Controle de Constitucionalidade de Processo Constitucional

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Controle de Constitucionalidade e Processo Constitucional

Profa. Dra. Ana Flávia Messa

N1
8,0 - (26/09) prova presencial individual e sem consulta.
2,0 - () trabalho

N2
8,0 - (21/11) prova presencial individual e sem consulta.

Garantias constitucionais dos direitos fundamentais na CF/88

● Garantias constitucionais
- Garantias de espécies
- Teoria Geral dos Direitos e Garantias

Introdução:

1° fator que estabelece o convívio humano = normas (direito)

2° fator que estabelece o convívio humano = força capaz de garantir a aplicação de norma (estado)

Formas de analisar o direito:

Ângulo objetivo = direito como ordenamento – conjunto de normas jurídicas.

Ângulo científico = direito como ciência – conjunto de estudos das normas jurídicas

⇢ Ângulo Objetivo

Produção de normas – sistemas de direito – Civil Law (IUS EX LEGE) e Comum Law (IUS EX
JUSTITIA)

Organização – critério de organização – com hierarquia ou sem hierarquia

Organização das normas jurídicas no Brasil

Hierarquia normativa:

⇢ Normas jurídicas inferiores e superiores


⇢ Pirâmide jurídica
⇢ A CF é a “Lei” maior
⇢ Obediência (normas inferiores – CF)
⇢ Norma X CF = inconstitucional – invalida – Ato Nulo (não pode ser aplicado, mas continua
em vigor)

Fundamento da supremacia

⇢ Critério sociológico – consciência

⇢ Critério Formal ou Não Sociológico – Criadora da ordem jurídica – mas difícil de ser alterada
(rígida)

Fundamento da supremacia constitucional no Brasil

⇢ Fundamento da supremacia – critério formal – maioria: rigidez – atualização e estabilidade

Procedimento rígido ≠ de matéria pétreas

A. A rigidez permite a estabilidade no ordenamento

B. Permite atualização ou alteração por um procedimento mais difícil que o previsto para as
demais normas jurídicas

C. Rigidez constitucional não decorre de cláusulas pétreas (matérias da CF que não podem ser
abolidas ou restringidas, apenas ampliadas)

Princípio da Supremacia Constitucional Formal

⇢ Princípio da simetria – todos os atos devem ser simétricos com a CF

⇢ Princípio da força normativa da CF – enxergar a CF como uma força interna capaz de


influenciar tudo e a todos

⇢ Princípio da hierarquia normativa – todos os atos estão subordinados a CF

⇢ Princípio da defesa da constituição – algo que defende a CF, mas não lhe dá imunidade

⇢ Princípio da razoabilidade – os valores fundamentais da CF

Normas constitucionais

Características

⇨ Superioridade hierárquica – Está acima de qualquer outra norma dentro do sistema jurídico

⇨ Unidade – não ter diferença entra as normas presentes na CF

⇨ Conteúdo específico – relacionado ao estado, ou sobre sua atuação ou sobre sua organização

⇨ Natureza da linguagem – apresentada na linguagem popular não é técnico


⇨ Caráter político - tem o objetivo de limitar o governante

Princípio Fundamental

⇨ Requisito material - modo de ser do estado

⇨ Requisito formal – previsão entre os Art. 1° ao 4° CF

- Relação dos princípios fundamentais e suas garantias:

Democracia – sem reconhecimento e proteção dos direitos = não há democracia


⇢ Por Bonavides – sociedade enferma
⇢ Por Karl Loewestein – núcleo essencial da democrático
⇢ Aferição de Grau de democracia – proximidade entre o cidadão e governante
⇢ (Democracia é uma merda, mas ainda é a melhor merda que a gente pensou)

Princípio republicano
⇢ Igualdade Formal: todos são iguais perante a lei
⇢ Responsabilidade política: compromisso de bem governar (zelar pelos direitos e
garantias).

Teoria geral: informativa

1. Conceito e fundamentos da teoria geral

Conjunto de noções e explicações das garantias e princípios:

● Fundamentos jurídicos: noção humana e noção e estado de direito

● Teorias do direito: jusnaturalismo, positivismo, realismo jurídico

Dignidade da pessoa humana

Tríplice da dimensão normativa: metanorma, regra e princípio

⇨ Princípios: respeito, proteção e promoção

Respeito: o estado não pode adotar comportamentos que violem condição da pessoa humana

Proteção: o estado tem que ter comportamentos que protejam a pessoa humana

Promoção: o estado deve promover condições para o bem-estar social

Noção de estado de direito

⇨ Modelo atual: estado constitucional de direito ou estado de democrático de direito e social


⇨ Características:

Constituição: vista como norma central do estado de direito

Conexão: reabilitar valores na sociedade

Expansão: (jurisdição constitucional = aplicação da CF pelos juízes)

Supremacia: (atual supremacia judicial: ativismo judicial, judicialização das políticas públicas,
Supremocracia)

Desenvolvimento: técnicas de interpretação constitucional


Teorias do direito
Jusnaturalismo – natureza humana, os direitos são inerentes das pessoas
Positivismo – reconhecimento normativo, os direitos vêm da norma
Realismo jurídico – conquistas históricas, vedação de retrocesso de direitos

Direitos humanos X Direitos fundamentais

➙ Como sinônimos: tem a mesma finalidade – possibilitar de uma existência digna para o ser
humano

➙ Como diferentes:

- Ponto comum: não à diferença material ou essencial (ontológica) entre os termos

- Cobrança judicial: direito humanos são reconhecidos em âmbito internacional, não podem ser
cobrados na justiça interna, já os direitos fundamentais são reconhecidos em termos internos e
podem ser cobrados na justiça interna (não serve para nada).

