Módulo 2 - A Rotulagem Ambiental Tipo I
Módulo 2 - A Rotulagem Ambiental Tipo I
Módulo 2 - A Rotulagem Ambiental Tipo I
Tipo I: sustentabilidade
e competitividade para
produtos e serviços
brasileiros
Módulo
2 A Rotulagem Ambiental
Tipo I
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Diogo Godinho Ramos Costa
Equipe responsável
Antônio José Juliani (Conteudista, 2020)
Fábio Hideki Sakatsume (Conteudista, 2020)
Fabiany Glaura Alencar e Barbosa (Coordenador, 2020)
Arthur Pomnitz de Gouvêa (Coordenador, 2020)
Haruo Silva Takeda (Coordenação Web e Implementação Articulate, 2021)
Ana Beatrice Neubauer de Moura (Revisão de texto, 2021)
Ludmila Bravim da Silva (Revisão de texto, 2021)
Ana Paula Medeiros Araújo (Direção e produção gráfica, 2021)
Patrick Oliveira Santos Coelho (Implementação Moodle, 2021)
Ana Carla Gualberto Cardoso (Diagramação, 2021).
Desenvolvimento do curso realizado no âmbito do acordo de Cooperação Técnica FUB / CDT / Laboratório
Latitude e Enap.
Enap, 2021
Olá!
Sugerimos que você leia o conteúdo e depois responda as questões no ambiente virtual na
ordem em que estão dispostos. Mas você é livre para fazer isso quando e na ordem em que achar
melhor - dentro do período de duração do curso. Só não deixe de garantir que fez tudo, para não
ter problemas com a obtenção do certificado ao final do curso!
Unidade 1 – Conceitos
🎯 Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de conhecer as principais características da Rotulagem
Ambiental Tipo I e dos respectivos Programas de Rotulagem Ambiental.
1.1 Definição
Objetivo de aprendizagem: conhecer a definição da Rotulagem Ambiental.
Conforme contido em Grote (2002), a rotulagem ambiental pode ser entendida como um rótulo
que identifica a preferência ambiental global de um produto ou serviço dentro de uma categoria
específica de produtos e/ou serviços com base em considerações sobre o ciclo de vida. É a prática
de informar os consumidores sobre um produto que se caracteriza por um melhor desempenho
ambiental em comparação com produtos similares disponibilizados no mercado.
O aumento da consciência ambiental dos consumidores e dos produtores nas últimas décadas,
tem influenciado o mercado de produtos e de serviços. Ocorreu um aumento da demanda por
informações sobre os impactos ambientais de processos produtivos de produtos e de serviços
que influenciou a decisão de compra do consumidor e a decisão de escolha de processos de
produção do fabricante.
A rotulagem ambiental é considerada uma ferramenta de mercado efetiva e que pode ser
utilizada para o alcance de objetivos socioambientais e econômicos.
De acordo com Ministério do Meio Ambiente (2002), podemos destacar como importantes
objetivos da rotulagem ambiental:
h,
Destaque,h
De acordo com Ministério do Meio Ambiente (2002), “do ponto de vista dos
consumidores, os rótulos ambientais constituem importante instrumento de
educação para uma mudança que resulte em um comportamento e hábitos de
consumo mais responsáveis em relação ao meio ambiente.”
O uso da rotulagem ambiental pode contribuir para dar visibilidade e promover os produtos com
processos produtivos de baixo impacto ambiental e propiciar ao consumidor a oportunidade
de escolher produtos e serviços sutentáveis para o alcance de uma mudança nos padrões de
produção e de consumo (BRASIL, 2002).
h,
Destaque,h
A rotulagem ambiental contribui para o desenvolvimento de mercados verdes,
que contemplam na sua concepção os aspectos ambientais. Esse efeito
mercadológico da criação de um nicho de mercado para produtos rotulados é
essencial para que as empresas decidam pela adoção da rotulagem ambiental.
O mercado identificou que a verificação dos atributos de produtos estabelecidos nos rótulos
e nas declarações ambientais deveria ser feita por entidades independentes. O objetivo era
reforçar a transferência, imparcialidade e a credibilidade da rotulagem ambiental.
De acordo com Ipea (2011), devido a criação de muitos selos ambientais sem padrões comuns
regulatórios, a ISO, International Organization for Standardization (em português, Organização
Internacional de Normalização) elaborou um sistema crível de orientações para a normatização
ambiental no âmbito internacional.
Logo da ISO
Fonte: https://www.iso.org/iso-14001-environmental-management.html
O nome ISO é um termo grego que significa igualdade. Não é uma sigla.
O nome foi escolhido para evitar acrônimos diferentes em diferentes
línguas e mostrar que a ISO é realmente uma organização igual em
qualquer parte do mundo.
