Introdução
Karl Marx nasceu em 1818, na Alemanha. Ele foi um filósofo,
economista e teórico político, conhecido por suas ideias sobre
o comunismo e a crítica ao capitalismo. Junto com Friedrich
Engels, escreveu o "Manifesto Comunista" e é autor de "O
Capital". Marx argumentava que as contradições inerentes ao
sistema capitalista levariam a uma revolução proletária,
resultando em uma sociedade sem classes. Sua obra
influenciou significativamente o pensamento social e político,
mas suas ideias foram interpretadas de maneiras diversas ao
longo da história. Marx faleceu em 1883.Karl Marx viveu
durante o século XIX, um período marcado pela Revolução
Industrial na Europa. Esta revolução trouxe mudanças
significativas na economia, na sociedade e nas relações de
trabalho. Com a introdução de máquinas e novos métodos de
produção, ocorreu uma migração em massa da população rural
para as cidades em busca de trabalho nas fábricas.
principais eventos na vida intelectual de karl marx
Karl Marx teve uma vida intelectual marcada por diversos
eventos importantes. Alguns dos principais incluem:
1. Envolvimento com a Filosofia Hegeliana: Marx inicialmente
estudou e foi influenciado pela filosofia de Georg Wilhelm
Friedrich Hegel durante seus anos de universidade.
2. Jornalismo e Editoração:Marx começou sua carreira como
jornalista e editor, escrevendo para jornais e revistas radicais
na Alemanha e na França.
3. Encontro com Friedrich Engels:Uma virada significativa em
sua vida intelectual ocorreu quando Marx conheceu Friedrich
Engels. Juntos, desenvolveram a teoria comunista e
colaboraram em várias obras, incluindo o "Manifesto
Comunista".
4. Crítica da Economia Política:Marx dedicou grande parte de
sua vida à análise crítica da economia política. Sua obra mais
influente, "O Capital", é um estudo profundo sobre o modo de
produção capitalista.
5. Participação Política: Marx esteve envolvido em atividades
políticas, sendo membro da Liga dos Comunista.
Essa transição resultou em condições de trabalho desumanas,
com longas jornadas, salários baixos, falta de proteção social e
segurança no trabalho, além de habitações precárias nas
áreas urbanas. A concentração de capital nas mãos de poucos
proprietários de fábricas criou uma divisão social profunda
entre a classe trabalhadora, que detinha pouco ou nenhum
poder, e a burguesia, que detinha o controle dos meios de
produção e acumulava riqueza de forma desproporcional.
Marx, observando essas condições sociais, desenvolveu sua
teoria crítica do capitalismo, argumentando que a exploração e
alienação dos trabalhadores eram inerentes ao sistema
econômico capitalista. Ele previu que essas contradições
levariam eventualmente a uma revolução proletária, na qual os
trabalhadores iriam se revoltar contra a burguesia e
estabelecer uma sociedade sem classes, onde os meios de
produção seriam coletivamente controlados pela classe
trabalhadora.
Materialismo
Quanto ao materialismo dialéctico, diz Marx:
“A mistificação que a dialéctica sofre nas mãos de Hegel não
impede, de modo algum, que ele tenha sido o primeiro a expor
as suas formas gerais de movimento, de maneira ampla e
consciente. É necessário invertê-la, para descobrir o cerne
racional dentro do invólucro místico…. O movimento, repleno
de contradições, da sociedade capitalista faz-se sentir ao
burguês prático de modo mais contundente nos vaivéns do
ciclo periódico que a indústria moderna percorre e em seu
ponto culminante — a crise geral.”5.
Hegel considerava que a Ideia, a Razão, é a substância de
toda a vida natural e espiritual. Logo, todo o real é racional e,
por conseguinte, também a História se desenha racionalmente,
desenvolvendo-se com uma lógica racional, com um sentido.
