Texto I - História Da Multiplicação e Divisão

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Introdução

Pré-História
Considera-se como pré-história todo o período anterior a escrita. Neste período o homem tinha
uma vida nómada, vivia em pequenos grupos, caçava, pescava e morava em cavernas. Não havia
civilização como hoje nós a conhecemos.
Este período foi marcado por um baixíssimo nível intelectual, científico e matemático. Os aspectos
sociais, políticos e económicos acima citados, tiveram influência directa nesta pouca produção
intelectual das sociedades. Mesmo assim, podemos citar algumas descobertas científicas e
matemáticas.
Neste período houve a elaboração de um processo rudimentar de contagem: ranhuras em ossos,
marcas em galhos, desenhos em cavernas e pedras. Também podemos citar aqui o processo que
muitos utilizavam para relacionar quantidades, ou seja, para cada unidade obtida, era colocada
uma pequena pedra em um saquinho. Alguns povos, como os Sioux (tribo indígena americana)
confeccionaram calendários pictográficos, desenhados em cavernas.
Destaca-se também a confecção de instrumentos e artefactos de guerra (primeiro em pedra, depois
em bronze e ferro). Foi somente após a revolução agrícola que as descobertas científicas e
matemáticas tiveram um maior impulso. Esta revolução abriu o caminho não só para a criação das
grandes civilizações, mas também para tudo aquilo que cerca esta construção.

Egipto Antigo
A civilização Egípcia se desenvolveu ao longo de uma extensa faixa de terra fértil que margeava
o rio Nilo. Este rio prestou-se muito ao estabelecimento de grupos humanos. Suas margens férteis
revelaram-se propícias à agricultura e, ainda, suas águas caudalosas facilitavam a abertura de
canais de irrigação e a construção de diques. O estudo do Egipto antigo está determinado entre
4.000 a.C. à 30 a.C. Houveram vários períodos dentro da história egípcia antiga, mas todos eles
tiveram basicamente o mesmo aspecto social político e económico, bem como matemático e
científico. Somente com a invasão pelos romanos no século I a.C. é que ocorre um rompimento
com sua cultura milenar.
Um dos ramos da ciência que teve um avanço significativo foi a medicina. Os médicos (sacerdotes)
egípcios possuíam um grande conhecimento na medicina, como bem comprovam as múmias de
vários faraós descobertas nos dois últimos séculos, bem como o acesso a vários papiros.
Na matemática, também tivemos grandes avanços. A matemática egípcia sempre foi
essencialmente prática. Quando o rio Nilo estava no período das cheias, começavam os problemas
para as pessoas. Para resolver este problema foram desenvolvidos vários ramos da matemática.
Foram construídas obras hidráulicas, reservatórios de água e canais de irrigação no rio Nilo.
Procedeu-se a drenagem dos pântanos e regiões alagadas.
Começou-se também com uma geometria elementar e uma trigonometria básica (esticadores de
corda) para facilitar a demarcação de terras. Com isto procedeu-se a um princípio de cálculo de
áreas, raízes quadradas e fracções. Também sabemos que os egípcios conheciam as relações
métricas em um triângulo rectângulo. O teorema de Pitágoras, na realidade, já era conhecido por
povos bem mais antigos que os gregos.
No século XVIII d.C. foram descobertos vários papiros em escavações no Egipto. Do ponto de
vista matemático, os mais importantes são os papiros de Moscou e os Papiros de Rhind. Estes
papiros trazem uma série de problemas e colecções matemáticas em linguagem hieróglifa. Só foi
possível a decifração desta linguagem, por Champolion, quando em 1799 uma expedição do
exército Francês, sob o comando de Napoleão Bonaparte, descobriu perto de Rosetta, Alexandria,
uma pedra com escrita em três línguas: grego, demótico e hieróglifo. Somente com esta pedra foi
possível decifrar a linguagem hieróglifa e traduzir estes papiros com grandes preciosidades
matemáticas egípcias.
Outra ciência que teve um avanço muito grande neste período foi a astronomia. Os sacerdotes
egípcios faziam cálculos astronómicos para determinar quando iriam ocorrer as cheias do Nilo.
Baseados nestes cálculos, eles construíram um calendário com 12 meses de 30 dias.
A construção das grandes pirâmides faz supor que o conhecimento matemático dos egípcios era
muito mais avançado que o conhecido nos papiros. Talvez o facto de a escrita ser muito difícil
tenha sido um dos motivos que impediu este registo. Talvez, ainda, estes registos tenham sido
feitos em papiros que não chegaram aos nossos dias.
Podemos afirmar, com absoluta certeza, que a matemática egípcia foi um dos pilares da matemática
grega, a qual foi a base para a nossa matemática moderna. Isto em Geometria, Trigonometria ou
mesmo na Astronomia.

