EBook GV2024

E-
GUIA DE
BO
O
VINHOS
ESPECIAL
Vinhos Tintos
do Douro
ESPECIAL
2024
ESPUMANTES
43
VINHOS
INSTRUÇÕES DE NAVEGAÇÃO
ÍNDICE GERAL
A ÍNDICE ALFABÉTICO
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GUIA DE VINHOS 2024
Estudos de mercado: Susana Costa Nunes

Textos técnicos: Nuno Lima Dias
Cantinho do especialista (dossiê técnico): Dulce Ricardo
e Rodolfo Tristão
Colaboraram nesta edição: José Dias e Paula Pires
Fotografias:
• Félix Cabello – imidra (pp. 27, 33)
• Inês Lourinho (p. 46)
• João Ribeiro (pp. 11-18, 99-101, 104-158, 160-235,
262-263, 266-274, 276-289)
• Jorge Simão (pp. 9, 10 - agradecimentos ao Município
de Oeiras, pela cedência do espaço)
• iStock (as restantes, incluindo a capa)
Infografias: Alexandra Lemos, Euroconsumers,
Altroconsumo, Inspirart
Projeto gráfico e paginação: Alexandra Lemos
Capa: Alexandra Lemos e Nuno Semedo
Formato digital: Cécile Rodrigues e Cláudia Ferreira
Revisão editorial: Ana Cristina Câmara
Redação e coordenação editorial: Cécile Rodrigues
Diretora e editora de publicações: Cláudia Maia
© 2023 DECO PROTESTE, Lda.

Todos os direitos reservados por:
DECO PROTeste, Editores, Lda.
Av. Eng. Arantes e Oliveira, 13,
1900-221 LISBOA Tel. 218 410 800
(rede fixa, ao custo de chamada local)
Correio eletrónico: [email protected]
1.ª edição: agosto de 2023
Depósito legal n.º 248340/06

ISBN 978-989-737-168-4
Impressão:
Printer Portuguesa
Esta publicação não pode, no seu todo

ou em parte, ser reproduzida nem transmitida
por qualquer forma ou processo, eletrónico,
mecânico ou fotográfico, incluindo fotocópia
ou gravação, sem autorização prévia
e escrita da editora.
A
Prefácio
Lançado há 21 anos, o Guia de vinhos da DECO PROTESTE dis-
tingue-se das publicações neste setor por ser a única a submeter,
anualmente, mais de 300 vinhos a análises químicas e provas "ce-
gas" efetuadas por um painel de profissionais. Destaca-se, tam-
bém, por selecionar os vinhos com base em estudos de mercado,
tendo em conta a representatividade das marcas e a disponibilida-
de das colheitas. Todas as garrafas são adquiridas anonimamente
nas lojas, como qualquer consumidor faria, rejeitando-se ofertas.
Para indicar uma franja de preços para cada vinho, são recolhidos
milhares de preços em lojas físicas e online em todo o País. Em
suma, esta obra distingue-se, acima de tudo, pelo rigor e pela inde-
pendência da informação, mas também pela proximidade com os
consumidores, ao revelar as melhores escolhas ao melhor preço na
sua zona de residência. A par dos testes, este guia engloba informa-
ção para quem procura saber mais sobre vinho. E evolui ao sabor
dos tempos e dos interesses dos subscritores, que revelaram, num
inquérito recente, ter curiosidade por iguarias ligadas aos vinhos.
• Na primeira parte do guia, o Cantinho do especialista aborda,

por isso, queijos tradicionais portugueses e explica como compor
uma tábua de queijos e quais os néctares que melhor harmoni-
zam, segundo a vasta experiência do escanção Rodolfo Tristão.
Os capítulos seguintes incluem informações genéricas sobre
vinho, desde a videira a algumas castas comuns em Portugal e
modos de produção, além de notas sobre rotulagem, certificação,
conservação, serviço, etc. Os dados da produção e do consumo de
vinho cá dentro e lá fora são também atualizados.
• A segunda parte, por sua vez, expõe os resultados do teste a

107 vinhos brancos e 150 tintos de todo o País, e indica os me-
dalhados com os títulos de Melhor do Teste e Escolha Acertada.
• Já a terceira parte é dedicada aos vinhos espumantes. Depois

de informações sobre a origem e dados de produção, descubra
os resultados e os nomeados de entre os 43 vinhos espumantes
brancos meio-secos e brutos testados.
• No final do guia, veja todas as vantagens associadas à subscri-

ção do seu Guia de vinhos e o índice alfabético de todos os vinhos
testados. Este permite localizar facilmente os vinhos por marca.
A
Índice
PA RT E 1
SABER MAIS SOBRE O VINHO 7

Capítulo 1 Cantinho do especialista 9
Capítulo 2 Da vinha ao copo 21
Capítulo 3 Portugal vinícola 47
Capítulo 4 O vinho à mesa 61
PA RT E 2
VINHOS BRANCOS E TINTOS 86

Capítulo 1 O teste à lupa 89
Capítulo 2 Resultados dos vinhos brancos 103
Capítulo 3 Resultados dos vinhos tintos 159
STAD
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257
H
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43 E
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DOS
PA RT E 3
DOSSIÊ:
VINHOS ESPUMANTES 236
Capítulo 1 A origem e a produção 239
Capítulo 2 Resultados do teste 255
Capítulo 3 Espumantes meio‑secos 265
Capítulo 4 Espumantes brutos 275
PA RT E 4
ANEXOS 291
Vantagens para os subscritores 292
Lojas aderentes 298
Índice alfabético dos vinhos testados 300
A
A
PARTE 1
SABER MAIS
SOBRE O
VINHO
A
A
CAPÍTULO 1
CANTINHO DO
ESPECIALISTA:
HARMONIZAR
QUEIJOS
E VINHOS
A
SAB E R MAIS SOB RE O VIN H O PA RT E 1
Num convívio entre amigos e/ou familiares, ou até mais formal,

uma tábua de queijos e um bom vinho formam um irresistível
festim de sabores. Queijo e vinho compõem, aliás, uma marida-
gem de sucesso na história da gastronomia. Nesta edição, dado
o interesse de cerca de 75% dos subscritores do Guia de vinhos
da DECO PROTESTE, dedicamos o Cantinho do especialista ao
suculento mundo dos queijos.
Saiba como conservar e servir os vários tipos de queijo e, tam-

bém, como escolhê-los para compor uma tábua. Para os verdadei-
ros apreciadores desta iguaria, a escolha não é fácil, pois há para
todos os gostos: frescos ou curados, amanteigados ou de pasta
dura, com sabores suaves ou intensos, e até picantes. Certo é que
o nosso país, apesar de pequeno, produz uma grande variedade
de queijos de elevada qualidade, artesanais e certificados, mas
não só. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, em 2021,
produzimos cerca de 89 mil toneladas de queijo. Nesse mesmo
ano, o consumo anual por habitante rondou 14 quilos, em média.
Para uma experiência gastronómica rica em sabores, Rodolfo

Tristão, o sommelier que colabora com a DECO PROTESTE, revela
os néctares que melhor harmonizam com cada tipo de queijo.
GUIA DE VINHOS 2024 10

A
CA NTIN HO D O E SP E CIAL ISTA CA P Í T U LO 1
Que vinhos servir com

os 15 queijos DOP
Organizar um convívio à volta de uma tábua de queijos e de copo
na mão é uma oportunidade para conhecer e dar a conhecer um
pouco mais da riqueza dos queijos tradicionais portugueses.
Conheça as características dos 15 queijos com Denominação de

Origem Protegida (DOP) confecionados de norte a sul do País e
nas Ilhas, e os preços respetivos, com base numa recolha de pre-
ços online, realizada em junho de 2023, nas principais cadeias de
supermercado. Alguns queijos são difíceis de encontrar (ou não
se encontram mesmo) fora do comércio local ou de lojas espe-
cializadas. Aliás, o Requeijão da Beira Baixa DOP e o Queijo do
Pico DOP não estavam disponíveis aquando da recolha de preços,
pelo que não é possível indicar quanto custam. O Queijo Rabaçal
DOP, por sua vez, só estava à venda num supermercado visitado.
Os queijos com Denominação de

Origem Protegida (DOP) estão
identificados com este selo.
Significa que foram elaborados
numa área geográfica delimitada,
segundo métodos tradicionais
reconhecidos e controlados.
A escolha do vinho ideal para acompanhar queijos depende

sobretudo do perfil do queijo, realça Rodolfo Tristão.
OS QUEIJOS SUAVES ligam melhor com néctares leves e

frescos que realçam o seu sabor, como os vinhos brancos da re-
gião do Vinho Verde (em particular das castas Loureiro e Avesso)
ou da região de Lisboa. Saiba quais os melhores vinhos testados
de cada região no livro de bolso incluído no seu Guia de vinhos.

A
OS QUEIJOS MAIS GORDOS pedem vinhos que “cortem” a

sua untuosidade e sabor mais intenso. Os brancos do Dão, de pre-
ferência com a casta Encruzado, são uma boa aposta. Se preferir
um tinto, escolha um da Península de Setúbal, com a casta Cas-
telão. Rodolfo Tristão também aconselha espumantes, pela sua
frescura. Se servir estes queijos à sobremesa, ouse contrastá-los
com um vinho generoso, como Moscatel de Setúbal, bem fresco.
OS QUEIJOS MAIS FORTES, SALGADOS E/OU

PICANTES ligam melhor com vinhos maduros, frutados e com
alguma doçura, para equilibrar os sabores, explica o escanção.
Os brancos da Bairrada ou dos Açores – da Ilha do Pico (da cas-
ta Arinto dos Açores) ou da Terceira – são boas apostas, pois a
salinidade destes néctares harmoniza bem com os queijos mais
picantes da região. Caso prefira um tinto, os vinhos de talha do
Alentejo, pelos seus sabores mais frescos, resultam numa agradá-
vel combinação. Para um maior contraste, sirva-os com néctares
mais doces, como Vinho do Porto, da Madeira ou de Carcavelos.
Veja agora os vinhos que Rodolfo Tristão recomenda servir com

cada um dos 15 queijos DOP, para uma harmonização perfeita.
QUEIJO DE CABRA TRANSMONTANO

PREÇO POR QUILO 18,77 – 18,83 €
É um queijo de cabra curado, de pasta extradura, uniforme e de

cor branca. Submetido a uma cura mínima de 60 dias, liberta um
aroma e um sabor intensos, sendo ligeiramente picante.
Para contrastar com o sabor intenso deste queijo, Rodolfo

Tristão recomenda um vinho branco da região do Douro ou
do Dão, ou um tinto de Trás‑os‑Montes.
QUEIJO TERRINCHO
Este queijo de ovelha curado apresenta uma pasta semidura a

dura, de cor branca a amarelada. O queijo Terrincho Velho é
submetido a uma cura mais prolongada. A sua pasta é mais dura,
e o sabor mais intenso e salgado.

