GOTA
Feito pelo:
Jefrania Paya Vieria
10-042
Turma B
Semestre Pré Universitário
Curso de Medicina Geral
Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Católica Timorense S. João Paulo II
I. Introdução
Gota descreveu pela primeira vez no século V a.C pelo médico grego antigo
Hipócrates e identificou pela primeira vez através de micróscopio sobre a cristalização do
ácido úrico pelo cientista holandês Antony van Leeuwenhoek em 1679.
A patogenia dessa doença implica pela cristalização do monourato de sódio em locais
como articulações, tecidos subcutâneos e rim, por causa do aumenta da concentração séria do
monourato de sódio.
No entanto gota é uma artrite inflamatória, ou seja uma inflamação de uma
articulação, causada pela deposição de cristais de ácido úrico. Habitualmente afecta o dedo
grande do pé mas pode afetar outras articulações como os joelhos, tornozelos ou punhos.
Uma crise de gota é caracterizada pelo aparecimento rápido de dor intensa, inchaço e rubor
(pele vermelha) de uma articulação. O ácido úrico é criado quando o nosso organismo
decompõe purinas. As purinas são encontradas em vários alimentos. O nosso organismo
transforma as purinas (presente em vários alimentos e no álcool), em ácido úrico. Quando a
produção de ácido úrico é maior, pelo consumo excessivo desses alimentos (ver quadro), ou
há uma redução da sua eliminação pelos rins, através da urina, este pode acumular-se no
sangue (hiperuricemia) e/ou nas articulações (Araújo, Filipa Franco et al, 2023).
A deposição de cristais origina sintomatologia dependente do órgão afectado, ou seja,
doença articular, tofos gotosos ou litíase renal. Nas últimas décadas, com o aumento da
esperança de vida, da obesidade, da insuficiência renal crónica, do uso de diuréticos e
aspirina, dos transplantes de órgãos e da eficácia da quimioterapia, a prevalência da
hiperuricemia e da Gota aumentou significativamente. Porém, as armas terapêuticas mais
comummente aceites, como a colchicina, os anti-inflamatórios não esteróides e o alopurinol
têm algumas limitações no seu uso, nomeadamente a intolerância, as alergias e as contra-
indicações específicas de cada um (Cláudia & Mediavilla, 2011).
Portanto gota é uma doença mais presente no mundo, acomete quase 2% dos adultos 2
e sua prevalência aumenta com a idade afetando sobretudo homens (dois a sete por cada
mulher afetada), ocorrendo geralmente a partir dos 40 anos no sexo masculino e dos 60 no
sexo feminino 3 . Entre os principais fatores envolvidos no aumento da prevalência dessa
enfermidade, observados nas duas últimas décadas, pode-se incluir o aumento da
longevidade, uso de diuréticos e aspirina em dose baixa, alterações nos hábitos alimentares,
insuficiência renal crônica, hipertensão arterial sistêmica, obesidade e síndrome metabólica
(Heckler, Adriane Maris et al, 2017).
Sendo assim, este trabalho basea-se numa revisão simples da literatura para abordar
sobre a doença de gota.
II. Desenvolvimento
2.1. Fundamento teorico
Conforme Keenan et al (2017) a gota é o produto de supersaturação e cristalização do
ácido úrico nas articulações. Vamos ver o esquema que representa as fontes e meios de
excreção do ácido úrico conforme Keenan et al:
Quantidade de urato Excreção renal
Purina da dieta
Sintese endogena de Supersaturação e Excreção intestinal
purina Cristalização de urato
Gota
A patogênia da gota é o ácido úrico que é o produto do metabolismo das purinas
extraidas pelos alimentos(como carne vermelha e frutos marinhas) no processo de dieta
supcetível a produção de urato.
Urato é o ácido fraco (pKa= 5,8) em que a sua quantidade resulta-se do balanço entre
a ingesta dietética, a sintese endogéna e a taxa de excreção conforme a esquema encima.