Mesopotâmia
A Mesopotâmia, que em grego significa “terra entre rios”, situava-se no oriente médio, no
chamado crescente fértil, entre os rios Tigre e Eufrates, onde hoje está situado o Iraque e a Síria,
principalmente. Os povos que formavam a Mesopotâmia foram os Sumérios, Acádios, Amoritas,
Caldeus e Hititas, os quais lutavam pela posse das terras aráveis.
Por estar situado nesta região geográfica, a Mesopotâmia estava mais sujeita às invasões e
conquistas de vários povos, ao contrário do que ocorreu no Egipto. As duas civilizações, Egípcia
e Mesopotâmica, desenvolveram-se no mesmo período. Mas, este desenvolvimento deu-se em
separado, não havendo um intercâmbio de informações.
As mesmas dificuldades que acarretaram o desenvolvimento das ciências no Egipto foram a mola
propulsora deste desenvolvimento nesta região. Porém ao contrário do que ocorria com as águas
do rio Nilo, os períodos de cheia dos rios Tigre e Eufrates eram bastante irregulares, obrigando a
realização de numerosas obras de irrigação e drenagem, com períodos de observação e
desenvolvimento com uma maior dificuldade.
A ciência e, por consequência, a matemática mesopotâmica, teve um grande desenvolvimento por
parte dos sacerdotes que detinham o saber nesta civilização. Assim como a matemática Egípcia,
esta civilização teve uma matemática e/ou ciência extremamente prática. As matemáticas orientais
surgiram como uma ciência prática, com o objectivo de facilitar o cálculo do calendário, a
administração das colheitas, organização de obras públicas e a cobrança de impostos, bem como
seus registros.
As águas dos rios Tigre e Eufrates proporcionavam facilidades para o transporte de mercadorias,
o que ajudou a desenvolver um processo de navegação.
Foram desenvolvidos nestes rios grandes projectos de irrigação das terras cultiváveis e a
construção de grandes diques de contenção, abrindo assim o caminho para o desenvolvimento de
uma engenharia primitiva.
Procedeu-se ao desenvolvimento de uma astronomia rudimentar para o cálculo do período de
cheias e vazantes dos rios, mesmo que estes períodos não fossem regulares como os do rio Nilo
no Egipto.
Os Babilónicos (assim também eram chamados os povos mesopotâmicos) tinham uma maior
habilidade e facilidade para efectuar cálculos, talvez em virtude de sua linguagem ser mais
acessível que a egípcia. Eles tinham técnicas para equações quadráticas e biquadráticas, além de
possuírem fórmulas para áreas de figuras rectilíneas simples e fórmulas para o cálculo do volume
de sólidos simples. Sua geometria tinha suporte algébrico. Também conheciam as relações entre
os lados de um triângulo rectângulo e trigonometria básica, conforme descrito na tábua “Plimpton
322”.
Ao contrário dos Egípcios, que tinham um sistema posicional de base 10, os babilónicos possuíam
um sistema posicional sexagesimal bem desenvolvido, o qual trazia enormes facilidades para os
cálculos, visto que os divisores naturais de 60 são 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12, 15, 20, 30, 60, facilitando
o cálculo com fracções.
Por tudo isto que foi descrito, a matemática Babilónica tinha um nível mais elevado que a
matemática Egípcia.
Pelo facto da Mesopotâmia estar situada no centro do mundo conhecido da época, o que propiciava
grandes invasões e muito contacto com outros povos, ela teve um papel muito grande no
desenvolvimento da matemática de um povo que teve um papel muito importante na história: o
povo Grego. Graças a este contacto com o povo Grego, muito desta matemática chegou até os
nossos dias.