A
Os vinhos brancos da região

da Bairrada e os vinhos palhete
ou clarete (que resultam da
curtimenta parcial de uvas tintas
ou da curtimenta conjunta de uvas
tintas e brancas) da Beira Interior
são os mais indicados, pois ajudam a
suavizar a intensidade deste queijo.
Caso prefira um tinto, escolha um
do Dão, com as casta Alfrocheiro ou
Aragonez (Tinta‑Roriz).
QUEIJO AMARELO DA BEIRA BAIXA

Produzido com leite cru de ovelha ou uma mistura de ovelha e

cabra, este queijo de pasta semidura ou semimole amarelada tem
um odor e um sabor intensos, levemente acidulados.
Os espumantes da região de Távora‑Varosa (veja a Parte 3)

ou os vinhos do Porto Tawny combinam na perfeição com
o sabor intenso e acidulado deste queijo. Caso prefira vinho,
escolha um branco da região do Douro ou um tinto da casta
Touriga‑Nacional da região do Dão. Para uma escolha mais
ousada, opte por um rosé da Bairrada, pela sua acidez e frescura.
QUEIJO DE CASTELO BRANCO

Feito com leite cru de ovelha, é um

produto curado, com um tom amarelado e
uma consistência semimole ou semidura,
com alguma acidez. Os queijos com uma
cura mais prolongada têm uma pasta dura
ou extradura, e um sabor mais persistente
e picante.
Para contrastar com o sabor intenso e picante deste

queijo, prefira vinhos brancos da região do Tejo, da casta
Fernão‑Pires. Os rosés de Lisboa são também boas escolhas,

A
pela sua frescura e acidez. Caso prefira um tinto, privilegie a

leveza dos da Beira Interior da casta Rufete, ou da Bairrada com
a casta Poeirinho.
QUEIJO PICANTE DA BEIRA BAIXA

Dependendo do processo de
fabrico, este queijo curado tem uma
pasta semidura a dura, e uma cor
branca‑acinzentada. Produzido com
leite cru de ovelha e de cabra, tem
um aroma intenso e sabor picante.
Para suavizar e contrastar,

Rodolfo Tristão recomenda que
o acompanhe com um vinho branco
do Dão ou um tinto da casta Rufete da Beira Interior. Para maior
contraste e doçura, ouse servir com um vinho generoso, da
Madeira, por exemplo.
QUEIJO RABAÇAL
PREÇO POR QUILO 21,57 €
Feito a partir de uma mistura de leite de ovelha e cabra,

apresenta uma pasta semidura a dura com aromas intensos,
fruto de uma variedade de tomilho bastante aromática dos
pastos da região. Tem um sabor rico, untuoso e persistente.
A acidez dos Vinhos Verdes, em particular da casta Alvarinho,

e dos vinhos brancos do Algarve, da casta Crato, é ideal para
cortar a untuosidade deste queijo. Caso prefira tinto, opte por um
da casta Castelão de Lisboa ou da Península de Setúbal.
QUEIJO SERRA DA ESTRELA

Queijo curado feito com leite cru de ovelha, com uma pasta
semimole cremosa e amanteigada, de cor branca amarelada.

A
O sabor é delicado e suave. O Serra da

Estrela Velho, pelo contrário, tem uma
pasta semidura a extradura, mais
alaranjada, e um sabor mais intenso.
Para complementar o salgado e a

intensidade do queijo, os vinhos
brancos da Bairrada, onde predominem
as castas Maria‑Gomes e Cercial, e os
vinhos brancos de curtimenta (em que
o sumo das uvas fica em contacto com as películas e partes
sólidas dos bagos, para ganharem aromas, sabores e mais
estrutura) do Dão combinam na perfeição, devido à sua acidez
e estrutura. Nos tintos, opte por vinhos suaves e elegantes do
Alentejo onde a casta Trincadeira esteja presente.
REQUEIJÃO DA BEIRA BAIXA

PREÇO não disponível aquando da recolha de preços
Produzido com o soro do leite obtido a partir do fabrico dos

queijos da Beira Baixa, sendo também permitido adicionar uma
pequena porção de leite cru de ovelha ou cabra, este produto
fresco, de textura macia e granulosa, é fácil de fatiar e barrar.
O seu sabor agradável é ligeiramente adocicado.
Os vinhos brancos leves de Lisboa e do Tejo são escolhas

frescas para este queijo suave. Os espumantes de
Távora‑Varosa, frescos e frutados, também combinam bem. Em
relação aos tintos, os palhetes (obtidos da curtimenta parcial de
uvas tintas ou da curtimenta conjunta de uvas tintas e brancas)
são escolhas acertadas. Procure um da região de Lisboa.
REQUEIJÃO SERRA DA ESTRELA

PREÇO POR QUILO 10,30 €
É confecionado com o soro do leite

resultante do fabrico do Queijo Serra da
Estrela, ao qual se pode adicionar leite cru,
geralmente de ovelha e, por vezes, de
cabra. De textura cremosa a ligeiramente

A
granulosa, macia e uniforme, este requeijão tem um sabor

delicado, que funde na boca.
Os vinhos brancos suaves da região do Dão ou da Beira

Interior são boas opções, em particular os monocastas
Fonte‑Cal ou Síria. Os tintos de regiões atlânticas também
combinam bem, como os tintos do Algarve, da casta
Negra‑Mole.
QUEIJO DE AZEITÃO
Produzido com leite cru de ovelha, é um queijo curado, de pasta

semimole e amanteigada, de cor branca ou ligeiramente
amarelada. O sabor é algo picante, destacando‑se um misto de
ácido e salgado.
O sabor levemente picante deste queijo casa na perfeição

com vinhos brancos da Península de Setúbal. Os vinhos
tintos do Algarve, da casta Negra‑Mole, também são uma boa
aposta.
QUEIJO DE ÉVORA
Fabricado com leite cru de ovelha, é um

queijo curado que apresenta uma pasta
de consistência dura ou semidura, de cor
amarelada. Detém um sabor e um aroma
característicos, sendo ligeiramente picante
e, simultaneamente, salgado e ácido. Estas
características são mais acentuadas nos
queijos com uma cura mais prolongada
e pasta dura.
Os vinhos brancos da casta Antão‑Vaz da região do Alentejo

são a melhor escolha para contrastar com o sabor intenso e
ligeiramente picante deste queijo. Caso não prescinda de vinho
tinto, aposte num que seja fresco e suave, como, por exemplo,
um vinho de talha do Alentejo.

A
QUEIJO DE NISA
Feito de leite cru de ovelha, este queijo

curado, de pasta semidura branca‑amarelada,
apresenta um aroma e um sabor
pronunciados, e é levemente acidulado.
O sabor intenso e a ligeira acidez ligam

bem com vinhos brancos do Alentejo, de
zonas mais elevadas, de Estremoz e Portalegre, por exemplo. Os
tintos mais frutados, produzidos em regiões quentes, como na
região de Lisboa, por exemplo, são também um boa aposta.
QUEIJO DE SERPA
A pasta deste queijo curado feito com leite

cru de ovelha varia de amanteigada a dura,
dependendo do tempo de maturação. O
aroma e o sabor tendem a ser intensos, com
predominância para o picante.
Os néctares com mais estrutura e acidez

contrastam melhor com sabores fortes e
picantes. Os brancos dos Açores da casta Verdelho são, por isso,
uma boa aposta. Os tintos da casta Moreto e os vinhos de talha
do Alentejo também harmonizam bem.
QUEIJO DO PICO
PREÇO não disponível aquando da recolha de preços
Obtido a partir de leite cru de vaca, este queijo curado, de pasta

semimole amanteigada, de cor branca‑amarelada, tem um aroma
intenso e um sabor acidulado e salgado.
Os vinhos brancos dos Açores, da Ilha Graciosa ou da

Terceira, harmonizam melhor com a acidez e o salgado. Os
brancos da casta Alvarinho e os tintos de Colares, onde impera a
casta Ramisco, também são boas escolhas.

A
QUEIJO SÃO JORGE

PREÇO POR QUILO (4 MESES) 13,17 – 21,60 €
PREÇO POR QUILO (7 MESES) 16 – 34,90 €
PREÇO POR QUILO (12 MESES) 19,80 – 26,32 €
Ao contrário da maioria dos

queijos DOP, este queijo
curado é fabricado com leite
cru de vaca. De pasta dura ou
semidura, de cor amarelada,
liberta um sabor forte e
levemente picante, devido ao
tipo de vegetação típica da
Ilha de São Jorge (Açores), de
onde é originário. Os queijos de cura mais prolongada têm uma
textura quebradiça e um sabor mais intenso.
O sabor intenso e algo picante deste queijo pede vinhos

equilibrados, aromáticos e frescos. Combina na perfeição
com vinho branco da Ilha do Pico. Para um maior contraste, sirva
com um vinho licoroso também desta ilha açoriana.
Como compor uma

tábua de queijos
Agora que já conhece alguns dos melhores queijos tradicionais
que se produzem no nosso país, saiba como compor e servir uma
tábua de queijos. Antes de mais, apesar de se chamar tábua de
queijos, não tem necessariamente de usar um suporte de madei-
ra. Também pode dispor os queijos sobre um prato de vidro ou
cerâmica ou, ainda, sobre uma base de ardósia.
Corte os queijos e, se o formato da tábua permitir, disponha os

de sabor mais suave (como requeijão ou queijo fresco) no exterior,
reservando o centro para os mais intensos ou picantes (Queijo
São Jorge, de Castelo Branco ou Picante da Beira Baixa, por exem-
plo). Desta forma, convida‑se a provar os queijos mais suaves no
início, antes de passar para os mais fortes, para que estes últimos
não alterem o sabor dos primeiros.

A
COMO GUARDAR E SERVIR QUEIJO

Os queijos devem ser guardados bem embalados e em caixas
herméticas no frigorífico. Retire‑os do frio 30 a 60 minutos antes
de consumir, para retomarem a textura e o sabor originais.
TEMPERATURA DE CONSERVAÇÃO
Desde as compras até chegar a casa, evite expor
os queijos à temperatura ambiente, sob pena de
comprometer a sua vida útil.
Em casa, guarde‑os logo no frigorífico, nas zonas
menos frias, como a porta, a gaveta dos legumes ou a
prateleira mesmo por cima desta.
A temperatura ideal de conservação depende do tipo
de queijo: no máximo, 8ºC para os queijos frescos;
e até 12ºC, para queijos de pasta mais dura. Siga as
recomendações indicadas no rótulo, no caso de
produtos pré‑embalados.
EMBALADOS E EM CAIXAS HERMÉTICAS

A superfície cortada dos queijos deve ser protegida
com papel vegetal ou película aderente, sem bolhas
nem rasgões. Os queijos duros e semiduros podem ser
cobertos com um pano. Deve evitar‑se a exposição
à humidade, para minimizar a formação de bolores.
Coloque o queijo embalado numa caixa hermética,
para não ganhar odores estranhos nem deixar que
o seu aroma se espalhe no interior do frigorífico.
NA HORA DE CONSUMIR
Retire os queijos do frigorífico meia hora a uma hora
antes de os servir, para que alcancem a temperatura
adequada e retomem as suas características originais.
Atenção: os queijos frescos só devem ir para a mesa
perto da hora de os consumir e, se sobrarem, devem
voltar quanto antes para o frigorífico.

