Lei 76

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LEI COMPLEMENTAR Nº 76, DE 18 DE SETEMBRO DE 2006

Dispõe sobre a estruturação do Plano de Cargos,


Carreiras e Vencimento da Prefeitura Municipal de
Juatuba e dá outras providências.

O Povo do Município de Juatuba, por seus representantes, aprovou, e eu,


Prefeito Municipal, em seu nome, sanciono e promulgo a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o O Plano de Cargos e Carreiras da Prefeitura Municipal de Juatuba


obedece ao regime estatutário e estrutura-se em um quadro permanente com os respectivos
cargos um quadro de Provimento em comissão e um quadro suplementar com os
respectivos cargos em extinção, constituintes dos anexos que integram a presente Lei.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, conceitua-se:

I – Cargo público – lugar instituído na organização do Serviço Publico Municipal,


criado por Lei, de numero certo, com denominação própria, atribuições e responsabilidades
especificas, vencimento correspondente pago pelo erário municipal, para ser provido e
exercido por um titular na forma estabelecida em lei.

II - cargo público- conjunto de atribuições, responsabilidades, grau de


escolaridade, com denominação própria e número certo e respectivo vencimento, criado por
lei:

a) cargos públicos são de provimento efetivo, integrantes de carreira, mediante


concurso público de provas ou de provas e títulos, ou de confiança, providos em comissão;

b) cargos públicos de provimento em comissão são de livre nomeação e


exoneração, podendo ser de recrutamento amplo ou limitado:

1 - o provimento de cargo de recrutamento amplo far-se-á por livre escolha do


Prefeito do Município, entre pessoas de comprovada idoneidade, qualificação e experiência;

2 - o provimento de cargo de recrutamento limitado far-se-á por livre escolha do


Prefeito do Município, entre ocupantes de cargos de provimento efetivo;

III - classe é o conjunto de cargos com igual denominação e as mesmas

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atribuições, para cujo exercício exige-se o mesmo nível de escolaridade:

a) as classes de cargos públicos de provimento efetivo distribuem-se por grau de


escolaridade,

b) os cargos de provimento em comissão em grupos.

IV - carreira: escalonamento de cargos de provimento efetivo em graus e níveis


hierárquicos, dentro da mesma classe, para serem alcançados por servidores que se
habilitarem pelo tempo de serviço, pelo desempenho funcional e pela capacitação
profissional;

V - nível: cada um dos estágios do escalonamento vertical considerado para fins


de promoção do servidor na carreira;

VI – Padrão ou grau: cada um dos estágios do escalonamento horizontal


considerado para elevação progressiva do vencimento do servidor;

VII - Promoção: passagem do servidor titular de cargo de caráter efetivo, ao nível


de vencimento subseqüente na carreira, dentro do mesmo Grupo Ocupacional, pelo critério
de merecimento, observadas as condições estabelecidas na forma da Lei.

VIII - Progressão: passagem do servidor titular de cargo de caráter efetivo, ao


padrão de vencimento subseqüente na carreira, dentro do mesmo grupo ocupacional, pelo
critério de merecimento, observadas as condições estabelecidas na forma da lei;

IX – grupo hierárquico: conjunto de cargos com vencimentos iguais, mesmo que


sejam de níveis hierárquicos e classes diferentes;

X – quadro de pessoal: conjunto de classes de cargos necessários ao


cumprimento das atividades e funções de caráter permanente, distribuídos em áreas
ocupacionais, compondo-se de cargos efetivos integrantes da carreira, de cargos de
provimento em comissão, distribuídos numericamente por áreas de atividades ou de
especialização profissional;

XI – plano de carreira: conjunto de normas que agrupam e definem as carreiras


do quadro de pessoal, forma de ingresso, correlação dos segmentos e das respectivas
classes de cargos a níveis de escolaridade e padrões de vencimento;

XII - vencimento: retribuição pecuniária básica do servidor pelo exercício das


funções relativas ao cargo que ocupa;

XIII – remuneração ou vencimentos: retribuição pecuniária correspondente ao


somatório do vencimento com os adicionais e as gratificações a que o servidor tem direito.

