Reabilitação Neuropsicologoca

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Princípios da

Reabilitação
Neuropsicológica
Professora Dra. Eduarda Naidel
CRP 05/44356
Psicóloga clínica Eduarda Naidel CRP 05/44356
https://instagram.com/psieduardanaidel
Professora do Centro Universitário Celso Lisboa
Mestra e Doutora em Psicologia Clínica - Neurociências PUC-Rio
Especialista em Gerontologia UERJ
em Terapia Cognitivo-Comportamental PUC-Rio
em Neurociências e Comportamento PUCRS
em Psicologia Positiva PUCRS
em Sexualidade Humana CBI of Miami/Celso Lisboa
Formação em Terapia Cognitiva Sexual
http://lattes.cnpq.br/2155629629767229

Rede Mente Sênior @mentesenior


Vínculos: Casal e Sexualidade @vinculos.tcc
Agenda
Reabilitação Neuropsicológica
Bases Teóricas + Neuropsicologia + Aplicações + Objetivos
+ Laudo
Teoria do desenvolvimento cognitivo + Princípios da
Reabilitação + Passo a Passo Objetivo + Tipos de RC +
Modelos abrangentes Tarefas para orientação espacial e
temporal + para percepção + para atenção + para
memória + para linguagem + para funções executivas +
para leitura (+demandas)
Estudos de caso 1, 2 e 3 + RN no Brasil
Referências bibliográficas
Reabilitação Neuropsicológica

A definição de reabilitação
dada pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) :
A reabilitação implica na recuperação dos pacientes ao
maior nível físico, psicológico e de adaptação social
possível. Isso inclui todas as medidas que pretendem
reduzir o impacto da inabilidade e condições de
desvantagem e permitir que as pessoas deficientes
atinjam uma i ntegração social ótima.
Reabilitação Neuropsicológica

A reabilitação é um processo na qual o cliente ou indivíduo


com disfunção neuropsicológica tem uma participação
ativa. Os profissionais que trabalham com o sujeito tem
como objetivo atingir um nível ótimo de funcionamento
físico, social e psicológico. A meta é habilitar o sujeito a
funcionar o mais adequado possível em seu ambiente
(Wilson, 1999).

Reabilitação Neuropsicológica x Reabilitação Cognitiva


Bases teóricas da Reabilitação

Neuropsicologia: Avaliação Neuropsicológica e


Organização do cérebro

Psicologia Cognitiva: conceitos e teorias dos processos


cognitivos

Psicologia Comportamental: abordagens terapêuticas e


avaliação da eficácia do tratamento
Neuropsicologia

“Campo do conhecimento interessado em estabelecer as relações


existentes entre o funcionamento do SNC por um lado, e as
funções cognitivas e o comportamento por outro...”
(Cosenza, Fuentes e Malloy-Diniz, 2008, pg. 1)

"A avaliação neuropsicológica é um exame auxiliar que descreve o


funcionamento cognitivo associando com perfis clínicos, doenças
neurológicas e organização do cérebro. Fundamental para
diferenciar o normal do patológico no processo de
envelhecimento.“
Neuropsicologia
Na década de 1960, a psicóloga Beatriz Helena Whitaker
Lefevre trouxe sua contribuição na avaliação e orientação
de crianças e adultos com distúrbios cognitivos
decorrentes de lesão cerebral.
Na década de 1970, Antonio Branco Lefevre criou o
primeiro grupo de estudos e o primeiro programa de pós-
graduação em “atividade nervosa superior”, na Clínica
Neurológica da Faculdade de Medicina da Universidade de Sao
Paulo.
Antonio Branco Lefevre é o patrono da neuropsicologia no
Brasil.
Clínica:
avaliação e
reabilitação

Neuropsicologia
Relação Funcionamento
mente-cérebro: da mente:
neurologia neuropsicologia
clínica; cognitiva;
Ênfase nos EUA Ênfase na Europa
Aplicações da Neuropsicologia

Assistência (exame neuropsicológico) +


Intervenção (reabilitação neuropsicológica) +
Pesquisa

Natureza multidisciplinar
Psicologia • Neurologia • Psiquiatria • Terapia
Ocupacional • Fonoaudiologia • Fisioterapia •
Pediatria • Geriatria •
Objetivos da Avaliação Neuropsicológica