Quando a quantidade desse elemento metabólico é maior ou excessiva e não se
eliminado ou excretado pelo rins através da urina, pode haver supersaturação e cristalização
de urato no sangue que pode provocar a gota num determinado parte do corpo. Portanto esse
dor ou doença de gota pode ser identificado apatir de manifestação clínicas causadas pela
essa doença.
2.2. Manifestação clínica
As manifestações clínicas desta patologia surgem devido a baixa solubilidade do
ácido úrico em meio aquoso que acabam se depositando nas articulações das extremidades e
no tecido intersticial renal. A cristalização acontece devido à supersaturação no espaço
intersticial e articular associado a outros fatores como temperatura local, hipóxia tecidual e
PH do local.
O quadro clínico dessa doença geralmente é dividido em 5 fases: hiperuricemia
assintomática, artrite gotosa aguda, período intercrítico, gota tofácea crônica e por fim, gota
renal e urolitíase. Na hiperuricemia assintomática o indivíduo apresenta níveis elevados de
ácido úrico sérico sem apresentar nenhum sintoma. A hiperuricemia está relacionada com
outras afecções não relacionadas com a deposição de cristais, como hipertensão, insuficiência
renal, doença cardiovascular, resistência insulínica, obesidade e diabetes mellitus. Entretanto,
estes indivíduos apresentam maiores chances de desenvolver a doença do que aqueles que
apresentam níveis normais de ácido úrico.
No ataque agudo de gota o paciente apresenta dores intensas que podem ter duração
de horas até dias e descamação da pele sobre a articulação afetada, normalmente à noite e no
início da manhã. Este ataque pode ser mono ou oligoarticular sendo, geralmente, nas
articulações do hálux e demais pododáctilos, as tarsometatarsianas, tíbiotársicas, joelhos,
punhos, mãos e cotovelos. As crises são geralmente desencadeadas por eventos específicos,
como trauma, cirurgia, doenças intercorrentes, excesso de ingestão alcoólica ou drogas que
alteram as taxas de ácido úrico sérico.
O período intercrítico é o tempo entre crises, onde o paciente permanece
assintomático. Quanto mais eficiente for o tratamento, maior será esse período e melhor será
o prognóstico quanto a futuras crises.
A gota tofácea crônica é caracterizada pelo surgimento de tofos que são resultantes do
depósito de cristais de urato monossódico na articulação. Quando não tratados, esses tofos
adquirem grandes proporções. Os locais mais afetados são a bursa olecraneana do cotovelo,
tendão de Aquiles, região dorsal dos pés e mãos, joelhos, tornozelos e pavilhões auriculares.
Devido a excreção elevada de ácido úrico pelo rim e baixo pH verificado na urina, a
solubilidade do ácido úrico diminui o que leva à formação de cálculos. Além da urolitíase
pacientes com altos níveis de ácido úrico sérico podem desenvolver nefropatia úrica
decorrente do depósito de cristais de urato nos interstícios renais.
2.3. Tratamento e prevenção
A gota não tem cura mas pode ser controloda para minimizar o risco de acontecer uma
crise de gota ou got águda. Os tratamentos para a doença de gota são seguintes:
• Tratamento não farmacológico
Esse tratamento é através de uma educação para a mudança de estilo da vida para as
pessoas com gota no qual reduzem o peso e mellhoria da força muscular (fisioterapia
nos doentes mais debilitados), diminuir consumo alcoólico (especialmente cerveja
pelo seu alto conteúdo de purina, 1g em cada 100g da bebida) e consumo limitado de
alimentos riscos em purina(porco, caça, vísceras de animais, conservas de peixe,
mariscos, café, chá, chocolate e álcool).
• Tratamento farmacológico da crise de gota
Durante a crise de gota, o tratamento é feito com colchina antinflamatórios não
esteroides. Pacientes que não toleram esses medicamentos opta-se o uso de
corticosteroides e antagonistas interleucina-1 (Canakimumabe) e também alopurinol.
