Tratamentos Térmicos

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Tratamentos Térmicos

Apresentação

1. OBJETIVO

Neste experimento, você irá adquirir conhecimento sobre alguns tipos de tratamentos térmicos
aplicados aos metais e ligas e a influência deles nas propriedades desses materiais.

Ao final deste experimento, você deverá ser capaz de:

• listar os procedimentos necessários para realização dos tratamentos térmicos de


recozimento, normalização, têmpera e revenimento;

• entender quais fatores são relevantes para um tratamento térmico;

• relacionar esses fatores com a microestrutura e com as propriedades finais do material;

• selecionar os tratamentos térmicos adequados para uma determinada aplicação;

• identificar a qual(is) tratamento(s) térmico(s) um aço foi submetido, observando suas


propriedades, microestrutura e fases.

2. ONDE UTILIZAR ESSES CONCEITOS?

Os metais estão presentes de forma ampla na civilização humana, como em utensílios de


cozinha, equipamentos industriais, equipamentos bélicos, construção civil e entre outros setores
da sociedade. Cada aplicação se diferencia de diversas formas, seja nas solicitações mecânicas
(tração, compressão, torção, flexão e suas combinações), na temperatura de trabalho ou no nível
de corrosividade do ambiente.

Para suprir essas diferentes necessidades, alguns metais precisam de tratamentos térmicos, pois
suas propriedades precisam ser bem definidas. Por exemplo, a dureza, a resiliência e a
resistência a impacto de um aço utilizado em um martelo devem ser muito elevadas para que ele
não falhe ao colidir com outros materiais. Já a chaparia de um carro precisa de alta tenacidade
para que seja capaz de absorver a energia proveniente de uma colisão e, assim, proteger de
forma mais eficaz o condutor e os passageiros do veículo.

3. O EXPERIMENTO

O experimento consiste em aplicar um tratamento térmico a um corpo de prova e comparar as


propriedades de dureza, resistência a tração e micrografia mensuradas após a execução do
ensaio com os respectivos valores originais. Serão realizados os tratamentos térmicos de
recozimento, normalização, têmpera e revenimento.

4. SEGURANÇA

O experimento foi concebido para não trazer riscos físicos. Porém, como esta prática envolve
corpos de prova quentes e uso de forno, deve-se utilizar avental de raspa, luvas de raspa (cano
longo), óculos escuro de proteção e estar calçado com botas.

5. CENÁRIO

Você irá encontrar sobre a bancada corpos de prova de aço 1045, um forno elétrico, placas de
cerâmica para apoiar os corpos de prova que saem do forno, um tenaz, que é um tipo alicate
apropriado para manipular o corpo de prova quente à distância, além de um recipiente metálico
com água e um com salmoura.

Bons estudos.
Sumário teórico

TRATAMENTOS TÉRMICOS

1. INTRODUÇÃO

O tratamento térmico é um conjunto de procedimentos metalúrgicos realizados com metais a fim


de alterar suas propriedades mecânicas. As três etapas desse processo consistem em: aquecer o
corpo a uma temperatura específica que varia conforme o tipo de tratamento; expor o material à
temperatura selecionada por um período determinado, conhecido como tempo de encharque; e
resfriar a peça a uma taxa adequada à formação da microestrutura planejada. Esses
procedimentos precisam ser corretamente controlados, pois interferem nas propriedades
mecânicas finais do material. Além disso, é fundamental conhecer a composição e espessura do
corpo com intuito de delimitar quais tipos de tratamentos são aplicáveis e quais os parâmetros
apropriados para a execução do ensaio.

O tratamento térmico proporciona mudanças em diversas características de um material metálico,


entre as quais estão inclusas: dureza, resistência mecânica, ductilidade, usinabilidade, resistência
ao desgaste, resistência à corrosão, resistência ao calor, propriedades elétricas e magnéticas e
tensões internas, que podem ser oriundas de esforços mecânicos externos ou aquecimento
heterogêneo. Alcançar a melhoria de algumas propriedades de um material metálico significa,
frequentemente, renunciar a outras. Por exemplo, por vezes, melhorar a ductilidade de um
material ocasiona a diminuição de sua resistência a tração.