Identificar perfil cognitivo


Diferenciar desenvolvimento normal x patológico
Diferenciar normal X CCL X Demência
Diferenciar tipos de demência: Alzheimer, Vascular,
FrontoTemporal
Diferenciar depressão X CCL X Demência l eve
Avaliar eficácia de tratamentos e programar
intervenções

*Processos judiciais, interdição, aposentadoria etc


Personalidade

Cognição
Atenção
global

Avaliação
Funciona-
Memória
lidade

Funções
executivas Humor
Laudo
Objetiva descrever acerca de situações e/ou condições psicológicas e suas
determinações sócio- demográficas e culturais. Deve transmitir, ao
destinatário, resultados, conclusões e encaminhamentos, subsidiados em dados
colhidos e analisados à luz de um instrumental técnico (teste, entrevista,
dinâmicas, observação, intervenção verbal etc), consubstanciado em
referencial técnico-filosófico e científico.
Diferenças entre Relatório e Laudo do ponto de vista
LÉXICO & JURÍDICO
*Relatório é a descrição daquilo que foi possível * Relatório não tem significado específico.
conhecer, através do estudo. *Laudo seria, de acordo com o Código de Processo Civil,
*Laudo é o documento escrito que contém a opinião a apresentação por escrito das conclusões feitas, pelos
de forma conclusiva do perito – pessoa conhecedora peritos, em relação aquilo ao que foram consultados.
de determinado assunto, nomeado judicialmente Isto é, o laudo é produto da perícia, onde se registra por
para tal avaliação - daquilo que foi estudado e escrito e com fundamentos, o estudo e as conclusões da
observado e envolve uma avaliação mais perícia. No qual é entendida como uma vistoria ou
detalhada. exame técnico especializado utilizando-se de diferentes
instrumentos e técnicas para tal.
Teoria do desenvolvimento cognitivo
Concepção atual:
* Operações elementares são localizáveis
* Funções complexas não são localizáveis em uma única região do
cérebro
* Funções complexas requerem participação coordenada de várias
regiões
*Todas as redes recebem informações sensoriais de áreas
unimodais. A diferença de cada rede é a localização
neuroanatômica e a especialização do epicentro transmodal.
*Observa-se modularidade e equipotencialidade ao longo do
processo de construção de uma rede neural cognitiva.
* Localização distribuída e equipotencialidade com seletividade
regional.
Princípios da Reabilitação
Reabilitação holística – organização dos diferentes
aspectos do ambiente proporcionando a melhor
capacidade adaptativa do paciente
Metas relevantes e com impacto funcional no cotidiano
do paciente
❖ Psicoeducação: compartilhar conhecimento sobre o
processo de reabilitação
❖ Psicoterapia: foco no comportamento e emoções
❖ Estratégias compensatórias e treinamento
Passo a passo

1)Avaliação – padronizada e funcional


Análise cognitiva, funcional e emocional do caso
2)O paciente conhecer e aceitar os seus
problemas e sequelas cognitivas
3)Estabelecimento do objetivo/meta
4)Complexidade do caso
5)Trabalho individualizado ou em grupo
Qual o objetivo?
*Recuperação: Ensinar ou treinar as funções
neuropsicológicas comprometidas; Recuperação
espontânea é facilitada com a reabilitação -
estimulação ambiental, aumento da recuperação
cortical.

*Compensação: Reestruturação ambiental; Ensinar a


usar de forma mais eficiente as habilidades e funções
neuropsicológicas preservadas; Formas alternativas para
realizar tarefas.
Um programa para reabilitação neuropsicológica visa a
recuperação da capacidade de uma pessoa para
processar, interpretar e responder adequadamente as
informações do ambiente, bem como a criação de
estratégias e procedimentos para compensar funções
perdidas necessárias nos relacionamentos familiares,
sociais, educacionais e ocupacionais.
O melhor é aquele que contempla tanto a recuperação
quanto a compensação a partir de uma abordagem
integrada e interdisciplinar.
Objetivos da RN no desenvolvimento e
envelhecimento
* Paciente
Auxiliar no aprendizado adequado de cada criança, respeitando
suas diferenças.
Aperfeiçoar as habilidades cognitivas em
desenvolvimento/envelhecimento típico, com intuito de promover
melhor funcionamento;
Prevenir prejuízos a longo prazo;
Reduzir déficit cognitivo;
Maximizar qualidade de vida;
Minimizar risco de evolução dos comprometimentos cognitivos;
Prevenir o desenvolvimento de isolamento social e distúrbios
psicológicos.
Objetivos da RN no envelhecimento
* Familiares/ Cuidadores

