Doenças Inflamatorias Cronicas

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 3

Doenças inflamatórias crônicas

Fernanda Tamires Neves Batista

O presente documento, trata-se de uma revisão da literatura acerca das doenças


inflamatórias crônicas, com o intuito de caracterizar essas patogenias, bem como
compreender o seu processo de desenvolvimento, tratamento e prevenção. A inflamação
crônica sistêmica é um processo complexo que pode ser causado por uma variedade de
fatores endógenos e exógenos. Nesta revisão bibliográfica discutiremos algumas das
principais causas dessa condição e suas consequências.

A inflamação é uma resposta comum, e geralmente de curta duração do sistema


imune a uma lesão ou uma invasão de um micro-organismo desconhecido, sendo assim, um
processo essencial para a cicatrização do corpo. Contudo, uma inflamação crônica é uma
resposta prolongada, a uma condição que já foi curada, podendo trazer malefícios a saúde.
De acordo com Furman, D. et al. “a presença de certos fatores sociais, psicológicos,
ambientais e biológicos tem sido associada à prevenção da resolução da inflamação aguda e,
por sua vez, à promoção de um estado de inflamação sistêmica crônica (ISC) de baixo grau,
não infecciosa (isto é, 'estéril') que é caracterizada pela ativação de componentes
imunológicos frequentemente distintos dos envolvidos em uma resposta imune aguda.”
(FURMAN, D. et al. 2019, p.1823).

A inflamação crônica sistêmica pode ser causada por uma variedade de fatores
endógenos, ou exógenos. Fatores endógenos são condições ou doenças dentro do próprio
corpo, como por exemplo processos metabólicos, hormonais ou genéticos. Já fatores
exógenos, são condições externas ao corpo, como por exemplo agentes infecciosos, também
incluem fatores ambientais como a exposição a poluentes e de produtos químicos e até
mesmo a dieta é um importante fator a se preocupar.
Segundo Furman, D. et al. “as doenças inflamatórias crônicas tem sido reconhecidas
como a causa mais significativa de morte no mundo hoje, com mais de 50% de todas as
mortes atribuíveis a doenças relacionadas a inflamação, como doença cardíaca isquêmica,
AVC, câncer, diabetes mellitus, doença renal crônica, doença hepática gordurosa não
alcoólica e condições autoimunes e neurodegenerativas.” (FURMAN, D. et al. 2019,
p.1822).

“A diabetes mellitus é um distúrbio que acomete aproximadamente 150 milhões de


pessoas no mundo sendo caracterizada por hiperglicemia resultante na falta de produção ou
falha na utilização da insulina (DANIELE et al., 2013). O DM apresenta duas formas
principais, o tipo 1 (DM1), considerada uma doença auto imune, na qual os autoanticorpos
atacam as células beta do pâncreas resultando em destruição total da insulina, encontrada
especialmente na infância ou na adolescência, correspondendo a 10% da ocorrência de
diabetes. Já a diabetes mellitus tipo 2 (DM2) caracteriza-se por um quadro de resistência
insulínica, o qual acomete, principalmente adultos e pessoas com sobrepeso ou obesas,
correspondendo a quase 85% a 90% dos casos, constituindo-se hoje um grave problema de
saúde pública (GUIDONI et al., 2009).” (Valença, T. V. R el al. 2018, p.3).

Sendo assim, sabe se que as doenças afetam não somente a saúde física, podendo
causar danos aos tecidos e órgãos, dor crônica, complicações metabólicas, complicações
psicológicas e até mesmo tem um grande impacto na saúde mental, pois lidar com uma
doença inflamatória crônica pode ser estressante, o que afeta negativamente a saúde mental
do paciente.
Atualmente, ainda não existem métodos que cessam totalmente esse
comportamento do sistema imune, porém, existem alguns métodos e costumes, que se
incluídos na rotina do paciente, melhoram a qualidade de vida dos pacientes. Dentre
esses métodos, podemos citar: tratamento médico adequado; dieta balanceada, e a
pratica de exercícios físicos regularmente; Gerenciamento do estresse e saúde mental,
já que o estresse pode piorar os sintomas da doença. O paciente deve procurar
descansar, manter atividades relaxantes, optar por um sono de qualidade; estudar sobre
sua condição, afinal saber coisas básicas podem ajudar a evitar gatilhos, ou até mesmo
identificar piora nos sintomas; sempre importante frisar a necessidade de procurar um
profissional na área para que ele possa direcionar o paciente para o melhor tratamento
personalizado disponível.
Em resumo, a inflamação crônica sistêmica é um processo complexo que pode
ser causado por uma variedade de fatores endógenos e exógenos. Compreender as
causas da inflamação crônica e suas consequências é fundamental para o
desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento adequadas.
REFERÊNCIAS:

1. FURMAN, David et al. Chronic inflammation in the etiology of disease

across the life span. Rev. Nature medicine. Vol.25, p. 1822-1832, dez. 2019.
Disponível em: Chronic inflammation in the etiology of disease across the life span.pdf -
Google Drive.

2. FURMAN, David et al. Chronic inflammation in the etiology of disease

across the life span. Rev. Nature medicine. Vol.25, p. 1822-1832, dez. 2019.
Disponível em: Chronic inflammation in the etiology of disease across the life span.pdf -
Google Drive.

3. VALENÇA, Thais et al. Obesidade, diabetes e hipertensão associados a


dislipidemia e dano hepático. Rev. Saúde Integrada, v. 11, n. 22. 2018. – ISSN 2447-7079.
Disponível em: 229766099.pdf (core.ac.uk).

Você também pode gostar