Dentre os materiais usados para tratamentos térmicos, o aço é muito utilizado graças às
propriedades alcançadas com ele. O aço é uma liga de ferro com carbono que possui um
percentual de massa de carbono, definido, entre 0,008% e 2,11%, além de impurezas. Onde
0,008% é a quantidade de carbono máxima solubilizada no ferro a temperatura ambiente, por sua
vez, 2,11% é a quantidade máxima de carbono solubilizada no ferro a 1148 °C, o que pode ser
constatado no diagrama de fases do aço.

Nessa faixa de teor de carbono, existem três classificações: os aços hipoeutetóides (percentual
de carbono abaixo de 0,77%), os aços eutetóides (0,77% de carbono), aços hipereutetóides
(percentual de carbono entre 0,77% e 2,11%).
O carbono dissolvido no ferro altera as transformações alotrópicas, mantendo a matriz, do ferro
puro (alfa, delta, gama), que variam de acordo com a temperatura do ferro puro. O ferro aquecido
até aproximadamente 910 °C, é constituído de uma matriz chamada de Ferrita ou Ferro Alfa, cuja
estrutura é mole e dúctil, com célula unitária cúbica de corpo centrado (CCC). Essa matriz
dissolve o carbono nos contornos de grãos. Com a temperatura entre 910 °C e 1400 °C,
aproximadamente, obtém-se o Ferro Gama ou Austenita, com célula unitária cúbica de face
centrada (CFC). Essa matriz dissolve o carbono nos interstícios, com capacidade de dissolver
mais carbono que a Ferrita. Por fim, entre 1400 °C e 1500 °C, aproximadamente, tem-se o Ferro
Delta, de célula cúbica de corpo centrado (CCC). Acima dessa temperatura, há apenas ferro
líquido.

No diagrama do ferro carbono há um ponto relevante, denominado de eutetóide. Esse ponto se


destaca porque nele existe um equilíbrio entre as fases austenita, ferrita e cementita. A reação
eutetóide ocorre a uma temperatura imediatamente inferior a 727 °C, chamada de temperatura
crítica, durante o resfriamento de aços eutéticos, cujo teor de carbono é igual a 0,77%. Esse
processo se distingue pela conversão da microestrutura, constituída completamente de austenita,
em uma microestrutura composta apenas por perlita, diferentemente do que ocorre nos aços hipo
e hipereutéticos.

A dureza e a resistência mecânica de um material são resultados de sua microestrutura e dos


defeitos presentes nela. Há dois defeitos que interferem de maneira mais significativa nessas
propriedades: as discordâncias, que são classificadas como defeito linear; e os contornos de
grãos, classificados como um tipo de defeito superficial. As discordâncias são defeitos causados
pelo desalinhamento dos átomos do cristal resultando em uma distorção no arranjo cristalino.
Quanto mais discordâncias houver em um material, mais duro ele será e mais energia será
preciso para deformá- lo. As discordâncias podem aumentar em um corpo por meio de trabalho a
frio.

Os contornos de grãos são imperfeições interfaciais entre os arranjos dos grãos que provocam
distorções dentro do arranjo cristalino. Assim, os contornos de grãos possuem maior energia
interna que os próprios grãos. A quantidade de contornos de grãos aumenta quanto menores
forem os grãos. Em uma compressão ou tração de um material metálico, os contornos de grãos
dificultam a propagação das discordâncias. Portanto, diminuir os tamanhos dos grãos, possível
por tratamento térmico, aumenta a resistência à tração e à compressão.

2. UM POUCO DE HISTÓRIA

A metalurgia tem origem na Idade dos Metais, iniciada pela Era do Bronze. Nesse período, as
civilizações começaram a notar que, através do aquecimento e resfriamento adequado, era
possível moldar os metais, garantindo maiores propriedades mecânicas em alguns casos. A
princípio, o bronze foi usado semelhantemente à argila, para artefatos decorativos e utensílios de
cozinhas e templos. Ao passo que avançaram as habilidades de fabricação, surgiram artefatos de
uso bélico, usados para caça e guerras. Com o avanço dos conhecimentos de materiais e da
metalurgia, iniciou-se a

Idade do Ferro. O ferro, extraído de minérios ou fragmentos de meteoritos presentes no solo,


trouxe um grande avanço na confecção de artefatos, uma vez que ele possui melhor resistência
mecânica e dureza em comparação ao bronze, que é mais mole. Posteriormente, foi observado
que o nível de impurezas, a temperatura de aquecimento, a duração do aquecimento e até
mesmo a forma como era resfriado influenciava nas propriedades do material. A partir de então,
começava a Idade do Aço. O avanço continua até hoje com o aperfeiçoamento das técnicas de
tratamento térmico para a produção dos mais diversos componentes e objetos.