- Formal: direitos humanos são previstos como normas internacionais, direitos fundamentais
são previstos como normas internas.

RESUMO:

Direitos fundamentais e garantias fundamentais

➙ Como sinônimos - por Sampaio Doria- ambos têm a mesma finalidade – dar ao ser humano
uma existência digna

➙ Como diferentes:
- Direitos: são bens ou vantagens que o ser humano pode usufruir

- Garantias: são os meios utilizados para proteger esses direitos


Doutrina
- Rui Barbosa – norma fazem previsão de direito, são normas declaratórias. Normas que fazem
previsão de garantias, são normas assecuratórias

- Jorge Miranda – os direitos têm caráter principal, e as garantias têm o caráter de acessório, já
que depende do principal para sua existência.

Teoria Geral

a) Abrangência da expressão -

b) Princípio de Nacionalidade -

c) Tratamento diferenciado - É possível tratamento diferenciado entre brasileiro nato e


naturalizado?
Art. 12, §2o, CF - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
A diferenciação é possível quando prevista na Constituição Federal e emendas à CF, pois tem
a mesma força jurídica. Qualquer outra espécie normativa, se fizer tratamento diferenciado, será
espécie inconstitucional.

5 casos:

1. Cargos escolhidos pelo legislador que sao exclusivos para brasileiros natos. Ex.
Ministro do STF, presidente da república. Art. 12, § 3o.

2. Perda da nacionalidade brasileira. A perda da nacionalidade brasileira para brasileiros


naturalizados só poderá acontecer para brasileiros que praticarem atividades nocivas
aos interesses do Brasil. Art. 12, § 4o, I.

3. Conselho da República. Conselho em situações de caos formado de pessoas que irão


auxiliar o presidente da república. Há 6 cadeiras privativas para brasileiros natos, não
havendo para naturalizados.

4. Propriedade de empresas jornalísticas. Para que o naturalizado seja proprietário,


precisa de 10 anos de naturalização. Art. 222.

5. Extradição. Art. 5o, LI. Brasileiro nato nao pode ser extraditado nunca. Brasileiro
naturalizado pode ser extraditado em casos excepcionais.

ESTRANGEIRO

a) Conceito

Na Constituição, o conceito de estrangeiro é exclusivo. Ou seja, quem não for brasileiro, será
estrangeiro.

b) Estrangeiro residente
Não se pode interpretar a palavra “residentes” no seu sentido mais literal. Nestes casos, estrangeiro
residente é aquele que está no país a qualquer título, morando, viajando, legalmente ou ilegalmente.

DESTINATÁRIOS

a) Nascituro/embriões - apenas direitos e garantias previstos em Lei. Ex. direito à vida, direito à
alimentos.

b) Fauna e flora - animais e vegetação. Meros objetos, não são sujeitos. Quem possui direito
sobre a fauna e a flora são os proprietários ou a sociedade. O Direito ambiental é dominado pela visão
ideológica do Antropocentrismo, a fauna e a flora merecem proteção jurídica porque são de
titularidade do proprietário ou da sociedade.

c) Pessoa jurídica - possui direitos e garantias compatíveis com a sua condição. A condição de
pessoa jurídica é de que ela é uma ficção, só existe juridicamente. Ex. pode ter direito à reputação,
mas não pode ter direito à vida.

d) Cadáver/morto - morto é coisa sem valor econômico. O direito sobre o morto, que passa a
ser coisa, será de quem tiver sua “propriedade”. A família e a sociedade podem exigir os direitos
sobre o cadáver. Não tem direitos e garantias, mas será protegido pelo seu proprietário,

e) Sujeitos de direito personalizado - PF ou PJ. Que tem aptidão para adquirir direitos e
contrair obrigações.

f) Sujeitos de direito despersonalizados - Nascituros e quase pessoas jurídicas/pessoas


formais. Só passam a ter direitos ou garantias quando previstos em lei, nada além disso. Quase
pessoas jurídicas são (i) espólio; (ii) massa falida/patrimônio do falido; (iii) herança jacente; (iv)
condomínio edifício; (v) pessoa jurídica sem registro, de fato.

Princípios Aplicáveis dos Direitos Fundamentais


e Garantias Fundamentais

Princípio da Não Tipicidade

⇨ Significa que as normas do artigo 5o da CF e do Título II da CF não são taxativos. São


normas abertas, não esgotam o tema, não são taxativas. Contidas em rol meramente exemplificativo.
Decisão do Supremo, ADIM 949. Há outros direitos e garantias fora do artigo 5o e título II.

É possível reconhecer direitos e garantias fora da CF? Sim, como, direitos do consumidor, da criança
e do adolescente, etc. Possuem o mesmo conteúdo jurídico, sendo a prerrogativa do ser humano de
uma existência digna.

