02 Caderno QC Ii

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PENAL

1 - STJ, Mãe condenada por omissão em estupro da filha não pode ter a pena aumentada pelo
parentesco. (bis in idem)

2 - DIFERENTE
Maus-tratos: não exige especial fim de agir.
O trecho do art. 136 do CP que menciona "pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim
de educação, ensino, tratamento ou custódia", está descrevendo elementos objetivos do tipo [e não
elementos subjetivos].
Rogério Sanches: "As expressões 'para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia', integrantes
do tipo, não revelam finalidades especiais do agente, mas qualificam a relação de autoridade,
guarda ou vigilância entre ele e a vítima. Portanto, o agente atua consciente de que maltrata,
sabendo que o faz mediante abuso, a vítima que estava sob sua autoridade, guarda ou vigilância
para que fosse educada, ensinada, tratada ou custodiada".
.

Abandono de incapaz: exige o afastamento físico.


Nucci: "não é o caso de se enquadrar, nesta figura, por exemplo, o pai que deixa de dar alimentos ao
filho menor, e sim aquele que larga a criança ao léu, sem condições de se proteger sozinha."

3 Art. 112, §3º, LEP: “No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou
pessoas com deficiência, os requisitos para progressão de regime são, cumulativamente:

I - NÃO ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;

II - NÃO ter cometido o crime contra seu filho ou dependente;

III - ter cumprido ao menos 1/8 da pena no regime anterior;

IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento;

V - NÃO ter integrado organização criminosa.”

4 LD
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do inquérito policial, de Comissão Parlamentar de Inquérito ou
peças de informação, dar-se-á vista ao Ministério Público para, no prazo de 10 (dez) dias, adotar
uma das seguintes providências:

I - requerer o arquivamento;

II - requisitar as diligências que entender necessárias;

III - oferecer denúncia, arrolar até 5 (cinco) testemunhas e requerer as demais provas que entender
pertinentes.

Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia,
por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

§ 1º Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá argüir preliminares


e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que
pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.
§ 2º As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 113 do Decreto-Lei nº
3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.

§ 3º Se a resposta não for apresentada no prazo, o juiz nomeará defensor para oferecê-la em 10
(dez) dias, concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeação.

§ 4º Apresentada a defesa, o juiz decidirá em 5 (cinco) dias.

§ 5º Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de 10 (dez) dias, determinará a


apresentação do preso, realização de diligências, exames e perícias.

Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para a audiência de instrução e
julgamento, ordenará a citação pessoal do acusado, a intimação do Ministério Público, do assistente,
se for o caso, e requisitará os laudos periciais.

§ 1º Tratando-se de condutas tipificadas como infração do disposto nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a
37 desta Lei, o juiz, ao receber a denúncia, poderá decretar o afastamento cautelar do denunciado de
suas atividades, se for funcionário público, comunicando ao órgão respectivo.

§ 2º A audiência a que se refere o caput deste artigo será realizada dentro dos 30 (trinta) dias
seguintes ao recebimento da denúncia, salvo se determinada a realização de avaliação para atestar
dependência de drogas, quando se realizará em 90 (noventa) dias.

Art. 57. Na audiência de instrução e julgamento, após o interrogatório do acusado e a inquirição das
testemunhas, será dada a palavra, sucessivamente, ao representante do Ministério Público e ao
defensor do acusado, para sustentação oral, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um,
prorrogável por mais 10 (dez), a critério do juiz.

Parágrafo único. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato
para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante.

Art. 58. Encerrados os debates, proferirá o juiz sentença de imediato, ou o fará em 10 (dez) dias,
ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.

§ 1º Ao proferir sentença, o juiz, não tendo havido controvérsia, no curso do processo, sobre a
natureza ou quantidade da substância ou do produto, ou sobre a regularidade do respectivo laudo,
determinará que se proceda na forma do art. 32, § 1º , desta Lei, preservando-se, para eventual
contraprova, a fração que fixar. (Revogado pela Lei nº 12.961, de 2014)

§ 2º Igual procedimento poderá adotar o juiz, em decisão motivada e, ouvido o Ministério Público,
quando a quantidade ou valor da substância ou do produto o indicar, precedendo a medida a
elaboração e juntada aos autos do laudo toxicológico. (Revogado pela Lei nº 12.961, de 2014)

Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei, o réu não poderá apelar
sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim reconhecido na
sentença condenatória.

