GERONTOLOGIA

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SAÚDE DO IDOSO

PROF. EMILY SANTOS


Para a Organização Pan- Americana da Saúde, o
envelhecimento é um processo sequencial, individual,
acumulativo, irreversível, universal, não patológico de
deterioração de um organismo.

A geriatria e a gerontologia são ramificações


da ciência direcionadas ao cuidado dos
idosos.

A gerontologia lida com os aspectos


biopsicossociais e a geriatria com aspectos
preventivos e curativos.
Estímulo às
Promoção do ações
Envelhecimento Atenção Integral. intersetoriais,
ativo e saudável. visando a
integralidade.
Formação e
Provimento de
educação
recursos para a
permanente dos
qualidade da
profissionais de
atenção.
saúde.
Vamos conhecer algumas das patologias que
mais acometem os idosos;

Vamos estudar por sistemas:

1. Doenças Cardíacas;
2. Doenças Neurológicas;
3. Doenças Pulmonares;
4. Doenças Endócrinas;
5. Doenças articulares e ósseas;
6. Quedas;
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

A HAS, é uma condição clínica multifatorial,


caracterizada por níveis elevados e
sustentados de Pressão Arterial.

A Hipertensão arterial é definida como pressão


arterial sistólica superior ou igual a 140 mmHg
e/ou pressão diastólica superior ou igual a 90
mmHg.
FATORES DE RISCO

SOBREPESO/ INGESTÃO FATORES


IDADE
OBESIDADE DE ÁLCOOL SOCIOECONÔMICOS

INGESTÃO DE
SEXO E ETNIA SÓDIO E SEDENTARISMO GENÉTICA
POTÁSSIO
RASTREAMENTO DA HIPERTENSÃO

• O diagnóstico da HA, deve ser traçado a partir da medida da PA no


consultório e/ou fora dele, da obtenção de história médica (pessoal e
familiar), da realização de exame físico e da investigação clínica e
laboratorial.

• Além disso, deve-se avaliar as possíveis lesões de órgão-alvo, e o risco


cardiovascular.
VALORES DE REFERÊNCIA

CLASSIFICAÇÃO PAS (mmHg) PAD (mmHg)

ÓTIMA <120 <80

NORMAL 120-129 80-84

PRÉ-HIPERTENSÃO 130-139 85-89

HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1 140-159 90-99

HIPERTENSÃO ESTÁGIO II 160-179 100-109

HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1II >180 >110


MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL

• Realizada por pacientes ou familiares,


Automedida da PA não profissionais de saúde, fora do
consultório geralmente em domicílio;

• Obtêm-se 3 medidas pela manhã e 3 a


Monitorização noite, durante 5 dias; ou 2 medidas em
Residencial da PA cada sessão, durante 7 dias;

Monitorização • Possibilita o registro indireto e


Ambulatorial da PA 24 intermitente da PA em 24h ou mais,
horas durante os períodos de vigília e sono;
• As arritmias são alterações no ritmo cardíaco normal. Na maioria
das pessoas os batimentos cardíacos giram em torno de 60 a 100
por minuto, com variações nas situações de repouso ou esforço
físico.

• Alterações nesse funcionamento podem fazer o coração bater em


ritmo acelerado (taquicardia) ou lento demais (bradicardia).

• A maioria das arritmias são benignas e não causam sintomas,


porém outras podem provocar sensação de palpitações, desmaios
e risco de morte.
Causas

Boa parte das arritmias não tem uma causa bem


definida, sendo algumas de nascença. Outras são
decorrentes de problemas no músculo do coração,
como infarto, insuficiência cardíaca ou doença de
Chagas. Doenças nas válvulas do coração também
costumam cursar com arritmias.

O ritmo das batidas do coração também pode ser


modificado pelo uso de medicamentos ou por
condições como disfunção da tireoide, anemia,
desidratação, infecções, estresse, atividade física e
ansiedade.
Sintomas

Os principais são palpitações, fraqueza, tonturas, sudorese,


desmaios, confusão mental, falta de ar, mal-estar e sensação
de peso no peito. Mas é importante lembrar que muitas
arritmias não provocam quaisquer sintomas.

Em casos de fibrilação atrial e flutter atrial, a arritmia pode


levar à formação de coágulos no coração, provocando
derrames (AVC).

