Datec 16 LP
Datec 16 LP
Datec 16 LP
DATec
Emissão 06/02/2013, e da Comissão Nacional de 03/04/2013,
abril de 2013 resolveu conceder ao “Sistema construtivo LP Brasil
OSB com fechamento em SmartSide Panel” o
Validade Documento de Avaliação Técnica Nº 016. Esta decisão é
restrita às condições de uso definidas para o produto
Nº 016
março de 2015
destinado à construção de casas térreas isoladas e às
condições expressas neste Documento de Avaliação
Técnica.
A durabilidade do sistema foi avaliada pela análise de detalhes construtivos especificados em projeto,
por ensaios de envelhecimento acelerado dos componentes metálicos e ensaios de degradação das
chapas de OSB. Consideraram-se também na análise os detalhes relativos à base da parede, que
visam evitar o contato dos perfis e das chapas delgadas com eventual umidade do piso, proveniente
de chuva ou de atividades de uso e lavagem. O sistema construtivo não se aplica a ambientes de
elevada agressividade ambiental, como atmosferas industriais e atmosferas ao mesmo tempo
marinhas e industriais;
O comportamento das chapas de OSB especiais tipo SmartSide Panel e as juntas entre essas chapas
devem ser objeto de monitoramento constante pelo Detentor da Tecnologia, informando
periodicamente a ITA e o SINAT sobre eventuais ocorrências e providências.
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O “Sistema construtivo LP Brasil OSB em Light Steel Frame e fechamento em SmartSide Panel”
destina-se à produção de unidades habitacionais unifamiliares térreas e isoladas. As paredes,
com função estrutural, são formadas por quadros de perfis leves de aço zincado. O fechamento da
face externa das paredes de fachada é realizado com chapas de OSB especiais tipo “SmartSide
Panel”, pintadas (Figura 2). O fechamento da face interna, e de ambas as faces das paredes
internas, é constituído por chapas de gesso para drywall. Nas regiões de reforços de paredes para
fixação de peças suspensas e de requadros de vãos de portas e janelas utilizam-se chapas de
OSB estrutural sem acabamento especial.
A cobertura é constituída de estrutura metálica em perfis leves de aço zincado, telhado em telhas
cerâmicas, subcobertura aluminizada e isolante térmico sobre o forro de chapas de gesso para
drywall.
Figura 1: Vista de unidade habitacional com Figura 2: Vista de unidade habitacional com
fechamento da face externa das paredes em chapas fechamento da face externa das paredes em
de OSB tipo SmartSide Panel posicionado na chapas de OSB tipo SmartSide Panel posicionado
horizontal na vertical
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A face interna das paredes é formada por chapas de gesso para drywall com dimensões nominais
de 1200mm de largura, 12,5mm de espessura e altura conforme projeto. As chapas de gesso são
posicionadas verticalmente e fixadas à estrutura metálica com parafusos cabeça trombeta, ponta
broca (ST 3,5mm x 35mm, com resistência à corrosão especificada de 500h em câmara de névoa
salina), distantes, aproximadamente, 300mm um do outro. Nas paredes de áreas molhadas e
molháveis são empregadas chapas de gesso tipo RU, resistentes à umidade. As juntas entre as
chapas de gesso são tratadas com massa e fita para drywall.
Resumindo, três tipos de chapas podem ser utilizadas na face interna das paredes:
chapa de OSB estrutural, com 11,1mm de espessura, nas faces das paredes onde serão
fixadas peças suspensas, sob a chapa de gesso;
chapa de gesso para drywall tipo standard (ST) com 12,5mm, aplicadas em faces de
paredes de áreas secas;
chapa de gesso resistente à umidade (RU) com 12,5mm, aplicadas nas faces das paredes
das áreas molhadas e molháveis.
A tabela 1 apresenta os tipos de chapas de fechamento, ambiente de aplicação e respectivo
acabamento.