5 QUANTIDADE DE TESTEMUNHA
TESTEMUNHAS PREVISÃO QUANTIDADE

-Procedimento Ordinário (art. 401, CPP) | 1ª Fase do Júri (art. 401, CPP) - 08
-Lei de Crimes Contra a Economia Popular (art. 23, I, Lei nº 1.521/51) - 06

-Procedimento Sumário (art. 532, CPP) | 2ª Fase do Júri (art. 422, CPP) | Lei de Drogas (art. 54, III,
Lei nº 11.343/06) - 05

-Procedimento Sumaríssimo (art. 34, Lei nº 9.099/95) – 03

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Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo,
ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;

II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou


omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido
pela lei fiscal;

III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou


qualquer outro documento relativo à operação tributável;

IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou


deva saber falso ou inexato;

V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou


documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de
serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a
legislação.

Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Os crimes do art. 1º, incisos I, II, III e IV são materiais, e, portanto, só se tipificam após o
lançamento definitivo do tributo (Súmula Vinculante n. 24). Noutro sentido, é o crime do art. 1º,
inciso V, que é considerado crime formal, e, portanto, prescinde (isto é, não exige) de prévio
exaurimento de processo fiscal para o aperfeiçoamento, consumando-se no instante em que o sujeito
ativo deixa de emitir a respectiva nota fiscal (STJ, 6ª Turma, AgRg no HC 509.345/RN, Rel. Min,
Nefi Cordeiro, j. 12/05/2020, DJe 18/05/2020).

7 Não confundir saída temporária X permissão de saída.

Saída temporária:
Juiz que concede
Para regime semiaberto (fechado não sai, aberto já está na rua)
Será autorizado pelo prazo de 7 dias, podendo ser renovada mais 4X durante o ano.
1/6 para PRIMÁRIO
1/4 para REINCIDENTE
Pacote Anticrime vedou a saída temporária para crimes hediondos com resultado morte.
Para coisas boas (visitar a família, estudar, datas comemorativas).
Permissão de saída:
Diretor que concede
Regime fechado ou semiaberto.
Para coisas ruins (tratamento médico, falecimento de familiares até 3º grau).
Mediante escolta.

8 Súmula 589, STJ: “É INAPLICÁVEL o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções


penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas”.

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Roubo impróprio: por ser crime unissubsistente não admite tentativa, mas parte da doutrina admite
(Nucci).

Roubo impróprio: apenas admite violência própria

Roubo próprio: admite violência imprópria (redução da capacidade de resistência da vítima)

10 Momento consumativo do crime de furto:


a) Contrectatio - simples contato da pessoa com a coisa

b) Amotio (apprehensio) - inversão da posse (adotada no Brasil)

c) Ablatio - deslocamento com a coisa

d) Ilatio - deslocamento com a coisa para local seguro

11 Art. 159, CP. “Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem,
como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos. [...] §4º. Se o crime é
cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do
sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.”

12 art. 50, da Lei de Drogas: (...)

§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do


delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito
oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.

§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo não ficará impedido de
participar da elaboração do laudo definitivo.
13 – LUGAR DO CRIME, REGRA UBIGUIDADE.

14 – TEORIAS RELAÇÃO DE CAUSALIDADE


REGRA - Teoria da equivalência dos antecedentes / Conditio sine qua non

EXCETO – Concausa Superveniente Relativamente independente - Teoria da causalidade adequada

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PROC PENAL
1 É possível que se utilize do recurso de apelação para recorrer de decisão que recusa a
homologação do acordo de colaboração celebrado, embora inexista previsão legal acerca do meio
correto de impugnação, admitindo-se, ainda, a aplicabilidade do principio da fungibilidade. STJ tem
decisões admitindo, também, o manejo de HC e CORREIÇÃO PARCIAL. Demais disso, em regra,
por se tratar de negocio jurídico personalíssimo, é inadmissível a impugnação do acordo por
terceiro delatado, salvo em situações excepcionais, tais como: patente irregularidade nas tratativas
do acordo entre as partes e a inobservância de regra de competência para homologação do acordo
no caso de autoridade com foro com prerrogativa de função, o STF possui decisões nesse sentido.