3. TIPOS DE TRATAMENTO

Dentre os tipos de tratamento térmico frequentemente utilizados na indústria, serão estudados


nesse laboratório os seguintes: recozimento, normalização, têmpera e revenimento.

3.1 Recozimento

Dos quatro, é o tratamento com o resfriamento mais lento, com uma taxa de resfriamento
controlada, como a que obtemos dentro do próprio forno. Esse processo lento permite a difusão
do carbono e, assim, a estrutura resultante é estável. Para este processo, quanto maior o teor de
carbono, menor deve ser a taxa de resfriamento, de forma a evitar trincas ou empenamentos do
material. Ao final deste procedimento o produto é um aço mais dúctil e mole, alívio de tensões
residuais, decorrentes, por exemplo, de trabalho a frio, melhor usinabilidade e gases internos
liberados.

Há três tipos de recozimento: o subcrítico, o intermediário e o completo.

I) Recozimento subcrítico

Também conhecido como recozimento para alívio de tensões ou recuperação. O corpo é


aquecido a uma temperatura aproximada de 700 °C, inferior à temperatura crítica. Esse processo
é comumente utilizado para aliviar as tensões residuais geradas pelo trabalho a frio. Nesse
tratamento, as discordâncias são reorganizadas, tornando o aço mais resistente mecanicamente,
com condutividade elétrica restaurada e melhora na resistência a corrosão.

II) Recozimento intermediário

Nesse tipo de recozimento, o aço é aquecido a uma temperatura que ultrapassa a crítica e
resfriado logo em seguida sem tempo de encharque. Há alívio de tensões residuais e eliminação
da maioria das discordâncias, o que resulta em um material mais dúctil, ou seja, com menor
resistência a tração. Durante esse tratamento há formação de austenita.

III) Recozimento completo ou pleno

Nesse tratamento, o aço é aquecido a uma temperatura superior à crítica, na qual permanece por
tempo suficiente para que toda a microestrutura do aço se torne austenita. Em seguida, o
resfriamento ocorre de forma controlada. O tempo dentro do forno permite o crescimento dos
grãos, tornando, ao final, o aço ainda mais dúctil. Este será o tipo de recozimento executado na
prática desse laboratório.

Como mencionado anteriormente, no caso dos aços eutetóides, o recozimento irá produzir uma
microestrutura composta apenas de perlita, que é uma estrutura intermediária a ferrita e
cementita. Para aços hipo e hipereutetóides, haverá a formação de uma matriz, respectivamente,
de ferrita e de cementita, ambas com perlita grossa. A perlita é grossa devido ao resfriamento
lento permitir o crescimento dos grãos.

Aplicação

Para aços de baixo e médio teor de carbono, o recozimento é útil para preparar o material a
processos de usinagem. O recozimento pleno deixa o aço com uma estrutura mole, facilitando a
usinagem.

3.2 Normalização
A normalização visa refinar os grãos grosseiros da estrutura, presentes, por exemplo, em aços
laminados ou forjados e, assim, uniformizar a granulação. Por conta disso, a normalização é
usual como pré-têmpera, uma vez que um material com uma microestrutura uniforme é menos
propenso a sofrer trincas ou empenamentos.

O procedimento da normalização é similar ao do recozimento completo, com a diferença de que o


resfriamento ocorre pela exposição ao ar. Essa etapa é mais rápida com o objetivo de refinar os
grãos do aço. Devido ao número de contornos de grãos de um aço normalizado ser maior que de
um recozido, a dureza e a resistência a tração do primeiro são maiores, porém, ainda não atinge
os valores dessas propriedades do material sem tratamento. Isso ocorre porque o refinamento
dos grãos diminui a quantidade de distorções que existe na estrutura.

