Parte H: Diário Da República, 2. Série
Parte H: Diário Da República, 2. Série
ª série PARTE H
Nota Justificativa
Exposição de Motivos
No âmbito das diversas atribuições legalmente cometidas às Autarquias Locais está incluída
a promoção de medidas de caráter social, com vista, nomeadamente, a colmatar as necessidades
habitacionais dos cidadãos.
O direito a uma habitação condigna integra, pois, o elenco dos diversos direitos constitucional-
mente consagrados e representa um dos vetores essenciais à dignificação da vida humana.
Neste pressuposto, através do apoio municipal à habitação degradada, são asseguradas as
essenciais condições de habitabilidade, salubridade, conforto e acessibilidade das habitações pró-
prias e permanentes dos agregados familiares residentes no Concelho de Ponta Delgada.
Assim, o Município de Ponta Delgada, no decorrer do ano de 2009, criou o Regulamento de
Apoio à Recuperação de Habitação Degradada.
Após um longo período de implementação, esse diploma regulamentar foi revogado com a
entrada em vigor do Regulamento Municipal de Apoio à Habitação Degradada de Agregados Fami-
liares Carenciados do Município de Ponta Delgada, em 05 de agosto de 2016.
Decorridos sete anos da sua aplicação, da experiência recolhida resultou a manifesta necessi-
dade de revisão integral daquele regulamento, por forma a proceder à atualização das disposições
regulamentares em vigor, desde logo, ao nível do seu objeto, beneficiários, tipologias de apoio,
trâmites e metodologia processuais.
Com efeito, através da revisão do Regulamento de Apoio à Habitação Degradada, é atualizado
o regime de apoio à habitação degradada existente, fazendo face às atuais necessidades das
famílias, com vista a contribuir para a garantia de uma habitação condigna.
Em termos materiais, alargou-se o âmbito dos beneficiários para agregados familiares cujo valor
do rendimento mensal per capita seja igual ou inferior a 125 % do Indexante dos Apoios Sociais
(IAS), o que permitirá abranger e apoiar um maior número de famílias.
No que se refere às modalidades de apoio financeiro regista-se um conjunto de alterações con-
sideráveis. Em primeiro lugar, é criada uma nova metodologia, que consiste na atribuição de apoio
financeiro, destinado a comparticipar a execução de obras isentas de controlo prévio, referentes
a obras de alteração e obras em interiores de edifícios, bem como a obras de escassa relevância
urbanística. Neste contexto, o beneficiário passa a assumir a responsabilidade sobre a boa execu-
ção da operação urbanística, com recurso ao apoio financeiro atribuído pelo Município. Termos em
que, ainda que como consequência indireta, se promove um importante incentivo à dinamização
do setor empresarial local da área da construção civil, uma vez que a obra será necessariamente
executada por empresário em nome individual ou pessoa coletiva com sede no Concelho de Ponta
Delgada. Sobre o Município recairá, assim, a competência para vistoriar e fiscalizar a execução da
operação urbanística em conformidade com os termos aprovados.
Destaque, ainda, para o aumento do valor do apoio financeiro, cujo limite máximo passa de
€ 12.500,00 para € 20.000,00.
Paralelamente, procedeu-se à revisão de toda a tramitação processual inerente à atribuição
do apoio financeiro. Prevê-se, desde logo, o aumento do período de candidatura, que passará a
decorrer durante todo o ano. Quanto à análise técnica, prevê-se que a mesma seja realizada de
forma repartida: uma primeira fase, destinada à análise social; e uma segunda fase, destinada à
análise urbanística e orçamental. O regime revela-se, assim, mais simplificado e padronizado com
os demais programas municipais de natureza social, o que permitirá dar uma resposta mais célere
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e adequada à situação concreta e atual das famílias, tendo em conta a necessidade de resposta
imediata. Foram atualizados os métodos de apresentação de candidaturas, que passam a incluir a
possibilidade de entrega através dos serviços online e através de correio eletrónico. O conjunto de
elementos instrutórios a entregar foi atualizado e inclui agora toda a informação essencial à análise
técnica da candidatura. Acresce que está ainda prevista a possibilidade de correção do pedido,
sempre que necessário. Concluídas ambas as fases da análise técnica é assegurada, nos termos
legais, a audiência prévia dos candidatos relativamente ao projeto de decisão.
