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Epimastigota: Possui uma forma alongada com 9 a 15 µm
Classificação Taxonômica de comprimento. Forma com o citossomo lanceolado, com
cinetoplasto localizado na extremidade anterior (mais Filo: Euglenozoa próximo do núcleo) do corpo celular, com uma pequena Classe: Kinetoplastae membrana ondulante e flagelo livre. Ordem: Trypanosomatida Tripomastigota: Mede de 12 a 35 µm de comprimento Família: Trypanosomatidae por 2 a 4 µm de largura e assume uma forma em S ou U. Quanto ao seu núcleo, está localizado centralmente e o Gênero: Trypanosoma cinetossoma e o cinetoplasto situam-se numa posição É um tipo de protozoário que atinge bastante os animais posterior ao núcleo. Possui também uma membrana de produção como também afetam o homem pelos tipos ondulante que percorre todo o comprimento do corpo, e de Trypanosoma cruzi e o Trypanosoma brucei. o flagelo livre. Outra classificação é de acordo com o tipo de contágio Morfologia que acontece sendo elas: Eles têm a presença do cinetoplasto região especializada Stercoraria: Contaminativa, sendo o T. cruzi o mais da mitocôndria, organela rica em DNA circular relevante. Multiplicam-se no estado Epimastigota no tubo concatenada. A localização em relação ao núcleo auxilia no digestivo do hospedeiro invertebrado sendo eliminado nas diagnóstico etiológico, visto que sempre estará perto do fezes ocorrendo a transmissão ao hospedeiro local que o protozoário foi eclodido. vertebrado através do contacto com o orifício da pocada ou com as mucosas. Quando está no vertebrado, Morfologicamente, distinguem-se os seguintes tipos ou multiplicam-se no estado amastigota, Epimastigota ou formas que caracterizam os estágios evolutivos dos Tripomastigota a depender da espécie. vários gêneros e espécies: Salivaria: É inoculativa, sendo o T. vivax o principal. Multiplicam-se nos estados de tripomastigota na região anterior do tubo digestivo, probóscide e glândulas salivares do hospedeiro invertebrado e a sua transmissão para o hospedeiro vertebrado é através de inoculação (picada do inseto que é portador do parasita) onde a multiplicação ocorre no estado tripomastigota. É capaz de realizar a variação antigênica, por exemplo, na doença do sono isso caracteriza-se por picos Amastigota: Possui a forma esférica ou oval, a sua febris de 2 em 2 semanas. Desse modo, o parasito medida é por volta de 5 µm. Tem núcleo normalmente encontra uma forma de “driblar” o sistema imunológico excêntrico, um cinetossoma e um cinetoplasto bem através da mudança do padrão do quadro. visível. Além disso, nesse formato possui flagelo apesar Transmissão de este não ser visível. Promastigota: É a forma com citossomo (corpo celular) T. evansi ou T equinum: o seu hospedeiro mais importante lanceolado, com cinetoplasto anterior e distante do núcleo é o equino, mas também pode ter cães como hospedeiros e possui flagelo livre. – crescente no número de casos – gato, capivara e bovinos). Tem a forma tripomastigota, seus vetores são Ciclo T Evansi Stomoxys sp. e tabanídeos, esses insetos são hematófagos, agulha, ingestão de tecidos contaminados. O animal parasitado vai possuir a forma tripomastigota Emaciação e edema são os sinais clínicos mais comuns, e no seu sangue, quando for picado pelo inseto hematófago ocorre paralisia progressiva dos membros posteriores. o tripomastigota entra no inseto e sobrevive até 8h na Causa o “mal das cadeiras” em equinos. Habitat: Sangue e mosca e até 10 dias no morcego. Dessa forma, quando o linfa. inseto hematófago infectado for se alimentar de outro animal, o tripomastifota inocula este animal (caindo T. equiperdum: Também tem como principal hospedeiro os diretamente na corrente sanguínea onde já começa a sua equino. A sua forma é tripomastigota e amastigota, sendo reprodução). PPP: 4 a 10 dias transmitido através do coito (doença venérea) e transfusão de sangue. Leva a uma doença venérea Ciclo T Vivax chamada durina, cujos sintomas mais comuns são: secreção excessiva na mucosa genital e edema dessas Apenas insetos hematófagos – hospedeiros partes. Em casos graves, pode ocorrer aborto. A invertebrados – transmitem. O animal contaminado serve enfermidade clínica é fácil de diagnosticar em uma área de fonte de alimentação para o inseto hematófago, desse endêmica. Os tripanossomas não são facilmente modo tripomastigotas são ingeridas e vão para o intestino detectados no sangue, mas podem ser encontrados nas do inseto onde se transforma em epimastigota e logo secreções vaginais ou prepuciais. Habitat: mucosa passa a ser tripomastigota metacíclica (forma urogenital e capilares. infectante), volta ao aparelho bucal do inseto e ao picar T. vivax: Hospeda em ungulados domésticos e silvestres, outro animal ocorre a transmissão da doença. No Brasil, sendo o hospedeiro mais importante os bovinos. É não possui essa transição, apenas a forma tripomastigota e epimastigota, sua transmissão ocorre tripomastigota. PPP: 1- 3 semanas através do vetor moscas hematófogas. Habitat: sistema Diagnóstico vascular. T. cruzi: Hospeda-se em todos os vertebrados exceto nas É feito através do esfregaço sanguineo corado, punção aves e animais de sangue frio. É tripomastigota, de linfonodo, testes imunológicos, PCR e hemograma epimastigota e amastigota. A sua transmissão ocorre como diagnóstico auxiliar. através do triatomíneos – barbeiro – que também é o Profilaxia hospedeiro invertebrado. Habitat: sangue, liquor, músculo estrado, sistema nervoso, suprarenais, testículo, ovário As medidas principais são para o controle da e o mais raro é na tireoide. proapagação dos vetores que transmitem o parasita, T. canino: É um tipo de parasito novo e que possui pouco logo, devem ser usados o efeito repelente para proteger conhecimento sobre ele, contudo ele possui a forma o animal, remoção dos degetos, tratar os animais que já epimastigota e promastigota ( processo de formação de estão parasitados e evitar cães em propriedades rurais. epimastigota). É encontrado na pele, mesmo com a pele Trypanosoma Cruzi do animal íntegra e em animais que não tinham nenhum tipo de quadro sendo “saudáveis”. Ademais, o diagnóstico Parasita qualquer animal vertebrado de sangue quente, pode ser realizado por PCR e sua identificação é difícil exceto as aves. Se distribui mundialmente e possui 3 pois se parece com a leishmaniose chargasi. O período de formas evolutivas sendo elas: amastigotas com a contaminação e formas de tratamento ainda são capacidade de se multiplicar, encontrado no hospedeiro desconhecidas por ter sido descoberto recentemente. vertebrado; epigastigota que é somente encontrado no vetor – no barbeiro; e tripomastigota que não é capaz de se multiplicar e está presente no hospedeiro vertebrado. É uma doença que possui o prazo de até 30 anos para começar a desenvolver sinais clinicos, por isso que a maioria dos animais infectados não apresentam sintomas, uma vez que não sobrevivem o tempo suficiente para manifestar algum sinal.
Ciclo de Vida
Começa no barbeiro, a epimastigota se dirige ao intestino
médio, se multiplica e se transforma em tripomastigota metacíclica ( capaz de invadir mucosas e pele lesionada) e segue através do trato intestinal do barbeiro, saindo Diagnóstico em seus dejetos, o barbeiro se alimenta do hospedeiro vertebrado causando uma lesão e quando defeca o Pode ser feito através de biópsia, PCR, imunológicos de tripomastigota entra através da lesão criada fixação de complemento, post-mortem, diagnóstico de anteriormente no hospedeiro e invade a célula que imagem como diagnóstico auxiliar, hemograma, dosagem encontra primeiro ( chances maiores de invadir uma de enzimas musculares e cardíacas. Outra forma é o célula do sistema fagocitário mononuclear são grandes – xenodiagnóstico que utiliza o barbeiro que após se macrófagos, células dendítricas etc –). Já dentro da alimentar e ter a evolução do parasito, mata e macera o célula, o tripomastigota irá se transformar em inseto. amastigota, se esta amastigota estiver dentro de uma célula fagocirária irá escapar do fagossomo, ficando livre Profilaxia no citoplasma e assim começa a sua miltiplicação intracelular, quando a célula está prestes a se romper, o Quando há o diagnóstico precoce, tratar os animais parasito volta a sua forma tripomastigota sanguívola infectados, controlar o vetor através do saneamento (presente no sangue) irá invadir novas células até o vetor básico, evitar acúmulo de objetos e evitar a criação de (o barbeiro) se alimentar desse animal podendo ingerir a animais muito proximo da residência. forma amastigota quanto a tripomastigota, uma vez que NÃO HÁ UM PROTOCOLO DE TRATAMENTO as duas formas estão presentes no organismo, contudo ESTABELECIDO PARA O ANIMAL a orma amastigota não sobrevive ( não possui mecanismos necessários para sobreviver ao sistema imunológico, ação de anticorpos e sistema complemento), As aves são contaminadas, todavia não enquanto a tripomastigota sanguícola sobrevive e se desenvolvem o quadro de infecção, visto que o seu transforma em epimastigota organismo consegue eliminar o parasito