Escola Waldorf Anabá - Época de Natal Infantil
Escola Waldorf Anabá - Época de Natal Infantil
Escola Waldorf Anabá - Época de Natal Infantil
Um Pastor que ouve o que outras Pessoas não ouvem, Uma Criança
Um nascimento de uma criança na família, um lindo advento onde nos preparamos com calma, sio
nove meses de carinho e dedicação para com um lindo ser que logo habitará nosso meio. Assim, todos
anos relacionamos à véspera de Nata l, a chegada do nascimento do menino Deus, com este nascimento
dessas forças crísticas em nossa alma. Essa grande oportunidade que temos para deixar ressoar em nosso
interior nova vida . Sim, nós queremos um futuro bom, queremos ser benfazejos, queremos p rosperidade
na nossa vida e nos dedicamos nesse período colocando em ordem nossa casa, com uma bela faxina, reci-
clagem das coisas que não nos servem mais, enfeitamos a casa com motivos Natalinos, fazemos biscoitos,
presépios, dentro desse agir natalino, nos inclínamos a todos afazeres externos, claro com muita moti-
vação interna .
Eis aí, o grande valor de tudo que intentamos fazer. O que nos motiva de fa to?
Que força que nos move? Fazemos muitas coisas nesse período, algumas nos levam a exaustão... Mas,
se ponderarmos e ent rarmos no Espírito Natalino e se conseguirmos antes de nos exaurirmos, enxergar o
verdadei ro espírito Nata lino, quem sabe aí possamos fazer tudo que gostaríamos com mais cuidado, cari-
nho, zelo, podendo assim, além de organizar o nosso mundo ext erno, nosso envoltório terrestre, embe-
lezando, enfeitando, arrumar a nossa consciência, cultivar pensamentos que enriqueçam e que sejam
dignos de t oda boa vontade que hora nos habita.
E que ao prepararmos presentes para serem ofertados no Natal, lembremos que podemos nos cuidar,
preparar-nos com forças do espírito, que nessa época estão disponíveis pela presença desse grande en-
voltório que vem reconhecer e recolher suas dádivas; Tudo aquilo que podemos doar ao munolo espiritual,
nos presenteando a nós mesmos, estarmos disponíveis para o outro, nos dedicando ao bem estar do
outro . Aí, pode realmente neste ato criar-se o espaço onde o verdadeiro Natalício se insta la, onde Crist o
pode r econhecer sua morada.
Podemos por um instante refletir, o que de fato ficou ou nutri mos como recordação desta festa Cristã,
que im agem se faz presente, como uma relíquia eterna que habita os recôndi tos da alma e depois refazer-
mos essa, preenchendo de sentido nosso momento Natalino.
E este a no, ele se torna muito especial em nós !
Nossas vivências deste ano, nos t rouxeram até aqui e já não somos mais os mesmos! Fizemos mui
moviment os de mudança; uma verdadeira transformação em nossas vidas.
E todos nós const ata mos o que nos move. O que permanece, aconteça o que acontecer.
Toda natividade, nascimento de vida, "Vida nova" é uma benção e ao mesmo tempo uma esperan
E o tempo de esper a ao que virá, ao que vier ...o Advento!
Atentos ao s sinais e imbuídos de confiança, seguindo na noite estrelada, por caminhos bem fininhos,
areia bem bra nquinha ... todos no mesmo caminho, onde cada passo nos aproxima, onde cad a passo
t entado nos leva ao que vem de e ao Encontro.
Encontro!! Um encontro natalício, que significa união.
Ao que nos unimos com sabedoria e simplicidade?
Quem será esse bem precioso que vem nos encont r ar?
Com o estamos nos preparando? Agora é o momento propicio, onde ficamos diante deste que che
quer nos reconhecer e ser reconhecido, por sermos tão íntimos,
fiéis e unidos pela eternidade.
Histórias
Assim ele chamava pela vovó que morava no morro do Schmidt. E ela respond ia
com alegria: Olerê olerê hihiiiiiiiiiii
Olerê olerê Hihlaaaaooooooooooo
A noite com seu véu já cobria o céu, com seu manto de estrelinhas t odas a bri lhar
Os vagal umes a pisca r, faziam todo campo cintilar. Todas ovelhas deitadas no cam
bem juntinhas e o pastor recostado no tronco da grande figueira, com seu chapéu no
rosto e seu cajado ao lado. Dormiam todos sossegados.
Lá no alto do céu uma gra nde estrela guia aparecia e o past or ouviu uma linda
canção:
Escute agui
A Noite Santa
radia de Natal. Toda a família se dirigira à igreja, menos minha avó e eu.
