Módulo CENTEP Vistoria Veicular

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 85

1

Sumário
............................................................................................................................................................................. 5

Módulo I - Ética Profissional ................................................................................................................................ 5

1. Ética ............................................................................................................................................................ 6

1.1. Qual a importância da ética profissional? ................................................................................................. 10

1.2. Ética e código de ética profissional ........................................................................................................... 10

1.3. A Ética no Trabalho ................................................................................................................................... 11

2. Noções de urbanidade o atendimento ao cliente ..................................................................................... 11

........................................................................................................................................................................... 14

Módulo II - Introdução a Vistoria Veicular ......................................................................................................... 14

1. Introdução à Vistoria ................................................................................................................................ 15

2. Hierarquia das leis .................................................................................................................................... 16

3. Conceito de vistoria .................................................................................................................................. 16

4. Finalidade da vistoria ................................................................................................................................ 17

5. Atribuições do vistoriador ........................................................................................................................ 17

6. Penalidades .............................................................................................................................................. 18

7. Siglas Importantes .................................................................................................................................... 19

........................................................................................................................................................................... 20

Módulo III - Classificação Geral dos Veículos ..................................................................................................... 20

1. Classificação dos Veículos ......................................................................................................................... 21

1.1. Onde verificar no documento do veículo.................................................................................................. 23

2. Classificação das Placas De Veículos ......................................................................................................... 23

3. Carrocerias - Portaria nº160/2017 – Denatran ......................................................................................... 24

4. Tipos de Mecanismo Operacional ............................................................................................................. 25

........................................................................................................................................................................... 26

2
Módulo IV - Identificação Veicular Externa ........................................................................................................ 26

1. Identificação Externa ................................................................................................................................ 27

2. Placas ........................................................................................................................................................ 28

1.2. Placas por categoria .................................................................................................................................. 29

1.3. Elementos de Segurança na Placa Mercosul no Brasil .............................................................................. 30

3. Tabela de Estados Interligados ao Sistema Renavam ............................................................................... 31

4. Lacre e Tarjeta de Identificação ................................................................................................................ 32

5. Vidros........................................................................................................................................................ 32

6. Documento do Veículo - CRV/CRLV .......................................................................................................... 35

5.1. Diferença entre CRV e CRLV...................................................................................................................... 36

........................................................................................................................................................................... 38

Módulo V - Identificação Veicular Interna ......................................................................................................... 38

1. Identificação Interna ................................................................................................................................. 39

2. Chassi........................................................................................................................................................ 39

2.1. Codificação do VIN (Chassi) ...................................................................................................................... 40

2.2. Como são divididos os 17 caracteres do Nº do Chassi .............................................................................. 41

2.3. Fases do VIN ............................................................................................................................................. 42

2.4. Tipos de Gravação do VIN (Chassi) ........................................................................................................... 43

2.5. Características físicas da codificação do VIN (Chassi) ............................................................................... 45

2.6. VIN (chassi) quanto a sua essência ........................................................................................................... 46

2.7. Fabricação Artesanal ................................................................................................................................ 46

3. Itens Agregados e verificação interna ....................................................................................................... 47

3.1. Plaquetas e Etiquetas ............................................................................................................................... 47

3.2. Motor ....................................................................................................................................................... 49

3.3. Caixa de câmbio ........................................................................................................................................ 51

3
3.4. Caixa de transferência .............................................................................................................................. 51

3.5. Eixo ........................................................................................................................................................... 51

3.6. Carroceria ................................................................................................................................................. 52

3.7. Chave ........................................................................................................................................................ 53

Módulo VI - Equipamentos Obrigatórios ........................................................................................................... 54

1. Equipamentos Obrigatórios ...................................................................................................................... 55

2. Quanto aos equipamentos obrigatórios de uso comum ........................................................................... 55

3. Transporte Escolar .................................................................................................................................... 64

3.1. Procedimentos de Inspeção...................................................................................................................... 69

4. Veiculos Categoria Aprendizagem ............................................................................................................ 70

........................................................................................................................................................................... 71

Módulo VII - Adulteração Veicular ..................................................................................................................... 71

1. Adulteração veicular ................................................................................................................................. 72

2. Objetivos de furto e roubo ....................................................................................................................... 72

3. Tipos de adulterações no VIN (Chassi) ...................................................................................................... 73

4. Outras Adulterações Veículares ................................................................................................................ 75

........................................................................................................................................................................... 78

Módulo VIII - Vistoria Veicular ........................................................................................................................... 78

1. Legislação Pertinente ................................................................................................................................ 79

2. Conceito de vistoria .................................................................................................................................. 79

3. Etapas da vistoria ...................................................................................................................................... 81

4. O quê vistoriar? ........................................................................................................................................ 81

5. Vistoria Digital .......................................................................................................................................... 82

Referências Bibliográficas .................................................................................................................................. 85

4
Módulo I - Ética Profissional

5
1. Ética

Conforme já afirmamos, as palavras ética e moral são, geralmente, tomadas


como sinônimos. Quando alguém intencionalmente comete uma ação que
prejudica outras pessoas, costuma-se dizer que agiu de forma “antiética” ou que
não tem “princípios morais”. Aqui, ética e moral são tomadas indistintamente para
denotar ações que vão contra os valores considerados corretos ou justos pelos
demais membros da sociedade. Entretanto, já adiantamos que essas duas
palavras não têm o mesmo sentido. Então, quais são as principais diferenças entre
as duas? O que diferencia ética e moral?

A palavra ética deriva do grego ethos e significa costume, modo de agir (VAZ,
1999). A moral, por sua vez, deriva do latim moris e também significa modo de se
comportar, costumes. Ou seja, moris é a tradução direta de ethos. Mas se
etimologicamente as duas palavras, ética e moral, têm a mesma origem, no
vocabulário especializado elas apresentam diferenças bem definidas. Quais são
então essas diferenças?

Uma primeira pista é fornecida por Adolfo Sanches Vàzquez, quando afirma de
maneira bastante resumida que a ética é teórica e a moral é prática (VÁZQUEZ,
2006). Vamos ver o que isso significa. Em qualquer um dos casos, quando
empregamos as palavras ética e moral, estamos nos referindo a uma única

6
realidade da experiência humana: a ação.

Todos os seres humanos agem. Em diversas circunstâncias da vida, em qualquer


tempo, em qualquer lugar, todos nós agimos. Mesmo quando decidimos não agir,
ou seja, quando nos omitimos, isso também é ação. Acontece que, como seres
sociais, isto é, como membros de uma coletividade que é maior do que nós.
Estamos sempre sujeitos ao julgamento dos outros. Da mesma maneira, sempre
julgamos os demais membros de nossa sociedade.

Assim, a ação, enquanto parte integrante do nosso modo de ser, é sempre


objeto de avaliação por parte dos outros, assim como nós inevitavelmente
também julgamos as ações alheias. Pense bem. Como não emitir julgamento
sobre um indivíduo que, notoriamente embriagado, entra em seu veículo
acompanhado de suas crianças, dá partida no motor e segue dirigindo seu
automóvel em meio ao trânsito da cidade?

Como não emitir julgamento sobre o empregador que constantemente


explora e humilha seus empregados? Por outro lado, como não emitir julgamentos
sobre uma pessoa que se mantém honesta mesmo quando as circunstâncias
adversas de sua vida (pobreza, fome, etc.) servem de estímulo para a
desonestidade? Enfim, as ações humanas são sempre passíveis de julgamento
moral por parte de outros indivíduos, quer este julgamento seja positivo, quer seja
negativo.

Voltando à definição de Vázquez, vamos apresentar um exemplo para facilitar


a compreensão. Quando alguém se pergunta se pode ingerir bebidas alcoólicas
mesmo sabendo que em breve vai dirigir, ou quando se pergunta como deve
tratar este ou aquele funcionário de sua empresa, ou ainda, se deve ou não, em
momento de necessidade extrema, furtar dinheiro de alguém, mesmo que este
dinheiro não fosse fazer falta à pessoa furtada, em todos esses casos estamos
diante de questões morais. Isso porque temos diante de nós questões sobre o que
fazer em uma situação real e concreta na qual estamos particularmente
envolvidos. Trata-se de situações em que é o próprio indivíduo que deve
responder, pois é ele mesmo quem está envolvido, e a resposta à questão

7
também gerará reflexos reais e concretos em sua vida. Se, por outro lado, deixa-se
de perguntar se devemos fazer isso ou aquilo (dirigir sob efeito do álcool, explorar
funcionários, manter-se honesto mesmo nas dificuldades) e passa-se a perguntar
sobre as razões para agir desta ou daquela maneira, chegamos a outro nível de
questionamento. Desta vez nos encontramos no nível de reflexão ética. Neste
nível, mais teórico que o nível anterior, pergunta-se por que é errado dirigir
embriagado, por que não se deve explorar os trabalhadores, por que manter a
honestidade? Ou seja, tratase de justificar a ação moral.

Trata-se de descobrir o fundamento


daquilo que julgamos certo ou errado. O
que é o bem? A honestidade? Estes
valores são universais ou relativos? Quer
dizer, valem em qualquer época e lugar
ou apenas aqui e agora, podendo
deixar de valer daqui a algumas
décadas ou em lugares distantes? Estas
questões, de caráter mais teórico do que prático, são questões éticas, porque
não se dirigem a uma situação concreta particular, mas a diversas situações
possíveis. E o modo como respondemos estas questões também não terá impacto
imediato em uma situação concreta de nossas vidas, mas servirão apenas como
princípios, como diretrizes gerais de nossas condutas em casos concretos.

Talvez agora esteja mais evidente para você a primeira definição de ética e
moral que apresentamos de Vázquez, segundo a qual a ética é teórica e a moral
é prática. Perceba que a ética trata de questões gerais, que, embora possuam
relação com as nossas ações, não se materializam em atitudes concretas. Já a
moral trata de ações concretas, ocorridas aqui e agora e nas quais estamos
diretamente envolvidos.

Assim, podemos avançar um pouco mais e formular um segundo critério de


diferença entre a ética e a moral. Este segundo critério diz respeito ao grau de
generalidade dessas duas esferas da ação humana. Se na vida prática um

8
indivíduo enfrenta um determinado problema e quer saber como agir, deve
tomar a decisão por si mesmo. Não pode esperar que alguém tome a decisão por
ele. É claro que pode até pedir um conselho a um amigo, a um parente ou
qualquer pessoa em quem confie. Mas a decisão é sempre sua, afinal é o
indivíduo quem será responsabilizado pelas consequências de sua decisão.

Neste caso, estamos diante de um problema prático-moral. Trata-se de tomar


uma decisão em uma situação específica em nossa vida concreta. Já no plano
ético, estamos diante de problemas mais gerais, mais amplos. O que é o bem?
Qual o valor da verdade? Existem valores universais? Perceba que estas questões,
todas elas éticas, embora influenciem as nossas ações, não têm repercussão
imediata em decisões específicas. Estas questões servem muito mais para
esclarecer certos conceitos de natureza moral (o bem, a verdade, a justiça) do
que para nos orientar em casos concretos.

Mais um exemplo: seu chefe o convida até a sua sala para uma reunião
particular. Lá, ele faz uma pergunta. Se você responder a verdade, colocará em
risco o emprego de seu melhor colega de trabalho. Se mentir, sabe que seu chefe
nunca tomará conhecimento da mentira e, ainda, poupará o emprego de seu
colega. O que fazer? Bem, esta é, sem dúvida, uma situação concreta e
específica, ou seja, moral. Mas se, no plano ético, você respondeu que a verdade
é um valor moral absoluto, incondicional e universal, então, no plano moral,
deverá contar a verdade, embora isso custe o emprego de seu colega.