CAPÍTULO II

DO QUADRO DE PESSOAL

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Art. 2º O Quadro de Pessoal efetivo permanente do Poder Executivo do
Município de Juatuba constitui-se de grupos ocupacionais de cargos, carga horária,
vencimentos, atribuições funcionais e requisitos mínimos de escolaridade, distribuídos nos
seguintes anexos:

I. Anexo I - Quadro de Agentes Políticos;

II. Anexo II - Quadro de Provimento em Comissão;

III. Anexo III - Quadro de Provimento Efetivo - parte Permanente;

IV. Anexo IV - Quadro de Provimento Efetivo - parte Suplementar;


V. Anexo V - Quadro de Provimento Efetivo Hierarquizado por Grupos
Ocupacionais e Níveis de Vencimento;

VI. Anexo VI - Tabelas de Vencimentos do quadro efetivo permanente;


VII. Anexo VII - Tabela de Remuneração do quadro de provimento em
comissão;

VIII. Anexo VIII - Correlação de Cargos;

IX. Anexo IX - Quadro de Função Pública para Realização de Serviços


Conveniados com entes e entidades publica;

X. Anexo X - Descrição das atribuições dos cargos.

Art. 3º O provimento dos cargos em comissão será feito por livre nomeação do
Prefeito Municipal, através de recrutamento amplo e recrutamento limitado, nos casos,
condições e percentuais mínimos previstos em Lei.

Art. 4º Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de chefia, ou


designado para a Comissão Permanente de Licitação é devida a gratificação nos índices a
seguir, calculados sobre o vencimento do Padrão A do cargo do Grupo Ocupacional a que
pertença o servidor:

I.Chefe de Setor, 1,4 [um vírgula quatro] a 2,1 [dois vírgula um];

II.Chefe de seção 1,7 [um vírgula sete] a 2,4 [dois vírgula quatro];

III.Chefe de Divisão, 1,8 [um vírgula oito] a 2,5 [dois vírgula cinco];

IV.Presidente da Comissão Permanente de Licitação, 2,1 [dois vírgula um] a


2,5 [dois vírgula cinco];

§ 1º O servidor detentor de Função Gratificada fica a disposição da


Administração Municipal em tempo integral, não se lhe aplicando a jornada do cargo efetivo
e, portanto, não fazendo jus a remuneração por hora extraordinária.

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§ 2º A gratificação a que se refere este artigo poderá ser atribuída a servidor do
que se encontre nos Grupos Ocupacionais I, II, III e IV, fixados no anexo VI, desta lei.

§ 3º O vencimento do servidor efetivo investido em função de chefia, somado à


gratificação de que trata o presente artigo, não poderá exceder ao respectivo vencimento do
cargo em comissão no anexo VII – Tabela de remuneração dos cargos comissionados.

Art. 4º Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de chefia, ou


designado para integrar Comissão Especial é devida a gratificação nos índices a seguir,
calculados sobre o vencimento do Padrão A do cargo do Grupo Ocupacional a que pertença
o servidor: (Redação dada pela Lei Complementar nº83, 11 de junho de 2007)

V.Chefe de Setor: até 2,1 [dois vírgula um];

VI.Chefe de seção: até 2,4 [dois vírgula quatro];

VII.Chefe de Divisão: até 2,5 [dois vírgula cinco];

VIII.Presidente ou coordenadores de Comissões Especiais,: até 2,5 [dois


vírgula cinco];

IX.Membros de Comissões Especiais: até 1,7 [um vírgula sete]

Parágrafo Único - O servidor detentor de Função Gratificada fica a disposição


da Administração Municipal em tempo integral, não se lhe aplicando a jornada do cargo
efetivo e, portanto, não fazendo jus a remuneração por hora extraordinária. (Redação dada
pela Lei Complementar nº83, 11 de junho de 2007)

Art. 5º O provimento de cargos efetivos será feito por nomeação, observada a


ordem de classificação dos candidatos aprovados em concurso público de provas ou de
provas e títulos.

CAPÍTULO III

DO SISTEMA DE CARREIRAS

Art. 6º Os cargos públicos de provimento efetivo formam classes e organizam-


se em carreiras.