Estávamos, portanto completamente sós. Não tivéramos licença de acompanhar
ros, a avó por ser muito velha e eu ainda muito jovem. Estávamos ambas muito tristes
por não termos ido à missa do galo, nem ouvidlo os cânticos, nem visto as grandes can-
eias de Natal. Então reunidas em nosso isolamento, minha avó começou a contar uma
lstória:
"Era uma vez um homem que, na escura, saiu para pedir emprestada uma brasa, a fim
de acender o fogo. Batia às portas das cabanas, e dizia:
-Meu caro amigo, ajude-me por favor. Minha mulher acaba de dar à luz a um menino, eu
reciso acender fogo para aquecer a ela e ao pequenino.
E ia de cabana em cabana. Mas a noite já estava muito adiantada; todos dormiam e nin-
guém lhe respondia. E o homem caminhava ... Caminhava ...
De repente, longe, muito fora da estrada, avistou uma luz ; apressado e ansioso o
homem seguiu naquela direção na esperança de encontrar auxilio; porém, com surpresa,
viu que não se tratava de habitação; mas de uma fogueira ateada ao relento. À sua volta
carneiros dormiam guardados por um velho pastor, que, sentado, os contemplava.
Quando o Homem que desejava uma brasa emprestada chegou junto ao rebanho, três
enormes cães, que até ai dormitavam aos pés do pastor, ergueram-se rápidos e fizeram
menção de lati r.
Mas foram vãos os seus esforços, nem um som foi emitido.
O homem pode ver, então, os pelos eriçados dos animais e os afiados dentes, muito
alvos, cintilando à luz do fogo.
Súbito os três cães arremessaram-se furiosamente contra ele, abocanhando-lhe um, a
perna; outro a mão; enquanto o terceiro se atirava à sua garganta.
Porém, nem goelas, nem dentes obedeceram aos ferozes instintos; o homem não sofreu
o menor dano.
Por isso, pensou em se aproximar para obter o que tanto necessitava. Mas os carneiros
estavam deitados lado a lado, estavam de tal modo juntos que era impossível passar
entre eles. Então o homem passou sobre eles, cam inhou sobre seus dorsos em direção à
fogueira e nem um animal acordou ou se moveu!
Quando o homem estava quase alcançando a fogueira, o pastor olhou . O pastor era um
elho rude, áspero e taciturno para com os seres humanos. Ao ver o homem, que serena-
ente se adiantava, tomou o longo e pontudo cajado que trazia sempre consigo, quando
giava o rebanho, e o atirou contra o homem. O cajado foi sibilando e passou raspando
rto da cabeça do homem, volteou sob si mesmo, e foi cair longe, entre o feno.
Então, o homem chegou ao pastor e disse-lhe:
- "Bom homem ajude-me, empresta-me algumas brasas. Minha mulher acaba de dar a
z a um menino, e eu preciso fazer fogo para aquecê-la como também aquecer o
quen ino."
Pareceu ao rude pastor que um pedido tão estranho nunca lhe houvera sido feito, e
reparou-se para recusar, quando, em tempo, se lembrou de que os cães não tinham con-
segu ido morder aquele homem; que aos seus pés os carneiros haviam se conservado i-
m óveis, e que o cajado, para não o ferir se tinha atirado no meio do feno, e então um su-
persticioso temor o dominou; não ousando negar, respondeu:
" Leve quanto necessitares."
Mas, a fogueira estava acesa ao relento; não havia ali nenhuma acha, nem galho aba
onado; somente uma enorme pilha de rubros carvões, e o desconhecido não trazia
sigo nem pá, nem enxada, com que pudesse pegar uma só daquelas ardentes pedr
ercebendo isso o pastor repetiu:
~leva quanto necessitares."
Eestava alegre o velho, pois o homem não tin ha possibilidade de sequer levar uma brasa.
O homem porém, abaixou-se e, retirou um punhado de brasas dentre as cinzas com as
próprias mãos nuas, e colocou dentro do manto.
Suas mãos não foram queimadas!
Seu manto nem chamuscado ficou l
As pedras de fogo foram transportadas como se fossem maçãs ou nozes!
Quando o pastor viu t udo isso se maravilhou 1
Que espécie de noit e é esta?- Pensou el e, na qual os cães não mordem, o reban ho não
se assust a , o cajado não fere e o fogo não queima?
, chamando o desconhecido, já de regresso disse-lhe:
"Que espécie de noite é esta? Que acon teceu para que todas as coisas lhe manifestem
paixão?"
Ao que o homem respondeu :
- "Nada t e posso dizer; vem e vê I"
E tratou de seguir seu caminho, a fim de bem depressa chegar a fazer fogo para aquecer
sua m ulher e a criança .
Mas o pastor não queria perder o homem de vista, sem encontrar uma razão para aqueles
presságios. Levantou-se, pois, e o seguiu at é o lugar em que vivia .
Com surpresa, constatou que o homem nem cabana tinha para morar e que ta nt o sua
mulher como a criança estavam estendidas no chrão de uma gruta na montanha, onde nada
havia, a não ser as frias e nuas paredes de pedra.
