ( FN ) • forma do corpo, caracterizada pela grandeza
atuante no corpo. denominada coeficiente de arrasto aerodinâmico
Fat = µFN (C).
• área da seção transversal (A) do corpo perpendicular
à direção do movimento.
O coeficiente de atrito é uma constante adimensional, • densidade do ar (d).
dependente da natureza dos materiais em contato e da
rugosidade da superfície. Portanto, a constante k pode ser dada pela expressão

Há dois tipos de atrito, o estático e o dinâmico. 1


k = CAd
2
• Atrito Estático
Quando não há movimento entre os corpos em Substituindo k na expressão para a resistência do ar,
contato, o atrito é considerado estático. Por exemplo, temos
se um objeto se encontra em repouso no chão, há 1
uma força de atrito entre ele e o chão que não o Fr = CAdv2
2
deixa deslizar. Dessa forma, para colocar o objeto
em movimento, deve-se aplicar uma força nele
que vença a força de atrito estático máxima. Assim,
a força de atrito estático ( FatE ) é calculada pelo Exercícios Propostos
produto do coeficiente de atrito estático ( µ E ) com a 01. (ESCS/Adaptada) Considere a figura abaixo.
força normal ( FN ).

FatE = µ E FN m F

• Atrito Dinâmico
Após o objeto entrar em movimento, continua Há sobre a mesa um corpo de massa m = 3 kg que
existindo uma força de atrito. Porém, a força de está sob a ação de uma força cujo módulo é 20 N e se
atrito que atua sobre ele é denominada força de desloca na direção horizontal. Considere g = 10m/s2.
atrito cinético (ou dinâmico), cuja intensidade é O coeficiente de atrito estático entre o corpo e a mesa
determinada pelo produto do coeficiente de atrito é igual a 0,5.
cinético ( µC ) com a força normal ( FN ).
578 FÍSICA A13

A força de atrito vale F


a) 13 N. 60°
b) 14 N.
c) 15 N.
d) 16 N.
e) 17 N.
A intensidade da força de atrito entre o bloco e a
02. (Unesp) Em uma operação de resgate, um helicóptero superfície é igual a
sobrevoa horizontalmente uma região levando a) 8,4 N.
pendurado um recipiente de 200 kg com mantimentos b) 12,5 N.
e materiais de primeiros socorros. O recipiente é c) 24,8 N.
transportado em movimento retilíneo e uniforme, sujeito d) 55,0 N.
às forças peso
 ( P ) , de resistência do ar horizontal ( F ) e) 16,0 N.
e tração (T ) , exercida pelo cabo inextensível que o 
prende ao helicóptero. 04. (UEG) Considere uma caixa de peso P em repouso sobre
uma superfície horizontal, que
 apresenta rugosidades.
Ao aplicarmos uma força F horizontal na caixa, essa
tende a deslocá-la na direção horizontal. O gráfico a
seguir descreve a intensidade da
 força de atrito fat em
MRU função do módulo dessa força F aplicada na caixa.

força de atrito
θ

2
4
1

força F

Sabendo que o ângulo entre o cabo e a vertical vale


θ, que senθ = 0,6, cosθ = 0,8 e g = 10 m/s2, a Com relação aos pontos marcados no gráfico, a caixa
intensidade da força de resistência do ar que atua sobre em
o recipiente vale, em N, a) 1 desloca-se em movimento
 retilíneo uniforme.
Note e adote - O ar está em repouso. b) 2 recebe uma força F de módulo idêntico ao ponto
a) 500. 1.
b) 1 250. c) 2e 4 está submetida à mesma intensidade da força
c) 1 500. F.
d) 1 750. d) 3 encontra-se na iminência do movimento.
e) 2 000. e) 4 volta à situação de movimento retilíneo uniforme.

03. (Unitau) Um bloco, com dimensões desprezíveis e cuja 05. (PucCamp) Um objeto de massa 200 g foi impulsionado
massa é de 10 kg, desloca-se apoiado sobre uma sobre uma superfície horizontal com velocidade inicial de
superfície horizontal plana. A trajetória descrita pelo 15 m/s e parou após 5,0s. Segundo a física newtoniana,
bloco é retilínea, e o movimento é devido à ação de essa variação de velocidade foi provocada pela ação de
uma força constante, cuja intensidade é de 200 N, e uma força, no caso, a força de atrito entre o objeto e
a direção forma um ângulo de 60º com a superfície a superfície. Supondo que a direção da força de atrito
horizontal sobre a qual o bloco desliza. O movimento fosse paralela à superfície, a intensidade média dessa
do bloco é do tipo retilíneo uniformemente acelerado, força foi
sendo o módulo da aceleração igual a 4,5 m/s2. a) 0,90 N.
b) 0,45 N.
Considere o módulo da aceleração gravitacional c) 0,60 N.
terrestre igual a 10 m/s2, cos(60º) = 0,50 e d) 0,75 N.
sen(60º) = 0,87. e) 0,30 N.
ATRITO E RESISTÊNCIA DO AR FÍSICA A13 579

Exercícios de Treinamento 03. (FGV) A figura representa dois alpinistas A e B, em que


01. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP) Um bloco B, tendo atingido o cume da montanha, puxa A por uma
é lançado com velocidade inicial v0, em movimento corda, ajudando- o a terminar a escalada. O alpinista
ascendente, num longo plano inclinado que forma um A pesa 1 000 N e está em equilíbrio na encosta da
ângulo θ com a direção horizontal. O coeficiente de montanha, com tendência de deslizar num ponto de
atrito cinético entre as superfícies do bloco e do plano inclinação de 60º com a horizontal (sen 60º = 0,87 e
vale µ e o módulo da aceleração da gravidade local cos 60º = 0,50); há atrito de coeficiente 0,1 entre os
vale g. A expressão algébrica que possibilita determinar pés de A e a rocha. No ponto P, o alpinista fixa uma
a máxima distância percorrida pelo bloco durante a roldana que tem a função exclusiva de desviar a direção
subida e o respectivo tempo gasto nesse deslocamento da corda.
é:

2 ⋅ g ⋅ v02 v0
a) d = e t=
senθ + µ ⋅ cos θ g ⋅ senθ + µ ⋅ cos θ

v02 v0
b) d = e t=
2 ⋅ g ⋅ ( senθ + µ ⋅ cos θ ) g ⋅ ( senθ + µ ⋅ cos θ )
A componente horizontal da força que B exerce sobre
o solo horizontal na situação descrita, tem intensidade,
2 ⋅ µ ⋅ v02 g ⋅ µ ⋅ v0
c) d= e t= em N,
g ⋅ ( senθ + cos θ ) ( senθ + cos θ ) a) 380.
b) 430.
2 ⋅ v02 µ ⋅ v0
d) d = e t= c) 500.
µ ⋅ g ⋅ ( senθ + cos θ ) g ⋅ ( senθ + cos θ ) d) 820.
e) 920.

02. (Famerp SP) Um caminhão transporta em sua carroceria 04. (UFSCar SP) Por ser o vestibular da UFSCar, a tarefa
um bloco de peso 5 000 N. Após estacionar, o motorista era de grande responsabilidade e o fiscal de prova
aciona o mecanismo que inclina a carroceria. precisava ainda levar ao fundo da sala toda uma fileira
de carteiras. Exercendo sobre a primeira carteira da fila
uma força horizontal de intensidade constante, acelera
essa carteira a 1 m/s2. Observa então que, na medida
em que uma carteira passa a empurrar a próxima, o
conjunto todo tem sua aceleração diminuída, chegando
a se tornar nula exatamente quando a fila contém seis
carteiras. Enquanto lia as instruções da prova, pairava
na mente do fiscal uma questão:
Qual deve ser a intensidade da força de atrito que
Sabendo que o ângulo máximo em relação à horizontal ocorre entre uma carteira e o piso da sala?
que a carroceria pode atingir sem que o bloco deslize Responda a questão do fiscal, considerando que:
é θ, tal que sen θ = 0,60 e cos θ = 0,80 , o coeficiente de • As carteiras são idênticas, podendo ser consideradas
atrito estático entre o bloco e a superfície da carroceria pontos materiais que se movem em linha reta.
do caminhão vale • As intensidades das forças de atrito estático máximo
a) 0,55. e de atrito dinâmico são muito próximas, podendo
b) 0,15. ser consideradas iguais.
c) 0,30. • O piso da sala é plano e horizontal.
d) 0,40. • Cada carteira tem massa 25 kg.
e) 0,75.
a) 5 N. b) 6 N.
c) 10 N. d) 15 N.
e) 30 N.
580 FÍSICA A13

05. (Unifesp SP) Conforme noticiou um site da Internet em


30.8.2006, cientistas da Universidade de Berkeley,
Estados Unidos, “criaram uma malha de microfibras
sintéticas que utilizam um efeito de altíssima fricção para
sustentar cargas em superfícies lisas”, à semelhança
dos “incríveis pêlos das patas das lagartixas”.
(www.inovacaotecnologica.com.br). Segundo esse site,
os pesquisadores demonstraram que a malha criada
“consegue suportar uma moeda sobre uma superfície
de vidro inclinada a até 80º” (veja a foto).

Dados sen 80º = 0,98; cos 80º = 0,17 e tg 80º = 5,7,


pode-se afirmar que, nessa situação, o módulo da
força de atrito estático máxima entre essa malha,
que reveste a face de apoio da moeda, e o vidro, em
relação ao módulo do peso da moeda, equivale a,
aproximadamente,
a) 5,7%.
b) 11%.
c) 17%.
d) 57%.
e) 98%.
A
FÍSICA
14 Força elástica e força centrípeta

Força elástica Fres 2 = Ft 2 + Fcp2


Imagine uma mola presa em uma de suas extremidades
a um suporte e em estado de repouso (sem ação de nenhuma
Ft
força). Ao aplicar uma força F na outra extremidade, a mola
tende a se deformar de forma proporcional à intensidade
FR
dela, fato verificado pelo físico inglês Robert Hooke (1635
- 1703). Portanto, Hooke estabeleceu uma lei que leva o
seu nome, a Lei de Hooke, a qual enuncia que uma força
elástica (Fel) é diretamente proporcional à deformação que
uma mola sofre. Fcp
Fel = kmola x

Em que kmola é a constante elástica da mola, que


depende da natureza do material da mola e das suas
R
dimensões.

Força centrípeta Exercícios Propostos


Em um corpo realizando um movimento circular 01. (UFU) A leitura do dinamômetro na situação mostrada
uniforme (MCU), há uma aceleração responsável pela na figura abaixo, considerando desprezíveis as massas
alteração da direção e sentido do vetor velocidade, do dinamômetro e do fio será, em N,
denominada aceleração centrípeta (acp). Pela 2ª Lei de
Fio
Newton, existe uma força que também aponta para o centro,
sem a qual o corpo não poderia executar um movimento 10 N
circular. Essa força é denominada força centrípeta (Fcp).

Para um corpo de massa m, executando um Dinamômetro


movimento uniforme em uma trajetória circular de raio R
com velocidade de módulo constante v, e lembrando que a) 20. b) 15.
v2 c) 10. d) 5.
acp = , o módulo de Fcp é dado por
R e) zero.
Fcp = macp
02. (Unirg) Em uma cama elástica (pula-pula), semelhante
v2 à da figura a seguir, uma pessoa atinge alturas
Fcp = m
R significativas, impulsionada por molas acopladas à
cama elástica.
Como v = ωR em um MCU, a aceleração centrípeta
também pode ser expressa como acp = ω2 R. Logo, a força
centrípeta pode ser reescrita como

Fcp = mω2 R

Se um móvel percorre uma curva com uma velocidade


de módulo variado, diz-se que ele está executando um
movimento circular uniformemente variado. Por essa razão,
além da força centrípeta, surge uma força tangencial (Ft) ao
movimento, que altera o módulo da velocidade do corpo.

Logo, a força resultante (Fres) sobre esse móvel é dada Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cc/
Hometrampoline.jpg >. Acesso em 28 out. 2016.
pela soma vetorial da força tangencial e da força centrípeta.
582 FÍSICA A14

Considere que a cama tenha uma altura de 1,00 m e


que se deforme uniformemente, obedecendo à lei de
Hooke, com constante elástica de 12 000 N/m. A altura
que uma pessoa de 60,0 kg atinge, medida a partir
do chão, caso a cama elástica se deforme 50 cm para
baixo, é de
Adote: g = 10 m/s2
a) 10,0 m.
b) 5,0 m. Se a velocidade do carro tem módulo constante, é
c) 3,0 m. correto afirmar que o carro
d) 2,0 m. a) não possui aceleração vetorial.
b) possui aceleração com módulo variável, direção
03. (UFG) Para proteção e conforto, os tênis modernos radial e no sentido para o ponto C.
são equipados com amortecedores constituídos de c) possui aceleração com módulo variável e tangente à
molas. Um determinado modelo, que possui três molas trajetória circular.
idênticas, sofre uma deformação de 4 mm ao ser calçado d) possui aceleração com módulo constante, direção
por uma pessoa de 84 kg. Considerando-se que essa radial e no sentido para o ponto C.
pessoa permaneça parada, a constante elástica de uma e) possui aceleração com módulo constante e tangente
das molas será, em kN/m, de à trajetória circular.
Dado: g = 10 m/s2
a) 35,0.
b) 70,0. Exercícios de Treinamento
c) 105,0. 01. (Fuvest SP) Uma criança com uma bola nas mãos está
d) 157,5. sentada em um “gira-gira” que roda com velocidade
e) 210,0. angular constante e frequência f = 0,25 Hz.
a) Considerando que a distância da bola ao centro
04. (Puc GO) O Globo da Morte é um espetáculo circense do “gira-gira”
 é 2 m, determine os módulos da
capaz de provocar adrenalina, suspense e medo nos velocidade VT e da aceleração a da bola, em
expectadores. Os globistas são motoqueiros que giram relação ao chão.
no interior do globo. Se um globo da morte possui um Num certo instante, a criança arremessa a bola
diâmetro de 12,8 m, o módulo da velocidade mínima horizontalmente em
 direção ao centro do “gira-gira”,
com que o globista deverá percorrer a parte mais alta, com velocidade VR de módulo 4 m/s, em relação a si.
sem cair, será de aproximadamenteDado: módulo da Determine, para um instante imediatamente após o
aceleração da gravidade g = 10 m/s2. lançamento, 
a) 28,8 km/h. b) o módulo da velocidade U da bola em relação ao
b) 39,9 km/h. chão; 
c) 54,2 km/h. c) o ângulo θ entre as direções das velocidades U e
d) 72,0 km/h. VR da bola.
Note e adote: π = 3
05. (Unesp) Curvas com ligeiras inclinações em circuitos
automobilísticos são indicadas para aumentar a 02. (Fuvest SP) Para passar de uma margem a outra de um
segurança do carro a altas velocidades, como, por rio, uma pessoa se pendura na extremidade de um cipó
exemplo, no Talladega Superspeedway, um circuito esticado, formando um ângulo de 30º com a vertical, e
utilizado para corridas promovidas pela NASCAR inicia, com velocidade nula, um movimento pendular. Do
(National Association for Stock Car Auto Racing). outro lado do rio, a pessoa se solta do cipó no instante
Considere um carro como sendo um ponto material em que sua velocidade fica novamente igual a zero.
percorrendo uma pista circular, de centro C, inclinada Imediatamente antes de se soltar, sua aceleração tem
de um ângulo α e com raio R, constantes, como mostra Note e adote:
a figura, que apresenta a frente do carro em um dos Forças dissipativas e o tamanho da pessoa devem ser
trechos da pista. ignorados.
A aceleração da gravidade local é g = 10 m/s2.
sen 30º = cos 60º = 0,5
cos 30º = sen 60º = 0,9
FORÇA ELÁSTICA E FORÇA CENTRÍPETA FÍSICA A14 583

a) valor nulo. 05. (Fuvest SP) As sensações provocadas nos passageiros,


b) direção que forma um ângulo de 30º com a vertical dentro de um carrinho, durante o trajeto em uma
e módulo 9 m/s2. montanha-russa, podem ser associadas a determinadas
c) direção que forma um ângulo de 30º com a vertical transformações históricas, como se observa no texto:
e módulo 5 m/s2. A primeira é a da ascensão contínua, metódica e
d) direção que forma um ângulo de 60º com a vertical persistente. Essa fase pode representar o período que
e módulo 9 m/s2. vai, mais ou menos, do século XVI até meados do
e) direção que forma um ângulo de 60º com a vertical século XIX. A segunda é a fase em que, num repente,
e módulo 5 m/s2. nos precipitamos numa queda vertiginosa, perdendo
as referências do espaço, das circunstâncias que nos
03. (Fuvest SP) O pêndulo de um relógio é constituído por cercam e até o controle das faculdades conscientes.
uma haste rígida com um disco de metal preso em uma Isso aconteceu por volta de 1870. Nunca é demais
de suas extremidades. O disco oscila entre as posições A lembrar que esse foi o momento no qual surgiram os
e C, enquanto a outra extremidade da haste permanece parques de diversões e sua mais espetacular atração,
imóvel no ponto P. A figura ao lado ilustra o sistema. A a montanha-russa, é claro. A terceira fase, na nossa
força resultante que atua no disco quando ele passa por imagem da montanha-russa, é a do “loop”, a síncope
B, com a haste na direção vertical, é final e definitiva, o clímax da aceleração precipitada.
A escala das mudanças desencadeadas, a partir desse
momento, é de uma tal magnitude que faz os dois
momentos anteriores parecerem projeções em câmara
lenta.
N. Sevcenko, No loop da montanha-russa, 2009. Adaptado.

a) Explique duas das fases históricas mencionadas no


texto.
b) Na montanha-russa esquematizada abaixo, um motor
Note e adote: leva o carrinho até o ponto 1. Desse ponto, ele parte,
g é a aceleração local da gravidade. saindo do repouso, em direção ao ponto 2, localizado
em um trecho retilíneo, para percorrer o resto do trajeto
a) nula. sob a ação da gravidade (g = 10 m/s2).
b) vertical, com sentido para cima.
c) vertical, com sentido para baixo.
d) horizontal, com sentido para a direita.
e) horizontal, com sentido para a esquerda.

04. (Fuvest SP) Nina e José estão sentados em cadeiras,


diametralmente opostas, de uma roda gigante que gira
com velocidade angular constante. Num certo momento,
Nina se encontra no ponto mais alto do percurso e José,
no mais baixo; após 15 s, antes de a roda completar
uma volta, suas posições estão invertidas. A roda gigante Desprezando a resistência do ar e as forças de atrito,
tem raio R = 20 m e as massas de Nina e José são, calcule
respectivamente, MN = 60 kg e MJ = 70 kg. Calcule 1. o módulo da aceleração tangencial do carrinho no
Note e adote: ponto 2.
π=3 2. a velocidade escalar do carrinho no ponto 3, dentro
Aceleração da gravidade g = 10 m/s2 do loop.

a) o módulo v da velocidade linear das cadeiras da


roda gigante;
b) o módulo aR da aceleração radial de Nina e de José;
c) os módulos NN e NJ das forças normais que as
cadeiras exercem, respectivamente, sobre Nina e
sobre José no instante em que Nina se encontra no
ponto mais alto do percurso e José, no mais baixo.
FÍSICA
A 15 Sistema de corpos I

Nos módulos anteriores, os conceitos de Leis de Assim,


Newton e os tipos de força foram explicados. A seguir, alguns ma = mg sen θ
exemplos serão discorridos para o melhor entendimento da a=g sen θ
aplicação das Leis de Newton em sistemas mais complexos.

• Bloco sobre um plano inclinado sem atrito Portanto, a aceleração do bloco sobre o plano
Considere um bloco de massa m sobre um plano inclinado está relacionada tanto com a aceleração da
inclinado sem atrito, conforme a figura a seguir. O primeiro gravidade quanto com o ângulo de inclinação da rampa.
passo para a análise desse caso é fazer um diagrama de
forças que atuam sobre o bloco, adotando um sistema de • Dois blocos em contato, sobre uma superfície sem
referência xy. Por questões de simplicidade, vamos deixar atrito, submetidos a uma força F.
que o eixo x coincida com a direção tangencial e o eixo y Na figura a seguir, temos dois blocos de massas
com a direção normal do plano inclinado. diferentes e em contato, formando um sistema de corpos.
Esse sistema está submetido a uma força F e sobre uma
superfície sem atrito. O diagrama de forças foi feito em
g
m cada bloco, como é possível observar na imagem.

θ mB
mA
F

Diagrama de forças y

x Diagrama de forças

FNB
FN

PT FNA
m y
mB
θ
PT PN FAB
PN mA
F x
FBA
P
θ
P

PA PB

As forças atuantes são a força peso e a normal. A força


peso sobre o bloco foi decomposta em duas componentes: Deve-se obter a expressão da força resultante e aplicar
peso normal (PN) na direção y e peso tangencial (PT) na a 2ª Lei de Newton em cada bloco e em cada direção.
direção x, com base no sistema xy desenhado. Portanto, na vertical (direção y), a força resultante em cada
bloco é dada por
O próximo passo é obter a expressão de força resultante
e aplicar a 2ª Lei de Newton para cada direção do sistema Bloco A: F yRA= FNA - PA
de referências. Na direção y, temos FR y = FN − PN e não Bloco B: F yRB= FNB - PB
existe movimento do bloco nessa direção. Portanto,
Porém, eles não se movimentam nessa direção e,
FN = PN = P cos θ assim, a aceleração vertical é nula. Logo,

Já na direção x, a força resultante é FR x = PT e há Bloco A: FNA = PA


movimento do bloco. Logo, Bloco B: FNB= PB
FR = PT = Psenθ
SISTEMA DE CORPOS I FÍSICA A15 585

Na horizontal (direção x), a força resultante em cada Como os blocos se movimentam com a mesma
bloco é aceleração, o sistema de equações é
Bloco A: F xRA = F - FBA
 PA -T1 = mA a
Bloco B: F xRB= FAB 
T1-T2 = mBa
T -P = m a
 2 C C
Eles se movem com a mesma aceleração. Assim,
montamos o seguinte sistema de equações:
Por se tratar de um fio ideal, as trações T1 e T2 são
 F - FBA = mA a iguais. Logo

 FAB= mB a
PA - PC = (mA + mB+ mC )a
Como as forças de reação FBA e FAB têm a mesma
intensidade, então

F = (mA + mB )a
Exercícios Propostos
• Sistema de polias 01. (IFPE) Considere dois blocos homogêneos A e B, com
Nesse caso, o mais importante é recordar que, em um massas respectivamente iguais a 7 kg e 3 kg. Eles estão
fio ideal, toda a força atuante sobre uma extremidade de um unidos por meio de um fio de massa desprezível que
fio é transmitida integralmente para a outra extremidade. No passa por uma polia ideal. As figuras 1 e 2 representam
exemplo ilustrado na figura a seguir, o bloco B está sobre duas configurações em que os blocos foram dispostos
uma superfície sem atrito e um fio ideal conecta ambos os e cujas acelerações são a1 e a2, respectivamente.
lados de B a dois outros blocos, A e C. Considerando que não há atrito na superfície da figura
2, determine a razão a1/a2. (Use a aceleração da
mB g gravidade 10 m/s2).

mC mA A

mA > mC A
B
B
Diagrama de forças
Figura 1 Figura 2
FNB

T2 T2 mB T1 T1 a) 4/3
b) 3/4
c) 4/2
mC PB mA d) 3/2
e) 1
PC PA
02. (UnB) Julgue os itens abaixo.
00. As forças de ação e reação nunca atuam sobre um
A força resultante sobre cada bloco é mesmo corpo.
01. Quando um corpo não está acelerado, podemos
Bloco A: FRA = PA -T1 concluir que não existem forças atuando no corpo.
Bloco B: FRB= T1-T2 02. Um bloco de massa m = 0,1 kg deve ter uma
Bloco C: FRC= T2 -PC velocidade mínima inicial, v = 20 m/s, para atingir
o ponto mais alto do plano inclinado. A altura h vale
20 m (g = 10 m/s2).
586 FÍSICA A15

1,00 kg
V h

m
60º θ

03. Referindo-se ao item (2), a reação normal exercida 1,00 kg


pela superfície sobre o bloco é de 500 N. a 1,6 N.
04. Referindo-se ao item (2), a variação da energia b) 1,8 N.
cinética do bloco é de –20 J. c) 2,0 N.
d) 16 N.
03. (Mackenzie SP) A partir do repouso, um jovem puxa um e) 18 N.
caixote de 20 kg, que está apoiado sobre uma superfície
lisa horizontal, por meio de uma corda esticada 05. (UFSC) Na montagem da estrutura para um show
paralelamente à direção do deslocamento (figura musical, será necessário transportar um piano de cauda
abaixo). O gráfico mostra a variação da intensidade da de 500 kg para o palco. Para facilitar esse trabalho, foi
força aplicada sobre o caixote em função da distância x montado um plano inclinado e um sistema de roldanas,
percorrida por ele. A velocidade do caixote, ao percorrer como representado na figura.
10 m, é

F (N)
10,0

7,5
30º
0 2,0 10,0 x (m)
Se os fios e as polias utilizados forem ideais, se
a) 1,0 m/s. desprezarmos o atrito entre o piano e a superfície
b) 1,5 m/s. inclinada e considerarmos g = 10 m/s2, o módulo
c) 2,0 m/s. da força vertical que o homem deverá fazer para que
d) 2,5 m/s. o piano suba pelo plano inclinado com velocidade
e) 3,0 m/s. constante deverá ser, em newtons, igual a
a) 1 250.
04. (Mackenzie SP) Em um ensaio físico, desenvolvido com b) 2 500.
o objetivo de se estudar a resistência à tração de um fio, c) 3 750.
montou-se o conjunto ilustrado abaixo. Desprezado o d) 5 000.
atrito, bem como as inércias das polias, do dinamômetro e) 750.
(D) e dos fios, considerados inextensíveis, a indicação
do dinamômetro, com o sistema em equilíbrio, é

Dados : g = 10 m/s2
sen θ = 0,6
cos θ = 0,8
SISTEMA DE CORPOS I FÍSICA A15 587

Exercícios de Treinamento do repouso e descreve uma trajetória circular, qual o


01. (FGV) Os Jogos Olímpicos recém-realizados no Rio de ângulo α encontrado por ele?
Janeiro promoveram uma verdadeira festa esportiva,
acompanhada pelo mundo inteiro. O salto em altura foi
uma das modalidades de atletismo que mais chamou a
atenção, porque o recorde mundial está com o atleta
cubano Javier Sotomayor desde 1993, quando, em
Salamanca, ele atingiu a altura de 2,45 m, marca que
ninguém, nem ele mesmo, em competições posteriores,
conseguiria superar. A foto a seguir mostra o atleta em
pleno salto.