Estes exemplos são úteis para fazer você perceber que, embora diferentes,
ética e moral se relacionam e se influenciam. Além disso, chama-nos a atenção
para um terceiro critério de distinção: a moral é ação, a ética é a ciência sobre
esta ação.

Provisoriamente, poderíamos sintetizar as diferenças entre ética e moral a partir


dos seguintes critérios:

 A ética é teórica, enquanto a moral é prática;

 A ética é geral, enquanto a moral é específica e trata de problemas

9
concretos;

 A ética é uma ciência, cujo objeto é a moral. A moral é uma forma de


comportamento humano, cuja compreensão é tarefa da ética.

1.1. Qual a importância da ética profissional?

A ética no ambiente profissional contribui para garantir o bom andamento das


atividades e favorecer o clima organizacional sadio e harmonioso. Dessa forma, os
funcionários passam a desenvolver mais confiança entre si, o que auxilia no
aumento da produtividade.

Para as empresas, possuir em seu quadro funcionários éticos e preocupados


com a sua responsabilidade profissional é importante até mesmo para a sua
reputação no mercado. O mesmo é válido para quem opta por tomar atitudes
éticas no ambiente de trabalho, pois passa a ser visto como um exemplo pelos
colegas de trabalho. Além disso, ainda que mude de organização, terá
constituído relações importantes e uma ampla rede de networking. Dessa forma,
será reconhecido por sua atuação ética, atraindo a confiança de diferentes
empresas.

1.2. Ética e código de ética profissional

Ética é um conceito que busca refletir


o comportamento individual do homem
no meio social. É uma ação que
depende de cada sujeito e deve partir de
cada indivíduo de forma particular. Existe,
no entanto, o código de ética
profissional, voltado especificamente
para cada profissão. O objetivo é nortear
a moral do profissional durante a sua
atuação. O código de ética da profissão estabelece o comportamento mais
adequado e as ações consideradas infrações. Por exemplo, o código de ética de

10
medicina, define as normas éticas que devem ser seguidas pelos médicos no
exercício da profissão.

1.3. A Ética no Trabalho

A ética está ligada a verdade e este é o primeiro passo para aproximar-se do


comportamento correto. No campo do trabalho, a ética tem sido cada vez mais
exigida, provavelmente porque a humanidade evoluía em tecnologia, mas não
conseguiu se desenvolver na mesma proporção naquilo que se refere à elevação
de espírito. A atitude ética vai determinar como um profissional trata os outros
profissionais no ambiente de trabalho, os consumidores de seus serviços: clientes
internos e externos entre outros membros da comunidade em geral. A ética é
indispensável ao profissional, porque na ação humana “o fazer” e “o agir” estão
interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional
deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do
profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua
profissão.

2. Noções de urbanidade o atendimento ao cliente

Exige-se de todas as pessoas civilizadas o dever de urbanidade um com os


outros, que segundo o dicionário Aurélio: urbanidade “é a qualidade de urbano,
civilidade, cortesia, afabilidade”. Entretanto, apesar de poucas exceções, tem se
tornado mais comum a ausência da urbanidade nas mais diversas empresas,
principalmente da rede pública ou que prestam serviços à rede pública. A regra
parece ser a ironia, a prepotência, a arrogância e o descaso, que acrescida da
burocracia dos setores públicos aparentem uma sensação de ineficiência estatal.

Não raro nos deparamos nos órgãos públicos com servidores mal humorados,
arrogantes, prepotentes, que tratam os clientes (geral), Administrados, alunos e
etc... que é o público em geral, de forma descortês e em total desarmonia com a
essência da função pública. É bom ter bem claro que servidor público não realiza
favor, mas sim cumpre obrigações naturais do cargo que ocupam, prestam

11
serviços públicos. Portanto, devem tratar os administrados da forma educada e
compatível com o cargo que ocupam, quando questionados, bem como
quando solicitados para cumprir obrigações.

Para os administrados, é bom ter em mente, que os mesmos possuem direitos,


destacando-se o direito de informação, como também o direito de petição. E
estes devem ser exigidos. De preferência, quando os administrados forem nas
repartições públicas que procurem demonstrar esta situação de forma
documentada. O direito a informação é um grande aliado do público em geral,
desde que a informação solicitada tem pertinência lógica junto ao órgão
questionado, e se materializa, se corporifica no direito de petição.

Aos servidores da rede pública ou que


prestam serviços à rede pública é dever e
obrigação atender aos ensejos dos
administrados com presteza, educação,
respeito recíproco, pois adentram a luz do
valoroso “princípio da urbanidade”, pilar
essencial do direito público e administrativo.
Quando esse direito for violado, o cliente pode
dar voz de prisão, ao servidor desrespeitoso, pois qualquer um do povo pode dar
voz de prisão por abuso de autoridade, vide art. 301 do Código Penal Brasileiro.
Lembrando ser lei espaça a determinação por abuso de autoridade emaranhada
ao destratamento por parte de servidor que se sinta no direito de achar que é
detentor do serviço público.

Que no caso em epígrafe, a violação com desrespeito, arrogância e "mal" ou


"mau" tratamento é considerado SIM como abuso de autoridade, de acordo com
a Lei Federal Nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965 - Lei de Abuso de Autoridades,
que regula o direito de representação e o processo de responsabilidade
administrativa, civil e criminal sobre os crimes de abuso de autoridade e de
servidores públicos diretos e que indiretamente prestam serviços públicos.

O cliente, ao se sentir lesado por falta de dignidade de tratamento, pode

12
denunciar, registrar boletim de ocorrência ou peticionar reclamação para
Ouvidoria/Procuradoria daquele órgão público, caso não resolva, prestar "notitia
criminis", ou "noticia de fato" no Ministério Público, competente da jurisdição ao
órgão em que o serviço público pertence, e requeira na denúncia a devida
"Ação Civil Pública"(Lei Federal nº 7.347, de 24 de Julho de 1985), com pedido de
condenação por improbidade administrativa, conforme a Lei Federal nº 8.429, de
2 de junho de 1992 (dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos [...]).

13
Módulo II - Introdução a Vistoria Veicular

14
1. Introdução à Vistoria

Regulamentada através da RESOLUÇÃO Nº 05/98 - CONTRAN, que estipulou regras a fim


de uniformizar os critérios e procedimentos utilizados na vistoria de veículos automotore sem
todo o país.

Art. 1º As vistorias tratadas na presente Resolução serão realizadas por ocasião da


transferência de propriedade ou de domicilio intermunicipal ou interestadual do proprietário
do veículo, ou qualquer alteração de suas características, implicando no assentamento
dessa circunstância no registro inicial.

Art. 2º As vistorias mencionadas no artigo anterior, executadas pelos Departamentos de


Trânsito, suas Circunscrições Regionais, têm como objetivo verificar:

a) A autenticidade da identificação do veículo e da sua documentação;

 A legitimidade da propriedade;

 Se os veículos dispõem dos equipamentos obrigatórios e se estes atendem as


especificações técnicas e estão em perfeitas condições de funcionamento;

 Se as características originais dos veículos e seus agregados não foram modificados,


e se constatada alguma alteração, esta tenha sido autorizada, regularizada, e se
consta no prontuário do veículo na repartição de trânsito;

Parágrafo Único: Os equipamentos obrigatórios são aqueles previstos pelo Código de


Trânsito Brasileiro, e Resoluções do CONTRAN editadas sobre a matéria.

Art. 3º. Não se realizará vistoria em veículo sinistrado com laudo pericial deperda total, no
caso de ocorrer transferência de domicílio do proprietário.

Art. 4º. Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação, revogada a
Resolução 809/ 95.

Brasília, 23 de janeiro de 1998.

Posteriormente a Resoluçã o Nº 05/98 - CONTRAN sofreu diversas modificações:

1. Revogada pela Resolução nº446/13 - CONTRAN;

15
2. Revoga da pela Resolução nº652/17 - CONTRAN;

3. Revogada pela Resolução nº776/19- CONTRAN;

4. Alte rada pela Resolução nº796/20 - CONTRAN.

2. Hierarquia das leis

3. Conceito de vistoria

A vistoria veicular é o termo usado para a avaliação realizada em veículos, verificando


suas condições de conservação e manutenção, impedindo que veículos fora das
especificações dos fabricantes ou sem condições de uso sejam legalizados. De acordo
com o Código de Trânsito Brasileiro, a vistoria do carro é executada na esfera estadual e
segue alguns critérios uniformes em todo o país. Os termos mais utilizados são Vistoria
Veicular e Inspeção Veicular. Estes se distinguem pelas seguintes características:

VISTORIA: onde um profissional com experiência e treinamento avalia itens visualmente,


sem a utilização de equipamentos de teste mais avançados. No caso, vistoria-se também os
documentos, histórico do veículo, conferência de gravações de chassi, motor, carroceria e
outros, além dos itens externos e visíveis. Ela é obrigatória para a transferência e

16
regularização do veículo, além de licenciamento para carros com mais de 5 anos de
fabricação.

INSPEÇÃO: onde um técnico habilitado (com registro profissional no CREA, no caso do


Brasil) avalia as condições do veículo, manuseando os equipamentos do veículo e
utilizando máquinas específicas para teste, a fim de verificar seu funcionamento correto ou
não. É necessário quando o dono do carro faz alguma alteração de característica do carro
como mudança de roda, mudança de motor, implantação do GNV, tendo a fiscalização
feita pelo INMETRO.

4. Finalidade da vistoria

O objetivo de uma vistoria veicular é evitar que veículos fora das especificações dos
fabricantes ou sem condições de uso sejam legalizados. É importante assegurar a
legitimidade da propriedade, a autenticidade da identificação do veículo e da sua
documentação, além de constatar se os equipamentos estão em condições corretas e
seguras para o uso.

Dentre os tipos de vistoria veicular, temos:

• Vistoria para transferência de veículos;

• Laudo Veicular;

• Laudo de Vistoria ou Vistoria em Trânsito.

5. Atribuições do vistoriador

 Vistoriar veículos, verificando-os de a cordo com a legislação específica vigente,


detalhes de segurança, equipamentos obrigatórios, alterações de características,
analisando se apresentam condições de trafegar pelas vias públicas;

 Realizar de calques do VIN (chassi) de veículos de modo físico ou digital, a fim de


comprovar com exatidã o sua autenticidade, para fins de processos de primeiro
emplacamento, transferência, registro e demais casos;

 Efetuar vistoria domiciliar em veículos sinistrados, realizando decalque para propicia r

17
a baixa definitiva do veículo, na seção de registros;

 Emitir informações sobre o estado do veículo quanto à numeração gasta, sem


número, numeração corroída pe la ferrugem ou adulterada , para registro;

 Executar outras tarefas correlatas.

Quem pode fazer a vistoria veicular?

ENTIDADE EXECUTIVA DE TRÂNSITO:

- Servidores do Detran;
- Policiais Civis, Militares e Federais; Agentes Municipais de Trânsito;
- Despachantes de Trânsito concursados/ credenciados junto ao Detran; Estampadores
de Placas credenciados junto ao Detran;
- Empresa Jurídica de Direito Público ou Privado e ECVs.

