2° Relatório - Grupo Terapêutico ABCP

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Grupo Terapêutico ABCP – Percepção de si mesmo

OBJETIVO: Estimular o autoconhecimento e um olhar holístico em relação a sua


trajetória do seu eu no presente e protagonistas de suas próprias vidas.

A atividade foi realizada no dia 24/04/2024 com os acolhidos da Casa Acolher, a


proposta para este segundo encontro foi trabalharmos juntos a percepção deles em
relação si próprio e como se veem e reagem a situação adversas ou favoráveis ao seu redor.
Fizemos o formato de uma roda de conversa com 8 (oito) membros. Iniciamos com
apresentação livre dos 2 (dois) novos membros que falaram sobre quem eram e suas
trajetórias, nós como grupo nos apresentamos também, explicamos novamente um pouco
sobre o projeto e fizemos uma breve apresentação de cada integrante do grupo.

Logo, explicamos a proposta de atividade/dinâmica que tínhamos trazido, isto


é, a dinâmica do espelho que fora aplicada primeiro, sendo entregue pequenos espelhos
para os integrantes e pedimos para que olhassem no espelho, olhassem suas expressões,
marcas e trouxessem a memória suas vivências e experiências ao longo dos anos, esse
processo durou por volta de 5 (cinto) minutos.

Dessa forma partimos para a segunda etapa da dinâmica, propondo a escrita de


forma terapêutica, um facilitador do nosso grupo entregou folha pautada e caneta para os
integrantes e os direcionava com perguntas como: “Fico alegre quando...”, “Uma
lembrança que guardo com saudade...”, “Uma coisa que gosto muito em mim, é..”, “Nada
me aborrece mais que...”, entre outros questionamentos pessoais. Pedimos antes de iniciar
que eles escrevessem de forma sincera e que não se sentissem envergonhados, pois caso
não quisessem não seria necessário expor suas respostas ao grupo, fluiu bem,
percebemos bastante engajamento e dedicação nas escritas e nas perguntas.

Ao final das perguntas pedimos para que de forma voluntária compartilhassem a


percepção que tiveram e o que sentiram participando dessa atividade. As primeiras
percepções foi quanto a primeira etapa com o espelho, compartilharam o sentimento de
que o tempo tenha passado rápido, como se em um dia fossem jovens e que daria tempo
de se ajustarem, logo se viram com mais idade e impressão de tempo desperdiçado ou até
mesmo perdido pelas decisões que os levaram ao tratamento. Com essa percepção
intervimos com um comentário de que ainda havia tempo, ainda havia chance para se
reestabelecerem. Nesse momento pudemos perceber a forma que cada um recebeu essa
ressalva, alguns com ânimo, outros com dúvida.
Prosseguimos para o final da atividade, perguntando se algum deles gostaria de
compartilhar alguma resposta das perguntas que o facilitador fez na segunda etapa. Um
dos integrantes compartilhou momento em que sentia saudade, logo os outros integrantes
se prontificaram em entender e sentir a dor do outro, a dor da falta de um familiar ou
momento especial que tiveram. Podemos perceber a interação e amizade na roda de
conversa.

Por fim, perguntamos se sentiram dificuldade em escrever alguma resposta. Um


dos integrantes já cabisbaixo compartilhou sua depreciação em reconhecer seus méritos
e competência, pois se tinha errado tanto não merecia nenhum reconhecimento de si
próprio, compartilhou que na mesma semana chegou a pensar em desistir daquele
processo, logo era ainda mais indigno. Deixamos que se expressasse e o acolhemos com
nossa escuta e atenção, mas questionamos aquela afirmação, trazendo a ideia de ainda
estar perseverando e isso era um motivo para admirá-lo e sua tentativa de melhora seria
honrosa.

Finalizamos fixando a importância de percepção com o olhar para dentro,


entendendo alguns comportamentos e reconhecer nossas competências, falhas,
habilidades e resiliência, a possibilidade de melhora e em cada situação que vivenciam
experimentam. Dando ênfase em que ainda há tempo, e oportunidades para viver melhor,
criar laços, boas memórias e novas conquistas pela frente.

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