§ 1° O sistema de carreira visa assegurar ao servidor público, ocupante de cargo


público em caráter efetivo, movimentação, sob requisitos de mérito objetivamente apurado e
tempo de serviço, nas escalas de padrões de vencimento dos diversos níveis da classe a

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que pertença o mencionado cargo.

§ 2º As carreiras, no Poder Executivo, são as constantes do Anexo III, que


constitui parte integrante desta Lei, sendo que cada classe corresponde a uma carreira.

Art. 7º Terão a mesma denominação e vencimento em cada Poder Municipal, ou


nos Poderes confrontados entre si, as classes de cargos cujas atribuições sejam as mesmas
ou assemelhadas.

Art. 8º O Anexo III contém:

I – o nome dos cargos;

II - o número de cargos existentes na Administração;

III - os grupos ocupacionais ou de especialização profissional pelos quais se

distribuem as classes de cargos;

IV – a jornada semanal das classes de cargos;

V - o grau de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

§ 1. º A escolaridade informada no Anexo III tem o seguinte significado:

I - Nível Superior - NS;

II - Nível Médio - NM;

III - Nível Fundamental Completo - NFC;

IV - Nível Fundamental Incompleto - NFI.

§ 2.º Cada classe de cargos de provimento efetivo é identificada por determinado


símbolo, que se desenvolve em três níveis de vencimento:

I - nível I - o inicial;

II - nível II - o intermediário;

III - nível III - o final.

§ 3.º A cada nível de vencimento, na classe, correspondem atribuições de


determinado grau de complexidade e responsabilidade.
§ 4.º Os níveis de vencimento de cada classe de cargos de provimento efetivo
desenvolvem-se em padrões de vencimento.

§ 5.º O padrão inicial do nível I identifica o vencimento-base do cargo.

§ 6.º O ingresso na carreira dar-se-á no padrão inicial do nível I da classe.

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§ 7.º No caso de provimento em comissão, ao símbolo da respectiva classe
corresponde padrão único de vencimento - Anexo II - e é correspondente à estrutura básica
da Prefeitura Municipal.

Art. 9o O Anexo VI contem:

I – os padrões de vencimento dos Grupos Ocupacionais, simbolizados por

letras;

II – os três níveis de vencimento dos grupos ocupacionais: inicial, intermediário e


final;

§ 1o A cada nível de vencimento, na classe, correspondem atribuições de


determinado grau de complexidade e responsabilidade.

§ 2. º Os níveis de vencimento de cada classe de cargos de provimento efetivo


desenvolvem-se em padrões de vencimento.

§ 3o O padrão “A” do nível inicial identifica o vencimento-base do cargo.

§ 4o O ingresso na carreira dar-se-á no padrão “A” do nível inicial da respectiva


classe.

§ 5o No caso de provimento em comissão, ao símbolo da respectiva classe


corresponde padrão único de vencimento - Anexo II - e é correspondente à estrutura básica
da Prefeitura Municipal.

§ 6° As carreiras, no Poder Executivo, são as constantes do Anexo III, que


constitui parte integrante desta Lei.

Art. 10. O desenvolvimento do servidor na carreira dar-se-á por meio de


progressão e promoção.

CAPÍTULO IV

DA PROGRESSÃO

Art. 11. Progressão é a passagem do servidor titular de cargo de caráter efetivo,


ao padrão de vencimento subseqüente na carreira, dentro do mesmo grupo ocupacional,
pelo critério de merecimento, observadas as normas estabelecidas na forma deste capitulo.

§ 1º A progressão se baseará nos resultados da avaliação de desempenho, de


acordo com os critérios estabelecidos em Lei específica.

§ 2º Os padrões de progressão estão representados pelas letras estabelecendo o

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vencimento na forma do no Anexo VI – Tabela de Vencimentos desta Lei.

§ 3º A efetivação da progressão dependerá sempre da existência de recursos


financeiros, previstos no orçamento da Administração Pública.

Art. 12. Para fazer jus à progressão, o servidor deverá, cumulativamente:

I - ter cumprido o estágio probatório;

II - ter cumprido o interstício mínimo de 02 (dois) anos de efetivo exercício no


padrão de vencimento em que se encontre;

III - ter obtido resultado favorável na avaliação de desempenho segundo os


critérios estabelecidos em Lei especifica;

IV – não tenha sofrido punição disciplinar durante o período;

V – não tenha faltado ao serviço, por mais de 5 (cinco) dias, sem justificativa
legal, durante o mesmo período;

Art. 13. O merecimento é adquirido durante a permanência do servidor em um


mesmo padrão de vencimento.