A
Que queijos apresentar na tábua?

Pode utilizar vários critérios para a seleção: produtos de uma
mesma região ou feitos com o mesmo tipo de leite (vaca, cabra,
ovelha ou mistura), só queijos de pasta dura ou só de pasta mole,
etc. Contudo, segundo Rodolfo Tristão, é a altura do dia em que
se vai degustar a tábua de queijos que deve ditar a escolha.
SE VAI SERVIR A TÁBUA COMO APERITIVO com um

copo de vinho, tem liberdade total para escolher queijos de di-
ferentes texturas e intensidades, à base de leite de mistura, vaca
ou cabra, mais ou menos curados, etc. Pode até adicionar frutos
secos e/ou compota de frutos vermelhos. Os espumantes e os
vinhos brancos das regiões Vinho Verde, Bairrada ou Lisboa são
boas escolhas, pela sua frescura.
PARA UMA ENTRADA DE QUEIJOS, o escanção reco-

menda produtos de estruturas semelhantes (só de pasta mole ou
dura). Queijo de vaca ou mistura são boas opções no início da
refeição. Pode inclusive servir com fruta fresca ou frutos secos. A
doçura e/ou a ligeira acidez da fruta fresca, dependendo da altura
do ano, cria contrastes agradáveis. Pode também incluir um doce.
Pode servir com um vinho branco de vinhas mais elevadas, como,
por exemplo, da Beira Interior ou do Dão ou, eventualmente, um
vinho palhete ou clarete.
NO FIM DA REFEIÇÃO, antes da sobremesa ou como so-

bremesa, deve evitar-se queijos muito intensos. Rodolfo Tristão
recomenda queijos suaves e pouco estruturados, como os da ser-
ra ou da ilha com cura suave. Quando apresentados a título de
sobremesa, pode servi-los com néctares mais doces e licorosos,
como vinho do Porto Tawny, da Madeira (de preferência, da casta
Verdelho) ou de Carcavelos.
Como escolher um Vinho Verde, um branco do Dão ou um

tinto do Douro, por exemplo? O livro de bolso incluído no in-
terior do Guia de vinhos, a app DECO VINHOS e o comparador
www.deco.proteste.pt/vinho são ótimos aliados para encontrar
os melhores néctares testados por cor e região. Claro que se tiver
determinadas preferências, Rodolfo Tristão defende que nada
impede que se quebrem algumas regras de harmonização. A de-
gustação deve proporcionar, antes de tudo, momentos de prazer.

A
DA VIN HA AO COP O CA P Í T U LO 2
CAPÍTULO 2
DA VINHA
AO COPO
A
A videira
Existem no mundo mais de seis mil variedades de videira. Apesar
desta diversidade, a família das Vitáceas é, do ponto de vista eno-
lógico, a mais importante, já que a ela pertencem o género Vitis
e a espécie vinifera, que é a que está na origem das uvas usadas
na produção do vinho. Os outros tipos de videira não deixam
de ter a sua importância. Podem ser usados, em determinadas
situações, como porta-enxertos da Vitis vinifera. Foi assim que, na
Europa do final do século xix, se conseguiu ultrapassar a crise da
filoxera: enxertando sarmentos (rebentos) das espécies vulneráveis
noutras videiras cujo tronco era resistente à praga. Esta técnica
continua a ser usada hoje.
A videira é composta por duas partes:

– a parte aérea, constituída pelo tronco (ou cepa) e pelos braços,
em cujas extremidades se encontram as varas, a partir das quais
saem primeiro os pâmpanos, depois as folhas e em seguida as in-
florescências, que dão origem aos cachos;
– a parte subterrânea, as raízes, que fixa a planta à terra e absorve
os nutrientes. Pode crescer em largura e em profundidade, de-
pendendo das características do terreno.
A VIDEIRA
BRAÇO
PÂMPANO
VARA
TRONCO
RAÍZES

A
O ciclo biológico da videira

A videira é uma planta perene lenhosa, que só dá frutos três ou
quatro anos depois de ter sido plantada e, em geral, vive durante
30 a 50 anos.
Durante o final do outono e todo o inverno, enquanto as tem-

peraturas se mantêm bastante baixas, a videira fica em repouso
vegetativo, expondo apenas os troncos nus às intempéries.
No final do inverno, quando a temperatura do solo começa

a subir, dá-se o choro: os cortes da poda começam a sangrar, os
gomos (que dão origem aos ramos) a inchar e os “olhos” dos fu-
turos pâmpanos a sair. As raízes começam, então, a absorver os
nutrientes presentes no solo.
Depois, inicia-se a fase do abrolhamento, ou rebentação: os pâm-

panos começam a desenvolver-se, e a planta cobre-se de folhas,
graças ao aumento da temperatura ambiente e do número de
horas de sol e da humidade do solo. Se, neste período, houver
geada, esta pode comprometer o desenvolvimento dos gomos.
No final da primavera, quando as temperaturas ultrapassam

os 15°C, começa a floração, seguida da polinização e da fecundação.
Os cachos de uvas desenvolvem-se a partir das inflorescências.
A meio do verão, inicia-se o amadurecimento: o bago de uva co-

meça a aumentar de volume e a mudar de cor, passando do verde,
conferido pela clorofila, ao dourado (no caso das uvas brancas)
ou ao negro-azulado (no caso das tintas).
A maturação é uma etapa-chave para a qualidade dos futuros

vinhos, pois é nesta altura que se verificam um aumento da con-
centração dos açúcares na uva, uma diminuição do conteúdo em
ácidos e ganhos em termos de aroma. O fim desta fase culmina
com a vindima, que ocorre, regra geral, entre setembro e outubro.
Passada a época da vindima e chegados os primeiros dias frios

de finais do outono, princípios de inverno, a atividade da planta
volta a diminuir, as folhas adquirem uma cor avermelhada e co-
meçam a cair. É chegado o momento da poda (corte dos ramos
e das folhas secas), que vai preparar a videira para o novo ciclo.

A
O cacho de uvas
Um cacho de uvas é constituído por duas partes: o engaço, que
lhe confere a sua estrutura típica, e os frutos, a que chamamos
bagos. Estes ligam-se à ramificação maior (a ráquis) do engaço
por meio de ramificações mais curtas – os pedicelos. O formato do
cacho depende da forma inicial da inflorescência e das dimensões
dos bagos, bem como do seu número. Já a compacidade do cacho,
ou seja, a sua densidade, depende da dimensão e do número de
ramificações, assim como da quantidade de bagos. O engaço é a
estrutura do cacho e representa três a seis por cento do seu peso
total. Além de água e matérias minerais, também contém taninos,
substâncias responsáveis pela adstringência dos vinhos, que se
manifesta por uma sensação de aspereza na boca.
Os bagos
Os bagos de uva são constituídos, essencialmente, por película,
polpa e grainhas (veja a ilustração na página seguinte).
Como o nome indica, a película é uma pequena pele, de espes-

sura variável, que protege o conjunto do bago. É sobre ela que se
fixam as leveduras que podem ser responsáveis pela fermentação.
As películas são também a origem das matérias corantes e das
substâncias aromáticas presentes no vinho, bem como de parte
dos taninos, que são diferentes dos transmitidos pelo engaço.
A polpa é a parte carnuda, que representa cerca de 85% do total

do bago. Pode ser mais ou menos sumarenta e é rica em água,
açúcar e ácidos. Os açúcares presentes na polpa são, essencial-
mente, a glucose e a frutose. São eles que, devido à fermentação
causada pela ação das leveduras, acabam por se transformar em
álcool. Os açúcares acumulam-se e atingem valores mais eleva-
dos à medida que o bago vai amadurecendo. Quanto aos ácidos
presentes na polpa, os principais são o tartárico, o málico e o
cítrico (para mais informações, veja a página 91 e as seguintes).
A polpa é quase sempre incolor, quer nas castas brancas quer

nas tintas, o que permite que ambas sejam usadas para produzir
vinhos brancos. No entanto, a polpa de algumas castas tintas é
corada (como a Vinhão). São as castas tintureiras.

A
CONSTITUINTES DO BAGO DE UVA

PEDICELO
PELÍCULA
GRAINHA
PRUÍNA
POLPA
Dentro da polpa, encontram-se as grainhas, ou sementes, em

quantidade variável, de nenhuma a quatro sementes por bago. São
ricas em taninos e em gorduras, mas estas não têm interesse para
a produção do vinho, podendo mesmo prejudicar a sua qualidade.
O tamanho, a forma e a cor dos bagos são características que

dependem, essencialmente, da casta, embora a cor também de-
penda do estado de maturação (inicialmente, são verdes). A forma
varia, podendo ir do achatado ao arqueado, passando pelo ovoide.
A consistência dos bagos depende, em grande parte, da fase

de amadurecimento em que se encontram. Inicialmente rijos,
tornam-se mais moles e sumarentos à medida que amadurecem.
Da uva ao vinho
As uvas são constituídas por elementos sólidos (a película e as gra-
inhas ou sementes) e líquidos (sumo ou mosto libertado pela polpa).
É a fermentação alcoólica do sumo das uvas que dá origem ao vinho.
Como vimos, cada constituinte tem uma composição química

diferente. Assim, dependendo do tipo de vinho que se quer obter,
evita-se, reduz-se ou prolonga-se o contacto entre as partes sóli-
da e líquida. De uma maneira geral, na produção de vinho tinto,
a fermentação alcoólica realiza-se sobre o mosto em contacto
com as partes sólidas, que lhe conferem cor e adstringência. Nos
vinhos brancos, a fermentação realiza-se apenas sobre o mosto,
separado das partes sólidas dos cachos (para melhor perceber
como se faz o vinho, veja o título respetivo, na página 37).