ISO 14000
De acordo com Ipea (2011), a ISO desenvolveu uma série de normas denominada de série ISO
14000, que estabeleceu diretrizes com o objetivo de atestar a responsabilidade ambiental das
atividades e dos produtos de uma empresa.
As empresas podem obter os certificados dessa série por meio de auditorias periódicas que
são realizadas por organismos de certificação credenciados e reconhecidos por organismos
acreditadores nos âmbitos nacional e internacional.
O primeiro grupo (Quadro 1) é formado pelas normas dirigidas para processos e organizações
e dizem respeito ao sistema de gestão ambiental, à avaliação de desempenho ambiental e à
auditoria ambiental.
ABRANGÊNCIA NÚMERO
DESCRIÇÃO DA NORMA
DA NORMA DA NORMA
No segundo grupo (Quadro 2 e Quadro 3), estão as normas elaboradas para os produtos que são
compostos por orientações para a rotulagem ambiental e aspectos ambientais dos produtos e
para a Avaliação de Ciclo do Vida.
As normas do Quadro 2 dizem respeito à rotulagem ambiental e contém os princípios para todos
os tipos de rótulos, métodos, testes de verificação e procedimentos que devem ser utilizados
acrescido das diretrizes orientadoras para a avaliação de desempenho ambiental.
O objetivo da ISO foi padronizar e criar normas para rótulos em função da existência de grande
quantidade de rótulos no âmbito internacional.
ABRANGÊNCIA NÚMERO
DESCRIÇÃO DA NORMA ROTULAGEM AMBIENTAL
DA NORMA DA NORMA
ISO 14020 Princípios básicos para todos os rótulos
Termos e definições da rotulagem
ISO 14021
ambiental tipo II (autodeclarações)
ISO 14022 Simbologia da rotulagem
Rotulagem Ambiental ISO 14023 Metodologia de testes e verificação
Guia de princípios e procedimentos para o
ISO 14024
rótulo ambiental tipo I (selos verdes)
Guia de princípios e procedimentos para
ISO 14025 o rótulo ambiental tipo III, referente à
Avaliação do Ciclo de Vida do produto
Avaliaçãodo desempenho
ISO 14031 Diretrizes para a avaliação ambiental
Ambiental
Fonte: IPEA (2011, p. 8)
Quadro 3: Normas ISO de avaliação do ciclo de vida, termos usados em gestão ambiental e
aspectos ambientais para produtos.
NÚMERO
ABRANGÊNCIA DA NORMA DESCRIÇÃO DA NORMA
DA NORMA
ISO 14040 Princípios e práticas da ACV
ISO 14041 Análise de inventário
Avaliação do Ciclo de Vida
ISO 14042 Avaliação de impactos ambientais
ISO 14043 Interpretação de resultados
Termos e definições ISO 14050 Vocabulário de gestão ambiental
Aspectos ambientais de Guia para a inclusão de aspectos
Guia ISO 64
normas para produtos ambientais em normas para produtos
Fonte: IPEA (2011, p. 9)
Desde a criação do primeiro rótulo ambiental na Alemanha, em 1977, surgiu uma quantidade
significativa de selos, rótulos, e declarações ambientais nos mais diversos países e com os mais
diferentes objetivos.
Foram criados desde selos ou rótulos que se referem a características específicas, como
‘reciclável’, ‘baixo consumo de energia’, ‘produto sem clorofluorcarbono (CFC)’, ou ‘contém X%
de material reciclado’, até rótulos que apresentam informações quantitativas sobre os aspectos
ambientais do produto, como ‘emissões de gases de efeito estufa’, ‘consumo de materiais e de
recursos renováveis’.
Rótulos ambientais bastante específicos também foram lançados no mercado, como a certificação
da agricultura orgânica, na qual se atesta que determinados produtos agrícolas não utilizam
substâncias químicas como adubos, pesticidas e agroquímicos em seus processos produtivos
(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2002).
Com o objetivo de estabelecer padrões e regras para o uso adequado da rotulagem ambiental, a
ISO classificou os rótulos ambientais de acordo com o quadro a seguir.
De forma resumida, a classificação de rótulos ambientais pela ISO pode ser assim descrita:
+ Tipo I
São os clássicos selos verdes, ou ecolabels, como são reconhecidos internacionalmente.
São voluntários e baseados em múltiplos critérios do ciclo de vida do produto. São
rótulos concedidos por terceira parte (as auditorias são feitas por certificadoras que
não pertencem aos produtores, fornecedores ou órgãos governamentais). No caso
do Brasil, as certificadoras necessariamente devem ser acreditadas pelo Inmetro
(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2002).