Grécia Clássica
Consideramos o período compreendido entre 2.000 a.C. até 35 a.C. como sendo o período clássico
ou período de ouro do povo Grego. Período este que se encerra com o domínio da Grécia pelos
Romanos.
A civilização Grega foi formada por muitos povos que se originaram da Europa central e da Ásia.
Antes, porém, de comentar sobre estes povos convém fazer um breve comentário sobre um povo
que teve uma influência muito grande sobre a construção da Grécia e de sua cultura: os Cretenses.
Os Cretenses, habitantes da ilha de Creta, desde 3.000 a.C., com expressão maior entre 2.000 a.C.
à 1.500 a.C., notabilizaram-se pelo comércio marítimo, artesanato, arte e a influência sobre os
Gregos. Tiveram um comércio muito grande com o Egipto, Fenícia e a Síria. As transacções
comerciais eram registradas em papiros com uma escrita acessível aos mercadores. Este contacto
com os demais povos possibilitou um intercâmbio muito grande com as demais culturas e
propiciou avanços matemáticos e científicos ampliando os conhecimentos tecnológicos do
período, haja vista as ruínas de banheiros e sistemas de esgotos descobertos em escavações.
O povo da ilha de Creta tinha uma sociedade original e desenvolvida, dando lugar de destaque à
mulher, ao contrário das demais civilizações do período. Registros indicam que não havia
escravidão.
Quando a ilha de Creta, mais precisamente a cidade de Cnossos, foi ocupada pelos Aqueus, esta
civilização foi subjugada. Apesar de conquistadores, os Aqueus absorveram a cultura Cretense.
A civilização grega, propriamente dita, foi formada nos séculos XX a.C. a XII a.C. por invasões
de Aqueus, Jónios, Eólios e Dórios.
A base da revolução matemática exercida pela civilização Grega partiu de uma ideia muito
simples. Enquanto Egípcios e Babilónicos perguntavam: “como?” os filósofos gregos passaram a
indagar: “por quê?” Assim, a matemática que até este momento era, essencialmente, prática,
passou a ter seu desenvolvimento voltado para conceituação, teoremas e axiomas.
A matemática, através da história, não pode ser separada da astronomia. Foram as necessidades
relacionadas com a irrigação, agricultura e com a navegação que concederam à astronomia o
primeiro lugar nas ciências, determinando o rumo da matemática.
Dois factores estimularam e facilitaram o grande desenvolvimento da ciência e da Matemática
pelos filósofos gregos: a substituição da escrita grosseira do antigo oriente por um alfabeto fácil
de aprender e a introdução da moeda cunhada, o que estimulou ainda mais o comércio.
A Matemática moderna teve origem no racionalismo jónico, e teve como principal estimulador
Thales de Mileto, considerado o pai da Matemática moderna. Este racionalismo objectivou o
estudo de quatro pontos fundamentais: compreensão do lugar do homem no universo conforme
um esquema racional, encontrar a ordem no caos, ordenar as ideias em sequências lógicas e
obtenção de princípios fundamentais. Estes pontos partiram da observação que os povos orientais
tinham deixado de fazer todo o processo de racionalização de sua matemática, contentando-se, tão-
somente, com sua aplicação.
Neste período começam a surgir as primeiras divisões nas ciências. Na Grécia surgem dois grupos
distintos de filósofos: os Sofistas e os Pitagóricos, os quais passam a analisar as ciências de dois
modos diferentes.
Os Sofistas abordavam os problemas de natureza matemática como uma investigação filosófica do
mundo natural e moral, desenvolvendo uma matemática mais voltada à compreensão do que à
utilidade. É o começo da abstracção matemática, em detrimento da Matemática essencialmente
prática.
Os Pitagóricos, sociedade secreta criada por Pitágoras de Samos, enfatizavam o estudo dos
elementos imutáveis da natureza e da sociedade. O chefe desta sociedade foi Arquitas de Tarento.
Os Pitagóricos estudavam o quadrivium (geometria, aritmética, astronomia e música). Sua
filosofia pode ser resumida na expressão “tudo é número”, com a qual diziam que tudo na natureza
pode ser expresso por meio dos números. Pitágoras dizia que: “tudo na natureza está arranjado
conforme as formas e os números”. Aos Pitagóricos (Pitágoras, principalmente) podemos creditar
duas descobertas importantes: o conceito de número irracional por meio de segmentos de rectas
incomensuráveis e a axiomatização das relações entre os lados de um triângulo rectangular
(teorema de Pitágoras), que já era conhecido por babilónicos e egípcios.
Paralelos a isto, os matemáticos gregos do período clássico começam a trabalhar com o princípio
da indução lógica (apagoge), que é o início da axiomática, a qual foi desenvolvida por Hipócrates.
Os três problemas que deram início ao estudo da axiomática foram: trissecção de um ângulo,
duplicação do volume do cubo (problema délico) e quadratura do círculo.
Com as campanhas de Alexandre, o grande, houve um avanço rápido da civilização grega em
direcção ao oriente. Assim, a matemática grega sofreu as influências dos problemas de
administração e da astronomia desenvolvidas no oriente. Este contacto entre as duas matemáticas
foi extremamente importante e produtivo, principalmente no período de 350 a 200 a.C. Neste
contexto, Alexandria torna-se o centro cultural e económico do mundo helenístico.
Durante todo o período grego, vários filósofos e matemáticos deram sua contribuição ao
desenvolvimento da Matemática. Neste período surgem os cientistas, homens que dedicavam sua
vida à procura do conhecimento e que por isso recebiam um salário. Será citado, agora, um breve
comentário sobre a contribuição dos matemáticos considerados os mais importantes e influentes
deste período.

 Euclides (360 – 295 a.C.)


Seu trabalho mais famoso é a colecção “Os elementos”, obra em 13 volumes, que contém
aplicações da álgebra à geometria, baseados numa dedução estritamente lógica de
teoremas, postulados, definições e axiomas. Até os dias de hoje, este é o livro mais
impresso em matemática.

 Arquimedes (287 – 212 a.C.)


É considerado o maior matemático do período helenístico e de toda antiguidade. Suas
maiores contribuições foram feitas no campo que hoje denominamos “cálculo integral”,
por meio do seu “método de exaustão”. Arquimedes também deu importante contribuição
na mecânica e engenharia, com o desenvolvimento de vários artefactos, principalmente
militares. Foi morto por um soldado romano quando da queda de Siracusa.