Tabela 1: Chapas internas de fechamento e tipos de acabamentos
Tipos de fechamento Uso Acabamento da superfície
Chapas de gesso para drywall
Chapas de OSB estrutural
Interno em paredes com aplicadas sobre chapas de OSB
(comercialmente denominadas
peças suspensas estrutural; acabamento final da chapa
chapas de OSB Home)
de gesso com selador e pintura
A cobertura é executada em telhas cerâmicas, posicionadas sobre os perfis cartola fixados sobre
as tesouras metálicas da estrutura do telhado. Uma subcobertura aluminizada é inserida entre os
perfis cartola e o banzo superior das tesouras, com a face aluminizada voltada para baixo. O forro
das áreas internas é executado em chapas de gesso tipo ST, com 12,5mm de espessura. Estas
chapas são apoiadas em perfis de aço galvanizado, espaçados a cada, no máximo, 600mm em
áreas secas e 400mm em áreas de cozinha, áreas de serviço e banheiros. Os perfis são
sustentados por pendurais fixados aos perfis de aço da estrutura da cobertura. Sobre o forro é
posicionada manta de lã de rocha ou lã de vidro, com condutividade térmica da ordem de
0,04 W/m.K e espessura de 50mm ou 100mm. O beiral tem no mínimo 600mm de largura, em
projeção horizontal, sendo que para a zona bioclimática Z8 esta projeção é de 1000mm.
A avaliação técnica não contemplou elementos e componentes convencionais, como fundações,
instalações elétricas e hidráulicas, esquadrias, chapas de gesso para drywall, dentre outros,
exceto as interfaces entre elementos inovadores e convencionais, como a ligação entre painéis-
parede, painéis-cobertura e painéis-fundação. Estes elementos e componentes convencionais
devem ser projetados e executados conforme as respectivas normas técnicas brasileiras, inclusive
as chapas de gesso para drywall.
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do Manual de Operação, Uso e Manutenção (Manual do Proprietário), preparado pela Construtora
responsável pela obra, tomando por base as Diretrizes para a Elaboração do Manual do Usuário
do Sistema LP, fornecido pela detentora da tecnologia. O uso do sistema construtivo está limitado
às zonas bioclimáticas em que o sistema foi avaliado e apresentou resultados satisfatórios, nas
condições especificadas de cor, ventilação dos ambientes e sombreamento das janelas. O
sistema também não é aplicável às atmosferas muito agressivas, como aquelas industriais e ao
mesmo tempo marinhas e industriais, conforme Diretriz SINAT Nº 003 – revisão 1.
O sistema LP Brasil OSB com fechamento em SmartSide Panel destina-se somente a construção
de unidades habitacionais térreas e isoladas.
c) Estrutura para apoio de reservatórios de água: A laje de apoio da caixa d’água e do boiler,
se previsto em projeto, é formada por uma estrutura constituída por montantes, espaçados no
máximo a cada 600mm. Transversalmente, sobre estes perfis, são fixadas chapas de OSB
estrutural (painéis LP OSB HOME) de 18,3mm de espessura;
e) Vergas e perfis de reforços das aberturas das paredes: Sobre os vãos de portas e janelas,
emprega-se reforço das guias superiores através da fixação de perfis “L” com seção de 40mm
x 25mm, com 0,8mm de espessura e comprimento igual ao vão. Os montantes que recebem a
fixação dos batentes da porta têm cada um, três reforços de madeira tratada em autoclave de
85mm x 75mm x 42mm fixados no perfil metálico com quatro parafusos em cada reforço
(parafuso ponta agulha, cabeça chata com 28mm de comprimento), nas alturas de 150mm,
1050mm e 1950mm, medidas a partir da base do painel. Opcionalmente poderão ser adotados
reforços em perfis de aço;
f) Juntas entre chapas de OSB tipo SmartSide Panel: As chapas especiais com acabamento
incorporado possuem bordas com encaixes de sobreposição. Na região das juntas, as chapas
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adjacentes são sobrepostas e as juntas entre essas chapas são preenchidas com selante
acrílico. Nas regiões de canto de paredes e de bordas de vãos de portas e janelas, as juntas a
esquadro (90°) recebem peças complementares de acabamento, tipo guarnições, fixadas aos
perfis com parafusos (Figuras 3 e 4);
selante acrílico
selante acrílico
parafuso parafuso
cordão
de poletileno
barreira impermeável
Figura 3: Esquema da junta entre chapas de Figura 4: Esquema da junta a esquadro (90º) entre
OSB SmartSide Panel chapas SmartSide Panel
h) Interface entre paredes internas e pisos de áreas secas: A base dos quadros estruturais,
em áreas secas, é protegida por manta asfáltica de 3mm de espessura, a qual prolonga-se
pelas faces laterais dos quadros até a altura de 200mm, tanto na face interna quanto externa.
