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Estudo Morfofuncional Do Quadril

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Profa Msc Luciana Rossi de Oliveira-KUL Bélgica

Introdução
 Articulação do Quadril
 Articulação mais proximal do MI.
 Assim como o ombro, é uma articulação do tipo sinovial
esferóidea.
 Mais estável que o ombro  ADM menor.

 A cabeça do fêmur, arredondada e convexa, se encaixa


no acetábulo côncavo, articulando-se com ele.
 Cabeça do fêmur: desliza em sentido oposto ao
movimento.
 Funções:
 Sustentação e distribuição de peso;

 Marcha;
Osso do Quadril
 Pelve: 2 ossos do quadril
 Osso do quadril: 3 ossos  Ílio, ísquio e púbis.
 Estruturas palpáveis:
 Ílio:
 Crista ilíaca: “Local onde a mão se apoia”. Vai da
EIAS a EIPS.
 EIAS´s: Origem do m.tensor da fáscia lata e m.
sartório.
 EIPS´s: Extremidade posterior da crista ilíaca.

 Ísquio: Tuberosidade isquiática  Sustenta o peso


na posição sentado; Origem dos m. isquiotibiais e
adutor magno.
 Púbis: Sínfise púbica  união dos 2 ossos do púbis
na linha mediana.
Fêmur
 Osso mais longo, mais forte e mais pesado do corpo;

 ¼ da altura da pessoa; (Moore, 1985)

 Estruturas palpáveis:

 Trocânter maior:

 grande projeção localizada lateralmente entre o


colo e o corpo do fêmur;

 Inserção dos m. glúteo médio e mínimo e também


do músculos rotadores profundos.
Cápsula articular
 Articulação sinovial  Cápsula articular
fibrosa.
 Forte e espessa;
 Cilindro que recobre toda a articulação;
 Fixação proximal: ao redor do lábio do
acetábulo;
 Fixação distal: colo do fêmur.
Ligamentos
 Três ligamentos reforçam a cápsula:

 Iliofemoral

 Reforça a cápsula articular

 Limita a hiperextensão da coxa

 Pubofemoral

 Limita a hiperextensão e abdução da coxa

 Isquiofemoral

 Limita a hiperextensão e rotação medial da coxa


PERGUNTA
 Um indivíduo paraplégico, mesmo com
uso de algum apoio, consegue ficar de
pé?

SIM!
Ligamentos
 Ligamento da cabeça do fêmur

 Pequeno ligamento intracapsular;

 Tensionado na adução e rotação lateral


Movimentos articulares
 Articulação TRIAXIAL  Movimento da coxa
nos 3 planos de espaço;
 Plano sagital:
 Flexão – Extensão  120º
 Hiperextensão  15º

 Plano frontal:
 Abdução – Adução  45º

 Detalhe: adução ganha mais 25º além da posição


anatômica.
 Plano transversal:
 Rotação medial e lateral  45º
Complexo Articular do quadril
Músculos do Quadril
 Músculo iliopsoas
 Psoas maior
 O: Processos transversos, corpos e discos
intervertebrais das vértebras de T12-L5.
 I: Trocânter menor.

 A: Flexão da coxa

 N: Nervo femoral (L2, L3)

 Ilíaco
 O: Fossa ilíaca

 I: Trocânter menor

 A: Flexão da coxa

 N: L2, L3.
Músculos do Quadril
 Músculo reto femoral

 O: Espinha ilíaca ântero-inferior.

 I: Tuberosidade da tíbia.

 A: Flexão da coxa e extensão do joelho.

 N: Nervo femoral (L2, L3, L4).


Músculos do Quadril
 Músculo Sartório

 O: Espinha ilíaca ântero-superior

 I: Face medial da extremidade

proximal da tíbia

 A: Flexão, abdução, rotação lateral

do quadril e flexão do joelho

 N: Nervo femoral (L2, L3)


Músculos do Quadril
 Músculo Pectíneo

 O: Ramo superior do púbis

 I: Linha pectínea do fêmur

 A: Flexão e adução na articulação do quadril

 N: Nervo femoral (L2, L3, L4)


Músculos do Quadril
 Músculo adutor longo

 O: Púbis

 I: Terço médio da linha áspera

 A: Adução da coxa

 N: Nervo obturatório (L3,L4)


Músculos do Quadril
 Músculo Adutor curto

 O: Púbis

 I: Linha pectínea e terço proximal da linha

áspera

 A: Adução da coxa

 N: Nervo obturatório (L3,L4)


Músculos do Quadril
 Músculo Adutor magno

 O: Ísquio e púbis

 I: Toda a linha áspera e tubérculo do adutor

 A: Adução da coxa

 N: Nervos obturatório e isquiático (L3, L4)


Músculos do Quadril
 Músculo grácil

 O: Púbis

 I: Superfície anteromedial da

extremidade proximal da tíbia

 A: Adução da coxa

 N: Nervo obturatório (L3, L4)


Músculos do Quadril
 Músculo glúteo máximo
 O: Face dorsal do sacro e face glútea do

ílio.