A
As castas
Designa-se por casta a variedade de uvas usadas no fabrico do
vinho. Os vinhos varietais, monocasta ou estremes são produzi-
dos a partir de uma única casta. Já o vinho de lote resulta de uma
combinação harmoniosa de diferentes castas. Dado o número de
sinónimos utilizados para a mesma casta, justificou-se a adoção
de uma nomenclatura oficial compatível com a nomenclatura
botânica internacional. Assim, a listagem de castas aptas à pro-
dução de vinho em Portugal sofreu algumas alterações. Existem
agora 343 castas. Essa variedade tem a vantagem de permitir uma
melhor adaptação das videiras às diferentes condições climáticas.
Vejamos algumas das castas tintas e brancas mais usadas na pro-
dução de vinhos em Portugal (quando uma mesma casta apresen-
ta várias designações reconhecidas, indicamo-las).
ALFROCHEIRO
COR tinta.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Tinta‑Bastardinha.
REGIÕES PRINCIPAIS Alentejo, Beiras, Tejo.
CARACTERÍSTICAS casta vigorosa, de rendimento médio. Os
bagos negro‑azulados têm uma maturação precoce. Produzem
vinhos muito aromáticos, ricos em matérias corantes, com bom
equilíbrio entre álcool, taninos e acidez. Prestam‑se a estágio em
madeira de carvalho. A longevidade dos vinhos não é grande.
AROMAS frutado (a amoras e morangos bem maduros) nos
vinhos jovens. À medida que o vinho evolui, os aromas ficam mais
complexos, perdendo‑se, inclusive, as notas frutadas.
ALICANTE‑BOUSCHET
COR tinta.
REGIÕES PRINCIPAIS Alentejo, Algarve, Beiras, Lisboa, Minho,
Península de Setúbal, Tejo e Trás‑os‑Montes.
CARACTERÍSTICAS esta casta deve‑se ao viveirista
Henri Bouschet, que a obteve através do cruzamento da
Petit‑Bouschet com a Grenache, em 1855. Em França,
é conhecida como Alicante‑Henri‑Bouschet, Alicante
ou Alicante‑Bouschet n.º 2. Em Espanha, adota o nome
Garnache‑Tintorera ou Tinto‑Velasco. É uma casta de
vigor e rendimento médios, com bagos negro‑azulados e
polpa igualmente corada. Dá origem a vinhos com muita cor
(vermelho‑vivos), sendo muitas vezes usada para reforçar a

A
coloração dos vinhos produzidos a partir de outras castas.

AROMAS especiarias.
ALVARINHO
COR branca.
REGIÕES PRINCIPAIS Minho.
CARACTERÍSTICAS casta de
vigor médio e pouco produtiva.
Os bagos são amarelados, mas
as partes mais expostas ao sol
podem apresentar‑se rosadas. É
típica da sub‑região de Monção
e Melgaço, de tal forma que o
uso da designação Alvarinho lhe
está exclusivamente reservado.
O vinho atinge graduações
alcoólicas elevadas, estando Alvarinho
sujeito a regulamentação própria.
AROMAS florais (tília, flor de laranjeira e de acácia, erva‑cidreira
e madressilva) e frutados (laranja, casca de laranja seca, toranja,
pêssego e maçã Golden).
ANTÃO‑VAZ
COR branca.
REGIÕES PRINCIPAIS Alentejo.
CARACTERÍSTICAS casta de vigor médio e bom rendimento.
Os bagos verde‑amarelados, de maturação tardia, dão origem a
vinhos de cor citrina. É geralmente misturada com outras castas
(Arinto, por exemplo), devido à baixa acidez e à pouca estrutura
dos vinhos que a utilizam de forma exclusiva.
AROMAS florais (tília, flor de laranjeira e de acácia, loureiro,
erva‑cidreira e madressilva) e frutados (laranja, toranja, pêssego
e maçã).
ARAGONEZ
COR tinta.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Tinta‑Roriz e Tempranillo.
REGIÕES PRINCIPAIS Alentejo e Trás‑os‑Montes.
CARACTERÍSTICAS originária da região de Rioja, em Espanha,
onde é conhecida como Tempranillo. É uma casta vigorosa,
mas de rendimento irregular. Os bagos têm uma coloração
negro‑azulada e tendem a amadurecer precocemente. Dá origem

A
a vinhos ricos em matérias corantes e taninos, com graduação

elevada. Prestam‑se a estágio em madeira de carvalho.
AROMAS frutos silvestres (morango e amora) em vinhos jovens,
mas mais complexos (compota, couro e especiarias) ao evoluir.
ARINTO
COR branca.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Pedernã.
REGIÕES PRINCIPAIS Minho. Encontra‑se na região dos Vinhos
Verdes, mas também na região de Lisboa, em Bucelas.
CARACTERÍSTICAS casta de vigor médio, por vezes forte, e de
elevado rendimento. Os bagos têm uma coloração amarelada e
amadurecem tardiamente.
AROMAS frutados (limão e maçã‑verde), com um toque de mineral,
quando jovens. Com o tempo, desenvolvem‑se aromas de mel.
AZAL
COR branca.
CARACTERÍSTICAS casta muito vigorosa e de elevado
rendimento. Os bagos são de coloração esverdeada e
amadurecem tardiamente. É adequada para a produção de
Vinhos Verdes de lote.
AROMAS pouco intensos, acidulados e frutados (limão e
maçã‑verde).
BAGA
COR tinta.
REGIÕES PRINCIPAIS Beiras.
Os bagos são negro‑azulados. Quando amadurecem bem,
produzem vinhos tintos encorpados, ricos em matérias corantes
e taninos. Quando tal não acontece, dão origem a vinhos ácidos,
adstringentes e com baixo teor alcoólico.
AROMAS fruta e bagos silvestres, nos vinhos jovens com uvas
amadurecidas; fumo, café, ervas secas, ameixa‑preta e água de
azeitonas, quando evoluem. Em vinhos com mais de dez anos,
surge o aroma a madeira, mesmo sem ter havido contacto.
BICAL
COR branca.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Borrado‑das‑Moscas.

A
REGIÕES PRINCIPAIS Alentejo, Beiras e Tejo.

CARACTERÍSTICAS casta vigorosa e com bom rendimento.
Os bagos são de coloração verde‑amarelada e tendem a
amadurecer precocemente, pelo que convém fazer a vindima na
época apropriada. Dá origem a vinhos brancos agradáveis, com
baixa acidez, boa graduação alcoólica e aromáticos.
AROMAS frutados (melão e frutos secos), com notas minerais
e amanteigadas.
CABERNET‑SAUVIGNON
COR tinta.
REGIÕES PRINCIPAIS Alentejo, Lisboa, Península de Setúbal e Tejo.
CARACTERÍSTICAS casta oriunda de França, de seu nome
Vidure. Cultivada também em Portugal e em Espanha (país
que a batizou com o nome Burdeos‑Tinto), é vigorosa e de
produtividade média. Os bagos são negro‑azulados e de
maturação tardia. Dá origem a vinhos ricos em matéria corante e
em taninos, que tendem a melhorar com o envelhecimento.
AROMAS frutados (groselha‑preta, mirtilo, amora, cereja e
ameixa), quando produzida nas regiões mais quentes, e mais
vegetais (pimento‑verde) e balsâmicos (eucalipto e cedro), em
zonas mais húmidas e frescas.
CASTELÃO
COR tinta.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS João‑de‑Santarém e Periquita.
REGIÕES PRINCIPAIS Alentejo, Algarve, Lisboa, Península de
Setúbal e Tejo.
CARACTERÍSTICAS casta vigorosa, de rendimento irregular,
muito dependente do clima e das técnicas de condução das
videiras. Os bagos são negro‑azulados e dão origem a vinhos
tintos diferentes, consoante a região: encorpados, pouco
corados (rubi), de graduação alcoólica pouco elevada e bons
para beber jovens, ou muito corados e aromáticos, equilibrados
na acidez e com teor de álcool mais elevado.
AROMAS frutos vermelhos e plantas silvestres, que combinam
com a madeira (carvalho‑francês) nos vinhos para guardar.
CHARDONNAY
COR branca.
REGIÕES PRINCIPAIS Beiras, Lisboa e Trás‑os‑Montes.
CARACTERÍSTICAS é difícil precisar a sua origem, mas é à

A
França que deve a sua reputação. Muito utilizada na produção

de vinhos espumantes e brancos doces, é vigorosa e exibe
bom rendimento. Os bagos são verde‑amarelados e tendem
a amadurecer precocemente. A Chardonnay origina vinhos
equilibrados, com uma acidez razoável. Na boca, são encorpados
e persistentes. Prestam‑se bem ao envelhecimento.
AROMAS frutados com alguma complexidade (maçã, melão,
manga, ananás e frutos secos), torrados e amanteigados.
ENCRUZADO
COR branca.
Os bagos são de coloração verde‑amarelada. Dá origem a vinhos
com grande longevidade e capacidade de envelhecimento.
AROMAS florais (rosas e violetas), frutados (limão) e vegetais
(pimento‑verde), com notas minerais (pederneira). Mais tarde,
surgem os aromas balsâmicos (pinhão e resina de pinheiro) e a
avelã. Com o passar do tempo, ganham complexidade, surgindo
aromas amanteigados e abaunilhados.
FERNÃO‑PIRES
COR branca.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Maria‑Gomes.
REGIÕES PRINCIPAIS Beiras, Lisboa, Península de Setúbal e Tejo.
CARACTERÍSTICAS casta de vigor médio a forte e bom
rendimento. Os bagos são de coloração verde‑amarelada. Dá
origem a vinhos agradáveis e aromáticos, mas com falta de acidez.
AROMAS: frutos doces (laranja) e florais (mimosa, tília, laranjeira
e loureiro).
JAEN
COR tinta.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Mencía.
CARACTERÍSTICAS casta de vigor médio e rendimento elevado.
Os bagos, negro‑azulados, amadurecem precocemente. Quando
encontra condições de solo favoráveis, esta casta dá origem
a vinhos ricos em matéria corante, macios e com graduação
alcoólica elevada. Em zonas demasiado húmidas e férteis, origina
vinhos ácidos e de graduação alcoólica mais baixa.
AROMAS intensos e frutados (framboesa e mirtilos).

A
LOUREIRO
COR branca.
CARACTERÍSTICAS casta pouco vigorosa, mas de rendimento
elevado. Os bagos são verde‑amarelados e amadurecem
tardiamente. Permite obter vinhos com um teor alcoólico
acima da média e muito aromáticos. Há Vinhos Verdes
brancos que utilizam só esta casta, mas pode ser misturada
com outras.
AROMAS florais (loureiro, tília, laranjeira e acácia) e frutados
(laranja, pêssego e maçã).
MALVASIA‑FINA
COR branca.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Boal e Bual.
REGIÕES PRINCIPAIS Beiras e Trás‑os‑Montes.
CARACTERÍSTICAS casta de vigor médio a forte, com
rendimento mediano. Os bagos são verde‑amarelados e tendem
a amadurecer cedo. Permite obter vinhos equilibrados e frescos.
AROMAS florais (tília, flor de laranjeira e de acácia, loureiro,
erva‑cidreira e madressilva) e frutados (laranja, toranja, pêssego,
maçã e melão).
MALVASIA‑REI
COR branca.
REGIÕES PRINCIPAIS Lisboa.
Os bagos têm uma coloração verde‑amarelada. Permite obter
vinhos brancos com uma acidez fixa reduzida e baixo teor
alcoólico.
AROMAS produz vinhos neutros, sem aroma.
MORETO
COR tinta.
Os bagos são de coloração negro‑azulada e de maturação tardia,
motivo pelo qual se recomenda que seja uma das últimas castas
a vindimar. É usada para produzir vinhos de lote. Dá origem a
vinhos encorpados, ricos em taninos e com um teor alcoólico
médio, mas sem grande longevidade.
AROMAS frutos vermelhos.