+ Tipo II
Diz respeito às declarações de cunho ambiental efetuadas pelos próprios fabricantes
e/ou pelos fornecedores.
+ Tipo III
São verificados por terceira parte, assim como o rótulo tipo I. Estabelece categorias
de parâmetros baseadas em uma avaliação do ciclo de vida completa e na divulgação
de dados quantitativos relativos a esses parâmetros para cada produto. Encontra-se
em fase adiantada de desenvolvimento (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2002).
h,
Destaque,h
De acordo com Ministério do Meio Ambiente (2002), existe ainda outro
tipo de rótulo, o denominado rótulo Tipo IV, que são os rótulos ambientais
monocriteriais (apenas um critério é definido e analisado). Referem-se a
apenas um aspecto ambiental. São atribuídos por terceira parte e não são
baseados em considerações de ciclo de vida do produto.
Ressalta-se que a ISO não desenvolveu normas para esse tipo de rótulo, nem para as certificações
da agricultura orgânica.
ISO 14024
De acordo com Ministério do Meio Ambiente (2002, pp. 25-27), a seguir são apresentados os
princípios que devem nortear um programa de rotulagem ambiental do tipo I, segundo a Norma
ISO 14024:
+ Natureza voluntária
Os programas do tipo I devem ser de natureza voluntária. Isso quer dizer que os
produtores/fornecedores deverão ter a liberdade de opção para aderir ou não ao
programa, tanto na sua concepção, seleção das categorias e estabelecimento dos
critérios, quanto na candidatura para obter a rotulagem.
+ Seletividade
Os critérios ambientais devem ser estabelecidos para permitir que produtos
ambientalmente preferíveis possam ser comparados aos outros da mesma categoria,
com base em uma diferença mensurável nos impactos ambientais. Dessa forma, os
produtores cujos produtos ainda não estejam aptos para a certificação com o rótulo,
possam promover as mudanças necessárias para o alcance dos requisitos exigidos e
contribuir para uma melhoria ambiental.
+ Realismo de critérios
Os critérios devem ser estabelecidos de forma que sejam possíveis e alcançáveis e
levar em consideração os impactos ambientais relativos e a capacidade e precisão
de medições.
+ Verificabilidade
Todos os elementos dos critérios devem ser passíveis de verificação.
+ Transparência
O programa de rotulagem ambiental do tipo I deve demonstrar transparência em
todos os estágios de seu desenvolvimento. A visibilidade implica que a informação
deva estar disponível às partes interessadas para análise e comentários. Essa
informação pode ser referente à seleção das categorias de produto, seleção e
desenvolvimento dos critérios ambientais, características funcionais do produto,
métodos de teste e verificação, procedimentos de certificação e premiação, período
+ Acessibilidade
Os custos e as taxas não podem ser impeditivos. As taxas dos programas de rotulagem
ambiental, cobradas por organismos certificadores, devem incluir as despesas de
solicitação, testes e administração. Em princípio, os custos e as taxas por concessão
e manutenção do rótulo devem estar baseados nos custos de todo o programa e
serem mantidos de forma viável para garantir a acessibilidade ao rótulo. Quaisquer
taxas devem ser aplicadas equitativamente a todos os solicitantes e licenciados.
+ Confidencialidade
Os programas devem garantir que todas as informações relativas aos produtores e
ao produto rotulado sejam confidenciais.
+ Reconhecimento mútuo
Dever ser encorajado e promovido o reconhecimento mútuo entre os programas de
rotulagem ambiental.
No que diz respeito à definição dos critérios ambientais, recomenda-se a consideração do ciclo
de vida do produto. Não há a necessidade da consideração completa do ciclo de vida do produto,
mas de algumas etapas desse ciclo. Já os critérios desenvolvidos devem expressar os impactos
ambientais produzidos pelos processos produtivos e o uso de recursos naturais
(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2002).
Na fase de criação dos critérios, o organismo responsável pelo programa deve considerar a
viabilidade técnica e econômica e a existência de laboratórios para os tipos de testes que serão
utilizados para avaliação da conformidade dos produtos. Adicionalmente, o referido organismo
deve estabelecer regulamentos gerais de funcionamento do programa de rotulagem e as regras
específicas para cada produto (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2002).
O primeiro rótulo ou selo ambiental, o Anjo Azul (Der Blaue Engel, em alemão), foi criado na
Alemanha, em 1977, como um instrumento de política ambiental. O objetivo era utilizá-lo para
identificar produtos com processos produtivos menos impactantes ao meio ambiente quando
comparados com os processos produtivos de seus concorrentes no mercado.
h,
Destaque,h
Segundo Wikipédia (2018):
A respeito do tema, assista a seguir a entrevista concedida pelo Sr. Ulf Jaeckel do Ministério do
Meio Ambiente da Alemanha:
Entrevista concedida pelo Sr. Ulf Jaeckel do Ministério do Meio Ambiente da Alemanha
Esta iniciativa foi sustentada por pesquisas que mostraram que 94%
dos canadenses estavam preocupados com questões ambientais, já
em períodos pregressos a 1988, ano da institucionalização e operação
do programa.