Ensinar modelos compensatórios;


Auxiliar no aumento de auto-eficácia;
Combater baixa auto-estima;
Auxiliar o paciente a usar da melhor forma possível suas
habilidades
Conscientizar sobre a importância de buscar psicoterapia,
ter um tempo para si,
Cuidar da saúde
Remediação Cognitiva

Tem como pressuposto o uso da metacognição:


pensar sobre o pensamento, ou seja, tornar
conscientes as estratégias e formas de atuar diante
de uma tarefa, buscando analisar erros, prever
consequências, agir de acordo com uma intenção ou
um objetivo e utilizar a experiência prévia para
selecionar uma gama de ações apropriadas para se
alcançar o objetivo.
Remediação Cognitiva
Compreensão clara dos aspectos cognitivos preservados e
das dificuldades associadas ao transtorno;
Modelo de relação entre o funcionamento cognitivo o
comportamento diário;
Métodos de melhora cognitiva;
Entendimento do impacto dos fatores ambientais, pessoais
e interpessoais na mudança cognitiva e funcional do
paciente
* O ambiente terapêutico deve ser diferente daquele da
vivência diária do paciente -> reabilitação da função
cognitiva e não de estados afetivos -> ambiente neutro
Remediação Cognitiva
• Aumentar a capacidade e a eficiência das funções cognitivas:
Ex: verbalização; ensaio; uso de imagens; resumo da informação;
categorização; desmembramento em pequenos passos; organização;
checagem.
•Ensinar a ampliar, generalizar e transferir esquemas cognitivos
para orientar a ação:
Ex: uso de diagramas e recursos multimídia; conectar explicações
verbais com representações visuais.
• Melhorar a meta cognição:
Ex: analisar a tarefa e entender o problema; monitorar e avaliar
a solução
• Aumentar a motivação do paciente
Remediação Cognitiva: tipos de intervenções
•Tempo de resposta lento - Em várias síndromes neuropsicológicas, a
velocidade de processamento para realizar as tarefas se encontra
comprometida. Diante disso, e importante utilizar de algumas
estrategias para que o paciente consiga, no decorrer do
tratamento, melhorar seu Tempo de execucao. O que fazer?
* Dar um tempo limite no qual a tarefa deve ser completada.
*Fornecer palavras-estímulo que o paciente possa usar para guiar seu
comportamento, como parar, agir, planejar, continuar etc.
* Mostrar ao paciente um modelo de velocidade de trabalho.
* Fazer o paciente primeiro articular seus pensamentos e depois reflitir sobre
eles.
* Colocar lembretes para que o paciente mantenha-se trabalhando, sem
fazer pausas desnecessarias.
Remediação Cognitiva: tipos de intervenções
•Respostas rápidas e impulsivas - Diante de respostas impulsivas em que
o paciente antecipa sua resposta antes mesmo de analisar o que esta
sendo proposto e, dessa forma, aumenta sua chance de cometer erros
–, o que fazer?
* Encorajar a reflexão e o planejamento antes da execucao da tarefa.
* Discutir os passos para realizar a tarefa antes de sua execucao.
* Pedir ao paciente para descrever cada comportamento que e realizado.
*Dividir a tarefa em estágios e pedir ao paciente para completar um
estagio por vez, parar e refletir sobre o próximo.
*Dar as instruções da tarefa, um passo de cada vez, e pedir ao paciente
para trabalhar na velocidade em que o terapeuta esta descrevendo o
comportamento necessário.
* Pedir ao paciente para descrever o comportamento antes de realiza-lo.
Remediação Cognitiva: tipos de intervenções
• Adoção de estratétégias ineficientes – É muito com um o paciente
que apresenta deficits cognitivos utilizar estratégias erradas ou pouco
eficientes para realizar uma tarefa. Cabe, entao, ao terapeuta evitar
que isso aconteça, para que o paciente nao se frustre diante de sua
ineficiencia, ficando fadigado e podendo, inclusive, desistir de
completar a tarefa.
*Pedir ao paciente para monitorar a eficácia da estratégia
*Encorajar o paciente a pensar em várias possibilidades de
estratégias para executar aquel a tarefa
*Discutir as vantagens s e desvantagens de cada uma das
estratégias pensadas
*Propor duas estratégias alternativas, possibilitando o aumento do
leque de opções e ampliação da forma de pensar
Terapia Cognitiva-Comportamental
*Formulação do Caso
Fatores pré-evento (personalidade, ocupação, suporte
familiar)
Fatores do evento (natureza e tipo da lesão)
Fatores pós evento (extensão das perdas, análise funcional,
metacognição)