A microestrutura resultante desse tratamento térmico é similar à do recozimento com a diferença


de que a perlita formada nos aços hipo e hipereutetóides é fina ao invés de grossa. Em alguns
casos pode surgir ferrita, perlita e bainita. A perlita é fina porque o resfriamento, mais rápido que
no recozimento, não permite o crescimento de grãos.

Aplicação

O uso da normalização é frequente após uma laminação ou forjamento (processos de


conformação mecânica), a fim de refinar os grãos e preparar a peça para uma têmpera ou para
seguir com conformações mecânicas. Este tratamento térmico também confere ao aço melhor
usinabilidade.

3.3 Têmpera

O processo de aquecimento e o tempo de encharque da têmpera são similares aos dos


tratamentos anteriores. A diferença está, mais uma vez, no processo de resfriamento. Nessa
etapa, o objeto deve ser imerso em água, salmoura, óleo ou submetendo a jatos de ar a fim de
provocar um decaimento extremamente rápido da temperatura. Isso resulta em grãos muito
pequenos, que eleva a dureza e resistência a solicitações mecânicas, porém deixa o material
frágil a impactos. A têmpera é frequentemente aplicada a aços com um percentual de carbono
maior ou igual a 0,4%, ou seja, com alto teor de carbono. Para diminuir a fragilidade do material é
comum se aplicar em seguida o revenimento.

A microestrutura resultante da têmpera é a martensita, formada devido à alta taxa de


resfriamento. Esse resfriamento evita que ocorra a difusão do carbono no aço, o que causa o
aparecimento de uma fase metaestável com excesso de carbono na estrutura cristalina. Nesse
estado, o excesso de carbono provoca distorções da estrutura, o que eleva as tensões internas.
Assim, quanto mais rápido for o resfriamento, maior será o teor de martensita e,
consequentemente, mais elevada será a dureza.

Aplicação

A têmpera é aplicada para peças que precisam de elevada dureza e prolongada vida útil, já que
seu desgaste é minimizado. É muito executado em conjunto ao revenimento, em dentes de
engrenagem, amortecedor de carro, engates do trem, brocas e outras peças.

3.4 Revenimento

O revenimento é um complemento à têmpera. É feito um aquecimento que deverá ocorrer a uma


temperatura inferior à temperatura crítica, entre 150 °C a 500 °C, seguido de um resfriamento no
ar. Ele altera o tamanho e distribuição dos carbonos da martensita a fim de estabilizar a
microestrutura reduzindo as tensões internas. Esse processo não elimina a martensita, apenas a
estabiliza, o que também impede o crescimento de grãos. Portanto, o revenimento torna o
material menos quebradiço, que implica em uma redução da dureza, assim como da resistência a
tração. A tenacidade, no entanto, aumenta; isto é, a capacidade de absorver energia até a fratura,
é amplificada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHIAVERINI, A. Aços e ferros fundidos. 4. ed. São Paulo: Editora ABM, 2004.

CALLISTER, W. D. Ciência e engenharia de materiais: uma Introdução. 5. ed. São Paulo: LTC,
2002.

NAVARRO, R. F. A Evolução dos Materiais (Parte 1: Da Pré-história ao Início da Era Moderna).


Revista Eletrônica de Materiais e Processos v1.1. Publicação: 01/11/2006. Disponível em:
<www.dema.ufcg.edu.br/revista>. Acesso: 20/07/2020.

SENAI-SP. Tratamento térmico. Telecurso 2000.


Heat treatment of welded joints. Disponível em: <https://www.twi-
global.com/technical-knowledge/job-knowledge/heat-treatment-of-welded-joints- part-1-114>.
Acessado: 24/07/2020.

ÇALIK, Adnan. Effect of cooling rate on hardness and microstructure of AISI 1020, AISI 1040 and
AISI 1060 Steels. Süleyman Demirel University. Accepted 29 July, 2009.

MESQUITA, R. A. et al. Taylor & Francis Online: Effect of hardening conditions on mechanical
properties of high speed steels.