• Tratamento de hiperuricemia
Tratamento primeiro para as pessoas com hiperuricemia (as pessoas com alta níveis
de ácido úrico no sangue) deve através do exame de sangue e acompanhamento
médico para saber qual medicamento adequado de reduzir produção do ácido úrico
através de Febuxostat ou medicamento para aumenta a excreção de ácido úrico pelos
rins através de Probenecida.
A doença de gota é prevenida através de vários meios para reduzir níveis de ácido
úrico no sangue e a adoção de medidas para evitar o desenvolvimento de ataques agudos de
gota. Estás prevenções são seguintes:
• Mudançãs na dieta
Redução de alimentos riscos em purinas (carnes vermelhas, frutos do mar, alimentos
processados e enlatados, bebidas alcóolicas especialmente cerveja e alguns vegetais
como epinafre), consumir alimentos saudáveis como frutas e vegetais com menos
purina, no fim manter o corpo hidratada através de consumir aguas potáveis para
facilitar a excreção do ácido úrico no sangue.
• Controle de peso
Aumento do preso do corpo aumenta também o risco de gota portanto manter um peso
corporal saúdavel para prevenir a doença de gota é um meio recomendavél também
para a prenção desta doença.
• Limitação de álcool
Reduzir o consumo de álcool especialmente cerveja e bebidas destiladas que podem
aumentar os níveis de ácido úrico no sangue.
• Exercicio físico regular
Praticar atividade física regularmente através dos exercícios aeróbicos como
caminhada, corrida, natação e ciclismo, para manter também o peso saudável do
corpo e controlar os níveis de ácido úrico no sangue.
• Medicamentos
Se estás meios de dieta e mudança de estilo de vida não ajudam a mudança para os
níveis de ácido úrico no sangue, outro meio é que faz uma consultação ao doutor para
recomendar os medicamentos mais adequados para a prevenção da doença de gota
através de diminuição de níveis de ácido úrico no sangue com ajuda destas
medicamentos.
2.4. Taxa mundial de doença gota
Figura 1. Prevalência estimada de gota em todo o mundo.
De acordo com figura en cima os relatórios recentes sobre a prevalência e incidência
da gota variam amplamente de acordo com a população estudada e os métodos empregados,
mas variam de uma prevalência de <1% a 6,8% e uma incidência de 0,58–2,89 por 1.000
pessoas-ano.
A cor verde indica prevalências que afectam todas as idades em cada Estado indicado
e a cor azul refere-se prevalências que só afectam idades adultas em cada Estado indicado.
No qual a nossa região principalmente Timor-Leste as prevalências são 1.0 % ate 3.0 % são
afetados aos adultos.
III. Conclusão
No fim concluio este trabalho em que entende-se a gota como uma doença causada
pelo acúmulo de ácido úrico no corpo resultando em inflamação e dor nas articulações,
especialmente nas extremidades, como bursa olecraneana do cotovelo, tendão de Aquiles,
região dorsal dos pés e mãos, joelhos, tornozelos e pavilhões auriculares. Essa doença pode
ter varias manifestações clínicas até assintomático também.
Mundialemente são afetados aos vários pessoas especialmente adultos e também com
as pessoas de todas as idades. Portanto são tratados e prevenidos através de vários
tratamentos mas enjeral os tratamentos para essa doença são tratamento não farmacológico,
tratamento farmacológico de crise de gota e tratamento de hiperuricemia. Essa doença pode
ser prevenidos através de mudança na dieta, contole do peso, limitação de álcool, exercício
físico regular e medicamentos.
Bibliografia
Araújo, Filipa Franco et al. (2023). Gota. Revista Interdisciplinar em Ciências da Saúde e
Biológicas, pag. 54.
Cláudia, M., & Mediavilla, M. J. (2011). Abordagem actual da Gota. Acta Med Port, pag.
792.
Heckler, Adriane Maris et al. (2017). Gota: uma revisão da literatura. Revista Interdisciplinar
em Ciências de Saúde e Biológicas, pag. 53.