*Estabelecimento de Metas
Prioriza Direciona Avalia o progresso
Centrado no paciente e família
TCC : Técnicas
* Experimentos comportamentais
* Exposições comportamentais
* Ativação comportamental
*Registro de pensamentos (automatismo
* Atividades Prazerosas
x processo controlado)
* Auto-instrução
* Reestruturação Cognitiva
* Resolução de problemas
* Psicoeducação
* Mindfulness
* Técnicas de respiração
* Terapia Focada na Compaixão
TCC: mais do que RN
A TCC é uma intervenção cognitivo-comportamental
TCC: no envelhecimento -> Ativação
Comportamental e Reestruturação da rotina
❖ Controle das alterações comportamentais
❖ Minimiza o estresse familiar
❖ Diminui a ansiedade do idoso
❖ Mantém a pessoa com demência inserida na dinâmica familiar
❖ Torna o paciente mais ativo, autônomo e independente nas
atividades cotidianas
❖ Mantém o idoso mais organizado e orientado temporalmente
❖ Promove a sensação de segurança
❖ Favorece o equilíbrio emocional
Novas tecnologias para RN

Um programa para reabilitação cognitiva visa a


recuperação da capacidade de uma pessoa para processar,
interpretar e responder adequadamente as informações
do ambiente, bem como a criação de estratégias e
procedimentos para compensar funções perdidas
necessárias nos relacionamentos familiares, sociais,
educacionais e ocupacionais.
O melhor é aquele que contempla tanto a recuperação
quanto a compensação a partir de uma abordagem
integrada e interdisciplinar.
Novas tecnologias
• Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua
Consiste no posicionamento de dois eletrodos (anodo e catodo)
sobre o escalpo e na aplicação de corrente continua de baixa
intensidade (em geral variando ate 2 mA) durante determinado
tempo.

• Sistemas de controle do ambiente por acionamento ocular


Pessoas com restrição motora podem não ser capazes de acionar
de maneira eficaz dispositivos eletromecânicos, no entanto,
equipamentos sao colocados sobre o monitor de vídeo e usam
um refletor de infravermelho posicionado na testa ou nos
óculos do usuário.
Novas tecnologias
*Dispositivos eletrônicos: Smartphones, Computadores, Tablets, Vídeo
games, Robôs, Videofeedback, Realidade Virtual e aumentada
*Nintendo Wii, Tapete musical, Kinect Xbox
Novas tecnologias
*Vantagens: *Desvantagens:
Reduzir custo financeiro Interfaces mal projetadas
Reduzir o uso de papel Diminuir a interface com o
Reduzir efeito do examinador examinador
Correção automática do desempenho Dependentes da visão e do controle
Formato mais amigável e padronizado motor
Redução do tempo de treinamento Reduz idas informações qualitativas
Interface dinâmica e colorida Falta de familiaridade com a
Novas formas de interação tecnologia
Registrar latência e tipo de resposta
Desenvolver várias formas do mesmo treino
Ajusta e regula a graduação de dificuldade conforme o desempenho.
Controlar tempo e ordem de apresentação dos estímulos
Modelo abrangente de reabilitação cognitiva
compreensivo
Nenhum modelo é suficiente para resolver os problemas complexos
que as pessoas enfrentam, o modelo abrangente inclui modelos de
cognição, avaliação, recuperação, comportamento, emoção,
compensação e aprendizado.