𝝰 seno
42,1 0,67
45,3 0,71
48,6 0,75
54,1 0,81
a) 42,1
b) 45,3
(Wikipedia) c) 48,6
d) 54,1
Considere que, antes do salto, o centro de massa desse
atleta estava a 1,0 m do solo; no ponto mais alto do 03. (FGV) Uma pequena bola de borracha cai, verticalmente,
salto, seu corpo estava totalmente na horizontal e ali sua da janela de um apartamento, a partir do repouso, de
velocidade era de 2 ⋅ 5 m/s; a aceleração da gravidade uma altura de 12,8 m em relação ao solo. A cada
é 10 m/s2; e não houve interferências passivas. Para colisão com o chão, sua velocidade cai para a metade.
atingir a altura recorde, ele deve ter partido do solo a O número de colisões da bola com o solo em que ela
uma velocidade inicial, em m/s, de atinge altura maior que 10 cm é igual a
a) 7,0. Desconsidere a resistência do ar.
b) 6,8. a) 5.
c) 6,6. b) 2.
d) 6,4. c) 3.
e) 6,2. d) 6.
e) 4.
Texto comum à questão 02
Para os exercícios de Física, adote os seguintes valores 04. (PUC SP) Em uma máquina de Atwood ideal, são presas
quando necessário: duas massas, tais que M1>M2. Inicialmente as massas
Módulo da aceleração da gravidade (g) = 10 m.s–2 estão em repouso e niveladas. Após o abandono
1 quilograma-força (kgf) = 10N simultâneo das massas, verifica-se que a energia total
1 cal = 4J do sistema é de 100 J, após elas terem percorrido
1 c.v. = 740W 5 m em 2 s, alcançando uma velocidade de 5,0m/s.
1 tonelada = 103 kg Sabendo que o módulo da aceleração da gravidade é
1 atm = 1.105 N.m–2 de 10 m/s2, determine, em kg, os valores de cada uma
das massas.
02. (PUC SP) Um aluno resolve colocar em prática seus
conhecimentos de Física enquanto brinca com os
colegas em um balanço de corda única de comprimento
L (figura 1). Ele deseja que, ao passar pelo ponto mais
baixo da trajetória, a tração na corda corresponda a 3/2
de seu peso. Após alguns cálculos, ele, depois de sentar-
se no balanço, pede para que um colega posicione o
balanço conforme indicado na figura 2. Considerando
desprezíveis todas as formas de atrito e que, no início do
movimento, o balanço está com a corda esticada, parte
588 FÍSICA A15

a) M1 = 6,0 e M2 = 2,0
b) M1 = 6,5 e M2 = 1,5
c) M1 = 4,5 e M2 = 3,5
d) M1 = 5,0 e M2 = 3,0

Texto comum à questão 05


Criança feliz é aquela que brinca, fato mais do que
comprovado na realidade do dia a dia. A brincadeira
ativa, a que faz gastar energia, que traz emoção, traz
também felicidade. Mariana é uma criança que foi
levada por seus pais para se divertir em um parquinho
infantil.

05. (FGV) Nesse parquinho infantil, há dois escorregadores


de mesma altura h relativamente ao chão. Um deles é
retilíneo (R) e outro é curvilíneo (C) em forma de tobogã,
como indica a figura.

Ao escorregar por R, de seu ponto superior até o nível


do chão, Mariana teve uma perda de energia mecânica
de 10% em relação a uma queda livre dessa altura.
Ao escorregar por C, nas mesmas condições, ela teve
uma perda de 15% de energia mecânica em relação a
uma queda livre. A relação entre a velocidade final de
Mariana ao sair de R e a velocidade final ao sair de C
vale
18 3
a) . b) .
17 2

18 3
c) . d) .
17 2

5
e) .
4
A
FÍSICA
16 Sistema de corpos II

Anteriormente, alguns exemplos de sistemas de corpos foram apresentados, como dois blocos em contato em uma
superfície sem atrito, um bloco sobre um plano inclinado sem atrito e o sistema de polias. Nesse módulo, são apresentados
outros exemplos em que as Lei de Newton são aplicadas.

• Plano inclinado sobre uma superfície com atrito


Neste exemplo, o bloco desce um plano inclinado com atrito. Assim, no diagrama de forças, deve-se considerar a força
de atrito também.

g
m

Diagrama de forças

FN
Fat

m PT
a θ
PT PN
PN
P
θ
P

Considerando que o atrito cinético é µC , na direção normal (direção y do sistema de referência adotado) não há
movimento. Portanto,

FN = PN ⇒ FN = P cos θ

Já na direção tangencial (direção x do sistema de referência adotado), temos

PT − FatC = ma ⇒ Psenθ − FN µC = ma

mgsenθ − mg cos θµC = ma

a = g ( senθ − cos θµC )

Lembrando que, para que o bloco entre em movimento, a força de atrito estático deve ser vencida.
590 FÍSICA A16

• Móvel realizando um movimento circular em uma No problema apresentado, mA > mB e, assim, o bloco
superfície inclinada mA desce o plano inclinado, elevando o bloco mB.

g No bloco B, temos
m
T − PB = mB a ⇒ T = mB (a + g )

θ Já no bloco A, precisamos analisar tanto a direção


normal quanto a tangencial. Na direção normal, não ocorre
o movimento do bloco. Logo, a força normal é igual ao
componente normal do seu peso.
Diagrama de forças
FN A = PN A ⇒ FN A = PA cos θ
FN
Fcp Já na direção tangencial, obtemos a seguinte
m
Fcp expressão:
PTA − T − Fat C = mAa
θ

θ P P
Assim, desenvolvendo essa equação com as expressões
Ao realizar um movimento circular uniforme, surge que obtivemos para a tração do fio e a força normal do
uma força centrípeta voltada para o centro da trajetória bloco A, chegamos na aceleração com que o sistema se
circular. A partir do diagrama de forças e sem considerar a movimenta.
presença de atrito, temos FN A senθ − T − FN A µC = mAa

Fcp macp mA gsenθ − mB ( g + a ) − mA gµC = mAa


tg θ = ⇒ tg θ =
P mg mB
a = g ( senθ − µC ) − ( g + a)
mA
acp = tg θg

Se mA < mB , o bloco mA subiria o plano inclinado e,


Dessa forma, a aceleração centrípeta do móvel vai portanto, o sentido da força de atrito seria o contrário. Além
depender tanto do ângulo do plano inclinado quanto da disso, o bloco mB desceria, pois PB>T. Ademais, para que o
aceleração da gravidade. sistema entre em movimento, deve-se sempre lembrar que a
força de atrito estático entre o bloco A e o plano inclinado
• Sistema de polias (superfície inclinada e com atrito) deve ser vencida.

g • Bloco preso a uma mola na vertical


Considere um bloco preso a uma mola na vertical.
mA
mB
θ mA > mB

Diagrama de forças

FNA T
Diagrama de forças
mA T PT
θ Fel
PTA PNA mB

θ PN m
PB
PA P
P
SISTEMA DE CORPOS II FÍSICA A16 591

Nele, atua a sua força peso e a força restauradora da 02. (Acafe) Um professor de Física utiliza uma rampa móvel
mola, denominada de força elástica (Fel). Conforme a 2ª Lei para verificar o valor do coeficiente de atrito estático
de Newton, temos entre ela e um bloco. Foi alterando o ângulo da rampa
Fel − P = ma em relação à horizontal, até que o bloco atingiu a
eminência do movimento. Nesse exato instante, tirou
kmola x − mg = ma uma foto da montagem e acrescentou com os valores de
algumas grandezas, como mostra a figura. Chegando
kmola a sala, explicou a situação a seus alunos e pediu que
a= x−g
m determinassem o valor do coeficiente de atrito estático
entre o bloco e a rampa.

Exercícios Propostos
01. (Unifor) Uma força horizontal de 140 N é aplicada a m
dois conjuntos de corpos apoiados em uma superfície 0c kg
10 10
plana e horizontal, conforme figuras abaixo. No caso 1,
a força é aplicada em A (mA = 10 kg) e, no caso 2, em 60 cm
B (mB = 20 kg). A força de atrito cinético entre o corpo
A e a superfície é 8 N e entre o corpo B e a superfície θ
12 N. Despreze outras forças dissipativas.
140 N 80 cm
A B
a) 0,65 e 45.
b) 0,75 e 45.
Caso 1 c) 0,65 e 60.
d) 0,75 e 60.

140 N 03. (PucCamp) Para se calcular o coeficiente de atrito


dinâmico entre uma moeda e uma chapa de fórmica, a
A B
moeda foi colocada para deslizar pela chapa, colocada
em um ângulo de 37° com a horizontal.
Foi possível medir que a moeda, partindo do repouso,
Caso 2 deslizou 2,0 m em um intervalo de tempo de 1,0 s, em
movimento uniformemente variado.
A partir das situações acima, assinale as proposições Adote g = 10 m/s2, sen 37° = 0,60 e cos 37° = 0,80.
abaixo.
I. A aceleração adquirida pelo conjunto no caso 1 é Nessas condições, o coeficiente de atrito dinâmico entre
igual a aceleração adquirida pelo conjunto no caso as superfícies vale
2. a) 0,15.
II. A força que o corpo A exerce no corpo B é igual a b) 0,20.
força que o corpo B exerce no corpo A, em cada c) 0,25.
caso. d) 0,30.
III. A força que o corpo A exerce no corpo B, no caso 1, e) 0,40.
é menor que a força que o corpo A exerce no corpo 
B, no caso 2. 04. (UnB) Uma força F atua sobre um bloco de 1 kg qual
está apoiado sobre um plano inclinado de 30°. Calcule
Assinale o item correto. o módulo da força F necessária para que o bloco
a) São verdadeiros somente I e II. suba o plano inclinado com velocidade constante. O
b) São verdadeiros somente I e III. coeficiente de atrito dinâmico µ = 43 (g = 10 m/s2). Dê
c) São verdadeiros somente II e III. a resposta em newtons.
d) Somente o item I é verdadeiro.
e) Somente o item II é verdadeiro.
592 FÍSICA A16

Desprezando o atrito, a força mínima com que o


F
carregador deve puxar o bloco, enquanto este sobe a
rampa, será, em N, de:
60º m a) 100 b) 150
c) 200 d) 400

03. (UFSC) Um corpo parte do repouso deslizando do topo


30º de um plano inclinado, de uma altura de 2,7 m em
relação ao plano horizontal (veja figura abaixo). Devido
ao atrito, ele perde 1/3 de sua energia mecânica inicial,
05. (Mackenzie SP) Um corpo de 5 kg está em movimento no percurso do topo até a base do plano inclinado.
devido à ação da força F , de intensidade 50 N, como Calcule, então, a velocidade, em m/s, com que o corpo
mostra a figura ao lado. O coeficiente de atrito cinético chega na base.
entre a superfície de apoio horizontal e o bloco é 0,6 e
a aceleração da gravidade no local tem módulo igual
a 10 m/s2. A aceleração com a qual o corpo está se 2,7 m
deslocando tem intensidade
F

04. (UERJ) Um bloco de massa igual a 2.0 kg é


37º abandonado, sem velocidade inicial, do topo de um
plano inclinado com 5,0 m de altura máxima. Ao longo
do plano inclinado, o movimento ocorre com atritos
cos 37° = 0,8 e 37° = 0,6 desprezíveis. Na base do plano inclinado, situa-se um
plano horizontal no qual o bloco desliza ao longo de
a) 2,4 m/s2 b) 3,6 m/s2 10 m, ao fim dos quais ele pára, depois de realizar um
c) 4,2 m/s2 d) 5,6 m/s2 movimento uniformemente retardado.
e) 6,2 m/s2

Exercícios de Treinamento
01. (UERJ) Um caminhão-tanque, transportando gasolina,
se move no sentido indicado com aceleração a. Uma
pequena bóia b flutua na superfície do líquido como
indica a figura.

Supondo-se que o módulo da aceleração gravitacional


local seja igual a 10m/s², calcule:
a) o módulo da velocidade com que o bloco chego à
base do plano Inclinado e
b) o módulo da resultante dos forças de oposição que
fazem com que o bloco venha a parar no plano
A inclinação do liquido no interior do tanque, expressa horizontal.
pela tangente do ângulo θ, é igual a:
a) a/g b) 2(a/g) 05. (UFSC) Um bloco, cujo peso é igual a 180 Newtons,
c) 3(a/g) d) 4(a/g) desce com velocidade constante um plano inclinado,
que forma um ângulo de 30° com a horizontal, conforme
02. (UERJ) O carregador deseja levar um bloco de 400 N figura abaixo. Qual é o módulo da força de atrito em
de peso até a carroceria do caminhão, a uma altura de Newtons.
1,5 m, utilizando-se de um plano inclinado de 3,0 m de
comprimento, conforme a figura: v = cte.

30°
B
FÍSICA
13 Prismas

Prisma e desvio total ∆ = δ1 + δ2


Em óptica, um prisma é um bloco transparente
constituído de duas faces planas e não paralelas que Somando a primeira e a segunda expressões,
separam três meios homogêneos e transparentes, ou seja, é encontramos
o resultado de dois dioptros planos não paralelos.
δ1 + δ2 = θ1 + θ '1 − θ2 − θ '2
Observemos um prisma de vidro imerso no ar em
que uma luz monocromática incide sobre uma das faces e Substituindo as relações para A e ∆, encontramos
emerge de outra. A representação do comportamento da uma relação para o desvio total em função dos ângulos de
luz que atravessa esse prisma pode ser visualizada a partir incidência, emergência e de abertura do prisma.
da seção transversal dele, conforme a figura a seguir.
∆ = θ1 + θ '1 − A

A
Primeira face Segunda face
Influência de parâmetros sobre o desvio total
Índice de refração - Mantendo os ângulos de incidência
∆ e o de abertura constantes, quanto maior for o índice de
δ1 δ2 refração do prisma, maior será o desvio total da luz.
θ1 θ’1
θ2 θ’2
A Ângulo de abertura - Mantendo o ângulo de incidência
Raio incidente Raio emergente e o índice de refração do prisma constantes, quanto menor
for o ângulo de abertura, maior será o desvio total da luz.

Seção transversal do prisma Ângulo de incidência - Mantendo o ângulo de abertura


e o índice de refração constantes, a influência do ângulo de
incidência sobe o desvio total da luz ocorre de acordo com
Quando o raio luminoso sofre a primeira refração a o gráfico δ x θ1 a seguir.
um ângulo de incidência θ1 , seu ângulo de refração é θ2
e o desvio angular sofrido é δ1 . Em seguida, a luz continua ∆
se propagando e sofre outra refração na segunda face do
prisma a um ângulo de incidência θ '2 , com o respectivo ∆máx
ângulo de refração (ou ângulo de emergência do prisma)
dado por θ '1 e desvio angular δ2 . Assim, analisando a
relação que esses ângulos têm entre si, os desvios angulares ∆
são dados por
∆mín
δ1 = θ1 − θ2
δ2 = θ '1 − θ '2 θ1 θ1 θ1 = θ’1 θ’1 90° θ1

Seja A o ângulo entre as faces do prisma, denominado • Quando o ângulo de incidência é igual ao de
por ângulo de refringência ou de abertura, temos emergência ( θ1 = θ '1 ), ocorre uma situação de desvio
mínimo. Aplicando a Lei de Snell tanto na primeira
A = θ2 + θ '2 quanto na segunda refração no prisma, temos
nar .senθ1 = nvidro .senθ2
Essa última relação foi encontrada de acordo com o nvidro .senθ '2 = nar .senθ1
Teorema do Ângulo Externo, pois, A sendo o ângulo de
externo do triângulo, ele é dado pela soma dos ângulos Comparando as duas expressões, temos que θ2 = θ '2.
internos não adjacentes. Conforme o mesmo teorema, Logo,
podemos definir o desvio total (∆) que o raio emergente A = 2θ2
apresenta em relação ao raio incidente como
∆ = 2θ1 − A
594 FÍSICA B13

• Devido à reversibilidade da propagação da luz,


se o ângulo de incidência for θ '1 , o ângulo de
emergência será exatamente θ1 e o desvio total será
o mesmo.
• Quando o ângulo de incidência tende para θ1 , o
ângulo de emergência tende a 90° e o desvio total
tende a ser máximo.
• Para o caso em que o ângulo de incidência seja igual
ou menor que θ1 , a emergência pela segunda face
do prisma não ocorre. Assim, a luz sofre reflexão
total nessa face. Exercícios Propostos
01. (Unicamp) Uma lente de Fresnel é composta por um
Prismas de reflexão total conjunto de anéis concêntricos com uma das faces plana
Prismas ópticos são instrumentos de grande e a outra inclinada, como mostra a figura (a). Essas
versatilidade. Uma importante aplicação é a sua utilização lentes, geralmente mais finas que as convencionais,
na determinação do índice de refração de um material. Para são usadas principalmente para concentrar um feixe
isso, basta incidir luz sobre um prisma de um material, cujo luminoso em determinado ponto, ou para colimar
índice de refração deseja-se descobrir, e calcular esse índice a luz de uma fonte luminosa, produzindo um feixe
de refração com base no desvio da luz sofrido. paralelo, como ilustra a figura (b). Exemplos desta
última aplicação são os faróis de automóveis e os faróis
Um tipo específico de prisma utilizado em instrumentos costeiros. O diagrama da figura (c) mostra um raio
ópticos, como lunetas e binóculos, é o de reflexão total. luminoso que passa por um dos anéis de uma lente de
A substituição de espelhos planos por prismas ópticos Fresnel de acrílico e sai paralelamente ao seu eixo. Se
de reflexão total se torna interessante pelo fato de os sen(θ1) = 0,5 e sen(θ2 ) = 0,75, o valor do índice de
prismas poderem apresentar um poder refletor maior, refração do acrílico é de
melhor durabilidade e maior facilidade de manuseio que
os espelhos planos. Na imagem abaixo, há dois exemplos
de prismas ópticos de reflexão total, o prisma de Porro e o
prisma de Amici.

Prisma de Porro Prisma de Amici

(a) (b)

ar
al
rm
no

acrílico θ2

θ1

Dispersão luminosa fonte luminosa eixo da lente


A dispersão da luz branca é um fenômeno óptico
(c)
que consiste na separação da luz branca em várias cores.
Sabendo que a luz vermelha apresenta maior velocidade e a) 1,50. b) 1,41.
a violeta menor velocidade, elas sofrem desvios angulares c) 1,25. d) 0,66.
diferentes quando sofrem refração. Como a luz branca é a
composição de várias cores, observamos sua decomposição 02. (Mackenzie SP) Dispõe-se de um prisma óptico cuja
ao incidi-la em um prisma óptico. Quando o prisma está secção transversal é um triângulo equilátero. Ao ser
imerso no ar, a luz que mais desvia é a violeta, pois ela se colocado num meio de índice de refração absoluto 3 ,
aproxima mais da normal. Já a vermelha é a que menos se um raio luminoso, que incide numa secção principal
desvia, aproximando-se menos da normal. sob um ângulo de 30° com uma das faces, emerge
perpendicularmente à outra. Neste caso, podemos
afirmar que
PRISMAS FÍSICA B13 595

a) o índice de refração absoluto do material do prisma


é 33 .
b) o índice de refração absoluto do material do prisma
60° 60°
é 3.
c) o desvio sofrido pelo raio é de 90°.
d) o desvio sofrido pelo raio é de 60°. raio incidente raio emergente
e) o desvio sofrido pelo raio é de 30°.
Sabendo que o raio emergente forma um ângulo de
03. (USCS) A figura mostra um raio de luz monocromática 60 graus com a normal à superfície na outra face do
que penetra perpendicularmente na face AC de um prisma, é correto afirmar que
prisma, reflete nas faces AB e BC e emerge novamente a) o deslocamento angular é de 60 graus.
pela face AC. b) o deslocamento angular é nulo.
c) o deslocamento angular é de 30 graus.
A d) o deslocamento angular é de 90 graus.
e) o deslocamento angular é de 45 graus.

05. (UFG) Um feixe de luz branca, ao atravessar um prisma,


decompõe-se em suas componentes monocromáticas
por causa do efeito da dispersão. A componente que
45°
apresenta maior desvio da direção original é aquela que
possui
a) maior amplitude.
45°
b) menor comprimento de onda.
c) menor índice de refração.
B C
d) menor frequência.
e) maior velocidade.
Considere que o índice de refração absoluto do material
que constitui o prisma é 2,40, que o prisma está imerso
no meio x e que sen 45° = 0,71. Admita os índices de Exercícios de Treinamento
refração absolutos de algumas substâncias apresentados 01. (EBMSP/Adaptada)
na tabela. Seletor de
comprimento de onda
Índice de refração
Substância (Fenda de passagem)
absoluto Mostrador
Colimador (lente) digital
Fluorita 1,43
Poliestireno 1,49
Quartzo 1,54 0.20

Zircone 1,92
Fonte
Rutilo 2,62 Monocromador
de luz Solução de amostra
(prisma ou espelho (em tubo de ensaio
Hugh D. Young e Roger A. Freedman et al.
grating ou grade adequado ou cuvete)
Física IV: óptica e física moderna, 2004. Adaptado.
de difração)
Entre as substâncias mostradas na tabela, o meio x pode Disponível em: <http://www.ebah.com.br>.
Acesso em: 22 abr. 2016.
ser apenas
a) zircone e rutilo. A figura representa a estrutura básica de um
b) fluorita, poliestireno, quartzo e zircone. espectrofotômetro, um instrumento que pode ser
c) fluorita e poliestireno. utilizado para determinar o nível de proteção UV que os
d) rutilo. óculos de sol oferecem.
e) fluorita, poliestireno e quartzo. Ao lançar raios UV através das lentes, um
espectrofotômetro UV mede a quantidade de raios UV
04. (Unitau/Adaptada) A figura a seguir mostra um raio que passam através delas. Se não se tem certeza sobre
de luz que incide sobre um prisma equilátero com um o par de óculos de sol, o oftalmologista pode verificar as
ângulo de incidência de 60 graus. lentes para determinar se eles podem ajudar a manter os
olhos seguros, com o auxílio de um espectrofotômetro.
596 FÍSICA B13

A análise da estrutura básica de um espectrofotômetro, d) O feixe refratado na face C, ao sair dela, forma um
com base nos conhecimentos de Física, permite afirmar ângulo de 30º com a sua normal.
que e) O feixe refratado na face C, ao sair dela, forma um
01. o colimador é constituído por uma lente que pode ângulo de 60º com a sua normal.
conjugar imagem virtual direita e menor de um
objeto real. 04. (UFRRJ) Usar g = 10 m/s2 sempre que necessário.
02. as componentes da luz branca que se propagam em O triângulo retângulo ABC mostrado na figura
um prisma óptico apresentam os índices de refração representa a seção transversal de um prisma. Um raio,
diferentes entre si porque o espectro de cada cor proveniente do ar, incide normalmente sobre o lado AB
apresenta a velocidade de propagação diferente. do triângulo, reflete-se no lado BC e emerge novamente
03. a cor aparente da solução de amostra que absorve no ar tangencialmente a AC.
todos os comprimentos de onda visíveis permanece
imutável em relação à cor original.
04. a largura mínima da fenda de passagem do seletor
de comprimentos de onda é igual à soma dos
comprimentos de ondas dos espectros visíveis.
05. a dispersão em várias cores de um feixe de luz que
atravessa o monocromador ou a rede de difração se
deve ao fenômeno ondulatório de difração.