 Apolônio de Perga (247 – 205 a.C.)


Com Apolônio há uma volta à tradicional geometria grega. Ele escreveu um tratado de oito
livros sobre as cónicas (parábola, elipse e hipérbole), introduzidas como secções de um
cone circular.
 Ptolomeu (87 – 150 d.C.)
Publicou o “Alma gesto”, obra de astronomia com superior mestria e originalidade. Nesta
obra encontra-se a fórmula para o seno e o co-seno da soma e da diferença de dois ângulos
e um começo da geometria esférica.

 Nicómaco de Gerasa
Publicou “Introdução à aritmética”, que é a exposição mais completa da aritmética
pitagórica. Muito do que sabemos sobre Pitágoras provém desta publicação.

 Diofanto
Publicou “Arithmética”, a qual recebeu uma forte influência oriental. Este trabalho trata da
solução e análise de equações indeterminadas.

Com o domínio da Grécia e do oriente pelos romanos, estas regiões tornaram-se colónias
governadas por administradores romanos. A estrutura económica do império romano permanecia
baseada na agricultura. Com o declínio do mercado de escravos a economia entrou em decadência
e existiam poucos homens a fomentar uma ciência, mesmo medíocre.
Podemos, então, determinar uma relação entre a crise da Matemática e a crise do sistema social,
pois a queda de Atenas significou o fim do império da democracia esclavagista. Esta crise social
influenciou a crise nas ciências que culminou com o fecho da escola de Atenas, marcando com
isto o fim da Matemática grega clássica.

Podemos ainda observar que as descobertas matemáticas estão relacionadas com os avanços
obtidos pela sociedade, tanto intelectuais como comerciais. Se no princípio a Matemática era
essencialmente prática, visto que as sociedades eram rudimentares, com o desenvolvimento destas
sociedades a Matemática também evoluiu, passando de uma simples ferramenta que auxiliava aos
problemas práticos para uma ciência que serviu como chave para analisar o mundo e a natureza
em que vivemos.
Todas as descobertas matemáticas realizadas pelos povos pré-históricos, egípcios e babilónicos
serviram como subsídio para a matemática desenvolvida pelos gregos. Esta matemática grega foi,
e continua sendo, a base de nossa matemática. Todo o desenvolvimento tecnológico obtido em
nossos dias tem como ponto de partida a matemática grega.
Assim, sem a axiomática desenvolvida pelos gregos, não haveria o desenvolvimento da
Matemática abstracta e dos conceitos, postulados, definições e axiomas tão necessários à nossa
Matemática.
Da Matemática da antiguidade, fundamental a nós hoje, podemos citar: processos de contagem,
numeração, trigonometria, astronomia, geometria plana e volumes de corpos sólidos, sistema
sexagesimal, equações quadráticas e biquadráticas, relações métricas nos triângulos rectângulos,
secções cónicas e o método de exaustão, que foi o germe do cálculo integral.
1. Multiplicação e Divisão

1.1. Reflexões sobre a Multiplicação e Divisão na Escola Moçambicana


Muitas pessoas que aprenderam o algoritmo habitual da multiplicação, embora saibam executá-lo,
não o compreendem. Deste modo, a execução da operação é um acto mecânico, sem raciocínio
matemático. Compreender uma técnica de cálculo não é apenas saber executá-la, é,
fundamentalmente entender todos os seus “porquês”.
Para compreender o algoritmo da multiplicação, vamos analisar alguns exemplos.

Começaremos por um exemplo simples: 7 ×15.


O produto de 7 por 15 é o número de quadradinhos unitários contidos no rectângulo de lados 7 e
15.

Vamos decompor o rectângulo em outros dois. Isto significa usar a propriedade distributiva da
multiplicação relativamente à adição:

7 ×15 = 7 ×(10 + 5) = 7 ×10 + 7 × 5 = 70 + 35

Estes cálculos podem ser organizados de outra maneira:


Temos assim a forma habitual do algoritmo:

Vejamos agora um exemplo um pouco mais complicado: 13×25.


Vamos representar esse produto com o rectângulo de lados 13 e 25, decompondo-o em outros dois
rectângulos.

Para encontrar o total de quadradinhos (ou a área) do rectângulo, um caminho natural é encontrar
o total de cada parte e, depois, somar esses resultados parciais.
Assim sendo, devemos efectuar 3 ×25 para a parte menor, 10×25 para a parte maior, e somar os
resultados:

Esse processo pode ser resumido:

Notemos, novamente, que o algoritmo está ligado à propriedade distributiva: ao multiplicarmos


13, multiplicamos por 3 e por 10, somando depois os resultados. O algoritmo também está ligado
ao nosso sistema de numeração: quando multiplicamos 2 dezenas e 5 unidades (25) por 10,
obtemos 2 centenas e 5 dezenas (250) e por isso, o 5 de 250 é escrito por baixo do 7 do 75.
Vejamos agora um terceiro exemplo:

Analisemos as seguintes questões:


1. Como foi obtido o 615?
2. Porque ficou um espaço vazio sob o 5 de 615?
3. O 246 escrito por baixo de 615 é duzentos e quarenta e seis?