Os vários aspectos da realidade fazem parte de um todo
continuamente em evolução dinâmica. Esta evolução faz-se
através do conflito de elementos opostos, o que se traduz na
dialéctica. Vejamos em que consiste o método dialéctico no
sentido Hegeliano. O espírito começa por formular uma
afirmação que constitui a tese. A esta tese, o espírito começa a
desenvolver um conjunto de objecções, chegando a uma
afirmação contrária da primeira, que constitui a antítese. Do
confronto entre a tese e a antítese, o espírito desenvolve um
esforço no sentido para encontrar uma nova afirmação que
constitui a síntese. Esta síntese passa a constituir uma nova
tese, a qual se começam a levantar novas objecções, e assim
por diante. Marx, sendo hegeliano de formação, aplica o seu
método não ao mundo das ideias mas à realidade material.
Marx é materialista, contrariamente a Hegel que é idealista. No
materialismo foi inspirado por Feuerbach, para quem só a
Modo de produção
Utilizando o materialismo dialéctico, Marx explica o modo como
as sociedades humanas se desenvolvem. Dizia ele que as
mudanças sociais ocorrem de acordo com as forças dinâmicas
internas da sociedade que, em consequência, são o resultado
das relações de produção da sociedade. Também na ideologia
Alemã, em co-autoria com Engels, referia que:
“Toda a história deve partir de bases naturais e a sua
modificação pela acção dos homens ao longo da história.
Podem distinguir-se os homens dos animais pela consciência,
pela religião e por tudo o que se quiser. Eles (os homens)
começam a distinguir-se dos animais desde que começaram a
produzir os seus meios de existência …. Ao produzirem os
seus meios de existência, os homens produzem,
indirectamente, a sua vida material.” 8.
No prefácio de “A Contribuição para a Crítica da Economia
Política”, Marx expõe a sua ideia do que entende por modo de
produção. O modo de produção tem duas componentes: as
forças produtivas disponíveis e as relações de produção. As
forças produtivas são constituídas pelos trabalhadores, com a
sua capacidade de trabalho ou força de trabalho (capital
humano) e pelos meios de produção. Diz Marx nesta obra:
“Indivíduos que produzem em sociedade, ou seja a produção
de indivíduos socialmente determinada: eis naturalmente o
ponto de partida.
E continua:
“As relações jurídicas, tais como as formas do Estado, não se
podem explicar por si mesmas, nem pela pretensa evolução do
espírito humano; mas sim, elas têm
as suas raízes nas condições materiais da vida que Hegel,…,
compreende no seu conjunto sob o nome de “sociedade civil; é
na economia política que convém procurar a anatomia da
sociedade civil… O resultado geral a que cheguei e que, uma
vez obtido, serviu de fio condutor aos meus estudos, pode
resumir-se assim: na produção social da sua vida, os homens
contraem determinadas relações necessárias e independentes
da sua vontade, relações de produção que correspondem a
uma determinada fase de desenvolvimento das suas forças
produtivas materiais. O conjunto dessas relações de produção
forma a estrutura económica da sociedade, a base real sobre a
qual se levanta a superestrutura jurídica e política e à qual
correspondem determinadas formas de consciência social. O
modo de produção da vida material domina, em geral, o
processo da vida social, política e espiritual em geral.”10.
As relações de produção exprimem-se sob diversas formas,
nomeadamente, o direito de propriedade. A partir de certo
estádio de desenvolvimento das forças produtivas nasce e
desenvolve-se um conflito entre estas e as relações de
produção o qual é superado pelo estabelecimento de novas
relações de produção, que se verifica por meio de alterações e,
nomeadamente, por revoluções sociais. É a dialéctica em
acção, desenvolvida por Hegel, através da tese, antítese e
síntese, mas aplicada à realidade material, que Marx foi buscar
a Feuerbach aplicando o método dialéctico de Hegel.