02. (PUC SP) O rojão representado na figura tem,


inicialmente, ao cair, velocidade vertical de módulo
20 m/s. Ao explodir, divide-se em 2 fragmentos de
massas iguais cujas velocidades têm módulos iguais e
direções que formam entre si um ângulo de 120º.
Dados: Sabendo que o índice de refração do ar nar = 1, calcule
sen 30º = cos 60º = 0,50; o índice de refração do material de que é feito o prisma.
cos 30º = sen 60º ≅ 0,87
O módulo da velocidade, em m/s, de cada fragmento, 05. (UFU MG) Um feixe de luz composto por duas cores
imediatamente após a explosão, será incide normalmente em um prisma imerso no ar, como
a) 10 a figura abaixo.
b) 20
luz incidente
c) 30
d) 40
e) 50

03. (UFPR) Prismas são comumente utilizados na constituição


de instrumentos ópticos, tais como câmeras fotográficas,
microscópios e binóculos. A figura abaixo mostra um Sabendo-se que, no prisma, os índices de refração
tipo de prisma imerso no ar, feito de vidro com índice de da luz, com relação ao vácuo, obedecendo a relação
refração 1,5, em cuja face A incide perpendicularmente nvioleta > nazul > nverde > namarelo > nlaranja > nvermelho assinale
um feixe luminoso monocromático. a alternativa que melhor representa o fenômeno
observado.

a)
a.

Para a situação da figura, e supondo o índice de refração


do ar igual a 1,0, assinale a alternativa correta. vermelho
azul
a) Se o prisma fosse feito com vidro com índice de
refração maior que 1,5, o ângulo de refração na
face C aumentaria.
b) Ocorre reflexão interna total na face C.
c) Ocorre um desvio no feixe incidente ao passar pela
face A.
PRISMAS FÍSICA B13 597

b)
b.

amarelo violeta

c)
c.

verde

laranja

d) azul

d. amarelo

e) vermelho

e. violeta
FÍSICA
B 14 Dispersão e refração atmosférica

Arco-íris Ao entardecer, é normal que o céu apresente tons


Como vimos anteriormente, o fenômeno da dispersão alaranjados e avermelhados para uma pessoa na Terra.
luminosa, caracterizada pela separação da luz branca em Nesse caso, devido à posição da Terra, a luz do sol percorre
várias cores, é observado ao incidir a luz branca em um um caminho maior na atmosfera. Assim, a cor azul é
prisma óptico. Outro exemplo típico da dispersão luminosa espalhada com mais intensidade ainda e acaba não sendo
é a formação do arco-íris. percebida mais. Nesse sentido, são os tons de laranja e
vermelho que passam a ser enxergados pelos olhos de um
O arco-íris surge quando um raio de luz do sol, que observador na Terra.
é uma luz branca, incide na borda de uma gota de água.
Parte dessa luz reflete e a outra sofre refração para dentro No espaço, o “céu” aparenta ser negro pois não há
da gota. Após a refração luminosa, a luz se separa em moléculas que absorvam a luz como acontece na atmosfera
várias cores. Então, cada cor do feixe colorido sofre reflexão terrestre. Assim, não ocorre o espalhamento de Rayleigh no
sobre a superfície interna da gota em um ângulo diferente. espaço.
Em seguida, esse feixe colorido sofre refração novamente,
retornando à atmosfera e podendo ser visto pelo observador. Miragem
Em dias de calor intenso, as camadas de ar mais
O filósofo, físico e matemático francês René Descartes próximas ao asfalto apresentam temperaturas maiores em
(1596-1650) observou que uma quantidade maior de raios relação às camadas de ar mais altas. Quanto maior for
de luz chega aos nossos olhos em um ângulo entre 40° e a temperatura, mais as moléculas de ar se afastam umas
42°, por isso os raios de luz ficam com o formato de um das outras e, portanto, a densidade do ar diminui. Assim, o
arco. Além disso, é importante ressaltar que o arco-íris é índice de refração das camadas de ar de maior temperatura
uma ilusão de óptica e o fato observado por René Descartes é menor em relação às camadas de ar com temperaturas
comprova que a visualização do fenômeno depende da mais baixas. Logo, a luz do sol vai sofrendo refração
posição do observador, uma vez que todas as gotas de água à medida que vai se propagando nas camadas de ar. A
suspensas no ar refratam e refletem a luz do sol da mesma velocidade aumenta à medida que o índice de refração
forma, mas apenas alguns raios de luz são percebidos pelo diminui e a luz sofre grandes desvio angulares em relação
observador como um arco-íris. à vertical até que ela passa a ser refletida pela superfície
e atinge os nossos olhos. Com as refrações sofridas, o
caminho percorrido pela luz vai se encurvando, mas o nosso
cérebro interpreta que ela percorreu um caminho retilíneo.
O resultado disso é que acabamos vendo uma imagem do
objeto como se ele estivesse sendo refletido pelo solo.

42°
Exercícios Propostos
01. (UFJF) Considere uma gotícula d’água sobre a qual
incide obliquamente um raio de luz branca, como mostra
a figura. A velocidade da luz na água cresce com o
comprimento de onda. O comprimento de onda da luz
vermelha é maior que o da luz amarela, que por sua vez é
maior que o da luz azul. Assinale abaixo o item que mais
corretamente associa as cores aos raios 1, 2 e 3.
A cor do céu
Quando a luz do sol penetra a atmosfera da Terra,
ela sofre um fenômeno denominado espalhamento de
Rayleigh. Nesse sentido, a luz é absorvida pelas partículas
que compõem a atmosfera terrestre (moléculas de água, O2,
N2, CO2, poluição) e, em seguida, é espalhada em várias
direções. O céu é azul para um observador na Terra uma 1
vez que o azul é mais espalhado que as outras cores, por 2
3
apresentar um menor comprimento de onda.
DISPERSÃO E REFRAÇÃO ATMOSFÉRICA FÍSICA B14 599

a) raio 1 vermelho; raio 2 amarelo; raio 3 azul. 04. (UEPG) Em relação à observação das cores de objetos,
b) raio 1 azul; raio 2 amarelo; raio 3 vermelho. assinale o que for correto.
c) raio 1 amarelo; raio 2 azul; raio 3 vermelho. 01. O valor do índice de refração de um prisma de vidro
d) raio 1 vermelho; raio 2 azul; raio 3 amarelo. é diferente para cada cor que compõe a luz branca.
e) todas as cores seguem a mesma trajetória. 02. Se um objeto iluminado pela luz branca parece azul,
o mesmo objeto ao ser iluminado somente com luz
02. (UFPA) O arco-íris é um fenômeno óptico que acontece verde parecerá preto.
quando a luz branca do Sol incide sobre gotas esféricas 04. As cores observadas em bolhas de sabão e manchas
de água presentes na atmosfera. A figura abaixo de óleo podem ser explicadas pelo fenômeno da
mostra as trajetórias de três raios de luz, um vermelho interferência da luz.
(com comprimento de onda λ = 700 nm), um verde 08. Se uma rosa, com pétalas vermelhas, caule e folhas
(λ = 546 nm) e um violeta (λ = 436 nm), que estão num verdes, for iluminada apenas com luz vermelha, as
plano que passa pelo centro de uma esfera (também pétalas tornam-se mais quentes que o caule e as
mostrada na figura). Antes de passar pela esfera, estes folhas.
raios fazem parte de um raio de luz branca incidente. 16. A cor do céu parece ser azul pelo fato de a atmosfera
absorver quase toda radiação solar e deixar passar
Luz branca apenas a de cor azul.

05. (UCS) As bolhas de sabão possuem uma película que


separa o ar interno do ar externo da bolha. É muito
comum ao olhar para a superfície de uma bolha ver um
conjunto de cores, como se ali houvesse um arco-íris.
Esse efeito está associado ao fato de a película possuir
Luz violeta
uma espessura, logo uma superfície interna e uma
Luz verde
Luz vermelho externa. A luz branca que incide na superfície da bolha
pode produzir esse efeito de arco-íris graças
a) às propriedades das ondas eletromagnéticas de
Analisando as trajetórias destes raios quando passam reflexão, refração e transmissão.
do meio para a esfera e da esfera, de volta para o meio, b) às propriedades das ondas mecânicas de reflexão,
é correto afirmar que refração e transmissão.
a) o índice de refração da esfera é igual ao índice de c) à propriedade das ondas mecânicas de polarização.
refração do meio. d) à propriedade das ondas eletromagnéticas de
b) o índice de refração da esfera é maior do que o do polarização.
meio e é diretamente proporcional ao comprimento e) à condição de haver vácuo dentro da bolha de
de onda (λ) da luz. sabão.
c) o índice de refração da esfera é maior do que o do
meio e é inversamente proporcional ao comprimento
de onda (λ) da luz. Exercícios de Treinamento
d) o índice de refração da esfera é menor do que o do 01. (UFT TO) Um arco-íris se forma quando o Sol, as
meio e é diretamente proporcional ao comprimento gotas de chuva e o observador estão dispostos em um
de onda (λ) da luz. determinado ângulo. Os raios de sol penetram na gota
e) o índice de refração da esfera é menor do que o do de chuva e, devido à forma da gota, emergem com a
meio e é inversamente proporcional ao comprimento luz separada nos seus vários comprimentos de onda,
de onda (λ) da luz. atingindo então o olho do observador. O fenômeno que
ocorre com a luz na formação do arco-íris é chamado
03. (UFG) O arco-íris é um fenômeno ótico em que a luz solar de:
incide nas gotículas de água suspensas na atmosfera, a) Difração, interferência, dispersão.
gerando as cores do espectro eletromagnético. Nesse b) Interferência, reflexão, polarização.
fenômeno, em que ordem ocorrem os processos físicos c) Polarização, interferência, difração.
envolvidos? d) Reflexão, polarização, dispersão.
a) Refração, dispersão, reflexão e refração. e) Refração, reflexão, dispersão.
b) Dispersão, refração, reflexão e refração.
c) Dispersão, reflexão, refração e transmissão. 02. (UEG GO) O ar aquecido, rarefeito, das areias quentes
d) Refração, dispersão, transmissão e refração. do deserto, tem um índice de refração absoluto
e) Refração, reflexão, refração e dispersão. menor do que o índice de refração absoluto do ar à
temperatura ambiente mais fria. Isso faz com que, no
600 FÍSICA B14

deserto, os raios originados de um objeto distante – um 04. (PUC MG) Na Terra, uma pessoa pode ver o Sol, mesmo
oásis, pó exemplo – sejam desviados, afastando-se da quando ele está abaixo da linha do horizonte, porque o
normal, podendo ocorrer o fenômeno de refração total. ar atmosférico:
É este fenômeno que se dá o nome de miragem. a) anula a luz solar.
Após a leitura desse texto e com base em seus b) reflete a luz solar.
conhecimentos, marque a alternativa correta: c) refrata a luz solar.
a) A reflexão total ocorre sempre que a luz flui de meios d) polariza a luz solar.
mais refringentes para meios menos refringentes.
b) Ondas sonoras não podem sofrer reflexão total, Texto comum à questão 05
como a luz. Para nossos olhos, o mundo é organizado em esplendor
c) quanto maior o índice de refração absoluto de um aparentemente infinito de cores, do amarelo intenso
meio, maior é a velocidade da luz nesse meio. do girassol ao cinza-escuro de uma nuvem de chuva,
d) As fibras ópticas são fabricadas de modo que a luz do azul-claro do céu de inverno ao verde sedutor de
sofra reflexão interna parcial. uma esmeralda. Por isso, a maioria das pessoas se
e) Os espelhos não são refletores de luz. impressiona com qualquer cor capaz de ser reproduzida
pela mistura de apenas três comprimentos de ondas
03. (Uniube MG) Há situações do dia a dia em que a luz luminosas. Essa propriedade da visão humana,
não consegue atravessar a superfície de separação chamada tricromacia, surge porque a retina — camada
entre dois meios, apesar de estes serem transparentes. do olho formada por células nervosas que captam a luz
Ou seja, não se vê o fenômeno de refração da luz. A e transmitem a informação visual para o cérebro — usa
esse fenômeno damos o nome de reflexão total. somente três tipos de pigmentos para a visão em cores.
Seguem abaixo algumas consequências da reflexão (JACOBS; NATHANS, 2009, p. 52).
total da luz:
- A miragem é comum quando viajamos em estradas
longas e retas. Temos a impressão de que a superfície 05. (UNEB BA) As radiações visíveis de cores vermelha, verde
do asfalto está molhada. e azul podem ser obtidas por meio de luz branca solar
- As fibras ópticas são feitas de vidro ou de plástico que incide obliquamente na fronteira de um dioptro ar-
e possuem paredes extremamente lisas. Por esse vidro.
motivo, a fibra óptica é um condutor de luz. Essa Admitindo-se que a velocidade de propagação da luz
tecnologia é amplamente utilizada na medicina e no ar é igual a 3,0.108 m/s, uma análise da dispersão
nas telecomunicações. luminosa permite afirmar:
01. Os diferentes componentes da luz branca propagam-
Sobre a reflexão total da luz, são feitas algumas se em um meio homogêneo com velocidade de
afirmações: mesmo módulo.
I. Para haver reflexão total interna da luz, é necessário 02. O comprimento de onda da luz verde, de frequência
que a luz se propague de um meio mais denso para igual a 5,6.1014Hz, que se propaga no vidro, de
um meio menos denso. índice de refração igual a 1,52, é, aproximadamente,
II. Para haver reflexão total interna da luz, é necessário igual a 0,4 µ m.
que o ângulo de incidência seja superior ao ângulo 03. O desvio da luz azul é maior do que o da luz
limite de incidência. vermelha, consequentemente a velocidade da luz
III. A reflexão interna total independe do ângulo de azul, no vidro, é maior do que a da luz vermelha.
incidência do raio de luz no interior da fibra de vidro. 04. A velocidade de propagação da luz vermelha no
IV. Quando a luz passa do ar (n = 1) para a água vidro é igual a 3,0.105km/s.
(1,33), existe um ângulo de incidência para o qual 05. O desvio da luz vermelha em relação ao feixe de
ocorre a reflexão total. luz branca que incide na fronteira ar-vidro, com o
ângulo de incidência de 45º, é igual a 15º, sendo o
É(São) correta(s) a(s) afirmação(ões) contida(s) em: índice de refração do vidro para a luz vermelha igual
a) IV, apenas a 1,51 e sen28º igual a 0,47.
b) I e II, apenas
c) II e III, apenas
d) I , III e IV, apenas
e) I, II e III, apenas
B
FÍSICA
15 Lentes delgadas

Lentes esféricas Assim, para o caso em que o índice de refração da


As lentes são sistemas ópticos resultantes da associação lente é maior que o do meio, as lentes de bordas delgadas
de três meios homogêneos e transparentes. Geralmente, os são convergentes e as de bordas espessas são divergentes.
meios extremos são o ar e o intermediário é vidro ou plástico.
A separação de um meio extremo e o intermediário é feita nlente > nmeio
por uma superfície esférica de um lado e por uma superfície
plana ou esférica do outro lado. Seria basicamente a junção Lente convergente Lente divergente
de um dioptro esférico com outro dioptro plano ou esférico.

Classificação das lentes


Dependendo da espessura do centro da lente em
relação às bordas, as lentes podem ser classificadas como
de bordas delgadas ou de bordas espessas.
• Bordas delgadas – A parte periférica é mais fina do Lente de bordas delgadas Lente de bordas espessas
que o centro da lente.
• Bordas espessas – A parte periférica é mais espessa Se o índice de refração da lente é menor que o do
do que o centro da lente. meio, isso se inverte. Ou seja, as lentes de bordas delgadas
se tornam lentes divergentes e as de bordas espessas
Cada tipo de lente ainda apresenta três variações, convergentes.
como se pode ver na figura a seguir.
Em suma, temos a seguinte tabela para classificar
Lentes de bordas delgadas Lentes de bordas espessas lentes de bordas delgadas e espessas em convergentes e
divergentes.

Lente convergente Lente divergente


Lente de
Lentes biconvexa Lentes bicôncova bordas nlente > nmeio nlente < nmeio
delgadas
Lente de
bordas nlente < nmeio nlente > nmeio
espessas
Lentes plano-convexa Lentes plano-côncova

Para facilitar o estudos de lentes, elas são


representadas como um segmento de reta, similar a uma
seta dupla, perpendicular ao eixo principal. Se as pontas
da seta estiverem voltadas para “fora”, trata-se de uma
Lentes côncavo-convexa Lentes convexo-côncava
lente convergente. Se estiverem voltadas para “dentro”,
representa-se uma lente divergente.

Lentes convergentes e divergentes Lente convergente Lente divergente


Conforme o índice de refração da lente em relação
ao meio externo em que ela se encontra, ela pode ser
convergente ou divergente.
• Lentes convergentes – se a lente for mais refringente
que o meio externo, ela converge os raios de luz.
• Lentes divergentes – se a lente for menos refringente
que o meio externo, ela diverge os raios de luz.
602 FÍSICA B15

Exercícios Propostos a lupa converge os raios solares que incidem sobre ela,
01. (Uece) Um raio de luz se propaga pelo ar e incide em para um único ponto chamado foco da lente. As lentes
uma lente convergente, paralelamente ao eixo principal, esféricas podem ser utilizadas para corrigir os defeitos
saindo pela face oposta da lente. Sobre o raio de luz de visão. Também são utilizadas em vários instrumentos
após sair da lente, cuja espessura não é desprezível, é óticos, como, por exemplo, a câmara fotográfica, o
correto afirmar que microscópio, o telescópio, e muitos outros.
a) sofreu duas refrações. Disponível em: <http://www.cdcc.usp.br/exper/medio/fisica/
b) sofreu uma refração seguida por uma difração. kit5_otica_lente_espelho/exp3_lente_espelho.pdf >.
Acesso em: 23 dez. 2015, com adaptações.
c) sofreu duas difrações.
d) sofreu uma difração seguida por uma refração.
04. (UCB/Adaptada) Com respeito às lentes esféricas, julgue
02. (Puc RS) Quando um raio de luz monocromática passa a afirmativa a seguir como verdadeira (V) ou falsa (F).
obliquamente pela superfície de separação de um meio ( ) Toda lente esférica possui necessariamente as duas
para outro mais refringente, o raio aproxima-se da faces esféricas.
normal à superfície. Por essa razão, uma lente pode ser
convergente ou divergente, dependendo do índice de 05. (UFRRJ) É sabido que lentes descartáveis ou lentes
refração do meio em que se encontra. usadas nos óculos tradicionais servem para corrigir
As figuras 1 e 2 representam lentes com índice de dificuldades na formação de imagens no globo ocular e
refração n1 imersas em meios de índice de refração que desviam a trajetória inicial do feixe de luz incidente
n2, sendo N a normal à superfície curva das lentes. na direção da retina. Sendo assim, o fenômeno físico
Considerando essas informações, conclui-se que que está envolvido quando a luz atravessa as lentes é a
a) reflexão especular.
Figura 1 Figura 2
b) difração luminosa.
N
c) dispersão.
d) difusão.
N e) refração luminosa.
n1 n2
n1 n2

Lente1 Lente 2 Exercícios de Treinamento


01. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP) Uma
a) a lente 1 é convergente se n2 < n1. estudante de medicina, dispondo de espelhos esféricos
b) a lente 1 é convergente se n2 > n1. gaussianos, um côncavo e outro convexo, e lentes
c) a lente 2 é divergente se n2 > n1. esféricas de bordos finos e de bordos espessos, deseja
d) a lente 2 é convergente se n2 < n1. obter, da tela de seu celular, que exibe a bula de um
e) as lentes 1 e 2 são convergentes se n1 = n2. determinado medicamento, e aqui representada por
uma seta, uma imagem ampliada e que possa ser
03. (FCC) Uma lente, feita de material cujo índice de projetada na parede de seu quarto, para que ela possa
refração absoluto é 1,5, é convergente no ar. Quando fazer a leitura de maneira mais confortável.
mergulhada num líquido transparente, cujo índice de Assinale a alternativa que corresponde à formação
refração absoluto é 1,7, ela dessa imagem, através do uso de um espelho e uma
a) será convergente. lente, separadamente.
b) será divergente.
c) será convergente somente para a luz monocromática. a)
d) se comportará como uma lâmina de faces paralelas.
e) não produzirá nenhum efeito sobre os raios
luminosos.

Texto comum à questão 04


Lentes esféricas geralmente são feitas de vidro ou de
plástico e, como o próprio nome diz, pelo menos um dos b)
respectivos lados é esférico. Elas podem ser classificadas
basicamente em dois tipos: convergentes e divergentes.
Um exemplo de lente convergente é a lupa (ou lente de
aumento). Uma brincadeira comum entre as crianças é
utilizar essa lente para queimar papel ou acender um
palito de fósforo através da luz do Sol. Isso ocorre porque
LENTES DELGADAS FÍSICA B15 603

c)

d)

(http://pontociencia.org.br. Adaptado.)

Pela observação da figura, constata-se que a lente 1 é


__________ e a imagem por ela formada é __________
e que a lente 2 é __________ e a imagem por ela
02. (Famema SP) Uma pessoa observa uma letra F impressa formada é __________.
em uma folha de papel utilizando uma lente convergente Assinale a alternativa que preenche, correta e
como lupa, a qual é mantida em repouso, paralela à respectivamente, as lacunas apresentadas acima.
folha e a 10 cm dela. Nessa situação, as dimensões a) divergente – real – convergente – real
da imagem são três vezes maiores do que as da letra b) convergente – virtual – convergente – real
impressa, conforme mostra a figura. c) divergente – virtual – convergente – virtual
d) divergente – virtual – convergente – real
e) convergente – virtual – convergente – virtual

04. (FGV) Uma estudante usou uma lupa para pesquisar a


formação de imagens de objetos reais. Num instante de
Sol a pino, ela conseguiu obter um ponto luminoso no
chão, colocando a lupa a 20 cm dele e paralelamente
a ele. A seguir, aproximando a lupa a 15 cm de seu
celular, obteve uma imagem do celular
a) real, invertida e ampliada.
Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss, b) real, invertida e reduzida.
a distância focal da lente utilizada pela pessoa, em c) virtual, direita e ampliada.
centímetros, é igual a d) virtual, direita e reduzida.
a) 37,5. e) virtual, invertida e ampliada.
b) 15,0.
c) 22,5. 05. (Mackenzie SP) A figura ilustra o esquema, sem escala, de
d) 7,50. um pequeno objeto real P, situado sobre o eixo principal
e) 30,0. de uma lente delgada Convergente, com os respectivos
Focos Principais, F e F’, e Pontos Antiprincipais, C e C’.
03. (Famerp SP) Nas figuras, um texto é visto através de duas A imagem conjugada de P é ________, ________ e de
lentes esféricas, 1 e 2. A imagem formada pela lente altura ________ que a do objeto.
1 aparece menor do que o próprio texto e a imagem
formada pela lente 2 aparece maior.

A alternativa que preenche, corretamente, na ordem


correta de leitura, as lacunas do texto é
a) virtual, direita, igual ao dobro.
b) virtual, invertida, igual ao triplo.
c) real, direita, igual ao dobro.
d) real, invertida, igual ao triplo.
e) real, invertida, igual ao dobro.
FÍSICA
B 16 Pontos notáveis e propriedades

Elementos de uma lente esférica foco. Todo raio luminoso incidente paralelo ao eixo
As lentes esféricas são caracterizadas pelos seguintes principal se refrata alinhado ao foco principal da
elementos geométricos: imagem (F’). Do mesmo modo, todo raio luminoso
• centro de curvatura C1 e C2 das faces esféricas; incidente alinhado ao foco principal do objeto (F) se
• raios de curvatura R1 e R22 das faces esféricas; refrata paralelamente ao eixo principal.
• vértices V1 e V2 da lentes; Lente convergente Lente divergente
• eixo principal da lente, em que estão contidos os
centros de curvatura e os vértices;
• espessura da lente (e) – é a espessura da parte A F O F’ A’ A F O F’ A’
central da lente.

C1 C2 R2
V1 V2
R1 A F O F’ A’ A F O F’ A’

e
Lente de borda delgada

• Antiprincipal (A) – É o ponto que está localizado


C1 C2 R2 a uma distância igual ao dobro da distância focal
V1 V2 em relação ao centro óptico. Todo raio luminoso
incidente alinhado ao ponto antiprincipal do objeto
R1
(A) se refrata alinhado ao ponto antiprincipal da
imagem (A’).
e
Lente de borda espessa Lente convergente Lente divergente

A F O F’ A’ A F O F’ A’
Pontos e raios notáveis
Existem três pontos das lentes esféricas que apresentam
características importantes para o estudo posterior da
formação de imagens. Trata-se do centro óptico (O), foco
(F) e antiprincipal (A).

