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UNACESJAT – JATAÍ
CURSO DE BIOMEDICINA
Jataí – GO
2022
SIMONE FRANÇA FARIA
Jataí – GO
2022
2
RESUMO
3
ABSTRACT
The influence that the microorganisms residing in the gastrointestinal tract have
on the organism can leave it in balance or not. Disturbance in the profile of the
intestinal microbiota can lead to an imbalance in its diversity and composition,
leading to intestinal dysbiosis. This disorder suggests problems in metabolism
leading to obesity. Thus, through studies of articles from the last 5 (five) years
based on facts and relating dysbiosis to weight gain, it was necessary to survey
various materials using PubMed, SciELO, MEDLINE, Google Scholar as a
database, so that at the end of this investigation conclude a strong indication
that there may be an association between intestinal dysbiosis and the influence
that it can have on weight gain. Conclusion: weight gain may be related to
intestinal dysbiosis due to its intimate connection with the microbiota. Obese
individuals have microbiota imbalance and a significant increase in Phylum
Firmicutes in relation to Phylum Bacteroidetes.
4
LISTA DE TABELA
Tabela 1: Fluxograma 13
Tabela 1: componentes da microbiota intestinal. 17
Tabela 2: Taxonomia das bactérias intestinais mais comuns 18
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
5
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................7
METODOLOGIA....................................................................................................................8
REVISÃO ..............................................................................................................................8
RESULTADOS ..................................................................................................................... 12
Fluxograma .................................................................................................................... 13
DISCUSSÃO........................................................................................................................ 13
Relação disbiose com obesidade.............................................................................. 17
CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 24
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 25
6
INTRODUÇÃO
7
METODOLOGIA
REVISÃO
8
doenças autoimunes, além de promover desequilíbrios nutricionais
(DRABIŃSKA et al., 2018; KOOPEN et al., 2020). (Figura 1).
Figura 1: Barreira intestinal permeável X hiper permeável.
Fonte: http://aflorarsaude.com.br/wp-content/uploads/2018/02/Imagem1.png.
9
está relacionada com maior eficiência na absorção de nutrientes e síntese de
aminoácidos, enquanto uma menor diversidade do microbioma pode gerar um
excesso na absorção de nutrientes e alteração da relação entre os filos
bacterianos Firmicutes e Bacteroidetes. (Figura 2). Sendo assim, é possível
relatar a detecção na microbiota intestinal de pessoas obesas, um aumento no
filo Firmicutes em relação ao filo Bacteroidetes, exemplificando que existe uma
relação entre a doença e o microbioma intestinal (PROKOPIDIS et al., 2020).
Figura 2: Bactérias boas x ruins.
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/microbiota.
10
de nutrientes tem o potencial de melhorar as anormalidades da mucosa
presente em pacientes com distúrbios gastrointestinais.”
Em outro estudo, OTT et al (2017)., sugere que “o aumento da
permeabilidade intestinal e a translocação de lipopolissacarídeos (LPS)
também pode desempenhar um papel importante.” O mesmo afirma que
“existem algumas evidências de que o IMC (Índice de Massa Corporal) é uma
covariável importante das variações do microbioma e que a obesidade está
associada a alterações na composição da microbiota intestinal.” Continuando
em seu raciocínio analisa que: “uma função de barreira intestinal interrompida
pode levar a um aumento do influxo de componentes bacterianos e outros
antígenos complexos na circulação e ativar respostas imunes.” (Figura 3). E
finaliza discorrendo “que o aumento da permeabilidade intestinal pode ser
causado por desequilíbrio microbiano, composição dos alimentos ou dietas
hipercalóricas”.
Figura 3: Barreira intestinal comprometida.
Inflamação
Autoimunidade
Alergia e intolerância alimentar
Fonte: https://www.farmaciasempreviva.com.br/fibregum-b-fibra-prebiotica-alivio-de-
desconfortos-intestinais.
