A Bíblia e A Ciência
A Bíblia e A Ciência
A Bíblia e A Ciência
Os séculos anteriores viram pouco conflito entre as Escrituras e a ciência. Era comum
os cientistas e religiosos verem a Bíblia e a ciência em completo acordo. Se uma
aparente discrepância vinha à tona, a Bíblia era considerada mais confiável, mas as
duas eram amplamente aceitas como harmoniosas.
Mas a harmonia que existia entre a Bíblia e a comunidade científica em grande parte
desapareceu.
Um recente estudo demográfico concluiu que, das quarenta horas semanais de
tempo livre do norte-americano médio, uma norte-americana típica gasta cerca de
quinze horas com a televisão e apenas uma única hora com a religião. Entre os
homens o tempo dedicado à religião é ainda menor. A tecnologia e o entretenimento
têm conspirado para derrubar a religião do seu pedestal.
A atitude comum no passado era deixar que a Bíblia tivesse precedência sobre as
descobertas científicas, agora a situação é inversa. “Tem se desenvolvido no
século XIX o chamado ‘cientificismo’. Ou seja, somente a ciência tem a chave para a
verdade e que tudo o que não é científico é falso” (James Hitchcock, O Que é o
Humanismo Secular? [What Is Secular Humanism? ] 1982, pág. 44).
Um olhar mais atento sobre a evidência mostra que as Sagradas Escrituras
proclamam e difundem o conhecimento que o homem, através de sua própria
pesquisa científica, só descobriu recentemente. Este conhecimento é básico, mas
seria muito melhor para humanidade se tivesse sido bem compreendido e aplicado.
Vamos considerar algumas verdades que foram registradas na Bíblia milhares de
anos atrás, mas que só recentemente foram redescobertas e confirmadas por outras
fontes como cientificamente comprovadas.
A instrução da Bíblia está muito à frente de seu tempo
Para compreender quão à frente de seu tempo demonstra estar a instrução da Bíblia,
considere a situação do conhecimento médico no Egito, a nação mais poderosa no
período em que Deus revelou Suas leis de saúde a Moisés. Os egípcios sofreram
muitas doenças, porque não compreendiam os princípios de saúde que Deus deu a
Moisés. Sua ignorância é ilustrada no Papiro de Ebers, um texto médico egípcio que
data de 1500 a.C. (no tempo de Moisés).
“Os remédios prescritos neste papiro egípcio são embaraçosos aos leitores
modernos. Alguns dos tratamentos incluíam: poeira de estátua, cascas de besouros,
rabos de rato, pêlos de gato, olhos de porco, dedos do cão, leite materno, sêmen
humano, olhos de enguia, e tripas de ganso … Para tirar farpas, os médicos do antigo
Egito aplicavam uma pomada de sangue de minhoca e estrume de burro. Uma vez
que o estrume está cheio de esporos do tétano, uma simples farpa resultava
frequentemente em uma morte horrível por trismo” (Doutor S.I. McMillen e doutor
David Stern, Nenhuma Dessas Doenças [None of These Diseases], 2000, pág. 10).
Moisés e a medicina egípcia
Moisés viveu no Egito, enquanto semelhantes “tratamentos” equivocados estavam
sendo praticados. Levado à corte real como um filho adotivo da filha do faraó, ele foi
“educado em toda a ciência dos egípcios” (Atos 7:22, ARA)―que sem dúvida incluíam
estas perigosas práticas infecciosas.
Em contrapartida, Deus fez uma promessa surpreendente: “Se ouvires atento a voz
do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos seus olhos, e deres ouvido aos
seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma enfermidade virá
sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o Senhor, que te sara”
(Êxodo 15:26, NVI).
Por vários séculos os israelitas, como os egípcios ao seu redor, tinham morrido de
doença aos milhares. A promessa de Deus de libertação das doenças
era surpreendente!
“Deus entregou a Moisés, em seguida, muitas regras de saúde, preenchendo uma
seção inteira da Bíblia … Milhares de pessoas morreram ao longo dos séculos, mas
foi porque os médicos ignoravam as regras bíblicas. Finalmente, quando os médicos
leram e executaram essas diretrizes, rapidamente descobriram como evitar a
propagação de epidemias. Assim, Moisés poderia ser chamado de pai do moderno
controle de infecções. Até hoje ainda somos beneficiados pelas instruções de Deus
de três mil e quinhentos anos atrás” (McMillen e Stern, pág. 11).