Art. 14. Havendo disponibilidade financeira, o servidor que cumprir os requisitos


estabelecidos no art. 18 desta Lei passará para o padrão de vencimento seguinte,
reiniciando-se a contagem de tempo e a anotação de ocorrências, para efeito de nova
apuração de merecimento.

Art. 15. Não havendo os recursos financeiros indispensáveis para a concessão


da progressão a todos os servidores que a ela tiverem direito, a Administração Pública
Municipal de Juatuba, fará um escalonamento de pagamento onde terão preferência, os
servidores que contarem com os melhores resultados na avaliação de desempenho.

§ 1º. Em caso de empate no resultado da avaliação de desempenho, o servidor


que contar maior tempo de serviço público precederá os demais.

§ 2o Os recursos repassados por Órgãos da União para a finalidade de


valorização dos servidores do magistério serão utilizados, também, para fins de concessão
de progressão.

Art. 16. Caso não alcance resultado favorável na avaliação de desempenho, o


servidor permanecerá no padrão de vencimento em que se encontra, até a realização de
nova avaliação na forma de Lei especifica para efeito de apuração de merecimento
objetivando a promoção funcional.

Parágrafo único. A Administração Pública Municipal de Juatuba promoverá as


ações necessárias para suprir as insuficiências de desempenho, promovendo cursos de
treinamento e capacitação entre outras ações.

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Art. 17. Somente poderá concorrer à progressão o servidor que estiver no
efetivo exercício de seu cargo.
Art. 18. Após concluído o estágio probatório, o servidor que obtiver a
estabilidade no serviço público, nos termos do art. 41, § 4º da Constituição Federal, fará jus
aos efeitos financeiros previstos nesta Lei.

Art. 19. Os efeitos financeiros decorrentes da progressão prevista neste Capítulo


serão pagos ao servidor no mesmo mês em que este ingressou na Administração Pública
Municipal de Juatuba.

Art. 20. As progressões serão processadas pela Administração Pública


Municipal de Juatuba no mês em que o servidor completar o interstício mínimo e desde que
tenha atendido às demais exigências contidas no art. 12.

Art. 21. A concessão da progressão será feita em conformidade com os critérios


estabelecidos neste Capitulo e na Lei complementar que dispuser sobre a avaliação de
desempenho.

CAPÍTULO V

DA PROMOÇÃO

Art. 22. Promoção é a passagem do servidor titular de cargo de caráter efetivo,


ao nível de vencimento subseqüente na carreira, dentro do mesmo Grupo Operacional, pelo
critério de merecimento, observadas as condições estabelecidas na forma da Lei específica.

§ 1º A promoção se processará a critério da Administração, quando for de


interesse do trabalho, e dependerá sempre de existência de vaga e disponibilidade
financeira.

“§ 1º A Promoção se processará, a critério do Executivo Municipal, na forma do


regulamento e poderá ser: (Redação dada pela Lei Complementar nº89, 2 de abril de 2008)

I – por qualificação profissional aos portadores de títulos de pós-graduação, lato


sendo e stricto senso [mestrado e doutorado];
II – por qualificação profissional mediante asa conclusão de cursos de
capacitação especifica e pertinente ao cargo exercício;
III - por conclusão de curso regular de nível superior ao exigido para o cargo
exercido.” NR
§ 2º As linhas de promoção estão representadas pelos níveis de vencimento

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contidos no Anexo VI – Tabela de Vencimentos - desta Lei.

CAPÍTULO VI

DA CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

Art. 23. A capacitação profissional constitui o aprimoramento em caráter


permanente do servidor, visando ao melhor desempenho de suas atribuições funcionais e
habilitação para promoção na carreira.
Art. 24. A Prefeitura Municipal proporcionará a todos os servidores efetivos a
oportunidade para capacitação profissional de interesse para o serviço público, através das
atividades seguintes:

I - participação em cursos de aperfeiçoamento;

II - participação em congressos, seminários, encontros, conferências e palestras;


III - viagens de estudos e visitas a locais e instituições onde se desenvolvam
atividades próprias de sua área de atuação;
IV - elaboração e publicação de trabalhos técnico-profissionais relevantes para a
Administração Pública Municipal.