A
MOSCATEL‑GRAÚDO
COR branca.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Moscatel‑de‑Setúbal.
REGIÕES PRINCIPAIS Península de Setúbal.
Os bagos têm uma coloração verde‑amarelada e polpa carnuda.
De maturação tardia, origina vinhos aveludados, com grande
complexidade aromática, mas é sobretudo conhecida por ser a
base do famoso vinho licoroso moscatel de Setúbal.
AROMAS frutados (casca de laranja) e a frutos secos, caramelo,
ervas aromáticas e especiarias.
NEGRA‑MOLE
COR tinta.
REGIÕES PRINCIPAIS Algarve.
CARACTERÍSTICAS casta muito vigorosa e de elevado
rendimento. Os bagos possuem coloração negro‑azulada. Usa‑se
para produzir vinhos de lote, normalmente de graduação elevada e
pouco encorpados, que devem ser bebidos ainda jovens.
AROMAS pouco pronunciados. Por norma, a vindima é feita
tardiamente, o que prejudica os aromas.
PINOT‑BLANC
COR branca.
REGIÕES PRINCIPAIS Beiras, Minho, Península de Setúbal, Tejo
e Trás‑os‑Montes.
CARACTERÍSTICAS teve origem numa mutação da Pinot‑Noir,
selecionada na Alsácia (França). Trata‑se de uma casta de
vigor médio e rendimento variado. Os bagos exibem um tom
verde‑amarelado. A sua elevada acidez dá origem a vinhos de
frescura intensa e medianamente encorpados.
AROMAS: frutados (maçã) e amanteigados.
PINOT‑NOIR
COR tinta.
REGIÕES PRINCIPAIS Açores, Alentejo, Algarve, Beiras, Lisboa,
Minho, Península de Setúbal, Tejo e Trás‑os‑Montes.
CARACTERÍSTICAS provavelmente originária de França, é
conhecida, nesse país, por nomes como Auvernat, Pinot‑Droit e
Pinot‑Fin. Trata‑se de uma casta de vigor médio e rendimento baixo.
Os bagos têm uma coloração negro‑azulada. Dá origem a vinhos
com boa cor, aroma agradável, bem estruturados e ricos em taninos,

A
Pinot-Noir.
que lhes conferem grande longevidade.

AROMAS frutados (framboesa, amora, cereja e ameixa) e florais.
RABO‑DE‑OVELHA
COR branca.
CARACTERÍSTICAS casta de vigor médio, mas de elevado
rendimento. Os bagos são verde‑amarelados. Dá origem a vinhos
ligeiramente ácidos, adstringentes e sem muita graduação.
AROMAS frutados.
RAMISCO
COR tinta
CARACTERÍSTICAS casta de maturação tardia. Os bagos têm
uma cor negro‑azulada. Dá origem a vinhos de coloração pouco
intensa, aromáticos e duros na boca quando jovens, tornando‑se
finos, leves e agradáveis à medida que envelhecem.
AROMAS frutados (frutos vermelhos), à casta e a especiarias.
RIESLING
COR branca.
REGIÕES PRINCIPAIS Açores, Alentejo, Algarve, Beiras, Lisboa,
Minho, Península de Setúbal, Tejo e Trás‑os‑Montes.
CARACTERÍSTICAS oriunda da Alemanha, onde é cultivada
há mais de 500 anos, é uma casta vigorosa, com rendimento
médio e amadurecimento precoce. Os bagos possuem tons
verde‑amarelados. Quando cultivada em climas quentes,
pode originar mostos chatos (sem caráter). Dá origem a vinhos
refrescantes, de baixa graduação alcoólica, com aptidão para

A
envelhecer em garrafa.
AROMAS frutados (alperce e pêssego), florais e a especiarias.
RUFETE
COR tinta.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Tinta‑Pinheira.
CARACTERÍSTICAS casta de vigor médio a forte, com bom
rendimento. Os bagos são negro‑azulados e amadurecem
tardiamente. A casta dá origem a vinhos relativamente abertos,
com pouca cor, baixo grau alcoólico e adstringentes. Quando os
bagos amadurecem bem, é possível obter vinhos encorpados,
ricos em cor e com uma graduação mais elevada.
AROMAS framboesa e outros frutos vermelhos, bem como
plantas silvestres.
SAUVIGNON
COR branca.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Sauvignon‑Blanc.
REGIÕES PRINCIPAIS Alentejo, Algarve, Beiras, Lisboa,
CARACTERÍSTICAS casta de origem francesa, vigorosa e de
rendimento médio a elevado. Os bagos têm uma tonalidade
verde‑amarelada. Dá origem a vinhos de cor dourada, com baixa
graduação alcoólica e elevada acidez (que lhes confere maior
frescura), e aptos a envelhecer em pipa e em garrafa.
AROMAS frutados (lima, melão e maracujá) e vegetais (azeitonas
verdes e espargos).
SEARA‑NOVA
COR branca.
CARACTERÍSTICAS esta casta resultou do cruzamento da
Diagalves com a Fernão‑Pires, efetuado na Estação Agronómica
Nacional em 1951. Tem um vigor médio e bom rendimento. Os
bagos são verde‑amarelados. Permite obter vinhos com uma
acidez fixa média e um teor alcoólico médio a elevado.
AROMAS florais, com alguma complexidade.
SEMILLON
COR branca.
REGIÕES PRINCIPAIS Algarve, Beiras, Península de Setúbal,

A
Tejo e Trás‑os‑Montes.
CARACTERÍSTICAS de origem francesa, os bagos são
amarelados e têm vigor e rendimento médios. Produz vinhos com
baixa acidez e elevada graduação. Mais usada em vinhos de lote.
AROMAS frutados (figo, limão e pera), especiarias (açafrão) e
vegetais (espargos).
SÍRIA
COR branca.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Códega e Roupeiro.
REGIÕES PRINCIPAIS Alentejo, Algarve e Trás‑os‑Montes.
CARACTERÍSTICAS casta de vigor e rendimento médios.
Os bagos são pequenos, de coloração verde‑amarelada e
amadurecimento algo tardio. É usada para a produção de vinhos
de lote, normalmente com uma graduação média ou elevada.
AROMAS frutados (laranja, pêssego e melão) e florais (tília,
acácia, laranjeira e loureiro).
SYRAH
COR tinta.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Shiraz.
REGIÕES PRINCIPAIS Alentejo e Lisboa.
CARACTERÍSTICAS embora tenha ganho reputação em
França, crê‑se que será originária do Médio Oriente; é nomeada
Shiraz em países como a Austrália e a África do Sul. De
vigor e rendimento médios, esta casta é dotada de bagos
negro‑azulados. Permite produzir vinhos encorpados, ricos em
matéria corante, com elevada acidez e grande longevidade.
AROMAS especiarias (pimenta‑preta), florais (violeta) e frutados
(groselha‑preta, framboesa e amora‑preta).
TINTA‑BARROCA
COR tinta.
REGIÕES PRINCIPAIS Trás‑os‑Montes.
Os bagos são negro‑azulados e amadurecem precocemente,
pelo que a vindima não deve atrasar‑se. Permite obter vinhos
encorpados, ricos em cor e de graduação elevada. É apropriada
para vinhos de lote e para o envelhecimento em garrafa.
AROMAS floral e adocicado, quando o vinho é produzido em
zonas húmidas; frutos vermelhos (cereja, groselha, ginja, amora e
framboesa), se for produzido em zonas mais quentes.

A
TOURIGA‑FRANCA
COR tinta.
REGIÕES PRINCIPAIS Trás‑os‑Montes.
CARACTERÍSTICAS casta de vigor médio e rendimento
razoável. Os bagos têm uma cor negro‑azulada e amadurecem
precocemente, pelo que a vindima deve ser feita na altura
adequada. Dá origem a vinhos encorpados e ricos em taninos.
Pode ser usada para produzir Vinho do Porto, mas necessita de
muito calor. Também é apta para envelhecimento em garrafa.
AROMAS florais (rosa), por vezes frutados (amora). Nos vinhos
monocasta, é notório o aroma a frutos vermelhos e a flores silvestres.
TOURIGA‑NACIONAL
COR tinta.
REGIÕES PRINCIPAIS Alentejo, Algarve, Beiras, Lisboa,
CARACTERÍSTICAS casta muito vigorosa e com um rendimento
elevado. Os bagos apresentam uma coloração negro‑azulada.
Dá origem a vinhos aromáticos e ricos em matéria corante.
Prestam‑se a estágio em madeira de carvalho.
AROMAS frutados intensos (amora, mirtilo, abrunho), caruma
de pinheiro e flores silvestres (rosmaninho), que ganham
complexidade com o estágio.
TRAJADURA
COR branca.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Treixadura.
CARACTERÍSTICAS casta muito vigorosa e de rendimento
elevado. Os bagos são verde‑amarelados. Costuma usar‑se para
vinhos de lote, normalmente associada à casta Loureiro, sendo
rara em vinhos monocasta.
AROMAS: frutos maduros (maçã, pêssego e pera).
TRINCADEIRA
COR tinta.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Tinta‑Amarela e
Trincadeira‑Preta.
REGIÕES PRINCIPAIS Alentejo e Tejo.
CARACTERÍSTICAS casta de vigor médio a forte e de
rendimento irregular. Os bagos apresentam uma coloração
negro‑azulada e amadurecem precocemente, pelo que a vindima

A
não deve atrasar‑se. É uma casta apta à produção de vinhos para

estagiar em madeira de carvalho, e tanto se presta a vinhos de
lote como monocasta.
AROMAS frutados (amora e ameixa) e especiarias (pimenta),
quando jovens. Quando amadurecem, desenvolvem aromas de
compotas.
VINHÃO
COR tinta.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Sousão.
CARACTERÍSTICAS casta vigorosa, mas de rendimento médio. Os
bagos apresentam uma coloração negro‑azulada, e a polpa também
é corada, pelo que é utilizada como casta tintureira. Dá origem a
vinhos encorpados e de forte coloração vermelho‑granada.
AROMAS frutos silvestres (amora, framboesa).
VITAL
COR branca.
SINÓNIMOS RECONHECIDOS Malvasia‑Corada.
CARACTERÍSTICAS casta de vigor médio a forte e bom
rendimento. Os bagos têm uma coloração verde‑amarelada. Dá
origem a vinhos brancos de graduação elevada.
AROMAS frutados (ananás e citrinos). Quando vindimada
tardiamente, surgem aromas mais intensos, a mel e compotas.
Como se faz o vinho

O vinho é a bebida alcoólica proveniente do sumo de uva fer-
mentado. A própria legislação comunitária entende por vinho “o
produto obtido exclusivamente por fermentação alcoólica, total ou
parcial, de uvas frescas, esmagadas ou não, ou de mostos de uvas”.
A qualidade final de um vinho depende essencialmente de seis

aspetos: do solo, das condições climáticas, das castas usadas, da
disposição das vinhas e da forma como as videiras são orientadas,
do processo de vinificação e, finalmente, do fator sorte. Veja, já
a seguir, em que medida cada um destes fatores condiciona a
produção de vinho.