Para responder, é necessário compreender o algoritmo. Analisando-o passo a passo, chegamos às


respostas:
a) Como 25×123 = (20 + 5) ×123, o 615 foi obtido multiplicando-se 5 por 123.
b) Ao multiplicar 20, isto é, 2 dezenas, por 123, obtemos 246 dezenas, ou seja, 2460 unidades.
Isto significa que o espaço vazio sob o 5 do 615 pode ser visto como:
- correspondendo a um zero, que pode ou não ser escrito;
- a “casa” das unidades vazia, uma vez que o resultado é dado em “dezenas”.
c) A terceira questão já está respondida: o 246 escrito por baixo de 615 pode ler-se duzentos e
quarenta e seis dezenas ou duas mil, quatrocentas e sessenta unidades.

1.2. Multiplicação e Divisão pelo método egípcio. O Paphiro de Rhind.


Ao longo dos tempos, diferentes povos, em diferentes lugares, desenvolveram variadas técnicas
para multiplicar. Os egípcios da Antiguidade, por exemplo, criaram um interessante processo
usando duplicações sucessivas. Duplicar é dobrar, isto é, multiplicar por dois. Para expor o
processo começaremos com alguns exemplos simples (embora conhecendo a numeração egípcia
que veremos mais tarde, no capitulo a seguir, nos exemplos apresentados utilizaremos o nosso
sistema de numeração para facilitar a compreensão do método).
O carácter aditivo da numeração usada pelos egípcios, reflecte-se nos processos de cálculo que
eles desenvolveram. Isto fica evidenciado no método que vimos: para multiplicar, depois das
multiplicações sucessivas, faz-se uma adição.
Em qualquer sistema de numeração, as regras usadas para escrever os números influenciam as
técnicas de cálculo. O processo egípcio talvez explique a origem da palavra multiplicar na língua
latina: “multi” quer dizer vários e “plicare” significa dobrar. Assim, multiplicar é dobrar várias
vezes.
Trata-se de uma forma peculiar de se efectuar as multiplicações, que mais parece um truque, pois,
numa fase posterior, reflectirmos sobre a veracidade do método e a razão pela qual ele funciona!
Comecemos por observar um exemplo:
Este método para multiplicar dois números é através de uma técnica não mais difícil do que somar,
multiplicar e dividir por dois.
Escrevem-se, um ao lado do outro, dois números, (na notação decimal).
Em linhas consecutivas, multiplica-se o número da direita por dois e divide-se o da esquerda por
dois, ignorando-se as fracções (metade de 11 deve ser considerado 5 e não 5,5). Então, riscam-se
as linhas em que o número da esquerda é par e soma-se tudo o que sobrou na coluna da direita. O
total será o produto procurado.
Para fazer a multiplicação, pelo método egípcio, utilizamos duas colunas. Por exemplo, para
multiplicar 41  13, numa das colunas colocamos duplicações de um dos factores (13) e noutra as
metades sucessivas do outro factor (41) de tal maneira que para cada dobro de um dos factores
corresponda a uma metade do outro factor.
Depois riscam-se os dobbros correspondentes às metades pares e somam-se os dobros
correspondentes às metades ímpares, e essa soma é o resultado da multiplicação:
41 13 41÷2 = 20,5, considera-se o inteiro 20
20 26
10 52
5 104 5÷2 = 2,5, considera-se o inteiro 2
2 208
1 416

De seguida, riscamos os dobros de 13 cujas metades são pares:


41 13
20 26
10 52 E somando o resto dos dobros:
5 104 13+104+416 = 533
2 208
1 416

Este método “funciona”, vejamos no caso deste exemplo, o porque:


Há mais ou menos 3.600 anos, o faraó do Egipto tinha um súbdito chamado Aahmesu, cujo nome
significa “Filho da Lua”. Aahmesu ou Ahmes ocupava na sociedade egípcia uma posição muito
mais humilde que a do faraó: provavelmente era um escriba.
Hoje Ahmes é mais conhecido do que muitos faraós e reis do Antigo Egipto. Entre os cientistas,
ele é chamado de Ahmes. Foi ele quem escreveu o Paphiro Ahmes (conhecido como papiro de
Rynd). Quase tudo o que sabemos sobre a Matemática dos antigos egípcios se baseia em dois
grandes papiros: o Paphiro de Ahmes e o Papiro de Moscou. O primeiro foi escrito por volta de
1.650 a.C. e tem aproximadamente 5,5 m de comprimento e 32 cm de largura. Foi comprado por
um antigo coleccionador escocês chamado Henry Rhind. Por isso é conhecido também como
Papiro de Rhind.
O paphiro de Ahmes é um antigo manual de Matemática. Contém 80 problemas, todos resolvidos,
a maioria envolvendo assuntos do dia-a-dia, como o preço do pão, a armazenagem de grãos de
trigo, a alimentação do gado.
Observando e estudando como eram efectuados os cálculos no
Paphiro de Ahmes, não foi difícil aos cientistas compreender o sistema de numeração egípcio.
Além disso, a decifração dos hieróglifos – inscrições sagradas das tumbas e monumentos do Egipto
– no século XVIII também foi muito útil.