Fonte: https://www.ecodebate.com.br/2013/09/10/selos-verdes-e-o-
programa-environmental-choice-artigo-de-roberto-naime/
A partir de 1988, os países nórdicos - Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia – criaram
o selo Nordic Swan (Cisne Nórdico). Os Estados Unidos desenvolveram o Green Seal (Selo Verde),
em 1989 e o Japão instituiu o Eco-Mark (Marca Ecológica).
Rótulo Ambiental Tipo I dos Rótulo Ambiental Tipo Rótulo Ambiental Tipo I do Japão
Páises Nórdicos – Nordic I dos Estados Unidos – – Eco-Mark – Marca Ecologica
Swan – O cisne nórdico Green Seal – Selo Verde Fonte: https://globalecolabelling.
Fonte: https://globalecolabelling. Fonte: https://globalecolabelling. net/gen-members/japan/
net/gen-members/nordic-countries/ net/gen-members/north-america-2/
Em 1992, a União Europeia lançou o rótulo ambiental comunitário, Ecolabel Flower (Rótulo
Ambiental Flor), cujo símbolo é uma flor. Por sua vez, o Brasil possui, desde 1993, o selo de
Qualidade Ambiental da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o Beija-Flor, além
do programa de rotulagem ambiental do Instituto Falcão Bauer, o Selo Ecológico Falcão Bauer,
desde 2007.
Cabe ressaltar que o fato de a União Europeia ter desenvolvido um rótulo ambiental comunitário
não impede o funcionamento dos programas de rotulagem ambiental nacionais existentes.
Com o passar do tempo, mais aspectos ambientais foram sendo verificados e o conceito de ciclo
de vida começou a ser considerado por alguns programas que pretendiam desenvolver análises
completas de processos produtivos, como foi o caso do programa francês, o NF Environment,
e do Programa da União Europeia, Ecolabel Flower. Os exemplos seguidos e que influenciaram
outros programas foram as experiências da Alemanha e do Canadá.
Entretanto, a ISO, em 1993, constituiu o Comitê Técnico 207(ISO/TC-207), com o mandato para
desenvolver normas e instrumentos de gestão ambiental padronizados, que resultou na série
ISO 14000.
Quer saber mais sobrea a atuação dos Comitês Técnicos? Confira a seguir:
Nos anos 80, a ISO deixou de lado essa abordagem e estabeleceu o TC 176,
destinado a padronizar a administração da qualidade, produzindo a série
ISO 9000. Essa nova abordagem baseou-se na avaliação do sistema pelo qual
os produtos eram produzidos, ao invés de nos próprios produtos. A ISO 9000
transformou-se na série de padrões mais bem-sucedida da história da ISO.
Nessa série, encontram-se a norma ISO 14020, publicada em 1998 e a norma ISO 14024, publicada
em 1999. Enquanto a ISO 14020 estabeleceu os princípios para a rotulagem e as declarações
ambientais, a ISO 14024 definiu as regras para os programas de Rotulagem Ambiental Tipo I.
Essas normas foram obtidas por meio de consenso internacional dos princípios e aspectos
definidos nos quais os programas de rotulagem ambiental devem ser baseados. Constituem um
marco internacional para essa atividade.
É difícil isolar e medir os benefícios dos rótulos comparativamente com os efeitos provocados por
demais medidas ambientais – a eficácia pode ser avaliada apenas indiretamente, pela mudança
no comportamento do consumidor, ao demandar produtos ambientalmente corretos (BRAGA;
MIRANDA, 2002).
A primeira iniciativa para o estabelecimento de um selo verde brasileiro data de 1990, quando a
Associação Brasileira de Normas Técnicas propôs ao Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental a
implementação de uma ação conjunta.
De acordo com Guéron (2003), apesar das diferentes estruturas existentes entre os programas
de Rotulagem Ambiental Tipo I do Brasil e de outros países, a essência da atividade desenvolvida
permanece a mesma, ou seja, a de contribuir para a confiabilidade no mercado doméstico ou
internacional, por meio de instituições internacionalmente reconhecidas.
Nos últimos anos foram desenvolvidos critérios para produtos demandados pelo mercado como:
papel para cópia e impressão, cosméticos, tintas, meios de hospedagem, calçados, produtos
têxteis, computadores, lâmpadas, detergentes, produtos agrícolas e produtos derivados da
madeira, entre outros.