6. Penalidades

PENALIDADES ADMISTRATIVAS

- SERVIDOR DO DETRAN - LEI 17. 682/ 2013 (Processo Administrativo);


- Advertência por escrito; Repressão; Multa; Destituição da função; Demissão;
Cassação da aposentadoria;
- DESPACHANTE DE TRÂNSITO - LEI 17. 682/ 2013 (Processo Administrativo);
- Advertência por escrito; Suspensão; Cassação do credenciamento;
- ESTAMPADORES DE PLACAS - RESOLUÇÃO 733/ 2018 – CONTRAN;
- Advertência por escrito; Suspensão por 30 dias; Revogação do credenciamento;
- SERVIDORES PREFEITURAS - LEI ESPECÍFICA (Processo Administrativo);
- Advertência por escrito; Suspensão; Cassação do credenciamento;
- EMPRESA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO OU PRIVADO- RESOLUÇÃO 466/ 2013 -
CONTRAN * ( Alterada pela Resolução 737/ 2018);
- Advertência por escrito; Suspensão das atividades por até 90 dias; Cassação do
credenciamento.
DEMAIS PENALIDADES:

Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de

18
veículo automotor, de seu componente ou equipamento: (Redação dada pela Lei nº9. 426,
de 1996);

Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9. 426, de1996);

§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a


pena é aumentada de um terço. (Incluído
pela Lei nº 9. 426, de 1996);

§ 2º - Incorre nas mesmas penas o


funcionário público que contribui para o
licenciamento ou registro do veículo
remarcado ou adulterado, fornecendo
indevidamente material ou informação
oficial. ( Incluído pela Lei nº 9. 426, de 1996).

7. Siglas Importantes

CTB - Código de Trânsito Brasileiro;


DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito;
CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito;
DETRAN - Departamento Estadual de Trânsito;
CIRETRAN's - Circunscrição Regional de Trânsito;
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;
VIN - Vehicle Identification Number (CHASSI);
CRV - Certificado de Registro de Veículo;
CRLV - Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo;
BIN - Base de Índice Nacional;
RENAVAM - Registro Nacional de Veículo;
IPVA - Imposto sobre a propriedade de veículos automotores.

19
Módulo III - Classificação Geral dos Veículos

20
1. Classificação dos Veículos

Art. 96 do CTB.

Os veículos classificam-se em:

a) Quanto à tração:

 Automotor;
 Elétrico;
 De propulsão humana;
 De tração animal;
 Reboque ou semi-reboque;

b) Quanto à espécie:

 De passageiros:
 Bicicleta;
 Ciclomotor;
 Motoneta;
 Motocicleta;
 Triciclo;
 Quadriciclo;
 Automóvel;
 Microônibus;
 Ônibus;
 Bonde;
 Charrete;
 De carga:
 Motoneta;
 Motocicleta;
 Triciclo;
 Quadriciclo;
 Caminhonete;
 Caminhão;

21
 Reboque
 Semi-reboque;
 Carroça;
 Carro-de-mão;
 Misto:
 Camioneta;
 Utilitário;
 Outros;
 De competição;
 De tração:
 Caminhão-trator;
 Trator de rodas;
 Trator de esteiras;
 Trator misto;
 Especial;
 De coleção;
c) Quanto à categoria:

 Oficial;
 De representação diplomática, de repartições consulares de carreira ou
organismos internacionais acreditados junto ao governo brasileiro;
 Particular;
 De aluguel;
 De aprendizagem.
d) Quanto ao tipo:

Todos os tipos de veículos poderão ser da espécie coleção ou competição;


 P = Passageiro;
 C = Carga;
 E = Especial;
 M = Misto;
 T = Tração.

22
1.1. Onde verificar no documento do veículo

2. Classificação das Placas De Veículos

23
3. Carrocerias - Portaria nº160/2017 – Denatran

*Cinza Escuro: Espécie especial;

*Cinza Claro: Dependendo do tipo do veículo será Espécie especial.

ANEXO III - PORTARIA Nº 160/2017 - DENATRAN

24
4. Tipos de Mecanismo Operacional

25
Módulo IV - Identificação Veicular Externa

26
1. Identificação Externa

Externamente os veículos podem ser identificados através das placas (dianteira /


traseira), da numeração gravada nos vidros do veículo (para-brisa, vidros laterais e vidro
traseiro), e também por meio dos documentos do veículo (CRV / CRLV);

PLACA - Fixadas na parte dianteira e traseira dos veículos.

 Placas do modelo Nacional possuem lacre;

VIDRO - Para-brisa, laterais e traseiro;

DOCUMENTO - Dados contidos no CRV / CRLV;

27
2. Placas

Placa Veicular

A Resolução 45/1998 CONTRAN estabelece o Sistema de Placas de Identificação de


Veículos, disciplinados pelos Art's 115 e 221 do CTB. Por meio do sistema RENAVAM ficou
estabelecido placas com 03 (três) letras e 04 (quatro) números, formando a sequência
alfanumérica. Hoje a Resolução 780/2019 CONTRAN estabelece o modelo de placa
Mercosul com 04 (quatro) letras e 03 (três) números.

Placa Mercosul

 Maior segurança;

 Identificação automática;

 Facilitar a circulação nos países do Bloco;

 Criação de um banco de dados conjunto.

Seu início ocorreu em 15/12/2010, em encontro das representantes da Argentina, Brasil,


Paraguai e Uruguai em Foz do Iguaçu. O planejamento inicial previa a implantação em 10
anos, inicialmente a partir de 2016 para veículos de carga e passageiros que circulassem
além das fronteiras. A Venezuela se uniu ao acordo no segundo encontro em 08/10/2014 na
cidade de Buenos Aires/Argentina.

Implementação por país:

 URUGUAI - 03/2015

28
 ARGENTINA - 04/2016

 BRASIL - 11/09/2018 (Rio de janeiro)

 PARAGUAI – 04/2019

 VENEZUELA - está suspensa

1.2. Placas por categoria

29
1.3. Elementos de Segurança na Placa Mercosul no Brasil

Houve a inclusão dos elementos de segurança QR-code, ID único e ISSO 7591. Estes
elementos armazenam informações sobre fabricante, data de fabricação, número serial da
placa e modelo do veículo.

30
3. Tabela de Estados Interligados ao Sistema Renavam

31
4. Lacre e Tarjeta de Identificação

As placas do Modelo Nacional possuíam lacre e tarjeta com a identificação do


município e Estado onde o veículo está registrado, e somente a placa traseira era lacrada.

O Lacre foi regulamentado pela Portaria nº 272/2007 - DENATRAN, porém deixou de


vigorar com a implantação da placa Modelo Mercosul, a qual o lacre passa a ser
substituído pelo QRcode.

Atualmente em toda a frota veicular espalhada pelo país, podemos encontrar diversos
veículos com a placa modelo Nacional, a qual uma vez que tenha o lacre rompido por
qualquer eventualidade, ou o veículo passe por um processo de registro em outra UF,
município ou alguma alteração de dados, automaticamente o sistema irá fazer a
conversão para o Modelo Mercosul, e o conjunto de placas existentes no veículo, deverá
ser substituído. Após a estabelecimento da placa Mercosul em todo o Brasil, não se fabrica
mais o modelo de placa Nacional. Por isso novos emplamentos ou caso de troca de placa
ou lacre rompido, é necessário trocar a placa para o padrão Mercosul.

Placas com Lacre Atualmente com QRcode

5. Vidros

Foi regulamentado pela RESOLUÇÃO Nº 659/85 - CONTRAN, que objetivava uma maior
segurança quanto à identidade dos veículos, coibindo assim furtos e adulterações. Esta
resolução foi poster iormente revogada pela Res. 24/89 - CONTRAN, que através do Art. 2º

32
§1, determinou que a codi f icação VIS fosse gravada em um dos para-br isas e em um dos
vidros trasei ros, quando existentes; e pelo menos dois vidros de cada lado do veículo,
quando existentes, excetuados os quebra-ventos.

Os vidros podem contar um pouco sobre o passado do veículo ou até mesmo auxiliar na
detecção de fraudes. Dependendo do fornecedor, é possível saber qual a data de fabr
icação, analisando os códigos que aparecem nos vidros.

 A gravação or iginal é, via de regra, uniforme, sem borrões e sem defeitos;


 A gravação é feita por fosqueamento, através de um processo químico a base de
ácido fluorídrico;
 A ausência do número do chassi no vidro é uma infração grave, está sujeito à multa e
retenção do veículo.

33
34
RESOLUÇÃO Nº339/09 - CONTRAN dispõe sobre veículos importados por detentores de
privilégios e imunidades em todo território nacional.

Resolve:

Art. 1º - Os vidros importados por detentores de privilégios e imunidades, registrados,


emplacados e licenciados conforme a RESOLUÇÃO Nº286/08 - CONTRAN, ficam isentos da
gravação do número do chassi nos vidros e da colocação de plaquetas de repetição
previstas na RESOLUÇÃO Nº24/98 - CONTRAN, e vistorias relacionadas, pelo período em que
estiverem registrados em uma das categorias lista das na RESOLUÇÃO Nº286/08 - CONTRAN.

6. Documento do Veículo - CRV/CRLV

Identificar os dados contidos na documentação do veículo, também é uma das formas


de identifica-lo externamente durante a vistoria veicular. Os dados são:

 Placa;
 Espécie/tipo;
 Modelo; marca;
 Cor do veículo.

35
5.1. Diferença entre CRV e CRLV

A principal diferença entre CRV e CRLV é a validade dos documentos. Ao contrário do


Certificado de Registro de Licenciamento, que é emitido anualmente, o CRV não tem prazo
de duração. Apenas em alguns casos específicos (listados abaixo) é preciso solicitar um
novo documento.

36
Outra distinção é que o CRV apresenta anexa, a Autorização para Transferência de
Propriedade de Veículo (ATPV), conhecida como recibo de compra e venda.

A emissão de um novo CRV é obrigatória quando:


 For transferida a propriedade;
 O proprietário mudar o Município de domicílio ou residência;
 For alterada qualquer característica do veículo;
 Houver mudança de categoria.

O CRLV Digital

A versão digital do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) já está


disponível em todo o país. Para ter acesso ao documento digital, que tem a mesma
validade do físico, é preciso abrir o aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT). Nesse
aplicativo, também é possível o acesso à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) digital.

37
Módulo V - Identificação Veicular Interna

38
1. Identificação Interna

Internamente os veículos podem ser identificados por meio da numeração do VIN


(Chassi), numeração do motor, numeração contido nas plaquetas e etiquetas, e demais
agregados (caixa de câmbio; eixo; carroceria; cinto de segurança).

2. Chassi

É uma armação construída em liga de aço destinada a suportar todas as partes


suspensas do veículo, inclusive a carroçaria. Esta armação é constantemente submetida a
esforços intensos sendo, portanto, flexível.

Estrutura Monobloco

Na estrutura monobloco a plataforma e a carroçaria


são soldados uma a outra, formando uma única unidade.
A infraestrutura compõe-se de um quadro treliçado com
longarinas e travessas em tubos retangulares de aço
carbono de boa qualidade, com reforços, suportes
diagonais e chapas de alma zincada.

Esta construção oferece grande segurança, mesmo


quando submetida a fortes solicitações. As paredes
laterais, a frente, a traseira e o teto são fabricados com
chapas de alta qualidade, zincadas em ambas as faces,
rebitadas ou soldadas a estrutura da carroçaria. Todo o conjunto do piso está protegido na
parte inferior contra a corrosão.

Componentes do Chassi 1 – Longarinas

Servem de apoio para a carroçaria e também para fixar os suportes dos diversos sistemas
do veículo.

DEFEITO PROVIDÊNCIA
Trincada Reprovar veículo
Empenada Notificar

39
Suportes

Sustentam alguns sistemas do veículo.

