Cópia de Silvicultura-em-Mocambique. 10°classe 2
Cópia de Silvicultura-em-Mocambique. 10°classe 2
Cópia de Silvicultura-em-Mocambique. 10°classe 2
Disciplina : Agro-pecuária
Tema : Caracterização dos sistemas silvícolas de Moçambique;
•Potencialidade,vantagens e desvantagens;
•Principais espécies silvícolas exploradas em Moçambique(pau preto,pau rosa,umbila chamfuta)
Nome: Edania
Crisna
Henzo
Nasson
Nina
Yuan
Nome da Professora:Helena
1. Introdução
Moçambique é um dos poucos países na região da África Austral que possui uma área
considerável de floresta nativa. Estima-se que existem cerca de 40 milhões de hectares de
floresta do tipo Miombo (51% da superfície do país). As cinco províncias, em ordem decrescente
com maior cobertura florestal são Niassa, Zambézia, Tete, Cabo Delgado e Gaza. A silvicultura,
em Moçambique, é pouco expressiva, devido à falta de meios financeiros e humanos Os recursos
florestais do território moçambicano exercem um papel de destaque na Vida económica e social
do país. As províncias de Nampula, Zambézia e Manica são consideradas como tendo maior
potencial florestal do país. A pressão sobre as florestas nas províncias com alto potencial, tem
impactos significativos no valor económico das florestas nativas bem como na conservação da
biodiversidade. No presente trabalho abordaremos aspectos relacionados com a silvicultura em
Moçambique.
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2. Objectos
2.1. Objectivo geral
Compreender a silvicultura de Moçambique.
2.2. Objectivos específicos
Definir silvicultura;
Caracterizar a silvicultura em Moçambique;
Indicar as principais espécies florestais em Moçambique;
Mostrar a distribuição das florestas naturais e artificiais em Moçambique;
Mostrar a distribuição das florestas aptas para exploração madeireira;
Mostrar a distribuição da área florestal por província;
Identificar os tipos de vegetação em Moçambique;
Explicar a importância da silvicultura em Moçambique;
Falar da conservação e protecção de florestas em Moçambique.
3. Metodologia
4. Silvicultura em Moçambique
Já para ARRUDA VEIGA (1977), Silvicultura é o “ramo da ciência florestal que trata da
propagação e cultivo dos povoamentos naturais e artificiais”, enquanto SEP (1983), conceituou
como “a arte de controlar o estabelecimento, a composição e o crescimento dos povoamentos
florestais”.
Silvicultura é um ramo da agricultura que se dedica ao cultivo e conservação das florestas, com o
objectivo de extrair delas e riqueza necessária para a vida do homem (SNIF, 2017).
Segundo o mesmo trabalho, as florestas produtivas para a produção de madeira cobrem cerca de
26.9 milhões de hectares, com um valor de corte admissível anual aproximado de entre 520,000 e
640,000 m3/ano. Desta superfície total, as províncias com maior produtividade são as de Niassa
(6 milhões de hectares), Zambézia (4.1 milhões de hectares), Tete (3.3 milhões de hectares) e
Cabo Delgado (3.2 milhões de hectares) (Marzoli, 2007).
Panga-panga
Fonte: https://www.google/especies/de/madeira
Umbila
Fonte: https://www.google/especies/de/madeira
Jambire
Fonte: https://www.google/especies/de/madeira
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Pau-rosa
Fonte: https://www.google/especies/de/madeira
Pau-preto
Fonte: https://www.google/especies/de/madeira
Chanfuta
Fonte: https://www.google/especies/de/madeira
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Mecrusse
Fonte: https://www.google/especies/de/madeira
A província de Manica é a que detém a maior percentagem de florestas artificiais. Para além de
Manica, que contém 51% das florestas artificiais, pratica-se também a silvicultura em Dondo
(Sofala) e Lichinga (Niassa), e em Marracuene, Namaacha e Salamanga (Maputo) (NONJOLO e
ISMAEL, 2017).
Os dados históricos do terceiro Inventário Florestal Nacional mostram que Moçambique tinha
uma área florestal total estimada em 40 milhões de hectares e que no período compreendido
entre 1991 a 2002 perdia em média 220 000 hectares por ano. A área florestal actual é está
estimada em 34 milhões de hectares, e que a média actual do desmatamento com base na análise
feita no período compreendido entre 2003 a 2013 é de 269 000 hectares por ano com um desvio
de mais ou menos 12 000 hectares por ano. As províncias com maior média do desmatamento
anual no país são Nampula, Zambézia e Manica e as Províncias com menor média do
desmatamento anual são Maputo, Gaza e Inhambane (Marzoli, 2007).
Como causas principais da degradação dos recursos florestais temos o desmatamento, a procura
crescente de combustível lenhoso, a agricultura itinerante, as queimadas florestais e a falta de
planos de uso e aproveitamento da terra. De acordo com Marzoli (2007), o corte anual
admissível (CAA), o que corresponde ao volume anual de madeira ou biomassa que poderá ser
retirado em cada compartimento de exploração, com vista a garantir a sustentabilidade do
recurso situa-se entre 515.700 – 640.500 m3.