Já as taquicardias ventriculares malignas podem


comprometer a função cardíaca levando à morte súbita.
Nesses casos, o atendimento médico imediato é fundamental.
Diagnóstico

• Primeiramente é feita uma avaliação clínica, exame físico


e eletrocardiograma. Em alguns casos é preciso uma
investigação mais detalhada, como o teste ergométrico, o
Holter

• Quando não é possível identificar o problema por esses


métodos não invasivos, a opção é o estudo
eletrofisiológico, que é o cateterismo cardíaco específico
para avaliar os distúrbios do ritmo cardíaco.
• Tratamento

• Muitas arritmias não necessitam tratamento.


Dependendo do tipo e intensidade da arritmia,
pode ser necessário o uso de medicamentos, além
de mudanças no estilo de vida.

• Muitas arritmias não necessitam tratamento. A


reversão de algumas arritmias, como o flutter atrial,
pode requerer a aplicação de um choque no tórax
(cardioversão elétrica), procedimento que é feito
sob sedação e, muitas vezes, em nível ambulatorial.
Já nos pacientes com taquicardia ventricular
grave (com risco de morte), pode ser
implantado um marca-passo especial
chamado desfibrilador automático, que faz a
detecção do ritmo cardíaco alterado e libera
um choque ressuscitador que corrige a
pulsação.
Prevenção

Além da prática de exercícios físicos e


alimentação balanceada (baixa ingestão de
sal e gorduras), é essencial a avaliação
médica regular (check-up) e o controle de
fatores de risco de doenças como diabetes,
obesidade, hipertensão e tabagismo.
Angina de peito (angina pectoris) é a descrição
utilizada para caracterizar a dor torácica causada
pela falta de sangue (isquemia) que acomete o
músculo cardíaco. A angina é quase sempre
relacionada a doenças que causam obstrução nas
artérias responsáveis por levar sangue ao coração, as
coronárias.
Você lembra o
que é
Aterosclerose?
A aterosclerose é o acúmulo de
placas de gordura, cálcio e outras
substâncias nas artérias. Esses
depósitos dificultam a passagem de
sangue dos vasos, o que chega a
causar infartos, derrames e até
morte.

Ela pode ser desencadeada pelo


excesso de colesterol na corrente
sanguínea.
Causas
Em situações nas quais o entupimento atinge mais de 70 % do
diâmetro do vaso, o coração, ao ser submetido a uma
demanda aumentada, como esforço físico ou estresse
emocional, tem uma oferta de oxigênio insuficiente para
aquela demanda, levando à chamada isquemia e com isso à
angina de peito.
A angina se manifesta como uma sensação de dor ou
desconforto no centro do peito, de localização mal definida,
mais comumente descrita como aperto, peso, sufocação,
queimação ou estrangulamento.

Costuma ser desencadeada por esforço físico, estresse emocional


ou frio intenso e é aliviada com repouso, ocorrendo em crises que
duram de cinco a quinze minutos. Pode se irradiar para pescoço,
braço, ombros, mandíbula ou mais raramente para as costas.

Sintomas como ânsia, náusea, indigestão, suor frio, falta de ar e palidez


podem acompanhar as crises. Dor de localização muito bem definida
(apontada com a ponta de um dedo) ou de duração fugaz (alguns
segundos apenas) geralmente não é angina.

Nos casos em que a dor ocorre de maneira intensa, súbita e muito


prolongada, o indivíduo provavelmente está sofrendo um infarto do
miocárdio, uma manifestação grave que significa entupimento súbito
e total de um vaso do coração e demanda atendimento imediato
devido ao risco iminente de morte ou graves complicações.
Dor previsível e consistente
que ocorre durante um
esforço mas, que alivia no
Tipos de angina

repouso.
Angina
Estável
Angina
Instável Também chamada de angina
pré-infarto, refere-se a uma dor
torácica que acontece com ou
sem esforço físico.
O diagnóstico inicialmente é clínico, baseado nos sintomas e fatores
de risco apresentados pelo paciente, e em seguida alguns exames
são utilizados para pesquisar a causa e confirmar o diagnóstico.

Podem ser utilizados exames de estresse, como o teste ergométrico,


em que o paciente é submetido a um esforço físico controlado em
esteira enquanto uma máquina (eletrocardiograma) lê os batimentos
cardíacos e detecta sinais de isquemia quando o coração atinge um
determinado nível de aceleração.
Além do tratamento dos fatores de risco
(controle da pressão e diabetes, cessação
do tabagismo), existem vários
medicamentos capazes de aliviar os
sintomas e até mesmo reduzir a chance de
morte ou infarto nos pacientes com
angina.