A
SEIS FATORES QUE INFLUENCIAM O VINHO
O SOLO O cultivo da vinha proporciona melhores

resultados em solos pouco férteis, móveis, bem
permeáveis à água e que retenham o calor. Nesses
solos, o rendimento das videiras é reduzido, o que
favorece a qualidade do vinho. Além disso, as videiras precisam
de desenvolver uma profunda rede de raízes, para conseguirem
alcançar a água e os nutrientes. Desse modo, ficam mais
protegidas contra períodos mais ou menos longos de seca que
podem alterar o desenvolvimento e a maturação das uvas.
O CLIMA Este fator é ainda mais importante

do que o solo. As uvas precisam de um número
mínimo de horas de sol para atingir a maturação
completa. Em regiões mais frias do globo, os
vinhos contêm, geralmente, mais ácidos e menos
açúcares, sobretudo quando provêm de uvas brancas. Nessas
regiões, a adição de açúcar é, por vezes, uma prática corrente.
Em contrapartida, nas regiões mais quentes, os vinhos contêm
geralmente mais açúcares naturais e menos ácidos.
Por outro lado, há determinadas condições climáticas que
favorecem a maturação das uvas ao longo do ano. É o que
acontece quando há geadas ligeiras ou moderadas no inverno,
a primavera é chuvosa e sem geadas noturnas, o verão não é
excessivamente quente e goza de chuvas ocasionais, e os meses
de setembro e outubro são soalheiros, com o mínimo de chuva
possível.
AS CASTAS Em todo o mundo é possível encontrar

centenas de castas diferentes. Algumas estão
presentes por toda a parte (como, por exemplo,
a Cabernet‑Sauvignon, a Pinot‑Noir, a Chardonnay
ou a Sauvignon), enquanto outras se encontram
apenas em certos países (como a nossa Trincadeira) ou em
regiões precisas. Cada casta possui determinadas características
gustativas que lhe são próprias, o que não significa que todos os
vinhos provenientes da mesma casta tenham o mesmo sabor.
De facto, como vimos, há outros elementos, como o clima,
o rendimento, o solo ou a maturação, que também desempenham
um papel importante nas características finais do vinho.

A
Os vinhos podem ser produzidos a partir de uma única casta

(os chamados vinhos varietais, estremes ou monocasta) ou
resultar da combinação harmoniosa de duas ou mais castas (os
designados vinhos de lote).
A DISPOSIÇÃO DA VINHA Da mesma maneira

que existem diferentes tipos e qualidades de
vinho, existem também diversas formas de dispor
as vinhas e de orientar as videiras. Deste modo,
a densidade da plantação das vinhas, o tipo de
poda (corte da planta) e o modo como a videira é conduzida
(por exemplo, em latada ou em cordão) são fatores que podem
influenciar o rendimento e a qualidade da colheita e, por
conseguinte, incidir sobre a qualidade final do vinho engarrafado.
O PROCESSO DE VINIFICAÇÃO O tratamento

das uvas começa na vindima. Os viticultores que
pretendem obter vinho de qualidade devem fazer
uma seleção rigorosa no momento da apanha,
separando as uvas insuficientemente maduras ou deterioradas,
assim como todas as impurezas. As condições de transporte
para a adega também são muito importantes: as uvas não devem
ser carregadas em recipientes de grandes dimensões, para evitar
o seu esmagamento e uma fermentação precoce.
A forma como as uvas saudáveis são tratadas em seguida,
antes de serem transformadas em vinho (duração da
fermentação, controlo da temperatura, trasfegas de mosto,
tempo de maturação em cubas ou em casco), tem igualmente
a sua importância. Para mais pormenores, veja, nas páginas
seguintes, o que é dito sobre a produção de vinho.
O FATOR SORTE Na viticultura há um fator muito

importante, sobre o qual não podemos (ou pouco
podemos) ter influência: o clima. Geadas tardias
na primavera, queda de granizo no verão, chuvas
excessivas e falta de sol são fatores suscetíveis de
alterar a qualidade das uvas e, portanto, de comprometer a
qualidade final do vinho. Ou seja, como em quase tudo na vida,
também neste caso é preciso ter um pouco de sorte.

A
PRODUÇÃO DO VINHO BRANCO

O vinho branco é obtido por fermentação do sumo de uvas
brancas, geralmente sem recurso a maceração. Por esse motivo,
a fermentação realiza-se diretamente sobre o mosto, separado
das partes sólidas dos cachos, processo conhecido como bica
aberta. O processo de vinificação inclui, em traços gerais, as fases
apresentadas na ilustração.
VINDIMA ESMAGAMENTO
Na Europa, ocorre E DESENGACE
geralmente em O esmagamento das
setembro/outubro. As uvas provoca a rutura
uvas destinadas a vinho das películas e o
de qualidade devem esfacelamento da polpa
ser colhidas à mão, para extrair o máximo
eliminando os cachos de sumo. O desengace
ou os bagos podres, e visa separar os engaços
transportadas de forma dos bagos e reduzir o
adequada, para evitar teor de taninos no vinho
que se esmaguem. Em (substâncias com efeito
VINHO regiões quentes, como o adstringente).
Alentejo, há quem apanhe
BRANCO as uvas de noite, para
evitar temperaturas muito
elevadas e o recurso a
carros frigoríficos.
ESTABILIZAÇÃO E ARMAZENAGEM
ENGARRAFAMENTO EM CASCO
A estabilização No caso dos vinhos
consiste em arrefecer para guardar, a
o vinho até uma maturação faz-se em
temperatura de -4ºC casco de carvalho.
a -6ºC, dependendo
do seu teor alcoólico,
para evitar a formação
de cristais na garrafa.
Seguem-se processos
de filtragem e o
engarrafamento, para
posterior expedição e
comercialização.

A
MACERAÇÃO PRENSAGEM FERMENTAÇÃO

PELICULAR De seguida, o mosto ALCOÓLICA
A maceração pelicular (uma mistura composta Nas cubas, adicionam-
só se justifica quando por películas, grainhas, -se leveduras para
se pretende obter sumo e, eventualmente, que os açúcares do
vinhos brancos pedicelos) é prensado mosto fermentem,
encorpados. Consiste para extrair o a temperaturas
em deixar o mosto máximo de sumo. controladas (18ºC a
em contacto com as Este é trasfegado 20ºC). Os açúcares
películas e as grainhas para depósitos das uvas são
nas cubas durante próprios (cubas de transformados em
algum tempo, para fermentação). álcool, com a libertação
extrair o máximo de de calor e de dióxido
aromas. de carbono. Concluída
a fermentação, o vinho
é sujeito a trasfegas,
para separar as borras
do vinho.
ARMAZENAGEM FERMENTAÇÃO
EM CUBA MALOLÁCTICA
Após a fermentação, Quando há maceração
a maturação do pelicular, geralmente,
vinho branco que se recorre-se a uma
consome jovem ocorre, segunda fermentação,
geralmente, em cubas chamada maloláctica,
de inox. com bactérias que
transformam o ácido
málico em ácido
láctico, mais suave.
Nos vinhos com acidez
fixa baixa (como alguns
alentejanos), evita-se
esta fermentação, pois
retira acidez e aromas.

A
PRODUÇÃO DO VINHO TINTO

O vinho tinto é obtido por fermentação com maceração ou
curtimenta, processo em que o mosto fica em contacto com o
bagaço (constituído pelas películas e grainhas e, eventualmente, pelo
engaço). A coloração avermelhada será tanto mais intensa quanto
mais tempo o sumo da uva estiver em contacto com as películas.
VINDIMA ESMAGAMENTO
No hemisfério norte E DESENGACE
(Europa e Estados As uvas são esmagadas
Unidos), a vindima faz-se para extrair o sumo, e
geralmente em setembro/ total ou parcialmente
/outubro. As uvas tanto desengaçadas, antes de
podem ser apanhadas à colocadas em cubas de
mão como à máquina. fermentação.
VINHO
TINTO
ESTABILIZAÇÃO E ARMAZENAGEM
ENGARRAFAMENTO EM CUBAS OU CASCO
Antes de serem Após a fermentação
engarrafados, os maloláctica, os vinhos
vinhos jovens podem podem ser filtrados
ser estabilizados, e engarrafados
por arrefecimento a de imediato ou
-4ºC ou -6ºC, para permanecerem em
evitar a formação de cubas de inox ou casco.
cristais em garrafa. Os vinhos para
Poderão ainda ser guardar estagiam, por
submetidos a filtragem. vezes, durante algum
Finalmente, o vinho tempo (geralmente,
é engarrafado, para seis a doze meses) em
posterior expedição e barricas de carvalho
comercialização. de diferentes origens.

A
MACERAÇÃO FERMENTAÇÃO VINHO DE GOTA

CARBÓNICA ALCOÓLICA Concluída a
Método de vinificação Os açúcares do mosto fermentação alcoólica,
rápido em que as são transformados em sangram-se as cubas,
uvas são colocadas álcool, com a libertação deixando-se escorrer
inteiras na cuba de de calor e de dióxido (ou esgotar) o vinho.
fermentação. Parte de carbono. Esta O vinho assim obtido
dos bagos rebenta, e o fermentação ocorre chama-se vinho de
sumo libertado começa a temperaturas mais gota.
a fermentar. Os elevadas do que nos
restantes fermentam vinhos brancos (26ºC
interiormente. a 30ºC), o que permite
O objetivo é dar mais extrair mais taninos e
cor e um caráter mais matéria corante.
frutado ao vinho.
FERMENTAÇÃO VINHO DE PRENSA

MALOLÁCTICA O bagaço que fica na
Após a fermentação cuba de fermentação
alcoólica, o vinho contém uma certa
é trasfegado para percentagem de vinho.
depósitos, para uma É, por isso, sujeito à
segunda fermentação prensagem, de que
(dita maloláctica). resulta o chamado
Visa transformar, por vinho de prensa. Para
ação de bactérias, o obter um vinho jovem,
ácido málico em ácido utiliza-se apenas vinho
láctico, o que leva a de gota (veja acima);
uma redução da acidez quando se pretende
do vinho. Os vinhos um vinho com mais
novos podem não cor, ácidos e taninos,
passar por esta etapa. recorre-se também
ao vinho de prensa.