• Centro óptico (O) – É o ponto de cruzamento entre a Exercícios Propostos


lente e o eixo principal. Todo raio luminoso incidente 01. (Uece) Sobre lentes convergentes, é correto afirmar que
no centro óptico (O) se refrata sem sofrer desvio. um raio de luz que incide o paralelo ao eixo da lente
a) passa pelo foco após a refração.
Lente convergente Lente divergente
b) passa pelo foco após a difração.
c) segue paralelo ao eixo após a refração.
A F O F’ A’ A F O F’ A’ d) segue paralelo ao eixo após a difração.

02. (UFMG) A figura a seguir representa dois raios de luz,


paralelos ao eixo principal de uma lente de vidro,
envolvida pelo ar, incidindo nela.
• Foco (F) – É o ponto de convergência ou divergência
dos raios luminosos que incidem sobre a lente. A
distância focal (f) é a distância do centro óptico até o
PONTOS NOTÁVEIS E PROPRIEDADES FÍSICA B16 605

04. (Uerj) As figuras abaixo representam raios solares


incidentes sobre quatro lentes distintas.

Ao emergir da lente, estes raios de luz I II III IV


a) convergem no centro óptico da lente.
b) divergem do centro óptico da lente. Deseja-se incendiar um pedaço de papel, concentrando
c) convergem no foco da lente. a luz do sol sobre ele. A lente que seria mais efetiva para
d) convergem para um ponto mais próximo da lente essa finalidade é a de número
que o foco. a) I.
e) divergem de um ponto mais próximo da lente que o b) II.
foco. c) III.
d) IV.
03. (Uel) Certos dispositivos possibilitam visualizar ou
demonstrar fenômenos naturais explicados pelas Leis da 05. (Puc SP/Adaptada) As figuras a seguir são fotografias
Física como o que se encontra no Museu de Ciência e de feixes de luz paralelos que incidem e atravessam
Tecnologia de Londrina, conforme a figura a seguir. duas lentes esféricas imersas no ar. Considere que as
lentes são feitas de um material cujo índice de refração
absoluto é maior do que o índice de refração do ar.

Figura A Figura B

Sobre essa situação fazem-se as seguintes afirmações.


I. A lente da figura A comporta-se como lente
Nos compartimentos inferiores do dispositivo, há dois convergente e a lente da figura B comporta-se como
tipos de lentes, sendo possível observar a convergência lente divergente.
e a divergência dos raios de luz que incidem nas lentes II. O comportamento óptico da lente da figura A não
e delas emergem ao se acionar um botão. mudaria se ela fosse imersa em um líquido de índice
Com base na imagem e nos conhecimentos sobre de refração absoluto maior que o índice de refração
lentes esféricas, assinale a alternativa que apresenta, absoluto do material que constitui a lente.
corretamente, o caminho percorrido pelos raios de luz. III. Para queimar uma folha de papel, concentrando a
luz solar com apenas uma lente, uma pessoa poderia
utilizar a lente B.
a) F
F F’ F’
Das afirmações, estão corretas apenas
a) I.
b) II e III.
b) c) I e II.
F F’ F F’
d) I, II e III.

c) Exercícios de Treinamento
F F’ F F’
01. (Unifesp SP) Considere as situações seguintes.
I. Você vê a imagem ampliada do seu rosto, conjugada
por um espelho esférico.
d) II. Um motorista vê a imagem reduzida de um carro
F F’ F F’
atrás do seu, conjugada pelo espelho retrovisor
direito.
III. Uma aluna projeta, por meio de uma lente, a
e) imagem do lustre do teto da sala de aula sobre o
F F’ F F’
tampo da sua carteira.
606 FÍSICA B16

A respeito dessas imagens, em relação aos dispositivos


ópticos referidos, pode-se afirmar que
a) as três são virtuais.
b) I e II são virtuais; III é real.
c) I é virtual; II e III são reais.
d) I é real; II e III são virtuais.
e) as três são reais.

02. (Mackenzie SP) A partir de um objeto real de altura a)


H, disposto verticalmente diante de um instrumento
óptico, um artista plástico necessita obter uma imagem
conjugada de altura igual a 2 H. Nesse caso, dependendo
das condições de trabalho, esse profissional poderá
utilizar
a) um espelho esférico côncavo ou um espelho esférico b)
convexo.
b) um espelho esférico côncavo ou uma lente
convergente.
c) um espelho esférico convexo ou uma lente divergente.
d) um espelho esférico côncavo ou uma lente
divergente.
e) um espelho esférico convexo ou uma lente
c)
convergente.

03. (Unifesp SP) Um estudante observa que, com uma das


duas lentes iguais de seus óculos, consegue projetar
sobre o tampo da sua carteira a imagem de uma
lâmpada fluorescente localizada acima da lente, no teto d)
da sala. Sabe-se que a distância da lâmpada à lente é
de 1,8 m e desta ao tampo da carteira é de 0,36 m.
a) Qual a distância focal dessa lente?
b) Qual o provável defeito de visão desse estudante?
Justifique.
e)
04. (UFSCar SP) Pesquisas recentes mostraram que o
cristalino humano cresce durante a vida, aumentando
seu diâmetro cerca de 0,02 mm por ano. Isso acarreta,
na fase de envelhecimento, um defeito de visão chamado
presbiopia, que pode ser corrigido de forma semelhante
a) à miopia, com uso de lentes divergentes.
b) à miopia, com uso de lentes convergentes.
c) à hipermetropia, com uso de lentes divergentes.
d) à hipermetropia, com uso de lentes convergentes.
e) ao astigmatismo, com uso de lentes convergentes ou
divergentes.

05. (Mackenzie SP) Na produção de um bloco de vidro flint,


de índice de refração absoluto 1,7, ocorreu a formação
de uma “bolha” de ar (índice de refração absoluto
1,0), com o formato de uma lente esférica biconvexa.
Um feixe luminoso monocromático, paralelo, incide
perpendicularmente à face A do bloco, conforme a
figura ao lado, e, após passar pelo bloco e pela bolha,
emerge pela face B. A figura que melhor representa o
fenômeno é:
C
FÍSICA
13 Ondas sonoras

Ondas sonoras são ondas mecânicas que produzem Foi utilizado ∆s = 2d , pois é a distância que a onda
sensações auditivas ao penetrarem os ouvidos de uma sonora percorre para ir e voltar até a pessoa. Se o intervalo
pessoa e elas são audíveis na faixa de 20 Hz a 20 000 Hz. de tempo for menor que 0,1s, a pessoa ouvirá o som refletido
Abaixo de 20 Hz, as ondas são denominadas infrassons e, como um prolongamento do som emitido. Esse fenômeno é
acima de 20 000 Hz, são os ultrassons. Por serem ondas denominado reverberação. Já quando o intervalo de tempo
mecânicas, necessitam de um meio de propagação, ou é maior que 0,1 s, ocorre o eco, ou seja, a pessoa ouve o
seja, elas não se propagam no vácuo. Além disso, a direção som refletido de forma separada do som emitido por ela.
de propagação é a mesma da vibração, sendo classificadas
como longitudinais, e são tridimensionais. O som sofre refração ao passar de um meio para outro
em que a sua velocidade é diferente. Assim como qualquer
Velocidade do som onda, a frequência do som não se altera na refração. A
As ondas sonoras são capazes de se propagar tanto nos difração do som é outra propriedade das ondas que faz
meios sólidos quanto em meios fluidos (líquidos e gasosos). com que ele seja capaz de contornar obstáculos de até
A velocidade do som é dependente do meio, sendo maior 20 m de dimensão.
nos sólidos e menor nos gases. Além disso, diferentemente
dos meios sólidos, nos meios fluidos a velocidade do som As ondas sonoras também sofrem interferência quando
também é influenciada pela temperatura – quanto maior a ocorre o encontro de dois ou mais sons originados por
temperatura, maior é a velocidade do som. várias fontes ou por reflexões em obstáculos. Um exemplo
desse fenômeno é o batimento, o qual ocorre quando
A velocidade do som no ar e a 20 °C é de as ondas sonoras apresentam frequências ligeiramente
aproximadamente 340 m/s. diferentes e sofrem interferência. Quando se ouve um som
forte, a interferência é construtiva. Quando há silêncio, a
As ondas sonoras também podem ser descritas pelas interferência é destrutiva. A frequência de batimento (fB) é
grandezas associadas às ondas, como amplitude (A), dada pela diferença entre as frequências das ondas que
comprimento de onda ( λ ), frequência (f) e velocidade de compõe o batimento.
propagação (vsom). Essa última é dada por vsom = λf
f B = f2 − f1 , f2>f1
A frequência da onda depende apenas da fonte que
a emitiu. Por outro lado, a velocidade de propagação e o Efeito Doppler
comprimento de onda dependem do meio em que a onda O efeito doppler é o fenômeno que ocorre quando o
se encontra. observador e a fonte emissora do som estão em movimento
relativo. Nesse caso, as ondas sonoras apresentarão uma
A velocidade do som também pode ser calculada frequência diferente para o observador, denominada
pela fórmula da velocidade do movimento uniforme (MU). frequência aparente (f’).
∆s
vsom =
∆t Quando o observador se aproxima da fonte, a
Nesse caso, ∆s é a distância percorrida pela onda frequência aparente é maior que a frequência real (f) do
sonora em um intervalo de tempo ∆t. Propriedades das som. Se ele estiver se afastando, a frequência aparente é
ondas sonoras menor que a frequência real do som. Se o observador está
com velocidade vo e a fonte com velocidade v f , então a
As ondas sonoras sofrem reflexão com inversão de fase frequência aparente é obtida pela seguinte expressão:
ao atingirem um obstáculo fixo. Assim, seja d a distância
entre uma pessoa que está emitindo um som e um obstáculo  v ±v 
f ' = f  som o 
fixo, o tempo que leva para ela ouvir o som refletido pelo v ±v
 som f 
obstáculo é

∆s 2d O sinal das velocidades do observador e da fonte


vsom = ⇒ vsom =
∆t ∆t dependem do sentido de orientação do eixo.
2d
∆t =
vsom
608 FÍSICA C13

Exercícios Propostos
01. (Unitau) Nos pontos A e B da figura a seguir estão dois alto-falantes que emitem de mesma frequência e em fase. Se a
frequência for crescendo desde cerca de 30 Hz, atingirá um valor em que o observador deixa de ouvir o som. Qual é essa
frequência? (velocidade do som no ar = 340 m/s)

A B

1m

a) 70 Hz
b) 120 Hz
c) 170 Hz
d) 340 Hz
e) 510 Hz

02. (FCMMG) A percepção de ondas sonoras dos seres humanos é diferente para distintas espécies de animais. A figura abaixo
mostra faixas de frequências, em Hz, percebidas por vários animais.

Campo auditivo humano


Infrasons Ultrasons

0 20 20 000 40 000 160 000 Frequência (Hz)

elefante, toupeira

cão, gato

morcego, golfinho

Considerando que a velocidade do som no ar é de 340 m/s, o comprimento de onda comum, em metros, entre o som
percebido por um elefante, por um gato e por um homem pode ser de
a) 1 m.
b) 2 m.
c) 5 m.
d) 10 m.

03. (Unig) O som é a sensação sentida através da audição pela ação das ondas sonoras que vibram em uma frequência de
20,0 Hz a 20,0 kHz. Sendo a velocidade do som no ar igual a 340 m/s, então o menor comprimento de onda que pode
ser percebido pelo ouvido humano, em mm, é igual a
01) 9,0.
02) 11,0.
03) 13,0.
04) 15,0.
05) 17,0.
ONDAS SONORAS FÍSICA C13 609

04. (UFTM) Ondas sonoras são ondas mecânicas


produzidas por deformações provocadas pela diferença
de pressão em um meio elástico. A respeito desse tipo
de perturbação, é correto afirmar:
a) quando uma onda sonora é emitida no ar e passa a
propagar-se na água, tem sua frequência diminuída.
b) ondas sonoras de mesma frequência podem ter
timbres diferentes.
c) na refração de ondas sonoras não ocorre mudança
do comprimento de onda.
d) ondas sonoras propagam-se mais rapidamente no
vácuo do que na matéria.
e) quanto maior a frequência de uma onda sonora,
mais grave é o som produzido.

05. (IFMT) Uma criança brincava de bola em frente a sua É correto apenas o que se afirma em
casa, quando, de repente, um carro de som em alta a) I.
velocidade veio na sua direção. A criança percebeu b) II.
que, quando o carro se aproximava, o som estava c) III.
mais agudo, e, quando se afastava, estava mais grave. d) I e III.
Esse mesmo fenômeno também é observado em e) II e III.
ondas eletromagnéticas, como a luz para analisar se
as galáxias estão se aproximando ou se afastando da 02. (Fuvest SP) Um alto-falante fixo emite um som cuja
nossa galáxia (Via Láctea). Quando as galáxias estão se freqüência F, expressa em Hz, varia em função do tempo
aproximando com uma velocidade relativamente alta, a t na forma F(t) = 1000 + 200 t. Num determinado
frequência que chega até nós é diferente da frequência momento, o alto-falante está emitindo um som com
real emitida, tendo um desvio para o azul, e, quando se uma freqüência F1 = 1080 Hz. Nesse mesmo instante,
afasta, tem um desvio para o vermelho. Esse fenômeno uma pessoa P, parada a uma distância D = 34 m do
é conhecido na Física como alto-falante, está ouvindo um som com uma frequência
a) Efeito Joule. F2, aproximadamente, igual a:
b) Efeito Corona.
c) Efeito Fotoelétrico.
d) Efeito Compton.
e) Efeito Doppler.

Exercícios de Treinamento
01. (Fuvest SP) O resultado do exame de audiometria de Velocidade do som no ar ≈ 340 m/s
uma pessoa é mostrado nas figuras abaixo. Os gráficos a) 1020 Hz
representam o nível de intensidade sonora mínima I, b) 1040 Hz
em decibéis (dB), audível por suas orelhas direita e c) 1060 Hz
esquerda, em função da frequência f do som, em kHz. A d) 1080 Hz
comparação desse resultado com o de exames anteriores e) 1100 Hz
mostrou que, com o passar dos anos, ela teve perda
auditiva. Com base nessas informações, foram feitas as 03. (Fuvest SP) Uma onda sonora plana se propaga, em uma
seguintes afirmações sobre a audição dessa pessoa: certa região do espaço, com velocidade V = 340m/s,
I. Ela ouve sons de frequência de 6 kHz e intensidade na direção e sentido do eixo y, sendo refletida por uma
de 20 dB com a orelha direita, mas não com a parede plana perpendicular à direção de propagação e
esquerda. localizada à direita da região representada no gráfico
II. Um sussurro de 15 dB e frequência de 0,25 kHz é a seguir. As curvas I e R desse gráfico representam,
ouvido por ambas as orelhas. respectivamente, para as ondas sonoras incidente
III. A diminuição de sua sensibilidade auditiva, com o e refletida, a diferença entre a pressão P e a pressão
passar do tempo, pode ser atribuída a degenerações atmosférica P0, (P – P0), em função da coordenada
dos ossos martelo, bigorna e estribo, da orelha y, no instante t = 0. As flechas indicam o sentido de
externa, onde ocorre a conversão do som em propagação dessas ondas.
impulsos elétricos.
610 FÍSICA C13

a) Determine a freqüência f da onda incidente. 05. (Fuvest SP) O som de um apito é analisado com o uso
b) Represente, com caneta, no gráfico a seguir, a curva de um medidor que, em sua tela, visualiza o padrão
de P – P0, em função de y, no instante t = 0, para apresentado na figura abaixo. O gráfico representa a
a onda sonora resultante da superposição, nesta variação da pressão que a onda sonora exerce sobre
região do espaço, das ondas incidente e refletida. o medidor, em função do tempo, em µs (1µs = 10-6 s).
(Represente ao menos um ciclo completo). Analisando a tabela de intervalos de freqüências
c) Uma pessoa caminhando lentamente ao longo da audíveis, por diferentes seres vivos, conclui-se que esse
direção y percebe, com um de seus ouvidos (o outro apito pode ser ouvido apenas por
está tapado), que em algumas posições o som tem
intensidade máxima e em outras tem intensidade Seres vivos Intervalos de frequência
nula. Determine uma posição y0 e outra ym, do cachorro 15 Hz – 45.000 Hz
ouvido, onde o som tem intensidade nula e máxima, ser humano 20 Hz – 20.000 Hz
respectivamente. Encontre, para a onda resultante,
sapo 50 Hz – 10.000 Hz
o valor da amplitude Am, de P – P0, em pascals, na
posição ym. gato 60 Hz – 65.000 Hz
morcego 1000 Hz – 120.000 Hz

vaiação de
pressão
tempo
10µs

a) seres humanos e cachorros


b) seres humanos e sapos
c) sapos, gatos e morcegos
d) gatos e morcegos
e) morcegos

04. (Fuvest SP) Uma onda sonora considerada plana,


proveniente de uma sirene em repouso, propaga-se
no ar parado, na direção horizontal, com velocidade
V igual a 330 m/s e comprimento de onda igual a
16,5 cm. Na região em que a onda está se propagando,
um atleta corre, em uma pista horizontal, com velocidade
U igual a 6,60 m/s, formando um ângulo de 60º com
a direção de propagação da onda. O som que o atleta
ouve tem frequência aproximada de:

60º
V

frentes de onda

a) 1960 Hz
b) 1980 Hz
c) 2000 Hz
d) 2020 Hz
e) 2040 Hz
C
FÍSICA
14 Cordas vibrantes

Onda estacionária L
Considere uma corda esticada a uma tensão (T) e
com as extremidades presas. Ao vibrar essa corda com 1º harmônico
uma fonte, uma onda periódica se propagará por ela, com
velocidade de propagação (v) equivalente a
2º harmônico
T
v=
µ

em que µ é a densidade linear de massa da corda. 3º harmônico


Essa onda sofrerá reflexão com inversão de fase na antinó
extremidade fixa e, portanto, tanto a onda incidente quanto
a onda refletida se propagarão pela corda. Essas duas
ondas vão se encontrar em determinado momento e sofrer A partir desse padrão apresentado, podemos dizer que
interferência.
2L
λn =
Se a fonte vibrar a corda com certas frequências e n
de forma constante, as ondas incidente e refletida serão
idênticas, ou seja, terão frequências, amplitudes, velocidades Lembrando que v = λf , temos
e comprimentos de onda iguais. Logo, as ondas resultantes
da interferência entre a onda incidente e a refletida são nv
fn =
denominadas ondas estacionárias. As frequência com 2L
que as ondas estacionárias são geradas são chamadas de
frequências naturais da corda. Dessa forma, a frequência do primeiro harmônico é
v v 3v
A frequência fundamental é a menor frequência f1 = , do segundo é f2 = , do terceiro é f3 = etc.
natural que produz esse comportamento na corda. Portanto, 2L L 2L
ao excitar a corda com a frequência fundamental dela, vai Em um instrumento musical de corda, a vibração
ser produzida uma onda estacionária denominada primeiro da corda provoca o surgimento de uma onda sonora. A
harmônico. As outras ondas estacionárias são chamadas de frequência do som que ouvimos é igual à frequência de
harmônicos. vibração da corda.

Os pontos de interferência destrutiva total da corda


ficam em repouso na corda e são chamados de nós. A Exercícios Propostos
01. (Uece) Uma corda de 60 cm, em um violão, vibra a uma
λ
distância entre dois nós consecutivos é . As cristas e os vales determinada frequência. É correto afirmar que o maior
2 comprimento de onda dessa vibração, em cm, é
são os pontos de interferência construtiva, denominados de a) 60.
antinós. Assim, se a corda tem comprimento L, o primeiro b) 120.
c) 30.
λ
harmônico tem dois nós e um antinó e L = . O segundo d) 240.
2
harmônico (n = 2) tem três nós e dois antinós e L = λ. O 02. (Fuvest) Uma corda, presa em ambas as extremidades,
oscila com um comprimento de onda de 60 cm. Os

terceiro harmônico tem quatro nós e três antinós e L = . três menores valores possíveis para o comprimento da
2 corda, em cm, são
a) 30, 60 e 90. b) 30, 60 e 120.
c) 60, 90 e 120. d) 60, 120 e 240.
e) 120, 180 e 240.
612 FÍSICA C14

03. (Fuvest) Uma corda de violão tem 0,60 m de Exercícios de Treinamento


comprimento. Os três maiores comprimentos de ondas Texto comum à questão 01
estacionárias que se podem estabelecer nessa corda Quando necessário, adote os valores da tabela:
são (em metros) • módulo da aceleração da gravidade: 10 m.s–2
a) 1,20; 0,60; 0,40. • calor específico da água: 1,0 cal.g–1.º C–1
b) 1,20; 0,60; 0,30. • densidade da água: 1 g.cm–3
c) 0,60; 0,30; 0,20. • 1 atm = 1,0 × 105 Pa
d) 0,60; 0,30; 0,15. • k = 9 × 109 N.m2.C–2
e) 0,60; 0,20; 0,12. • 1cal = 4,0 J

04. (Uepa) Considere o som produzido pela corda de um 01. (PUC SP) Uma corda inextensível e homogênea, de
violão nas duas situações indicadas na figura baixo. comprimento igual a 100 cm e massa igual a 50 g,
O comprimento da corda é reduzido a 2/3 no caso 2. tem um de seus extremos conectado a uma mola ideal
Comparando a frequência f1 do som produzido no caso disposta verticalmente. O outro extremo da corda está
1 com a frequência f2 produzida no caso 2 é correto preso a um corpo metálico de massa m, suspenso
afirmar que verticalmente, conforme indicado na figura abaixo.
Caso 1
A mola é posta a oscilar verticalmente em movimento
Caso 2
harmônico simples, com uma frequência de 20 Hz.
Considerando a polia ideal, determine a massa do corpo
metálico, em unidades do SI, para que se obtenham
dois ventres na onda transversal estacionária que se
forma na corda.

a) f1 = 3 f2.
b) f1 = 2 f2.
c) f1 = 3f2/2.
d) f1 = f2. a) 4,0.
e) f1 = 2f2/3. b) 2,0.
c) 1,0.
05. (Uneb) O conhecimento e o entendimento das d) 0,5.
propriedades das ondas possibilitam o estudo de
frequências naturais de oscilação das construções 02. (Famema SP) A figura representa um instrumento musical
de engenharia, sendo muito útil para a resolução de de sopro constituído por um tubo de comprimento
problemas futuros que surjam nessas construções. L, aberto nas duas extremidades. Ao soprar esse
Considerando-se que a velocidade das ondas instrumento, estimula-se a vibração do ar, produzindo
transversais em uma corda esticada é igual a ondas estacionárias, que se propagam com velocidade
180,0 m/s e sendo o comprimento da corda igual a (v), dentro desse tubo, conforme a figura.
4,0 m, é correto afirmar que a frequência do segundo
harmônico gerado nessa corda, em Hz, é igual a
01. 30,0.
02. 35,0.
03. 40,0.
04. 45,0.
05. 50,0.

Considerando essas informações, a frequência do som


emitido por esse instrumento será
CORDAS VIBRANTES FÍSICA C14 613

05. (PUC SP) Um homem mantém em equilíbrio estático um


v v
a) f =3 b) f = bloco preso a uma corda de densidade linear igual a
2L 4L
0,01kg/m, conforme a figura. Determine a massa M do
bloco, sabendo que as frequências de duas harmônicas
v v
c) f = d) f =2 consecutivas de uma onda estacionária no trecho
2L L
vertical de 2 m da corda correspondem a 150 Hz e
175 Hz.
v
e) f =
L

03. (UFMG) Uma corda esticada e presa nas duas


extremidades pode vibrar em diferentes frequências,
sendo a mais baixa delas denominada frequência do
modo fundamental. Em um violino, a distância entre as
extremidades em cada corda é de 0,32 m.
Maria Sílvia coloca esse violino próximo a um autofalante
conectado a um dispositivo capaz de produzir sons com
frequências que variam continuamente entre 500 Hz e
1.500 Hz. Ela observa que uma das cordas oscila apenas
quando o dispositivo emite sons com as frequências de
880 Hz e 1.320 Hz. a) 102 g
Dado: vsom = 340 m/s b) 103 g
c) 104 g
1. Na situação dessa corda vibrando em seu modo d) 105 g
fundamental, DETERMINE e) 106 g
A) a frequência da vibração.
B) o comprimento de onda da onda na corda.
2. Com relação ao som emitido por essa corda quando
ela vibra em seu modo fundamental, DETERMINE
A) a frequência dessa onda sonora.
B) o comprimento de onda dessa onda sonora.