Para alívio imediato, são utilizados os


nitratos, medicamentos com efeito de
dilatar os vasos do coração e usados pela
via sublingual durante as crises de angina.
O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), também
conhecido como ataque cardíaco,
corresponde à interrupção da passagem de
sangue para o coração, o que provoca a
morte das células cardíacas e causa
sintomas como dor no peito que pode
irradiar para o braço.

A principal causa do infarto é o acúmulo de gordura no interior dos


vasos, sendo muitas vezes decorrentes de hábitos não saudáveis,
com dieta rica em gordura e colesterol e pobre em frutas e
vegetais, além de sedentarismo e fatores genéticos.
Alguns fatores podem aumentar as chances do infarto, como:

•Obesidade, tabagismo, sedentarismo, dieta rica em gordura e


colesterol e pobre em fibras, frutas e vegetais, sendo esses fatores
denominados fatores de risco modificáveis pelo estilo de vida;

•Idade, raça, gênero masculino e condições genéticas, que são


considerados fatores de risco não modificáveis;

•Dislipidemia e hipertensão, que são fatores modificáveis por drogas,


ou seja, que podem ser solucionados por meio do uso de
medicamentos.
Principais sintomas

Tontura Mal-Estar Enjoos

Sensação de
Sensação de
peso ou
Suor Frio aperto na
queimação no
garganta;
estômago

Dor na axila ou
no braço
esquerdo.
Assim que os primeiros sintomas surgem é
importante chamar a o SAMU pois o infarto
pode resultar em perda de consciência, já que
há diminuição do suprimento sanguíneo para o
cérebro

Estes sintomas costumam iniciar de forma gradual, e


piorando aos poucos, durando mais de 20 minutos.
Entretanto, em alguns casos, o infarto pode acontecer de
forma súbita, com uma piora muito rápida, situação
conhecida como infarto fulminante.
O diagnostico do IAM é feito por meio de exames físicos,
em que o cardiologista analisa todos os sintomas descritos
pelo paciente, além do eletrocardiograma, que é um dos
principais critérios de diagnóstico do infarto.

O médico também pode solicitar exames laboratoriais


com o objetivo de detectar a presença de marcadores
bioquímicos que têm sua concentração aumentada em
situações de infarto.
Como é feito o tratamento?

O tratamento inicial para o infarto agudo do


miocárdio é realizado desobstruindo o vaso
através da angioplastia ou através de uma
cirurgia designada por ponte de safena,
também conhecida por bypass cardíaco ou
revascularização do miocárdio.
A angioplastia, é utilizada quando o
tratamento medicamentoso não é
suficiente para restabelecer a
circulação sanguínea.

O cateter possui na sua ponta um balão


que é inflado para abrir o vaso
sanguíneo obstruído, e em alguns casos
coloca-se um stent, que é uma pequena
mola de metal que ajuda a impedir que o
vaso se feche novamente, causando um
novo infarto.
Como é feito o tratamento?

Nos casos mais graves, pode ser


necessária a realização da cirurgia
de ponte de safena, que
normalmente é feita cerca de 3 a 7
dias após o ataque cardíaco.

Essa cirurgia consiste na retirada de


um pedaço da veia safena, localizada
na perna, para substituir a parte
obstruída da artéria do coração,
reativando o fluxo sanguíneo normal
para o órgão.
Como é feito o tratamento?

Além disso, o paciente necessita tomar


medicamentos que diminuem a
formação da placas ou tornem o
sangue mais fino, a fim de facilitar a sua
passagem pelo vaso, como o Ácido
Acetilsalicílico (AAS), por exemplo
Rotina após o infarto

• Após o infarto, deve-se voltar aos poucos à rotina normal, podendo


realizar atividades como dirigir e voltar ao trabalho após autorização
médica.

• Em geral, os pacientes continuam tomando medicamentos para afinar


o sangue e tento que praticar os exercícios de fisioterapia, além de
dever cuidar do peso, ter uma alimentação saudável e praticar
atividade física regularmente para fortalecer o coração.