Ainda entre o piso e a manta asfáltica insere-se um “componente nivelador” composto de
adesivo asfáltico, em toda a extensão da parede, com a função de regularizar a base para
apoio da guia inferior do quadro estrutural e vedar frestas. As bordas inferiores das chapas de
gesso aplicadas na face das paredes que delimitam as áreas secas são posicionadas
afastadas pelo menos 10mm do nível do piso interno acabado. Esta fresta é preenchida por
um cordão de espuma de polietileno. Aplica-se um rodapé de material cerâmico em todo o
perímetro da parede, com 70mm de altura, empregando-se argamassa colante tipo ACII;
i) Interface entre as bases dos quadros estruturais da parede e o piso de áreas de serviço,
cozinha e banheiro: A base dos quadros estruturais, seja em área molhável ou molhada, é
protegida por manta asfáltica de 3mm de espessura, a qual prolonga-se pelas faces laterais
dos quadros até a altura de 200mm, tanto na face interna quanto externa. Ainda entre o piso e
a manta asfáltica insere-se um “componente nivelador” composto de adesivo asfáltico, em
toda a extensão da parede, com a função de regularizar a base para apoio da guia inferior do
quadro estrutural e vedar frestas. As guias inferiores dos quadros estruturais são fixadas à
fundação através de chumbadores Wedge Bolt com diâmetro de 6,35mm e 57,15mm de
comprimento e resistência à corrosão especificada de 240h em câmara de névoa salina. O
tipo de chumbador e seu espaçamento é definido considerando-se o cálculo estrutural. As
bordas inferiores das chapas de gesso RU aplicadas na face interna das paredes que
delimitam áreas molháveis ou molhadas são posicionadas afastadas ao menos 10mm do nível
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do piso interno acabado. Essa fresta é preenchida por um cordão de espuma de polietileno.