11
RESULTADOS
12
Fluxograma
Tabela 1: Fluxograma
3 documentos
15 artigos para 4 artigos para 2 artigos para para leitura
leitura completa leitura completa leitura completa completa
DISCUSSÃO
13
no intestino, além de gerar respostas inflamatórias em caso de distúrbio no
microbioma intestinal. (HAGAN et al., 2019).
As formas pelas quais o microbioma do intestino é estabelecido são bem
diversificadas. (WILSON et al., 2021). No decorrer da vida, do nascimento até
a fase adulta a microbiota remodela e (ASSAL, 2022) se difere de forma
dinâmica. (Figura 4). Conforme o meio em que o indivíduo está inserido, seja
através de alimentos, seja pela poluição do meio ambiente, pelo consumo de
medicamentos, estresse, a microbiota sofre modificações. (BYRD et al., 2020).
Figura 4: Fatores que comprometem a composição da microbiota.
14
o consumo de alimentos gordurosos, ricos em açúcares e pobres em fibras.
(Figura 5).
A RECEITA DA OBESIDADE
Consumo frequente Após serem
1 de alimentos ricos
em gordura saturada; 2 absorvidas no
intestino, as
moléculas de
gordura caem na
corrente sanguínea e
HIPOTÁLAMO chega ao cérebro;
15
ingestão de fibras e de proteínas (pescado e frutos do mar) podendo auxiliar
na regulação e redução de calorias, portanto logo na regulação do peso e
circunferência abdominal (XUE et al., 2022).
Em relatos, os artigos mostram o interesse crescente por uma
modulação da microbiota. Há estudos onde é analisado e observado a
microbiota de obesos versus de pessoas magras, criando expectativas sobre a
quantidade e qualidade desses microrganismos para manipular tratamentos
futuros contra a obesidade. (SZE, SCHLOSS, 2016).
Koopen et al., (2022) define em seu estudo que os “traços gerais da
microbiota obesogênica incluem um declínio na diversidade da microbiota
fecal, constrição da riqueza de espécies e privação de micróbios produtores de
ácidos graxos de cadeia curta (AGCC)”. Também menciona que os
“mecanismos exatos pelos quais cepas bacterianas específicas regulam
funções metabólicas e influenciam a fisiopatologia de distúrbios metabólicos
ainda são pouco compreendidos.” (KOOPEN, et al., 2022).
Dos artigos averiguados, determinadas bactérias estão relacionadas
como influenciadoras de maior absorção de nutrientes. Em destaque o filo
Firmicutes, é em maior quantidade do que as bactérias do filo Bacteroidetes
(MOTIANI et al, 2020), desses 65% do filo Firmicutes a diversidade bacteriana
chega a ser acima de 230 gêneros bacterianos, em seguida contém 25% do
filo Bacteroidetes, 5% de Proteobacteria, 3% de Actinobacteria e 1 a 5 % de
Verrucomicrobia. (ASSAL, 2022; FAINTUCH, 2017). O que leva a obter ganho
de peso seria o desequilíbrio dessas espécies (TABELA 2); (MOTIANI, et al,
2020). O desequilíbrio é intitulado por disbiose (ZHANG, et al., 2021). A
disbiose é qualificada como a perturbação da microbiota intestinal de forma
fisiológica. A falta do equilíbrio entre as bactérias alojadas no intestino e a
diminuição da biodiversidade leva às alterações na regulação metabólica.
(SERENA, et al., 2018). A alteração da microbiota intestinal, também estão
associadas a algumas doenças, como obesidade, diabetes, doenças
metabólicas, doenças hepáticas gordurosas (GARGARI et al, 2018), o
desenvolvimento da constipação (CHU et al., 2019), infecções urinárias,
inflamações em geral, doenças na pele, câncer, ansiedade, indigestão,
16
flatulência, enxaqueca, alergias, deficiências de vitaminas e minerais
(SUSKIND et al., 2020). Com o aumento de bactérias nocivas e diminuição de
bactérias benéficas o processo disbiótico inicia (CHU et al., 2019).