De acordo com a teoria de Marx, o que se verifica na
superestrutura - nos âmbitos jurídico, político e cultural – tem a
sua ligação com a estrutura básica, que se consubstancia nas
relações económicas que constituem a estrutura.
No mesmo texto, Marx refere:
“Ao chegar a uma determinada fase de desenvolvimento, as
forças produtivas materiais da sociedade chocam-se com as
relações de produção existentes, ou, o que não é senão a sua
expressão jurídica, com as relações de propriedade dentro das
quais se desenvolveram até ali.De formas de desenvolvimento
das forças produtivas, estas relações convertem-se em
obstáculos a elas. E abre-se, assim, uma época de revolução
social. Ao mudar a base económica, revoluciona-se, mais ou
menos rapidamente, toda a imensa superestrutura erigida
sobre ela.”11.
Marx entendia que as forças produtivas da sociedade evoluem
mais rapidamente que as relações de produção, entrando em
conflito com as relações de produção pelo que, a partir de
certo ponto, o sistema encontra-se bloqueado. Abre-se então,
diz Marx, "uma época de revolução social" que tem por função
fazer desaparecer as antigas relações de produção e permitir o
aparecimento de novas relações de produção mais conformes
com o nível de desenvolvimento atingido pelas forças
produtivas, as quais evoluem dinamicamente e a ritmos
diferentes nas várias sociedades.
Um modo de produção não se confunde com uma sociedade
determinada, com apenas um modelo abstracto que permite
analisar as suas características fundamentais dessa
sociedade. É através da luta de classes (traduzindo o processo
dialéctico) no entender de Marx, que a sociedade evolui,
conforme refere no “Manifesto Comunista" (1848)12, utilizando
na sua análise o materialismo dialéctico.
A sociedade, como realidade material que é, contém em si
contradições internas, que se manifestam no modo diferente
de evolução da base material (infra-estrutura) e da
superestrutura, levando a transformações qualitativas desta
superestrutura no sentido de se adequar ao nível de
desenvolvimento das forças produtivas. A compreensão do
funcionamento de uma sociedade repousa, para Marx, sobre a
análise da sua estrutura económica (a infra-estrutura da
sociedade). É esta que determina, em última instância, a
superestrutura constituída pelas formas jurídicas, politicas,
artísticas ou filosóficas, próprias de uma determinada
sociedade, num determinado período histórico, variando
diacronicamente. Para Marx, a lei e a política traduzem a
implementação do que a estrutura económica requer e a
estrutura económica representa o que é requerido pelas forças
produtivas.Marx, no livro primeiro de O Capital, começa por
analisar a o conceito de mercadoria:
“À primeira vista, a mercadoria parece uma coisa trivial,
evidente. Analisando-a, vê-se que ela é uma coisa muito
complicada, cheia de subtileza metafísica e manhas teológicas.
Como valor de uso, não há nada misterioso nela, quer eu a
observe sob o ponto de vista de que satisfaz necessidades
humanas pelas suas propriedades, ou que ela apenas recebe
essas propriedades como produto do trabalho humano. É
evidente que o homem por meio de sua actividade modifica as
formas das matérias naturais de um modo que lhe é útil.”13.
Capitalismo
Para Karl Marx, o capitalismo era um sistema econômico
baseado na propriedade privada dos meios de produção (como
fábricas, terras e tecnologia) e na busca incessante pelo lucro.
Ele via o capitalismo como um estágio histórico marcado por
relações sociais e de produção específicas que criavam
desigualdades, exploração e alienação. Aqui estão algumas
das principais críticas de Marx ao capitalismo:
1. Exploração dos Trabalhadores
2. Alienação
3.Desigualdade Social
4. Crises Econômicas
5. Imperialismo
Essas críticas ao capitalismo formam a base da teoria
econômica e social de Marx e inspiraram movimentos políticos
e sociais em todo o mundo em busca de mudanças sociais e
econômicas mais justas.