A Divisão Egípcia
A divisão Egípcia é um pouco diferente da multiplicação, também é utilizada uma tabela com duas
colunas, na primeira coluna colocamos duplicações a partir do um, e na segunda coluna
duplicações a partir do divisor, e não tem necessidade de passar do valor do dividendo, por
exemplo:
1 7 308÷7
2 14 Primeira coluna: duplicação a partir do 1.
4 28 Segunda coluna: duplicação a partir do divisor 7 até o 224, pois o próximo número
8 56 seria 448, que é maior que 308, e não seria necessário.
16 112 Resultado: a soma dos correspondentes da segunda coluna, que somam 308, são: 28,56
32 224 e 224, sobre a primeira coluna, assim:
308 ÷ 7 = 4 + 8 + 32 = 44
E se a divisão não for exacta?
Nesse caso, efectue a divisão normalmente conforme visto acima, depois com o resto, faça o
mesmo procedimento, vamos fazer 364 ÷ 9 como exemplo:
1 9 364 ÷ 9
2 18Primeira coluna: duplicação a partir do 1.
Segunda coluna: duplicação a partir do divisor 9 até o 288, pois o próximo número
4 36 seria 448, que não é necessário, pois ultrapassa o 364.
8 72 Perceba que não há como conseguir com as combinações da segunda coluna, o número
364, o mais próximo que se obtém é 360, com 288 e 72, e faltam 4, que é o resto O
16 144 resultado da divisão é só somar os correspondentes, assim:
32 288 364 ÷ 9 = 8 + 32 = 40, Resto: 4

Para continuar a divisão é só fazer o mesmo procedimento utilizando o resto, multiplicado por dez,
como dividendo, ou seja, o quarenta, e não há necessidade de fazer outra tabela, olhando na mesma
tabela, a combinação que se aproxima do 40, é o 36 e seu correspondente na primeira coluna, é o
quatro, assim:

1 9 40 ÷ 9 = 4, Resto: 4
2 18
4 36 Veja que o resto novamente é quatro, então se fizermos novamente, o resto será sempre
8 72 quatro, assim cairemos numa dízima periódica, 364÷9 = 40,444...
16 144
32 288
1.3. Multiplicação chinesa
Há evidencias na História da Matemática de que na China havia sido inventado um método de
multiplicação, por volta de 1500 a. C. Este método consistia no seguinte: Vamos multiplicar 35 por
72. Faz-se uma tabela em que se dispõem os factores em operação, sendo um em cima e outro por
baixo da tabela, assim:

3 5

7 2

Em seguida, multiplica-se cada algarismo do factor de baixo por cada algarismo do de cima e
colocam-se os resultados de baixo para cima na tabela, como se segue:

3 5
2 1 1º) 2×5 = 10
3 5 2º) 2×3 = 6
6 3º) 7×5 = 35
1 0 4º) 7×3 = 21
7 2

Por último, soma-se os resultados parciais:

3 5
2 1
3 5
6
1 0
2 5 2 0 Portanto: 35×72 = 2520
7 2
Analise este método: tente justificá-lo. Compare-o com o método que aprendeste na Escola
primaria e tire as tuas conclusões.

1.4. Multiplicação pelos dedos


Na Europa e nos países árabes há relatos de um curioso processo para fazer multiplicações com os
dedos das mãos. Este método era usado, até pouco tempo, por camponeses de uma região da
França. Eles sabiam de cor a tabuada até a do 5 e, para multiplicar números compreendidos entre
5 e 10, como por exemplo, 6×9 ou 7×8, usavam seus dedos.
Vejamos como faziam para obter, por exemplo, 6×8.
Numas das mãos, abaixamos tantos dedos quantas unidades o 6 passa de 5; portanto abaixamos 1
dedo.

Na outra mão, abaixamos tantos dedos quantas unidades o 8 passa de 5; portanto abaixamos 3
dedos.

Somamos o número de dedos abaixados, exprimindo a soma em dezenas. No nosso caso temos 1
+ 3 = 4 dezenas, isto é, 40 unidades.

A seguir multiplicamos os números de dedos levantados: 4 × 2 = 8 unidades.