Direitos fora da constituição são chamados de direitos materialmente constitucionais, com matriz
constitucional. Tem força jurídica para que eles possam ser exigidos da mesma forma.

Princípio da Proporcionalidade
Este princípio é parâmetro para avaliar se a limitação imposta pelo Estado aos direitos e garantias
fundamentais, é arbitrária ou abusiva.

Entende-se que a origem pode ser (i) do Estado de Direito - alemão, ou (ii) do Processo Legal,
americano.

Em regra, os direitos e garantias são relativos ou não absolutos, sofrendo limites, restrições ou
exceções. Único direito que é absoluto é a Proibição da Tortura ou Tratamento Desumano ou
Degradante. Apenas o Estado tem legitimidade para impor limites aos direitos e garantias.

➙ TEORIA DOS LIMITES DOS LIMITES - não há dúvida que o Estado pode impor limitações.
Entretanto, essas limitações não podem ser arbitrárias nem abusivas, sendo avaliado pelo Princípio da
Proporcionalidade.

Conteúdo:

→ Tem que haver a presença dos 3 elementos juntos. Se um estiver faltando,

I. ADEQUAÇÃO:
Avaliar se a medida estatal é apta para atingir determinada finalidade. Ex. rodízio de carros
provou-se ser funcional para diminuir a poluição.

II. NECESSIDADE:
Quando se demonstra que não há outro meio para atingir tal finalidade. Adoção da medida
menos gravosa possível. Ex. uso de máscaras na pandemia provou-se ser a medida menos gravosa
para diminui o contágio do Covid 19.

III. PROPORCIONALIDADE EM SENTIDO ESTRITO:


Verificar se há respaldo/fundamento jurídico. Não precisa ser necessariamente uma lei, mas
precisa de uma analogia, princípio, costume.

Decorrências:

I. PROIBIÇÃO DO EXCESSO:
O estado não pode usar mais do que o necessário para atingir os objetivos. Ex. discussão
sobre o uso de algemas.

II. PROIBIÇÃO DA PROTEÇÃO DEFICIENTE:


Tem que satisfazer os anseios da sociedade. Mesmo que haja proteção, se não atender os
anseios da sociedade não condiz com as decorrências.

Sistema de Proteções de Direitos Fundamentais

Sistema:

● Normativo - Cláusulas pétreas. Art. 60, 4o, CF. Direitos e garantias individuais.
● Institucional - órgãos do estado
● Processual - Ações judiciais

Correntes:

- Uadi L. Bulos - Individuais. Interpretação literal.


- Manoel G. F. Filho - Individuais/Fundamentais. Interpretação ampliada. Corrente dominante.

Análise dos parágrafos do Art 5o, CF:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.

Parágrafo 1o

§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

➙ Direitos e garantias fundamentais.

➙ Regra é de aplicação imediata/autoaplicáveis. Não tem necessidade de regulamentação, eficácia


plena. Não tem significado temporal.

➙ Exceção à regra são as de aplicacao nao imediata, não auto aplicáveis. Tem necessidade de
regulamentação para aplicacao.

i. Eficácia contida: regulamentação restritiva.

ii. Eficácia limitada: regulamentação explicativa.


- Norma de princípio institutivo - órgãos e competências;
- Norma de princípio programático - fins do Estado.

➙ Para saber se é contida ou limitada. Se for “conforme a lei”, sabe-se que precisa de
regulamentação, então será de aplicação não imediata. Se tiver apenas o direito e a garantia e a Lei,
será limitada. Se tiver o direito ou garantia com a Lei e uma explicação característica, será contida.

Parágrafo 2

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do


regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.

Classificação pela forma de reconhecimento

➙ Expressa: explícitas - catalogado

➙ Implícito: fora do catálogo, decorre dos expressos.

➙ Tratados
Classificação pela função

FU
➙ Defesa - escudo de proteção. Ex. habeas corpus

➙ Prestação

Jurídica - criação de normas jurídicas, na condição de leis, que garantam uma condição social
para se viver bem.

Material - garantia de condições materiais, como saude, educação.

Classificação pela evolução histórica

Classificação dos direitos e garantias em fases históricas. Em cada uma dessas gerações, constatou-se
o predomínio de um ideal (1a geração - liberdade; 2a geração - igualdade; 3a geração - fraternidade)

➙ 1ª geração

Marcos históricos: Rev. Francesa, Rev. Gloriosa; Independência Americana.

Marcos jurídicos: Constituição Americana; Constituição Francesa; Declaração dos Direitos do


Homem e do Cidadão.

Direitos: civis/individuais e políticos.

Ideal: liberdade

Característica: direito negativo (estado estava longe).

➙ 2ª geração

Marcos históricos: Rev. Mexicana; Rev. Russa.

Marcos jurídicos: Constituição Mexicana 1917 (propulsora de se falar de ordem econômica);


Constituição de Weimar 1919.

Direitos: sociais, econômicos e culturais.

Ideal: igualdade/isonomia.

Característica: direitos positivos (postura do estado fornecedor de condições).

➙ 3ª geração

Marcos históricos: final da segunda guerra (1945); criação da ONU.


Marco jurídico: Declaração Universal da ONU (1948).

Direitos: paz, meio-ambiente, desenvolvimento e direitos do consumidor.

Ideal: fraternidade, solidariedade.