Releva ainda, de forma notória, a criação de um elenco de situações suscetíveis de majorar em
15 % o valor do apoio financeiro a atribuir, por cada uma das seguintes situações: agregado familiar
que inclua elementos com 60 % ou mais de incapacidade; agregado familiar que inclua elementos víti-
mas de violência doméstica; agregado familiar monoparental; jovem entre 18 a 35 anos; casal jovem
até aos 35 anos; agregado familiar constituído exclusivamente por elementos com 65 ou mais anos.
Concomitantemente, o presente regulamento prevê a criação de uma nova tipologia de apoio,
destinada à habitação degradada por danos resultantes de situações de intempérie, calamidade,
catástrofe natural ou incêndio. O valor máximo desse apoio foi fixado em € 25.000,00, sem pre-
juízo da aplicação do já referido regime de majorações. Assim, são criadas duas modalidades de
apoio financeiro, cumuláveis entre si, a saber: apoio à execução de obras na habitação degradada
por conta da situação de intempérie, calamidade, catástrofe natural ou incêndio concreta; e apoio
à reposição dos bens móveis, como seja mobiliário e eletrodomésticos, que tenham sido alvo de
danos ou prejuízos resultantes da situação de intempérie, calamidade, catástrofe natural ou incêndio
concreta. Deste modo, o Município garante uma resposta social destinada a situações de especial
vulnerabilidade e emergência social, casos fortuitos ou de força maior.
Tudo visto, a presente revisão regulamentar reflete os objetivos prioritários do Município de
Ponta Delgada na área social, que implicam uma intervenção ativa ao nível da igualdade, das
famílias, da infância, da juventude, do envelhecimento e da deficiência.
Análise custo/benefício
No que respeita à ponderação dos custos e benefícios, verifica-se que a atualização do regu-
lamento não onera significativamente e de forma desproporcionada os interesses financeiros do
Município, uma vez que se enquadra numa lógica de rigor, equidade e simplificação dos procedi-
mentos de candidatura, análise e admissão aos apoios financeiros previstos, em estrito cumprimento
dos princípios da boa administração, transparência e igualdade.
Acresce que as respostas sociais à habitação degradada contribuirão para a melhoria das
condições habitacionais dos beneficiários, diminuindo as suas fragilidades e, consequentemente,
elevando os seus níveis de bem-estar.
Enquadramento administrativo
Enquadramento legal
Deste modo, nos termos do disposto no artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa,
nas alíneas h) e i) do n.º 2 do artigo 23.º, nas alíneas v) e k) do n.º 1 do artigo 33.º e na alínea g)
do n.º 1 do Regime Jurídico das Autarquias Locais, aprovado pela Lei n.º 75/2013, de 12 de setem-
bro, a Assembleia Municipal de Ponta Delgada, na sessão ordinária de 29 de junho de 2023, sob
proposta da Câmara Municipal, aprova o:
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Artigo 1.º
Lei Habilitante
Artigo 3.º
Beneficiários
Os apoios à habitação degradada têm como beneficiários os agregados familiares que residam
no Concelho de Ponta Delgada.