O importante é pensar em alguns aspectos antes de desenvolver um


“protocolo”:
• Localização do comprometimento / lesão
• Dificuldades do dia a dia trazidas pelo paciente /família /
cuidador
• Idade e escolaridade do paciente
• Contexto sócio-econômico
• Preferências
Personalidade

Cognição
Atenção
global

Avaliação
Funciona-
Memória
lidade

Funções
executivas Humor
Tarefas de orientação temporal e espacial
Hora Dia Mês Ano

Faça esses exercícios todos os dias:


Que horas são? Qual é a data de hoje?
Ao assistir o telejornal ou ler o jornal físico, qual foi a notícia que mais me :

Ao ir ao shopping, consigo pensar em:

Ao pensar na minha família, consigo lembrar dos nomes:

Ao lembrar do passado, os momentos abaixos me marcaram:


Alguns exemplos de tarefas para percepção
Alguns exemplos de tarefas para atenção
Alguns exemplos de tarefas de memória
Alguns exemplos de tarefas de linguagem
Alguns exemplos de tarefas de funções executivas
Se uma folha vale 6, quanto
Qualovalordecadafigura?
valem os outros símbolos?
Alguns exemplos de tarefas de leitura (+ demanda)
Outros...
Estudo de caso1: Doença de Alzheimer + Depressão
*Idosa, casada, 4 filhas (vivas), 7 netas, 2 irmãos
*Diagnóstico de DA há 2 anos, depressão posterior
*Queixas da família: não sai de casa, às vezes quer ficar deitada o dia
todo, não faz nenhuma atividade cognitiva ou motora, reclama da vida.
*Queixas da paciente: não quer dar trabalho pro marido e quer morrer, a
DA é a causadora de todos os problemas (não poder andar mais de
bicicleta, não conseguir controlar mais a urina, cansaço, mudanças de
humor),
*Realidade: ela se dedicou à família desde que casou e o marido sempre foi
cuidado por ela; dificuldade para andar e se equilibrar devido a problema no
joelho; por conta da demora em se locomover, não consegue chegar a tempo
ao banheiro; dificuldade em realizar as atividades e demora mais tempo;
quando está com a família, se alegra, mas quando está sozinha com o marido
se entristece.
Estudos de caso: Doença de Alzheimer +Depressão
*Entrevista com a paciente e a família para entender melhor as queixas e expectativas
*Avaliação neuropsicológica para ver quais são as dificuldades e confirmar diagnóstico
*Criação de metas a curto prazo
*Reforços semanais e acompanhamento diário da família

• Exemplos de atividades:
*Linha do tempo para reconhecer trabalhar fatos negativos e enfatizar fatos positivos
*Caderno das emoções: pintar o dia com uma cor (vermelho, amarelo ou verde),
dizer como está se sentindo e o que está sentindo.
*Psicoeducação sobre o que é DA e o que é depressão e diferenciá-las
*Introdução do uso de fraldas, posteriormente absorventes grandes, para ter mais
segurança ao sair
*Retomar hábitos anteriormente deixados para trás: molhar plantas, fazer tricô, dar
uma volta no quarteirão para visitar a filha, ir ao mercadinho com a acompanhante
para ajudá-la a escolher as compras;
Estudos de caso2: Doença de Alzheimer
*Idosa, viúva, 3 filhos, 2 netos, 2 irmãs
*Diagnóstico de DA há 2 anos
*Queixas da família: não quer um cuidador, faz tudo sozinha, não
pede ajuda e esconde as coisas
*Queixas da paciente: não sente que está esquecida, os filhos
estão exagerando, sente que estão sufocando-a e “cerceando a
sua liberdade”
*Realidade: ela consegue viver sozinha, porém esquece de tomar os
remédios na hora, esquece de alguns compromissos, não faz
anotações na agenda, anda de ônibus mesmo já tendo caído na
rua, “nunca tenho tempo, sempre tem alguma coisa pra arrumar
em casa e acabo não conseguindo fazer as tarefas”.
Estudos de caso: Doença de Alzheimer
*Entrevista com a paciente e a família para entender melhor as queixas e
expectativas
*Avaliação neuropsicológica:
*Criação de metas a curto prazo
*Reforços semanais e acompanhamento diário da família