Característica: direitos difusos (proteção da coletividade indeterminada)

OUTRAS GERAÇÕES (nenhuma é amplamente aceita)

➙ 4a geração

Norberto Bobbio - Genética

Bonavides - Aprofundamento democratico/qualidade da democracia

➙ 5a geração

Bonavides - paz

Maioria - preocupação com o mundo digital/cibernético

➙ 6a geração

Maioria - preocupação mundial com recursos híbridos

Parágrafo 3o

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados,


em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

Para Tratados de outros temas

Sempre tem força de Lei Ordinária Federal, quando incorporado.

Para Tratados internacionais sobre direitos e garantias

Pode ter força de Emenda Constitucional ou de Norma Supralegal.

Tratado e convenção → para essa matéria, entende-se como expressões sinônimas.

Entende-se que o tema do tratado internacional (sobre direito e garantias ou outros) é de


discricionariedade política.

Supremacia do poder público → Brasil tem 4 governos, em que o Governo Federal é incumbido de
representar o Brasil no âmbito internacional.
⇨ Teoria da junção das vontades ou atos complexos

Para a criação de um tratado, há de haver a junção de vontades e ideias do pode legislativo


(congresso) e executivo (presidente) (sempre da união). Art. 84, VIII e Art. 49, I.

⇨ Fases para elaboração de um tratado

Fase da celebração - MENSAGEM INICIAL

Fase em que são feitas negociações/tratativas de um acordo internacional.


De acordo com o artigo 83 da CF, as tratativas preliminares são de competência do presidente da
república.
Se a negociação for bem sucedida, a maneira do presidente da república expressar isso, é a assinatura
de predisposição do Brasil em fazer parte do tratado do presidente da república, que não é um ato
final.
Nessa fase, ele pode negociar na formação das cláusulas ou aderir a um tratado pronto.

Celebração ➝ Assinatura ➝ Mensagem presidencial ➝ Congresso Nacional ➝ Segunda fase

Mensagem presidencial: exposição de motivos feita pelo Ministro das Relações Exteriores; anexo, que
é o acordo itself; e solicitação, que é a conclusão do documento em fora de pedido para que o
congresso analise a mensagem.

Fase de aprovação consensual (de decreto legislativo) - APROVAÇÃO

Câmara dos deputados ➝ Senado Federal

➝ Na Câmara:

1. Comissão das relações exteriores - vai fazer um Projeto de Decreto Legislativo (PDL), que
será um resumo da solicitação do Presidente. RESUME.

2. Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) - começa uma análise do tema, discute a


constitucionalidade do acordo. ANÁLISE CONSTITUCIONAL.

3. Comissão das relações exteriores - quando retorna, eles discutem sobre o tema,opinam.
DISCUTE O TEMA.

4. Comissão temática - pede a opinião mais especifica do tema próprio do acordo (Ex. acordo
que envolve agricultura, solicita-se uma opinião da comissão da agricultura). ESPECÍFICO.

5. Plenário - votação.

6. Aprovação - maioria simples (mais da metade dos presentes). Se aprovado, vai para o Senado
Federal.

➝ No Senado Federal:
A escolha pelo Senado Federal do rito, entre comum e abreviado, é matéria regimental, e não
constitucional. Decide-se a melhor forma internamente.

● Rito comum

1. Comissão das relações exteriores - primeiro lugar que chega o PDL e analisa o tema. Como a
Câmara já estudou bastante, o Senado faz uma vistoria. ANÁLISE.

2. Plenário e Aprovação - votação em maioria simples

3. Presidente do Senado promulga e publica o decreto legislativo. Deixa de ser chamado de PDL
e passa a ser um Decreto Legislativo.

● Rito abreviado

1. Presidente do Senado Federal - oitiva das lideranças, que substitui a opinião do plenário.
Ouve as lideranças sobre o tema, que resumem o PDL.

2. Comissão das relações exteriores - a comissão deve aprovar com base na oitiva das
lideranças.

3. Presidente do Senado promulga e publica o Decreto Legislativo.

Fase da Ratificação - VALIDADE INTERNACIONAL

É de competência do Presidente da República. O Presidente está com o decreto em mãos e ratifica o


tratado. Não há prazo, questão de amadurecimento da ideia. Parte da doutrina não reconhece essa fase
como obrigatória, entendimento minoritário.

O Brasil passa a ser responsável pelo tratado no cenário internacional. A ratificação do Presidente
somente valida internacionalmente o tratado.

A ratificação pode ser feita sem ou com reservas, deixando de lado certas cláusulas do tratado, sem
que se submeta às Cláusulas. Essa opção existe para casos em que haja uma mudança de opiniões.

Fase da Incorporação - VALIDADE NACIONAL E INTERNACIONAL

É de competência do Presidente a condução da fase de incorporação.

O Decreto Presidencial/Executivo é o documento pelo qual o Presidente faz com que o tratado passe a
ter validade nacional, além de internacional.

⇨ Força normativa dos tratados internacionais com tema de direitos e garantias


(4 correntes)

1. Natureza supraconstitucional - entende-se que é maior que a constituição.

2. Norma Constitucional - torna-se norma constitucional.


3. Natureza supra-legal - acima das leis e abaixo da constituição, estágio intermediário.

4. Natureza legal - tratado vira uma lei (ordinária federal).

Após a incorporação do Tratado no cenário interno, sua força normativa dependerá do seguinte:

• se o Tratado (envolvendo direitos e garantias) for aprovado pelo trâmite da emenda (Art. 60, §
2º), ele vira uma Emenda Constitucional.