• Também é importante lembrar que é permitido ter relações íntimas


normalmente, pois o esforço físico desta atividade não aumenta o
risco de ter um novo ataque cardíaco
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Insuficiência cardíaca, também conhecida
como insuficiência cardíaca congestiva, ocorre quando seu
coração não está bombeando sangue suficiente para
atender às necessidades do seu corpo. Como resultado,
fluido pode se acumular nas pernas, pulmões e em outros
tecidos por todo o corpo.
Etiologia
1. Doença arterial coronariana;
2. Ataque cardíaco anterior (infarto do miocárdio);
3. Pressão alta (hipertensão);
4. Valvulopatias;
5. Doença cardíaca congênita (condição desde o nascimento);
6. Cardiomiopatia (coração aumentado);
7. Endocardite;
8. Miocardite (infecção do coração);
9. Diabetes;
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Edema em Falta de energia


Falta de Ar
MMII e cansaço

Tosse com
Dificuldade de
Abdome muco
dormir por
distendido espumoso ou
faltar de ar
catarro

Confusão Memória
Nictúria
mental Prejudicada
DIAGNÓSTICO

❑ Exame físico;
❑ Ecocardiograma;
❑ Eletrocardiograma (ECG);
❑ Radiografia de tórax;
❑ Teste de esforço (teste de estresse);
❑ Cateterização cardíaca;
OPÇÕES DE TRATAMENTO

MUDANÇA NO ESTILO DE VIDA

MEDICAMENTOS PARA O CORAÇÃO

CIRURGIA CARDÍACA
A Doença de Alzheimer (DA) é um
transtorno neurodegenerativo
progressivo e fatal que se manifesta
pela deterioração cognitiva e da
memória, comprometimento
progressivo das atividades de vida
diária e uma variedade de sintomas
neuropsiquiátricos e de alterações
comportamentais.
O que causa o
Alzheimer?

A causa ainda é desconhecida, mas


acredita-se que seja geneticamente
determinada. A Doença de Alzheimer é a
forma mais comum de demência
neurodegenerativa em pessoas de idade,
sendo responsável por mais da metade dos
casos de demência nessa população.
A doença de Alzheimer costuma evoluir para vários estágios
de forma lenta e inexorável, ou seja, não há o que possa ser
feito para barrar o avanço da doença.

A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas


acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. O quadro
clínico costuma ser dividido em quatro estágios:
Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na
personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.

Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar


tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e
insônia.
Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas
diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para
comer. Deficiência motora progressiva.

Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à


deglutição. Infecções intercorrentes.
• Falta de memória para acontecimentos recentes;
• Repetição da mesma pergunta várias vezes;
dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos
complexos;
• Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
• Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos
conhecidos;
• Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou
sentimentos pessoais;
• Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade,
interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência
ao isolamento.
O diagnóstico é por
exclusão. O
Como é feito o rastreamento inicial deve
incluir avaliação de
diagnóstico da
depressão e exames de
Doença de laboratório com ênfase
Alzheimer? especial na função da
tireoide e nos níveis de
vitamina B12 no sangue.
Como prevenir a Doença de Alzheimer? A Doença de Alzheimer ainda
não possui uma forma de
prevenção específica, no
entanto os médicos acreditam
que manter a cabeça ativa e
uma boa vida social, regada a
bons hábitos e estilos, pode
retardar ou até mesmo inibir a
manifestação da doença.
• Estudar, ler, pensar, manter a mente sempre
ativa.
• Fazer exercícios de aritmética.
• Jogos inteligentes.
• Atividades em grupo.
• Não fumar.
• Não consumir bebida alcoólica.
• Ter alimentação saudável e regrada.
• Fazer prática de atividades físicas regulares.
MAL DE
PARKINSON
CONCEITO

• É uma doença neurológica que afeta os movimentos da pessoa. Causa tremores,


lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na
fala e na escrita.

• A Doença de Parkinson ocorre por causa da degeneração das células situadas


numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a
substância dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores)
ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos provocando os
sintomas acima descritos.
DIAGNÓSTICO

• O diagnóstico da doença é feito com base na


história clínica do paciente e no exame
neurológico. Não há nenhum teste específico
para o seu diagnóstico ou para a sua prevenção.
❖ A lentidão de movimentos é, talvez, o maior problema para o
parkinsoniano, embora esse sintoma não seja notado por outras
pessoas. Uma das primeiras coisas percebidas pelos familiares é
que o doente demora mais tempo para fazer o que antes fazia com
mais desenvoltura como, banhar-se, vestir-se, cozinhar, escrever
(ocorre diminuição do tamanho da letra).

