Manejo de Doenças - Avaliação 2

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Manejo de Doenças – Avaliação 2

Nome: Antônio Tarcisio da Silva Queiroz

Questão 1. Faça um contraste entre os dois tipos de resistência de plantas a


doenças com relação ao número de genes, especificidade e durabilidade da
resistência.
Resistência Específica Resistência Quantitativa
Característica
(Monogênica) (Poligênica)
Número de genes Geralmente um único gene Múltiplos genes
Alta (específica a proteínas Baixa (ampla contra vários
Especificidade
efetoras do patógeno) patógenos)
Menos durável (fácil de ser Mais durável (difícil de ser
Durabilidade
superada pelo patógeno) superada)

Essas diferenças tornam cada tipo de resistência mais apropriado para


diferentes estratégias de manejo de doenças em plantas. Resistências específicas
são úteis para intervenções rápidas e específicas, enquanto resistências
quantitativas são fundamentais para uma abordagem sustentável e de longo prazo
no manejo integrado de doenças.

Questão 2. Faça um gráfico contendo quatro curvas de progresso de


doenças, sendo: uma curva de cultivar sem gene de resistência, outra com
gene de resistência vertical, outra com genes de resistência horizontal e uma
última com resistência vertical + horizontal. Explique essas curvas.
Sem resistência (vermelho): A doença progride rapidamente, atingindo altos níveis
rapidamente.
Resistência vertical (azul): A doença progride muito lentamente inicialmente, mas
pode acelerar se a resistência for superada.
Resistência horizontal (verde): A doença progride lentamente e de forma mais
estável devido à proteção contínua.
Resistência vertical + horizontal (roxo): A combinação das resistências resulta no
progresso mais lento da doença, proporcionando a melhor proteção ao longo do
tempo.
Este gráfico ilustra a eficácia das diferentes estratégias de resistência em um
período de 1 mês, enfatizando a importância da combinação de resistências para
controlar o progresso da doença de forma mais eficiente.

Questão 3. O que você entende por resistência vertical e horizontal?

A resistência de plantas a patógenos pode ser detectada através de dois tipos de


resposta do hospedeiro: resistência vertical e horizontal. A resistência vertical,
também conhecida como específica, é conferida por genes de resistência que
reconhecem patógenos específicos, resultando em uma resposta rápida e intensa,
mas geralmente limitada a certas cepas do patógeno. Já a resistência horizontal,
ou generalizada, é poligênica e proporciona uma proteção mais ampla e
duradoura contra uma variedade de patógenos, embora de forma menos intensa.
Ambas as formas são cruciais para o manejo integrado de doenças em plantas.

Questão 4. Quais estratégias podem ser usadas para quebrar o “ciclo boom
and bust” da resistência?

Para quebrar o "ciclo boom and bust" da resistência, várias estratégias


podem ser empregadas. Utilizar resistência horizontal, que envolve múltiplos
genes, proporciona uma proteção ampla e duradoura, dificultando a evolução de
cepas virulentas. Outro ponto importante é implementar misturas de cultivares e
rotação de cultivos com diferentes genes de resistência também pode limitar a
adaptação dos patógenos.
Além disto, o controle biológico, introduzindo organismos benéficos que
atacam os patógenos, reduz a pressão seletiva. O melhoramento genético
contínuo também pode ser uma alternativa essencial para desenvolver novas
variedades resistentes. Por conseguinte, gestão integrada de pragas (MIP),
combinando resistência genética, práticas agrícolas e controle biológico, oferece
uma abordagem holística. Além disso, o uso de indutores de resistência fortalece
as defesas naturais das plantas. Monitoramento contínuo das populações de
patógenos e educação dos agricultores para implementar essas práticas são
cruciais para manter a eficácia da resistência e prevenir surtos de doenças.

Questão 5. Escolha um fungicida multissítio, cite três marcas comerciais e


doenças/culturas para as quais ele tem recomendação.