Para obter o resultado final, somamos os valores encontrados: 40 + 8 = 48


De facto: 6×8 = 48.
Embora, para nós, este procedimento possa não ser prático, ele é, sem dúvida, curioso.
A validade do método de multiplicação pelos dedos pode ser justificado algebricamente do
seguinte modo:
Sejam dois números p e q tais que 5  p, q  10
Ao calcular p  q , juntam-se p  5 dedos na mão esquerda e ficam 10  p dedos. Na mão direita
juntam-se q  5 dedos e sobram 10  q dedos. A soma dos dedos da mão esquerda com os dedos
da mão direita representa as dezenas, ou seja, 10  ( p  5  q  5) . A este resultado adiciona-se o
produto dos dedos que sobram de ambas as mãos, ou seja, (10  p)  (10  q) . Assim, o resultado é,
10  ( p  5  q  5)  (10  p)  (10  q)
Ou seja, 10  p  50  10  q  50  100 10  q 10  p  p  q  p  q
Trata-se de um método simples de usar os dedos para calcular o produto de qualquer par de
números compreendidos entre 5 e 10 que foi extensivamente usado durante o Renascimento, e
ainda hoje é utilizado em certas zonas rurais da Europa e da Rússia.
Use-o para obter, por exemplo, 7×8, 6×7, 7×9 e 6×9. Verifique que o método também vale para
os factores 5 e 10, que são os extremos do intervalo em que o processo pode ser usado.

1.5. Multiplicação e divisão pelo Método Indiano de Riscar / Apagar

Multiplicação:
O método de riscar ou de apagar tem as suas origens na Índia e funciona da seguinte maneira.
Vamos multiplicar, por exemplo 57 por 34:
Dispõe-se os factores assim:
57
34
Multiplicar 3×5 = 15. Riscar o 3 na posição inicial e colocar na posição seguinte:

1 5 5 7
3 4
3

Multiplicar 4×5 = 20: (0 vão 2, riscar o 5 e escrever o 0; 2+5 = 7, riscar o 5 e escrever o 7). Riscar
o 4 na posição inicial e colocar na posição seguinte:
7 0
1 5 5 7
3 4 4
3

Multiplicar 3×7 = 21: (1 vão 2, riscar o 0 e escrever o 1; 2+7 = 9, riscar o 7 e escrever o 9). Riscar
o 3.

9 1
7 0
1 5 5 7
3 4 4
3
Multiplicar 4×7 = 28: (8 vão 2, riscar o 7 e escrever o 8; 2+1 = 3, riscar o 1 e escrever o 3). Riscar
o 4. Os algarismos que ficaram por cima e que não foram riscados, dispostos nessa ordem, são o
resultado:
3
9 1
7 0 8
1 5 5 7
3 4 4
3
Portanto: 57×34 = 1938

Para o método de apagar, procede-se de igual maneira. Só que, no lugar de se riscar, apaga-se o
algarismo, no fim ficamos apenas com o resultado.

Divisão:
Vamos dividir, por exemplo, 25207 por 73.
Dispor o dividendo e o divisor como se segue:

73 25207

Dividir 252 ÷ 73 = 3 → 3×73 = 219 → 252 – 219 = 33 riscando 252 e 219 e escrever 33:

3 3
73 2 5 2 0 7 3
2 1 9

Dividir 330 ÷ 73 = 4 → 4×73 = 292 → 330 – 292 = 38 riscando 330 e 292 e escrever 38:

3
3 3 3 3 8
73 2 5 2 0 7 34 Depois 73 2 5 2 0 7 34
2 1 9 2 2 1 9 2
2 9 2 9

Dividir 387 ÷ 73 = 5 → 5×73 = 365 → 387 – 365 = 22 riscando 387 e 365 e escrever 22:
Como 22 não chega para dividir por 73 (22 <73), a divisão termina.

3 3 2
3 3 8 3 3 8 2
73 2 5 2 0 7 345 73 2 5 2 0 7 345
2 1 9 2 5 Depois 2 1 9 2 5
2 9 6 2 9 6
3 3

Portanto: 25207÷73 = 345, resto 22


1.6. Multiplicação em Gelosia
O algoritmo para multiplicar, que apresentaremos a seguir, era usado pelos árabes que,
provavelmente, o aprenderam com os hindus.
Ele aparece num manuscrito italiano, em 1478 d. C., num dos livros de Aritmética da Europa, com
o nome “Trevesso Arithmetico”.
É fácil ver que ele é bastante parecido com o que usamos hoje. É chamado Gelosia ou método da
grade:
Por exemplo, a multiplicação de 185 por 14 é apresentada da seguinte forma:

Para compreender o processo vamos apresentá-lo passo a passo.


 Desenhamos um rectângulo dividido em rectângulos menores. Em nosso exemplo temos 2
fileiras e 3 colunas de quadradinhos rectângulos porque 14 tem 2 algarismos e 185 tem 3
algarismos.

 Traçamos diagonais dos quadradinhos rectângulos, como mostra a figura, obtendo esta
grade.