❖ Outros sintomas podem estar associados ao início da doença:


rigidez muscular; redução da quantidade de movimentos,
distúrbios da fala, dificuldade para engolir, depressão, dores,
tontura e distúrbios do sono, respiratórios, urinários.
TRATAMENTO

✓ Não existe cura para a doença, porém, ela pode e deve ser tratada, não apenas
combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso. A grande
barreira para se curar a doença está na própria genética humana, pois, no cérebro,
ao contrário do restante do organismo, as células não se renovam.

✓ Os medicamentos em alguns casos a cirurgia, além da fisioterapia e a terapia


ocupacional. Todas elas combatem apenas os sintomas. A fonoaudiologia também é
muito importante para os que têm problemas com a fala e com a voz.
CONCEITO

• O AVC decorre da alteração do fluxo de sangue ao


cérebro. Responsável pela morte de células nervosas da
região cerebral atingida, o AVC pode se originar de uma
obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente
vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso,
conhecido por acidente vascular hemorrágico.
TIPOS
TIPOS

Acidente vascular isquêmico ou infarto


cerebral: responsável por 80% dos casos de AVC.
Esse entupimento dos vasos cerebrais pode ocorrer
devido a uma trombose (formação de placas numa
artéria principal do cérebro) ou embolia (quando um
trombo ou uma placa de gordura originária de outra
parte do corpo se solta e pela rede sanguínea chega
aos vasos cerebrais);
TIPOS

Acidente vascular hemorrágico: o rompimento dos vasos


sanguíneos se dá na maioria das vezes no interior do
cérebro, a denominada hemorragia intracerebral. Em
outros casos, ocorre a hemorragia subaracnóide, e como
consequência imediata, há o aumento da pressão
intracraniana, que pode resultar em maior dificuldade
para a chegada de sangue em outras áreas não afetadas
e agravar a lesão. Esse subtipo de AVC é mais grave e
tem altos índices de mortalidade.
SINAIS E SINTOMAS

Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares


isquêmicos e hemorrágicos, como:

– dor de cabeça muito forte, de início súbito, sobretudo se


acompanhada de vômitos;

– fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas,


geralmente afetando um dos lados do corpo;

– paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar);

– perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e


compreender o que se diz;

– perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou


ambos os olhos.
COMO RECONHECER UM AVC
TRATAMENTO

O tratamento do AVC isquêmico, utilizado em todo o mundo há vários


anos, pode ser feito com medicamento trombolítico administrado na veia
do paciente. A função do medicamento é dissolver o coágulo sanguíneo
que está entupindo a artéria cerebral e causando a isquemia. O tempo
máximo ideal para início da aplicação do medicamento é de quatro horas
e meia após os primeiros sintomas.

Mais complexo, o tratamento do AVC hemorrágico exige a entrada do


paciente em uma unidade com capacidade de monitorização neurológica.
Na unidade especializada é possível fazer o adequado controle da pressão
arterial e de alterações do exame neurológico. Em alguns casos, pode haver
a necessidade de uma neurocirurgia, o que obriga agilidade do hospital em
promover uma rápida avaliação do neurocirurgião.
REABILITAÇÃO

Parte importante do tratamento, o processo de


reabilitação muitas vezes começa no próprio
hospital, a fim de que o paciente se adeque mais
facilmente a sua nova situação e restabeleça sua
mobilidade, habilidades funcionais e independência
física e psíquica. Esse processo é conduzido por
equipe multiprofissional, formada por
neurologistas, enfermeiros, fisioterapeutas e
terapeutas ocupacionais.

O processo de reaprendizagem exige paciência e


obstinação do paciente e, também, do seu
cuidador, que tem uma função extremamente
importante durante toda a reabilitação. Outro
aspecto de considerável importância é a
reintrodução do indivíduo no convívio social, seja
por meio de leves passeios, compras em lojas ou
quaisquer atividades comuns à sua rotina normal.
DOENÇAS PULMONARES
CONCEITO

