04 Estela Pereira Costa Chagas

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A IMPORTÂNCIA DE INSERIR HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

THE IMPORTANCE OF INCORPORATING STORIES IN EARLY CHILDHOOD


EDUCATION

CHAGAS, Estela Pereira Costa 1


CORDEIRO, Mônica do Socorro2
RESUMO

O ambiente escolar na infância propende fortalecer a capacidade de imaginação, de


fantasiar e de criar, estimula a visão da novidade, e nesta concepção de ensino,
aprendizagem e infância, é preciso verificar diferentes métodos de ensino e
aprendizagem que tenham de fato uma relevância e efeito no desenvolvimento
pessoal. O processo de ensino e aprendizagem inclui diferentes e diversos métodos,
ferramentas, estratégias e recursos, todos com participação significativa dos alunos
auxiliada por seus professores, na constante busca de conhecimentos e
conhecimentos sobre a aprendizagem, para o pleno desenvolvimento físico, motor e
habilidades mentais das crianças na Educação Infantil do ensino fundamental no
sentido do verificado no ponto anterior e especialmente no sentido do que está
explicitamente estipulado na Constituição Federal. Nesse sentido esse artigo
apresentar como objetivo geral analisar os estímulos e aprendizados que podem ser
desenvolvidos com a contação de história. Assim sendo, tem-se ainda o docente com
o papel de intermediário, com a responsabilidade de adaptar aos estudantes
ambientes adequados para a prática leitora. Conclui-se, portanto, que contar histórias
às crianças apoia a construção de imagens no mundo imaginário, desperta o interesse
pela leitura e estimula a curiosidade das crianças em relação aos livros, abordando
meios com sua imaginação, criatividade e importância facilitando a escrita e múltiplos
outros artifícios de desenvolvimento na educação Infantil.
.
Palavras-chave:
Aprendizagem. Educação Infantil. Desenvolvimento, Leitura. Contação

ABSTRACT

1
Graduada em Pedagogia com habilitação em supervisão escolar (UNIFOR), especialista em
psicopedagogia no processo ensino-aprendizagem (CLARETIANO) e mestranda em educação, com
qualificação em formação de professores (FUNIBER).
2
Especialização em Educação para Relações Étnicoraciais - Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia do Pará/IFPA, ano de conclusão, 2010; Faculdade Unyleya, ano de conclusão, 2021,
Especialização em Fertilidade, Manejo de Solos e Nutrição de Plantas. Licenciatura Plena em
Pedagogia - Universidade Federal do Pará/UFPA, ano de conclusão, 2004. Organização e Gestão de
Centros Educativos
[email protected]

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The school environment in childhood tends to strengthen the capacity for imagination,
fantasizing, and creativity. It stimulates the perception of novelty, and within this
concept of teaching, learning, and childhood, it is necessary to explore different
teaching and learning methods that truly have relevance and an impact on personal
development. The process of teaching and learning involves various methods, tools,
strategies, and resources, all with significant student participation guided by their
teachers, in the constant pursuit of knowledge and understanding about learning. This
is for the holistic development of physical, motor, and mental skills of children in early
childhood education in elementary school, in line with what was mentioned in the
previous point and especially in accordance with what is explicitly stated in the Federal
Constitution. Consequently, this article aims to analyze the stimuli and learning that
can be developed through storytelling. Furthermore, the educator also plays the role
of an intermediary, responsible for creating suitable environments for reading practice
for the students. In conclusion, telling stories to children supports the construction of
images in the imaginary world. It sparks an interest in reading and stimulates children's
curiosity about books, engaging their imagination, creativity, and significance
facilitating the writing and various other developmental tools in early childhood
education.

Keywords:Learning. Early Childhood Education. Development, Reading. Storytelling

1. INTRODUÇÃO

A utilização de brinquedos e jogos para fins pedagógicos aponta para a


importância desta ferramenta para o ensino e aprendizagem e situações
desenvolvimentos para o ensino e aprendizagem e o desenvolvimento infantil.
As atividades lúdicas representam, portanto, muito mais do que apenas brincar,
pois são uma das diversas formas de promover a saúde, o desenvolvimento cognitivo,
afetivo, social e pessoal, reforçando práticas socialmente aceitáveis que devem ser
incentivadas nas crianças, como o senso de grupo, de companhia.
Nessa perspectiva o objetivo geral desse artigo, analisar os estímulos e
aprendizados que podem ser desenvolvidos com a contação de história. A abordagem
metodológica utilizada para esta pesquisa utilizou, após revisão bibliográfica, pesquisa
de campo, que foi realizada detalhadamente em uma escola urbana em momento
oportuno, para coleta de dados por meio de método qualitativo, uma vez que não há
possibilidade de quantificação, em números coletou dados que serviram para embasar
esta pesquisa.