A partir do momento em que uma empresa solicita a concessão do rótulo ambiental da ABNT
para o seu produto ou serviço, têm início as atividades de avaliação da compatibilidade desses
produtos ou serviços com os critérios estabelecidos. O comitê técnico estabelecido para realizar
essa avaliação decide se o rótulo de qualidade ambiental deve ou não ser atribuído ao produto.
Além da ABNT, o Instituto Falcão Bauer, possui um Programa de Rotulagem Ambiental Tipo I,
no Brasil. Trata-se de um organismo de certificação nacional acreditado pelo Inmetro na área
de produtos e de sistemas de gestão. O referido Instituto confere o Selo Ecológico Falcão Bauer
(IFB), voluntário, de terceira parte, notadamente para produtos do setor da construção civil e
móveis para escritório.
Assista a seguir os vídeos gravados por Regina Cavini, da Onu Meio Ambiente, a respeito do
trabalho da Organização das Nações Unidas no que tange à rotulagem ambiental:
Logo do PNUMA
Fonte: https://nacoesunidas.org/agencia/pnuma/
A atividade principal foi submeter pelo menos um produto de uma empresa escolhida por cada
país participante ao Programa de Rotulagem Ambiental Tipo I da União Europeia (Ecolabel
Flower). O produto escolhido deveria obrigatoriamente ser exportado para o mercado europeu
para que a experiência pudesse trazer dados práticos sobre a influência da Rotulagem Ambiental
Tipo I na competitividade de produtos nacionais em mercados globais.
No caso do Brasil, o setor escolhido foi o setor de papel e celulose, a empresa participante
foi a International Paper do Brasil, localizada na cidade de Luís Antônio, no interior do estado
de São Paulo. A empresa submeteu o produto ‘papel para cópia e impressão’ aos critérios de
sustentabilidade do Ecolabel Flower.
O referido projeto foi finalizado em 2011, de forma bem-sucedida, com a obtenção do rótulo da
União Europeia pela International Paper do Brasil. A empresa foi a primeira da América Latina a
conseguir o rótulo da União Europeia para seus produtos.
O tema foi muito discutido e a rotulagem ambiental começou a ser inserida em agendas de
importantes reuniões no âmbito do governo e do setor privado nacional.
O referido projeto foi implementado em vários países da América Latina, África e Ásia, que foram
divididos em dois blocos: os países que possuíam programas de Rotulagem Ambiental Tipo I e os
países que não possuíam nenhum programa de rotulagem ambiental. No primeiro bloco ficaram
Brasil, Vietnã e Colômbia e, no segundo bloco, ficaram Equador, Panamá, Peru, Costa Rica, Chile,
Argentina, Sri Lanka, Marrocos, Maurício, Togo e Mongólia.
O objetivo do projeto foi combinar compras públicas sustentáveis com Rotulagem Ambiental
Tipo I para estimular a demanda e a oferta de produtos sustentáveis nos países participantes. As
atividades previam o estabelecimento de bases para o desenvolvimento de políticas públicas de
O projeto contribuiu de forma efetiva para discussões importantes e o maior envolvimento dos
representantes do setor governamental e do setor privado no processo de compras públicas
sustentáveis do Brasil, e na possibilidade do uso da Rotulagem Ambiental Tipo I nas licitações
sustentáveis.
Adicionalmente, foi elaborado importante documento denominado Paper Brasil com o estudo
da arte da rotulagem ambiental e do processo de compras públicas sustentáveis no Brasil.
h,
Destaque,h
A GEN, Global Ecolabelling Network (em português, Rede Global de Rotulagem
Ambiental) foi criada em 1994 com a finalidade de estimular os países a
prestarem assistência mútua, cooperação, intercâmbio de informações e
aprimorar e desenvolver programas de Rotulagem Ambiental Tipo I em todo
o mundo.
Trata-se de uma associação sem fins lucrativos que reúne organizações membros de Rotulagem
Ambiental Tipo I do mundo todo. Atualmente, a GEN conta com 26 membros plenos, 4 afiliados
e 3 associados e é considerada referência global para a Rotulagem Ambiental Tipo I (GEN, 2020).
Logo da GEN
Fonte: https://globalecolabelling.net/
Confira a seguir a entrevista concedida por Bjorn Erik Lonn da GEN, Suécia:
De acordo com seu objetivo de promover a Rotulagem Ambiental Tipo I no âmbito internacional,
a GEN representa os programas de rotulagem ambiental dos países-membros em vários fóruns
internacionais, fornece informações e presta assistência técnica para o desenvolvimento de
programas de Rotulagem Ambiental Tipo I.