DEFEITO PROVIDÊNCIA
Frouxos Notificar
Quebrados Notificar

2.1. Codificação do VIN (Chassi)

Todo veículo possui um número de chassi, que serve para identificá-lo – como se fosse o
seu DNA – e obter informações, por exemplo, sobre ano, modelo, origem e detalhes do
automóvel. Esse número, também chamado de Vehicle Identification Number (VIN, do
inglês), é um padrão mundial desde 1983, regulamentado pela resolução 4030, da ISO, e
pela Norma Brasileira 6066/2009, da ABNT.

O número de identificação do veículo (VIN) deve ser locaizado no lado direito do veículo
e se possível, na metade dianteira. Quando por razões legais, o VIN deve ser lido da parte
externa do veículo, ele deve ser localizado no interior do compartimento dos passageiros e
adjacentes a coluna do para-brisa. O VIN deve ser localizado em uma posição facilmente
visível e de modo que evita a sua destruição ou alteração. A localização do VIN deve ser
descrita no "Manal do Proprietário" ou equivalente.

Atualmente, ele possui 17 caracteres alfanuméricos, sendo que antes da


regulamentação variava de 5 a 21 caracteres, e consta no Certificado de Registro e
Licenciamento de Veículo (CRLV). O número do chassi é marcado na fábrica, de modo
que cada um possui uma numeração única.

Vale destacar que a numeração também é gravada em todos os vidros desde 1999,
conforme definido no Art. 114 do Código de Trânsito Brasileiro. Não é obrigatório, mas
algumas montadoras colocam o número na parte interna do para-lama, na porta do lado
direito, em algum local da parte traseira e até no teto, por dentro do forro. É possível
consultar os locais em que ele está gravado no manual do proprietário do veículo.

CODIFICAÇÃO - Sequência de caracteres que individualizam o veículo.

DECODIFICAÇÃO - Significado de cada caractere do VIN de cada veículo, de acordo

40
com o respectivo fabricante.

2.2. Como são divididos os 17 caracteres do Nº do Chassi

Os três primeiros caracteres, chamados de WMI (World Manufacturer Identifier ou


identificador de fabricante mundial), são identificados por: o primeiro indica a área
geográfica onde foi fabricado (América Latina, Ásia etc.), o segundo indica o país e o
terceiro dígito indica o fabricante/montadora (G = General Motors, F = Ford, W =
Volkswagen etc.). Dependendo da quantidade de veículos fabricados por ano, esse
campo deve ser preenchido com o número 9.

41
Já o segundo bloco de números, que vai do 4º ao 9º caractere, é chamado de VDS
(Vehicle Description Section ou seção descritiva do veículo) e suas informações são
definidas de acordo com o padrão criado por cada montadora, geralmente utilizados para
classificar o modelo dos veículos.

O terceiro bloco, chamado de VIS (Vehicle Identification Section ou seção indicadora do


veículo) vai do 10º ao 17º e se divide em: o décimo caractere pode ser representado por
letras ou números e permite identificar o ano do veículo; o 11º mostra a fábrica e local em
que o fabricante montou o veículo (exemplo: Renault – São José dos Pinhais; General
Motors – Indaiatuba etc); e do 12º em diante está a numeração de série do carro, que é
padronizada por cada montadora.

Curiosidade: não são usadas as letras O, Q e I, para evitar que sejam confundidas com os
números 0 e 1. Além dessas informações, nas normas citadas aqui, é possível identificar
tabelas definidas para área geográfica por continente, país, fabricante e ano.

Cada fabricante cria, dentro dos padrões legais exigidos, a própria codificação para o
VIN (chassi) dos veículos por ele produzidos. Não é necessário decorar a decodificação de
todos os veículos, mas é importante ter essa informação sempre disponível para consulta.

2.3. Fases do VIN

1ª FASE - Antes da RESOLUÇÃO Nº 659/85 - CONTRAN

Até o ano de 1982 não existia na marcação do número de chassi descrições detalhadas
sobre o veículo. Cada montadora gravava em seus veículos da forma que lhe conviesse,
sem que existisse um vínculo entre os sinais identificadores e o veículo fabricado.

Essa gravação poderia ser diretamente na estrutura fixa do veículo, bem como em uma
plaqueta fixada posteriormente conforme os exemplos abaixo.

2ª FASE - RESOLUÇÃO Nº 691/88 - CONTRAN

Regulamentou a marcação do VIN (chassi) em 17 caracteres, dividido em três seções


(WMI/VDS/VIS). Marcação conforme ABNT NBR 6066. Criou padrões nas quais as
Montadoras teriam 180 dias para se adaptarem. Em vigor a partir de janeiro de 1985 até 31
de maio de 1988.

42
 1981 - FIAT;

 1982 - SCANIA;

 1983 - VOLKSWAGEM;

 1984 - FORD e GENERAL MOTORS (GM).

A FIAT passou a gravar o VIN (chassi) com os 17 caracteres em 1981, sem designar o ano,
já a FORD começou em 1984, porém designando o ano na 11ª posição, posteriormente se
adequando a 10ª posição conforme RESOLUÇÃO Nº 691/88 - CONTRAN. As duas
montadoras só passaram a gravar corretamente o VIN (chassi) em 1987.

3ª FASE - Antes da RESOLUÇÃO Nº 691/88 - CONTRAN

Os veículos passaram a receber obrigatoriamente gravações dos 08 (oito) últimos


caracteres no VIN (chassi). e este conjunto de caracteres é de nomina do VIS.

O VIS passou a ser gravado nos vidros do veículo (para-brisa, traseiro e laterais de ambos
os lados). Nesta fase também se tornou obrigatório à utilização de plaquetas e etiquetas
autodestrutivas (03-três) com a gravação do VIN e ou VIS, as quais são fixadas na coluna da
porta, assoalho e compartimento do motor. O 10º dígito passou a ser considerado o ANO
de fabricação do veículo.

E m vigor a partir de junho de 1988 até 31 de dezembro de 1998, durou 10 (dez) anos esta
fase.

4ª FASE - RESOLUÇÃO Nº 024/98 - CONTRAN

Exclui à etiqueta autodestrutiva do assoalho. Estabelece que o 10º dígito do número no


VIN (chassi) passa a ser ANO/MODELO do veículo. Em vigor a partir de 01 de janeiro de 1999
até a atualidade .

2.4. Tipos de Gravação do VIN (Chassi)

As formas de gravação do VIN podem ser observadas na identificação do motor.

A gravação da codificação VIN pode ser realizada ante sou após a pintura final do
veículo pela montadora, portanto é importante que você observe que tipo de gravação
esta examinando.

43
 Estampada, Pinada ou Puncionada;
 Pontilhada ou Ponto a Ponto;
 Prensada;
 Ponto aobre Ponto;
 Escavada, Fresada.
Estampada, Pinada Ou Puncionada:

Forma mais antiga e comum, a gravação é feita por pressão, produzindo baixo relevo,
pode ser mecânica ou manual.

Pontilhada ou Ponto a Ponto:

Segue o mesmo padrã o da gravação ponto a ponto, entretanto, os pontos encontram-


se unidos e pouco sobrepostos.

Prensada:

A gravação é feita por pressão, produzindo alto relevo, letras mais arredondadas.

Ponto sobre Ponto:

Feita com uma agulha rotativa, gravando pontos sobrepostos, marcação a junção da
marcação.

44
Escavada ou Fresada:

Atualmente, é o mais moderno, observar o padrão de gravação através do encontro


inicial e final do caractere (fundo do número brilhante e com etiqueta adesiva transparente
sobre posta).

2.5. Características físicas da codificação do VIN (Chassi)

Espaçamento:

É a distância entre os caracteres, medida entre os eixos de dois dígitos;

Alinhamento:

É a disposição de caracteres dentro de limites inferior e inferior, os quais são linhas


imaginárias;

45
Profundidade:

É a disposição de caracteres dentro de limites inferior e inferior, os quais são linhas


imaginárias;

2.6. VIN (chassi) quanto a sua essência

ORIGINAL: A quele gravado de forma manual ou mecanicamente, pela montadora para


individualizar o veículo;

Regravado Legalmente: Aquele, equivalentemente à verdadeira codificação, gravado


no veículo quando a codificaçã o original tiver sido danificada por corrosão, acidente ou
fraude. (A pós-recuperação do veículo);

 Solicitar Autorização junto ao DETRAN,


pessoalmente ou via Despachante de Trânsito
credenciado;

 Regravado em Concessionárias da marca do


veículo.

Regravado Ilegamente: Aquele que não equivale à verdadeira codificação, gravado


fraudulentamente.

2.7. Fabricação Artesanal

Resolução nº 752/92 – CONTRAN: Todos devem possuir 17 caracteres na gravação do


VIN:

1º. 2º e 3º dígitos = 9EZ (artesanal)

4º e 5º dígitos = UF (Unidade de Federação)

46
6º e 7º dígitos = Tipo do veículo (tabela RENAVAM)

8º e 9º dígitos = Capacidade de carga (tabela RENAVAM)

10º dígito = Ano de fabricação;

11º, 12º e 13º dígitos = Identificação do Detran/Ciretran;

14º, 15º, 16º e 17º dígitos = nº de série do chassi.

3. Itens Agregados e verificação interna

A partir da criação do Sistema RENAVAM, o veículo sai de fábrica com seus dados
relaciona dos em uma planilha. Entre esses dados estão o VIN, e a codificação dos
agregados:

 Plaquetas; Etiquetas; Motor ; Caixa de câmbio; Car roçar ia; Eixos; Vidros; .

 Demais agregados: Cinto de segurança; Bomba injetora; Chave; Tampa; etc.

Os dados que alimentam o computador central do Sistema RENAVAM (na BIN) , mesmo
antes do veículo ser emplacado (pré-cadastramento) . Após o pr imei ro emplacamento
(atual ização cadastral ), o cadastro continuará ativo durante toda a sua vida úti l e o
mesmo depois de baixa, sendo que nos casos de substituição do agregado, como por
exemplo motor ou caixa de câmbio, esta informação somente constará no cadastro da
base estadual onde ocor reu a troca.

3.1. Plaquetas e Etiquetas

47
Tanto a plaqueta quanto as etiquetas são elementos de grande importância na
identificação veicular. A utilização da plaqueta de identi f icação remonta o início de
produção de veículos nacionais, enquanto as etiquetas foram instituídas mais
recentemente, através da RESOLUÇÃO Nº 659/85 - CONTRAN.

Algumas peças apresentam dados importantes como o número de peças ou a data de


fabricação da mesma. Até 1988 era obrigatória a plaqueta, após essa data, tornou-se
opcional sua colocação nos veículos.

Plaqueta: A Plaqueta de Identi f icação possui como caracter ísticas a codi f icação do
VIN (chassi), é moldada em mater ial sensível , geralmente alumínio, gravada em baixo ou
em alto relevo.

Etiqueta: O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), através da RESOLUÇÃO Nº 691/88


- CONTRAN, determinou a introdução de novos pontos de identificação nos automóveis,
apartir de então, todos os veículos nacionais passaram a sair das fábricas com três etiquetas
adesivas, nos seguintes lugares:

 Na coluna da porta;
 No assoalho sob o banco do passageiro;
 Na coluna do amortecedor;

Com a publicação de RESOLUÇÃO Nº 24/98 - CONTRAN, que revogou a 691/88, a


etiqueta afixada no assoalho deixou de ser obrigatória, porém grande parte das
montadoras a mantém.