Olhando a pobre e inocente criança, o velho past or pensou que ela talvez fosse morrer
de frio ali dent ro; apesar de rude, sentiu-se tocado por um doce sentimento de compaixão
e resolveu salvá-la.
Desprendeu dos ombros o seu manto e deu-o ao desconhecido, dizendo-lhe que o
m enino dormiria melhor, agasalhado nele.
Logo após essa demonstração de misericórdia, os seus olhos foram abertos e nele viu o
que não pudera ver e ouvir o que antes não pudera ouvir.
Percebeu que se achava cercado de inúmeros anjos de asas refulgentes, e tocavam um
inst rumento de cordas, cantavam, em gloriosos tons, que havia nascido o Salvador; aquele
que redimi ria o mundo dos seus pecados.
O velho past or compreendeu que a terra estava tão feliz naquela noite bendita, que ti nha,
por um momento, esquecido o mal.
Mas os anjos não estavam apenas à volta do past or, ele os via por toda parte. Havia anjos
dentro da gruta, pela montanha e sob os céus revoando.
Vinham em profusão e, ao passa rem, lançava m sobre o menino um doce e rápido olha r.
Quant o j ubilo! Quant o deslumbramento! Que lindos cânticos e melodias! Tudo o pastor viu
naquela noite escura, ele, que nada pudera ver!
E, ent ão, transbordante de felicidade, o velho e rude homem caiu de joelhos e rendeu
graças ao Senhor!
Aqui, a vovó suspirou e disse:
- E o que aquele pastor viu nós também poderíamos ver, se nos fosse permitido, pois em dia
de véspera de Natal os anjos descem voando dos céus.
Passando, depois a mão sobre minha ca beça, disse:
- Você não deve jamais esquecer isso, pois é t ão verdadeiro como é verdade que eu vejo
você e você me vê.
Isto não será revelado à luz de lâmpadas ou candeias; não depende do sol, nem da lua; o
que é necessá rio é que tenhamos olhos capazes de ver a Gloria de Deus.
Extraído do livro CD, Noite Feliz, historias de Natal produzido por Sandra Peres e Paulo Tatit.
Músicas
Pinheiro que alegria Escute aqui Borboleta pequenina
Óh Pinheirinho Natividade
Brilha, brilha estrelinha Sabiá cantou
Natal das crianças Bate o sino
Surgem anjos Passarinho no fio
Hoje a noite é bela De onde vem, pastora?
As estrelas sabem bem Linda estrela
Noite azul Meu bom pinheiro
Entre o boi e o burrinho Vinde pastores
Brincadeira - Feltragem
Com dias mais quentes, que diversão é brincar com água.
Vamos precisar:
• uma assadeira,
• água morna
• sabão de coco
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Calendário de advente
Materiais:
2 cores de feltro
Fio de bordado
Crie sua f
do mod~I ormas através
0 sugerido
Receitas
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Panetone
Ingredientes:
- 1kg de farinha de trigo peneirada;
- 3 ovos;
- 1 copo de açúcar;
- 1 pitada de sal;
- 2 colheres (sopa) de manteiga;
- 250 mi de leite morno;
- 50g de fermento biológico;
- 300g de frutas cristalizadas ou frutas secas picadas ou gotas de chocolate meio-amargo;
- 250g de uvas passas;
- Raspas de um limão e uma laranja
Modo de Preparo:
1- Bata no liquidificador os ovos, o açúcar, a manteiga, o leite e o fermento por aproxi-
madamente 30 segundos;
2- Em um recipiente grande, coloque a farinha peneirada, abra um furo no centro e
acrescente os ingredientes batidos;
3- Amasse bem até que a massa se solte das mãos;
4- Em seguida adicione as frutas e/ou chocolate e uvas passas e as raspas de limão e la-
ranja;
5- Distribua a massa em formas para pudim com furo no centro, untadas com manteiga,
até a metade da assadeira
6- Deixe crescer até dobrar de volume;
7- Faça um corte em X em cima da massa, pincele com gemas batidas e leve para assar
até dourar.
Rende 3 porções.
Ingredientes:
- 150g de manteiga;
- 100g de açúcar;
- 200g de trigo;
- 2 colheres (sopa) de raspas de casca da laranja (sem a parte branca);
- 1 ovo;
- pitada de sal;
- 1 colher de fermento para bolo.
Modo de Preparo:
Este periódico foi elaborado pela equipe de professoras da Educação Infantil da Escola Waldorf Anabá, para
as familias de Maternal e Jardim de Infância, durante o período de isolamento social, em dezembro de 2020.
Esperamos com este conteúdo encantar seus lares e lnpírar o nascimento de nova luz em cada coração.
Saudosamente,
ProP• Danielle, Flávia, Gisele, Luise, Luiza, Marielly, Merillyn, Patipado e Sílvia.
Diagramação e Arte Final: luiza Retz