Os membros “afiliados” da GEN (por exemplo o Google Inc.), embora não sejam profissionais
Cabe ressaltar que a ISO reconhece a GEN como uma “Organização de Ligação Externa” em seu
processo de desenvolvimento de normas, onde a GEN participa ativamente e fornece informações
substanciais. Simultaneamente, muitos membros da GEN atuam como especialistas técnicos e
participantes-chave em suas respectivas delegações nacionais da ISO.
A Norma ISO 14024 foi desenvolvida com a intenção de ser pertinente aos sistemas de rotulagem
ambiental existentes e planejados. A GEN reconhece os princípios contidos na norma como um
código de boas práticas para orientar os operadores de programas de Rotulagem Ambiental Tipo I.
+ Seletividade
Os critérios ambientais devem ser estabelecidos para permitir que produtos
ambientalmente preferíveis possam ser comparados aos outros da mesma categoria,
com base em uma diferença mensurável nos impactos ambientais. Dessa forma, os
produtores cujos produtos ainda não estejam aptos para a certificação com o rótulo,
possam promover as mudanças necessárias para o alcance dos requisitos exigidos e
contribuir para uma melhoria ambiental.
+ Realismo de critérios
Os critérios devem ser estabelecidos de forma que sejam possíveis e alcançáveis,
levando em consideração os impactos ambientais relativos e a capacidade e precisão
de medições.
+ Verificabilidade
Todos os elementos dos critérios devem ser passíveis de verificação.
+ Transparência
O programa de Rotulagem Ambiental Tipo I deve demonstrar transparência em todos
os estágios de seu desenvolvimento. A visibilidade implica que a informação deva
estar disponível às partes interessadas para análise e comentários. Essa informação
pode ser referente à seleção das categorias de produto, seleção e desenvolvimento
dos critérios ambientais, características funcionais do produto, métodos de teste e
verificação, procedimentos de certificação e premiação, período de revisão, período
de validade, evidências nas quais se baseou a concessão do rótulo (asseguradas
as questões de caráter confidencial), fontes de recursos para desenvolvimento do
programa e verificação da conformidade.
+ Acessibilidade
Os custos e as taxas não podem ser impeditivos. As taxas dos programas de rotulagem
ambiental, cobradas por organismos certificadores, devem incluir as despesas de
solicitação, testes e administração. Em princípio, os custos e as taxas por concessão
e manutenção do rótulo devem estar baseados nos custos de todo o programa e
serem mantidos de forma viável para garantir a acessibilidade ao rótulo. Quaisquer
taxas devem ser aplicadas equitativamente a todos os solicitantes e licenciados.
+ Confidencialidade
Os programas devem garantir que todas as informações relativas aos produtores e
ao produto rotulado sejam confidenciais.
+ Reconhecimento mútuo
Deve ser encorajado e promovido o reconhecimento mútuo entre os programas de
rotulagem ambiental.
De acordo com Ministério do Meio Ambiente (2002, p. 28), a norma ISO 14024 recomenda
a adoção de alguns procedimentos pelos programas de Rotulagem Ambiental Tipo I. Tais
procedimentos estão relacionados com:
De fato, uma condição importante para associar-se de forma plena à GEN é que a organização
detentora de um programa de Rotulagem Ambiental Tipo I deve estar em conformidade com
as condições de associação da GEN, estabelecidas nos seus estatutos e esteja se aperfeiçoando
para cumprir com os princípios orientadores descritos na norma ISO 14024.
O processo de revisão por pares é composto por duas etapas: começa com uma solicitação por
escrito que é avaliada pela GEN (1ª etapa) e é seguida por uma avaliação realizada por outras
certificadoras detentoras de programas de Rotulagem Ambiental Tipo I (2ª etapa).
Para saber mais, assista ao vídeo sobre Rotulagem Ambiental Tipo I da Global
Ecolabelling Netwoek – GEN.
Os problemas de ordem ambiental tornaram-se regulares nas últimas décadas e com reflexos
significativos no setor produtivo. Entre eles, destacamos o esgotamento de recursos naturais, o
uso inadequado da água, da energia e do solo, o aumento das emissões de gases de efeito estufa
e a gestão inadequada de resíduos.
Nesse contexto, inúmeros requisitos ambientais são definidos e passam a constituir referências
para ações, objetivos e metas ambientais, também são incluídos em legislações, normas, padrões,
regulamentos e em políticas nacionais. As variáveis ambientais adquiriram, nos últimos tempos,
valor de mercado importante para bens e serviços ambientais no âmbito de uma economia
globalizada (FILHO, 2002).
O valor crescente de mercado para bens e serviços ambientais proporcionou uma maior
demanda por produtos sustentáveis no mercado internacional, que poderá incentivar as
empresas exportadoras nacionais, principalmente, a adotarem a Rotulagem Ambiental Tipo I
para comprovar que seus produtos são sustentáveis.