Artigo 4.º
Operações urbanísticas
se referem a obras de alteração no interior de edifícios ou suas frações estão isentas de licencia-
mento, desde que, não impliquem modificações na estrutura de estabilidade do imóvel, alteração
de cérceas e forma das fachadas e telhados e ainda que não resultem em autonomização de mais
um fogo ou fração autónoma;
b) Obras de escassa relevância urbanística, tal como se encontra definido na alínea l) do
artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de setembro, na sua redação atual, que aprova o Regime
Jurídico da Urbanização e Edificação, que consistem em obras de edificação ou demolição que,
pela sua natureza, dimensão ou localização tenham escasso impacto urbanístico, que se enqua-
dram nas als. a), b), c), g), h), i), j), m) e n) do artigo 7.º do Regulamento Municipal de Urbanização,
Edificação e Taxas do Município de Ponta Delgada, que se dispõem, respetivamente, a:
i) Edificações, contíguas ou não, ao edifício principal com altura não superior a 2,5 metros ou,
em alternativa, à cércea do rés-do-chão do edifício principal, com área igual ou inferior a 25 metros
quadrados e, desde que, não confinem com a via pública e não tenham por consequência a cons-
trução de mais de duas edificações autónomas da edificação principal;
ii) Todas as obras de conservação, exceto as que sejam promovidas em imóveis classificados
ou em vias de classificação;
iii) Obras relativas a muros de divisão ou vedação não confinantes com a via pública, desde
que, não excedam a altura de 2,5 metros nem funções de suporte correspondentes a desníveis
superiores a 2 metros;
iv) Obras de edificação de muros em pedra da região;
v) Arranjos de logradouros;
vi) Construção de rampas para pessoas com mobilidade condicionada e eliminação de barreiras
arquitetónicas quando localizadas dentro de logradouros e edifícios;
vii) Outras construções consideradas indispensáveis à higiene e salubridade das habitações
desde que não impliquem acréscimo de área de construção superior a 25 m² e em caso de mani-
festa e comprovada insuficiência económica do requerente;
viii) Obras que consistem na substituição da estrutura de madeira de cobertura do edifício por
outra de natureza metálica ou similar desde que não se altere a sua forma, altura da fachada, bem
como a natureza e cor dos materiais de revestimento;
ix) Obras necessárias à abertura de vãos, com largura não superior a 4 m, em muros confi-
nantes com a via pública, que não façam parte da composição da fachada de um edifício e desde
que se mantenham inalteradas as restantes características do muro.
2 — Estão excluídas do âmbito dos apoios à habitação degradada todas as demais operações
urbanísticas.
3 — Estão ainda excluídas do âmbito dos apoios à habitação degradada as intervenções em
áreas comuns de edifícios.
CAPÍTULO II
Candidaturas
Artigo 5.º
Condições de elegibilidade
a) Imóvel com danos que resultem da intempérie, calamidade, catástrofe natural ou incêndio,
devidamente comprovados;
b) Imóvel não abrangido por seguro que cubra os prejuízos causados pela resultem de intem-
périe, calamidade, catástrofe natural ou incêndio.
Artigo 6.º
Impedimentos
Artigo 7.º
Período de candidatura
Artigo 8.º
Instrução das candidaturas
f) Cópia da caderneta predial urbana do imóvel objeto da candidatura, emitida pela Autoridade
Tributária e Aduaneira;
g) Cópia da certidão permanente do imóvel objeto da candidatura, emitida pela Conservatória
do Registo Predial;
h) Certidão de situação tributária regularizada perante a Autoridade Tributária e Aduaneira ou
declaração de autorização de consulta tributária nos termos da lei, referente ao candidato;
i) Certidão de situação contributiva regularizada perante a Segurança Social ou declaração de
autorização de consulta contributiva nos termos da lei, referente ao candidato;
j) Certidão de bens, emitida pela Autoridade Tributária e Aduaneira, de todos os elementos
do agregado familiar;
k) Documento emitido por entidade bancária, onde conste a identificação do candidato e o
número do IBAN;
l) Memória descritiva e justificativa da operação urbanística pretendida, quando aplicável;
m) Declaração de autorização expressa sobre a operação urbanística a executar no imóvel
objeto da candidatura, devidamente datada, assinada e acompanhada de cópia dos documentos de
identificação de todos os declarantes, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 5.º, quando aplicável;
n) Cópia da escritura de habilitação de herdeiros e relação de bens, quando aplicável;
o) Atestado médico de incapacidade multiúsos, quando aplicável;
p) Outros elementos considerados essenciais à análise do caso concreto.
2 — As candidaturas devem ser entregues, ainda, com uma declaração sob compromisso de
honra, conforme o modelo apenso ao formulário a que se refere o número anterior, que ateste as
seguintes situações:
3 — Caso a candidatura seja entregue sem algum dos elementos instrutórios ou caso não sejam
prestados os esclarecimentos solicitados, é concedido o prazo de 10 dias úteis para correção do
pedido ou prestação de esclarecimentos, mediante comunicação remetida por meio de correio ele-
trónico, conforme conste no formulário de candidatura, sob pena de rejeição liminar da candidatura.
4 — A candidatura só será considerada entregue se acompanhada de todos os elementos a
que se referem os números anteriores, e caso sejam prestadas as informações e/ou os elementos
complementares solicitadas pela Câmara Municipal.