A doença pulmonar obstrutiva crônica, ou DPOC, é a


obstrução da passagem do ar pelos pulmões provocada
geralmente pela fumaça do cigarro ou de outros compostos
nocivos. A doença se instala depois que depois que há um
quadro persistente de bronquite ou enfisema pulmonar. O
primeiro causa um estado permanente de inflamação nos
pulmões, enquanto o segundo destrói os alvéolos,
estruturas que promovem trocas gasosas no órgão.
DOENÇAS QUE
PROVOCAM A DPOC
ENFIZEMA
PULMONAR

BRONQUITE
DPOC

ASMA
CONSEQUÊNCIAS DA DPOC

A DPOC é uma das principais causas de


mortalidade em todo o mundo. A maioria dos
casos está associada ao tabagismo prolongado.
Por isso, a prevenção é não fumar ou abandonar
esse vício o mais rápido possível. O tratamento
está focado no abandono do tabagismo, no
controle das doenças causadoras acima
mencionadas, em evitar a progressão da doença e
na reabilitação pulmonar.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Tosse constante com


produção de catarro Sensação de ruído ou
Respiração rápida e
de cor clara, branca, chiado no peito ao
ofegante
amarela ou respirar;
esverdeada;

Falta de ar, que vai


Produção de muito
piorando aos poucos,
catarro, Sensação de falta de
até estar presente
principalmente pela energia;
mesmo quando se
manhã
está em repouso;

Inchaço nos
Perda de peso; tornozelos, pernas ou
pés.
DIAGNÓSTICO

Raio X do tórax e/ou tomografia computadorizada, para avaliar


detalhadamente os pulmões, vasos sanguíneos e coração;

Exames de sangue, como gasometria arterial, que mede os níveis


de oxigênio e gás carbônico no sangue, para avaliar o
funcionamento dos pulmões;

Espirometria, que demonstra o grau de obstrução das vias


respiratórias e a quantidade de ar que a pessoa consegue
respirar, classificando, assim, a doença em leve, moderada e
grave.
TRATAMENTO

Parar de Uso de Fisioterapia


fumar remédios respiratória

Alterações na
dieta

Transplante de
Oxigenioterapia Cirurgia
pulmão
DOENÇAS ENDÓCRINAS
VAMOS FALAR SOBRE...
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

• O diabetes mellitus (DM), é um distúrbio metabólico caracterizado por


hiperglicemia persistente decorrente de deficiência na produção de
insulina ou em sua ação ou ainda em ambos os mecanismos.

• Atinge proporções epidêmicas pois no mundo estima-se que existem


aproximadamente 425 milhões de pessoas com DM;
TIPOS DE DIABETES

• Crianças e jovens sem excesso de peso de início


DIABETES TIPO abrupto rápida evolução para cetoacidose ocorre
1 a destruição das células Beta pancreáticas

• Em adultos com longa história de excesso de peso


DIABETES TIPO e hereditariedade, de inicio insidioso e sintomas
II mais brandos

• É uma condição de hiperglicemia menos severa


DIABETES que o diabetes tipo I e II detectada pela primeira
GESTACIONAL vez na gravidez.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
VALORES DE REFERÊNCIA
TRATAMENTO

DM I e II

CONTROLE
GLICÊMICO

DM TIPO I DM TIPO II
ESTILO DE
VIDA E
ALIMENTAÇÃO HIPOGLICEMIANTES
INSULINOTERAPIA CORRETA ORAIS

DM I e II
COMPLICAÇÕES DA DIABETES

RETINOPATIA DIABÉTICA

PÉ DIABÉTICO

COMPROMETIMENTOS DO SISTEMAS
CARDÍACOS, CEREBRAL E RENAL
• O pé diabético é uma série de alterações que podem ocorrer
nos pés de pessoas com diabetes não controlado. Infecções ou
problemas na circulação dos membros inferiores estão entre as
complicações mais comuns, provocando o surgimento de
feridas que não cicatrizam e infecções nos pés. Se não for
tratado, o pé diabético pode levar à amputação.
SINTOMAS

• Formigamento;
• Perda da sensibilidade local;
• Dores;
• Queimação nos pés e nas pernas;
• Sensação de agulhadas;
• Dormência;
• Além de fraqueza nas pernas.
DOENÇAS ARTICULARES E ÓSSEAS
ARTRITE REUMATOIDE
CONCEITO

• A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica


que pode afetar várias articulações.