A Etiqueta possui como características a autodestruição na tentativa de remoção, é


fabricada em papel especial de segurança, possuem pequenos cristais que lhe confere um
brilho inconfundível, são resistentes à ação de solventes (ex.: acetona), as originais contêm,
além do emblema do fabricante, o mapa do país de origem em diversos pontos, visto
apenas com lanterna própria (luz ultravioleta), é peça única, encontram-se fixadas de

48
modo uniforme em relação a sua superfície, não apresenta, via de regra, dobras, borrões,
dilaceração, etc, e no Brasil, geralmente são produzidas pela 3M.

3.2. Motor

No ano de 2006 através da regulamentação da RESOLUÇÃO Nº 166/ 1996 - CONTRAN, a


qual dentre outras coisas, incorporou o número do motor à identidade do veículo,
estabelecendo critérios nos procedimentos quando do registro de veículos no que se refere
à numeração do motor.

A RESOLUÇÃO Nº 250/07 - CONTRAN revogou a 199/2006 e permitiu que o agente do


Detran declarasse a procedência licita dos motores de difícil acesso quanto a visualização
do numero do motor , desde que houvesse uma declaração do propr ietár io devidamente
firmada, quanto a sua procedência.

Em 26 de Junho de 2008, foi publ icada a RESOLUÇÃO Nº 282/08 - CONTRAN que


estabeleceu critér ios ainda mais r ígidos para a vistor ia e regular ização dos motores,
revogando assim a resolução 250 CONTRAN, sendo a parti r de então instituído a obr igator
iedade da ver ificação da compatibi l idade do numero do motor com o número
cadastrado na BIN (base nacional), base estadual e documento CRV apresentado no
momento da vistoria.

Características do Motor

Tanto os motores quanto as de mais peças automotivas, geralmente apresentam


irregularidades quando observadas de perto, são as chamadas rugosidades e suas

49
características dependem do método utilizado para sua fabricação. A rugosidade são
imperfeições macro e/ou microscopias que podem ou não segui r um padrão. No Brasil, os
conceitos de rugosidade superficial são definidos pela norma ABNT NBR 6405- 1985.

Fundição em areia - A fundição em areia é o método mais utilizado na fabricação do


bloco do motor e suas peças, sua rugosidade é proveniente do preenchimento do metal
líquido nas imperfeições da Superfície da areia compactadan (molde), já que nesta
técnica utiliza-se um molde feito de areia úmida compactada.

Em muitos veículos a numeração do motor é gravada di retamente no bloco do motor


sem nenhuma preparação previa da super f ície. Assim, marcações geradas dessa forma
conservam a textura original.

Usinagem - Compreende todo processo mecânico onde a fabricação da peça é


resultado de um processo de remoção de material, podem ser efetuados através de
fundição, torneamento, serramento, eletroerosão e o mais comum em peças para veículos,
afresagem e/ou retifica. Em algumas marcas e modelos de veículos, afresagem e retifica
com rebolo são técnicas utilizadas para preparação da superfície do local de gravação do
número do motor. É possível identificar que uma superfície foi usinada pelas ranhuras em
forma de curvas, de forma homogênea, continua e organizada.

50
3.3. Caixa de câmbio

Uma caixa de câmbio, caixa de marchas ou caixa de velocidades de um automóvel


serve para dividir a rotação do motor para o diferencial ou diretamente para as rodas, por
forma a transformar a potência do motor em força ou velocidade, dependendo da
necessidade.

T ipos de Câmbio:
 Caixa de marcha;
 Câmbio: automático convencional; automático; CVT; manual;
 CVT e Robotizada.

3.4. Caixa de transferência

Caixa de Transferência ou T - case do inglês (transfer case) é o componente responsável


por acoplar os cardans traseiros com os dianteiros e mover seu Troller com traçã o nas
quatro rodas.

3.5. Eixo

O Eixo, tecnicamente uma interface entre a roda e o chassi de um veículo. Em veículos


com sistema de eixos duplos ou triplos (ex.; caminhão), um eixo conecta as rodas dos dois
lados e a suspensão, responsável pelo suporte para os pneus.

51
3.6. Carroceria

É a parte do veículo destinado a


carregar carga ou passageiros, incluindo
bagagem. Nos caminhões é a parte que
carrega carga, a conhecida caçamba,
no carro é simplesmente a cabine de
passageiros, ou habitáculo, ou algo assim.

52
3.7. Chave

As chaves de um veículo são únicas, podendo ser do modelo simples ou codificada. Nos
veículos mais antigos, as chaves possuíam um simples segredo mecânico, o qual era
esculpido em uma lâmina metálica. Atualmente, o proprietário de um carro novo recebe
da concessionária um cartão, com um código eletrônico e um código mecânico das
chaves, a principal e a reserva. Dessa forma, é como se cada automóvel tivesse o seu
próprio “documento de identidade”. Logo, não dá para pegar uma chave semelhante ou
fazer a cópia apenas do segredo mecânico, pois o veículo não abrirá e o motor nem ligará.

53
Módulo VI - Equipamentos Obrigatórios

54
1. Equipamentos Obrigatórios

Regulamentado através da RESOLUÇÃO Nº 014/98 - CONTRAN, a qual estabelece os


equipamentos obrigatórios para a frota de veículos em circulação e dá outras providências.

O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o


inciso I, do art. 12, da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de
Trânsito Brasileiro – CTB e conforme o Decreto 2.327, de 23 de setembro de 1997, que
tratada coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;

CONSIDERANDO o art. 105, do Código de Trânsito Brasileiro;

CONSIDERANDO a necessidade de proporcionar às autoridades fiscalizadoras, as


condições precisas para o exercício do ato de f iscal ização;

CONSIDERANDO que os veículos automotores, em circulação no território nacional,


pertencem a di ferentes épocas de produção, necessitando, portanto, de prazos para a
completa adequação aos requisitos de segurança exigidos pela legislação; resolve:

Art. 1º Para ci rcular em vias públ icas, os veículos deverão estar dotados dos
equipamentos obr igatór ios relacionados abaixo, a serem constatados pela f iscal ização e
em condições de funcionamento:

2. Quanto aos equipamentos obrigatórios de uso comum

 Buzina;
 Cinto de segurança;
 Chave de fenda ou ferramenta;
 Chave de Roda;
 Triângulo;
 Dispositivo destinado ao controle de ruído do motor (escapamento);
 Cinto de segurança da Árvore de transmissão;
 Encosto de cabeça assentos dianteiros;
 Encosto de cabeça assentos traseiros;
 Espelho retrovisor lado direito;
 Espelho retrovisor lado esquerdo;

55
 Espelho retrovisor interno;
 Extintor de Incêndio (quando aplicável);
 Faróis principais dianteiros;
 Freios de estacionamento e de serviço, com comandos independentes, para
veículos com capacidade superior a 750 quilogramas e produzidos a partir de
1997;
 Lanternas de freio;
 Lanterna de iluminação da placa traseira;
 Lanternas de posição traseiras;
 Lanterna de marcha é ré (quando obrigatório);
 Lanternas indicadoras de direção dianteiras;
 Lanternas indicadoras de direção traseiras;
 Lavador de para-brisa (quando obrigatório);
 Limpador de para-brisa;
 Luzes de posição dianteiras (faroletes);
 Macaco (quando obrigatório);
 Para-sol (quando obrigatório);
 Para-choque dianteiro;
 Para-choque traseiro (quando aplicável);
 Pneus e Rodas;
 Estepe - Pneu e roda sobressalente (quando obrigatór io);
 Velocímetro;
 Para-brisa;
 Vidros de segurança;
 Tacógrafo (quando aplicável);
 Protetores das rodas traseiras;
 Retro- refletores (catadióptrico) traseiros;
 Faixa Refletiva (quando aplicável);
 Lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos veículos de carga;
 Protetor Lateral;
 Dispositivo destinado ao controle de ruído do motor (escapamento) de
motonetas, motocicletas e triciclos.

56
BUZINA - Deve ser verificado se a mesma está em condições, quanto ao seu
funcionamento e existência;

CINTO DE SEGURANÇA - Deve ser ver i f icado se o mesmo está em condições, quanto ao
seu estado geral. f ixação, quantidade e funcionamento dos fechos.

A partir de 01/01/1999, cinto de segurança gradual de três pontos. Nos assentos centrais
do banco traseiro, o cinto poderá ser do tipo subabdominal; Não aplicável para os
passageiros, nos micro-ônibus e ônibus e para veículos destinados ao transporte de
passageiros em percurso que seja permitido viajarem em pé.

FERRAMENTAS (macaco e chave de fenda/ rodas e/ou similar) - Deve ser verificado pelo
vistoriador se as ferramentas estão em condições, quanto à existência (quando
obrigatórias), funcionamento e conservação. Veículos que estão isentos desses itens:

 Pneus capazes de trafegar sem ar, ônibus/micro-ônibus de transporte urbano;


caminhões para transporte de lixo e de concreto; veículos blindados para
transporte de valores.

CHAVE DE RODAS - Deve ser ver i f icado pelo vistor iador se a chave de rodas está em
condições, quanto à existência (quando obrigatórias) e conservação. Este item está isento
de obrigatoriedade quando o veículo estiver equipado com:

 Pneus capazes de trafegar sem ar ou aqueles equipados com dispositivo


automático de enchimento emergencial;
 Ônibus/Micro-ônibus do transporte urbano de passagei ros, nos municípios;
 Caminhões dotados de características específicas para transporte de lixo e de
concreto;
 Veículos de carroçaria blindada para transporte de valores.

TRIÂNGULO DE SEGURANÇA - Deve ser verificado pelo vistoriador se o mesmo está em


condições quanto a sua existência e conservação.

DISPOSITIVO DESTINADO AO CONTROLE DE RUÍDO DO MOTOR (escapamento) - Deve ser


verificado pelo vistoriador se o dispositivo está em condições quanto a sua existência,
fixação e conservação.

CINTO DE SEGURANÇA DA ÁRVORE DE TRANSMISSÃO - Deve ser verificado se o mesmo

57
está em condições quanto a sua existência (quando obrigatór io), fixação e conservação.

ENCOSTO DE CABEÇA ASSENTOS TRASEIRO - Deve ser verificado pelo vistoriador se os


encostos de cabeça estão em condições quanto a sua existência (quando obrigatório),
fixação e conservação. Obrigatório em automóveis, nacionais ou importados, produzidos
apartir de 1º de janeiro de 1012, exceto nos assentos centrais.

ESPELHO DE RETROVISOR DIREITO - Deve ser verificado pelo vistoriador se o espelho


retrovisor está em condições quanto a sua existência (quando obrigatório), fixação,
conservação, ajuste e visibilidade.

ESPELHO RETROVISOR ESQUERDO - Deve ser verificado pelo vistoriador se o espelho


retrovisor está em condições quanto a sua existência, fixação, conservação, ajuste e
visibilidade.

ESPELHO RETROVISOR INTERNO - Deve ser verificado pelo vistoriador se o espelho retrovisor
está em condições quanto a sua existência (quando obr igatório), fixação, conservação,
ajuste e visibilidade.

Atenção! A partir de primeiro de janeiro de 2014, os veículos especialmente destinados à


condução coletiva de escolares, somente poderã o circular nas via s públicas do território
nacional se estiverem equipados com dispositivos para visão indireta, dianteira e traseira.

EXTINTOR DE INCÊNDIO - Deve ser verificado pelo vistoriador se o extintor de incêndio está
em condições quanto a sua existência (quando obrigatório), conformidade, fixação,
localização, conservação, capacidade e pressão interna.

É obrigatório o uso do extintor de incêndio para caminhão, caminhão-trator, micro-


ônibus, ônibus, veículos destinados ao transporte de produtos inflamáveis, líquidos, gasosos e
para todo veículo utilizado no transporte coletivo de passageiros.