2 Segundo o STJ: É legítima a fixação de sanções premiais atípicas no bojo do acordo de


colaboração premiada, não estando as partes limitadas aos benefícios do art. 4º, caput, da Lei nº
12.850/2013, desde que não haja violação à Constituição (pena de caráter perpétuo - art. 5º, XLVII,
'b') ou ao ordenamento jurídico (obrigação de levantamento de sigilo de dados de terceiros), bem
como à moral e à ordem pública (penas vexatórias). Enquanto sanção premial atípica, a imediata
privação da liberdade, nos termos do acordo de colaboração premiada, condicionada à homologação
judicial, não ofende a Constituição ou a lei de regência. STJ. Corte Especial. AgRg na Pet 12.673-
DF, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 23/11/2023 (Info 798).

3 A revogação do acordo de não persecução penal não exige que o investigado seja intimado para
justificar o descumprimento das condições impostas na avença, nem mesmo por edital, por ausência
de previsão legal. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 809.639-GO, Rel. Min. Jesuíno Rissato
(Desembargador convocado do TJDFT), julgado em 17/10/2023 (Info 795).

4 A ausência de confissão formal e circunstanciada no curso da ação penal não impede a remessa
dos autos ao Parquet para avaliar a possibilidade de propositura do acordo de não persecução penal,
uma vez que essa confissão pode ser formalizada perante o Ministério Público, no ato de assinatura
do acordo. STJ. 5ª Turma. HC 837.239-RJ, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 26/9/2023 (Info
789).

Bônus: Enunciado 13 da I Jornada de Direito e Processo Penal. A inexistência de confissão do


investigado antes da formação da opinio delicti do Ministério Público não pode ser interpretada
como desinteresse em entabular eventual acordo de não persecução penal.

5 A norma em questão (§ 3o do art. 157) viola os princípios da legalidade, do juiz natural e da


razoabilidade, já que ausentes elementos claros e objetivos para a seleção do juiz sentenciante, o
que permitiria eventual manipulação da escolha do órgão julgador.
STF. Plenário. ADI 6.298/DF, ADI 6.299/DF, ADI 6.300/DF e ADI 6.305/DF, Rel. Min. Luiz Fux,
julgados em 24/8/2023 (Info 1106).
6 O STF, no julgamento do caso do JUIZ DE GARANTIAS, atribuiu interpretação conforme à
primeira parte do caput do art. 3º-C do CPP, para esclarecer que as normas relativas ao juiz das
garantias não se aplicam às seguintes situações:

a) processos de competência originária dos tribunais, os quais são regidos pela Lei 8.038/1990;

b) processos de competência do tribunal do júri;

c) casos de violência doméstica e familiar; e

d) infrações penais de menor potencial ofensivo.

STF. Plenário. ADI 6.298/DF, ADI 6.299/DF, ADI 6.300/DF e ADI 6.305/DF, Rel. Min. Luiz Fux,
julgados em 24/8/2023 (Info 1106).

7 Apelação do CADI no Júri / juízo singular não tem efeito suspensivo.

CADI habilitado – 5 dias

CADI não habilitado – 15 dias

Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença não for
interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas
enumeradas no art. 31(cônjuge, ascendente, descendente ou irmão), ainda que não se tenha
habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo.

Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de quinze dias e correrá do dia em
que terminar o do Ministério Público.

Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito
de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão

8 CPP
NÃO COMPARECER E(+) NÃO CONSTITUIR ADVOGADO:
=>SUSPENDE PROCESSO E
=>SUSPENDE CURSO PRAZO PRESCRICIONAL.

NÃO COMPARECEU MAS(OU) CONSTITUIU ADVOGADO:(OU INVERSO)


=>NÃO SUSPENDE PROCESSO.
=>NÃO SUSPENDE CURSO PRZO PRESCRICIONAL.

PODENDO, EM AMBOS OS CASOS:


O JUIZ DECRETAR SUA PRISÃO PREVENTIVA.

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