Ainda na base da parede da cozinha e banheiro aplica-se impermeabilização com argamassa
polimérica ou asfalto modificado com polímero, com a introdução de uma tela de poliéster, até
uma altura de 400mm a partir do nível do piso e uma largura de 200mm no piso. Nas paredes
do box, a impermeabilização com asfalto modificado com polímeros é realizada em toda a
altura da parede, sendo as superfícies das paredes e do piso revestidas com placas
cerâmicas (Interface ilustrada na Figura 5);
k) Interface das paredes com as esquadrias externas: O requadro dos vãos é feito por tiras
de chapas de OSB estrutural e barreiras impermeáveis, visando reforço da região e evitar
contato direto das esquadrias com os perfis dos quadros estruturais da parede. O
acabamento dos cantos da face externa das paredes é feito com peças complementares de
acabamento, tipo guarnições, feitas com tiras de chapas SmartSide Panel. Os arremates da
barreira impermeável na região dos vãos são feitos/executados com fita asfáltica adesiva. As
esquadrias são fixadas aos perfis dos quadros estruturais das paredes com parafusos e são
vedadas nos encontros com os perfis com espuma de poliuretano aplicada em todo o
perímetro. Aplica-se também selante acrílico nas interfaces entre a esquadria e as chapas da
face externa, e nas interfaces entre esquadria, guarnições e chapas de gesso para drywall
(Figuras 6 e 7);
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Figura 6: Esquema da interface perfis do quadro Figura 7: Arremates da barreira impermeável na
estrutural e janela – SmartSide Panel região de vão de porta realizado com fita asfáltica
adesiva
l) Interface com tubulações: As tubulações hidráulicas podem ser de PVC, PEX, PPR ou
cobre. As tubulações de cobre são protegidas por luvas, evitando-se contato com os perfis
metálicos. Não se recomenda tubulações de gás passando pelo interior das paredes
vazadas. Quando ocorrer, a tubulação de gás é inserida em uma tubulação de PVC, de
50mm de diâmetro, e o espaço entre estas preenchido com argamassa;
m) Reforço das paredes para fixação de peças suspensas: Nas paredes com previsão de
fixações de armários e pias são empregadas chapas de OSB estrutural de 11,1mm de
espessura na face interna das paredes, sob as chapas de gesso.
b) Montagem dos quadros estruturais das paredes, com os perfis de aço zincado e da
estrutura da cobertura;
f) Fixação das chapas de OSB SmartSide Panel ao quadro estrutural sobre a barreira
impermeável.
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Figura 8: Execução do elemento de fundação – Figura 9: Posicionamento dos quadros
diferença de cota entre calçada e piso interno estruturais das paredes nos locais definitivos
Figura 10: Pingadeira inserida na base das paredes Figura 11: Posicionamento e fixação do
antes da fixação das chapas SmartSide Panel SmartSide sobre barreira impermeável
4. Avaliação técnica
A avaliação técnica foi conduzida conforme a Diretriz SINAT 003 – revisão 1, a partir da análise de
projetos, ensaios laboratoriais, verificações analíticas do comportamento estrutural, vistorias em
obras e demais avaliações que constam dos Relatórios Técnicos e de ensaios citados no item 6.2.
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4.1. Desempenho estrutural
A avaliação do desempenho estrutural do sistema construtivo foi feita pela análise do projeto
estrutural e pela análise dos resultados de ensaios de verificação da resistência da parede aos
esforços de compressão excêntrica, aos impactos de corpo mole, impactos de corpo duro,
solicitação de peças suspensas e solicitações transmitidas por portas.
Para cada projeto de unidade habitacional e para cada implantação deve ser elaborado um projeto
estrutural específico com todas as análises necessárias. A análise do projeto estrutural mostra
que as ligações aparafusadas entre perfis dos quadros estruturais e a fixação das chapas OSB a
esses quadros são essenciais para a garantia da resistência e estabilidade global da estrutura,
pois as chapas de OSB são projetadas para serem elementos de contraventamento da estrutura.
Utilizando-se dos resultados dos ensaios de compressão excêntrica e considerando a carga
atuante de P = 6,0 kN/m, informada pela LP Brasil para o projeto estrutural de casas térreas, e
considerando a equação da resistência última (Rud) apresentada na NBR 15.575-2:2012,
determina-se para compressão excêntrica Rud = 16,2 kN/m e, aplicando-se um coeficiente de
majoração de 1,4, tem-se que: Pmax Rud.. Assim, os painéis de parede estruturais ensaiados
atendem à solicitação de cargas verticais para o estado limite último.
Os resultados dos ensaios de verificação da resistência das paredes a impactos de corpo mole,
considerando as energias de 180J a 720J aplicados nos montantes e de 120J a 360J nas chapas
de fechamento entre montantes, são considerados satisfatórios, segundo os critérios
estabelecidos na Diretriz SINAT Nº 003 – revisão 01.