A teoria do valor
A teoria do valor em Karl Marx é uma parte fundamental de
sua crítica ao sistema capitalista e está intimamente ligada à
sua análise das relações de produção e exploração dentro
desse sistema. Marx desenvolveu sua teoria do valor-trabalho,
que afirma que o valor de um bem é determinado pela
quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-lo.
De acordo com Marx, o valor de uma mercadoria não é
simplesmente definido pelo seu preço de mercado, mas sim
pela quantidade de trabalho humano concreto e abstrato
incorporado nela durante o processo de produção. O trabalho
concreto se refere ao esforço físico e mental envolvido na
produção de uma mercadoria, enquanto o trabalho abstrato é a
quantidade média de trabalho socialmente necessário para
produzir essa mercadoria em determinadas condições técnicas
e sociais de produção.
Essa teoria implica que, sob o capitalismo, onde os meios de
produção são propriedade privada e os trabalhadores vendem
sua força de trabalho por um salário, o valor gerado pelo
trabalho excedente dos trabalhadores é a fonte de lucro para
os capitalistas. Marx argumenta que os capitalistas extraem
mais valor do trabalho dos trabalhadores do que pagam a eles
sob a forma de salários, e essa diferença é o cerne da
exploração capitalista.
Além disso, Marx distingue entre valor de uso e valor de troca.
O valor de uso se refere à utilidade de uma mercadoria,
enquanto o valor de troca se refere à relação de troca entre
diferentes mercadorias. Marx argumenta que sob o
capitalismo, o valor de troca domina sobre o valor de uso,
levando à produção de mercadorias não para atender às
necessidades humanas, mas sim para gerar lucro.
Essa teoria do valor em Marx fornece uma base crítica para
sua análise do funcionamento do capitalismo, da exploração
dos trabalhadores e das contradições inerentes ao sistema
econômico.
Mais-valia
A mais-valia é um conceito central na teoria econômica de Karl
Marx, que descreve o processo pelo qual os capitalistas obtêm
lucro através da exploração da força de trabalho dos
trabalhadores assalariados.
Marx define a mais-valia como a diferença entre o valor total do
trabalho realizado pelo trabalhador durante um período
determinado e o valor do salário que ele recebe por esse
trabalho. Em outras palavras, é o valor excedente produzido
pelo trabalhador além do necessário para cobrir o custo de sua
própria subsistência e reprodução.
Para Marx, a mais-valia surge da natureza da relação entre
capital e trabalho sob o sistema capitalista. Os capitalistas
compram a força de trabalho dos trabalhadores por um salário,
que é determinado pelo custo de reprodução da força de
trabalho (ou seja, o custo de manter os trabalhadores e suas
famílias). No entanto, os trabalhadores produzem mais valor
durante o tempo de trabalho do que o valor equivalente ao seu
salário.
Essa diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o valor
pago aos trabalhadores é a fonte do lucro para os capitalistas.
A mais-valia é a base do sistema de exploração capitalista,
onde os capitalistas extraem valor do trabalho excedente dos
trabalhadores, aumentando sua própria riqueza e poder.
Marx distingue dois tipos de mais-valia: mais-valia absoluta e
mais-valia relativa.
A mais-valia absoluta : é obtida pela extensão da jornada de
trabalho, ou seja, aumentando o tempo total em que os
trabalhadores produzem valor além do necessário para
reproduzir sua força de trabalho.
a mais-valia relativa: é alcançada pela intensificação do
trabalho, aumentando a produtividade e reduzindo o tempo
necessário para produzir os bens, o que resulta em um
aumento da parte do tempo de trabalho que gera valor
excedente.
Em resumo, a mais-valia é um conceito fundamental na análise
de Marx sobre a exploração econômica no capitalismo,
destacando a relação desigual entre capitalistas e
trabalhadores na produção de riqueza.