• se o tratado não passar pela emenda, ele vira uma norma supralegal.

Parágrafo 4º

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha


manifestado adesão.

O país signatário é aquele que está desde o início, participa da ideia de se montar o Tratado.

O país aderente se submete ao tratado cuja criação já foi.

⇨ Em 2002, o Brasil se submete à jurisdição do Tribunal Penal Internacional, a cuja a criação


tenha manifestado adesão.

O Tribunal Penal Internacional julga genocidio, crimes de guerra, crimes contra a humanidade e
crimes de agressão (equiparados a atos terroristas).

Quando o país tiver lei própria típica (como genocídio), o julgamento é subsidiário, o Tribunal apenas
julgará caso o Brasil não queira julgar ou não tenha condições.

Notas doutrinárias

a) Distinção (Carol Schimtt)

Direitos fundamentais são os direitos individuais (ex. Direito sucessório).

Garantias institucionais são direitos de grupos ou coletividades (ex. Direito do meio


ambiente).

b) Classificação levante em conta a eficácia dos direitos

Eficácia horizontal - tema dos direitos e garantias numa relação entre particulares de mesmo
nível jurídico.

Eficácia vertical - tema dos direitos e garantias numa relação entre Estado e particular, relação
desigual.
Eficácia diagonal - tema dos direitos e garantias numa relação entre Empregador e
Empregado, é um nome próprio mas continua sendo horizontal.

c) Normas sobre direitos e garantias

• Rui Barbosa - declarações (normas que fazem previsão de direitos) e assecuratórias


(normas que fazem previsão de garantias).

• José Afonso da Silva - elementos limitativos (todos os direitos - que limitam o poder
do Estado) e elementos socioideológicos (direitos sociais - não limita o Estado, afirma o compromisso
fornecedor do Estado.)

d) Organização do Estado

Cada governo tem a autonomia para agir, nos limites da CF.

Autonomia dos Estados e DF ➝ pode ser preservada ou retirada (apenas pelo Governo Federal).

Ou seja, a União pode retirar a autonomia dos Estados pode acontecer quando o Estado ficar alguma
besteira constitucional (Art. 34. Ex. movimentos separatistas), por meio da Intervenção Federal, com a
retirada do Governador do poder e coloca um interventor no lugar, para que volte à regularidade.

Art. 34, CF. ➝ Determina que se as hipóteses deste artigo forem desrespeitadas pelo estado, a União
pode intervir. E uma das hipóteses é a desobediência dos direitos e garantias humanas.

e) Organização dos Poderes

O Presidente da República só pode praticar dois crimes: (i) crime comum ou (ii) crime de
responsabilidade - atentado contra a constituição federal (cf. Art. 85).

Um dos atentados contra a constituicao é o desrespeito aos direitos e garantias da pessoa humana.
Como é crime de responsabilidade, a sanção é a perda do cargo e a inabilitação da função pública por
8 anos.

Garantias Constitucionais dos Direitos Fundamentais na CF/88

Garantias são mecanismos de proteção do direito.

Classificação:

I. Classificação Tripartida das Garantias

● Sociais

Condições concretas que o Estado deve oferecer para que as pessoas possam viver bem e terem uma
existência digna em sociedade.
Ex. Saude, educação, moradia.
● Políticas

Mecanismos que permitam a participação da pessoa no Estado.


Ex. Voto.

● Politica

Mecanismos de proteção dos direitos.


Ex. Habeas Corpus, Habeas Data.

II. Classificação Tripartida das Garantias

III. Classificação Pentapartida das Garantias

● Individuais
● Coletivas
● Sociais
● Políticas
● De nacionalidade

IV. Classificação bipartida

Há duas vertentes dentro dessa classificação — Clássica e Moderna.

● Orientação clássica

● Orientação moderna
Garantias gerais ➝ mecanismos para evitar os abusos. Nao há um acordo sobre os exemplos.
Garantias especiais ➝ são em dobro, protegem direitos e garantias gerais. Sao rotuladas
como “remédios constitucionais”. Protege com bastante força todos os direitos e as garantias
gerais.

Remédios Constitucionais

Dois tipos: administrativos e judiciais. O remédio judicial é identificado quando houver a necessidade
de se ingressar na justiça para que se concretize um direito, diferente do administrativo.

⇨ Administrativo

I. Direito de petição

Reclamar de problemas dentro de uma realidade social que se vive.

II. Direito de certidão

⇨ Judiciais
Critério da origem constitucional brasileiras

I. Habeas Data

II. Habeas Corpus (1891)

III. Ação popular e mandado de segurança individual (1934)

IV. Mandado de injunção, Mandado de segurança coletivo e Habeas Data (1988)

➙ Habeas Data:

LEI Nº 9.507, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1997.

3 finalidades:
- Acesso à informação;
- Retificar informação;
- Anotar ou inserir informação.

Epígrafe é o tipo da Lei, número dela e a data de elaboração.


Ementa é o resumo da Lei.

