Resumo - Psicologia Educacional

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Resumo - Psicologia Educacional

Conceito de Psicologia Escolar/Educacional - nomenclatura foi ampliada para


Psicologia Educacional pois a psicologia não acontece apenas na instituição.
A atuação do psicólogo escolar vai muito mais além. Existem em outras
instâncias.
Imaginário - a psicologia escolar acontece dentro da escola (criança - infantil),
mas esse cenário não é real porque passa do infantil ao Ensino Superior.
Exemplo: DPS - Departamento Psicopedagógico da Unisantos.

História da Psicologia Escolar/Educacional

Origem - século XIX

Expansão do ensino público nas cidades da América e Europa, problemas


ligados aos menores que estavam em situações vulneráveis (abandono,
negligência, delinquência).
Buscam profissionais que possam auxiliar essas demandas e suas causas, que
sejam capazes de propor e implementar soluções.

Final do século XIX e início do século XX

● ênfase na avaliação psicológica de crianças e adolescentes sob


suspeitas de serem deficientes físicos, mentais e morais.
Alguns países se destacam nas pesquisas: EUA, França, Bélgica, Alemanha e
Suíça.
Estudos de campos ligados à Inteligência, Superdotação e Subdotação,
desenvolvimento infantil e atrasos, desenvolvimento de diagnósticos e
intervenção.
Os primeiros serviços de Psicologia Escolar foram criados no fim do século
XIX na França.
O país que mais se destacou em pesquisas e materiais de Psicologia Escolar
foi os EUA por ter serviços muito específicos, profissionais altamente
qualificados e literatura específica (Exemplo: APA)

História da Psicologia Escolar/Educacional no Brasil

Com a expulsão dos jesuítas houveram outras consequências adversas, como


o colapso das frágeis bases da educação popular.
A Psicologia Escolar tem uma história muito breve no país - ausência de
profissionais e pesquisa.

Samuel Netto propõe uma divisão da história da psicologia escolar no Brasil


em 3 partes (importante!):

● Primórdios - 1830 a 1940. Haviam as escolas técnicas para pessoas que


desejavam lecionar, chamadas de escola Normalista ou Magistério.
Irradiou os primeiros conhecimentos da Psicologia, como por exemplo,
as teorias de Piaget. Não existia a graduação em Psicologia, os
pedagogos eram os que faziam acompanhamento e supervisão de
crianças com problemas escolares. Ofereceu grande evolução ao
estudo, padronização, aplicação e aperfeiçoamento de testes
psicológicos destinados aos escolares.
1938 - primeiro Congresso de Psicologia no país.

● Fase universitária - 1940 a 1962 - começa o ensino da Psicologia (como


matéria) nas universidades. Anterior a criação dos cursos de psicologia
no país.
2 influências: professores provenientes da Pedagogia na falta de
psicólogos formados e professores estrangeiros ou brasileiros que
fizeram pós graduação fora do país. Docentes cujo interesse eram mais
voltados a serem orientadores educacionais. Nessa época as práticas
se limitavam a observação de comportamento e algumas intervenções
ou orientação educacional e vocacional. Não se tinha material de
trabalho.

● Introdução da Psicologia Escolar no currículo da Graduação em


Psicologia - 1962 até os dias atuais.

3 grandes marcos - primeiro congresso de Psicologia Escolar, criação da


Abrape e congresso internacional de Psicologia Escolar.

Década de 70:

Lei Federal 5.766/71 - Criação do Conselho de Psicologia. Os doutores em


pedagogia podiam se registrar como psicólogos escolares/educacionais.

Década de 80:

A Psicologia Escolar dá um salto de qualidade e dirige a atenção do indivíduo,


sua doença e dificuldade para uma concepção mais preventiva e voltada à
saúde psicológica, inicia-se o olhar sistêmico, que inclui uma visão cultural e
histórica da escola e dos fenômenos educativos.
O aluno que antes era considerado um indivíduo com problemas passa a ser
entendido como um indivíduo em desenvolvimento cognitivo, afetivo e social.

Década de 90:

Criação da ABRAPEE - Associação Brasileira de Psicologia Escolar e


Educacional. Objetivo de buscar o reconhecimento legal do psicólogo escolar.

Psicologia Escolar Contemporânea

Abrange a intersecção entre a:

● Psicologia na Escola - atuação


● Psicologia na Educação - local
A área de Psicologia Educacional envolve 9,2% dos profissionais procurando
por essa área (procura muito baixa). Isso se dá porque os profissionais de
Psicologia são trazidos para a escola como profissionais terceirizados, não
atuando diretamente.
Hoje o objetivo é ser uma base para o desenvolvimento global do estudante
através de ações com professores, diretores, pais e os próprios alunos que se
dirigem à prevenção (ou intervenção).