 I: Superfície posterior do fêmur distal ao

trocânter maior; trato iliotibial.

 A: Extensão, hiperextensão e rotação

lateral da coxa.

 N: Nervo glúteo inferior (L5, S1, S2)


Músculos do Quadril
 Músculos rotadores profundos

 O: Face dorsal do sacro, ísquio,


púbis
 I: Área do trocânter maior

 A: Rotação lateral da coxa

 N: Diversas
Músculos do Quadril
 Músculo glúteo médio

 O: Face glútea do ílio

 I: Superfície lateral do trocânter

maior

 A: Abdução da coxa

 N: Nervo glúteo superior (L4, L5, S1)


Músculos do Quadril
 Músculo glúteo mínimo

 O: Face glútea do ílio

 I: Superfície anterior do trocânter maior

 A: Abdução e rotação medial da coxa

 N: Nervo glúteo superior (L4, L5, S1)


Músculos do Quadril
 Músculo Tensor da fáscia lata

 O: Espinha ilíaca anterossuperior

 I: Côndilo lateral da tíbia

 A: Flexão e abdução combinadas da coxa

 N: Nervo glúteo superior (L4,L5)


Músculos do Quadril
 Músculo semimembranáceo

 O: Túber isquiático

 I: Superfície posterior do côndilo

medial da tíbia

 A: Extensão da coxa e flexão do joelho

 N: Nervo isquiático (L5, S1, S2)


Músculos do Quadril
 Músculo semitendíneo

 O: Túber isquiático

 I: Superfície anteromedial da extremidade

proximal da tíbia

 A: Extensão da coxa e flexão do joelho

 N: Nervo isquiático (L5, S1, S2)


Músculos do Quadril
 Músculo Bíceps femoral
 O:
 Cabeça longa: túber isquiático
 Cabeça curta: lábio lateral da linha áspera

 I: Cabeça da fíbula
 A:
 Cabeça longa - extensão da coxa e flexão do
joelho
 Cabeça curta – flexão do joelho

 N:
 Cabeça longa: Nervo isquiático (L5, S1, S2)

 Cabeça curta: Nervo fibular comum (L5, S1,


S2)
Moviment Agonistas Sinergistas
o
Flexão Psoas maior, Sartório, Tensor da fáscia lata,
Ilíaco, Glúteo Mínimo (Fibras anteriores),
Reto femoral, Glúteo médio (Fibras anteriores),
Pectíneo Grácil, Adutor magno (Fibras superiores),
Adutor longo, Adutor curto

Extensão Glúteo máximo, Glúteo médio (Fibras posteriores),


Bíceps femoral (Cabeça longa), Glúteo mínimo (Fibras posteriores),
Semitendinoso, Semimembranáceo Adutor magno (Fibras inferiores)

Abdução Glúteo médio Sartório, Reto femoral, Tensor da fáscia lata, Glúteo
mínimo, Glúteo máximo (Fibras superiores)

Adução Pectíneo, Grácil, Adutor magno, Glúteo máximo (Fibras inferiores)


Adutor longo, Adutor curto

Rotação Glúteo mínimo (Fibras anteriores) Tensor da fáscia lata, Semitendinoso,


Semimembranáceo, Grácil,
Interna
Glúteo médio (Fibras anteriores),
Adutor magno (Fibras inferiores)

Rotação Glúteo máximo, Sartório, Pectíneo, Bíceps femoral (Cab. longa),


Quadrado femoral, Grácil, Glúteo médio (Fibras posteriores),
Externa
Piriforme, Glúteo mínimo (Fibras posteriores),
Gêmeo superior, Gêmeo inferior, Adutor magno (Fibras superiores),
Ângulo de Inclinação
 Ângulo formado entre o corpo e o colo do fêmur, no
plano frontal.
 Valor normal = 125º
 Variável do nascimento à vida adulta;
 Nascimento: até 170º;
 Fatores variantes: deformidades congênitas,
traumatismos ou doença.
 Coxa valga  ângulo maior que 125º;
 “Mais aberto” : membro mais longo;
 Coxa vara  ângulo menor que 125º;
 “Mais fechado” : membro mais curto;
Ângulo de Inclinação
Ângulo de Torção
 Ângulo formado entre o corpo e o colo do
fêmur, no plano transversal.