Origem mundial foi em 1978, nos EUA, prevista pelo documento “Freedom of Information”.
Origem no Brasil foi em 1988, na Constituição Federal. O Brasil utilizou como modelo a lei
portuguesa, não americana.

Para saber a vigência de uma lei, deve-se verificar se há uma cláusula a respeito do seu momento de
entrada em vigor da Lei. Se nao tiver uma cláusula de vigencia, a entrada em vigor seguirá o que diz a
LINDB. Se for uma lei aplicável apenas no Brasil, terá prazo de 45 dias para entrar em vigor.

Vigência da lei regulamentadora (Lei nº 9.507) é regida por uma cláusula de vigência (Art. 22. Esta
Lei entra em vigor na data de sua publicação).

Cláusula de revogação é a previsão na Lei sobre o tema da revogação.

Ação judicial constitucional de natureza civil de procedimento especial.

É procedimento especial, pois há uma lei específica trazendo um procedimento específico.

O objeto da lei é a proteção de informações que constam em um banco de dados público ou de caráter
público. Diferença entre banco de dados público ou de caráter público é quem controla o banco de
dados.
Ex. Banco Público, são informações em um banco de dados de uma entidade pública. De caráter
público, são as informações que

As finalidades do HD pela Constituição Federal são (a) o acesso à informação e (b) retificação.
A legitimidade passiva é o impetrante, qualquer pessoa física ou jurídica titular dos dados. Já o
legitimidade passiva, o impetrado, é a pessoa física ou jurídica responsável pelo Banco de Dados.

Na prática, muitos dos bancos de dados são eletrônicos. Nesse caso, o polo passivo é o provedor.

O banco de dados público é gerenciado pela administração pública direta, sendo os órgãos que
integram a união, estados, municípios e Distrito Federal (chefia e vice chefia do executivo, auxiliares
imediatos e órgãos de apoio). E pela administração pública indireta, que é composta por pessoas
jurídicas criadas para ajudar o Estado na organização (autarquias, agências, fundações públicas,
empresas estatais e consórcios públicos).

Caráter personalíssimo, somente o titular dos dados pode ingressar com Habeas Data. Com exceção
de quando a pessoa que constar no banco de dados for falecida, com finalidade sucessória, exemplo o
cônjuge.

Cabimento é quando verifica-se de há algum requisito para se ingressar com o HD, a parte do seu. É
constitucional, pois a Lei cumpriu seu papel de verificar quais as condições que a ação deve
preencher, ou seja, precisa preencher requisito. Para provar a recusa, é necessário o decurso de prazo.

➤ Petição inicial (habeas data) ➤Judiciário - análise do Luiz ➤ Deferimento ➤ Informações da


autoridade coatora (citação) ➤ Ministério Público - parecer ➤ Sentença

Aplicação subsidiária do CPC.

Petição inicial ➝ Requerimento técnico escrito que deve preencher requisitos dos artigos 319 e 320
do CPC.

Informações ➝ É a peça da parte contrária. Trata-se de um relatório feito pela parte responsável pelo
banco de dados. A convocação da parte contrária é por meio de notificação (não citação), tendo prazo
de 10 dias para apresentar as informações.

Parecer do MP ➝ O MP será ouvido sobre o assunto do caso concreto, terá prazo de 5 dias. Art. 178
do CPC justifica a participação do MP, pelo interesse público da ação.

Senteça ➝ Após o parecer do MP, o juiz terá o prazo de 5 dias para proferir uma decisão.

➤ Tribunal ➤ Secretaria ➤ Distribuidor ➤ Sentido ➤ Câmara da turma ➤ Escolha do Relator ➤


Instrução ➤ Julgamento final / acórdão

A instrução é o tramite do habeas data desde a entrada do habeas data no tribunal até o julgamento.

A escolha do relator é por meio de processo regimental.

Aspectos processuais:

⇨ Gratuidade - De todos os remédios, os únicos gratuitos sao o Habeas Data e o Habeas Corpus.
Art. 21. Tanto o habena sadia quanto o processo administrativo devem ser gratuitos.
⇨ Reexama necessário - duplo grau de jurisdição obrigatório. É uma providencia legal imposta
ao juiz de remeter o processo para segudnda instância, sem pedido da parte. Em regra, recurso é
voluntário, entretanto, há casos em que o juiz, em oficio, remete certos casos a tribunais suoeripos. →
Pensamentos: Corrente 1 diz que a lei dos Habeas Data nao fez previsão do tema, e a Corrente 2 diz
que cabe a aplicacao subsidiária do CPC.

⇨ Renovação da demanda - é a repropositura de uma ação já julgada. Se a sentença for


terminativa, pode haver a renovação da demanda. Só cabe se for terminativa de acordo com art. 18.

⇨ Prioridade preferencial - alguns remédios possuem fila preferencial, que é, habeas corpus,
mandado de segurança e habeas data.

Obs: Mérito é a soma do pedido mais a causa de pedir. A sentenca terminativa nao resolve o
mérito, enquanto a definitiva resolve.

Casos práticos:

1. Acesso a autos de processos administrativos - não foi aceito. Teria que entrar com MS, pois
entende-se que processo nao é uma base de dados.

2. Militar - pessoa que prestou concurso que pediu o espelho da prova da banca. Não foi aceito,
pois entende-se que concurso nao é banco de dados. Teria que entrar co MS.