É facultativo o uso do extintor de incêndio, para automóveis, utilitários, camionetas,


caminhonetes e triciclos de cabine fechada, instalado na parte dianteira do habitáculo do
veículo, ao alcance do condutor. O tipo e capacidade dos extintores deverão ser
verificados em legislação pertinente.

FARÓIS PRINCIPAIS DIANTEIROS - Deve ser verificado pelo vistoriador se os faróis principais

58
estão em condições quanto a sua existência, cor emitida, fixação e conservação.

FREIOS DE ESTACIONAMENTO E DE SERVIÇO COM COMANDOS INDEPENDENTES - Deve ser


verificado pelo vistoriador se os freios de estacionamento e de serviço estão em condições,
quanto a sua independência (dos seus comandos), fixação e conservação. Para os
reboques e semirreboques serão considerados os veículos com capacidade superior a 750
quilogramas e produzidos a partir de 1997.

LANTERNAS DE FREIO - Deve ser verificado pelo vistoriador se as lanternas de freio estão
em condições, quanto a sua existência, cor emitida, fixação e conservação.

LANTERNAS DE ILUMINAÇÃO DA PLACA TRASEIRA - Deve ser verificado pelo vistoriador se a


lanterna de iluminação da placa traseira está em condições, quanto a sua existência, cor
emitida, fixação e conservação.

LANTERNAS DE POSIÇÃO TRASEIRA/DIANTEIRA - Deve ser verificado pelo vistoriador se as


lanternas de posição traseiras estão em condições, quanto a sua existência, cor emitida,
fixação e conservação.

LANTERNA DE MARCHA À RÉ (quando obr igatória) - Deve ser verificado pelo vistoriador se
a lanterna de marcha à ré está em condições, quanto a sua existência, cor emitida, fixação
e conservação. Veículos produzidos até 31 de dezembro de 1989 não tem a
obrigatoriedade de dispor da lanterna de marcha à ré e retrorrefletores.

LANTERNAS INDICADORAS DE DIREÇÃO DIANTEIRAS - Deve ser verificado pelo vistoriador


se as lanternas indicadoras de direção estão em condições, quanto a sua existência, cor
emitida, fixação e conservação.

LANTERNAS INDICADORAS DE DIREÇÃO TRASEIRAS - Deve ser verificado pelo vistoriador se


as lanternas indicadoras de direção estão em condições, quanto a sua existência, cor
emitida, fixação e conservação.

LANTERNAS DE POSIÇÃO DIANTEIRAS - Deve ser verificado pelo vistoriador se as lanternas


de posição dianteiras estão em condições, quanto a sua existência, cor emitida, fixação e
conservação.

LAVADOR DE PARA-BRISAS (quando obrigatório) - Deve ser verificado pelo vistoriador se

59
os limpadores e lavadores de para-brisas estão em condições, quanto a funcionamento,
existência, fixação e conservação.

Para os lavadores de para-brisas a isenção da obrigatoriedade se deu da seguinte


forma: Automóveis ou camionetas der ivadas de veículos produzidos antes de 1º de Janei ro
de1974, utilitários e veículos de carga, ônibus e micro-ônibus produzidos até 1º de janeiro de
1999.

LIMPADOR DE PARA-BRISAS - Deve ser verificado pelo vistoriador se os limpadores e


lavadores de para-brisas estão em condições, quanto a funcionamento, existência, f ixação
e conservação.

MACACO - Deve ser verificado pelo vistor iador se o macaco está em condições, quanto
à existência (quando obrigatórias), funcionamento e conservação. Este item está isento de
obrigatoriedade quando o veículo estiver equipado com pneus capazes de trafegar sem ar
ou aquele equipado com dispositivo automático de enchimento emergencial,
ônibus/micro-ônibus do transporte urbano de passageiros, nos municípios, caminhões
dotados de características especí f icas para transporte de lixo e de concreto e veículos de
carroçaria blindada para transporte de valores.

PARA-SOL (quando obrigatório) - Deve ser verificado pelo vistoriador se o para-sol está
em condições, quanto a sua: existência, fixação e conservação.

PARA-CHOQUE DIANTEIRO - Deve ser verificado pelo vistoriador se o para-choque


dianteiro está em condições, quanto a sua existência, fixação, corrosão e deformações e
saliências cortantes.

PARA-CHOQUE TRASEIRO (quando aplicável) - Deve ser verificado pelo vistoriador se o


para-choque dianteiro está em condições, quanto a sua existência, dimensão, fixação,
corrosão e deformações.

 Res 592 e 593 24/05/2016 Ficam dispensados do para-choque traseiro:

I – inacabados ou incompletos;

I I – caminhões-tratores;

I I I – produzidos especialmente para cargas autoportantes e veículos muito longos que

60
necessitem de Autorização Especial de Trânsito (AET);

IV – aqueles nos quais a aplicação do para-choque traseiro especificado nesta


Resolução seja incompatível com a sua utilização. Neste caso, a estrutura que substitui o
para- choque deverá atender os esforços estabelecidos nos ensaios descritos no Item 4 do
Anexo I, por meio de relatório de ensaio, altura máxima do solo de 450 mm;

V – veículos completos da categoria N2 e N3 que possuam para-choque traseiro


incorporado ao projeto original do fabricante do veículo automotor;

VI – veículos de uso bélico;

VI I – de coleção;

VI I I – exclusivos para uso fora de estrada;

IX – destinados à exportação;

X – rebocados destinados ao transporte de cargas indivisíveis (carrega tudo).

PNEUS E RODAS - Deve ser verificado pelo vistoriador se os pneus e rodas estão em
condições, quanto a desgaste da banda de rodagem dos pneus, tamanho dos pneus e
rodas, tipo dos pneus, simetria dos pneus e rodas e estado geral dos pneus e rodas.

É proibida a utilização de rodas/pneus


que ultrapassem os limites externos dos
paralamas do veículo, bem como aumentar
ou diminuir o diâmetro externo do conjunto
pneu/roda. A profundidade da banda de
rodagem não poderá ser inferior a 1,6mm
de profundidade e ou a banda de rodagem chegar até a marca do “TWI” que compõem
o pneu. Os pneus devem ser simétr icos no mesmo eixo, ou seja, que o tipo de construção
da carcaça, as dimensões, capacidade de carga e montagem sejam idênticos em ambos
os lados do eixo.

ESTEPE - PNEU E RODA SOBRESSALENTE (quando obrigatório) - Deve ser verificado pelo
vistoriador se o estepe (pneu e rodas sobressalente) está em condições, quanto a sua
existência, fixação e conservação. Este item está isento de obrigatoriedade quando o

61
veículo estiver equipado com pneus capazes de trafegar sem ar ou aquele equipado com
dispositivo automático de enchimento emergencial, ônibus/micro-ônibus do transporte
urbano de passageiros, nos municípios, caminhões dotados de características específicas
para transporte de lixo e de concreto e veículos de carroçaria blindada para transporte de
valores.

VELOCIMETRO - Deve ser verificado pelo vistoriador se o velocímetro está em condições,


quanto a sua existência e integridade aparente. Não aplicável em veículos dotados de
registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, integrado.

PARA-BRISA - Deve ser verificado pelo vistoriador se os vidros estão em condições, quanto
a sua existência, danificado, conservação e aplicação de película não regulamentada.
Para este item deverá ser analisada a Resolução Nº 254/07- CONTRAN.

A transmissão luminosa não poderá ser infer ior a 75% para os vidros incolores dos para-
brisas e 70% para os para-brisas coloridos e demais vidros indispensáveis à dirigibilidade do
veículo.

VIDROS DE SEGURANÇA - Deve ser verificado pelo vistoriador se os vidros estão em


condições, quanto a sua existência, danificado, conservação e aplicação de película não
regulamentada. Para este item deverá ser analisada a Resolução Nº 254/07- CONTRAN.

REGISTRADOR INSTANTÂNEO E INALTERÁVEL DE VELOCIDADE E TEMPO (quando aplicável) –


Deve ser verificado pelo vistoriador se o tacógrafo está em condições, quanto a sua
existência, integridade aparente e lacre. O registrador instantâneo e inalterável de
velocidade e tempo será exigido nos veículos detransporte e condução de escolares, nos
de transporte de passageiros com mais de dez lugares e nos de carga com capacidade

62
máxima de tração superior a 19 tonelados. A partir de 1° de janeiro de 1999 o registrador
instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, será exigido para os veículos de carga,
com o seu peso bruto total superior a 4.536 kg.

Não será exigido para: Veículos de carga fabricados antes de 1991, excluídos os de
transporte de escolares, de cargas per igosas e de passageiros (ônibus e micro-ônibus), até
1° de janeiro de 1999. Nos veículos de transporte de passageiros ou de uso misto, registrados
na categoria particular e que não realizem transporte remunerado de pessoas.

PROTETORES DAS RODAS TRASEIRAS (quando aplicável) - Devem ser verificado pelo
vistoriador se os protetores de rodas traseiros estão em condições, quanto a sua existência,
fixação e conservação. Este item somente será exigido para Caminhão e Caminhão Trator.

RETRORREFLETORES (catadióptrico) TRASEIROS - Deve ser verificado pelo vistoriador se os


retrorrefletores traseiros estão em condições, quanto a sua existência, cor emitida, fixação e
conservação. Veículos produzidos até 31 de dezembro de 1989 não tem a obrigatoriedade
de dispor da lanterna de marcha à ré e retrorrefletores.

FAIXA REFLETIVA (quando aplicável) - Deve ser verificado pelo vistoriador se as faixas
refletivas estão em condições, quanto a sua existência e número suficiente.

Resolução Nº316 e 317/09 - CONTRAN dispõe da obr igatoriedade de ter a faixa refletiva
instalada nos veículos de transporte de cargas e transporte coletivos de passageiros. A
Portaria 20/2002 do DENATRAN especifica como instalar a faixa refleiva em cada categoria
de veículo (alterada pela Portaria DENATRAN 1.164/2010). Para instalação da faixa em
para-choques de veículos de carga, considerar a RESOLUÇÃO Nº152/2003 - CONTRAN
(alterada pela Res. 366/10 - CONTRAN).

63
LANTERNAS DELIMITADORAS TRASEIRAS E LANTERNAS LATERAIS NOS VEÍCULOS DE CARGA –
Deve ser verificado pelo vistoriador se as lanternas estão em condições, quanto a sua
existência, cor emitida, fixação e conservação. Resolução Nº 383/2011 - CONTRAN, Anexo I,
Apêndice 7, presença obrigatória para veículos que excedem a 2,10m de largura; opcional
em veículos entre 1,80m a 2,10m de largura; e opcional em veículo de carroçaria aberta as
lanternas traseiras.

PROTETOR LATERAL - Deve ser verificado pelo vistoriador se está em condições quanto à
existência e conservação. Resolução Nº 377/2011 - CONTRAN, o protetor é obrigatório para
os veículos (Caminhão, reboque e semirreboque) fabricados depois de 01/01/2011 e os
veículos que forem instalados algum tipo de implemento (CSV).

DISPOSITIVOS DESTINADOS AO CONTROLE DE RUÍDO DO MOTOR (escapamento) DE


MOTONETAS, MOTOCICLETAS E TRICICLOS - Deve ser verificado pelo vistoriador se o
dispositivo destinado ao controle de ruído do motor está em condições, quanto a sua
existência, fixação e conservação. Resolução Nº 288/2010 - CONTRAN, Dispositivo destinado
ao controle de ruído do motor deverá conter também redutor de temperatura após
01/01/2009 (não se aplica aos ciclomotores).