Tabela 3: componentes da microbiota intestinal.
17
(Lactobacillus, Veillonella) e Proteobacteria (Helicobacter) são dominantes no
intestino proximal, enquanto Firmicutes (Lachnospiraceae) e Bacteroidetes são
observados no cólon”. (TABELA 3).
Tabela 4: Taxonomia das bactérias intestinais mais comuns.
18
ter uma quantidade mais elevada de determinados filos (MUELLER et al.,
2021) e espécies (ZHANG et al., 2021).
Figura 6: O microbioma em sua variabilidade.
Fonte: (http://www.scientificamerican.com/article/microbiome-graphic-explore-
humanmicrobiome/).
19
(gêneros: Roseburia, Blautia, Alistipes; espécie Akkermansia munciniphila)
pode cooperar para o ganho de peso (KOOPEN, et al., 2022).
Relato de que uma das espécies de bactérias que aumentou
significantemente após mudança na alimentação realizando HPD (Dieta rica
em proteínas) foi descrito em um artigo sobre a Faecalibacterium prusnitzii. A
F. Prusnitzii é uma bactéria comensal com impacto na fisiologia por exercer a
homeostase e tem um papel importante na produção de butirato, um Ácido
Graxo de Cadeia Curta (AGCC) que auxilia na manutenção da mucosa do
cólon agindo como agente anti-inflamatório (KAHLEOVA et al., 2020). Esses
ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs) são capazes de estimular a liberação
de hormônios da saciedade, aumentar a sensibilidade à insulina e regular a
pressão arterial de forma benéfica (ZENG, et al., 2019). A produção de AGCC é
determinada por vários fatores como os tipos de bactérias que estão
localizadas no intestino, quanto ao tempo que do trânsito intestinal, quais tipos
de alimentos que foram ingeridos e se estes são o suficiente (ASSAL, 2022).
Outro fato é um aumento de Bifidobacterium e Lactobacillus, um artigo afirma
serem necessárias para uma melhor absorção de nutrientes (DONG ET AL.,
2020). Faecalibacterium, Eubacterium e Roseburia, são produtoras de butirato
após a ingestão de carboidratos complexos (contém em fibras e amidos);
Bacteroidetes, Firmicutes e Lachnospiraceae são produtoras de propionato e
combate a inflamação; Bifidobacteria, Lactobacillus, Akkermansia, Prevotella,
Ruminococcuso são produtoras de acetato que controla o apetite e protege o
organismo contra patógenos (ASSAL, 2022).
O gênero Roseburia é uma bactéria comensal produtora de butirato e a
sua diminuição é sugestivo para algumas patologias e obesidade. O gênero
Blautia é uma bactéria anaeróbica e a sua diminuição está relacionada com
pessoas obesas, ambas pertencentes ao Filo Firmicutes. Do Filo Bacteroidetes
o gênero Alistipes contém treze espécies, podem estar associadas a disbiose,
reduz serotonina além de realizar fermentação de proteínas ocasionando
metabólitos inflamatórios. O Filo Verrucomicrobia tem como principal espécie a
Akkermansia munciniphila, é uma bactéria comensal e em pessoas obesas
seus níveis são baixos, e pessoas magras são abundantes (ASSAL, 2022).
20
Outros artigos comentam que um aumento de Firmicutes em relação ao
Bacteroidetes geraria um excesso de absorção de nutrientes e armazenamento
dos mesmos. (DONG ET AL., 2020; STANISLAWSKI et al., 2021). A forma
como a microbiota é constituída no organismo do hospedeiro poderá fazer com
que o mesmo venha ter uma quantidade mais elevada de determinados filos
(MUELLER et al., 2021) e consequente espécies (ZHANG et al., 2021); (Figura
7). Pesquisas mostram que a relação dos filos Bacteroidetes e Firmicutes, tem
ligação para o desenvolvimento da obesidade (LIU et al., 2020).