• Exemplos de atividades:
*Controle da medicação para ficar na porta da geladeira
*Planejamento semanal com horários e atividades por hora/dia
*Proposta de leitura de livro da Zíbia Gasparetto durante a semana e resumo em
cada encontro
*Caderno de atividades temáticos a cada época do ano: Carnaval (com
marchinhas), Páscoa (história popular), Festa Junina/Julina (músicas, história e
figuras), Natal (história, reflexão do ano e desejos).
Estudos de caso3: Ansiedade
*Idoso, segundo casamento, 2 filhos, 2 netos
*”Diagnóstico” de Ansiedade
*Queixas da família: falta de memória e de concentração; confusão com certas
informações e não retém o que é dito; desde que filha chegou tarde de uma saída
com amigas e foi dormir na casa da mãe sem avisá-lo, ficou desesperado achando
que algo de ruim tivesse acontecido; ele não sai sozinho; para todo lugar a esposa
precisa ir junto
*Queixas do paciente: não entende o que acontece com ele; se sente inseguro de sair
sozinho e em tudo acompanha a esposa – diz que se pode sair com ela, por que
sair sem ela? fica mais confortável; acredita que a aposentadoria contribuiu com
isso,
*Realidade: a filha mora fora do Brasil há alguns anos e ele não se
preocupa com ela lá, apenas quando ela vêm visitar o país com os netos; ele
não realiza atividades cognitivas específicas, mas f az trabalho voluntário com
a esposa
Estudo de caso3: Memória (+ Ansiedade)
*Entrevista com a paciente e a família para entender melhor as queixas e
expectativas
*Avaliação neuropsicológica: FCG AAVDs memória anterógrada
visual e verbal
*Criação de metas a curto prazo
*Reforços semanais e acompanhamento diário da família

•Exemplos de atividades:
*Planejamento semanal com horários e atividades
*Reflexão de atividades diferentes para serem realizadas toda semana
*Caderno de atividades de férias – quando ficou um mês fora visitando a
filha
*Conceituação Cognitiva
Reabilitação neuropsicológica no Brasil

No Brasil, os estudos sobre a RN precisam ser ampliados e


sistematizados, para que possamos conhecer a amplitude de seus
resultados na recuperação de pacientes e utilizar os recursos
neuropsicológicos com maior eficiência.

Os profissionais experientes na área sabem que e praticamente


impossível reabilitar por completo um paciente neurológico, pois a
maioria dos casos apresentam sequelas. Sendo assim, o terapeuta
deve buscar ajusta-lo ao seu ambiente, considerando sua atual
condição, de maneira a reintegra-lo a sociedade e torna-lo o mais
independente possível.
Referências Bibliográficas
Andrade S, Quaranta T, Fuentes D. Remediação cognitiva., 377-384. Orgs. Fuentes,
Daniel; Malloy- Diniz, Leandro F; de Camargo, Candida Helena Pires; Cosenza,
Ramon M. Neuropsicologia: teoria e prática. 2014, São Paulo: Artmed.
de Macedo EC, Boggio OS. Novas tecnologias para reabilitação
neuropsicológica, 385-396. Orgs.
Fuentes, Daniel; Malloy-Diniz, Leandro F; de Camargo, Candida Helena Pires;
Cosenza, Ramon M. Neuropsicologia: teoria e prática. 2014, São Paulo:
Artmed.,
de Mendonça LIZ, Azambuja D. Neuropsicologia no Brasil, 409-426. Orgs. Fuentes,
Daniel; Malloy- Diniz, Leandro F; de Camargo, Candida Helena Pires; Cosenza,
Ramon M. Neuropsicologia: teoria e prática. 2014, São Paulo: Artmed.
Wilson BA. Neuropsychological Rehabilitation: theory and practice. 2003, Swets &
Zeitlinger BV, ISBN 90 265 1951 6
[email protected]
(21) 96939-3716

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