Importante!

● Avaliação, diagnóstico, acompanhamento e orientação psicológica são


aplicadas em contexto institucional e não voltados ao aluno
individualmente. Os casos que requeiram mais cuidados, realizam-se
encaminhamentos clínicos, não se faz psicoterapia em ambiente
institucional.

Ao psicólogo escolar cabe integrar a teia de relações, fazer parte da equipe


multidisciplinar e interdisciplinar e comunidade educativa. O trabalho do
psicólogo escolar tem como diretriz o desenvolvimento do viver em cidadania,
aceitando diferenças individuais.

Finalidade: propiciar o desenvolvimento integral do ser humano que resultem


em impacto social.

Atuação de equipe multidisciplinar - psicólogo escolar é entendido como um


mediador. Ao mesmo tempo intervém e oferece informação.

Objetivos do psicólogo escolar - desenvolvimento do viver em cidadania e


buscar instrumentos para apoiar o desenvolvimento acadêmico.
Pautado na promoção da saúde da comunidade escolar a partir de trabalhos
preventivos que visem o processo de transformação pessoal e social.

Baseia-se em conhecimentos referentes aos:

● Estágios de desenvolvimentos
● Estilos de aprendizagem
● Aptidões e interesses individuais
● Conscientização de papéis sociais.

Focos de intervenção do Psicólogo Escolar:

a) Ambiente escolar - nível administrativo


b) Professores - nível docente
c) Alunos - nível discente
d) Comunidade - pais e vizinhos da escola

O psicólogo escolar age como mediador e também interventor para oferecer


informações e alternativas para as diversas situações e áreas que envolvam o
dia-a-dia das escolas. (Exemplo: a diretora que acredita que bullying é
brincadeira).

Lei 13.935/2019

Equipes multiprofissionais deverão desenvolver ações para a melhoria da


qualidade do processo de ensino-aprendizagem, com participação da
comunidade escolar, atuando na mediação das relações sociais e
institucionais.

Onde atua a Psicologia Escolar/Educacional?

● Além de escolas, outras instituições com propostas educacionais.

A afetividade no espaço educacional: as interações sociais e as relações


interpessoais

Não existe pensamento sem afeto e não existe afeto sem uma imagem, uma
ideia.

Os dois aspectos da subjetividade humana – afeto e pensamento – estão


sempre juntos Eles se expressam em:
● Desejos
● Sonhos
● Fantasias
● Expectativas
● Palavras
● Gestos

Tanto nesse exemplo, como em muitas outras situações da vida, não há a


mediação do pensamento – são os afetos que determinam nosso
comportamento.

Separação Mente e Corpo

Consideramos que estudar apenas alguns aspectos do ser humano é


considerá-lo fragmentado, correndo-se o risco de deixar de analisar aspectos
importantes

Diferença de Emoção e Sentimento

Emoção Sentimento

Estado agudo e transitório Estado mais atenuado e durável


Exemplo: a ira Exemplo: a gratidão Importante c

Importante: A vida afetiva – emoções e sentimentos – compõe o homem.


Constituem um aspecto de fundamental importância na vida psíquica.
Emoções

As emoções são expressões afetivas acompanhadas de reações intensas e


breves do organismo, em resposta a um acontecimento inesperado ou, às
vezes, muito aguardado (fantasiado). Causam uma alteração fisiológica.

Sentimento

São assim nomeados por serem mais duradouros, menos “explosivos” e


intensos e geralmente não virem acompanhados de reações orgânicas
intensas.

E o que a Psicologia e os Profissionais Educacionais têm a ver com isso?


O perfil da Psicologia Escolar/Educacional e seu trabalho junto à Equipe
Multidisciplinar

A Psicologia Escolar/Educacional está a serviço de todos os que são


educados ou influenciam o processo de desenvolvimento do educando sob
todos os aspectos considerando-se, de modo geral, o processo
ensino-aprendizagem baseado no desenvolvimento:

● motor
● cognitivo
● emocional
● Social
● A estrutura curricular, a orientação e formação continuada de
professores e o estabelecimento de parcerias com as famílias desde a
Educação Infantil ao Ensino Universitário

Segundo os estatutos da Associação Brasileira de Psicologia Escolar


ABRAPEE (1991):

Quem é o Psicólogo Escolar? Entende por psicólogos escolares e


educacionais aqueles profissionais, que devido a sua preparação universitária
em Psicologia e experiências subsequentes nas áreas escolar e/ou
educacional, trabalham para melhorar o processo ensino-aprendizagem no
seu aspecto global (cognitivo, emocional, social e motor) através de serviços
oferecidos a indivíduos, grupos, famílias e organizações.