Morte em Viena
Na Europa do século XIX, ninguém sabia nada sobre bactérias. Em um hospital em
Viena, O doutor Ignaz Semmelweis ficou estarrecido com a taxa de mortalidade das
mulheres grávidas que vinham ao hospital para dar à luz. As mortes foram atribuídas
à “febre do parto”. Depois que as mulheres morreram, estudantes de medicina
realizaram as autópsias e logo em seguida tratavam os pacientes vivos.
Depois de muita observação, doutor Semmelweis chegou a uma conclusão
revolucionária: Os agentes contaminantes nas mãos dos estudantes de medicina é
que seriam os responsáveis por espalhar a morte de um paciente a outro. Assim, ele
ordenou que os estagiários lavassem as mãos em água clorada.
Então, ele ficou monitorando os resultados. “Os livros de história nos contam o que
aconteceu a seguir … Em apenas três meses a taxa de mortalidade caiu de dezoito
para um por cento” (McMillen e Stern, pág. 20).
No entanto, há mais de três mil anos Deus já tinha revelado a Moisés as medidas
sanitárias que deviam ser tomadas quando as pessoas tocassem em um cadáver.
Primeiro, elas deveriam ser consideradas “impuras” por sete dias e tinham que lavar-
se com água no terceiro e no sétimo dia (Números19:12-13). Enquanto uma pessoa
estivesse impura, ela devia evitar o contato social com os outros.
Mesmo que as pessoas na época não soubessem que tais coisas existiam. O
procedimento de lavagem limpava os germes da pessoa, e a exposição ao ar fresco e
a luz solar entre as lavagens ajudava nesse processo de purificação.
Tratamento de feridas
A Bíblia também mostra por exemplo como um ferimento deve ser tratado e
enfaixado. A história do bom samaritano conta que ele aplicou vinho e azeite nas
feridas da vítima, em seguida, enfaixou-as para protegê-las enquanto cicatrizava
(Lucas 10:34). O vinho serviu de desinfetante e o azeite de oliva como
loção calmante.
Como A Enciclopédia International Padrão da Bíblia [The International Standard
Bible Encyclopedia] observa: “O azeite tem algumas qualidades curativas e ainda é
usado na medicina moderna”. A mistura de vinho e óleo produz um anti-séptico com o
qual o samaritano tratou a vítima (1986, “Óleo”). Estes procedimentos foram
esquecidos por séculos até serem redescobertos nas últimas décadas.
Se técnicas semelhantes fossem conhecidas e utilizadas ainda na Guerra Civil
Americana, a taxa de mortalidade poderia ter sido muito menor. Nessa guerra “mais
da metade dos homens que morreram não foram mortos em ação, mas simplesmente
morreram por doenças no acampamento militar: febre tifóide, pneumonia, disenteria e
doenças infantis como sarampo e catapora”.
Milhares morreram por ferimentos em batalha, ferimentos relativamente pequenos,
mas que se infeccionaram. “Não se sabia sobre como e por que as feridas se
infeccionavam … O número de homens que simplesmente adoeceram e morreram,
ou que tinham pequenas escoriações ou cortes, e que nessa ocasião nada pôde ser
feito para impedir essa infecção, foi horrível” (Bruce Catton, Reflexões sobre a
Guerra Civil, 1982, pág. 43).
O nutricionista David Meinz diz que mesmo que não possamos compreender todos os
aspectos das leis dietéticas bíblicas, seria sensato segui-las. “Grande parte da
sabedoria revelada na Bíblia agora faz sentido para nós por causa da nossa
perspectiva moderna”, diz ele, “mas isso significa que devemos desconsiderar as
partes que ainda não foram cientificamente comprovadas? ”
“Nós somente descobrimos que a gordura animal é ruim para nós nos últimos
cinquenta anos. Para o cristão de um século atrás, a ordem em Levítico 3:17para
evitar gordura animal não fazia nenhum sentido. No entanto, está claro para nós hoje.
E se há algo na lagosta que é prejudicial para a nossa saúde? E se não descobrirmos
o que é prejudicial até daqui a cinquenta anos? Precisamos de provas científicas para
dar à Bíblia o benefício da dúvida? ” (Alimentação pelo Livro[Eating by the
Book ], 1999, pág. 226).
O doutor Reginald Cherry comenta sobre a razão pela qual médicos e pesquisadores
passaram a concordar com a instrução bíblica de não comer gordura. Ele pergunta,
“Por que essa proibição contra a gordura é tão importante para nós? Mais de
cinquenta e três por cento das pessoas nos grandes países industrializados morrem
de doença cardíaca. A doença cardíaca é comumente causada por depósitos de
gordura que se acumulam nas artérias, muitas vezes no início da adolescência” ( A
Bíblia Cura [The Bible Cure ], 1998, pág. 20).