De acordo com GEN (2020), existem 26 países com programas de Rotulagem Ambiental Tipo I,
incluindo o Brasil, que já rotularam mais de 230.000 produtos e serviços, oriundos de mais de
13.000 empresas.
Na União Europeia, são cerca de 71.000 produtos/serviços com o rótulo EU Ecolabel, no âmbito
de 24 diferentes grupos de produtos e que movimentam negócios da ordem de 336 milhões de
euros (European Commission, 2020).
De acordo com Ministério do Meio Ambiente (2002), a rotulagem ambiental contribui para
o desenvolvimento de mercados verdes, que contemplam na sua concepção os aspectos
ambientais. Esse efeito mercadológico da criação de um nicho de mercado para produtos
rotulados é essencial para que as empresas decidam pela adoção da rotulagem ambiental.
Adicionalmente, pode desenvolver novos mercados que, de outra forma, poderiam não ser
percebidos pelos consumidores, pois geralmente são mercados mais sofisticados em relação à
tecnologia ambiental utilizada para diferenciá-los dos outros mercados e, dessa forma, poderiam
fugir da compreensão do consumidor comum.
Torna-se necessário o cumprimento de vários critérios de sustentabilidade que são exigidos por
esses países e levados em consideração pelos consumidores mais conscientizados. No âmbito
do Comércio Internacional, em mercados onde o nível de exigência do consumidor é maior, a
verificação do cumprimento desses critérios é feita por meio da Rotulagem Ambiental Tipo I de
terceira parte.
De acordo com Vieira (2019), os comitês negociadores do Mercosul e da União Europeia (UE)
concluíram, no segundo semestre de 2019, um acordo comercial envolvendo os dois blocos
econômicos. O foco principal das conversações foi a redução de tarifas de importação entre os
países europeus e sul-americanos.
Logo do Mercosul
Fonte: http://www.mercosul.gov.br/
A nova estrutura das tarifas pode contribuir para uma redução dos preços dos produtos
agropecuários e dos produtos industriais que foram incluídos no âmbito do acordo que vem
sendo negociado, pelos blocos, desde 1999.
De acordo com Itamaraty (2019), é importante ressaltar que juntos, a União Europeia e o
Mercosul, que é formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, somam um produto interno
bruto (PIB) de cerca de US$ 20 trilhões, que corresponde a 25% da economia mundial. O mercado
consumidor é formado por 780 milhões de pessoas.
O PIB do Brasil em 2019, por exemplo, foi de R$ 7,3 trilhões. O PIB mede
apenas os bens e serviços finais para evitar dupla contagem. Se um país
produz R$ 100 de trigo, R$ 200 de farinha de trigo e R$ 300 de pão, por
exemplo, seu PIB será de R$ 300, pois os valores da farinha e do trigo já
estão embutidos no valor do pão.
Os bens e serviços finais que compõem o PIB são medidos no preço em que
chegam ao consumidor. Dessa forma, levam em consideração também os
impostos sobre os produtos comercializados.
Conforme informado pelo Itamaraty (2019), o comércio entre os dois blocos, em 2018, atingiu
US$ 90 bilhões, com exportações brasileiras para o continente europeu, da ordem de US$ 42
bilhões. Em 2017, a União Europeia foi o maior investidor estrangeiro no Mercosul, com cerca de
US$ 433 bilhões. O PIB per capta dos europeus supera US$ 24 mil, enquanto o PIB do Mercosul
é da ordem de US$ 10,5 mil.
O texto definitivo do acordo comercial ainda não foi divulgado. Deverá ser revisado partes legais
e ser traduzido para cerca de 30 idiomas. Até o momento, são conhecidos os principais tópicos
do capítulo comercial, enquanto os capítulos político e de cooperação internacional estão em
fase final de negociações (VIEIRA, 2019).
De acordo com Itamaraty (2019, p. 1): “O Acordo de Associação entre Mercosul e União Europeia
inclui três pilares: diálogo político, cooperação e livre comércio”.
De acordo com European Commission (2020), na União Europeia existem 70.692 produtos/
serviços com o rótulo comunitário tipo I da União Europeia (EU Ecolabel), no âmbito de 24
diferentes grupos de produtos que incluem produtos de limpeza, produtos de papel, cosméticos,
alojamentos turísticos, tintas, eletrodomésticos e produtos têxteis, entre outros. Os países com
maior número de produtos/serviços com o rótulo europeu são a Espanha, a França, a Alemanha, a
Itália e a Suécia, que juntos perfazem 72% do total de produtos/serviços rotulados no continente.