3. Transporte Escolar

Somente será permitido o transporte de escolares em veículos do tipo camioneta, micro-


ônibus e ônibus.

CAMIONETA: veículo misto destinado ao transporte de passageiros e carga no mesmo


compartimento.

64
MICRO-ÔNIBUS: veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para até
vinte passageiros.

ÔNIBUS: veículo automotor de transporte coletivo com capacidade para mais de vinte
passageiros, ainda que, em virtude de adaptação com vista à maior comodidade destes,
transporte número menor.

Deverá ter obrigatoriamente:

 Equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo


(cronotacógrafo);

 Pintura de faixa hor izontal na cor amarela, com quarenta centímetros (40cm) de
largura, à meia altura, em toda a extensão das partes laterais e trasei ra da car roçar
ia, com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de car roçar ia
pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas devem ser invertidas;

 Dispor de lanterna de luz branca, fosca ou amarela nas extremidades da parte


superior dianteira do veículo e lanternas de luz vermelha dispostas na extremidade
superior da parte traseira;

65
 Faixa refletiva nas laterais e na traseira do veículo;

 Apresentar quantidade de cintos de segurança em número igual à lotação;

 Veículo registrado como aluguel (placa vermelha), no caso de particulares que


prestam este tipo de transporte especializado ou como oficial (placa branca), no
caso do veículo pertencente ao Município, Estado ou União;

 Extintor de incêndio, instalado na parte dianteira do veículo, com peso de 4kg e


carga do tipo ABC;

 Dispositivo de ruptura de vidro tipo martelo ou equivalente, e número mínimo de seis

66
para os ônibus e quatro para os micro-ônibus, ou ser dotado de janelas de
emergência com mecanismo de abertura.

 A abertura dos vidros móveis superiores, exceto as janelas de acabamento e/ou


complementação, por questões de segurança, deve ser de 150 mm (tolerância de -
5e +10 mm) em cada uma das folhas, que contará com limitadores de abertura,
fixado nas estruturas das esquadrias, e de difícil remoção (Exigência extraída da
Cartilha “Programa Caminho da Escola”, elaborado pelo Inmetro);

 Dispositivo de visão indireta (espelhos retrovisores e/ou câmeras). Parte Frontal.

O campo de visão deve ser tal que permita ao condutor ver, pelo menos, uma área
horizontal e plana de estrada, delimitada por:

 Um plano transversal e vertical que passa pelo ponto externo mais sal iente da
cabine do veículo,
 Um plano transversal e vertical situado a 2.000 mm à frente do veículo,
 Um plano vertical e longitudinal paralelo ao plano vertical, longitudinal e médio
que passa pelo lado externo mais saliente do veículo do lado do condutor, e;
 Um plano vertical longitudinal paralelo ao plano vertical, longitudinal e médio
situado a 2.000 mm do lado externo mais saliente do veículo e oposto ao lado do
condutor. A frente deste campo de visão oposto ao lado do condutor poderá ser
arredondada com um raio de 2.000 mm.

67
Se os veículos dessas categorias com outras caracter ísticas de construção relativas à
carrocer ia não puderem preencher os requisitos utilizando um espelho frontal, poderá ser
utilizado um dispositivo do tipo câmera-monitor. Se nenhuma destas opções
proporcionarem o campo de visão adequado, poderá ser utilizado outro dispositivo para
visão indireta. Este dispositivo, se instalado, deverá ser capaz de detectar um objeto de 50
cm de altura, com um diâmetro de 30 cm, dentro do campo de visão definido.

 Dispositivo de visão indi reta (espelhos retrovisores e/ou câmeras). Parte Traseira.

O Campo de Visão nº 7 – (CV 7) , detalhado na f igura 12, deve ser tal que permita ao
condutor ver, pelo menos, uma área hor izontal e plana de estrada, del imitada por :

 Um plano vertical alinhado pelo ponto extremo da retaguarda do veículo


completo e perpendicular ao plano longitudinal vertical médio do veículo,
 Um plano vertical paralelo ao plano anter ior e situado a uma distância de 2.000
mm deste (em relação à retaguarda do veículo),
 Dois planos longitudinais verticais paralelos ao plano longitudinal vertical médio do

68
veículo, e passando pelos pontos extremos de ambos os lados do veículo.
Se os veículos destas categorias não puderem preencher os requisitos mediante a
utilização de um dispositivo do tipo câmera-monitor, devem ser instalados outros dispositivos
para visão indireta, que deverão permitir a detecção de um objeto de 50 cm de altura e 30
cm de diâmetro dentro do campo de visão definido.

3.1. Procedimentos de Inspeção

É aconselhável a utilização de fita métrica capaz de aferir uma distância mínima de 2000
mm e 04 cones com altura de 500 mm, seguindo as seguintes instruções:

Posicione um cone em cada extremidade da traseira do veículo;

Coloque os outros cones paralelos a cada lateral do veículo a uma distância de 2metros,
utilize a fita métrica, conforme as figuras abaixo:

A câmera deverá filmar os 04 cones e o monitor deverá mostrá- los.

Imperioso mencionar que, adicionalmente aos itens de inspeção supramencionados,


serão verificados todos os sistemas e componentes que integram o veículo (freio, suspensão,
direção, iluminação, sinalização, equipamentos obrigatórios e proibidos, pneus e
complementares), de forma a garantir a segurança dos escolares.

69
4. Veiculos Categoria Aprendizagem

Os veículos de aprendizagem devem estar equipados com duplo comando de freio e


embreagem e retrovisores internos extras para uso do instrutor e examinador, além dos
equipamentos obrigatórios previstos na legislação.

 As faixas e a inscrição “AUTOESCOLA” deverão ser em material refletivo.


 A faixa sobre o capô deverá ser posicionada no ponto frontal mais avançado
possível;
 A inscr ição poderá ter leve arco para acompanhar a sinuosidade do veículo;
 A inscrição "AUTOESCOLA" poderá ser dividido em duas partes para desviar
obstáculos como maçanetas, fechaduras, logomarcas em alto ou baixo relevo;
 A área destinada a IDENTIFICAÇÃO, poderá conter a logomarca, nome,
endereço, telefone e endereço eletrônico.

Região envidraçada será permitida o uso de insulfilm desde que cumpra o contido na
legislação específica vigente, não é permitido adesivo, pel ícula decorativa, propaganda,
plotagens, envelopamentos, faixas decorativas distintas da cor do veículo devem sof rer
aval iação e aprovação do setor competente dentro dos DETRANs.

70
Módulo VII - Adulteração Veicular

71
1. Adulteração veicular

A prática de adulterar um ou demais componentes e/ou equipamentos de um veículo é


crime, enquadrado junto ao Código Penal Brasileiro.

CÓDIGO PENAL - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940

Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de


veículo automotor, de seu componente ou equipamento: (Redação dada pela Lei nº 9.426,
de 1996);

Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996);

§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função públ ica ou em razão dela, a


pena é aumentada de um terço. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996);

§ 2º - Incor re nas mesmas penas o funcionár io público que contribui para o


licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente
material ou informação of icial. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996);

O furto e roubo de veículos, é uma das práticas mais comuns no mundo do crime, e está
movimenta milhões de reais todos os anos em nosso país. A adulteração veicular é uma das
formas de tentar encobrir um crime praticado ou a ser praticado por criminosos.

As principais adulterações veiculares são:

 Numeração do VIN (Chassi);


 Adulteração dos documentos (CRV / CRLV);
 Numeração dos vidros;
 Numero do motor;
 Plaquetas e etiquetas;
 Caracter ísticas gerais do veículo (ex: cor);
 Etc.

2. Objetivos de furto e roubo

PARA USO - Quando o veículo é furtado para uso, quem pratica tal ato o faz com a

72
finalidade de cometer crimes, não altera os sinais identificadores do veículo, visto que o
mesmo será abandonado ou destruído após a prática do crime planejado;

PARA SUBTRAÇÃO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS - Neste caso, o veículo depois de furtado é


levado para um local ermo e retirado as peças e acessórios desejados;

PARA COMERCIALIZAÇÃO - É por causa da comercialização destes veículos que


precisamos estar sempre atentos, pois neste caso o veículo sofrerá processos de
adulteração, tanto documental como nas gravações de suas numerações identificadoras.

3. Tipos de adulterações no VIN (Chassi)

A numeração do VIN (CHASSI) é um dos principais componentes de identificação


veicular adulterado pelos criminosos, com o intuito de impedir a verdadeira identidade do
veículo. Durante esse processo, podemos exemplificar os tipos mais comuns de
adulteração:

 Remoção (seccionamento) ou Destruição;


 Adulteração Simples;
 Implante (enxerto);
 Transplante;
 Recobr imento;
 Descarte e Regravação;
 Dois em um.

REMOÇÃO (SECCIONAMENTO) - consiste no seccionamento de parte ou toda a superfície


na numeração identificadora. Por meio de abrasivos, deixando a superfície sem gravação,
neste caso é importante verificar vestígios de rebaixamento de superfície adulterada. Nota-

73
se também a diferença de apresentação (polimento, brilho, porosidade, etc) em relação
ao restante da peça suporte.

IMPLANTE ou TRANSPLANTE - consiste na substituição ou recobrimento da peça suporte,


uma nova numeração é gravada em uma chapa metálica ou material compatível, e
posteriormente fixada sobre o local onde se acha gravada a numeração de Chassi, a qual
pode ou não ter sido removida anteriormente.

Poderá também ocor rer a substituição parcial ou total da peça suporte, por outra com
gravação original. Importante verificar a existência de emendas, ligas de solda,
imperfeições ao redor da gravação do número do Chassi, isso indica a possível fraude.

REGRAVAÇÃO, REMARCAÇÃO ou DESGASTE - consiste na remoção parcial ou total da


numeração de identificação do veículo, normalmente por meio de abrasivos, para
posterior gravação de outra sequência alfanumérica. Essa adulteração simples pode ser de
um ou mais caracteres, por meio de sobreposição, transformando um determinado
caractere em outro. O desgaste da superfície onde a numeração se encontra gravada,
geralmente é lixada, limada, polida, para tentar encobri a antiga gravação.

Em via de regra, a nova gravação deverá coincidir em dimensão, morfologia,


alinhamento, espaçamento e profundidade de gravação com o original de fábrica, por
isso é importante sempre comparar padrões ao vistoriar veículos.

74
RECOBRIMENTO (peça suporte) - consiste no recobrimento do local destinado a
gravação da numeração do Chassi, por liga metálica de baixa fusão (estanho), ou material
compatível, e posterior gravação da numeração desejada sobre a nova superfície. Tal
modalidade assemelha-se muito ao implante.

Além das adulterações exemplificadas acima, a numeração do Chassi pode sofrer


inúmeras modificações, a fim de encobrir furtos e roubos de veículos, os quais são
modificados para a prática de crimes, revendas irregulares por parte dos criminosos, entre
outros.

Vale ficar atento a qualquer mudança que possa indicar a possibilidade de adulteração
da numeração do Chassi, bem como do restante do veículo.

4. Outras Adulterações Veículares

REMONTAGEM (ou dois em um) - é a utilização de uma longarina retirada de um veículo


geralmente sinistrado (ex.: camioneta, caminhão, cavalo mecânico, etc) onde são
retirados e dispensados todos os componentes, acessórios e agregados, e nesta mesma
estrutura, é remontado outro veículo com peças de um veículo similar roubado/furtado.