A
Maturação do vinho
Após a fermentação, geralmente em cubas de betão ou de inox,
o vinho entra numa nova fase de desenvolvimento, o estágio, que
pode ocorrer em barris de madeira ou na própria garrafa. Ao lon-
go do estágio, podem ocorrer alterações na estrutura, nas subs-
tâncias corantes, nas fragrâncias e nos sabores. O procedimento
escolhido depende da qualidade do vinho. A maturação em barris
(ou em casco) é a que mais entusiasma os enólogos.
Envelhecimento em garrafa
O envelhecimento em garrafa só faz sentido se o vinho tiver su-
ficiente estrutura (que lhe é conferida pelos ácidos e outras subs-
tâncias). Há quem pense (erradamente) que o envelhecimento em
garrafa se deve ao oxigénio, que passaria para o vinho através da
rolha. Ora, os vinhos estragam-se quando as rolhas não estão
em boas condições e deixam passar o ar. Além disso, os vinhos
velhos perdem qualidades quando deixados numa garrafa aber-
ta durante algumas horas. Na verdade, contrariamente ao que
acontece na maturação em cascos, o envelhecimento em garrafa
não se faz por oxidação lenta, mas sem oxigénio, um processo a
que os químicos chamam redução. Assim, na garrafa, os vinhos
envelhecem devido à ausência de oxigénio.
Envelhecimento em casco
A maturação em casco está reservada aos vinhos de melhor quali-
dade, sobretudo devido aos custos envolvidos. Note que uma bar-
rica de 225 litros (designada meia pipa – a mais usual) pode custar
cerca de 750 euros, o que ajuda a explicar, em parte, o preço mais
elevado dos vinhos que estagiam em madeira. Embora haja algu-
mas perdas (a que se chama consumo – cerca de cinco por cento ao
ano, nas boas adegas), o barril de madeira tem a propriedade de re-
ter o vinho, com uma certa permeabilidade ao ar. Por um lado,
a madeira absorve o líquido e incha; por outro, seca pela superfície
que está em contacto com o ar. O período de maturação depende
do tipo de vinho e das suas qualidades: pode prolongar-se por
alguns meses, mas também anos, sendo geralmente de menor
duração nos vinhos brancos.

A
Com este processo, pretende-se que o vinho adquira aromas es-

pecíficos bem conjugados com o da madeira. O aroma da madeira
não deve sobrepor-se aos demais, nem substituir ou disfarçar um
aroma fraco ou a falta de bouquet (designação dada ao conjunto
de aromas terciários), sob pena de o conjunto se tornar artificial.
Não é frequente que um vinho sofra uma maturação total em

barris novos. Em geral, opta-se por uma proporção de um ou
dois barris novos em cada três. O resto do vinho amadurece em
barris mais velhos ou em cubas de inox. Os diferentes lotes são
misturados antes do engarrafamento.
Oxidação lenta
Devido à permeabilidade da madeira, pequenas quantidades de
oxigénio são absorvidas pelo vinho – é a chamada oxidação. Quan-
to maior for o barril e mais espessa a madeira, menos o vinho oxi-
da (num tonel de 20 mil litros, quase não existe oxidação). Para
a produção de vinhos de qualidade, é desejável que o amadure-
cimento se processe em barris de menor capacidade (como os de
225 litros), para uma oxidação lenta. Neste processo, há que ter em
conta o oxigénio contido na madeira e o contacto do vinho com o
ar, através do espaço vazio que se vai formando dentro dos cascos.
Devido à presença de oxigénio, os vinhos tintos perdem vivacidade
e tornam-se mais claros, e os brancos escurecem.
Clarificação espontânea
As partículas em suspensão no vinho aglutinam-se e depositam-
-se no fundo do barril. O gás carbónico desaparece e verifica-se
a precipitação (deposição) do ácido tartárico (um ácido orgânico
das uvas). É assim que o vinho adquire limpidez e estabilidade.
Proteção
Ao passarem para o vinho, os taninos da madeira conferem-lhe
estrutura e protegem-no, neutralizando o excesso de oxigénio. As
quantidades de taninos dissolvidas durante a maturação são con-
sideráveis: cerca de 200 miligramas de taninos por litro durante
o primeiro ano de estágio, quando a madeira é nova.
Vinho mais macio

Durante o estágio em madeira, o bouquet e o sabor do vinho so-
frem variações. O aroma a vinho novo (por vezes, tosco e ads-
tringente) vai desaparecendo, e o bouquet torna-se mais intenso

A
A ARTE DO FABRICO e agradável. Ao fim de dois ou

DOS BARRIS três anos em casco, alguns
açúcares da madeira dissol-
vem-se lentamente no vinho,
tornando-o mais macio, gor-
do e adocicado.
A madeira ideal
A estrutura do carvalho é
ideal. O seu contributo aro-
O tanoeiro dispõe as ripas mático é dos que melhor se
(aduelas) que se mantêm juntas harmonizam com os vinhos
graças a aros metálicos.
de qualidade.
Existem mais de 250 tipos
de carvalho no mundo, mas
poucos são usados no fabrico
destes recipientes. Na matu-
ração dos vinhos portugue-
ses, utiliza-se, geralmente,
carvalho-francês ou ameri-
cano. Idealmente, devem ser
utilizadas árvores com cerca
O calor (produzido por fogo dentro de 30 metros de altura e 180
da pipa) torna as aduelas flexíveis a 230 anos (o carvalho pode
e mais fáceis de moldar. Desta
operação resultam os aromas viver mais de mil anos).
e sabores, mais ou menos torrados, Após cortar os troncos, a ma-
dos vinhos que estagiam em
madeira. deira deve secar ao ar livre,
durante um mínimo de três
anos, até que a seiva seque e
se elimine o amargor da ma-
deira. Podem ainda ser uti-
lizados outros processos de
secagem. A madeira é então
cortada em ripas (aduelas)
para fabricar os barris. Nas
fotografias ao lado, veja os
procedimentos de tanoaria
Durante o aquecimento, coloca-se (a arte do fabrico de barris),
um arame na base do barril para
reunir as ripas, sem usar cola ou tradicionalmente passados
pregos nos acabamentos finais. de geração em geração.

A
CAPÍTULO 3
PORTUGAL
VINÍCOLA
A
Neste parte, fique a conhecer as regiões vitivinícolas de Portugal

e os dados mais recentes de produção e consumo de vinho no
nosso país e no resto do mundo. Este capítulo não contempla
vinhos não certificados (ex-Vinhos de Mesa), Licorosos, Espumantes
(que, nesta edição, abordamos na Parte 3), nem Frisantes.
O vinho em Portugal
A importância da origem das vinhas tem sido realçada ao longo
da História, tanto que já os romanos se referiam a determinadas
regiões como especialmente aptas para a produção de vinho. Por-
tugal, herdeiro de pleno direito da tradição mediterrânica, foi o
primeiro país do mundo a definir e a regulamentar uma região
demarcada: a do Douro (em 1756).
No início do século xx, a produção de vinho no nosso país es-

teve sujeita a uma grave crise, para a qual contribuiu em muito a
filoxera. Isso levou a que fossem tomadas medidas protecionistas,
entre as quais a reformulação do conceito de Denominação de Ori-
gem. Depois, ao longo da primeira metade do século, o conceito
foi evoluindo, defendendo Portugal, assim como outros países,
três princípios fundamentais para a sua aplicação: espaço geo-
gráfico delimitado, direito coletivo ao uso da Denominação de
Origem e especificidade dos vinhos. Em 1986, com a adesão de
Portugal à União Europeia, a legislação nacional foi progressiva-
mente alterada, para se adaptar à realidade comunitária.
Três categorias de vinhos

Atualmente, existem três grandes categorias: vinhos com De-
nominação de Origem, com Indicação Geográfica (ou Vinhos
Regionais) e os restantes (ex-Vinhos de Mesa). O que os distingue?
O estatuto de Denominação de Origem (DO), Denominação de

Origem Controlada (DOC) ou Denominação de Origem Protegida
(DOP) engloba vinhos associados a uma região geográfica bem
definida, sujeitos a um determinado número de regras. Depen-
dendo da região, essas regras podem determinar os tipos de solo
onde a vinha pode ser instalada e as castas a utilizar, preconizar

A
P ORTUGAL VIN ÍCOL A CA P Í T U LO 3
métodos de vinificação, exigir características específicas aos vi-

nhos, etc. Atualmente, há 26 regiões aptas a produzir vinhos com
Denominação de Origem (veja os mapas nas páginas seguintes).
Com a nova categoria de Vinhos Regionais (ou com Indicação

Geográfica) registou-se uma das maiores mudanças no panorama
vitivinícola nacional. Previstos desde a década de 1980 – havia
áreas do País cujos vinhos, apesar de não terem identidade pró-
pria, ofuscavam a imagem de muitos vinhos com Denominação
de Origem –, os Vinhos Regionais apenas foram encarados como
tal em 1991. São vinhos produzidos em regiões específicas, cujo
nome podem adotar. No rótulo, podem aparecer as menções Vi-
nho Regional, Vinho da Região de…, Indicação Geográfica (IG) ou
Indicação Geográfica Protegida (IGP). Estes têm de satisfazer deter-
minados requisitos, como ser elaborados com um mínimo de 85%
de uvas provenientes da região (um critério pouco transparente e
difícil de controlar!) e utilizar apenas as castas permitidas. Em-
bora sujeitos a um sistema de certificação, os critérios de qualida-
de são menos exigentes do que para os vinhos que ostentam uma
Denominação de Origem. Por exemplo, as áreas de produção são
quase sempre mais vastas, não estão previstos rendimentos mí-
nimos por hectare, o número de castas permitidas é maior, o teor
alcoólico exigido é, em geral, menor, e quase nunca estão pre-
vistos estágios mínimos obrigatórios. Atualmente, há 14 zonas
aptas para a produção de vinhos com Indicação Geográfica. As
mais recentes (Terras de Cister, Terras da Beira e Beira Atlântico)
foram reconhecidas em 2011.
Por terem normas menos rígidas, serão os Vinhos Regionais de

pior qualidade do que os vinhos com Denominação de Origem?
Não necessariamente. Alguns até rivalizam com vinhos com De-
nominação de Origem. Para ficarem impedidos de usar determi-
nada DO, basta, por exemplo, que incorporem castas diferentes
das exigidas ou uvas colhidas fora da região definida.
E todos os outros vinhos, designados apenas por Vinhos, que

não obedecem a critérios geográficos e são produzidos com uvas
de qualquer região e/ou país, e não são sujeitos a qualquer pro-
cesso de certificação? Produzidos em larga escala, esses são ven-
didos a baixo custo e, em regra, são de qualidade inferior. Podem
ostentar no rótulo o ano de colheita ou as castas usadas, mas não
as menções tradicionais (como Reserva ou Garrafeira).