5 — No caso dos apoios financeiros à habitação degradada por danos resultantes de situações
de intempérie, calamidade, catástrofe natural ou incêndio as candidaturas devem ser entregues,
ainda, com uma declaração sob compromisso de honra, que ateste que o imóvel não se encontra
abrangido por seguro que cubra os prejuízos causados pela intempérie, calamidade, catástrofe
natural ou incêndio.
CAPÍTULO III
Análise técnica
Artigo 9.º
Análise técnica das candidaturas
2 — No caso dos apoios financeiros à habitação degradada por danos resultantes de situa-
ções de intempérie, calamidade, catástrofe natural ou incêndio a análise técnica das candidaturas
é efetuada nos termos dos artigos 13.º a 17.º
Artigo 10.º
Análise social
em que:
Rpc — Rendimento mensal per capita: indicador económico que permite conhecer o poder
de compra do agregado familiar;
Rm — Rendimento mensal do agregado: todos os recursos do agregado familiar provenientes
de trabalho, pensões, prestações complementares, subsídio de desemprego, subsídio de doença,
bolsas de estudo e formação, indemnizações ou prestações mensais de seguradoras, pensão de
alimentos ou quaisquer outros traduzíveis em numerário;
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Dm — Despesa mensal fixa do agregado familiar: valor mensal resultante das despesas médias
anuais de consumo de caráter permanente, designadamente despesas com: eletricidade, água e
gás; telefone fixo e internet; saúde; habitação; educação; serviços de apoio à infância, aos idosos
e à deficiência; passes de transportes; e seguros obrigatórios;
N — Número de elementos do agregado familiar.
Artigo 11.º
Majorações do valor do apoio financeiro
Ao valor do apoio financeiro apurado acresce 15 % por cada uma das seguintes situações que
possam ser verificadas quanto ao agregado familiar:
Artigo 12.º
Análise urbanística e orçamental
1 — A análise urbanística e orçamental das candidaturas inicia-se com uma vistoria prévia ao
imóvel objeto da candidatura, realizada por técnicos habilitados para o efeito.
2 — Na vistoria prévia é averiguada a adequabilidade da operação urbanística requerida,
atendendo:
3 — Da vistoria prévia é lavrado auto, que inclui uma estimativa orçamental da operação
urbanística a executar.
4 — A estimativa orçamental a que se refere o número anterior inclui a aplicação do regime
de majorações previsto no artigo 11.º, nos termos averiguados pela análise social.
5 — O auto de vistoria prévia é remetido ao candidato.
6 — Em caso de prossecução da candidatura, o candidato é notificado para proceder à entrega
dos seguintes elementos adicionais:
Artigo 13.º
A análise técnica das candidaturas ao apoio à habitação degradada por danos resultantes
de situações de intempérie, calamidade, catástrofe natural ou incêndio é efetuada mediante as
seguintes fases:
Artigo 14.º
1 — A análise dos danos e prejuízos é efetuada pelo Serviço Municipal de Proteção Civil que,
nos termos das suas competências, é acionado no momento da intempérie, calamidade, catástrofe
natural ou incêndio.
2 — Pelo Serviço Municipal de Proteção Civil são verificados quais os danos e prejuízos nos
bens móveis e imóveis que decorreram da concreta situação de intempérie, calamidade, catástrofe
natural ou incêndio.
3 — É elaborada listagem dos danos e prejuízos confirmados pelo Serviço Municipal de Pro-
teção Civil, a qual é remetida para análise social, nos termos do artigo seguinte.
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Artigo 15.º
Análise social em caso de intempérie, calamidade,
catástrofe natural ou incêndio
1 — A análise social das candidaturas aos apoios financeiros à habitação degradada por danos
resultantes de situações de intempérie, calamidade, catástrofe natural ou incêndio é realizada
mediante a verificação do cumprimento dos critérios de elegibilidade previstos no artigo 5.º
2 — O critério de elegibilidade referente à comprovação de que os danos são resultantes da
concreta intempérie, calamidade, catástrofe natural ou incêndio é verificado através do teor da
listagem dos danos e prejuízos a que se refere o n.º 3 do artigo anterior.
3 — Após a verificação do cumprimento dos critérios de elegibilidade, é averiguado se é apli-
cável à candidatura o regime de majorações previsto no artigo 11.º
4 — Concluída a análise social e caso a candidatura seja rejeitada é realizada audiência prévia
dos interessados, nos termos do disposto no Código do Procedimento Administrativo, preferencial-
mente por meio de correio eletrónico.