WIDENER. Edward L. Heat-treating of materials. Purdue university.

NUNES. Marlon M. Analysis of Quenching Parameters in AISI 4340 Steel by Using Design of
Experiments. UNIFEI and UFSJ.

STEIN. Cristiano R. Metalurgia & Materiais: Efeito da rápida austenitização sobre as propriedades
mecânicas de um aço SAE 1045.

PRASAD. Ch. T.; UMESH. Gandi; SURYA. N. International Journal of Engineering Sciences &
Research Technology.

VERMA. Ashish; SINGH. Pravin K. Influence of Heat Treatment on Mechanical Properties of


Aisi1040 Steel. University Institute of Technology, Barkatullah University.
Roteiro

INSTRUÇÕES GERAIS

1. Neste experimento, você irá aprimorar seus conhecimentos sobre tipos de tratamentos
térmicos e as propriedades resultantes nos corpos de prova.

2. Utilize a seção “Recomendações de Acesso” para melhor aproveitamento da experiência


virtual e para respostas às perguntas frequentes a respeito do Laboratório Virtual.

3. Caso não saiba como manipular o Laboratório Virtual, utilize o “Tutorial” presente neste
Roteiro.

4. Caso já possua familiaridade com o Laboratório Virtual, você encontrará as instruções para
realização desta prática na subseção “Procedimentos”.

5. Ao finalizar o experimento, responda aos questionamentos da seção “Avaliação dos


Resultados”.

RECOMENDAÇÕES DE ACESSO

DICAS DE DESEMPENHO
Para otimizar a sua experiência no acesso aos laboratórios virtuais, siga as seguintes dicas de
desempenho:

• Feche outros aplicativos e abas: Certifique-se de fechar quaisquer outros aplicativos ou


abas que possam estar consumindo recursos do seu computador, garantindo um
desempenho mais eficiente.
• Navegador Mozilla Firefox: Recomendamos o uso do navegador Mozilla Firefox,
conhecido por seu baixo consumo de recursos em comparação a outros navegadores,
proporcionando uma navegação mais fluida.

• Aceleração de hardware: Experimente habilitar ou desabilitar a aceleração de hardware no


seu navegador para otimizar o desempenho durante o acesso aos laboratórios virtuais.

• Requisitos mínimos do sistema: Certifique-se de que seu computador atenda aos


requisitos mínimos para acessar os laboratórios virtuais. Essa informação está disponível em
nossa Central de Suporte.

• Monitoramento do sistema: Utilize o Gerenciador de Tarefas (Ctrl + Shift + Esc) para


verificar o uso do disco, memória e CPU. Se estiverem em 100%, considere fechar outros
aplicativos ou reiniciar a máquina para otimizar o desempenho.

• Teste de velocidade de internet: Antes de acessar, realize um teste de velocidade de


internet para garantir uma conexão estável e rápida durante o uso dos laboratórios virtuais.

• Atualizações do navegador e sistema operacional: Mantenha seu navegador e sistema


operacional atualizados para garantir compatibilidade e segurança durante o acesso aos
laboratórios.

PRECISA DE AJUDA?

Em caso de dúvidas ou dificuldades técnicas, visite nossa Central de Suporte para encontrar
artigos de ajuda e informações para usuários. Acesse a Central de Suporte através do link:
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para a Central de Suporte. Estamos aqui para ajudar! Conte conosco!
DESCRIÇÃO DO LABORATÓRIO

MATERIAIS NECESSÁRIOS

· Alicate tenaz;

· Avental de raspa;

· Bases de cerâmica;

· Corpos de prova de aço 1045;

· Forno;

· Luvas de raspa;

· Óculos;

· Recipiente metálico com água;

· Recipiente metálico com salmoura.

PROCEDIMENTOS

1. SEGURANÇA DO EXPERIMENTO

Coloque os equipamentos de proteção individual localizados no armário de EPIs. Nesse


experimento serão necessários óculos de proteção, luvas de raspa e avental de raspa.
2. INSPECIONANDO O CORPO DE PROVA

Selecione um corpo de prova e inspecione a dureza, a resistência a tração e análise da


micrografia. Registre essas informações.