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Como resultado concluiu-se que ao inserir a contação de histórias em ambiente
escolar evoluiu a aprendizagem que vai sendo completados com o passar do tempo
para que os alunos sejam inseridos em grupos e continue capacitado para a contação
de história, aproximando as crianças da educação Infantil do mundo da fábula, da
fantasia, do imaginário e da vontade de ler.

2.NA EDUCAÇÃO INFANTIL - LUDICIDADE COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA NA


RELEVÂNCIA PARA O APRENDIZADO

As instituições familiares ressurgiram ao longo dos anos, assim, a família


tradicional, como há muito é conhecida, foi criada pelo casamento de um homem e
uma mulher e dos filhos dessa relação. O pai era o ganha-pão e estava no topo da
hierarquia familiar, onde todos lhe deviam obediência.
Hoje em dia os tempos mudaram, as mulheres ganharam espaço no mercado
de trabalho, se consolidaram como força produtiva que traz lucro e desenvolvimento
para a sociedade, e é por isso que muitas mulheres são separadas dos filhos muito
cedo e os deixam na creche e escolas para fortalecer o orçamento familiar.
Segundo Carvalho Filho, Severo e Leão (2021), os direitos fundamentais “além
da proibição de intervenção, além da proibição da proteção ineficaz, contêm também
a garantia da proteção excessiva”, como no caso de a educação, um direito social que
deve fazer parte das políticas públicas com plena proteção dos partidos do Estado.
Segundo os ensinamentos de Vilela e Rievers (2009) O direito essencial é um
aglomerado de normas fundamentais à soberanidade do povo, e que garantem uma
convivência pacifica, com dignidade, livre e igualitária. Se considerarmos que a
criança pré-escolar aprende intuitivamente adquire ideias espontâneas, em processos
interativos que envolvem todo o ser humano com suas cognições, afetividade,
interações corporais e sociais, o brinquedo desempenha um grande papel no seu
desenvolvimento. (Kishimoto, 2017)
De acordo com Dias (2021, p. 81), “a referência à felicidade foi usada
primeiramente, pelo Ministro Celso de Mello, do STF, em uma ação sobre

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reconhecimento de união homoafetiva, desde esse feito outras resoluções têm se
consolidado em referido direito”.
Assim, “A segunda dimensão dos direitos foi introduzida na carta principal do
país, que deveria garantir o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a
segurança e defini-los como base ético-jurídico-político do próprio entendimento da
constituição.” (Mendes, Branco, 2021, p. 270).
Portanto, as medidas relativas à educação básica devem partir, portanto à
União, ao estado e aos municípios atuar nas diretrizes relativas à educação básica,
definir formas de cooperação, políticas voltadas à educação e à formação profissional
na primeira infância a fim de garantir condições de qualidade e igualdade para todas
as crianças
Com o objetivo de alterar as normas e dispositivos constitucionais, foi aprovado
o (ECA) Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069/1990, que não se limita à
proteção dos direitos dos menores em situação de rua, irregulares ou sem os pais,
mas aplica-se a toda criança e adolescente, estabelece uma ordem de direitos básicos
e garante entre eles o direito à educação, que deve começar na infância.
Quando se trata de desenvolvimento infantil, ele se baseia em dois aspectos
do crescimento, interno e externo. O desenvolvimento extrínseco ocorre em ações
externas, relações interpessoais e processos sociais ambientais, enquanto o
desenvolvimento intrínseco é direcionado ao desenvolvimento cognitivo intrínseco e à
maturação neural e estrutural do cérebro. (Costa, 2012, p. 8).
Os jogos são, portanto, muito relevantes para o desenvolvimento da criança,
pois através da brincadeira a criança conhece e entende a sua forma de agir e de
pensar, sendo muito importante a participação dos pais e professores para que
tenham conhecimento do caminho traçado pela criança durante as brincadeiras.
(Tomaluski, 2017).
Kishimoto (2017) entende que brinquedo é um objeto que sustenta a
brincadeira, que por sua vez é um comportamento estruturado com regras e métodos.
Contudo, Affonso (2012) chama a atenção para brinquedos e brincadeiras que podem
ser disputados entre crianças, amigos, irmãos, enfim entre mais pessoas, e são