5 — Findo o período de audiência prévia e/ou caso a candidatura seja validada, a mesma é
remetida para a fase associada à tipologia de apoio requerida, nos termos dos artigos 16.º e 17.º
6 — Os apoios a danos em bens móveis e os apoios a danos em bens imóveis são cumuláveis
entre si, podendo ser instruídos e tramitados em simultâneo.
Artigo 16.º
Análise do apoio financeiro para danos em bens móveis em caso
de intempérie, calamidade, catástrofe natural ou incêndio
Artigo 17.º
Análise do apoio financeiro para danos em bens imóveis em caso
de intempérie, calamidade, catástrofe natural ou incêndio
adaptações, e tendo em conta o teor da listagem dos danos e prejuízos confirmados a que se refere
o n.º 3 do artigo 14.º
Artigo 18.º
Decisão
CAPÍTULO IV
Apoio financeiro
Artigo 19.º
Apoios financeiros
1 — O apoio financeiro à habitação degradada tem o valor máximo de € 20.000,00, sem pre-
juízo da aplicação do regime de majorações previsto no artigo 11.º
2 — O apoio financeiro à habitação degradada por danos resultantes de situações de intem-
périe, calamidade, catástrofe ou incêndio tem o valor máximo de € 25.000,00, sem prejuízo da
aplicação do regime de majorações previsto no artigo 11.º
3 — O apoio financeiro é atribuído por tranches, a liquidar nos termos dos números seguintes.
4 — Após a outorga do contrato a que se refere o n.º 3 do artigo anterior é atribuído ao bene-
ficiário, a título de adiantamento, 10 % do valor do apoio financeiro.
5 — O número de tranches seguintes e a percentagem do valor do apoio financeiro a liquidar
são determinados em função do plano de trabalhos da operação urbanística a executar.
6 — Cada tranche é liquidada após vistoria à operação urbanística, realizada por técnicos
habilitados para o efeito, sendo averiguado o estado da obra.
7 — De cada vistoria é lavrado o respetivo auto de vistoria, ao qual serão apensas as faturas
respeitantes às despesas efetuadas na fase anterior, emitidas por empresário em nome individual ou
pessoa coletiva com atividade declarada de construção civil, com sede no Concelho de Ponta Delgada.
8 — Após a conclusão da operação urbanística é realizada a vistoria final para efeitos de
verificação da sua conformidade com a memória descritiva validada e para liquidação da última
tranche do apoio financeiro.
9 — Em caso de incumprimento não justificado das condições de execução da operação
urbanística haverá lugar ao cancelamento do apoio financeiro atribuído, nos termos do artigo do
23.º, sem prejuízo das sanções legalmente aplicáveis.
Artigo 20.º
Pagamento do apoio financeiro
Os apoios financeiros previstos no presente regulamento são válidos pelo período de um ano, a
contar da data da comunicação da decisão ao beneficiário, desde que se mantenham as condições
que determinaram a sua elegibilidade.
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CAPÍTULO V
Fiscalização
Artigo 22.º
Obrigações dos beneficiários
Artigo 23.º
Cancelamento dos apoios financeiros
A Câmara Municipal de Ponta Delgada não assume qualquer responsabilidade perante terceiros,
decorrente da execução das operações urbanísticas ou dos trabalhos de reparação e manutenção
apoiados ou a apoiar no âmbito do presente regulamento.
Artigo 25.º
Fiscalização
2 — A Câmara Municipal de Ponta Delgada reserva-se, ainda, ao direito de, a qualquer momento
e sem dependência de comunicação prévia aos beneficiários, proceder a quaisquer ações de vistoria
aos imóveis objeto dos apoios que repute por convenientes.
CAPÍTULO VI
Disposições finais
Artigo 26.º
Dotação do apoio financeiro
Artigo 27.º
Disposição final
A candidatura aos apoios financeiros implica a aceitação integral das disposições do presente
regulamento.
Artigo 28.º
Regime transitório
Artigo 29.º
Dúvidas e omissões
Artigo 30.º
Norma revogatória
Ponta Delgada, publicado através do Edital n.º 686/2016, no Diário da República, 2.ª série, n.º 149,
de 04 de agosto de 2016.
Artigo 31.º
Entrada em vigor e produção de efeitos