CASO PRÁTICO
Suponha que você tenha um serviço de Atenção Precoce e uma criança de 5 anos e 8
meses de idade venha até você com um diagnóstico de TDAH.
Os pais relatam que criança tem problemas de comportamento em casa, especialmente
no relacionamento com seu irmão, e principalmente na escola, onde ele tem dificuldade para se
concentrar e estar com o resto de seus colegas de classe, com os quais ele tem brigas freqüentes.
Com base no acima exposto, indique os elementos que você deve levar em conta
tanto
para estabelecer uma intervenção quanto para poder desenvolver uma investigação com
esta criança.
Elabore suas respostas baseando-se no estudo dos materiais da disciplina e em
outras fontes que considere conveniente consultar.
Para estabelecer uma intervenção e desenvolver uma investigação com a criança com
TDAH, é crucial considerar diversos elementos. Aqui estão alguns aspectos importantes a
serem levados em conta:
Intervenção:
Avaliação Multidisciplinar: Realize uma avaliação completa da criança, envolvendo diferentes
profissionais, como psicólogos, psiquiatras, pediatras, terapeutas ocupacionais e
fonoaudiólogos, para obter uma compreensão abrangente de suas necessidades e desafios.
Plano Individualizado de Intervenção: Desenvolva um plano de intervenção adaptado às
necessidades específicas da criança, levando em consideração os resultados da avaliação
multidisciplinar. Esse plano deve incluir estratégias para melhorar a atenção, reduzir
impulsividade, desenvolver habilidades sociais e manejar comportamentos desafiadores.
Envolvimento dos Pais e Professores: Trabalhe em estreita colaboração com os pais e
professores da criança, fornecendo orientações sobre como apoiar o desenvolvimento e o
bem-estar da criança em casa e na escola. Promova uma comunicação aberta e eficaz entre
todos os envolvidos no cuidado da criança.
Treinamento em Manejo de Comportamento: Ofereça treinamento aos pais e professores em
técnicas de manejo de comportamento, como reforço positivo, estabelecimento de limites
claros e consequências consistentes, para ajudar a criança a desenvolver habilidades de
autorregulação e comportamentos adaptativos.
Intervenções Terapêuticas: Encaminhe a criança para terapia cognitivo-comportamental (TCC),
terapia ocupacional ou outras intervenções terapêuticas que possam ajudar a melhorar o
funcionamento cognitivo, emocional e comportamental da criança.
Investigação:
Desenho da Pesquisa: Escolha um desenho de pesquisa apropriado para investigar uma
questão específica relacionada ao TDAH na criança. Isso pode incluir estudos longitudinais para
avaliar a evolução dos sintomas ao longo do tempo, estudos de intervenção para avaliar a
eficácia de diferentes abordagens de tratamento, ou estudos qualitativos para explorar as
experiências e perspectivas da criança e de sua família.
Seleção de Instrumentos de Avaliação: Escolha instrumentos de avaliação validados e
confiáveis para medir os sintomas de TDAH, bem como outros desfechos relevantes, como
funcionamento acadêmico, social e emocional da criança. Isso pode incluir questionários de
autorrelato, escalas de observação comportamental e medidas neuropsicológicas.
Ética e Consentimento Informado: Assegure-se de seguir os princípios éticos em todas as
etapas da pesquisa, obtendo consentimento informado dos pais da criança e, quando
apropriado, consentimento assentimento da própria criança. Proteja a privacidade e
confidencialidade dos participantes e garanta que a pesquisa seja conduzida de maneira ética
e responsável.
Análise e Interpretação dos Dados: Utilize métodos estatísticos apropriados para analisar os
dados coletados e interpretar os resultados da pesquisa. Considere possíveis fatores de
confusão e variáveis de controle ao interpretar os resultados e tire conclusões baseadas em
evidências sólidas e cientificamente válidas.
Disseminação dos Resultados: Compartilhe os resultados da pesquisa de forma clara e
acessível, tanto para a comunidade científica quanto para os profissionais de saúde e o público
em geral. Contribua para o avanço do conhecimento sobre o TDAH e informe políticas e
práticas baseadas em evidências para melhorar o cuidado e o apoio às crianças com esse
transtorno.