Um exemplo de fungicida multissítio bastante utilizado em cultivos florestais é o


Mancozeb. Este fungicida é amplamente aplicado na proteção de florestas contra
uma variedade de doenças fúngicas.
Marcas Comerciais: Dithane; é recomendado para o controle de doenças como
mancha foliar (Cercospora spp.), mancha de septoria (Septoria spp.) e antracnose
(Colletotrichum spp.) em culturas florestais como pinheiros e eucaliptos.

Manzate: é utilizado para o controle de míldio (Plasmopara viticola), ferrugem


(Puccinia spp.) e outras doenças em cultivos florestais como pinus e acácia.

Penncozeb: é eficaz contra antracnose (Colletotrichum spp.), mancha de folha


(Xanthomonas spp.) e outras doenças em árvores como cedro e mogno.

Esses fungicidas são escolhas comuns devido à sua eficácia contra um amplo
espectro de patógenos fúngicos que afetam cultivos florestais, ajudando a manter
a saúde das árvores e a produtividade das plantações.

Questão 6. Escolha três mecanismos de ação de ação de fungicidas sítios


específico, explique o modo de ação e cite cinco marcas comerciais,
contendo ingredientes ativos desses grupos, bem como doenças e culturas
para as quais são recomendados.

1. Inibidores da Biossíntese de Ergosterol


Modo de Ação: Os fungicidas que atuam como inibidores da biossíntese de
ergosterol interferem na produção de ergosterol, um componente essencial das
membranas celulares dos fungos. Isso compromete a integridade da membrana e
a função celular dos patógenos.
Exemplos de Ingredientes Ativos e Marcas Comerciais:

Azoxistrobina

Marcas Comerciais: Amistar, Quadris, Abound


Doenças e Culturas: Míldio (Peronospora spp.) em batata, tomate, uva.
Tebuconazol

Marcas Comerciais: Folicur, Orius, Opus


Doenças e Culturas: Ferrugem (Puccinia spp.) em trigo, cevada, milho.

Propiconazol

Marcas Comerciais: Tilt, Bumper, Proline


Doenças e Culturas: Mancha Foliar (Cercospora spp.) em soja, algodão,
beterraba.

2. Inibidores da Síntese de RNA


Modo de Ação: Fungicidas que inibem a síntese de RNA interferem no processo
de transcrição genética dos fungos, impedindo a produção de proteínas essenciais
para seu crescimento e reprodução.
Exemplos de Ingredientes Ativos e Marcas Comerciais:

Captan

Marcas Comerciais: Captafol, Orthocide, Merpan


Doenças e Culturas: Antracnose (Colletotrichum spp.) em várias culturas, incluindo
maçã, citros, tomate.

Maneb

Marcas Comerciais: Manzate, Maneb, Dithane


Doenças e Culturas: Míldio (Plasmopara spp.) em videira, batata, tomate.

Cymoxanil
Marcas Comerciais: Curzate, Equus, Ranman
Doenças e Culturas: Míldio (Phytophthora infestans) em batata, tomate, pimentão.

3. Inibidores da Respiração Mitocondrial


Modo de Ação: Fungicidas que atuam como inibidores da respiração mitocondrial
interferem nos processos respiratórios dos fungos, causando a inibição da
produção de energia (ATP) necessária para o crescimento e desenvolvimento dos
patógenos.

Exemplos de Ingredientes Ativos e Marcas Comerciais:

Fludioxonil

Marcas Comerciais: Celest, Switch, Medallion


Doenças e Culturas: Podridão de frutos (Botrytis cinerea) em morango, uva, maçã.

Iprodiona

Marcas Comerciais: Rovral, Chipco, Armada


Doenças e Culturas: Mancha de folha (Alternaria spp.) em citros, cenoura, batata.

Fenhexamida

Marcas Comerciais: Elevate, Moncut, Indar


Doenças e Culturas: Podridão de frutos (Monilinia spp.) em frutas de caroço
(pêssego, ameixa, cereja).

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