CAPÍTULO VII

DA JORNADA DE TRABALHO

Art. 25. A duração do trabalho normal do servidor público respeitará a duração


máxima de 44 (quarenta e quatro) horas semanais, o limite mínimo de 4 (quatro) e Maximo
de 8 ( oito) horas diárias.

Art. 26. Poderá ocorrer expediente em regime de plantão, de no máximo 12


(doze) horas com intervalo de 36 (trinta e seis) horas, de acordo com o interesse da
Administração.

Art. 27. O horário do expediente nas repartições e o controle da freqüência do


servidor serão estabelecidos em regulamento expedido pela autoridade competente.

§ 1º Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este


artigo incidirá sobre o valor da hora normal de trabalho acrescida do percentual relativo à
hora extraordinária.

§ 2º Nos casos em que a jornada de trabalho diário compreender um horário

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entre os períodos diurno e noturno, o adicional será pago proporcionalmente às horas de
trabalho noturno.

Art. 28. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50%


(cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho e de 100% (cem por cento)
quando executado aos sábados, domingos e feriados, salvo nos casos em que a escala de
trabalho seja exigência do cargo que o servidor ocupa ou em que haja legislação específica.

§ 1.º Somente será permitido serviço extraordinário mediante autorização do


Prefeito, através de Portaria, para atender a situações excepcionais e temporárias,
respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas diárias, podendo ser prorrogado por igual
período, diante de situações inadiáveis cuja inexecução possa acarretar prejuízos
irreparáveis.

§ 2.º O adicional por serviço extraordinário não integra a remuneração, nem


serve de base de cálculo para nenhum efeito, salvo nos casos de expediente em regime de
plantão.
Art. 29. O serviço noturno prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e
duas) horas de um dia a 5 (cinco) horas do dia seguinte terá o valor/hora acrescido de 25%
(vinte cinco por cento), computando-se cada hora como 52’ 30’’ (cinqüenta e dois minutos e
trinta segundos).
§ 1° Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este
artigo incidirá sobre o valor da hora normal de trabalho acrescida do percentual relativo à
hora extraordinária.
§2° Nos casos em que a jornada de trabalho diário compreender um horário
entre os períodos diurno e noturno, o adicional será pago proporcionalmente às horas de
trabalho noturno.

Art. 30. O servidor poderá receber, além das previstas nesta Lei, outras
vantagens pecuniárias estabelecidas pelo Regime Jurídico dos Servidores do Município de
Juatuba.

Art. 31. A vantagem pecuniária devida ao servidor terá seu valor atualizado de
acordo com a remuneração ou vencimento em vigor no mês do pagamento, salvo quando o
atraso decorrer de ato ou fato imputáveis ao próprio servidor.

Art. 32. O servidor investido em cargo de direção ou chefia poderá ter substituto
indicado na forma que dispuser o Estatuto do Servidor Público Municipal.

Parágrafo único. O substituto fará jus à remuneração atribuída ao cargo em que


se der a substituição.

CAPÍTULO VIII

DAS NORMAS GERAIS DE ENQUADRAMENTO

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Art. 33. Os servidores ocupantes dos cargos de provimento efetivo da
Administração Pública Municipal de Juatuba serão automaticamente enquadrados
considerados os seguintes fatores:

I - o cargo ocupado pelo servidor na estrutura de cargos do Quadro Efetivo,


observada a correlação de cargos, quando houver;

II - vencimento atual do cargo ocupado pelo servidor;

III - grau de escolaridade e inscrição no órgão de classe quando exigido para o


preenchimento do cargo, constante do Anexo III desta Lei;

IV - situação legal do servidor e atribuições do cargo que estiverem ocupando na


data de vigência desta Lei.

§ 1º Para o efeito de enquadramento direto, de que trata este artigo, será o


servidor posicionado no padrão correspondente ao seu vencimento atual, ou, não havendo
coincidência, no padrão imediatamente superior do mesmo Grupo Ocupacional.