 A seguir multiplicamos os algarismos de um factor pelos algarismos do outro factor e


registramos os resultados na grade. Observe a maneira de fazer o registo.
 Agora, neste último passo, somamos os algarismos que estão numa mesma faixa diagonal.
É preciso observar o "vai um".

Para compreender o funcionamento dessa técnica, procure compará-la com o nosso modo de
multiplicar.

A seguir mais dois exemplos:


O método da Gelosia, ou indiano – árabe, é muito antigo e talvez tenha surgido na Índia, pois
aparece em muitos trabalhos confeccionados naquela região. Da Índia, sua trajectória seguiu por
trabalhos chineses, árabes e persas. Sendo dos árabes um de seus métodos favoritos, através dos
quais seguiu para a Europa Ocidental.
A simplicidade de sua aplicação poderia se ter estendido até hoje – e ser de acesso comum a todos nós! Entretanto,
como exige a inscrição de linhas e grades isso torna o processo menos prático (em comparação com a disposição
numérica que utilizamos desde sempre na escola).

Exercícios e Problemas de Reflexão.

1. Multiplique pelos “dedos”: 7 x 9, 6 x 8, 9 x 5.

2. A multiplicação pelos “dedos” é comutativa? Justifique a resposta.

3. Justifique o método da multiplicação pelos “dedos”.


a) Este método é sempre válido? Se não, quais são as suas limitações?

4. Se o homem tivesse duas mãos de sete dedos cada, em vez de duas de cinco dedos, como seria a
multiplicação pelos “dedos”? Justifique algebricamente o método proposto.
a) E se tivesse duas mãos de apenas dois dedos cada? Justifique algebricamente o método proposto.

5. Se o homem tivesse três mãos de sete dedos cada, em vez de duas de cinco dedos, como seria a
multiplicação pelos “dedos”?

6. Diga onde, quando e por quem foi descoberto o método africano de multiplicação.
a) Entre este método e o método de multiplicação que se aprende na escola primária, qual é o mais
fácil e prático? Porquê?
b) Sobre esta questão apresentada em a), o que poderiam responder os alunos naquela altura?

7. Usando o antigo método africano, calcule:


a) 35 x 66 c) 77 x 42 e) 53 x 123 g) 321 x 452
b) 66 x 35 d) 42 x 77 f) 158 x 262 h) 4352 x 6785

8. Explique a essência do método africano de multiplicação. Justifique-o.


a) Em que manuscritos antigos foi encontrado este método? Quem é o autor destes manuscritos?
b) Quem inventou este método?

9. Calcule pelo antigo método africano (verifique os resultados):


a) 493÷17 c) 3285÷45 e) 128÷11 g) 2218÷35
b) 448÷28 d) 3285÷73 f) 1495÷55 h) 1123÷21

10. Justifique o método africano de divisão.

11. Calcule pelo antigo método chinês:


a) 59 x 7 c) 27 x 53 e) 127 x 143 g) 5470 x 67584
b) 7 x 59 d) 53 x 27 f) 4528 x 327

12. Justifique o método chinês de multiplicação.

13. Multiplique pelo método indiano de riscar (verifique os resultados):


a) 8 x 27 c) 311 x 46 e) 212 x 425 g) 92098 x 2343
b) 9 x 347 d) 46 x 311 f) 4528 x 327

14. Multiplique usando o método indiano de apagar:


a) 8 x 27 c) 311 x 46 e) 518 x 275 g) 23455 x 7235
b) 9 x 348 d) 49 x 311 f) 4528 x 327

15. Justifique o método indiano de multiplicação.

16. Calcule pelo método indiano de riscar (verifique os resultados):


a) 222÷6 c) 437÷23 e) 159721÷21
b) 468÷19 d) 9312÷321 f) 217529÷315

17. Calcule pelo método indiano de apagar (verifique os resultados):


a) 222÷6 c) 437÷23 e) 159721÷21
b) 468÷19 d) 9312÷321 f) 217529÷315

18. Justifique o método indiano de divisão.

19. Calcule pelo método de multiplicação em gelosia (indiano-árabe). Verifique os resultados:


a) 37 x 48 c) 137 x 178 e) 4722
b) 178 x 137 d) 245 x 192

20. Justifique o método de multiplicação em gelosia.


a) Donde aparece este método? Porque é conhecido por este nome “gelosia”?
b) Em que manuscrito foi encontrado este método? Quando?

21. Donde aparece o método que se aprende na escola primária?


a) Com que método de multiplicação mais se assemelha este método?

22. Para cada método de multiplicação, indique que tipo de informação deve estar na memória da pessoa
que o utiliza, quais os conhecimentos necessários e quais os instrumentos de trabalho?

23. Para cada método de divisão, indique que tipo de informação deve estar na memória da pessoa que o
utiliza, quais os conhecimentos necessários e quais os instrumentos de trabalho?

24. Compare o método de multiplicação em gelosia com o método que aprendeu na escola primária.

25. Explique como chegou a Moçambique, desde a sua origem, o método de multiplicação que aprendeu
na escola primária.

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