Luta de classe
A luta de classes é um conceito central na teoria social de Karl
Marx, que descreve o conflito entre diferentes grupos sociais,
especialmente entre os proprietários dos meios de produção
(burguesia) e os trabalhadores assalariados (proletariado),
dentro de uma sociedade capitalista. Marx argumenta que a
história da sociedade até então tem sido caracterizada por
lutas de classes, nas quais os grupos com interesses
econômicos e políticos conflitantes competem pelo poder e
recursos.
No contexto do capitalismo, a luta de classes surge da
contradição fundamental entre os interesses da burguesia em
maximizar seus lucros e acumular capital, e os interesses do
proletariado em obter melhores condições de trabalho, salários
dignos e controle sobre seu próprio trabalho. Essa contradição
é agravada pela exploração econômica dos trabalhadores
pelos capitalistas, que extraem mais valor do trabalho dos
trabalhadores do que pagam em salários, resultando na
mais-valia.
Marx via a luta de classes como um motor fundamental da
mudança social. Ele argumentava que, ao longo do tempo, as
contradições inerentes ao sistema capitalista levariam a crises
e conflitos cada vez mais intensos entre as classes sociais.
Essas lutas poderiam se manifestar de várias formas, incluindo
greves, protestos, movimentos sociais e até revoluções.
No entanto, Marx via a luta de classes não apenas como uma
fonte de conflito, mas também como uma força transformadora
que poderia levar à superação do capitalismo e ao
estabelecimento de uma sociedade sem classes, na qual os
meios de produção seriam de propriedade comum e as
relações de produção seriam baseadas na cooperação e na
igualdade.
Em resumo, a luta de classes é um conceito fundamental na
teoria de Marx, que destaca o conflito entre as classes sociais
dentro do sistema capitalista e seu papel na transformação
social e histórica.
Alienação
A alienação, conforme discutida por Karl Marx, refere-se à
perda de controle e conexão dos indivíduos com seu trabalho,
produto do trabalho e com eles mesmos como seres humanos.
Marx identificou várias formas de alienação no contexto do
sistema capitalista:
1.Alienação do Trabalho: No capitalismo, os trabalhadores são
alienados de seu trabalho porque não têm controle sobre o
processo de produção. Eles são tratados como simples peças
de uma máquina de produção, sem autonomia ou capacidade
de decisão sobre o que produzem, como produzem e para
quem produzem. Isso resulta em uma sensação de
estranhamento em relação ao próprio trabalho, que se torna
uma atividade alienante em vez de uma expressão de
criatividade e realização pessoal.
2.Alienação do Produto: Os trabalhadores também são
alienados dos produtos de seu trabalho. Sob o capitalismo, os
produtos do trabalho dos trabalhadores se tornam propriedade
dos capitalistas, que os vendem no mercado em troca de lucro.
Os trabalhadores não têm controle sobre o que é produzido,
como é produzido ou como é distribuído. Isso gera uma
desconexão entre o trabalho realizado e o resultado final,
privando os trabalhadores do sentido de realização e
identificação com o que produzem.
3.Alienação dos Outros Trabalhadores: No ambiente
competitivo do capitalismo, os trabalhadores são incentivados
a verem uns aos outros como concorrentes por empregos e
recursos, em vez de como colegas ou companheiros de classe.
Isso cria uma alienação social entre os trabalhadores,
impedindo a solidariedade e a cooperação entre eles.
4. Alienação da Própria Humanidade: A alienação no trabalho
e na produção leva os indivíduos a se sentirem separados de
sua própria essência como seres humanos. Eles se tornam
alienados de suas próprias capacidades criativas e da
realização de seu potencial humano pleno.
Para Marx, a alienação é uma consequência inevitável das
relações sociais e de produção capitalistas, que tratam os
trabalhadores como meros meios de produção de lucro. Ele
argumentou que a superação da alienação só poderia ocorrer
com a transformação radical das estruturas sociais e
econômicas, culminando na criação de uma sociedade
socialista ou comunista, na qual os meios de produção seriam
de propriedade comum e as relações de produção seriam
baseadas na cooperação e no desenvolvimento humano pleno.