3. AQUECENDO O CORPO DE PROVA

Escolha um tratamento térmico da Tabela 1 em "Avaliação dos Resultados", insira o corpo de


prova no forno e aqueça-o até a temperatura recomendada. Após o forno atingir a temperatura
desejada, deixe o forno ligado por 1 hora por polegada de espessura do corpo de prova.

4. RESFRIANDO O CORPO DE PROVA

Desligue o forno, abra a porta para mover o corpo de prova e faça o resfriamento dele a conforme
o tratamento térmico escolhido.

5. INSPECIONANDO O CORPO DE PROVA APÓS O TRATAMENTO TÉRMICO

Inspecione a dureza, a resistência a tração e a micrografia do corpo tratado. Salve as


informações do corpo tratado. Descarte o corpo de prova e, em seguida, repita os procedimentos
anteriores, do tópico 2 ao 5, realizando outro tipo de tratamento térmico.

6. AVALIANDO OS RESULTADOS

Siga para a seção “Avaliação dos Resultados” e responda de acordo com o que foi observado
nos experimentos, associando também com os conhecimentos aprendidos sobre o tema.

AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS


1. Compare as fotos da micrografia dos tratamentos térmicos realizados durante o
experimento com os respectivos tratamentos na literatura.

2. Identifique os constituintes presentes na microestrutura do corpo de prova.

3. Dos tratamentos térmicos realizados, quais diminuíram a dureza e a resistência a tração,


em relação ao material sem tratamento? Discuta sobre esses resultados, embasando-se
na teoria.
4. Entre os tratamentos térmicos realizados, quais aumentaram a dureza e a resistência a
tração, em relação ao material sem tratamento? Discuta sobre esses resultados,
embasando-se na teoria.

5. A aplicação do revenimento produziu qual efeito nos experimentos? Por que ele é um
tratamento térmico importante?

TUTORIAL

1. SEGURANÇA DO EXPERIMENTO

Visualize o armário de EPIs clicando com o botão esquerdo do mouse na câmera “Armário de
EPIs” localizada dentro do painel de visualização no canto superior esquerdo da tela. Se preferir,
também pode ser utilizado o atalho do teclado “Alt+5”.
Abra o armário clicando com o botão esquerdo do mouse sobre suas portas.

Selecione os EPIs necessários para a realização do experimento clicando com o botão esquerdo
do mouse sobre eles. Nesse experimento, é obrigatório o uso de avental, óculos e luvas.
Feche as portas clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o local indicado.

Visualize os corpos de prova clicando com o botão esquerdo do mouse na câmera “Corpos de
prova”.
2. INSPECIONANDO O CORPO DE PROVA

Selecione um dos corpos de prova clicando com o botão esquerdo do mouse sobre a bandeja.

Mova o corpo de prova clicando com o botão direito do mouse sobre ele e selecione a opção
"Mover para inspeção".
Visualize a área de inspeção clicando com o botão esquerdo do mouse na câmera “Área de
inspeção”.

Inspecione o corpo de prova clicando com o botão direito do mouse sobre ele e selecione a opção
“Inspecionar”.
Registre as informações e avance clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o botão "OK".

Retorne o corpo de prova clicando com o botão direito do mouse sobre ele e selecione a opção
"Retornar a mesa".
3. AQUECENDO O CORPO DE PROVA

Visualize a parte lateral do forno clicando com o botão esquerdo do mouse na câmera “Forno -
Lateral”.

Abra a porta do forno clicando com o botão esquerdo do mouse sobre ela.
Visualize os corpos de prova clicando com o botão esquerdo do mouse na câmera “Corpos de
prova”.

Mova o corpo de prova clicando com o botão direito do mouse sobre ele e selecione a opção
"Mover para o forno".
Visualize a parte lateral do forno clicando com o botão esquerdo do mouse na câmera “Forno -
Lateral”.

Feche a porta do forno clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o local indicado.
Visualize o popup de temperatura clicando com o botão direito do mouse sobre o forno e
selecione a opção "Selecionar temperatura".

Acesse as opções de temperatura clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o local
indicado.
Selecione a temperatura desejada clicando com o botão esquerdo do mouse sobre uma das
opções.