 Valor normal = 15º - 25º Rot.Lat.

 Anteversão: Aumento do ângulo

 Maior rotação medial  “Pés pra dentro”.

 Retroversão: Diminuição do ângulo

 Maior rotação lateral  “Pés pra fora”.


Patologias de Quadril
 Luxação congênita de Quadril

 Também chamada de Displasia

congênita;

 Acetábulo muito raso 

deslizamento superior da
cabeça do fêmur.

 A cápsula articular permanece

intacta, porém, distendida.


Patologias de Quadril
 Doença de Legg-Calvé-Perthes

 Também chamada “Coxa Plana”;

 Necrose da cabeça do fêmur;

 Geralmente observada em crianças de 5 a 10 anos;

 Durante a evolução, podem ser necessários de 2 a

4 anos pra que haja necrose, revascularização e


remodelagem da cabeça do fêmur.
Patologias de Quadril
 Osteoartrite

 Degeneração da cartilagem articular;

 Causas: traumatismo ou desgaste;

 Geralmente observado em idosos;

 Tratamento cirúrgico: próteses.


A evolução do desgaste no quadril em um paciente. 1- A diminuição do espaço articular é uma marca
registrada do desgaste articular, mas nem sempre é visível em exames de raio-x simples.
2 e 3 - Osteófitos são proeminências ósseas que vão se formando em torno da articulação. Aumentam
muito o atrito articular e diminuem o movimento da articulação.
Patologias de Quadril
 Fraturas de quadril
 Intertrocantérica ou do colo do fêmur;
 São muito comuns em idosos;
 Maior causa: QUEDAS;
 Em jovens: acidentes automobilísticos;
Biomecânica
 Campo de estudo que propõe a aplicação da mecânica
clássica pra resolução de problemas biológicos;
 Visa determinar as propriedades mecânicas dos
materiais biológicos (ossos, músculos, ligamentos,
etc) levando ao benefício o ser humano.
 Sabemos que a medicina da reabilitação visa a
redução da magnitude da força sobre as faces da
articulação durante a realização de uma atividade
física;
 Ex: agachar, correr, etc
Biomecânica
 Conceitos
 E= eixo ou PA= ponto de apoio
 FR= força resistente (peso do objeto)
 FP= força potente (exercida com o objetivo de
mover o objeto)
 BF= braço de força: distância da articulação a
inserção muscular
 BR= braço de resistência: distância da
articulação ao centro de gravidade do peso a
ser erguido
Biomecânica
 Alavancas

 Interfixa (1° classe)

 PA fica entre a FP e FR;

 Inter-resistente (2° classe)

 FR fica entre FP e PA;

 Interpotente (3° classe)

 FP fica entre FR e PA;


Interfixa (1° classe)
Inter-resistente (2° classe)
Interpotente (3° classe)
Mudanças de Alavanca
Mudanças de Alavanca
Mudanças de Alavanca
BiomecânicaT= F x D
 CONCEITOS
 Torque ou momento de uma força:
 É o produto desta força multiplicado pela distância
perpendicular de sua linha de ação ao eixo do
movimento.
 Torque interno: É a força do músculo agindo na sua
inserção
 Torque externo: Forças que atuam fora do corpo fazendo
resistência ao movimento.
 OBS: O torque muda conforme muda o braço de resistência,
isto é, já que a força externa permanecerá constante, a força
aplicada pelo músculo dependerá do ângulo que se encontra
a articulação.
 FAQ= força abdutora do quadril
 PC= peso do corpo
 D= distância
 FRA= Força de reação articular
Perguntas
 ????
Referências Bibliográficas
Kapandji, A. I. Fisiologia Articular: Membro Inferior. São Paulo,
Panamericana, 2000.

Lippert, Lynn S. Cinesiologia Clínica e Anatomia. Rio de Janeiro,


Guanabara Koogan, 2008.

Neumann, Donald A. Cinesiologia do Aparelho Musculoesquelético. Rio


de Janeiro, Guanabara Koogan, 2006.

Nordin, Margareta; Frankel Victor H. Biomecânica Básica do Sistema


Musculoesquelético. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2014.

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