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exemplos brincadeiras como pular corda, esconde-esconde e muitas outras, porque
ele “é cada vez mais raro na vida das crianças de uma geração que combina mais
com videojogos, tele móveis e computadores” (Affonso, 2012, p. 10).
Dessa forma, as brincadeiras realizadas no ambiente escolar, estruturado,
voltado e pensado para o desenvolvimento infantil tem grande relevância para o
aprendizado, que se faz de forma natural, uma vez que a criança brinca e aprende.
“Porém, essa brincadeira não ocorre sem planejamento, uma vez que estas precisam
ser condizentes com o ambiente escolar” (Santos, Chaves, 2019, p. 9).
Para Marques (2017) Segundo Marques, é através das brincadeiras que as
crianças aprendem a se relacionar com seus pares, a trocar pontos de vista, construir
conceitos e melhorar coordenação e movimentos diversos.
Pode-se concluir, portanto, que as brincadeiras e diversas atividades lúdicas
desenvolvidas em ambiente adequado contribuem para o aprendizado e o
desenvolvimento de uma criança que está apenas conhecendo e descobrindo o
mundo, pois nas diversas brincadeiras a criança aprende muitas coisas, como
respeitar os outros filhos e lidar com eles com cordialidade e perceber a importância
do outro, além de aprender a reconhecer o valor do outro, ainda é preciso aprender a
esperar a sua vez e se comunicar outros.
Desse modo, o lúdico pode ser usado como prática pedagógica de várias
formas, como jogos, dança, leitura, e diversas outras possibilidades de brincadeiras
que permitem usar a criatividade, a imaginação, o desenvolvimento corporal e tantos
outros benefícios para a criança.
É válido ressaltar ainda, que as atividades lúdicas podem ser usadas em
formato de jogos, de brinquedos, dança, música e ouvir histórias, a temática desta
pesquisa é de suma importância para o desenvolvimento do raciocínio, da evolução
mental, criatividade, e intelectual da mesma que estimule seu desenvolvimento como
um todo.
Portanto, o item a seguir trata - se dá importância de histórias infantis, trazendo
a relevância de contar e ouvir histórias, e o que essa atividade tem a contribuir para o
desenvolvimento infantil.

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3.CONTAR E OUVIR HISTÓRIAS- A IMPORTÂNCIA DE LITERATURA INFANTIL

Segundo Santana (2018), a literatura infantil foi criada no século XVII por meio
de contos de fadas e fábulas, com o surgimento dos primeiros livros voltados ao
público infantil, que já se dividiam em filhos da nobreza e filhos da classe média baixa,
pois enquanto alguns tinham acesso aos grandes clássicos, os mais desfavorecidos
desfrutavam de histórias sobre cavalaria e aventura.
No entanto, os acontecimentos ocorridos durante a era moderna, como o
declínio do feudalismo, o crescimento da burguesia, o conhecimento de direitos às
mulheres e às crianças, mudou gradativamente a forma de pensar e de viver da época,
“[... ] o que se tornou sólido século XVIII, contribuindo para o aparecimento de
modalidades culturais como a escola com seu atual modelo e gênero literário voltado
para os jovens” (Santana, 2018, p. 11).
Segundo o autor, esses eventos foram responsáveis por revelar a estreita
ligação entre o surgimento da literatura infantil e o constante crescimento da
burguesia, diante das preocupações sociais voltadas para a criança, que até o referido
momento não tinham direitos e os governantes não viam nenhuma necessidade ou
característica que o distinguisse de um adulto (Santana, 2018).
E com o passar do tempo, os contos de fadas, fábulas e histórias
estabeleceram uma conexão com o ser humano, passando uma visão cultural como
um meio de se comunicar com as gerações, porque as histórias sempre foram
contadas, desde a antiguidade e vem sendo transmitidas até hoje. Mantendo os
valores sociais e preservação de histórias locais com certo toque de mistério e fantasia
(Santana,2018).
Segundo Costa (2021), o termo literatura vem do latim “litteris” e significa letras,
assim seu significado está atrelado a leitura e a escrita na forma de arte mundial, que
pode se referir ao mundo real ou ao mundo imaginário, mas que em qualquer dos
casos, quando a literatura se direciona às crianças, visa oferecer uma visão nova e
criativa do mundo através da imaginação, estimulação da consciência, pensamento e
estimulação do pensamento crítico em crianças que crescem gradualmente e