Foram feitos ensaios de impacto de corpo duro, cujos resultados indicaram comportamento
satisfatório para energias de impacto de 3,75J e 20J aplicadas nas faces externas das paredes
(chapas de OSB SmartSide Panel) e de 2,5J e 10J aplicadas nas faces internas (chapas de gesso
para drywall). Portanto, consideram-se atendidos os critérios da Diretriz SINAT Nº 003 – revisão
01 quanto à resistência a impactos de corpo duro.
Os resultados do ensaio para verificação da resistência das paredes à solicitação de peças
suspensas, aplicados sobre a face interna da parede, com reforços em chapas de OSB estrutural
são satisfatórios para carga de uso limitada a 0,4kN por peça suspensa tipo mão francesa padrão,
no caso de fixação com parafuso para madeira (3,5mm x 35mm), ou a 0,65kN, no caso de fixação
com sistema “toglerbolt 1/4 - 20”. Para paredes sem reforços, a resistência das paredes à
solicitação de peças suspensas é satisfatória para carga de uso limitada a 0,20kN por peça
suspensa tipo mão francesa fixada com dois parafusos Toggler Bolt ¼, ou 0,10kN por ponto de
fixação.
Os resultados dos ensaios de verificação da resistência das paredes a solicitações transmitidas
por portas mostraram que são atendidos os critérios da Diretriz SINAT Nº 003 – revisão 1.
Foram feitas análises de projeto para avaliar os aspectos que influenciam a estanqueidade à água
do sistema construtivo de fontes de umidade externas e internas à edificação.
Para verificação da estanqueidade à água das paredes externas foi realizado ensaio em parede
com fechamento em SmartSide Panel. O ensaio foi feito com a pressão estática de 50 Pa e não
foram observadas infiltrações, formação de gotas de água aderentes na face interna, nem
manchas de umidade ou vazamentos, o que atende aos critérios exigidos pela Diretriz SINAT Nº
003 – revisão 1. A estanqueidade à agua da interface entre paredes e esquadrias externas é dada
pela aplicação dos detalhes construtivos especificados pela detentora da tecnologia. As
esquadrias externas são fixadas aos montantes das paredes e aos requadros com parafusos e as
juntas vedadas com espuma de poliuretano. As juntas entre perfis das esquadrias e peças de
acabamento da face externa da parede são vedadas com selante acrílico. Além disso, estas
esquadrias devem atender as normas brasileiras em vigor.
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São previstos detalhes construtivos visando atendimento do sistema construtivo aos requisitos de
estanqueidade à água de chuva e de uso e lavagem:
manta asfáltica sob as guias da base dos quadros de parede que se prolonga pelas faces
laterais desses quadros até a altura de 200 mm, tanto na face interna quanto externa;
afastamento de 150mm entre a borda inferior da chapa OSB SmartSide Panel e o piso
acabado da calçada; e
afastamento de pelo menos 10mm entre as bordas inferiores das chapas de gesso RU e o
piso interno acabado.
Nas áreas molhadas (área de serviço e banheiro) prevê-se desnível de 20mm entre a base dos
quadros estruturais e o nível do piso acabado. Entre a base dos quadros estruturais e o nível do
piso acabado do box o desnível é de 40 mm. Prevê-se ainda impermeabilização nas bases das
paredes e pisos de áreas molhadas e molháveis.
Portanto, os resultados dos ensaios, das análises de projeto e das visitas em obra, indicam que o
sistema construtivo atende aos requisitos de estanqueidade à água, conforme a Diretriz SINAT Nº
003 – revisão1.
Foram feitas simulações computacionais para avaliar o desempenho térmico de casas térreas,
isoladas, que empregam o sistema construtivo objeto deste DATec. As simulações consideraram
as zonas climáticas brasileiras Z1, Z3 e Z8, constantes da NBR 15.220:2005.