Nas diferentes formas de pesquisas os estudos associam mudanças de
alimentação como forma de intervir no microbioma intestinal, (WASTYK, et al.,
2021) associando o ganho de peso com determinadas bactérias e a perda de
peso com outras espécies. As evidências mostram que para uma mudança e
melhoramento da microbiota intestinal não só a alimentação deve ser corrigida,
como todo o ambiente, uma vez que o ambiente químico, nutricional, e
comportamental contribuem para esse universo, onde as bactérias se
comunicam por meio de sinais químicos, interagindo, regulando, formando
uma rede podendo mudar característica e a função da microbiota.
(STANISLAWSKI et al., 2021).
Figura 7: Firmicutes x Bacteroidetes
Fonte: https://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0212-16112018001200004
21
Relacionando as informações com os vários cenários, e as alternativas
para restrições calóricas e perdas de peso com dietas personalizadas são
incessantemente propostas, mas se fazem necessárias mudanças na
investigação da microbiota para elucidar e tratar de forma significativa o
hospedeiro. A forma e o aspecto da dieta irão impactar na sua fisiologia
intestinal, além da associação de determinadas bactérias com a perda de peso
(FRAGIADAKIS et al., 2020).
As proteínas presentes em nossos alimentos tem relação com a
homeostasia, que é o uma propriedade de permanecer em equilíbrio do
organismo, tanto internamente, quanto com o meio que o circunda, o meio
externo. O glúten e a caseína (proteína do leite) tem se mostrado um péssimo
aliado para a homeostasia. Aumentam a Zonulina, e seu excesso causa hiper
permeabilidade intestinal. A zonulina ocludens 1 (ZO-1),sua propriedade é na
formação de poros; claudina, proteínas integrais de membrana; ocludina,
proteína de adesão celular são exemplos de proteínas transmenbrana que
compõem a barreira intestinal. (Figura 8). A zonulina é uma das proteínas
produzida pelas células intestinais. Em estudos mais recentes informaram que
a zonulina causa a permeabilidade intestinal mais intensa, quando a sua
liberação ocorre de forma mais quantitativa, em maior duração de tempo
(ASSAL, 2022).
A zonulina, claudina e ocludina são responsáveis por regular a
permeabilidade intestinal através das junções entre as células da mucosa, ou
“tight junctions”. As “tight junctions ou zona de oclusão são compostas por
proteínas e são responsáveis por uma complexa barreira funcional e
imunológica que tem como o objetivo encarregar-se de organismos diferentes,
sem potencializar respostas inflamatórias e patógenas e, de servir como uma
barreira física contra agentes invasores (KRAWCZYK et al., 2018).
22
Figura 8: Estrutura do epitélio intestinal
Fonte:file:///C:/Users/User/Downloads/OpenAccess-Rodrigues-9788580391893-18.pdf
23
permeável, ativam um processo de inflamação sistêmica, dando inicio a um
ciclo desequilibrando o microbioma (PASINI et al., 2019).
Estratégias para melhorar essa barreira intestinal vêm sendo estudas,
uma das intervenções estudadas e realizadas são os transplantes de
microbiotas fecais (FMT). Experimentos realizados no intestino com a
introdução de cepas bacterianas. (LEONG, et al., 2018). Os transplantes de
microbiota fecais (FMT) é uma das novas abordagens que tem como objetivo
restaurar e reequilibrar a ecologia intestinal. Estudos de controle demonstraram
que o microbioma do doador saudável influencia na expressão gênica e nos
metabóllitos que estão envolvidos na inflamação (XUE, et al., 2022) e pode
manter os benefícios adquiridos pelo tratamento auxiliando na intervenção
de doenças crônicas, doenças autoimunes, doenças metabólicas, obesidade.
Para reprogramar o intestino é necessário identificar a causa da disbiose
(RINOTT et al., 2021).
CONCLUSÃO
24
REFERÊNCIAS
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