Comunismo
O comunismo é um sistema social sem classes, com uma
forma de propriedade pública dos meios de produção e com
plena igualdade social de todos os membros da sociedade.
Sob o comunismo, o desenvolvimento integral das pessoas
será acompanhado pelo crescimento das forças produtivas
com base no progresso contínuo da ciência e da tecnologia,
todas as fontes de riqueza social fluirão abundantemente, e o
grande princípio "De cada qual, segundo a sua capacidade; a
cada qual, segundo as suas necessidades" será
implementado. O comunismo é uma sociedade altamente
organizada de trabalhadores livres e socialmente conscientes,
uma sociedade em que a autogovernação pública será
estabelecida, uma sociedade em que o trabalho para o bem da
sociedade se tornará a principal exigência vital de todos, uma
necessidade obviamente reconhecida, e a capacidade de cada
pessoa será empregada para o maior benefício do povo.
Legado e impacto
Legado Intelectual de Karl Marx: Explorando como as ideias de
Marx sobre economia, política e sociedade influenciaram o
pensamento acadêmico e político ao longo do século XX e
ainda hoje.
Impacto das Teorias Econômicas de Marx: Investigando como
as teorias econômicas de Marx sobre o capitalismo, a
exploração da classe trabalhadora e a luta de classes
moldaram discussões econômicas e políticas.
Marxismo e Movimentos Sociais: Analisando como o marxismo
influenciou movimentos sociais ao redor do mundo, desde os
sindicatos até os movimentos revolucionários e de libertação
nacional.
Marxismo e Revoluções: Examining o papel do marxismo nas
revoluções do século XX, incluindo a Revolução Russa de
1917 e outras revoluções socialistas e comunistas.
Críticas ao marxismo
Críticas ao marxismo vieram de várias ideologias políticas e
disciplinas acadêmicas. Estas incluem críticas gerais sobre a
falta de consistência interna, críticas relacionadas ao
materialismo histórico, a necessidade de supressão dos
direitos individuais, questões com a implementação do
comunismo e questões econômicas como a distorção ou a
ausência de sinais de preços e incentivos reduzidos. Além
disso, problemas empíricos são frequentemente identificados.
A principal crítica feita ao marxismo na atualidade alega que
este possui caráter simplista, seja na organização da
sociedade em classes (capitalista e proletariado),seja nas
diversas interpretações que Marx faz da interrelação direta
entre os fatores sociais de consciência (como cultura, religião e
política) e os da economia.
Segundo alguns destes críticos, as razões de caráter
econômico também são insuficientes para explicar fenômenos
modernos como a busca do homem pelo status, ainda que este
não venha a representar qualquer vant
Controvérsias
Marx, de 1844 a 1846 teve inúmeras controvérsias. A briga
com Ruge (1) foi a primeira. A seguir, com a ajuda de Engels,
brigou com a família Bauer (2). Então, para completar, ao
escrever “A Ideologia Alemã”, reúne várias páginas
combatendo não só as ideias de Bauer como também as de
Feuerbach (3) e Max Stirner (4).
Após escrever “A ideologia Alemã”, os dois não conseguem
publicá-la, são dois grossos volumes in-octavo (formato de livro
cuja folha, dobrada três vezes, forma caderno com 16 páginas,
oito de cada lado (5)), eles haviam deixado há muito tempo na
editora em Westfália, mas, foram informados de que a
impressão fora impedida por circunstâncias adversas, então,
deixaram os manuscritos, à “crítica roedora dos ratos”, como
Marx bem disse; ficando os mesmos, esquecidos em uma
gaveta.
Liga passa a adotar a insígnia: “Proletários de todos os países,
uni-vos!”
E literalmente, os ratos devoraram algumas páginas. O que
resistiu foi publicado posteriormente em 14 de setembro de
1867sendo, portanto a primeira edição.