As províncias de Nampula, Zambézia e Manica são consideradas como tendo maior potencial
florestal do país. A pressão sobre as florestas nas províncias com alto potencial, tem impactos
significativos no valor económico das florestas nativas bem como na conservação da
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O ecossistema de miombo é um tipo de vegetação da savana africana que cobre cerca de 2,7
milhões km2 do continente e cerca de 2/3 da superfície de Moçambique (Marzoli, 2007). O
miombo tem uma grande importância socioeconómica, pois mais de 150 milhões de pessoas
dependem dos seus bens e serviços em África. Em Moçambique a situação não é diferente, com
as florestas de miombo a proporcionarem bens madeireiros, tais como madeira comercial, lenha
e carvão, e não-madeireiros, tais como frutos, plantas medicinais e pasto para o gado
(Nhantumbo e Izidine, 2009). Por exemplo, cerca de 76% das necessidades energéticas do país
são supridas por energia de biomassa (Nhantumbo e Izidine, 2009).
Cada uma destas florestas – florestas densas, florestas abertas, sempre-verdes ou caducifólias, e
formações lenhosas – matagais, áreas arbustivas, arbustos em áreas húmidas, mosaicos de
floresta com agricultura itinerante, tem um papel crucial para as comunidades rurais, que delas
obtêm vários produtos para a sua subsistência (SITOE, 2012).
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Fonte: https://www.google.com.tipos-de-vegetacao
As florestas são uma fonte infinita de recursos para o ser humano. Possuem uma série de
produtos com benefícios directos, com valor, e indirectos sem valor de mercado. No caso
específico da floresta de Miombo, esta oferece recursos ambientais (ar, clima e solo), recursos
socioeconómicos (fornecimento de madeira, de carvão, de instrumentos para a captura de peixes
e bens de serviços), recursos culturais e religiosos e, também, políticos (fronteiras internacionais)
(INAES, 2014).
Para reforçar a importância das florestas a FAO (2005) aponta os seguintes produtos que a
floresta oferece: as fibras (usadas para fabricar tecidos, bolsas, chapéus e outros artigos); a
madeira (usada na construção civil e na fabricação de móveis); o látex de algumas árvores (a
seringueira) – serve para fabricar a borracha; a celulose (empregue na fabricação do papel); a
resina (usada na indústria para fixar tintas e esmaltes) e gomas, ceras, elementos medicinais,
óleos essenciais e cosméticos são outros dos produtos que empregam matérias-primas extraídas
das plantas. São, assim, benefícios directos das florestas os produtos madeireiros e não
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madeireiros, a recreação e o turismo, as plantas medicinais mas, igualmente, áreas de pesquisa e
educação e fonte de recursos energéticos (Ribeiro, 2008).
Para Muteia (2015), a importância das florestas está massivamente presente no nosso dia-a-dia.
Começa pelo lugar onde habitámos e nos abrigámos e, portanto, as florestas servem de abrigo a
muitos seres vivos, incluindo os seres humanos – existem comunidades humanas refugiadas em
florestas.
A intensa utilização dos recursos florestais pelo ser humano e a sua destruição com o objectivo
de criar espaços para o desenvolvimento de outras actividades são responsáveis pela degradação
desta componente da biosfera. Mas, com a crescente consciencialização das pessoas sobre a
necessidade de conservar e preservar a Natureza, surgiu a necessidade de conservar e preservar
este recurso https://sopra-educacao.com/2021/01/23/silvicultura-em-mocambique/ .
Como forma de minimizar os impactos negativos da actividade humana, foram definidos planos
que orientam as acções no sentido da conservação e da utilização das florestas de uma forma
sustentável. Assim, a conservação e utilização sustentável das florestas consistem na guarda das
mesmas e no condicionamento do seu aproveitamento. A guarda revolve-se com a criação de
reservas florestais, enquanto o condicionamento do seu aproveitamento se faz com a aplicação de
planos de maneio e de exploração florestal. A necessidade de conservação preservação prende-
se, por um lado, com a função de´´ pulmão“ que as florestas desempenham e, por outro lado,
com razões de ordem social, económica e cultural. Ademais, sabe-se que a capacidade de
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14. Conclusão
Apesar das estimativas indicarem que o actual nível de exploração madeireira em Moçambique
estar abaixo do estimado corte anual admissível, é aconselhável a promoção da diversificação
das espécies comercializadas, evitando pressão em apenas poucas espécies, com valor comercial
actual. De um modo geral, a maior parte dos países em vias de desenvolvimento teria a
capacidade de produzir mais de 326 000 m3 de madeira em toro por ano, na exploração das
florestas naturais. No entanto, o nível do desenvolvimento desses países, em matéria de indústria
florestal, ainda é incipiente. Esta indústria e constituída, fundamentalmente, por unidades
processadoras de madeira de pequena e média dimensão (serrações e carpintarias) com
capacidade instalada estimada em 600 – 700 m3/dia, ou seja, 100 000 – 150 000 m3/ano. A
produção actual não ultrapassa, em média os 52 867,8 m3/ano, o que corresponde a 16% da sua
capacidade.
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15. Referencias
ARRUDA VEIGA, A. de Glossário em Dasonomia. 2ª Ed. São Paulo: Instituto Florestal, 1977.
97p. Publicação IF n º 4.
CAMPUS, Rogério Costa (2001). Determinação da cor do solo e sua utilização na predição dos
teores de Hematita. São Paulo.
Muller, T., Sitoe, A. & Enosse, M. R., 2005. Assessment of the forest reserve network in
Mozambique, Maputo: ReserchGate.
RIBEIRO, N., SITOE, A. A., GUEDES, B. S., & Staiss, C. (2008). Manual de silvicultura,
Maputo.
https://sopra-educacao.com/2021/01/23/silvicultura-em-mocambique/