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desenvolvem a expressividade, através do que observou, ouviu, assimilou, tentando
formar a sua própria opinião.
A literatura infantil afeta as crianças de forma polissêmica porque evoca no
leitor reações diversas, desde o prazer emocional até o prazer intelectual. Portanto,
não é apenas um meio de transferir conhecimentos e informações ao leitor, mas outras
emoções diversificadas que eram de satisfação (Faria, 2010).
Através de narrativas modernas ou clássicas, muitas histórias são
apresentadas às crianças e através delas conceitos são retirados e capturados,
emoções são definidas e resinificadas, aprendendo algo novo cada vez que um livro
é aberto ou uma história é ouvida.
A prática de contar histórias se expandiu na década de 1970 com a expansão
das bibliotecas e a difusão de ferramentas tecnológicas utilizadas pelos interessados,
que são de grande importância para facilitar a prática de contar histórias, dentro e fora
do espaço escolar., visando apoiar o desenvolvimento infantil (Brito, 2021, p. 18).
O conhecimento transmitido oralmente por um contador de
histórias por meio da narração tem como objeto de narração
aquilo que o contador de histórias compartilha com outra pessoa
ou com um grupo de ouvintes. Mas o que tem um como, uma
forma, uma estrutura, no caso das narrativas tradicionais, está
sempre aberto à interpretação do narrador e do contexto em que
se passa a situação narrativa (Brito, 2021, p. 27).

Ler e depois ouvir histórias contadas por pais e professores é uma prática que
beneficia o desenvolvimento infantil, de tal maneira que os especialistas identificam o
caráter pedagógico da leitura desde muito cedo, porque as crianças ainda são muito
pequenas e desenvolvem a compreensão do texto, ou seja, a maneira como eles
entendem o que está sendo lido para as crianças.
A literatura infantil, desde os contos de fadas, fábulas, lendas e muitas outras
formas textuais, clássicas e não clássicas, formam assim um quadro de ferramentas
que podem ser utilizadas para despertar a imaginação infantil, despertar memórias,
introduzir novas culturas e diversidades, práticas que agreguem valor e um fascínio

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pela criança, permitindo-lhe desenvolver-se plenamente a partir dos seus
pensamentos e percepções (Costa, 2019, p. 16).
O ato de contar histórias, traz para quem ouve, interpretações diferentes,
ligadas ao seu dia - a - dia, obrigando – os a desenvolver um pensamento mais
artístico, ou seja, mais poético, no entanto, se distanciar da sensibilidade e criatividade
que permeiam as histórias infantis, num mundo de imaginação e de magia ajuda muito
na vida real, pois depois de uma história contada, são feitas muitas perguntas sobre
o que a criança entendeu, se identifica os personagens, se cada uma demonstra um
entendimento diferente sobre a história, a forma como a criança se concentra e
confronta o que ouviu (Costa, 2019, p. 20).
Diante do exposto, o próximo item demonstrará os estímulos e o aprendizado
que podem ser desenvolvidos por meio da contação de histórias, bem como o
benefício dessa prática, que deve ser utilizada como uma ferramenta capaz de ajudar
o educador a explorar o potencial de cada criança e contribuir para o seu
desenvolvimento pessoal.

4.CONTAÇÃO DE HISTÓRIA-ESTÍMULOS NO APRENDIZADO

Desde a década de 1970 tem havido uma grande mudança no sentido de uma
reavaliação da narrativa tradicional além do surgimento de diferentes formas de contá-
las o que deve ser atribuído à proliferação de bibliotecas e recursos tecnológicos que
surgiram no presente e trouxeram inúmeras contribuições que auxiliam na
aprendizagem como ferramenta essencial para ajudar a moldar as crianças, pois
auxiliam na compreensão e absorção de significados, no desejo de ler, no aprender a
ouvir, no desenvolvimento da imaginação e muitas outras possibilidades de
aprendizagem que começa em infância e ajuda os adultos (Brito, 2021).
Segundo Abramovich (2003), uma história contada a uma criança tem o poder
de proporcionar diversos sentimentos como raiva, medo, alegria, tristeza, o que
permite à criança entender seus sentimentos e assim desenvolver a autonomia de
pensar e sentir.