3. A fiscalização de tributos pela Receita Federal é descrita em um relatório justificando sua


atividade (registro de procedimento fiscal), e pode ser lavrado (emitido) um auto de infração
constatando alguma irregularidade, contendo dados do contribuinte, a infração cometida e a
multa. O relatório apenas não é base de dados e nao contém dados do contribuinte, e não pode
ser objeto de habeas data. O auto de infração é de interesse da pessoa fiscalizada, devendo
essa receber uma cópia.

Existe uma divergência sobre empresa estatal figurar o polo passivo do Habeas Data. Para o STJ, não
importa a atividade exercida pela empresa estatal, podendo sempre figurar no polo passivo do Habeas
Data. Já para o STF, somente empresa estatal que presta serviço público pode figurar no polo passivo
do Habeas Data.

Ação Popular

AÇÃO POPULAR — é um instrumento de participação politica em que uma pessoa representa uma
sociedade.
O cidadão funciona como um dedo duro, ajuda a fiscalizar melhor o poder publico. O cidadão
funciona como um denunciante,

Participação politica é você representar uma sociedade. Ex. Voto, entrar com acao popular.

É um instituto processual civil, pois é um tema regulado pelo direito, abordado pela area juridica, que
sofre aplicação subsidiária do CPC. É outorgado a qualquer cidadão, ou seja, a legitimidade ativa, o
autor da acao, é qualquer cidadão. É uma garantia politico-constitucional, pois é uma garantiteger o
direito prevista na constituicao, e há participacao politica, o cidadão pensa em proteger o insteresse
publico.

Finalidades:

➽ Em ato comissivo, haverá a anulação e condenação;


➽ Em ato omissivo, haverá a declaração e condenação.

Pôde-se violar o patrimônio público por acao ou omissão..

Acao popular cabe quando o patrimônio publico for agredido, por meio de um ato concreto
(comissivo ou omissivo). Nao cabe acao popular contra lei. E contra atos jurisdicionais, cabe somente
contra atos homologatório (que se considere que o acordo homologado entre partes prejudique a
coletividade).

Para ter uma acao popular, tem que haver um ato concreto que lesione o patrimônio publico. A própria
iniciativa popular á demonstra a legitimidade dele para/com a sociedade.

Mandado de Segurança

⇨ 2o REQUISITO DE PROPOSITURA:

Abuso de poder

3 formas:

1. Desvio de poder ou de finalidade;


2. Excesso de uso de poder. Exemplo mais nítido é o uso de força física;
3. Omissão. Quando deve atuar e não atua.

Ilegalidade

Violar a lei em sentido amplo.


Violar a CF, qualquer espécie normativa (art. 59, CF) e princípios jurídicos (normas jurídica genérica).

⇨ 3o REQUISITO DE PROPOSITURA:

Quando entra por uma lesão ➝ MS repressivo.


Quando entre por uma ameaça de lesão ➝ MS preventivo.

⇨ 4o REQUISITO DE PROPOSITURA

Direito líquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas data.

Onde se lê “habeas corpus ou habeas data”, deve-se entender “nenhum outro remédio constitucional.
O MS é a última opção, apenas quando não couber nenhum outro remédio. Deve interpretar essa frase
de maneira ampla, cf. entendimento dos tribunais superiores.
Todos os fatos alegados no MS devem ser comprovados de plano, sob pena de indeferimento da
inicial, com a consequente extinção do processo sem resolução do mérito ➙ Todos os fatos que se
alega no MS deve ser comprovado, porém, no MS, os fatos devem ser comprovados com provas
juntadas na pet. inicial, não haverá outro momento para juntar provas. O fato de não se juntar provas,
torna a inicial carente. Aplicação subsidiária do CPC. A prova pré-constituída acaba sendo sempre
documental. Legal Opinion não são provas, apenas reforço da tese jurídica, ou seja, pode ser juntado
em diferentes momentos.

No MS cabe exclusivamente prova ocidental, não cabe prova oral. Caso a pessoa queira usar juntar
prova oral, ela deverá entrar com outro tipo de ação.

Caso tenha algum documento necessário que o impetrante não tem acesso, ele deverá abrir um tópico
na pet. inicial “DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS”. Com os seguintes tópicos: (1) demonstrar a
necessidade de se haver esse documento para comprovação dos fatos; (2) demonstrar que há uma
recusa injustificada de terceiros em não entregar o documento; e (3) pedir que, caso o juiz entenda que
o docuemnto é, de fato, denecessário para o processo e o terceiro estiver, de fato, negando a entrega
do documento por motivo injustificado, o juiz aceite esse tópico e intime

Nessa situação de documentos necessários, o MS e o Mandado de Injunção são iguais, isso pois, o
Mandado de Injunção ficou anos sendo regido pela lei do MS.

⇨ LEGITIMIDADE PASSIVA

(1) Qualquer pessoa, física ou jurídica, nacional ou estrangeira.


(2) Sujeitos de direito despersonalizados, se tiver previsão em lei na hipótese em questão.
(3) Órgão público tiver sua função roubada por outro, usurpação de função. Isso é de convenção
jurisprudencial.

Polo passivo será autoridade pública, de qualquer poder, e o agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições públicas.