04. (FGV) A nota lá da escala cromática musical é tida


como referência na afinação dos instrumentos. No
violão comum de 6 cordas, a quinta corda (segunda de
cima para baixo), devidamente afinada, emite a nota lá
vibrando com frequência de 220 Hz. Se o instrumentista
colocar seu dedo num traste localizado a meia distância
dos extremos desta corda e percuti-la, ele ouvirá a nota
lá vibrando com frequência de
a) 440 Hz, mantida a velocidade de propagação da
onda formada.
b) 110 Hz, mantida a velocidade de propagação da
onda formada.
c) 440 Hz, com velocidade de propagação da onda
dobrada.
d) 110 Hz, com velocidade de propagação da onda
dobrada.
e) 440 Hz, com velocidade de propagação da onda
reduzida à metade.
FÍSICA
C 15 Ressonância

Ressonância é o fenômeno que ocorre quando um 03. (Unip) A Ponte de Tacoma, nos Estados Unidos, ao
sistema é excitado com frequência igual a uma de suas receber impulsos periódicos do vento, entrou em
frequências naturais. A consequência disso é um aumento vibração e foi totalmente destruída. O fenômeno que
exagerado da amplitude de vibração, podendo levar ao melhor explica esse fato é
colapso do sistema. a) o efeito Doppler.
b) a ressonância.
Exemplos de efeitos da ressonância incluem c) a interferência.
• o colapso da ponte próxima a Manchester em 1831. d) a difração.
Uma tropa de cavalaria estava marchando sobre e) a refração.
essa ponte com o ritmo igual à frequência natural da
estrutura. 04. (UFPA) No trabalho de restauração de um antigo piano,
• o barulho das ondas do mar ao encostar o ouvido um músico observa que se faz necessário substituir uma
em uma concha. de suas cordas. Ao efetuar a troca, fixando rigidamente
• a queda da Ponte de Tacoma nos Estados Unidos, a corda pelas duas extremidades ao piano, ele verifica
em 1940. A ponte começou a oscilar com grande que as frequências de 840 Hz, 1050 Hz e 1260 Hz
amplitude porque a frequência do vento se igualou a são três frequências de ressonâncias sucessivas dos
uma das frequências naturais da ponte. harmônicos gerados na corda. Se a velocidade de
• uma pessoa quebrando uma taça de vidro ao cantar. propagação de uma onda transversal na corda for
Ao emitir ondas sonoras com frequência equivalente 210 m/s, pode-se afirmar que o comprimento da corda,
à frequência natural da taça, esta recebe muita colocada no piano, em cm, é
energia e vibra até quebrar. a) 100.
b) 90.
c) 30.
Exercícios Propostos d) 50.
01. (Puc PR) Numa certa guitarra, o comprimento das e) 30.
cordas (entre suas extremidades fixas) é de 0,6 m. Ao ser
dedilhada, uma das cordas emite um som de frequência 05. (UFSCar) Com o carro parado no congestionamento
fundamental igual a 220 Hz. sobre o centro de um viaduto, um motorista pôde
Marque a proposição verdadeira. constatar que a estrutura deste estava oscilando intensa
a) Se somente a tensão aplicada na corda for alterada, e uniformemente. Curioso, pôs-se a contar o número
a frequência fundamental não se altera. de oscilações que estavam ocorrendo. Conseguiu
b) A distância entre dois nós consecutivos é igual ao contar 75 sobes e desces da estrutura no tempo de
comprimento de onda. meio minuto, quando teve que abandonar a contagem
c) O comprimento de onda do primeiro harmônico é devido ao reinício lento do fluxo de carros. Mesmo
de 0,6 m. em movimento, observou que conforme percorria
d) A velocidade das ondas transversais na corda é de lentamente a outra metade a ser transposta do viaduto,
264 m/s. a amplitude das oscilações que havia inicialmente
e) As ondas que se formam na corda não são ondas percebido gradativamente diminuía, embora mantida a
estacionárias. mesma relação com o tempo, até finalmente cessar na
chegada em solo firme. Levando em conta essa medição,
02. (UFMG) Para que um corpo vibre em ressonância com pode-se concluir que a próxima forma estacionária de
um outro é preciso que oscilação desse viaduto deve ocorrer para a frequência,
a) seja feito do mesmo material que o outro. em Hz, de
b) vibre com a maior amplitude possível. a) 15.
c) tenha uma frequência natural igual a uma das b) 9.
frequências naturais do outro. c) 7,5.
d) vibre com a maior frequência possível. d) 5.
e) vibre com a menor frequência. e) 2,5.
RESSONÂNCIA FÍSICA C15 615

Exercícios de Treinamento
01. (UFPR) Foram geradas duas ondas sonoras em um
determinado ambiente, com frequências f1 e f2. Sabe-se
que a frequência f2 era de 88 Hz. Percebeu-se que essas
duas ondas estavam interferindo entre si, provocando
o fenômeno acústico denominado “batimento”, cuja a) 10 m. b) 15 m.
frequência era de 4 Hz. Com o uso de instrumentos c) 20 m. d) 30 m.
adequados, verificou-se que o comprimento de onda e) 45 m.
para a frequência f2 era maior que o comprimento de
onda para a frequência f1. Com base nessas informações, 04. (UFSCar SP) No passado, quando os motoristas
assinale a alternativa que apresenta a frequência f1. adentravam em um túnel, começavam a buzinar
a) 22 Hz. em tom de brincadeira, pelo simples prazer de ouvir
b) 46 Hz. ecoar o grande ruído produzido. Mais recentemente,
c) 84 Hz. engenheiros constataram que tais sons produzem ondas
d) 92 Hz. estacionárias que podem afetar a estrutura dessas
e) 352 Hz. construções.

02. (Famerp SP) A figura mostra um diapasão, instrumento


metálico que, ao ser golpeado, emite ondas sonoras
com frequência correspondente a determinada nota
musical.

O carro esquematizado está com sua buzina localizada


exatamente no centro do arco que delimita o túnel,
cujo diâmetro é 10 m. Se a buzina emite o som da
nota Lá (440 Hz), e se a velocidade de propagação do
som no ar é 340 m/s, o número de comprimentos de
(www.ciencias.seed.pr.gov.br) onda que o som percorrerá até atingir o teto do túnel é,
aproximadamente,
Quando se aproxima um diapasão vibrando das cordas a) 2,5. b) 3,5.
de um instrumento afinado, a corda correspondente c) 4,5. d) 5,5.
à nota emitida pelo diapasão passa a vibrar com a e) 6,5.
mesma frequência.
Esse fato é explicado pelo fenômeno de 05. UFRRJ) A ilustração abaixo reproduz a figura formada
a) ressonância. por uma onda estacionária, produzida na superfície da
b) difração. água colocada em uma cuba. A cuba foi construída de
c) interferência. modo que a profundidade em uma parte é diferente da
d) dispersão. profundidade na outra parte.
e) reverberação.

03. (UFPR) Uma fila de carros, igualmente espaçados, de


tamanhos e massas iguais faz a travessia de uma ponte
com velocidades iguais e constantes, conforme mostra
a figura abaixo. Cada vez que um carro entra na ponte,
o impacto de seu peso provoca nela uma perturbação
em forma de um pulso de onda. Esse pulso se propaga
com velocidade de módulo 10 m/s no sentido de A para a) Qual a razão f1/f2 entre a frequência f1 da onda na
B. Como resultado, a ponte oscila, formando uma onda parte 1 da cuba e a frequência f2 da onda na parte
estacionária com 3 ventres e 4 nós. Considerando que 2?
o fluxo de carros produza na ponte uma oscilação de b) Com base nas informações contidas na figura,
1 Hz, assinale a alternativa correta para o comprimento determine a razão v1/v2 entre as velocidades de
da ponte. propagação da onda v1 (na parte 1) e v2 (na parte 2).
FÍSICA
C 16 Tubos sonoros

Tubo sonoro é um tubo oco em que há um coluna λ


L=5
gasosa (geralmente, o ar) que pode vibrar com frequências 4
sonoras. Esse é o princípio de construção de alguns
instrumentos musicais, como flauta, corneta e saxofone. Os
tubos sonoros podem ser classificados de duas formas.
• Tubo fechado - uma extremidade é fechada e a outra 5º harmônico
é aberta.
• Tubo aberto - as duas extremidades são abertas.
Com relação ao tubo aberto, a onda sonora enviada
As vibrações do ar dentro de um tubo sonoro podem sofre reflexão sem inversão de fase na outra extremidade,
ser consideradas como ondas estacionárias causadas pela também aberta. Assim, o primeiro modo vibracional
interferência do som que é enviado por uma extremidade da onda tem comprimento de onda em um tubo de
com o que é refletido na outra. comprimento L igual λ = 2L. Portanto, em tubos abertos, o
som fundamental e os harmônicos apresentam a frequência
Em se tratando de um tubo fechado, o som é enviado calculada de forma geral
pela embocadura próximo à extremidade aberta e a onda v
é refletida com inversão de fase. Considerando esse fato e f =n , n = 1, 2, 3, 4...
2L
que o tubo tem comprimento L, o primeiro modo vibracional
apresenta comprimento de onda equivalente a λ = 4 L e,
λ
L =1
v 2
portanto, a frequência desse primeiro harmônico é f = .
4L
Realizando essa análise de forma análoga para os próximos
harmônicos, nota-se que os tubos fechados emitem o som 1º harmônico
(som fundamental)
fundamental e os respectivos harmônicos em ordem ímpar.
Generalizando,
v λ
f =n , n = 1, 3, 4, 5... L =2
4L 2

λ
L =1
4
2º harmônico

1º harmônico
(som fundamental) λ
L =3
2

λ
L =3
4
3º harmônico

3º harmônico
TUBOS SONOROS FÍSICA C16 617

Exercícios Propostos 04. (UCB) Considerando que o ouvido humano é um tubo


01. (UFPR) Uma orquestra é formada por instrumentos com uma extremidade fechada, que no tubo ressona o
musicais de várias categorias. Entre os instrumentos de harmônico fundamental e que a velocidade do som no
sopro, temos a flauta, que é, essencialmente, um tubo ar é 340 m/s, é correto afirmar que um ouvido humano
sonoro aberto nas duas extremidades. Uma dessas de 2,5 cm é mais sensível para a seguinte frequência:
flautas tem comprimento L = 34 cm. Considere que a) 34 Hz.
a velocidade do som no local vale vsom = 340 m/s. b) 850 Hz.
Levando em consideração os dados apresentados, c) 3 400 Hz.
assinale a alternativa que apresenta corretamente o d) 6 800 Hz.
valor da menor frequência (chamada de frequência e) 13 600 Hz.
fundamental) que essa flauta pode produzir.
a) 100 Hz. 05. (Albert Einstein SP) Em 1816 o médico francês René
b) 250 Hz. Laënnec, durante um exame clínico numa senhora, teve
c) 500 Hz. a ideia de enrolar uma folha de papel bem apertada e
d) 1 000 Hz. colocar seu ouvido numa das extremidades, deixando a
e) 1 500 Hz. outra livre para ser encostada na paciente. Dessa forma,
não só era evitado o contato indesejado com a paciente,
02. (Facisb) Uma fonte sonora, adaptada a um tubo aberto como os sons se tornavam muito mais audíveis. Estava
nas duas extremidades, produz ondas estacionárias no criada assim a ideia fundamental do estetoscópio [do
ar presente em seu interior, no padrão 3º harmônico. grego, “stêthos” (peito) “skopéo” (olhar)].
Se o tubo possui extensão de 30 cm, o comprimento de
onda das ondas estacionárias, em centímetros, é
a) 12.
b) 10.
c) 5.
d) 20.
e) 15.

03. (Unesp) Na geração da voz humana, a garganta e a


cavidade oral agem como um tubo, com uma extremidade
aproximadamente fechada na base da laringe, onde
estão as cordas vocais, e uma extremidade aberta na
boca. Nessas condições, sons são emitidos com maior É utilizado por diversos profissionais, como médicos
intensidade nas frequências e comprimentos de ondas e enfermeiros, para auscultar (termo técnico
para as quais há um nó (N) na extremidade fechada e um correspondente a escutar) sons vasculares, respiratórios
ventre (V) na extremidade aberta, como ilustra a figura. As ou de outra natureza em diversas regiões do corpo. É
frequências geradas são chamadas harmônicos ou modos composto por três partes fundamentais. A peça auricular
normais de vibração. Em um adulto, este tubo do trato tem formato anatômico para adaptar-se ao canal
vocal tem aproximadamente 17 cm. A voz normal de um auditivo. Os tubos condutores do som a conectam à
adulto ocorre em frequências situadas aproximadamente peça auscultatória. E, por fim, a peça auscultatória,
entre o primeiro e o terceiro harmônicos. componente metálico colocado em contato com o corpo
do paciente. Essa peça é composta por uma campânula,
V V V
que transmite melhor os sons de baixa frequência – como
as batidas do coração – e o diafragma, que transmite
N N N
melhor os sons de alta frequência, como os do pulmão
e do abdômen.

Considerando que a velocidade do som no ar é


340 m/s, os valores aproximados, em hertz, das
frequências dos três primeiros harmônicos da voz normal
de um adulto são
a) 50, 150, 250. b) 100, 300, 500. A folha de papel enrolada pelo médico francês René
c) 170, 510, 850. d) 340, 1 020, 1 700. Laënnec pode ser interpretada como um tubo sonoro
e) 500, 1 500, 2 500. aberto. Considerando o comprimento desse tubo
618 FÍSICA C16

igual a 34 cm e que, ao auscultar um paciente, houve b) O conjunto P de cargas que traciona o fio tem
a formação, no interior desse tubo, de uma onda massa m = 180 g. Sabe-se que a densidade linear
estacionária longitudinal de segundo harmônico e que do fio é µ = 5, 0 x 10-4 kg/m . Determine a freqüência
se propagava com uma velocidade de 340 m/s, qual a de oscilação da fonte.
frequência dessa onda, em hertz?
a) 250. Dados: velocidade de propagação de uma onda numa
b) 500.
F
c) 1 000. corda: v = ; g = 10 m/s2
µ
d) 2 000.

03. (UFSC) A figura representa dois pulsos de onda, inicial-


Exercícios de Treinamento mente separados por 6,0 cm, propagando-se em um
01. (UFSCar SP) Com o carro parado no congestionamento meio com velocidades iguais a 2,0 cm/s, em sentidos
sobre o centro de um viaduto, um motorista pôde opostos.
constatar que a estrutura deste estava oscilando intensa
e uniformemente. Curioso, pôs-se a contar o número
de oscilações que estavam ocorrendo. Conseguiu
contar 75 sobes e desces da estrutura no tempo de
meio minuto, quando teve que abandonar a contagem
devido ao reinício lento do fluxo de carros.

Mesmo em movimento, observou que conforme Considerando a situação descrita, assinale a(s)
percorria lentamente a outra metade a ser transposta proposição(ões) correta(s):
do viaduto, a amplitude das oscilações que havia 01. Quando os pulsos se encontrarem, haverá
inicialmente percebido gradativamente diminuía, interferência de um sobre o outro e não mais haverá
embora mantida a mesma relação com o tempo, até propagação dos mesmos.
finalmente cessar na chegada em solo firme. Levando 02. Decorridos 2,0 segundos, haverá sobreposição dos
em conta essa medição, pode-se concluir que a próxima pulsos e a amplitude será máxima nesse instante e
forma estacionária de oscilação desse viaduto deve igual a 2,0 cm.
ocorrer para a frequência, em Hz, de: 04. Decorridos 2,0 segundos, haverá sobreposição dos
a) 15,0. pulsos e a amplitude será nula nesse instante.
b) 9,0. 08. Decorridos 8,0 segundos, os pulsos continuarão
c) 7,5. com a mesma velocidade e forma de onda,
d) 5,0. independentemente um do outro.
e) 2,5. 16. Inicialmente as amplitudes dos pulsos são idênticas e
iguais a 2,0 cm.
02. (Unifesp SP) A figura representa uma configuração de
ondas estacionárias produzida num laboratório didático 04. (UFRJ) A figura 1 retrata, em um dado instante, uma
com uma fonte oscilante. corda na qual se propagam, em sentidos opostos, dois
pulsos transversais de mesma forma, um invertido em
relação ao outro.

A figura 2 mostra a mesma corda no instante em que a


superposição dos pulsos faz com que a corda esteja na
horizontal. Estão marcados dois pontos da corda: A e B.
a) Sendo d = 12 cm a distância entre dois nós
sucessivos, qual o comprimento de onda da onda
que se propaga no fio?
TUBOS SONOROS FÍSICA C16 619

Tendo em conta o eixo transversal orientado representado


na figura, cujo sentido positivo é de baixo para cima,
verifique se as velocidades escalares dos pontos A e B
são positivas, negativas ou nulas. Justifique sua resposta.

Texto comum à questão 05


Utilize g = 10 m/s2 sempre que necessário na resolução
dos problemas.

05. (Unicamp SP) Uma das formas de se controlar misturas


de gases de maneira rápida, sem precisar retirar
amostras, é medir a variação da velocidade do som no
interior desses gases. Uma onda sonora com frequência
de 800 kHz é enviada de um emissor a um receptor
(vide esquema), sendo então medida eletronicamente
sua velocidade de propagação em uma mistura gasosa.
O gráfico abaixo apresenta a velocidade do som para
uma mistura de argônio e nitrogênio em função da
fração molar de Ar em N2.

a) Qual o comprimento de onda da onda sonora no N2


puro?
b) Qual o tempo para a onda sonora atravessar um
tubo de 10 cm de comprimento contendo uma
mistura com uma fração molar de Ar de 60%?
FÍSICA
D 13 Mol e Número de Avogrado

Mol Elemento Massa atômica


A equação de Clapeyron, dada por P.V = n.R.T, é H 1
a equação que relaciona as variáveis de estado de um C 12
gás ideal. A quantidade de matéria que constitui um gás
é simbolizada por “n” e é denominada mol. Para os gases, N 14
1 mol de gás é o conjunto de 6,02.1023 de moléculas que O 16
o compõe. Esse valor é conhecido como constante de
Avogadro. a) CH4 b) C2H6
c) CO3 d) NH3
Quando 1 mol de um gás qualquer está a uma e) N2
temperatura de 0 °C e pressão de 1 atm, ele ocupa um
volume de 22,4 litros. Substituindo esses valores na 03. (Unifor) A Tabela abaixo apresenta informações sobre
equação de Clapeyron, determina-se que o valor de é cinco gases contidos em recipientes separados e selados
R = 0,082 atm.l/mol.K ou R = 8,31 joules/mol.K.
Temperatura Pressão Volume
Recipiente Gás
(K) (atm) (L)
Massa molar
A massa de um mol de substância é denominada 1 O2 298 1 20
massa molar e simbolizada por “M”. A unidade de massa 2 He 298 2 20
molar no SI é g/mol. 3 Ne 298 4 20
4 N2 298 1 20
Para determinar quanto de massa m está presente em
uma substância, usa-se a seguinte relação 5 Cl2 298 1 20

m O recipiente que contém o maior número de moléculas


n=
M é de número
a) 1. b) 2.
Portanto, n é a razão entre a massa dada e a massa c) 3. d) 4.
molar de uma substância. e) 5.

04. (Uece) Considere dois sistemas compostos por gases


Exercícios Propostos ideais, com massas moleculares diferentes, cada um
01. (FPS PE/Adaptada) A pressão p de um gás ideal contido em um recipiente com isolamento térmico. A pressão, o
num volume V à temperatura absoluta T é determinada
PV
pela equação de estado pV = RT, em que R é a volume e a temperatura são tais que é o mesmo
constante dos gases ideais. Determine o número de para ambos. É correto afirmar que RT
moléculas existentes no volume V. a) o número de moles de gás em cada recipiente é
a) 1 mol. igual, assim como as massas também são iguais.
b) Uma molécula. b) o número de moles de gás em cada recipiente é
c) 6,02x1023 moles. diferente, mas as massas são iguais.
d) 1 /(6,02x1023) moles. c) o número de moles de gás em cada recipiente é
e) 1 /(6,02x1023) moléculas. igual, mas as massas são diferentes.
d) o número de moles de gás em cada recipiente é
02. (Mackenzie SP) Certo gás, considerado ideal, com diferente, assim como as massas são diferentes.
massa 34 g, está contido em um recipiente de
12,3 litros, sob pressão de 4 atm a 27 °C. Considerando 05. (Mackenzie SP) Um cilindro metálico de 41 litros contém
apenas as massas atômicas dadas pela tabela a seguir, argônio (massa de um mol = 40 g) sob pressão de
assinale o gás contido no recipiente: 90 atm à temperatura de 27 °C. A massa de argônio no
Dado: R = 0,082 atm.litro/(mol.K) interior desse cilindro é de
atm.litro
Dado: R = 0, 082
mol.K
MOL E NÚMERO DE AVOGRADO FÍSICA D13 621

a) 10 kg. b) 9 kg. 03. (Unesp SP) As populações de comunidades, cujas


c) 8 kg. d) 7 kg. moradias foram construídas clandestinamente
e) 6 kg. sobre aterros sanitários desativados, encontram-
se em situação de risco, pois podem ocorrer
desmoronamentos ou mesmo explosões. Esses
Exercícios de Treinamento locais são propícios ao acúmulo de água durante os
01. (UFLA MG) Segundo Avogadro, volumes iguais de gases períodos de chuva e, sobretudo, ao acúmulo de gás
quaisquer, na mesma pressão e temperatura, contêm no subsolo. A análise de uma amostra de um gás
igual número de moléculas. proveniente de determinado aterro sanitário indicou que
Considerando a seguinte reação: o mesmo é constituído apenas por átomos de carbono
4NH3 (g) + 5O2 (g) → 4NO (g) + 6H2O (g) (massa molar = 12,0 g⋅mol–1) e de hidrogênio (massa
molar = 1,0 g·mol–1) e que sua densidade, a 300 K e
Assinale a alternativa que indica corretamente o volume 1 atmosfera de pressão, é 0,65 g⋅L–1. Calcule a massa
(em mL) de NH3, NO e H2O, respectivamente, sabendo- molar do gás analisado e faça a representação da
se que o volume de O2 consumido foi de 100 mL. estrutura de Lewis de sua molécula.
a) 80, 80, 120 Dado: R = 0,082 L⋅atm⋅K–1⋅mol–1
b) 100, 100, 100
c) 160, 80, 180 04. (Unesp SP) Nos frascos de spray, usavam-se como
d) 40, 40, 120 propelentes compostos orgânicos conhecidos como
clorofluorocarbonos. As substâncias mais empregadas
02. (Unesp SP) eram CCℓF3 (Fréon 12) e C2Cℓ3F3 (Fréon 113). Num
Armadilhas para o CO2 depósito abandonado, foi encontrado um cilindro
Estudo de pesquisadores da Universidade Estadual supostamente contendo um destes gases. Identifique
Paulista, Unesp, em Presidente Prudente, abre a qual é o gás, sabendo-se que o cilindro tinha um volume
perspectiva de desenvolvimento de tecnologias que de 10,0 L, a massa do gás era de 85 g e a pressão era
possibilitam capturar quimicamente o CO2 atmosférico, de 2,00 atm a 27 ºC.
o principal gás de efeito estufa. R = 0,082 atm⋅L⋅mol–1⋅K–1.
Os pesquisadores brasileiros demonstraram que Massas molares em g⋅mol–1: H = 1, C = 12, F = 19,
uma molécula denominada DBN, em determinadas Cℓ = 35,5.
condições de temperatura e pressão, associa-se
ao dióxido de carbono, formando carbamato (1) e 05. (Unesp SP) Para determinar a massa molar de uma
bicarbonato de DBN (2). O processo está esquematizado substância desconhecida, porém líquida, pura e com
a seguir. ponto de ebulição inferior a 100 ºC, pode-se utilizar
(Unesp Ciência, dezembro de 2011. Adaptado.) uma técnica que consiste em introduzir a amostra em
um bulbo de Dumas e submetê-lo a aquecimento em
N banho-maria.
H2O
+ CO2

N
DBN

H2O N N
+

N+ N+
H
OH
O O-
1 O O-
2

Determine a fórmula molecular da DBN. Com base Um experimento nesse procedimento forneceu os
nas informações fornecidas pelo esquema da reação, e seguintes resultados:
dado R = 0,082 L ⋅ atm ⋅ K–1 ⋅ mol–1, calcule o volume massa de vapor = 1,0 g; volume do bulbo = 410 cm3;
de CO2, em litros, que pode ser capturado na reação pressão = 1 atm e temperatura = 90 ºC.
de 1 mol de DBN à temperatura de –23 ºC e pressão Considere R = 0,082 atm.L.mol–1.K–1.
de 1 atm. Calcule a massa molar da substância.
FÍSICA
D 14 Transformações gasosas
Transformação isobárica
Transformação isotérmica
Um gás sofre uma transformação isotérmica quando V
a temperatura do gás permanece constante, enquanto
a pressão é variada de forma inversamente proporcional
ao volume por ele ocupado. Utilizando a Lei geral dos
gases perfeitos, temos que a relação válida para uma
transformação isotérmica é
V1

1 1 = PV
PV 2 2

V2
A representação gráfica dessa transformação gasosa
é um gráfico p x V, em que os valores de pressão estão
no eixo das ordenadas e os de volume estão no eixo das
abcissas. A curva da transformação isotérmica é uma T1 T2 T (K)
hipérbole equilátera, denominada isoterma, e quanto mais
alta for a temperatura do gás, mais afastada ela estará dos
eixos. Transformação isocórica
Transformação isotérmica Em uma transformação isocórica, o volume do gás
permanece constante e a pressão varia proporcionalmente
P
à temperatura:
P1 P2
=
T1 T2

P1 Construindo o gráfico P x T, a curva que representa


essa transformação gasosa é uma reta.
Transformação isocórica
P2
P

V1 V2 V

Transformação isobárica
Essa transformação gasosa ocorre a pressão constante P1
e, portanto, pela Lei geral dos gases perfeitos, volume e
temperatura variam de forma proporcional entre si. P2

V1 V2
=
T1 T2
T1 T2 T (K)

A transformação isobárica é representada graficamente


em uma gráfico V x T e a curva é uma reta. A origem Transformação adiabática
corresponde ao zero absoluto (0 K), em que o volume do A transformação adiabática ocorre quando não há
gás se anularia sob pressão constante, teoricamente. As troca de calor do gás com o meio externo e, assim, pressão,
moléculas estariam tão juntas que o espaço entre elas seria volume e temperatura são variados conforme a Lei geral dos
inexistente e o gás mudaria de estado. No entanto, em se gases perfeitos:
tratando de gases perfeitos, isso não ocorre, uma vez que PV PV
não existem forças de coesão em um gás perfeito.
1 1
= 2 2
T1 T2
TRANSFORMAÇÕES GASOSAS FÍSICA D14 623

O gás sofre uma expansão adiabática quando o o gás da garrafa ocuparia se estivesse sob pressão de
volume do gás aumenta e a pressão e a temperatura uma atmosfera à temperatura ambiente. Considere uma
diminuem. O gás passa por uma compressão adiabática garrafa contendo 25 litros de oxigênio gasoso a 40 atm
quando seu volume diminui e a pressão e a temperatura de pressão em equilíbrio térmico com o meio ambiente.
aumentam. No gráfico, observa-se que a curva da Considerando o gás como ideal, o volume disponível
transformação adiabática ocorre entre duas isotermas. para respiração, em litros, é
Transformação adiabática a) 1 000. b) 00.
c) 250. d) 40.
P e) 200.