O sistema LP Brasil, com fechamento em SmartSide Panel, atende ao desempenho térmico
“Mínimo” para edificações térreas nas zonas bioclimáticas Z1, Z3 e Z8, considerando:
paredes de fachada com acabamento em cores claras (absortância à radiação solar igual a
0,3);
sombreamento das janelas e ventilação dos ambientes com taxa de 5 Ren/h (cinco
renovações do volume de ar do ambiente por hora), simultaneamente, conforme resumido
na Tabela 2.
Tabela 2: Síntese da avaliação do desempenho térmico
Conclui-se que, adotando-se esquadrias externas com isolação sonora adequada, o desempenho
acústico do sistema construtivo avaliado atende à Diretriz SINAT 003 – revisão 01.
Os detalhes construtivos previstos em projeto visam minimizar o contato da água e umidade com
os perfis e chapas OSB.
Foi realizado ensaio para determinação da resistência da parede à ação de calor e choque
térmico de trecho de parede com fechamento de chapa OSB “SmartSide”. Os ensaios foram
realizados em painéis de 2,40m de largura e 2,70m de altura, conforme Diretriz SINAT Nº 003 –
revisão 01. Após a execução de dez ciclos sucessivos de exposição ao calor e resfriamento por
meio de jato de água não foram verificadas ocorrências de falhas como fissuras, destacamentos,
empolamentos e outros danos, nem deslocamentos horizontais instantâneos superiores a h/300,
sendo atendidas as exigências da Diretriz SINAT Nº 003 – revisão 01 quanto ao requisito de
resistência à ação de calor e choque térmico.
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O Manual de Uso e Manutenção do Sistema Construtivo LP, elaborado pelo detentor da
tecnologia, contempla os períodos de vida útil de projeto, VUP, conforme Diretriz SINAT Nº 003 –
revisão 1, também sendo especificados os cuidados para a utilização e manutenção do sistema
construtivo, incluindo recomendação de inspeções periódicas, formas de execução de reparos e
processos de limpeza. Para cada empreendimento será elaborado um Manual de Uso e
Manutenção pela Construtora responsável, seguindo as orientações da Proponente da
Tecnologia, o qual será entregue ao usuário.
5. Controle da qualidade
Foram feitas auditorias na fábrica da LP Brasil e em obra executada com o sistema da detentora
da tecnologia para verificar se o controle da qualidade do processo de produção estava sendo
aplicado. Na auditoria inicial realizada pelo IPT, os aspectos de controle descritos a seguir foram
verificados. Tais aspectos devem ser continuamente controlados pelo proponente da tecnologia.
O detentor da tecnologia desenvolveu documentação para orientar a implementação do controle
da qualidade do processo de produção do sistema construtivo. Essa documentação orientativa foi
utilizada pela construtora na obra auditada.
Essa documentação é formada por diretrizes para desenvolvimento de detalhes construtivos do
sistema, critérios de aceitação de materiais e componentes, procedimento de execução e seus
respectivos critérios para aceitação e diretrizes para elaboração de manual de uso e manutenção
de habitações construídas com o sistema construtivo LP Brasil.
Foram definidos, portanto, critérios de aceitação dos principais materiais e componentes do
sistema (perfis metálicos, parafusos e chumbadores, chapas OSB, barreiras impermeáveis e
selantes para tratamento de juntas), bem como frequência e amostragem para os ensaios de
controle. Para os perfis metálicos a recomendação é o controle das dimensões em obra e o
controle do revestimento de zinco. Este último requisito é verificado a cada lote entregue em obra
por certificado de conformidade do fornecedor de bobina e por verificação de terceira parte, com
rastreamento. Para os parafusos e chumbadores, os requisitos de resistência à corrosão são
comprovados por certificado de conformidade do fornecedor que acompanha cada lote e por
relatório de ensaio realizado em laboratório de terceira parte. Para as chapas OSB a comprovação
dos requisitos de resistência à flexão, teor de umidade e inchamento é feita por meio de ensaios
de controle da produção realizados pelo fabricante, bem como por controles realizados pela APA,
American Plywood Association, entidade certificadora das chapas OSB, além de ensaios
periódicos de verificação realizados por laboratório de terceira parte.