Aplique a temperatura escolhida clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o botão
"Aplicar".
Ligue o forno clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o local indicado.

Aguarde o aquecimento ou avance o tempo clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o
botão "Pular etapa de espera".
Aguarde por 1 hora ou avance o tempo novamente clicando com o botão esquerdo do mouse
sobre o botão "Pular etapa de espera".

4. RESFRIANDO O CORPO DE PROVA

Desligue o forno clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o botão indicado.
Abra a porta do forno clicando com o botão esquerdo do mouse sobre ela.

Resfrie o corpo de prova clicando com o botão direito do mouse sobre o corpo de prova e
selecione a opção desejada.
Aguarde por 1 minuto ou avance o tempo novamente clicando com o botão esquerdo do mouse
sobre o botão "Pular etapa de espera".

5. INSPECIONANDO O CORPO DE PROVA APÓS O TRATAMENTO


TÉRMICO

Visualize os corpos de prova clicando com o botão esquerdo do mouse na câmera “Corpos de
prova”.
Mova o corpo de prova clicando com o botão direito do mouse sobre ele e selecione a opção
"Mover para inspeção".

Visualize a área de inspeção clicando com o botão esquerdo do mouse na câmera “Área de
inspeção”.
Inspecione o corpo de prova clicando com o botão direito do mouse sobre ele e selecione a opção
“Inspecionar”.

Registre as informações e avance clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o botão "OK".
Descarte o corpo de prova clicando com o botão direito do mouse sobre ele e selecione a opção
"Descartar corpo de prova".

Confirme o descarte clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o botão "Descartar".
Repita os procedimentos anteriores, do tópico 2 ao 5, realizando outro tipo de tratamento térmico.

6. AVALIANDO OS RESULTADOS

Siga para a seção “Avaliação dos Resultados” e responda de acordo com o que foi observado
nos experimentos, associando também com os conhecimentos aprendidos sobre o tema.
Pré Teste

São tratamentos térmicos:


1)
A) Recozimento, Têmpera, Normalização;
B) Cementação, Nitretação, Carbonitretação;
C) Revenimento, Recozimento e Jateamento.
A temperatura crítica para o aço é em torno de 727 °C. Acima desta temperatura, inicia-se a
2) formação de austenita, num processo chamado austenitização que usualmente é feita numa
temperatura entre 850 °C a 950°C. Com qual propósito alguns tratamentos térmicos fazem
uso desta etapa?

A) Fundir o aço, pois só assim as tensões internas e discordâncias são eliminadas, para em
seguida fazer o resfriamento segundo o tratamento desejado;
B) Formar diferentes fases ao realizar o resfriamento, como a perlita, bainita e a martensita,
estas que dão características únicas para o material;
C) Para alcançar o nível crítico de tensões internas, o que resulta numa dureza e resistência
mecânica muito superior.
Complete a sentença com as palavras corretas: Quando deseja-se obter um aço com boa
3) usinabilidade, pode-se realizar um tratamento térmico de ________. Por outro lado, para
obter um aço que irá realizar algum tipo de usinagem, isto é, servir de ferramenta, uma
opção é fazer o/a _________.

A) Recozimento; Normalização;
B) Recozimento; Têmpera;
C) Têmpera; Normalização.
Interprete o gráfico Temperatura por Tempo a seguir, sabendo que foram realizados três
4) tratamentos térmicos: Normalização, Têmpera e Recozimento completo. Assinale a
alternativa correta:
A) A etapa A corresponde ao aquecimento até acima da temperatura crítica, enquanto a etapa B
corresponde à permanência no forno. O número 1 corresponde ao tratamento térmico de
Recozimento, pois este necessita de uma menor taxa de resfriamento / resfriamento
controlado;
B) A etapa A corresponde ao aquecimento até abaixo da temperatura crítica, enquanto a etapa B
corresponde à permanência no forno. O número 2 corresponde ao tratamento térmico de
Normalização, pois este necessita de uma taxa de resfriamento relativamente alta (mais alta
que o Recozimento e menor que a Têmpera);
C) A etapa A corresponde ao aquecimento até acima da temperatura crítica, enquanto a etapa B
corresponde à permanência no forno. O número 1 corresponde ao tratamento térmico de
Têmpera, pois este necessita de uma taxa de resfriamento alta / um resfriamento brusco.
Assinale a alternativa correta que explica o motivo da têmpera elevar a dureza e a
5) resistência a tração do aço.