05. (UFG)
P1
p (N/m2)

B C
(a)
T1 D
T1

P2 A V (cm3)
T2

V1 V2 V V (cm3)

(b)
Exercícios Propostos
01. (Ufla) Certa quantidade de um gás ideal está contida
em um recipiente de paredes rígidas e volume V, T (°C)
inicialmente, à temperatura T1 = 400 K e exercendo
uma pressão P1 = 1,0.106 N/m2. Utiliza-se parte p (N/m2)
desse gás, de forma que a pressão baixe para
A B
P2 = 6,0.105 N/m2 e a temperatura para T2 = 300 K.
Pode-se afirmar que a quantidade de gás utilizada foi de (c)
a) 25%. b) 20%.
c) 80%. d) 40%.
V1 V2 V (cm3)
02. (Fatec) Um gás ideal exerce pressão de 2 atm a 27 °C. O
gás sofre uma transformação isobárica na qual seu volume p (N/m2)
sofre um aumento de 20%. Supondo não haver alteração
na massa do gás, sua temperatura passou a ser, em °C, A
a) 32. b) 54. (d)
c) 87. d) 100. B
T1
e) 120.
V1 V2 V (cm3)
03. (UEG) Um gás é aquecido a volume constante. A pressão
exercida pelo gás sobre as paredes aumenta porque Os gráficos acima mostram transformações a que foi
a) as massas das moléculas aumentam. submetido um gás ideal. Analisando estes gráficos, é
b) as moléculas passam a se chocar com maior correto afirmar-se que
frequência nas paredes, exercendo maior força 01. no gráfico (a), observam-se três transformações:
sobre elas. uma isovolumétrica de A para B, uma isobárica de B
c) a distância média entre as moléculas aumenta. para C e uma isotérmica de C para D.
d) os tempos de contato das moléculas com as paredes 02. o gráfico (b) representa uma transformação isobárica.
aumentam. 04. a área hachurada, no gráfico (c), representa o
trabalho realizado pelo gás, para ir do estado A para
04. (ESCS) Em hospitais, é comum armazenar oxigênio, o estado B.
em garrafas rígidas, para fornecer a pacientes com 08. se o gráfico (d) representar uma transformação
problemas respiratórios. Em uma garrafa, chamamos isotérmica, a área hachurada representará o calor
volume disponível para a respiração ao volume que recebido pelo gás, na transformação de A para B.
624 FÍSICA D14

Exercícios de Treinamento Aquecendo-se o gás, o sistema se estabiliza numa


01. (Fuvest SP) Um extintor de incêndio cilíndrico, contendo nova altura de equilíbrio, com a tampa superior a uma
CO2, possui um medidor de pressão interna que, altura H, em relação ao nível externo da água, e com
inicialmente, indica 200 atm. Com o tempo, parte a temperatura do gás a 360K. Supondo que o ar se
do gás escapa, o extintor perde pressão e precisa ser comporte como um gás ideal, a nova altura H será,
recarregado. Quando a pressão interna for igual a aproximadamente, igual a:
160 atm, a porcentagem da massa inicial de gás que
terá escapado corresponderá a
Considere que a temperatura permanece constante e
o CO2, nessas condições, comporta-se como um gás
perfeito: 1 atm = 105 N/m2
a) 10% b 20%
c) 40% d) 60%
e) 75%

02. (Fuvest SP) Um tanque industrial, cilíndrico, com altura


total H0 = 6,0 m, contém em seu interior água até uma
altura h0, a uma temperatura de 27ºC (300 K). a) 8,8m b) 9,0m
O tanque possui um pequeno orifício A e, portanto, está c) 10,8m d) 11,2m
à pressão atmosférica P0, como esquematizado em I. e) 13,2m
No procedimento seguinte, o orifício é fechado, sendo o
tanque invertido e aquecido até 87º C (360 K). 04. (Fuvest SP) Balões estão voltando a ser considerados
Quando o orifício é reaberto, e mantida a temperatura como opção para o transporte de carga. Um balão,
do tanque, parte da água escoa, até que as pressões quando vazio, tem massa de 30.000 kg. Ao ser inflado
no orifício se equilibrem, restando no interior do tanque com 20.000 kg de Hélio, pode transportar uma carga
uma altura h1 = 2,0 m de água, como em II. útil de 75.000 kg. Nessas condições, o empuxo do balão
no ar equilibra seu peso. Se, ao invés de Hélio, o mesmo
volume fosse preenchido com Hidrogênio, esse balão
poderia transportar uma carga útil de aproximadamente
Dados: H2 = 2 g/mol, He = 4 g/mol
a) 37.500 kg b) 65.000 kg
c) 75.000 kg d) 85.000 kg
e) 150.000 kg

05. (Fuvest SP) Um equipamento possui um sistema formado


por um pistão, com massa de 10 kg, que se movimenta,
Determine sem atrito, em um cilindro de secção transversal
a) a pressão P1, em N/m2, no interior do tanque, na S = 0,01 m2. Operando em uma região onde a pressão
situação II. atmosférica é de 10,0 x104 Pa (1 Pa = 1 N/m2), o ar
b) a altura inicial h0 da água no tanque, em metros, na aprisionado no interior do cilindro mantém o pistão a
situação I. uma altura H = 18 cm. Quando esse sistema é levado
a operar em uma região onde a pressão atmosférica
NOTE E ADOTE: é de 8,0x 104 Pa, mantendo-se a mesma temperatura,
Patmosférica = 1 Pa = 1,0 × 105 N/m2 a nova altura H no interior do cilindro passa a ser
ρ(água) = 1,0 × 103 kg/m3 ; g = 10 m/s2 aproximadamente de
a) 5,5 cm
03. (Fuvest SP) O gasômetro G, utilizado para o b) 14,7 cm
armazenamento de ar, é um recipiente cilíndrico, c) 20 cm
metálico, com paredes laterais de pequena espessura. d) 22 cm
G é fechado na sua parte superior, aberto na inferior e) 36 cm
que permanece imersa em água e pode se mover na
direção vertical. G contém ar, inicialmente à temperatura
de 300K e o nível da água no seu interior se encontra
2,0 m abaixo do nível externo da água. Nessas
condições, a tampa de G está 9,0 m acima do nível
externo da água, como mostra a figura ao lado.
D
FÍSICA
15 Teoria cinética dos gases

O modelo sob uma visão microscópica dos gases Exercícios Propostos


perfeitos se baseia na teoria cinética dos gases. Essa teoria 01. (Uem) Sobre a teoria cinética dos gases, assinale
se fundamenta em quatro postulados. a alternativa correta (Obs: considere um recipiente
1. O gás é formado por um número grande de isolado, hermeticamente fechado e contendo um gás
moléculas que se encontram em movimento ideal.)
desordenado regido pelas leis estabelecidas pela a) Ao se aumentar a temperatura de um recipiente
cinemática. contendo um gás, a energia cinética das moléculas
2. As moléculas não exercem forças sobre as outras, é diminuída.
interagindo entre si apenas por meio de colisões. b) A pressão exercida por um gás é o resultado do
3. As colisões entre as moléculas e contra as paredes choque inelástico das moléculas com as paredes do
do recipiente são elásticas e o intervalo de duração recipiente.
é desprezível. Logo, pode-se dizer que a energia c) A agitação molecular não tem relação alguma com
cinética e a quantidade de movimento se conservam. a temperatura de um gás.
4. As moléculas apresentam dimensões desprezíveis em d) As colisões intermoleculares são perfeitamente
relação à distância que percorrem entre colisões, elásticas, ou seja, ocorrem sem perda de energia.
sendo consideradas pontos materiais. A maior parte e) Quanto maior o número de colisões entre as
do volume ocupado por um gás é o espaço vazio. moléculas do gás e as paredes do recipiente, menor
será a pressão exercida por esse gás.
A pressão (P) exercida por um gás perfeito nas paredes
internas de um recipiente em relação a massa específica 02. (UFPE/Adaptada) Uma lata de “spray” qualquer foi
(ρ) do gás e à velocidade média quadrática ( v ) de suas utilizada até não mais liberar seu conteúdo. Neste
moléculas é dada por momento, podemos dizer:
( ) a pressão de gases no interior da lata é zero.
1
() ( ) a pressão de gases no interior da é igual à pressão
2
P= ρ v
3 atmosférica.
( ) existe vácuo no interior da lata.
Uma vez que a massa específica do gás é a razão entre ( ) ao aquecermos a lata, a pressão em seu interior não
a massa total (m) do gás pelo volume (V) ocupado por ele varia.
( ) ao aquecermos a lata e pressionarmos sua válvula,
m
(ρ = ), temos gases sairão novamente.
V
1m
()
2
P= v 03. (UFPE) Um balão cheio com ar quente sobe a grandes
3V
altitudes porque
Lembrando que PV = nRT, podemos substituir PV por a) as moléculas do ar quente são menores do que as
nRT na expressão moléculas do ar na temperatura ambiente.
b) dentro do balão há menos moléculas de ar por
1m
() 1
()
2 2
P= v ⇒ PV= m v unidade de volume.
3V 3 c) as moléculas do ar quente são maiores do que as
moléculas do ar na temperatura ambiente.
1
()
2
nRT= m v
3 d) as moléculas do ar quando aquecidas são rompidas,
formando átomos mais leves e diminuindo a
Sabendo que n é a razão entre a massa total m e a densidade do ar.
massa molar (M) do gás, temos e) as moléculas do ar quando aquecidas formam
agregados, aumentando o espaço vazio entre elas
m 1
()
2
RT = m v
M 3 04. (Uem) Assinale a alternativa correta a respeito da
Rearranjando a expressão acima, a temperatura (T) do compressão de um gás ideal sob temperatura constante.
gás é dada por a) A densidade do gás aumenta, e a energia cinética
das moléculas aumenta.
M
()
2
T= v b) A densidade do gás aumenta, e a energia cinética
3R
das moléculas permanece constante.
626 FÍSICA D15

c) A densidade do gás aumenta, e a energia cinética 02. (Famerp SP) Um extintor caseiro foi produzido utilizando-
das moléculas diminui. se vinagre e bicarbonato de sódio, conforme a figura:
d) A densidade do gás permanece constante, e a
energia cinética das moléculas permanece constante.
e) A densidade do gás permanece constante, e a
energia cinética das moléculas aumenta.

05. (Fatec) Dois cilindros metálicos iguais contêm gases


comprimidos em grau de elevada pureza, sendo que um (https://br.pinterest.com)

deles contém 8 m³ de gás nitrogênio, e o outro, 8 m³


de gás hidrogênio. Considerando que os dois cilindros Após a inclinação do recipiente, ocorreu o contato
estão armazenados nas mesmas condições ambientais, entre o bicarbonato de sódio e o ácido acético
podemos afirmar que (CH3 – COOH) presente no vinagre. O resultado dessa
Dados: Massas atômicas H = 1,0 e N = 14,0 reação é a produção de dióxido de carbono, água e
acetato de sódio, gerando uma pressão igual a 14,76 atm.
a) a massa de gás armazenado é a mesma. a) Ciente de que o vinagre é uma solução aquosa
b) a pressão do cilindro contendo nitrogênio é maior. de ácido acético, indique o número de elementos
c) o número de moléculas é o mesmo. químicos e o número de substâncias existentes no
d) a velocidade média das moléculas dos dois gases é sistema inicial, desconsiderando o ar que ocupa a
igual. garrafa.
e) a temperatura interna dos cilindros é menor que a b) Considerando que o experimento ocorra a 27 ºC,
temperatura ambiente que a constante universal dos gases seja igual a
0,082 atm ⋅ L ⋅ mol–1 ⋅ K–1 e que o volume disponível
para o gás seja igual a 100 mL, calcule a massa de
Exercícios de Treinamento gás carbônico produzida na reação.
01. (FGV SP) Um experimento para a identificação de um
metal M foi realizado de acordo com a montagem 03. (Fuvest SP) Os pneus das aeronaves devem ser capazes
instrumental da figura. de resistir a impactos muito intensos no pouso e bruscas
alterações de temperatura. Esses pneus são constituídos
de uma câmara de borracha reforçada, preenchida com
o gás nitrogênio (N2) a uma pressão típica de 30 atm a
27 ºC. Para a confecção dessa câmara, utiliza-
se borracha natural modificada, que consiste
principalmente do poli-isopreno, mostrado a seguir:
–CH2–C(CH3)=CH–CH2–CH2–C(CH3)=
=CH–CH2–CH2–C(CH3)=CH–CH2–

Em um avião, a temperatura dos pneus, recolhidos


na fuselagem, era –13 ºC durante o voo. Próximo ao
(Pedro Faria e Alvaro Chrispino. pouso, a temperatura desses pneus passou a ser 27 ºC,
Manual de Química Experimental, 2010. Adaptado.)
mas seu volume interno não variou.
Note e adote:
A solução de HCl foi adicionada até que toda amostra Massa molar do N2 = 28 g/mol
do metal M, de massa 2,38 g, reagisse completamente, Constante universal dos gases = 0,082 L.atm.K–1.mol–1
formando gás hidrogênio (H2), cujo volume coletado, a K = ºC + 273
27 ºC e 1,00 atm, foi de 480 mL.
Considerando que a constante geral dos gases seja a) Qual é a pressão interna de um dos pneus durante o
6 = 0,08 atm ⋅ L ⋅ mol–1 ⋅ K–1, o metal empregado nesse voo? Mostre os cálculos.
experimento foi o b) Qual é o volume interno desse mesmo pneu, em
a) zinco. litros, dado que foram utilizados 14 kg de N2 para
b) estanho. enchê-lo? Mostre os cálculos.
c) chumbo. c) Escreva a fórmula estrutural do monômero do poli-
d) níquel. isopreno.
e) ferro.
TEORIA CINÉTICA DOS GASES FÍSICA D15 627

04. (FGV SP) O dióxido de carbono gerado pelos tripulantes


na atmosfera artificial dos submarinos e estações
espaciais deve ser removido do ar, e o oxigênio deve ser
recuperado. Um dos possíveis métodos para realização
desse processo envolve o uso do superóxido de potássio,
KO2, de acordo com a reação:
4 KO2 (s) + 2 CO2 (g) → 2 K2CO3 (s) + 3 O2 (g)

Em um processo a 27 ºC e 1 atm, são produzidos 1 476 L


de oxigênio. A quantidade de peróxido de potássio, em
kg, mínima para esse processo é aproximadamente
Adote: R = 0,082 atm. L. mol–1.K–1
a) 1,4.
b) 2,8.
c) 5,7.
d) 11,4.
e) 14,8.

05. (FGV SP) Créditos de carbono são certificações dadas


a empresas, indústrias e países que conseguem reduzir
a emissão de gases poluentes na atmosfera. Cada
tonelada de CO2 não emitida ou retirada da atmosfera
equivale a um crédito de carbono.
(http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2012/04/credito-carbono.
Adaptado)

Utilizando-se R = 0,082 atm.L.mol–1.K–1, a quantidade


de CO2 equivalente a 1 (um) crédito de carbono,
quando coletado a 1,00 atm e 300 K, ocupa um volume
aproximado, em m3, igual a
a) 100.
b) 200.
c) 400.
d) 600.
e) 800.
FÍSICA
D 16 Energia interna de um gás

A energia interna de um sistema termodinâmico é a A razão entre as constantes R e A é definida como


sua energia total, dada pela soma das energias cinética de constante de Boltzmann (k). Logo, a energia cinética média
translação, de rotação e da energia potencial. Como as por moléculas é
moléculas de um gás ideal interagem pouco entre si, elas
não apresentam energia cinética de rotação e nem energia 3
EC média = kT
potencial. 2

Portanto, a energia interna (U) de um gás perfeito


corresponde apenas à energia cinética de translação, dada
por Exercícios Propostos
01. (Unitau) Um comprimido de antiácido efervescente
1
()
2
U= m v contém 2,0 g de carbonato ácido de sódio. Quando se
2
dissolve o comprimido e ocorre a decomposição total
do sal ácido, o aumento de pressão no seu interior,
1
()
2
Uma vez que a pressão de um gás é P = ρ v e medidos nas CNTP é
3 Dados: considere que todo o gás carbônico formado
m m
lembrando que ρ = , PV = nRT e n = , podemos fique no interior do estômago (volume de 1 litro e 1 atm).
V M a) 53%.
chegar na seguinte expressão para a velocidade média b) 79%.
quadrática das moléculas de um gás ideal. c) 106%.
d) 123%.
(v) 3RT
2
= e) 89%.
M
02. (FGV SP) O dióxido de carbono gerado pelos tripulantes
Substituindo em U, a energia interna é na atmosfera artificial dos submarinos e estações
espaciais deve ser removido do ar, e o oxigênio deve ser
3
U = nRT recuperado. Um dos possíveis métodos para realização
2 desse processo envolve o uso do superóxido de potássio,
KO2, de acordo com a reação
A partir dessa expressão, nota-se que a energia interna 4 KO2 (s) + 2 CO2 (g) → 2 K2CO3 (s) + 3 O2 (g)
de um gás ideal depende apenas da temperatura e do
número de mols do gás. Em um processo a 27 °C e 1 atm, são produzidos 1 476 L
de oxigênio. A quantidade de peróxido de potássio, em
Se em um recipiente há N moléculas, então a energia kg, mínima para esse processo é aproximadamente
cinética média por molécula é o quociente entre a energia Adote: R = 0,082 atm. L. mol–1.K–1
interna e N.
U a) 1,4.
EC média = b) 2,8.
N
c) 5,7.
3 R
EC média = n T d) 11,4.
2 N e) 14,8.

N pode ser reescrito como o produto do número de mols 03. (Univag) Certo produto utilizado como desentupidor
pelo número de Avogadro A (A = 6,02.10²³ moléculas/mol): de pias e ralos contém em sua composição alumínio
e hidróxido de sódio sólidos. Entrando em contato
3 R 3R com a água, esses componentes reagem produzindo
EC média = n T ⇒ EC média = T
2 nA 2A hidrogênio gasoso, de acordo com a equação:
2Al (s) + 2NaOH (s) + 6H2O (l) →
→ 2NaAl (OH)4 (aq) + 3H2 (g)
ENERGIA INTERNA DE UM GÁS FÍSICA D16 629

Sabendo que a constante universal dos gases (R) é 05. (ITA) Temos um frasco contendo um gás à temperatura
igual a 0,082 atm ⋅ L ⋅ K–1 ⋅ mol–1, é correto afirmar de 127 °C. Querendo expulsar do frasco 1/3 do número
que a reação completa de 5,4 g de alumínio produz de moléculas desse gás, devemos aquecê-lo a
um volume de hidrogênio, medido a 300 K e 0,8 atm, a) 42,5 °C.
próximo a a) 377 K.
a) 12 L. a) 447 °C.
b) 6 L. a) 42,5 K.600 K.
c) 3 L.
d) 9 L.
e) 15 L. Exercícios de Treinamento
01. (UniCesumar PR) Um gás perfeito, submetido a uma
Texto comum à questão 04 pressão de 35 N/m2, apresenta um volume inicial de 10 m3.
Novas tecnologias de embalagens visam a aumentar Em uma transformação isobárica, esse gás sofreu uma
o prazo de validade dos alimentos, reduzindo sua variação em sua energia interna de 750 J após receber
deterioração e mantendo a qualidade do produto 2500 J de energia térmica de uma fonte de calor.
comercializado. Essas embalagens podem ser Encerrada a transformação, podemos afirmar que o
classificadas em Embalagens de Atmosfera Modificada volume final do gás, em m3, passou a ser de:
Tradicionais (MAP) e Embalagens de Atmosfera
Modificada em Equilíbrio (EMAP). As MAP são
embalagens fechadas que podem utilizar em seu interior
tanto gases como He, Ne, Ar e Kr, quanto composições
de CO2 e O2 em proporções adequadas. As EMAP
também podem utilizar uma atmosfera modificada
formada por CO2 e O2 e apresentam microperfurações
na sua superfície, conforme ilustrado abaixo.

a) 80 b) 60
c) 50 d) 40
e) 10

02. (UFOP MG) Considere os processos isotérmicos AB e


CD, de um mol de um gás perfeito representados no
gráfico abaixo:

Adaptado de exclusive.multibriefs.com.

04. (Uerj) Admita que, imediatamente após a colocação do


gás argônio em uma embalagem específica, esse gás
assume o comportamento de um gás ideal e apresenta
as seguintes características:
Pressão = 1 atm
Temperatura = 300 K
Massa = 0,16 g
Nessas condições, o volume, em mililitros, ocupado
pelo gás na embalagem é a) Sabendo que o processo CD é realizado a uma
a) 96. temperatura de 300K, calcule a pressão pc da
b) 85. isoterma no ponto C e a temperatura do processo
c) 77. AB.
d) 64. Considere R = 8, 3 J / mol.K .
b) Faça uma estimativa da ordem de grandeza do
trabalho exercido pelo gás no processo AB.
630 FÍSICA D16

03. (UFAL) Uma dada massa de gás perfeito sofre uma Texto comum à questão 05
transformação termodinâmica passando do estado A Quando necessário, use aceleração da gravidade:
para outro B, como representa o diagrama p x V abaixo. g = 10 m/s2
1 3
sen30º = ; cos 30º =
2 2

05. (EPCAR EA Curso de Formação de Oficiais) Um sistema


termodinâmico constituído de n mols de um gás perfeito
monoatômico desenvolve uma transformação cíclica
ABCDA representada no diagrama a seguir.

O trabalho realizado pelo gás nessa transformação, em


joules, foi de
a) 24
b) 12
c) zero
d) –12
e) –24

Texto comum à questão 04 De acordo com o apresentado pode-se afirmar que


Quando necessário, use: a) o trabalho em cada ciclo é de 800 J e é realizado
• Aceleração da gravidade: g = 10 m/s2; pelo sistema.
• sen 19° = cos 71° = 0,3; b) o sistema termodinâmico não pode representar
• sen 71° = cos 19° = 0,9; o ciclo de uma máquina frigorífica uma vez que o
• Velocidade da luz no vácuo: c = 3,0 ⋅ 108 m/s ; mesmo está orientado no sentido anti-horário.
• Constante de Planck: h = 6,6 ⋅ 10–34 J.s; c) a energia interna do sistema é máxima no ponto D e
• 1eV = 1,6 ⋅ 10–19 J; mínima no ponto B.
• Potencial elétrico no infinito: zero. d) em cada ciclo o sistema libera 800 J de calor para o
meio ambiente.
04. (EPCAR EA Curso de Formação de Oficiais) Um sistema
gasoso constituído por n mols de um gás perfeito passa
do estado x para o estado y por meio dos processos
distintos 1 e 2 mostrados no esquema a seguir.