• A causa é desconhecida e acomete as mulheres duas vezes


mais do que os homens. Inicia-se geralmente entre 30 e 40 anos
e sua incidência aumenta com a idade.
SINTOMAS

• Dor, inchaço e aumento da temperatura nas


articulações
• Rigidez matinal, que pode durar horas
• Caroços firmes de tecido sob a pele em seus
braços (nódulos reumatoides)
• Fadiga, febre e perda de peso.
DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de artrite reumatoide é feito quando pelo menos 4 dos seguintes critérios
estão presentes por pelo menos 6 semanas:
• Rigidez articular matinal durando pelo menos 1 hora;
• Artrite em pelo menos três áreas articulares;
• Artrite de articulações das mãos;
• Artrite simétrica (por exemplo no punho esquerdo e no direito);
• Presença de nódulos reumatoides;
• Alterações radiográficas: erosões articulares ou descalcificações localizadas em radiografias
de mãos e punhos;
TRATAMENTO

• O tratamento da artrite reumatóide deve ser


orientado pelo reumatologista e inclui o uso de
remédios, dieta anti-inflamatória e fisioterapia,
por exemplo, para aliviar a dor e o inchaço nas
articulações e melhorar a qualidade de vida.
OSTEOPOROSE
DEFINIÇÃO

• Osteoporose é uma doença que se caracteriza pela

perda progressiva de massa óssea, tornando os

ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas.


SINAIS

• Os primeiros sinais da osteoporose podem ser dificuldade em permanecer com a coluna reta
em pé ou sentado. A pessoa pode não saber que tem osteoporose até que uma pequena queda
ou impacto cause uma fratura óssea. Quando os ossos ficam “fracos” (com pouca massa
óssea), fraturas do punho, quadril ou da espinha (vértebras) são as mais comuns. Tosse ou um
espirro podem até quebrar uma costela. Um osso quebrado numa pessoa idosa pode ser grave
porque ele não tem mais a mesma capacidade de reparação. Isso pode levar ao desgaste das
juntas e a problemas com mobilidade.

• Após uma lesão dessas, algumas pessoas podem não conseguir mais levar uma vida
independente, necessitando de ajuda para suas atividades mais básicas. A posição encurvada
para a frente, comum em idosos, é um sinal visível de osteoporose. Acontece quando as
vértebras são fraturadas e tem dificuldade de suportar o peso do corpo. A osteoporose
geralmente não dói, a menos que haja um osso quebrado por causa dela. Apesar de nem
sempre serem dolorosas, as fraturas de vértebras são a causa mais comum de dor prolongada
na osteoporose.
DIAGNÓSTICO

• Geralmente, é diagnosticada somente após a ocorrência da


primeira queda, pois os sintomas não são perceptíveis.

• O principal método para diagnosticar a osteoporose é a


densitometria óssea. Esse exame mede a densidade mineral óssea
da coluna lombar e no fêmur.
ALGUMAS DICAS PODEM AJUDAR NA
PREVENÇÃO OU NO CONTROLE DA
OSTEOPOROSE:

A ingestão de cálcio é fundamental


Exponha-se ao sol de forma Independente da idade inicie um
para o fortalecimento dos ossos.
moderada. Os raios ultravioletas programa de exercícios (pode ser
Adote uma dieta rica em alimentos
sobre a pele estimulam a produção caminhada ou musculação, por
com cálcio (leite e derivados,
de vitamina D, fundamental para a exemplo). Entre outras vantagens,
como iogurtes e queijos). Os
absorção do cálcio pelo organismo. ajuda a fortalecer os músculos,
médicos indicam dois copos de
Basta de 20 a 30 minutos de sol melhorar o equilíbrio e os
leite desnatado e uma fatia de
por dia, entre 6h e 11h; reflexos, evitando as quedas;
queijo branco por dia;

Mulheres que entraram na


menopausa devem consultar um
Não fume e evite o consumo médico para começar um
excessivo de álcool; tratamento especial. A partir de 45
anos, devem ser submetidas a um
teste de densitometria óssea;
RISCO FÍSICO

• Aproximadamente 30% das pessoas com mais de 65 anos de

idade caem pelo menos uma vez por ano. Depois dos 80 anos

de idade, essa porcentagem de chegar a 50%;

• As quedas são um sinal de que algo que não está bem na

saúde do idoso;
RISCO FÍSICO

• Entre as consequências das quedas, a fratura


no fêmur é uma das mais graves. O
rompimento deste, que é o maior osso do
corpo humano, tem grandes chances de
impactar na qualidade de vida dos idosos.

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