⇨ CABIMENTO

Art. 5o na Lei de MS — exemplifica os casos em que não cabe MS. Sendo eles:

(1) Não cabe MS contra ato que caiba recurso administrativo com efeito suspensivo. Ou seja, se a
pessoa entra com recurso administrativo que tenha efeito suspensivo, ou seja, que suspenda o
prejuízo, não cabe MS pois não há o que se discutir, já que o prejuízo está paralisado, suspenso.

(2) Não cabe MS contra recurso judicial com efeito suspensivo. Aqui trata-se de recurso judicial,
em processo judicial. Se tiver efeito suspensivo, não cabe MS. Mandado de segurança é mais rápido
que recurso, dessa forma, a exceção é que, mesmo em casos de efeito suspensivo, o STJ permite que
ingresse com MS mesmo que já haja recurso com efeito suspensivo, quando for caso de lesão grave e
de difícil reparação, exemplo casos de concessão de remédios de sobrevida.
(3) Não cabe MS contra decisão judicial transitada em julgada. Em regra, a única forma de se
reverter é com ação rescisória. Entretanto, há uma hipótese em que cabe entrar com MS quando
entender-se que a decisão judicial for teratológica, ou seja, absurda, sem pé nem cabeça.

(4) Não cabe MS contra lei em tese (ou seja, lei). Just Live ação popular. Não cabe pois, para
entrar com MS, o objeto deve ser concreto, e a Lei é abstrata. Caberia que fosse um efeito decorrente
de uma Lei, porém, de qualquer forma, não seria MS contra a Lei. SUMÚLA 266 DO STF.

(5) Não cabe MS em ação de cobrança. SÚMULA 269 DO STF entende que o credor não pode
usar de MS para acelerar a cobrança da dívida.

(6) Não cabe MS para substituir ação popular. Isso pois, o MS é sempre o último remédio
constitucional. SUMÚLA 101 DO STF.

⇨ PRAZO

Pedido de reconsideração administrativa ➙ Súmula 430 do STF, pedido de reconsideração na via


administrativa não interrompe o prazo para o MS.

Dessa forma, não se discute se o prazo está certo ou não por não ter sido fixado pela lei. Isso pois, a
súmula 632 do STF diz que é constitucional a lei que fixa prazo de decadência para impetração de
MS.

PALESTRA 17.10.2022

O que pode acontecer é que nós possamos ter acesso a bolsas de estudo, principalmente para
doutorados.

Importante estar em uma instituição que permita passar uma parte da formação em outra instituição
em outro pais para ter esse complemento de internacionalização na carreira.

Na UE todos os concursos de todas as instituições são internacionais. Cada país tem seu sistema para
publicação dos editais, com todos os critérios usados para se fazer uma candidatura. A dificuldade de
alguém que não fez seu curso num país europeu é na questao de validação, da equivalência, dos
cursos. É importante que se peça a equivalência dos títulos no país em que se quer prestar concurso.

Cada vez mais há essa abertura, e há requisitos em cada país. Um exemplo de requisito é a língua. Em
Portugal os brasileiros não tem esse problema, mas para outros países deve-se apresentar certificados
que demonstram o preenchimento do critério da língua. Isso pode ser preparado na fase de estudantes,
pois quando o graduando sabe que tem essa vontade já pode ir fazendo atividades de extensão para
obter o domínio da língua.

O domínio da língua estrangeira tem muito a ver com a prática, é importante que se demonstre o
domínio completo da língua.

Além disso, as grandes agenciais de financiamento internacional, por exemplo da UE.


Um grande tópico do direito é tudo relacionado a industria internacional, industria 4.0, digitalização.
Outro tópico é de meio ambiente, em todos os aspectos.

Investigação essencial e investigação aplicada. A investigação essencial é aquela que faz mover a
ciência de modo geral, que na realidade nos traz as descobertas cientificas, o avanço, nos mostra
coisas que nós ainda não conhecíamos, responde a grandes perguntas, que nao tem ligação ou
utilidade imediata. No direito é aquela que responde perguntas conceituais. Ex. Teoria da constituicao,
conceito de legitimidade.
A aplicada é aquela movida por resolver problemas práticos, por exemplo, conseguir que um avião
faça um percurso X em tempo Y. Existe mais financiamento e sucesso para quem faz investigações
aplicadas. Temas que estao em sintonia com os grandes objetivo, sendo que a tese é a procura da
melhor resposta para um problema.

Hoje em dia é cada vez mais difícil fazer nossa carreira no plano individual. Temos que buscar nosso
apoio num interesse de investigação ou numa instituição que proporcione apoio.

As instituições que proporcionam a publicação de papers internacionais pois elas ganham crédito por
isso, ao passo que elas validam a publicação no âmbito internacional.

Sobre cada vez mais as pessoas terem mais ideias para colaborativamente, desenvolvermos as nossas
oportunidades. Praticamente todas as bolsas de pesquisa são institucionais, nao sao dadas a uma
pessoa solo.

Na UE tem as bolsas Marie Curie atribuídas a um investigador solo, dada a pessoa para um projeto,
em que o pesquisador pode escolher a instituição, a equipe, tudo. Escolhendo a instituição, a pessoa
leva investimento financeiro e prestigio para a instituição.

A vida é curta e há que apreciar.

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