Durante o período de validade deste DATec serão realizadas auditorias técnicas a cada, no
mínimo, 6 (seis) meses para verificação dos controles realizados pela construtora com
acompanhamento do detentor da tecnologia. Para renovação deste DATec serão apresentados os
relatórios de auditorias técnicas (incluindo verificação de unidades em execução e verificação do
12
comportamento de unidades em uso), considerando amostras representativas da produção de
unidades habitacionais no país.
6. Fontes de informação
As principais fontes de informação são os documentos técnicos da empresa e os Relatórios
Técnicos emitidos pelo IPT.
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Relatório Técnico IPT n° 115 024-205: Determinação da resistência ao desenvolvimento de
fungos emboloradores (dezembro de 2009);
Relatório de ensaio IPT n° 1 004 140-203: Determinação da massa por unidade de área do
revestimento de zinco (novembro de 2009);
Relatório de ensaio IPT n° 1 004 139-203: Ensaio acelerado de corrosão por exposição a
névoa salina (novembro de 2009);
Relatório de ensaio IPT n° 1 003 843-203: Determinação das características físicas das
chapas de gesso para drywall (novembro de 2009);
Relatório de ensaio IPT n° 1 001 976-203: Verificação da resistência do sistema de vedação
vertical a impactos de corpo mole – face interna – chapas de gesso para drywall na vertical
(outubro de 2009);
Relatório de ensaio IPT n° 1 001 974-203: Determinação da resistência de sistemas de
vedações verticais às solicitações de peças suspensas (outubro de 2009);
Relatório de ensaio IPT n° 1 001 969-203: Verificação da estanqueidade à água de sistema de
vedação vertical externa (outubro de 2009);
Relatório de ensaio IPT n° 1 001 967-203: Verificação do comportamento de sistema de
vedação vertical externo exposto à ação do calor e choque térmico (outubro de 2009)
Relatório de ensaio IPT n° 1 000 222-203: Medição da isolação sonora da parede de fachada
(setembro de 2009);
Relatório de ensaio IPT n° 1 001 964-203: Verificação do comportamento de sistema de
vedações sob efeito de ações transmitidas por portas e da resistência a impactos de corpo
mole e duro – face externa (outubro de 2009);
Relatório Técnico IPT n° 113 958-205: Ensaios mecânicos em chapas de OSB “Home”
(outubro de 2009);
Relatório Técnico IPT n° 113 579-205: Ensaios mecânicos em chapas de OSB “SmartSide”
(outubro de 2009).
14
a) manter o produto “sistema construtivo LP Brasil OSB em Light Steel Frame e fechamento
em chapas de OSB tipo SmartSide Panel ”, seus componentes e o processo de produção
alvo deste DATec no mínimo nas condições gerais de qualidade em que foram avaliados
neste DATec, elaborando projetos específicos para cada empreendimento;
b) produzir o produto de acordo com as especificações, normas técnicas e regulamentos
aplicáveis;
c) manter a capacitação da equipe de colaboradores envolvida no processo;
d) manter assistência técnica, por meio de serviço de atendimento ao cliente/construtora e ao
usuário final.
O produto deve ser utilizado e? mantido de acordo com as instruções do produtor e
recomendações deste Documento de Avaliação Técnica.
O SINAT e a Instituição Técnica Avaliadora, no caso o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do
Estado de São Paulo, IPT, não assumem qualquer responsabilidade sobre perda ou dano
advindos do resultado direto ou indireto deste produto.
__________________________________________________________
Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat – PBQP-H
Sistema Nacional de Avaliações Técnicas – SINAT
Brasília, DF, 03 de abril de 2013
15