Se no processo 2 o sistema realiza um trabalho de 200 J


e absorve uma quantidade de calor de 500 J, é correto
afirmar que
a) quando o sistema for trazido de volta ao estado
inicial x sua energia interna irá diminuir de 700 J.
b) a variação da energia interna será a mesma tanto no
processo 1 quanto no 2.
c) o trabalho realizado no processo 1 será igual ao
trabalho realizado no processo 2.
d) se no processo 1 o trabalho realizado for de 400 J o
calor recebido será de 1000 J.
E
FÍSICA
13 Medidas elétricas e Ponte de Wheatstone
U
Medidas elétricas
Além de estudar os conceitos de corrente elétrica,
tensão e resistência, é de fundamental importância
saber realizar medidas elétricas. Quem trabalha com i
isso em laboratórios e oficinas utiliza aparelhos como o R
galvanômetro, o amperímetro e o voltímetro. A
• Galvanômetro
Trata-se de um instrumento de medida utilizado Como um amperímetro também possui resistência
para aferir correntes de baixa intensidade. É um interna, para que o circuito não sofra modificações
aparelho analógico, cujo ponteiro se deflete de quando esse aparelho for conectado a ele, é
forma proporcional à intensidade da corrente que necessário que essa resistência interna seja muito
passa pelo circuito elétrico. pequena em comparação às resistências presentes
no circuito. Dessa forma, um amperímetro ideal seria
• Voltímetro aquele que apresentasse resistência interna nula, de
O voltímetro é utilizado para mensurar a diferença maneira que a corrente medida fosse a corrente
de potencial entre dois pontos de um circuito. Para original que circula pelo circuito.
isso, ele deve ser conectado em paralelo ao trecho
que se deseja saber a tensão. Existem aparelhos chamados de multímetros, capazes
U de medir corrente, tensão e resistência. Um multímetro
apresenta uma chave seletora para escolher o que se deseja
medir.

i Ponte de Wheatstone
R A ponte de Wheatstone é uma montagem com quatro
resistores com a função de determinar o valor da resistência
de um resistor na prática.
V
Com base na figura a seguir, temos um circuito
Como ele apresenta uma resistência interna, é com quatro resistores e um galvanômetro (simbolizado
possível que ao conectá-lo ao circuito, o voltímetro por G) conectados à mesma fonte de tensão. Para medir,
sofra modificações e, assim, a tensão medida não por exemplo, a resistência R3, as resistências R1 e R4 são
seja de fato a original. A fim de que isso não ocorra, conhecidas e a resistência R2 é variável.
a sua resistência interna deve ser muito alta, quando
comparada às resistências do circuito. Um voltímetro C
que apresenta hipoteticamente uma resistência i i
interna infinita é denominado voltímetro ideal. R1 R2
Assim, ele não modifica o valor da tensão original
do circuito, apontando o valor com precisão.
A B
G
• Amperímetro
Para medir a intensidade de corrente elétrica, utiliza-
se um aparelho chamado amperímetro. Ao contrário R4 R3
do voltímetro, ele é conectado em série no trecho do
i’ i’
circuito que se deseja conhecer o valor da corrente D
elétrica que transcorre por ali.

U
632 FÍSICA E13

Inicialmente, varia-se a resistência R2 até que a corrente 02. (Unimontes) No circuito abaixo, temos uma bateria e
que passa pelo galvanômetro seja nula e, assim, VC = VD . um amperímetro ideais, mas o voltímetro, conectado aos
Dessa forma, a diferença de potencial entre AC e AD serão vértices X e Y do circuito, tem uma resistência interna de
iguais, o que nos leva a seguinte expressão 600 Ω . As leituras do amperímetro e do voltímetro são,
respectivamente,
U AC = R1i
 ⇒ R1i = R4i '
50 !
U AD = R4i ' X

O mesmo ocorre com as diferenças de potenciais entre


CB e DB, ou seja, UCB = UDB.
300 ! V
100 !
U CB = R2i
 ⇒ R2i = R3i '
U DB = R3i ' A
Y

Portanto, temos que R1i = R4i ' e R2i = R3i ' . Trabalhando a) i = 500 mA, V = 60 V.
essas duas expressões, chegamos à seguinte fórmula: b) i = 300 mA, V = 120 V.
c) i = 400 mA, V = 80 V.
R1 R3 = R2 R4 d) i = 600 mA, V = 70 V.

Isso significa que o produto das resistências de ramos 03. (UFMG) A resistência elétrica de um dispositivo é definida
opostos é equivalente em uma ponte de Wheatstone como a razão entre a diferença de potencial e a corrente
equilibrada. elétrica nele.
Para medir a resistência elétrica R de um resistor, Rafael
conectou a esse dispositivo, de duas maneiras diferentes,
Exercícios Propostos um voltímetro, um amperímetro e uma bateria, como
01. (Fatec) O diagrama representa um circuito simples representado nestas figuras:
constituído por um resistor de resistência variável
(reostato), uma bateria, um amperímetro e um voltímetro,
devidamente acoplados ao circuito. Se a resistência do R R
resistor variar de 500 Ω para 5 000 Ω , a leitura da

A I II

Nessas figuras, os círculos representam os medidores e


o retângulo, o resistor.
Considerando essas informações,
1. Identifique, diretamente nessas duas figuras, com a
letra V, os círculos que representam os voltímetros
V e, com a letra A, os círculos que representam os
amperímetros.
a) corrente que atravessa o circuito, no amperímetro, Justifique sua resposta.
não se altera. 2. Identifique o circuito – I ou II – em que o valor obtido
b) corrente que atravessa o circuito, no amperímetro, para a resistência elétrica do resistor é maior.
aumenta. Justifique sua resposta.
c) corrente que atravessa o circuito, no amperímetro,
diminui. 04. (UFTM) Embora Wheatstone não tenha sido o criador
d) diferença de potencial, no voltímetro, aumenta. da tão conhecida ponte de Wheatstone, com certeza ele
e) diferença de potencial, no voltímetro, diminui. a utilizou em muitos experimentos. Para que esse circuito
cumpra sua finalidade, a leitura no galvanômetro deve
ser zero, o que confere ao conjunto uma configuração
de equilíbrio.
MEDIDAS ELÉTRICAS E PONTE DE WHEATSTONE FÍSICA E13 633

Exercícios de Treinamento
B
01. (FEI SP) No trecho do circuito dado abaixo, os valores em
R1 R2 miliampère das correntes i3, i4, i5 são, respectivamente:
C
A
A C 0m i4
G 20
i 1= 12
30Ω 0Ω
A i3 B
R3 R4
60Ω
60

i2 =
D 10 i5
0m
A
D

a) 0, 200, 100
E
b) 100, 100, 200
c) –100, 300, 0
Analise as afirmações, considerando que a ponte de d) 200, 0, 300
Wheatstone esquematizada esteja em equilíbrio. e) –200, 400, –100
I. Os valores dos resistores R1, R2, R3 e R4 guardam a
proporção dada pela expressão: R1 × R2 = R3 × R4. 02. (FEI SP) No circuito esquematizado, a chave CH
II. Mesmo que o gerador seja substituído por outro de comanda o ramo AB através do resistor de 100kΩ:
força eletromotriz diferente, o galvanômetro indicará
100κΩ A 100κΩ
o valor zero.
III. Os pontos B e D são equipotenciais, assim como o
são os pontos A e C.
300V 100κΩ
É correto o contido em
CH 300V
a) II, apenas.
B
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas. A chave CH está aberta; a ddp entre A e B vale:
e) I, II e III. a) 0
b) 100V
05. (FMJ) Analise o circuito. c) 150V
d) 300V
e) n.d.a.
L1
L3 V3
V0 V1 03. (FEI SP) No circuito esquematizado, a chave CH
V2 L2 V3 comanda o ramo AB através do resistor de 100kΩ:
L4 V4 100κΩ A 100κΩ

Considere que L1, L2, L3 e L4 representem lâmpadas 300V 100κΩ


idênticas.
CH 300V
Se os seis voltímetros conectados não interferem no
B
circuito, pode-se afirmar que V0 é igual a
a) V1 + V3.
b) V1 + V4. A chave CH está fechada; a ddp entre A e B vale:
c) V1 + V5. a) 0
d) V3 + V4. b) 100V
e) V2 + V3 + V4. c) 150V
d) 300V
e) n.d.a.
634 FÍSICA E13

04. (FEI SP) No circuito esquematizado, a chave CH


comanda o ramo AB através do resistor de 100kΩ:
100κΩ A 100κΩ

300V 100κΩ

CH 300V
B

A chave CH está aberta; muda-se a polaridade do


gerador à direita. A ddp entre A e B é:
a) 0
b) 100V
c) 150V
d) 300V
e) n.d.a.

05. (Fuvest SP) Considere o circuito da figura, onde


E = 10V e R = 1.000Ω.

R 2R

2R R
A

R/2 E

a) Qual a leitura do amperímetro A?


b) Qual a leitura do voltímetro V?
E
FÍSICA
14 Geradores e receptores

Geradores Ou seja, é a razão entre a potência útil e a potência


Geradores elétricos são dispositivos responsáveis por total gerada por ele. O rendimento é uma grandeza
converter um tipo de energia (térmica, química, eólica etc.) adimensional que varia de 0 a 1 ou de 0% a 100%. Ele
em energia elétrica. A função do gerador é basicamente também pode se reescrito da seguinte forma
fornecer energia a um circuito.
εi ε
η= ⇒ η =
Em um gerador, existe uma diferença de potencial Ui U
denominada força eletromotriz (ε). Como o gerador
apresenta uma resistência interna (r), quando passa uma Receptores
corrente elétrica (i) por ele, surge uma diferença de potencial Os receptores são dispositivos que recebem energia
(U) entre os seus terminais. elétrica e convertem uma fração dela em outro tipo de
energia não térmica, ao passo que outra fração acaba por
O gerador vai gerar uma potência elétrica total ser dissipada na forma de calor. Um exemplo de receptor é
equivalente a Pot g = εi , mas a potência elétrica fornecida o motor elétrico.
por ele ao circuito será Potc = Ui , pois uma parte da
potência total é dissipada pela sua resistência interna ( No momento em que se estabelece uma diferença
Potr int = ri2 ). Assim, temos de potencial entre os terminais de um receptor, a potência
total fornecida a ele é Potr = Ui . Dessa potência total,
Pot g = Potc + Potr int uma fração servirá como potência útil, calculada como
εi = Ui + ri2 ⇒ ε = U + ri Potc ' = ε ' i , em que ε’ é a força contra-eletromotriz. A outra
fração é desperdiçada pois o receptor elétrico também
U = ε − ri apresenta uma resistência interna, denominada aqui de r’.
Essa potência dissipada é Potr 'int = r '2 i . Assim,
Essa expressão é a Equação do gerador. Note que
U < ε e que, se i = 0, U = ε . Se a resistência interna do Potr = Potc ' + Potr '
gerador fosse nula, ele seria um gerador ideal. Ui = ε ' i + r ' i2

A representação dessa equação em um gráfico U x i U = ε '+ r ' i


é uma reta.
A expressão encontrada é a Equação do receptor.
U
Considerando um receptor com força contra-
eletromotriz e resistência interna constantes, o gráfico U x i
da equação do receptor é ilustrado na figura a seguir.
!
U

0 ! i
r

Quando U = 0, o gerador está em curto-circuito. !’

ε
Nesse caso, o valor de corrente é conhecido como
r 0 i
corrente de curto-circuito.
O rendimento (η’) do receptor é
O rendimento (η) de um gerador é dado por Potc '
η' =
Potc Potr
η=
Pot g ε 'i ε'
η' = ⇒ η =
Ui U
636 FÍSICA E14

Exercícios Propostos U (V)


01. (Mackenzie SP) Dados os circuitos (I) e (II), pode-se dizer
25
que
E1
22
+ – i

R3 (I) R4 I (A)
0 2,0 5,0

R2 A FCEM (força contra-eletromotriz) e a resistência


E2
– +
interna deste receptor são, respectivamente,
a) 11 V e 1,0 Ω.
E1 b) 12,5 V e 2,5 Ω.
c) 20 V e 1,0 Ω.
+ – i d) 22 V e 2,0 Ω.
e) 25 V e 5,0 Ω.
R3 (II) R4

04. (Mackenzie SP) O vendedor de um motor elétrico de


corrente contínua informa que a resistência interna
desse motor é 1,0 Ω e que o mesmo consome
R2
– +
E2 30,0 W, quando ligado à ddp de 6,0 V. A força contra-
eletromotriz (FCEM) do motor que ele está vendendo é
a) 6,0 V.
a) em (I): E1 fornece energia; E2 absorve energia b) 5,0 V.
elétrica. c) 3,0 V.
b) em (I): E1 absorve energia; E2 fornece energia d) 1,0 V.
elétrica. e) 0,8 V.
c) em (II): E1 e E2 absorvem energia elétrica.
d) em (II): E1 absorve energia; E2 fornece energia 05. (Mackenzie SP) Em um circuito elétrico simples há duas
elétrica. baterias ε1 e ε2 , acopladas em série a um resistor
e) em (II): E E1 e E2 fornecem energia elétrica. de resistência R e a um amperímetro ideal, que acusa
6,0 A quando as baterias funcionam como geradores
02. (UFU) O circuito representado na figura abaixo mostra em série. Ao se inverter a polaridade da bateria ε1 ,
um gerador de força eletromotriz (E) igual a 12 V e o amperímetro passa a indicar a corrente elétrica de
resistência interna (r) de 2 Ω, ligado a um receptor, de intensidade 2,0 A, com o mesmo sentido de antes da
força contra-eletromotriz (E´) de 8 V e resistência interna inversão. Conhecendo-se ε2 = 24 V, no cálculo de ε1 ,
(r´) de 4 Ω. em volt, encontra-se
a) 12.
b) 14.
E i i E’ c) 16.
d) 18.
e) 24.
r r’

Exercícios de Treinamento
Texto comum à questão 01
a) Calcule o valor da intensidade da corrente que Esta prova aborda fenômenos físicos em situações do
percorre o circuito. cotidiano, em experimentos científicos e em avanços
b) Nas condições dadas, qual o rendimento obtido pelo tecnológicos da humanidade. Em algumas questões,
gerador e pelo receptor? como as que tratam de Física Moderna, as fórmulas
necessárias para a resolução da questão foram
03. (Mackenzie SP) A tensão nos terminais de um receptor fornecidas no enunciado. Quando necessário use
varia com a corrente, conforme o gráfico a seguir. g = 10 m/s2 para a aceleração da gravidade na
superfície da Terra e π = 3.
GERADORES E RECEPTORES FÍSICA E14 637

01. (Unicamp SP) Telas de visualização sensíveis ao toque são A resistência interna desse gerador é igual a
muito práticas e cada vez mais utilizadas em aparelhos a) 0,40 Ω .
celulares, computadores e caixas eletrônicos. Uma b) 0,20 Ω .
tecnologia frequentemente usada é a das telas resistivas, c) 0,10 Ω .
em que duas camadas condutoras transparentes são d) 0,30 Ω .
separadas por pontos isolantes que impedem o contato e) 0,50 Ω .
elétrico.
03. (Fuvest SP) Uma bateria possui força eletromotriz ε e
resistência interna R0. Para determinar essa resistência,
um voltímetro foi ligado aos dois pólos da bateria,
obtendo-se V0 = ε (situação I). Em seguida, os terminais
da bateria foram conectados a uma lâmpada. Nessas
condições, a lâmpada tem resistência R = 4 Ω e o
voltímetro indica VA (situação II), de tal forma que
V0/VA = 1,2. Dessa experiência, conclui-se que o valor
de R0 é
a) O contato elétrico entre as camadas é estabelecido
quando o dedo exerce uma força F sobre a tela,
conforme mostra a figura ao lado. A área de contato
da ponta de um dedo é igual a A = 0,25 cm2.
Baseado na sua experiência cotidiana, estime o
módulo da força exercida por um dedo em uma tela
ou teclado convencional, e em seguida calcule a
pressão exercida pelo dedo. Caso julgue necessário,
use o peso de objetos conhecidos como guia para a
sua estimativa.
b) O circuito simplificado da figura no espaço de
resposta ilustra como é feita a detecção da posição
do toque em telas resistivas. Uma bateria fornece
uma diferença de potencial U = 6 V ao circuito de
resistores idênticos de R = 2 kΩ. Se o contato elétrico a) 0,8 Ω
for estabelecido apenas na posição representada b) 0,6 Ω
pela chave A, calcule a diferença de potencial entre c) 0,4 Ω
C e D do circuito. d) 0,2 Ω
e) 0,1 Ω

04. (Unicamp SP) A figura abaixo mostra o circuito elétrico


simplificado de um automóvel, composto por uma
bateria de 12V e duas lâmpadas L1 e L2 cujas resistências
são de 6,0 cada. Completam o circuito uma chage liga-
desliga (C) e um fusível de proteção (F). A curva tempo
x corrente do fusível também é apresentada na figura
abaixo. Através desta curva pode-se determinar o tempo
necessário para o fusível derreter e desligar o circuito
02. (Famerp SP) Quando um gerador de força eletromotriz em função da corrente que passa por ele.
12 V é ligado a um resistor R de resistência 5,8 Ω , uma t(s)
corrente elétrica i de intensidade 2,0 A circula pelo 10
circuito.
F C 1

L L2 0,1
V
1 5 10 i(A)
638 FÍSICA E14

a) Calcule a corrente fornecida pela bateria com a


chave aberta.
b) Determine por quanto tempo o circuito irá funcionar
a partir do momento em que a chave é fechada.
c) Determine o mínimo valor da resistência de uma
lâmpada a ser colocada no lugar de L2 de forma
que o circuito possa operar indefinidamente sem que
o fusível de proteção derreta.

05. (Enem) Diversos brinquedos são constituídos de pilhas


ligadas a um motor elétrico. A figura mostra uma
pilha e um motor acoplados, em que ε representa
a força eletromotriz (FEM) da pilha, ε ' representa a
força contraeletromotriz (FCEM) do motor e r e r’ são
resistências internas. Um problema comum que danifica
esses brinquedos é o travamento do eixo do motor.

O que ocorre com a FCEM e com a energia fornecida


pelas pilhas, que ocasiona danos ao motor, quando seu
eixo de rotação é travado?
a) A FCEM iguala-se com a FEM e toda a energia
fornecida pela pilha fica armazenada no circuito.
b) A FCEM sofre grande aumento e toda a energia
fornecida pela pilha passa a ser dissipada na forma
de calor.
c) A FCEM inverte a polaridade e toda a energia
fornecida pela pilha é devolvida para ela na forma
de energia potencial.
d) A FCEM reduz-se a zero e toda a energia fornecida
pela pilha passa a ser dissipada na resistência interna
do motor.
e) A FCEM mantém-se constante e toda a energia
fornecida pela pilha continua sendo transformada
em energia mecânica.
E
FÍSICA
15 Leis de Kirchhoff
!2 R1
Uma forma de analisar um circuito, calculando a
intensidade da corrente elétrica que passa por ele, é A + – B C
reduzi-lo a um circuito simples, aplicando os conceitos de i3
associação de resistores em série e paralelo. No entanto, i1


há circuitos elétricos mais complexos que não podem ser R4 R3 !1
i2

+
reduzidos a circuitos simples. Para ainda assim fazer essa
análise, são empregadas as Leis de Kirchhoff.
F E R2 D
Nó e malha
Em um circuito, define-se nó como um ponto onde Pela 1ª Lei de Kirchhoff, temos que ao nó B, por
os condutores estão ligados. A malha é qualquer caminho exemplo, chegam as correntes i1 e i2 e a corrente i3 o deixa.
condutor fechado. Logo,
i3 = i1 + i2
1ª Lei de Kirchhoff
Também conhecida como a Lei dos Nós, essa lei
estabelece que a soma das correntes que chegam até um Em seguida, é definido um sentido arbitrário para
nó é igual à soma das correntes que o deixam. seguir as malhas e aplicar a 2ª Lei de Kirchhoff. Nesse caso,
vamos determinar o sentido anti-horário para a malha
2ª Lei de Kirchhoff ABEF e horário para a malha BCDE.
A 2ª Lei de Kirchhoff indica que quando uma malha
!2 R1
é percorrida, a soma algébrica das forças eletromotrizes e
A + – B C
das diferenças de potencial presentes nela é nula. Essa é a
Lei das Malhas. i3
i1


R4 R3 !1
Exemplo i2 Sentido da

+
Considere o circuito ilustrado na figura a seguir. Sentido da malha ABCDE
Suponha que os valores de resistência e de força eletromotriz malha ABEF
são conhecidos e que se deseja saber o valor das correntes F E R2 D
que circula pelo circuito.
Para a malha ABEF, a 2ª Lei de Kirchoff diz que
R1 ε2 + U BE + U AF = 0 . Logo,
A + – B C
−ε2 − R4i1 + R3i2 = 0

R4 R3 !1
Com respeito ao sinal, ε2 é negativo pois, ao
+

percorrer essa malha no sentido anti-horário, chegamos


pelo polo negativo. R4i1 é negativo também por estarmos
F E R2 D percorrendo o sentido contrário ao que foi adotado para
i1. Analogicamente, é o que acontece para R3i2 , só que
Os pontos B e E são os nós do circuitos. Já as malhas esse termo é positivo, porque estamos seguindo a malha no
do circuito são os caminhos ABEF e BCDE. mesmo sentido que foi definido para i2.

Antes de aplicar a lei dos nós, é definido um sentido Aplicando a 2ª Lei de Kirchhoff na malha BCDE, temos
arbitrário para as correntes que percorrem as malhas. ε1 + U DE + U EB + U BC = 0 . Seguindo o mesmo procedimento
Portanto, vamos supor que i1, i2 e i3 circulam da maneira que foi feito para a malha ABEF, chegamos à seguinte
como está representada na figura a seguir. expressão:

−ε1 + R2i3 + R3i2 + R1i3 = 0


640 FÍSICA E15

Agora, há um sistema de três equações e três 03. (Uniube) Os resistores são peças utilizadas em circuitos
incógnitas. Ao resolvê-lo, as intensidades das correntes i1, elétricos que têm como principal função converter
i2 e i3 são determinadas. energia elétrica em energia térmica.
Alguns exemplos de resistores utilizados no nosso
i3 = i1 + i2
 cotidiano são: o filamento de uma lâmpada
−ε2 − R4i1 + R3i2 = 0 incandescente, o aquecedor de um chuveiro elétrico,
−ε + R i + R i + R i = 0
 1 23 32 13 os filamentos que são aquecidos em uma estufa de
salgados, entre outros.
Com respeito ao sinal das correntes, se o resultado Os resistores podem ser associados em série, em
para uma corrente for um valor negativo, isso significa que paralelo ou de maneira mista.
o sentido dela é oposto ao que foi definido arbitrariamente Dada a associação a seguir, calcule a resistência
para aplicar as Leis de Kirchhoff. Se for positivo, o sentido equivalente entre A e B.
adotado é o que ela segue no circuito.
0,500 ! 1,00 !
A
Exercícios Propostos
01. (Unesp) Em um trecho de uma instalação elétrica, três 2,50 ! 3,00 !
resistores ôhmicos idênticos e de resistência 80 Ω cada
um são ligados como representado na figura. Por uma B
questão de segurança, a maior potência que cada um 1,00 ! 6,00 !
deles pode dissipar, separadamente, é de 20 W.
A resposta correta é
80 !
a) 3,5 Ω . b) 5 Ω .
80 ! c) 7,5 Ω . d) 9 Ω .
e) 15 Ω .
80 !
04. (IBMEC RJ) A figura abaixo representa a ligação de um
conjunto de lâmpadas coloridas, comumente utilizadas
para a decoração de árvores de Natal.
A B 3 4 5

Dessa forma, considerando desprezíveis as resistências 1 2


dos fios de ligação entre eles, a máxima diferença de
potencial, em volts, que pode ser estabelecida entre os 6 7
pontos A e B do circuito, sem que haja riscos, é igual a
a) 30. b) 50.
c) 20. d) 40.
e) 60.

02. (Unitau) Uma fonte de tensão contínua, regulada em


10 V, alimenta os resistores R1 e R2, conforme o circuito Tomada
abaixo.
Responda o que ocorrerá se a lâmpada 5 queimar.
a) As lâmpadas 3 e 4 apagarão.
+ b) As lâmpadas 3, 4, 6 e 7 apagarão.
R1 V R2 c) As lâmpadas 6 e 7 apagarão.
– d) Nenhuma outra lâmpada apagara.
e) Todas as outras lâmpadas apagarão.