§ 2º As verbas remuneratórias percebidas a título vantagem pessoal serão


integradas com o vencimento do cargo atual e reenquadradas no padrão de vencimento
constante desta lei de igual valor ou imediatamente superior.

§ 3° Os servidores que não possuírem a habilitação legal para o exercício de


cargo, conforme previsto no inciso III, deste artigo, serão colocados em Quadro
Suplementar, não lhes aplicando os institutos da progressão, promoção e demais vantagens
próprio da carreira.

§ 4º Os Técnicos de Enfermagem e o Técnico de Higiene Dental que não


atender ao requisito da habilitação e registro no órgão de regulamentação da profissão, na
ocasião do enquadramento, poderão ingressar na carreira correspondente do quadro
permanente, até dezembro de 2007, desde que atendido o requisito habilitação e registro
profissional.

§ 5º Terminado prazo previsto no parágrafo 4º, os servidores que não atenderem


ao requisito habilitação e registro profissional permanecerão no quadro suplementar e seus
cargos serão extintos à medida que vagarem, conforme previsto nesta Lei.

§ 6º O enquadramento de que trata esta lei será processado no prazo de até 90


(noventa) dias, a contar da publicação desta Lei.
§7º Ao servidor é assegurado em seu enquadramento na forma do regulamento,
sendo assegurado ao mesmo não ser lesado nos seus direitos.

Art. 34. Nenhum servidor poderá perceber mensalmente, pelo exercício do


cargo, vencimento inferior ao salário mínimo vigente no País.

Art. 35. Efetivado o enquadramento de que trata o artigo 32, prosseguirá, no


padrão dele resultante, a contagem de interstício, para o efeito de progressão.

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CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 36. Constitui matéria de legislação específica, não sendo, pois, tratado nesta
Lei, o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos relativo aos cargos próprios das atividades
finalísticas da Secretaria Municipal de Educação.

Art. 37. Ficam extintas, com a vacância, as classes de cargos relacionadas no


anexo IV, ficando assegurados aos seus ocupantes a remuneração no referido anexo .
Art. 38. Os cargos de provimento em comissão e as funções gratificadas são os
previstos na lei de estrutura que organiza a Administração Pública Municipal de Juatuba.

Art. 39. Até 120 (cento e vinte) dias a contar da vigência desta Lei, o Prefeito
Municipal enviará Projeto de Lei ao Legislativo normatizando a avaliação de desempenho do
servidor.

Art. 40. A cada ano, depois de definida a proposta orçamentária do Município de


Juatuba, será regulamentados, pelo Prefeito Municipal, os critérios de concessão de
progressões e promoções em conformidade com esta Lei e a lei específica que dispuser
sobre a avaliação de desempenho funcional.

Parágrafo único. A regulamentação de que trata o caput deste artigo será


processada, tendo em vista as disponibilidades financeiras e orçamentárias, os quantitativos
de progressões e promoções possíveis e a sua distribuição por níveis, obedecidas as
limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Art. 41. Os vencimentos previstos na Tabela de Vencimento serão devidos a


partir da publicação desta Lei.

Art. 42. Os candidatos aprovados em concursos realizados anteriormente a data


de aprovação desta Lei, quando chamados a tomarem posse dos respectivos cargos, serão
providos de acordo com as classes constantes do Anexo III desta Lei.
Art. 43. São partes integrantes da presente Lei os Anexos I a X que a
acompanham.
Art. 44. As despesas decorrentes do cumprimento da presente Lei correrão à
conta de dotações próprias do orçamento do corrente exercício financeiro.

Art. 45. Na aplicação do presente Plano será assegurado aos servidores que se
sentirem prejudicados, o direito de recorrer administrativa e judicialmente.

Art. 46. Lei Complementar tratará exclusivamente das normas gerais de


contratação de estagiários pela Administração Pública, respeitados os limites orçamentários,
a Lei de Responsabilidade Fiscal, necessidades da Administração Pública em razão de
demanda específica e aprovação pela Câmara Municipal.

Art. 47. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus

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efeitos financeiros a partir de 1° de agosto de 2006.

Art. 48. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei


Complementar n° 63, de 07 de junho de 2002.

Juatuba, 18 de setembro de 2006

Pedro Firmino Magesty

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