Ainda conforme European Commission (2020), o mercado global de bens e de serviços ambientais
de baixo carbono, que precisa de certificação para ser acessado, deve gerar negócios, nos
próximos anos, da ordem de 4,2 trilhões de euros. A quota de mercado das empresas europeias
é de 21%, fato que viabiliza fatia de mercado significativa para empresas de outros continentes.
Na União Europeia, a maioria dos países tem seu próprio programa de Rotulagem Ambiental
Tipo I, além de participar do programa comunitário de Rotulagem Ambiental Tipo I denominado
Ecolabel Flower. No Mercosul, apenas o Brasil possui programas de rotulagem ambiental tipo
I (Beija-Flor/ABNT e Selo Ecológico Falcão Bauer). Os outros países do bloco possuem pouca
experiência com Rotulagem Ambiental Tipo I.
As empresas do Mercosul que optarem por rotular ou que já tenham seus produtos/ou serviços
já rotulados, poderão participar de um mercado promissor com oportunidades significativas de
expansão comercial e de conquista de novos mercados.
Conforme indicado pelo IBGE (2020), o PIB brasileiro, a preços correntes, em 2017, alcançou R$
6,6 trilhões (US$ 2,02 trilhões, referente à 2017). Levando-se em consideração a participação das
compras públicas no PIB, os valores variaram entre R$ 660 bilhões e R$ 990 bilhões (US$ 202,45
bilhões a US$ 303,68 bilhões, referente a 2017).
Por exemplo, o Peru, cujo PIB em 2017 foi da ordem de US$ 207 bilhões, da Finlândia (US$ 234,5
bilhões), do Chile (US$ 251,3 bilhões) e da Irlanda (US$ 294,19 bilhões). Os valores das compras
nacionais se igualaram aos PIBs da Dinamarca, que atingiu US$ 300 bilhões no mesmo ano e da
África do Sul com US$ 300 bilhões, entre outros países.
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Destaque,h
De acordo com Ministério do Meio Ambiente (2020):
Uma das alternativas sugeridas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior
e Serviços durante o desenvolvimento das atividades do Projeto SPPEL no Brasil, foi o uso da
Rotulagem Ambiental Tipo I como uma ferramenta alternativa de verificação da sustentabilidade
de produtos e de serviços no processo de compras públicas sustentáveis.
Utilizando tal critério, o órgão público, na condição de consumidor, contribuirá para que os
aspectos socioambientais mais significativos dos processos produtivos de produtos e de serviços
sejam considerados. Além disso, considerará também que os critérios sejam desenvolvidos em
conjunto com produtores, representantes governamentais e atores sociais relevantes.
Os critérios de sustentabilidade, que serão incluídos nos termos de referência das licitações
públicas, deverão representar aspectos do ciclo de vida dos produtos e dos serviços adquiridos e
serão verificados por meio de uma auditoria da certificadora responsável pela gestão do programa
de Rotulagem Ambiental Tipo I, ao qual os referidos critérios de sustentabilidade pertencem.
Assim, os critérios de sustentabilidade que representam pontos críticos dos processos produtivos,
como consumo de energia, consumo de água e emissões de gases de efeito estufa, poderão ser
verificados por meio de uma auditoria independente. O objetivo é assegurar a credibilidade e a
transparência do processo de licitação pública e um menor uso da autodeclaração do produtor/
fornecedor como instrumento de verificação.
Alguns países, inclusive o Brasil, impõem restrições quanto à exigência de rótulos ambientais em
licitações públicas, pois a exigência de rótulos nas licitações pode representar restrições a ampla
concorrência dos participantes.
Dessa forma, o produtor/fornecedor não precisa apresentar um produto rotulado e que preencheu
inúmeros requisitos de sustentabilidade, mas apenas uma declaração da certificadora que o
produto apresentado preencheu um ou mais critérios de sustentabilidade exigidos na licitação
pública e que compõem o grupo de requisitos que são exigidos pelo programa de Rotulagem
Ambiental Tipo I da certificadora.
• O produto poderá já ser certificado com um Rótulo Ambiental “X” e dessa forma
obedecer a todos os critérios de sustentabilidade do referido rótulo. Ou,
Na prática, como uma verificação independente pode ser custosa para fornecedores (assim como
pode acontecer para adquirir o Rótulo Ambiental Tipo I), estão sendo identificados programas
de financiamento para a certificação para as micro e pequenas empresas, sob a coordenação do
Ministério da Economia.
Ressalta-se que essa solução tem sido usada com sucesso por vários países como nos Estados
Unidos, Japão, Coréia do Sul, entre outros.
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governo para a promoção do desenvolvimento sustentável. 2ª ed., Editora FGV, Rio de Janeiro,
2008.
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