05. (Unicamp) No circuito da figura, A é um amperímetro de


Sabendo que as resistências de R1 e R2 são, resistência nula, V é um voltímetro de resistência infinita.
respectivamente, 2 ohms e 4 ohms, é correto afirmar A resistência interna da bateria é nula.
que a potência fornecida pela fonte ao circuito é de
a) 7,5 W. b) 55 W.
c) 57 W. d) 75 W.
e) 77 W.
LEIS DE KIRCHHOFF FÍSICA E15 641

+ R1 R2
100 V 10 A 20 A V

a) Qual é a intensidade da corrente medida pelo


amperímetro?
b) Qual é a voltagem medida pelo voltímetro?
c) Quais são os valores das resistências R1 e R2?
d) Qual é a potência fornecida pela bateria?

a) Determine a f.e.m. VB da bateria desconhecida, em


Exercícios de Treinamento função dos dados do problema (V0, I1 e I2).
01. (EsPCEx SP) Considere o circuito elétrico ABCD abaixo, b) Determine a resistência R, em função de V0, I1 e I2.
que é formado por 4 (quatro) resistores ôhmicos sendo c) Se a bateria usada como referência tem f.e.m.
R1 = 0, 5Ω, R2 = 1Ω, R3 = 2Ω, R4 = 4Ω e 2 (dois) geradores V0 = 9,0 V e se as intensidades de corrente elétrica
ideais E1 e E2. medidas valem I1 = 0,50 A e I2 = 0,70 A, calcule
Sabendo que a diferença de potencial entre os terminais VB e R.
do resistor R1 é zero, isto é, (VCD = 0) e que o valor da
ddp (diferença de potencial) de E2 = 4 V então a ddp 03. (UEM PR) Assinale o que for correto.
de E1 vale: 01. O trecho de um circuito elétrico entre dois nós
consecutivos é denominado malha.
02. A potência elétrica útil de um receptor elétrico,
que é um dispositivo que realiza a transformação
de energia elétrica em uma outra forma qualquer
de energia que não seja exclusivamente a energia
térmica, é diretamente proporcional à intensidade da
corrente elétrica que atravessa esse receptor.
04. A soma algébrica das diferenças de potencial em
uma malha, quando esta é percorrida em um certo
sentido, partindo-se de um determinado ponto da
malha e retornando ao mesmo ponto, é nula.
08. Em uma rede elétrica, a somatória das intensidades
Desenho Ilustrativo - Fora de Escala
de corrente elétrica que entram e saem de um nó é
a) 1V sempre nula.
b) 2V 16. A potência elétrica total gerada em um gerador
c) 5V elétrico, que é um dispositivo que realiza a
d) 8V transformação de uma forma qualquer de energia
e) 10 V em energia elétrica, é diretamente proporcional à
intensidade da corrente elétrica que o atravessa.
02. (UFES) É possível determinar a f.e.m. (força eletromotriz)
de uma bateria ideal por meio do conhecimento da Texto comum à questão 04
f.e.m. V0 de outra bateria ideal. Para se conseguir Instrução: Sempre que for necessário utilizar valores
isso, montam-se dois circuitos bem simples, como dos módulos da aceleração da gravidade na superfície
os indicados na figura abaixo, e medem-se, com o da Terra ou da velocidade da luz no vácuo, considere
amperímetro A, a intensidade e o sentido das correntes esses valores como 9,80 m/s2 e 3,00 × 108 m/s,
elétricas, nos dois casos. Verifica-se que as correntes respectivamente.
medidas têm os sentidos indicados na figura.
642 FÍSICA E15

04. (UFRGS RS) Observe o segmento de circuito.

No circuito, VA = –20 V e VB = 10 V são os potenciais


nas extremidades A e B; e R1 = 2 k Ω , R2 = 8 k Ω
e R3 = 5 k Ω são os valores das resistências elétricas
presentes. Nessa situação, os potenciais nos pontos a e
b são, respectivamente,
a) –24 V e 0 V.
b) –16 V e 0 V.
c) –4 V e 0 V.
d) 4 V e 5 V.
e) 24 V e 5 V.

05. (EsPCEx SP) Em um circuito elétrico, representado no


desenho abaixo, o valor da força eletromotriz (fem) do
gerador ideal é E=1,5 V, e os valores das resistências dos
resistores ôhmicos são R1=R4=0,3 Ω , R2=R3=0,6 Ω
e R5=0,15 Ω . As leituras no voltímetro V e no
amperímetro A, ambos ideais, são, respectivamente,

a) 0,375 V e 2,50 A
b) 0,750 V e 1,00 A
c) 0,375 V e 1,25 A
d) 0,750 V e 1,25 A
e) 0,750 V e 2,50 A
E
FÍSICA
16 Capacitores

O capacitor é um componente eletrônico que E p _ capacitor = E p _ A + E p _ B


apresenta a capacidade de armazenar cargas. Ele é Qν A −Qν B Q (ν A − νB )
formado por duas peças condutoras (placas, condutores E p _ capacitor = + ⇒ E p _ capacitor =
2 2 2
esféricos ou cilíndricos) e entre elas existe um material
dielétrico (isolante). QU
E p _ capacitor =
2
Considere um capacitor ligado a um gerador em um
circuito. Quando esse circuito é fechado, o gerador retira Sendo U = ν A − ν B .
elétrons de uma placa, levando-os a outra. Quando o
potencial de uma placa se iguala ao polo positivo e a outra Como Q = CU , podemos rearranjar a expressão para
ao polo negativo do gerador, a diferença de potencial (U) a energia potencial do capacitor e chegar a outras duas
entre as placas do capacitor é igual à força eletromotriz expressões.
(ε) do gerador. Nesse momento, o processo de carga do
CU 2 Q2
capacitor é finalizado e a corrente elétrica no circuito é nula. E p _ capacitor = E p _ capacitor =
2 2C
Capacitor
A B Capacitância de um capacitor plano
Em se tratando de um capacitor de placas planas de
área A, cuja distância entre elas é d, a capacitância (C) é
calculada pela seguinte expressão:
εA
+ − C=
!
d

Gerador em que ε é a permissividade do meio dielétrico.

A capacidade de um condutor em armazenar cargas Associação de capacitores em série


é representada pela grandeza capacitância (C). Ela é Quando vários capacitores estão ligados em série
calculada pela razão entre a carga (Q) do capacitor e a em um circuito com um gerador, este retira elétrons da
diferença de potencial (U) entre as placas. armadura esquerda do primeiro capacitor e os leva até a
armadura direita do último. As outras placas são carregadas
Q por indução eletrostática. Dessa forma, os capacitores
C=
U associados em série acabam armazenando cargas iguais.

C1 C2 C3 Ceq
Essa grandeza depende não somente da forma e da
dimensão do capacitor, mas também do dielétrico existente
entre as suas armaduras.

A unidade no SI da capacitância é o farad (F),


equivalente a C/V (coulomb por volt).
+ − + −
! !
Energia potencial
eletrostática de um capacitor Como a diferença de potencial entre os terminais
Quando são adicionadas cargas (Q) a um condutor, a do gerador é a soma da diferença de potencial de cada
capacitor, então

energia potencial eletrostática adquirida por ele é E p = , U = U1 + U 2 + U 3
2
Q Q Q Q
em que ν é o potencial que ele atinge. Com base nisso, a = + +
Ceq C1 C2 C3
energia potencial eletrostática armazenada em um capacitor
( E p _ capacitor ) é a soma das energias adquiridas pelas duas 1 1 1 1
peças condutoras constituintes do capacitor. Sabendo-se = + +
Ceq C1 C2 C3
que uma delas terá carga +Q e a outra -Q, temos
644 FÍSICA E16

Associação de capacitores em paralelo 02. (Unifor) O flash de uma máquina fotográfica é um dos
Se os capacitores estão em paralelo, o gerador tem principais aliados de qualquer fotógrafo. Ele consiste
acesso a todos eles. Assim, o processo de carga ocorre em uma fonte de luz pontual ou, mais concretamente,
simultaneamente para todos, em que elétrons de uma um dispositivo auxiliar que emite, pontualmente, uma
placa são retirados e levados para outra. Nesse caso, as quantidade de luz sobre uma cena de modo a melhor a
diferenças de potencial dos capacitores são iguais entre si iluminar.
e à diferença de potencial estabelecida entre os terminais Um capacitor pode descarregar toda sua carga em
do gerador. uma pequena fração de segundo. É por isso que o flash
eletrônico em uma câmera utiliza um capacitor. A pilha
C3 carrega o capacitor do flash durante vários segundos, e
Ceq
então o capacitor descarrega toda a carga no bulbo do
C2 flash quase que instantaneamente.
A energia utilizada em um flash de uma máquina
fotográfica é armazenada em um capacitor que consiste
C1
em dois condutores separados por uma pequena
distância e que possuem cargas contrárias.
+ −
Caso a quantidade de carga nos condutores seja
!
+ − reduzida pela metade, o que acontece com o valor da
! energia armazenada nesse capacitor?
a) O valor da energia é mantido.
A carga total nessa associação é soma da carga de b) O valor da energia é dividido por dois.
cada capacitor. Portanto, c) O valor da energia é multiplicado por dois.
d) O valor da energia é dividido por quatro.
Q = Q1 + Q2 + Q3 e) O valor da energia é multiplicado por quatro.
CeqU = C1U + C2U + C3U
03. (Unifor) O capacitor, também chamado de condensador,
Ceq = C1 + C2 + C3 é um dispositivo de circuito elétrico que tem como função
armazenar energia eletrostática, ou energia elétrica.
Ele é constituído de duas peças condutoras que são
as placas ou armaduras. Entre essas placas, existe um
Exercícios Propostos material isolante que é também chamado de dielétrico.
01. (Unitau) Dois capacitores idênticos, de capacitância Considere a figura com três capacitores de capacitância
igual a 2 µF , estão ligados em série, conforme a figura C1, C2 e C3 sujeitos a uma tensão U e carregados com
abaixo. as cargas Q1, Q2 e Q3, respectivamente. Analisando este
circuito, podemos afirmar que
C1
2 µF +
Q1
2 µF C2
+
A B
+ Q2

+ C3
Q3
100 V
U
Sobre esses capacitores, é correto afirmar:
a) as cargas, em cada um dos dois capacitores, são a) as cargas acumuladas em cada um dos três
iguais a 10–4C. capacitores são Q1 = Q2 = Q3
b) as cargas são diferentes nos dois capacitores. b) a carga total dos três capacitores obedece a relação
c) as diferenças de potencial entre as placas dos Qt = (C1+C2+C3) ÷ U
capacitores são iguais a 100 V em cada um. c) as tensões aplicadas a cada capacitor obedecem a
d) as diferenças de potencial entre as placas dos dois relação U = U1 + U2 + U3
capacitores são diferentes. d) as tensões aplicadas a cada um dos três capacitores
e) as tensões nas placas dos dois capacitores são são U1 = U2 = U3
iguais, apesar de as cargas serem diferentes. e) as correntes que passam por cada um dos três
capacitores são i1 = i2 = i3
CAPACITORES FÍSICA E16 645

04. (UFPR) No circuito esquematizado abaixo, deseja-se que máxima igual a 170 V, estarão com carga plena após
o capacitor armazene uma energia elétrica de 125 µJ. um certo intervalo de tempo t.
As fontes de força eletromotriz são consideradas ideais Considerando t, determine:
e de valores ε1 = 10 V e ε2 = 5 V. Assinale a alternativa a) a carga elétrica total acumulada;
correta para a capacitância C do capacitor utilizado. b) a energia potencial elétrica total armazenada.

− + + − 02. (Santa Casa SP) Dois capacitores de capacidades


C1 = 0,5µF e C2 = 1,0µF são ligados em série a uma
!1 !2 C
fonte de 220V.
O capacitor C1 está submetido a uma diferença de
potencial, em volts, aproximadamente igual a:
a) 10 µF. a) 44
b) 1 µF. b) 88
c) 25 µF. c) 63
d) 12,5 µF. d) 147
e) 50 µF. e) 220

05. (Uece) Uma das propriedades do capacitor é armazenar 03. (UFG GO) Um desfibrilador é um dispositivo capacitivo
energia. Essa característica é a base de um desfibrilador, que, tipicamente, tem uma ddp de 6000 V e armazena
aparelho usado para conter a fibrilação de um coração uma energia de 180 J, fornecendo um pulso de corrente
vitimado por um ataque. Considere um desfibrilador da ordem de 5 ms. Para atingir seus objetivos em geral
com um capacitor de 64 µF completamente carregado, são necessários vários pulsos de descarga. Conforme
com uma tensão de 5 kV entre suas placas. Suponha o exposto, a função biológica desse dispositivo, sua
que em cada aplicação do aparelho seja usada 25% da capacitância em µF e a corrente média que flui durante
energia total acumulada. Assim, a energia, em Joules, o pulso, em ampère, são respectivamente:
utilizada em uma dessas aplicações é a) restabelecer os discos intercalares, 10 e 12.
a) 200. b) restabelecer os discos intercalares, 0,10 e 12.
b) 320. c) restabelecer as interdigitações, 0,10 e 0,12.
c) 640. d) restabelecer a atividade do nó sinoatrial, 0,10 e
d) 800. 0,12.
e) restabelecer a atividade do nó sinoatrial, 10 e 12.

Exercícios de Treinamento 04. (UFG GO) O sistema composto de duas placas metálicas
Texto comum à questão 01 circulares, móveis e de diâmetro 20 cm, formam um
Para seus cálculos, sempre que necessário, utilize os capacitor, conforme ilustrado na figura a seguir.
seguintes dados:

calor específico do gelo 0,5 cal/g °C


calor específico da água 1,0 cal/g °C
calor latente de solidificação da água 80 cal/g
densidade do ar 1,25 kg/m3
aceleração de gravidade 10 m/s2
sen 30° 0,5
sen 60° = cos 30° 0,87 Quando a distância d entre as placas é da ordem de
um milésimo do diâmetro das placas, este é, com boa
1 cal 4J aproximação, um capacitor plano de placas paralelas.
Nessas condições, esse sistema é usado para medir
01. (UERJ) Para a segurança dos clientes, o supermercado o campo elétrico atmosférico. Considerando-se que
utiliza lâmpadas de emergência e rádios transmissores π = 3, ε0 = 8,85 · 10 –12 N · m2/C2 e que a ddp medida
que trabalham com corrente contínua. Para carregar é de 20 mV, calcule:
suas baterias, no entanto, esses dispositivos utilizam a) O campo elétrico atmosférico estabelecido entre as
corrente alternada. Isso é possível graças a seus placas.
retificadores que possuem, cada um, dois capacitores b) O módulo da carga elétrica em cada placa.
de 1.400 µF, associados em paralelo. Os capacitores,
descarregados e ligados a uma rede elétrica de tensão
646 FÍSICA E16

05. (UFG GO) Em dias secos, algumas pessoas podem mercantilista para o capitalismo industrial, que tem como
perceber descargas elétricas quando se aproximam marco cronológico a Primeira
de superfícies metálicas. Numa condição específica, o Revolução Industrial na Inglaterra.
corpo humano pode ficar eletrizado estaticamente com Na segunda fase, a partir de meados do século XIX, ocorre a
uma diferença de potencial de 30 kV. Neste caso, a pele aceleração da industrialização, processo conhecido como
humana funciona como as placas de um capacitor de Segunda Revolução Industrial. Os desenvolvimentos
300 pF, e o estrato córneo (a camada mais externa da tecnológicos, como o motor à explosão e a eletricidade em
pele) funciona como o dielétrico, podendo armazenar particular, contribuíram para a intensificação da urbanização e
energia elétrica. Considerando-se o exposto: o contato cada vez maior com os novos aparatos tecnológicos.
a) Calcule a energia eletrostática armazenada pelo Por fim, uma terceira fase ganharia corpo no século XX,
corpo e a respectiva carga elétrica. com a amplificação acelerada das ramificações desse processo,
b) Ao aproximar um dedo a 1,0 cm de uma superfície exemplificada pela informática e pela biotecnologia.
metálica, forma-se um arco voltaico visível de
 100 
200 µm de diâmetro que descarrega totalmente o b) 1. ∴ aT = m / s2 ou aT ≈ 9, 6 m/s2
109
corpo em 10 µs. Calcule a resistividade do ar no
arco voltaico (considere π = 3). 2. ∴ v3 = 4 5 m/s ou v3 ≈ 8,9 m/s

A15 Exercícios Propostos


01. A
Gabarito
02. 00 – C; 01 – E; 02 – C; 03 – E; 04 – C.
A13 Exercícios Propostos 03. E
01. C 04. D
02. C 05. A
03. D
04. D A15 Exercícios de Treinamento
05. C 01. A
02. C
A13 Exercícios de Treinamento 03. C
01. B 04. D
02. E 05. A
03. D
04. A A16 Exercícios Propostos
05. E 01. A
02. D
A14 Exercícios Propostos 03. C
01. C 04. 70 N.
02. C 05. D
03. A
04. A A16 Exercícios de Treinamento
05. D 01. A
02. C
A14 Exercícios de Treinamento 03. 06
01. a) vT = 3 m/s e ac = 4,5 m/s2 04. a) 10 m/s
b) U = 5 m/s b) 10 N
c) θ = arccos 0,8 05. 90
02. E
03. B B13 Exercícios Propostos
04. a) v = 4m/s 01. A
b) aR = 0,8m/s2 02. B
c) NN = 552N e NJ = 756N 03. E
05. a) Usando como imagem o percurso da montanha-russa, Nicolau 04. A
Sevcenko identifica três fases das transformações econômicas, 05. B
sociais e culturais do capitalismo.
Na primeira fase, entre os séculos XVI e XIX, as transformações
vinculam-se ao processo de transição de uma economia
GABARITO FÍSICA 647

B13 Exercícios de Treinamento C13 Exercícios Propostos


01. 02 01. C
02. D 02. C
03. A 03. 05
04. np = 2 04. B
05. C 05. E

B14 Exercícios Propostos C13 Exercícios de Treinamento


01. A 01. B
02. C 02. C
03. A 03. a) f = 170 Hz
04. 07 b)
05. A

B14 Exercícios de Treinamento


01. E
02. A
03. B
04. C
05. 02

B15 Exercícios Propostos


01. A
02. A
03. B c) Am = 1,4 Pa
04. F 04. B
05. E 05. D

B15 Exercícios de Treinamento C14 Exercícios Propostos


01. B 01. B
02. B 02. A
03. C 03. A
04. C 04. E
05. E 05. 04

B16 Exercícios Propostos C14 Exercícios de Treinamento


01. A 01. B
02. C 02. E
03. C 03. 1. A) frequência da vibração 440 Hz
04. B B) λ = 0,64 m
05. A 2. A) A frequência de uma onda é a mesma que a de sua fonte,
a corda, em seu modo fundamental, emite uma onda sonora
B16 Exercícios de Treinamento de mesma frequência que é igual a 440 Hz.
01. B B) λ = 0,77 m
02. B 04. A
03. a) f = 0,30m 05. C
b) Como a lente utilizada é convergente (f > 0) , o provável defeito
de visão do estudante é a hipermetropia. C15 Exercícios Propostos
04. D 01. D
05. B 02. C
03. B
04. D
05. D
648 FÍSICA

C15 Exercícios de Treinamento D13 Exercícios de Treinamento


01. D 01. A
02. A 02. Fórmula molecular do DBN = C7H12N2
03. B V = 20,5 L
04. E 03. M = 16,0 g.mol–1
05. a) A frequência será a mesma nas duas partes. Logo, temos f1/f2 . Fórmula de Lewis (estrutura)
b) 4/3

C16 Exercícios Propostos O átomo de carbono possui 4 elétrons na camada de valência e o


01. C átomo de hidrogênio tem somente um elétron.
02. D 04. CCℓF3 (fréon 12)
03. E 05. M = 72,6 g/mol
04. C
05. C D14 Exercícios Propostos
01. B
C16 Exercícios de Treinamento 02. C
01. D 03. B
02. a) Como entre dois nós consecutivos temos meio comprimento 04. A
de onda, vem: 05. V V V V
λ = 2 . d = 2 . 12 ⇒ λ = 24 cm
b) A força de tração no fio é, em módulo, igual a D14 Exercícios de Treinamento
F = P = ma = 0.18 . 10 = 1.8 N 01. B
Assim, a freqüência é dada por: 02. a) P1 = 8,0.104 N/m2
F F 10
v= ⇒ λ.f = b) h0 = m (Obs.: o valor correto da pressão atmosférica é
µ µ ⇒ 3
v=λ . f 1 atm ou 1,0.105 Pa.)
03. D
1,8
⇒ 0,24 . f = ⇒ f = 250 Hz 04. D
5,0 . 10-4
05. D
03. 28
04. A velocidade de cada ponto da corda pode ser calculado como a D15 Exercícios Propostos
soma das velocidades que cada pulso, individualmente, provocaria. 01. D
No ponto A, tanto o pulso que se propaga para a direita quanto 02. F V F F V
o que se propaga para a esquerda provocam uma velocidade 03. B
transversal negativa. Portanto, a velocidade transversal do ponto 04. B
A é negativa. 05. C
Já no ponto B, tanto o pulso que se propaga para a direita quanto
o que se propaga para a esquerda provocam uma velocidade D15 Exercícios de Treinamento
transversal positiva. Portanto, a velocidade transversal do ponto B 01. B
é positiva. 02. a) Considerando apenas os materiais bicarbonato de sódio
05. a) 4,3 . 10–4 m (NaHCO3) e vinagre [solução de ácido acético (H3CCOOH)
b) 3,1 . 10–4s e água (H2O)], os elementos presentes são 4: Na – Sódio;
H – Hidrogênio; C – Carbono; O – Oxigênio.
D13 Exercícios Propostos As substâncias presentes são 3:
01. A Bicarbonato de sódio: NaHCO3
02. D Ácido acético: H3CCOOH
03. C Água: H2O
04. C b) Cálculo da massa de CO2 produzida na reação:
05. E M CO 2 = (12 + 2 x 16) g/mol = 44 g/mol
T = 27 °C ⇒ 300 K
m
PV = RT
M
m
14, 76atm ⋅ 0, 1 L = ⋅ 0, 082atmL ⋅ mol −1 ⋅ K −1 ⋅ 300 K
44 g / mol

m = 2,64g
GABARITO FÍSICA 649

03. a) P1 = 30 atm; 27 °C; T1 = 300K E13 Exercícios Propostos


P2 = ?; –13 °C; T2 = 260K 01. C
Volume constante: V1 = V2 02. C
PV PV
03. 1.
1 1
= 2 2 V V
T1 T2
R R A
30atm P
= 2 A
300 K 260 K

P2 = 26 atm
I II
b) Sendo a transformação isovolumétrica (V = cte), pode-
se calcular o volume do pneu em qualquer uma das situações 2. Considerando o amperímetro e o voltímetro como quase
apresentadas. Assim: ideais, a resistência do amperímetro é muito menor que a do
P = 30 atm resistor e a do voltímetro é muito maior que a do resto. Assim,
T = 300 K a ddp medida para os dois voltímetros é praticamente a mesma
V=? e a corrente medida nos amperímetros também. Mas no caso
m = 14 kg = 14000 g I, a corrente é ligeiramente maior que no caso II. Como a
N2 = 28 g/mol resistência é a razão entre a ddp no voltímetro e a corrente no
m amperímetro, a resistência no circuito II é ligeiramente maior
pV = ⋅ R ⋅ T
M que em I.
14000 g atm ⋅ L Considerando os dois equipamentos ideais, o valor da
30atm ⋅ V = ⋅ 0, 082 ⋅ 300 K
28 g / mol mol ⋅ K resistência medido é o mesmo para os dois casos.
V = 410 L 04. A
c) A estrutura que se repete no poli-isopreno é: 05. C

E13 Exercícios de Treinamento


01. B
O monômero possui quatro átomos de carbono na cadeia 02. A
principal e uma ramificação metil (– CH3). Os monômeros vão- 03. A
se unindo devido às quebras das duplas-ligações nos átomos 04. D
de carbono assinalados (polímero de adição). 05. a) 5,0x10–3A;
b) 2,5V

E14 Exercícios Propostos


01. E
2
Concluímos que a fórmula estrutural do monômero é: 02. a) i = A ou i ≅ 0,67 A
3
8
b) Gerador: ηG = ou ≅ 0,89
9
3
Receptor: ηR = ou ≅ 0,75
4
04. C 03. C
05. D 04. D
05. A
D16 Exercícios Propostos
01. A E14 Exercícios de Treinamento
02. C 01. a) 2,0 × 104 N/m2
03. D b) 2V
04. A 02. B
05. E 03. A
04. a) i = 2A
D16 Exercícios de Treinamento b) t = 1s
01. B c) Rmin = 12 Ω
02. a) PC = 3 x 105 N/m2 ; TB = 800 K 05. D
b) 104 J
03. D
04. B
05. D
650

E15 Exercícios Propostos


01. E
02. D
03. A
04. A
05. a) 12 A;
b) 100 V;
c) R1 = 10 Ω , R2 = 50 Ω ;
d) P = 1 200 W

E15 Exercícios de Treinamento


01. B
I 2 + I1
02. a) VB = V0
I 2 − I1
2V0
b) R=
I 2 − I1
c) VB = 54 V
R = 90 Ω
03. 30
04. B
05. A

E16 Exercícios Propostos


01. A
02. D
03. D
04. A
05. A

E16 Exercícios de Treinamento


01. a) 0,48 C
b) 40,5 J
02. D
03. E
V
04. a) 100
m
b) 26,55 . 10–12C
05.
650

E15 Exercícios Propostos


01. E
02. D
03. A
04. A
05. a) 12 A;
b) 100 V;
c) R1 = 10 Ω , R2 = 50 Ω ;
d) P = 1 200 W

E15 Exercícios de Treinamento


01. B
I 2 + I1
02. a) VB = V0
I 2 − I1
2V0
b) R=
I 2 − I1
c) VB = 54 V
R = 90 Ω
03. 30
04. B
05. A

E16 Exercícios Propostos


01. A
02. D
03. D
04. A
05. A

E16 Exercícios de Treinamento


01. a) 0,48 C
b) 40,5 J
02. D
03. E
V
04. a) 100
m
b) 26,55 . 10–12C
05.

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