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Pelo ensino do autor citado acima, entende - se que contar histórias é uma
forma de transmitir conhecimentos, passar saberes, culturas, proporcionar
compreensão do passado ou do imaginário (Abramovich, 2003, p. 17).
A partir dos ensinamentos de Lima (2019, p. 34), a contação de histórias atua
na formação das crianças em diversas áreas, “contribui para o desenvolvimento
intelectual” e também “desperta o interesse pela leitura e posteriormente estimula a
imaginação por meio da construção de imagens no mundo real e ficcional”, atuando
também no desenvolvimento da comunicação” (Lima, 2019, p. 34).
Está, portanto, comprovado que contar histórias às crianças apoia a construção
de imagens no mundo imaginário, desperta o interesse pela leitura e estimula a
curiosidade das crianças em relação aos livros.

5.METODOLOGIA

No capítulo inicial desta pesquisa, constatou-se que a educação básica


encontra previsão constitucional no artigo 205, que regulamenta a educação de
qualidade desde o ensino fundamental, ao passo que é dever do Estado, da sociedade
e da família fiscalizar as questões relativas à primeira infância, bem como uma
prioridade. a educação voltada ao perfeito desenvolvimento da criança, incluindo a
educação no rol dos direitos fundamentais para que ela tenha acesso a um ambiente
escolar favorável às suas necessidades.
No entanto, o processo de ensino e aprendizagem engloba métodos,
ferramentas, estratégias e recursos diferentes e variados, todos com a significativa
dos alunos, com a ajuda dos seus professores, na busca constante pelo aprendizado
e pelo conhecimento sobre a aprendizagem, pois o desenvolvimento infantil é o que
está acontecendo, com história, atividade lúdica que, a partir do planejamento, é
incluída no plano educacional das crianças e utilizada como importante ferramenta
para o desenvolvimento infantil na fase escolar.
A abordagem metodológica utilizada para esta pesquisa foi qualitativa,
empregou, posteriormente a revisão bibliográfica, pesquisa de campo, que deveria ser

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realizada detalhadamente em uma escola urbana em momento oportuno, para coleta
de dados por meio de método qualitativo, uma vez que não há possibilidade de
quantificação, em números coletou dados que serviram para embasar esta pesquisa.
Vale ressaltar que a abordagem metodológica qualitativa, diferentemente da
quantitativa, considera o evento como realidade relevante e social do objeto de
estudo, ou seja, pesquisa de campo com professores do ensino fundamental que
utilizam a contação de histórias como parte de seu projeto educativo.

6.RESULTADOS E DISCUSSÃO

A presente pesquisa foi processada de forma qualitativa, diante da intenção de


compreender a complexidade e detalhes das informações colhidas, a partir do
interesse do autor, utilizando primeiramente um projeto de pesquisa-ação,
implementado utilizando a dinâmica de observação, por contar histórias infantis, além
de pesquisas de qualidade realizadas por meio de entrevistas com os participantes.
A entrevista foi feita com 12 professores de educação infantil, alguns
concursados e outros contratados como professores do ensino fundamental do
município, com tempo de atuação na docência variando entre 6 meses e 22 anos,
realizada em 2022, em o período de 21 a 30 de setembro, em site virtual específico
considerando a impossibilidade de alguns professores quanto a horários e frequência
escolar.
Segundo os participantes, a contação de histórias também desenvolve o
interesse e a apetite pela leitura, embora isso aconteça muito cedo, como as crianças
ainda estão aprendendo a ler, o contato com um livro desde cedo estimulará a
curiosidade e ajudará no domínio da leitura.
Outra resposta que merece ter relevância neste estudo é sobre o
desenvolvimento cognitivo da criança, que segundo Silva (2018, p.31) “está
diretamente relacionado com a capacidade que todos os indivíduos possuem para
processar as informações que recebem. Na infância, essa área precisa ser estimulada