Em alguns casos utiliza-se a parte traseira ou dianteira de um determinado veículo, onde


se encontra a gravação original do Chassi, para complementar a montagem, além de
utilizar-se de outras peças (ex.: cabine, motor, caixa de câmbio, etc) podendo ou não ser
adulteradas.

Essa prática é muito comum em carros sinistrados, onde aproveita-se o chassi de um

75
veículo documentado com péssimas condições, remontado o outro em boas condições
físicas, mas sem documentação, podendo ou não já ter sido adulterado.

DUBLÊ ou CLONE - é um veículo furtado/roubado o qual teve suas características físicas


adulteradas, por qualquer processo fraudulento, de modo a portar a codificação de um
veículo autêntico. Em geral, é utilizado documento real (achado, roubado ou comprado)
do veículo autêntico, para que o mesmo possa circular, como se estivesse na legalidade.

PLACAS FALSAS - são aquelas em que ilegalmente a sequência identificadora não cor
responde à sequência original, com a finalidade de dificultar a identificação do veículo, e
consequentemente o propr ietário, com o propósito de burlar a lei .

VIDROS - ocorre por substituição (ver a data), destruição por ação abrasiva ou
polimento, ataque químico, remoção da numeração, numeração divergente, etc. Verificar
vestígios de ranhuras, gravação com angulação suspeita, etc.

ETIQUETAS - a adulteração geralmente ocorre por substituição da tarja central , as bordas


da tarjeta encontram-se nesse caso, separadas do todo. O seccionamento pode estar
encoberto por tinta ou outro produto como corretivo, por exemplo.

A substituição da etiqueta original por uma semelhante, porém essa sem conter os itens
de segurança, não possui mapeamento e tem aspecto fosco, é pouco resistente à ação de
solventes (ex.: acetona). Através de uma lanterna de luz ultravioleta (UV) é possível detectar
vestígios da etiqueta original, salvo quando sofreu repintura ou adulteração de cor. Já a
substituição da etiqueta original, por outra original, contém todos os itens de segurança, tais
como mapas, brilho, resistência a solventes, porém a adulteração só é detectada com
auxílio de luz ultravioleta.

PLAQUETAS - a adulteração nesse caso, geralmente é por substituição, quanto a original


é trocada por outra adulterada. É importante observar sinais que alterem a originalidade de
fábr ica, como rebites substituídos/ rompidos, sinais de abrasão, posição de colocação das
plaquetas, pintura de outra cor sobre as plaquetas ou dados de identificação contidos na
plaqueta.

MOTOR - geralmente a adulteração nos motores acontece simplesmente pela


codificação na numeração existente, o que não impede a troca de todo o bloco do motor

76
por parte dos criminosos. Alguns modelos possuem marcas de usinagem típica: são estrias
regulares seguindo uma trajetória paralela e ligeiramente abaulada.

Nas adulterações por desbaste e regravação as estrias desaparecem ou não possuem


trajetória uniforme. Há modelos de motores cuja superfície apresenta uma porosidade
típica. Nas adulterações, por desbaste e regravação, essa porosidade desaparece
deixando a superfície polida. Nas gravações por pontilhamento, a pressão para a
marcação dos caracteres é exercida de forma tangencial em relação á superfície. Nas
adulterações por desbaste e regravação o pontilhamento dos caracteres perde o formato
da ação tangencial.

Normalmente, a gravação fraudulenta não obedece ao padrão: alinhamento,


espaçamento, calibre e profundidade. Aconselha-se uma limpeza da superfície e examinar
com uma boa lanterna e lupa. Não esqueça de ver a data de fabricação. Assim como na
numeração do VIN (chassi), o motor também pode ter sua numeração adulterada por:

 Remoção - consiste no seccionamento de parte ou toda a superfície na


numeração identificadora;
 Adulteração simples - consiste na modificação de um ou mais caracteres
alfanuméricos;
 Implante - colocação de chapa metálica sobre a superfície da gravação original;
 Ocultação - é o encobrimento da numeração seja por peça ou parte mecânica,
ainda, por chapa metálica ou ligas de solda;
 Substituição do motor - consiste na substituição de todo o bloco do motor;

DEMAIS AGREGADOS- importantíssimo ficar atento a demais agregados, os quais também


podem sof rer com adulterações, tendo sua identi f icação modi f icada, di f icultando
assim ver i f icar sua or iginal idade. Examinar sempre que possível caixa de câmbio, eixos,
bomba injetora, caixa de transferência, cintos de segurança, chaves, etc.

77
Módulo VIII - Vistoria Veicular

78
1. Legislação Pertinente

A vistoria de veículos terrestres é atividade regulada pelo Conselho


Nacional de Trânsito – CONTRAN, em atendimento ao disposto nos arts. 22,
Inciso III e art. 130 e ss (Capítulo XII – Do licenciamento), todos do Código de
Trânsito Brasileiro, instituído pela Lei 9.503/97.

A Resolução 05/98 do CONTRAN especifica que, nos casos de mudança


de características originais, transferência de propriedade e domicílio, os
veículos devem proceder a uma vistoria para verificação dos
equipamentos obrigatórios, sistema de sinalização/iluminação, bem como
a procedência de peças e do próprio veículo, quanto aos elementos de
identificação veicular, permitindo o não licenciamento de veículos sem
condições mínimas de trafegabilidade e/ou, total ou parcialmente,
adulterados ou objeto de crime de roubo/furto e qualquer outro tipo de
fraude.

A vistoria é obrigatória na hora de realizar a transferência ou


regularização do veículo, sendo que podem ter as seguintes finalidades:

 Vistoria para transferência de veículos;


 Laudo Veicular;
 Laudo de Vistoria;
 Vistoria em Trânsito.

2. Conceito de vistoria

É a verificação das características físicas dos veículos e pleno


funcionamento dos seus componentes mecânicos e elétricos. Tem a
finalidade de vistoriar veículos registrados no Estado ou não, para averiguar
se as características e os equipamentos exigidos pela Legislação de Trânsito
estão em perfeitas condições e funcionamento, além de identificar
possíveis irregularidades que não estejam presentes no documento do
veículo. Para ser um vistoriador veicular é necessário ter Curso de Vistoriador

79
Veicular com certificado válido.

Materiais Utilizados

 Palha de aço nº 0;
 Solvente;
 Estopa;
 Chave de fenda e/ou espátula;
 Alicate;
 Espelho;
 Lápis (cópia ou carpinteiro);
 Régua e/ou trena;
 Lupa;
 Lanterna (luz branca e UV);
 Aparelho celular;
 Giz branco;
PALHA DE AÇO N.º 0, SOLVENTE (PREFERÊNCIA ACETONA) E ESTOPA:
Proporcionar a limpeza das regiões examinadas para facilitar detecção de
possíveis vestígios ou indícios de fraude. O uso do solvente e da palha de
aço devem ser brandos, para não destruir ou dificultar a visualização de
possíveis vestígios ou indícios de fraude ou ainda dificultar exames
posteriores. Exames mais agressivos só poderão ser realizados por Peritos
Criminais quando da realização de perícia de constatação de fraude.

CHAVE DE FENDA E/OU ESPÁTULA E/OU ALICATE: Utilizado para remover


possíveis rastros de solda ou massa plástica, ou ainda para remover
parafusos e de mais obstáculos, desde que não danifique a peça
examinada.

ESPELHO: Proporciona que a numeração do VIN (chassi) seja refletida, e


assim auxilia também na visualização de vestígios de fraudes a partir de
ângulos estratégicos.

LUPA: Ampliar e consequentemente melhorar a visibilidade das


características das codificações e dos vestígios de fraude.

80
LANTERNA DE LUZ BRANCA: melhora a visibilidade das regiões a serem
examinadas, proporcionando um exame mais minucioso.

LANTERNA VISÃO OCULAR: específica para visualização via ocular de


detalhes de segurança nas etiquetas, sensíveis ao foco luminoso.

LANTERNA LUZ UV: especifica para visualização e a reflexão de detalhes


de segurança inseridos nas impressões de papéis de documentos oficiais de
identificação veicular (CRV/CRLV e CNH).

GIZ BRANCO: permite examinar quanto a originalidade da base de


gravação do VIS nos vidros.

FITA MÉTRICA: possibilita uma melhor avaliação quanto ao alinhamento e


espaçamento dos caracteres examinados.

3. Etapas da vistoria

 Ver i f icar a codificação VIN (chassi), observando se há indícios de


irregularidades;
 Comparar os dados do documento com as características visualizadas no
veículo;
 Identificar o veículo através dos documentos apresentados;
 Vistoriar os itens do veículo de acordo com a regulamentação atual;
 Decalcar e/ou fotografar o VIN (chassi), utilizando o formulário padrão e/ou
aparelho celular;
a. Se decalque de papel, preencher todos os dados do decalque e
assinar;
b. Se aparelho celular, fazer o login de acesso e não fornecer a senha a
terceiros, bem como preencher corretamente todos os dados e
efetuar imagens nítidas, sem flash, que permitam a identificação.

4. O quê vistoriar?

 Codi f icação do VIN (chassi);


 Nº do motor;
 Etiquetas e plaquetas;
 Placas;

81
 Vidros;
 Demais agregados e componentes;

5. Vistoria Digital

É realizada por meio de um aplicativo instalado em aparelho celular,


que permite ao vistoriador incluir os dados do veículo e imagens
fotográficas.

Desde o agendamento até análise e aprovação final, todo o processo é


digital. Você agenda pelo Portal do DETRAN/SE, com LOGIN e Senha
disponibilizada exclusivamente para Vistoriadora.

O sistema é bem intuitivo, e você consegue fazer passo a passo


preenchendo corretamento o que se pede em cada formulário.

O sistema é bem intuitivo, e você consegue fazer passo a passo

82
preenchendo corretamento o que se pede em cada formulário.

O material coletado é registrado diretamente no aplicativo de Vistoria


Digital e todos os dados coletados são encaminhados para análise.

83
O Detran/SE estipula um prazo de até 48hs para resultado da análise.
Caso o veículo seja reprovado pela vistoria o condutor tem um prazo de 30
dias para regularizar o veículo e retornar sem a necessidade de pagar nova
taxa.

Quando um carro passa por uma vistoria veicular isso significa mais
segurança para o trânsito. Por isso o papel do vistoriador é fundamental
para sociedade. Trabalhe com ética e excelência e controbua para uma
sociedade mais segura e saudável.

84
Referências Bibliográficas
 ANFAVEA - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores;
 BRASIL, CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito;
 BRASIL, CTB - Código de Trânsito Brasileiro;
 BRASIL, DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito;
 CÓDIGO PENAL, Decreto Lei nº 9.426/1996, Art. 311;
 ESCOLA PÚBLICA DE TRÂNSITO - DETRAN-PR;
 ESTUDO DE MEDIDAS PARA A MELHORIA DA IDENTIFICAÇÃO VEICULAR NO
BRASIL;
 IDENTIFICAÇÃO VEICULAR NUMERAÇÃO DE MOTOR, Joubert Dias e Santos;
Valdemar de Godoy; Vi lson Vitor ia Machado;
 IDENTIFICAÇÃO VISUAL DE VEÍCULOS, Saulo A. Gomes;
 INPEA - Instituto Nacional de Perícias Engenhar ia e Auditoria;
 ISO - 3379; 3780; 4030;
 SENASP/ANP, Curso Identificação Veicular;
 TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO VEICULAR, Silvani Schimidt Filho; Rômulo
Salvador.
 Noções básicas sobre Vistoria Veicular, ESCON - Escola de Cursos Online;

85

Você também pode gostar