Artigo CBC2001 - Analise de Correlacao
Artigo CBC2001 - Analise de Correlacao
Artigo CBC2001 - Analise de Correlacao
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Uma característica marcante no ambiente empresarial atual é o
aumento da competição com a conseqüente necessidade de implementação
de mudanças no processo produtivo. Isto obriga as empresas a se
reorganizarem na busca por novas formas de gerenciamento. Um dos
caminhos seguidos é o aperfeiçoamento do nível de informações sobre os
seus produtos e processos, no sentido de mensuração e controle das
operações, dentre outras coisas, como forma de minimização de custos e
aumento da competitividade.
Para atender tais demandas empresariais, a Contabilidade apresenta-
se com seus desenvolvimentos em diversas áreas de estudos do campo
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Abreviação de Reichskuratorium für Wirtschalftlichtkeit.
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650 650
550 550
450 450
350 350
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150 150
122 124 126 128 130 132 134 122 124 126 128 130 132 134
650 650
550 550
450 450
350 350
250 250
150 150
6.000 9.000 12.000 15.000 18.000 6.000 9.000 12.000 15.000 18.000
20 20
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10 10
5 5
122 124 126 128 130 132 134 122 124 126 128 130 132 134
20 20
15 15
10 10
5 5
6.000 9.000 12.000 15.000 18.000 6.000 9.000 12.000 15.000 18.000
165 165
140 140
115 115
90 90
65 65
40 40
6.000 9.000 12.000 15.000 18.000 6.000 9.000 12.000 15.000 18.000
para todos os itens de custos. Para se chegar aos resultados, diversos testes
foram realizados, nos quais cada item de custo foi emparelhado com os
critérios de rateio selecionados, considerando-se ainda que, conforme o caso,
um ou dois meses discrepantes foram excluídos da amostra para refletir melhor
a realidade da empresa.
Observa-se, pelos resultados da Tabela 2, que alguns itens de custos
apresentaram coeficientes de correlação considerados “fortes”, destacando-se
o gasto com “copa e cozinha” que no emparelhamento com o “no de
funcionários” chegou a 83,45%. Outro item de custo que apresentou um “forte”
coeficiente de correlação foi o “material de expediente” em relação ao critério
“produção”.
Alguns itens de custos, entretanto, não apresentaram bons coeficientes
de correlação com nenhum dos critérios testados, como por exemplo:
“combustível e lubrificante”, “manutenção de veículos” e “prêmios e seguros”,
que em geral, têm uma ligação com as instalações físicas da empresa. Vale
ressaltar que o coeficiente de correlação negativo (-8,36%), do item de custo
“combustível e lubrificante” emparelhado com o “no de funcionários”, comprova
a “inexistência” de relacionamento entre ambos, já que nas empresas, em
geral, um aumento no número de funcionários implica, também, no aumento
dos gastos com aquele item de custo.
5. CONCLUSÃO
Este estudo tornou-se um desafio devido às potencialidades de
exploração que o tema oferece. Como o objetivo geral da pesquisa consistiu na
análise dos critérios de rateio dos custos indiretos, num sistema de custeio por
absorção, em uma empresa em particular, a simplificação prevaleceu sobre a
abrangência. Neste sentido, de forma resumida, procurou-se descrever os
aspectos do custeio por absorção e a utilização de uma importante técnica
estatística para a análise de alguns aspectos dentro da Contabilidade de
Custos, a análise de correlação e regressão.
Após os testes realizados, e com base nos resultados encontrados,
sugere-se que para a aceitação de um determinado critério, como base de
rateio dos custos indiretos a serem alocados aos produtos, o coeficiente de
correlação seja no mínimo superior a 50%. Ou seja, pelo menos a metade do
custo seja explicado por ele. Além disso, no caso do item de custo que obtém
correlação superior a este valor nos dois critérios de rateio testados, o critério
adotado seja aquele cujo valor do coeficiente de correlação é maior.
Contudo, observa-se que na presente pesquisa não foram
considerados outros fatores relevantes como: facilidade para o levantamento
das informações, custo de obtenção dos dados etc., que devem ser
respeitados, naturalmente, em caso de implementação de um sistema de
custos numa empresa. Assim, com base nos resultados encontrados, conclui-
se que os melhores critérios para rateio dos itens de custo para a empresa
estudada devem ser os apresentados na Tabela 3.
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Verifica-se que, dos dez itens de custos testados com os dois critérios
de rateio, somente sete apresentaram coeficientes de correlação significativos,
isto é, que podem ser recomendados para utilização no custeio por absorção
da empresa, com destaque para o critério de rateio “produção”. Mesmo assim,
para três itens de custos deve-se procurar outros critérios que apresentem
melhores coeficientes de correlação que os testados. Ou, alternativamente, que
sejam utilizados critérios de rateio de forma conjunta para rateio de alguns itens
de custos.
Desta forma, verifica-se que um aprimoramento do sistema de custeio
por absorção, utilizado na empresa, pode ser obtido com a aplicação da análise
de correlação para a avaliação dos critérios de rateio empregados. Também,
convém ressaltar que o sistema pode ser aperfeiçoado com a utilização
conjunta de dois ou mais critérios de rateio, no caso de uma análise
multicriterial de custos.
6. BIBLIOGRAFIA
BARBETA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às ciências sociais. 3. ed.
Florianópolis: Ed. da UFSC, 1999.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade gerencial: teoria e prática. São
Paulo: Atlas, 1998.
DRUCKER, Peter F. The emerging theory of manunfacturing. Harvard
Business Review, Boston, v. 68, n. 3, p. 94-102, may/jun. 1990.
GASPARETTO, Valdirene. Uma discussão sobre a seleção de
direcionadores de custos na implantação do custeio baseado em
atividades. Florianópolis: UFSC, 1999. Dissertação (Mestrado em
Engenharia de Produção).
HOFFMANN, Rodolfo, VIEIRA, Sônia. Elementos da estatística. 2. Ed. São
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