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para que a pessoa se torne um adulto capaz de compreender processos mais
complexos”.
Como pode ver, na opinião dos entrevistados, os contos de fadas são histórias
populares contadas às crianças porque estão repletos de personagens diferentes e
simbólicos que permeiam o imaginário infantil há muitos anos.
As crianças se identificam com os personagens e interagem com a narrativa
por meio da interpretação de sons de animais, músicas e outras formas características
das crianças, além de pantomima e diversas formas de interação.
Como podem ser percebidas pelas respostas dos participantes, as histórias
despertam o desejo de ler, é o momento em que a criança inicialmente atua como
ouvinte, depois aprende a ler, narra ativamente, pois as crianças despertam o
interesse através da leitura, pois as mesmas tem a possibilidade de conhecer os
personagens.

7.CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do tema principal desta pesquisa, que é: A importância de inserir


Histórias na Educação Infantil ,foi desenvolvido este artigo e observou-se que a
hipótese levantada no início da mesma foi confirmada, pois a prática da contação de
histórias faz parte do processo de ensino lúdico, onde a criança aprende brincando
porque estimula a atenção, a inteligência, o raciocínio, a expressão física, o que apoia
o desenvolvimento natural da criança.
Assim, observou-se que a contação de histórias ajuda o desenvolvimento
infantil, no que se entende por capacidade de atenção, memória, interação, o que
acontece para o desenvolvimento cognitivo e pessoal da criança.
Um dos objetivos específicos mostrados nesta pesquisa foi perceber se a
inclusão da literatura infantil no contexto escolar pode interferir no desenvolvimento
da criança, o que tem sido demonstrado porque a literatura infantil ajuda a
aprendizagem das crianças por meio da contação de histórias. Assim sendo, uma
atividade lúdica que contribui com o desenvolvimento das crianças no ensino

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fundamental, serve de aprendizagem, estimula a criatividade e contribui
significativamente para o progresso da criança em diversas áreas do desenvolvimento
pessoal.
Outro aspecto importante é a preparação do ambiente, da escola de história e
das ferramentas que serão usadas de tal forma que o exercício seja capaz de
possibilitar maior aproveitamento, despertar a vontade de ler, a curiosidade, estimular
a imaginação, para que através da leitura a criança torna-se um cidadão crítico e
participativo na sociedade
Finalmente, foram apresentados vários tipos de atividades a partir da contação
de história, essas atividades podem ser feitas em ambiente escolar para ter uma
prática diferente e prender a atenção dos alunos, pois todas são participativas.
E depois de todas essas pesquisas, a conclusão é que a educação, é um direito
concedido às crianças pela constituição do país, deve ser direcionada para o pleno
desenvolvimento de sua personalidade, enquanto cada vez mais regras são ajustadas
para o bem-estar das crianças. -o ser e o direito à educação, evitando assim o
fracasso legislativo, primando sempre pela efetivação dos direitos e fundamentos
individuais ou coletivos, e possibilitando assim a concretização do princípio da
dignidade humana como valor central do ordenamento jurídico, destinado a todas as
pessoas da Infância.
Além disso, o direito a uma educação de qualidade deve ser respeitado e
priorizado não só porque é a principal decisão normativa a que todos devem se
submeter, mas porque é a única forma de fazer da criança um adulto crítico,
socializado e politizado, ainda que ao escutar as histórias durante a fase de
desenvolvimento da infância, tem um estímulo adicional que lhes permite desenvolver
a imaginação, a educação e a aprendizagem, o que permite o desenvolvimento de
competências cognitivas que apoiam significativamente a construção de um adulto
crítico, ético e moral.
Ressalta-se que é muito importante o papel mediador do professor, com a
tarefa de proporcionar aos alunos um espaço adequado para a leitura, uma melhor
compreensão do texto lido por meio do questionamento e da percepção de como cada

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criança assimila o conteúdo do livro, assim, lendo a história, transformando esses
espaços em situações agradáveis de aprendizagem.
Por isso se torna tão necessário que o educador ,se especialize ,se desenvolva
em cursos que visem o aprimoramento nas atividades lúdicas, para que a prática seja
mais motivadora e promova o aprendizado, pois somente com profissionais
capacitados as crianças se sentirão seguras e protegidas nas atividades propostas.

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