Possibilidades de Atuação do Psicólogo Escolar

Especialista Educacional:

Tem por função e objetivo aplicar conhecimentos psicológicos na escola,


concernentes ao processo ensino-aprendizagem, ao desenvolvimento
humano, às relações interpessoais e à integração família-comunidade-escola
através de atuação em equipe interdisciplinar dentro da escola, assim como
administrar conflitos sociais em relação ao sistema de ensino e ao
planejamento curricular geral a nível de macro sistema educacional.

Assessor e Consultor:

Tem por função a prestação de serviços diretos e indiretos aos agentes


educacionais e orientando programas de apoio administrativos e
educacionais como profissional independente.

Ergonomista

Desenvolve estudos e analisa as relações homem-ambiente físico-material


quanto ao processo ensino-aprendizagem e produtividade educacional.
Ecólogo

Desenvolve programas visando à qualidade de vida e aos cuidados


indispensáveis às atividades acadêmicas.

Modificador de Comportamento

Implementa programas para alterar comportamentos e hábitos mal


adaptados no contexto escolar, além de desenvolver habilidades básicas para
aquisição de conhecimento e desenvolvimento humano;

Avaliador

Atua não somente na avaliação do processo ensino-aprendizagem usando e


validando instrumentos e testes psicológicos adequados e fidedignos, mas
também fornece subsídios para o replanejamento e reformulação do plano
escolar, ajustes e orientações à equipe escolar, avaliação da eficiência dos
programas educacionais.

Pesquisador

Pesquisa dados sobre a realidade da escola em seus múltiplos aspectos


visando desenvolver o conhecimento científico.

O psicólogo e seu vínculo com outros profissionais da escola: os desafios do


trabalho em equipe

Muitas atuações na educação não são próprias da psicologia. Em outras


ações, como:

● O diagnóstico e a intervenção institucional


● O desenvolvimento de equipes de trabalho
● A orientação e a formação de professores em aspectos psicológicos
essenciais do processo educativo

O psicólogo constitui o centro do trabalho, precisamente porque o objeto em


foco, em cada caso, está diretamente vinculado a seu campo de formação.

A articulação do trabalho do psicólogo com o trabalho dos coordenadores


pedagógicos, do orientador educacional e de outros especialistas vinculados
à escola resulta essencial para que sua atuação seja eficiente, por isso
destacamos a importância de que esse profissional forme parte ativa da
equipe de direção pedagógica da escola.

Na escola o trabalho em equipe torna-se particularmente relevante devido à


complexidade dos processos educativos sendo necessárias ações coerentes e
sistêmicas da equipe escolar.
Como transformar um Grupo em uma Equipe?

Para a realização dessas ações (Grupo X Equipe) a unidade de ação da equipe


de direção pedagógica é essencial. Importante auxiliar a passagem da
condição de grupo à condição de equipe.

A necessidade de o grupo de direção técnica da escola se constituir em uma


verdadeira equipe de trabalho está justificada não apenas pelo seu papel no
complexo processo de implementação e acompanhamento da proposta
pedagógica mas também pelo seu papel estimulador e mobilizador de todos
os atores sociais da escola na consecução dos principais objetivos
institucionais.

Na utilização de estratégias e técnicas para o desenvolvimento de equipes de


trabalho começando pela equipe de direção e atingindo todos os outros
coletivos possíveis Igualmente, cabe ao psicólogo contribuir para a formação
técnica da equipe de direção não somente em temas da Psicologia que
possam ser importantes para o trabalho educativo e de direção que a equipe
tem de gerenciar, mas, principalmente, no desenvolvimento de habilidades e
competências relevantes para o trabalho de direção pedagógica

O psicólogo não pode constituir uma ameaça à equipe educacional!

Corresponde ao psicólogo ter a sensibilidade para se integrar com modéstia e


profissionalismo a uma equipe que geralmente já está constituída. Também
cabe ao psicólogo:
● Assumir um plano de superação profissional que lhe permita estar à
altura do que se pode esperar de sua ação nas condições concretas da
escola em que atua
● Assim como propor criativamente, a partir da ampla gama de suas
possibilidades de atuação, direções e estratégias de trabalho que
constituam uma contribuição real para a escola em que trabalha.

O que é necessário para um trabalho em equipe?

● Autoconhecimento - Busca da compreensão de como “funcionamos”, no


intuído de aprendemos a conviver melhor com nossas próprias
questões, e assim, convivermos melhor com os outros.
● Comunicação - “colocar em comum”, 2 partes da comunicação: o
conteúdo, o fato, a informação que queremos transmitir e o que
estamos sentindo quando nos comunicamos com a pessoa.
● Empatia - A capacidade de se colocar no lugar/papel do outro.

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