A) A transformação da perlita lamelar em esferas, conhecido como esferoidização. A


aglomeração de carbonetos eleva bruscamente a dureza;
B) Através da elevação do fator de empacotamento atômico, que implica em uma mudança de
estrutura cristalina do constituinte predominante, a bainita, para cúbica de corpo centrado
(CCC);
C) A têmpera gera a martensita, que é uma fase metaestável com alta concentração de carbono
na estrutura cristalina, o que provoca distorções na estrutura elevando as tensões internas e
dando a característica de dureza e resistência a tração elevadas.
Experimento

Acesse o laboratório:

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Pós Teste

1) Com base nas observações do experimento realizado, o tratamento térmico de normalização


é caracterizado por:

A) resfriamento lento e controlado, permitindo a formação da martensita estável, o que


proporciona um bom equilíbrio entre dureza e resistência mecânica;

B) alívio de tensões e aumento na dureza devido à formação de uma estrutura cristalina instável,
tetragonal de corpo centrado;

C) diminuição da dureza e resistência mecânica. Assim como o recozimento, resulta em uma


microestrutura predominantemente perlítica, mas possui uma estrutura lamelar fina, que
contribui para dureza e resistência a tração serem levemente superiores ao recozimento.

2) Com base nas observações do experimento realizado, assinale a alternativa correta.

A) A ordem crescente em relação ao nível de dureza dos tratamentos térmicos geralmente é:


Recozimento, Aço antes do tratamento, Normalização, Têmpera + Revenimento, Têmpera;

B) A ordem crescente em relação ao nível de dureza dos tratamentos térmicos geralmente é:


Recozimento, Normalização, Aço antes do tratamento, Têmpera, Têmpera + Revenimento;

C) A ordem crescente em relação ao nível de dureza dos tratamentos térmicos geralmente é:


Recozimento, Normalização, Aço antes do tratamento, Têmpera + Revenimento, Têmpera.

3) Após ter aplicado revenimento a um corpo de prova com têmpera, observou-se uma queda
na dureza. Assinale a alternativa correta sobre a aplicação do revenimento.

A) Diminuir um pouco a dureza de um corpo de prova com têmpera frequentemente é um


benefício. O revenimento é muito utilizado na indústria em conjunto com a têmpera. Sem ele,
o corpo de prova pode ficar muito quebradiço a impactos;

B) O revenimento geralmente é o primeiro tratamento térmico a ser realizado num aço;

C) O revenimento não é interessante para a maioria das aplicações, pois reduz a dureza e
resistência a tração.

4)
Assinale a alternativa correta sobre as têmperas executadas no experimento.

A) A quantidade de martensita do corpo de prova resfriado na água é a mesma do corpo de


prova resfriado em salmoura, o que diferencia é o tempo de resfriamento;

B) Os corpos de prova passaram a ser apenas de martensita, não havendo nenhuma outra
microestrutura;

C) Como o resfriamento da salmoura é mais rápido, a dureza do corpo de prova por esse
resfriamento é superior ao do corpo de prova resfriado em água.

5) Assinale a alternativa correta sobre o recozimento pleno executado no experimento.

A) A temperatura de aquecimento é inferior à temperatura crítica; não é necessário, afinal,


formar austenita em nenhuma etapa deste tratamento;

B) O resfriamento controlado coloca o aço numa condição que dentre os tratamentos


apresentados possui menor resistência a tração e o torna mais macio. Geralmente é a melhor
condição para usinagem;

C) O recozimento deve ser feito ao ar livre para obter uma taxa de resfriamento lenta. O ar
consegue resfriar lentamente o aço, permitindo uma formação de ferro gama (predominant+
cementita ao alcançar a temperatura ambiente.
Atividade
Responda as questões da seção “Avaliação dos Resultados” do “Roteiro” e anexe aqui o seu
relatório.

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