A
ZONAS DE PRODUÇÃO DE VINHOS

COM DENOMINAÇÃO DE ORIGEM
Viana do Bragança
Castelo 2
2
Braga
2
1
Vila Real
Porto 3
4
8
5
Viseu
Aveiro 7
6 Guarda
Coimbra 8
Leiria 9 Castelo
Branco
16
10 18
Santarém Portalegre
11
13
12
15 14
Lisboa 17
Setúbal Évora
18
18
Beja
20 21
19 22
Faro

A
Santa Cruz
25
24
Angra do
Heroísmo
GRACIOSA (AÇORES)
TERCEIRA
(AÇORES)
26
Lajes
PICO (AÇORES)
PORTO SANTO
23
MADEIRA
23
Funchal
1 DO Vinho Verde 14 DO Bucelas

2 DO Trás-os-Montes 15 DO Colares
3 DO Douro 16 DO Do Tejo
4 DO Távora-Varosa 17 DO Palmela
5 DO Lafões 18 DO Alentejo
6 DO Bairrada 19 DO Lagos
7 DO Dão 20 DO Portimão
8 DO Beira Interior 21 DO Lagoa
9 DO Encostas de Aire 22 DO Tavira
10 DO Óbidos 23 DO Madeirense
11 DO Alenquer 24 DO Graciosa
12 DO Arruda 25 DO Biscoitos
13 DO Torres Vedras 26 DO Pico

A
ZONAS DE PRODUÇÃO DE VINHOS COM

INDICAÇÃO GEOGRÁFICA (Vinhos Regionais)
Viana do Bragança
Castelo
Braga
Vila Real
Porto
Viseu
Aveiro
Guarda
Coimbra
Leiria Castelo
Branco
Santarém Portalegre
Lisboa
Setúbal Évora
Beja
Faro

A
IG Minho
IG Transmontano
IG Duriense
IG Terras do Dão
IG Terras da Beira
IG Beira Atlântico
IG Terras de Cister MADEIRA

IG Lisboa
IG Tejo
IG Península de Setúbal
IG Alentejano Funchal
IG Algarve
IG Terras Madeirenses
IG Açores
AÇORES
Santa Cruz
Angra do
Heroísmo
Horta
Lajes
Ponta
Delgada

A
PRODUÇÃO NACIONAL POR REGIÃO

VITIVINÍCOLA (campanha 2022/2023)
Douro e
Trás-os-Montes
1 539 729 hl
Lisboa
1 194 362 hl
Alentejo
1 133 578 hl
Vinho Verde
e Minho
1 004 277 hl

A
Fonte: Instituto da Vinha e do Vinho (IVV)

6,8 MILHÕES DE HECTOLITROS
Produção nacional de vinho
- 8% Variação do volume produzido face a 2021/22

(só Minho e Madeira aumentaram a produção)
DOURO E TRÁS-OS-MONTES, LISBOA

E ALENTEJO
Regiões com maior volume de produção
Produção por cor (2022/2023)
58% 35% 7%
Tintos Brancos Rosados
Beiras
731 182 hl
Tejo
686 334 hl
Península de
Setúbal
500 044 hl
Madeira
38 390 hl
Algarve
15 842 hl
Açores
4676 hl

A
Quanto produzimos em Portugal?

O Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) revela que, na campanha
de 2022/2023, produzimos 6,8 milhões de hectolitros de vinho, o
que representa um decréscimo de 8% face à campanha anterior. A
falta de água e as ondas de calor durante o ciclo vegetativo acen-
tuaram o stresse hídrico e térmico, tendo contribuído, em grande
medida, para esta quebra de produção. Esta situação verifica-se
na generalidade do País, especialmente nos Açores e nas regiões
das Terras de Cister, da Beira e de Trás-os-Montes, cujas reduções
foram superiores a 20 por cento. Minho e Beira Atlântico são
exceção, com aumentos de produção superiores a 10%, face a 2021.
Douro, Trás-os-Montes, Lisboa e Alentejo registam o maior

volume de produção, representando 56% do volume total produ-
zido em Portugal. Nas regiões autónomas, a produção ronda os
43 mil hectolitros. Enquanto a Madeira aumentou ligeiramente a
produção face à campanha anterior (mais de 38 mil hectolitros),
os Açores sofreram uma quebra de mais de dois mil hectolitros,
tendo produzido cerca de 4,7 mil hectolitros de vinho.
A categoria com maior peso na produção total de vinho em

Portugal continua a ser a dos vinhos com Denominação de Ori-
gem. Nesta campanha, 57% dos vinhos tinham Denominação de
Origem, e apenas 34% ostentavam Indicação Geográfica. A pro-
dução de vinho tinto continua predominante, representando 58%
do total produzido. Os vinhos brancos representam atualmente
35%, e os vinhos rosados 7% da produção nacional. Face à cam-
panha do ano passado, a produção de vinho branco aumentou. A
dos vinhos tintos e rosados, pelo contrário, diminuiu.
O vinho no mundo
Segundo o relatório da Organização Internacional da Vinha e
do Vinho (OIV) sobre a situação mundial do vinho, em 2022, ano
marcado pela guerra na Ucrânia e consequente crise energéti-
ca e pela subida da inflação e aumento dos preços, o consumo
mundial de vinho sofreu uma ligeira quebra de um por cento. A
produção de vinho também revelou, pelo quarto ano consecutivo,

A
uma pequena redução face à média dos últimos dez anos. Conta-
bilizaram-se cerca de 258 milhões de hectolitros de vinho produ-
zido, menos um por cento comparativamente a 2021.
A superfície de vinha cultivada, por sua vez, mantém-se rela-

tivamente estável desde 2017, e abrange cerca de 7,3 milhões de
hectares. Portugal decresceu ligeiramente a área da vinha (menos
0,5%) e conta, atualmente, com 193 mil hectares.
Na Europa, foram produzidos 161,1 milhões de hectolitros de

vinho em 2022. Apesar das condições climáticas adversas, com
sucessivas ondas de calor e de seca na primavera e no verão, con-
tra todas as expectativas, a produção aumentou 4% face a 2021.
Segundo a OIV, a ausência de pragas na vinha e períodos de
chuvas estivais tardias em várias regiões ajudaram a salvar um
cenário que parecia condenado. Como pode constatar no mapa
nas páginas seguintes, Itália, França e Espanha destacam-se,
com 51% do volume de vinho produzido a nível mundial. Por-
tugal mantém o seu honrado 10.º lugar no ranking dos maiores
produtores, à frente da Rússia e da China, tendo contribuído
para 2,6% do volume total produzido no mundo.
Em 2022, com exceção da Austrália e do Canadá, todos os paí-

ses registaram um declínio nas exportações (de forma mais acen-
tuada em Espanha, Argentina, França, Estados Unidos e África
do Sul), levando o comércio mundial de vinho a decair 5% face a
2021. Itália destacou-se como o maior exportador em 2022, re-
presentando 20% do mercado global.
Em Portugal, a situação das exportações de vinho em 2022

manteve-se relativamente estável (menos 0,4% face a 2021). Con-
tudo, verificou-se um aumento significativo nas exportações de
espumante (mais 14 por cento). Apesar de termos um país pe-
queno, somos o sétimo maior exportador de vinho no mundo.
França, Angola, Estados Unidos, Brasil e Reino Unido foram, por
ordem decrescente, os cinco países que mais vinhos importaram
do nosso país: juntos, representam 45% das exportações. Embora
todos, com exceção de Angola, tenham registado uma quebra
no volume de vinho português importado, o incrível aumento
das exportações (mais 68%) para aquele país africano acabou por
equilibrar as contas das nossas exportações.

A
PRODUÇÃO DE VINHO DOS PRINCIPAIS PAÍSES

DO MERCADO MUNDIAL EM 2022
(em milhões de hectolitros)*
EUROPA
Itália 49,8
França 45,6
Espanha 35,7
Alemanha 8,9
Portugal 6,8
Roménia 3,9
Hungria 2,9
Áustria 2,3
Grécia 2,1
Geórgia 2,1
AMÉRICA
Moldávia 1,4
EUA 22,4
Chile 12,4
Argentina 11,5
Brasil 3,2

A
* Fonte: estimativas calculadas pela OIV – Organização

Internacional da Vinha e do Vinho
ÁSIA
Rússia4,7
China 4,2
ÁFRICA
África do Sul 10,2 OCEANIA
Austrália 12,7
Nova Zelândia 3,8

A
Quem bebe mais?

A guerra na Ucrânia, os problemas nos transportes marítimos,
a subida da inflação e o aumento do preço do vinho levaram a
uma ligeira quebra no consumo mundial de vinho em 2022, es-
timado pela OIV em 232 milhões de hectolitros (menos 1% face
a 2021). A Europa contribuiu para 48% deste valor. Apesar de um
declínio generalizado no consumo no Velho Continente (menos
2%), mais acentuado na Bélgica, na Suécia e em Itália, Portugal
recuperou e superou os níveis pré-pandémicos. Com um consu-
mo de 6 mil hectolitros em 2022 (mais 14%), subimos um lugar
no ranking do consumo mundial de vinho, ocupando agora a
10.ª posição. Continuamos, aliás, a ser o maior consumidor per
capita (67,5 litros por pessoa em 2022), à frente de França e Itália.
CONSUMO DE VINHO POR PESSOA EM 2022

(em litros por ano)*
67,5 Portugal
47,4 França
44,4 Itália
35,5 Suíça
30,8 Áustria
27 Alemanha
26,1 Austrália
25,3 Espanha
25,3 República Checa
24,5 Países Baixos
23,8 Argentina
23,2 Reino Unido
* Fonte: OIV – Organização Internacional da Vinha e do Vinho

A
CAPÍTULO 4
O VINHO
À MESA
A
A rotulagem
Antigamente, os vinhos podiam ser classificados como Vinhos de
Mesa, Vinhos Regionais (ou seja, vinhos de mesa produzidos numa
região específica) e Vinhos de Qualidade Produzidos em Região De-
terminada (VQPRD). Estes últimos incluíam os vinhos com De-
nominação de Origem, que ostentavam a menção Denominação de
Origem Controlada (DOC) ou a menos comum Indicação de Prove-
niência Regulamentada (IPR). Desde 2009, a designação Vinho de
Mesa foi substituída por Vinho apenas; as designações VQPRD (ou
por extenso) e IPR (ou por extenso) deixaram de existir.
A partir de 2009, os produtos com direito a Denominação de

Origem e Indicação Geográfica (Vinhos Regionais) passaram a
poder utilizar também as designações Denominação de Origem
Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP), tal como
outros produtos alimentares (como alguns queijos, frutos e legu-
mes, entre outros). Facultativamente, podem ser usados os selos.
Selos oficiais que podem ser usados

na rotulagem dos vinhos com
Denominação de Origem Protegida
(DOP) e Indicação Geográfica
Protegida (IGP).
Indicações obrigatórias
A marca, o teor alcoólico, a presença de eventuais alergénios
(como sulfitos) e as outras informações obrigatórias no rótulo
dos vinhos estão contempladas na ilustração O que diz o rótulo,
adiante. Os vinhos produzidos e rotulados a partir de dezembro
de 2023 passam a ter de indicar também o valor energético. A
declaração nutricional e a lista completa de ingredientes, quando
não inscritas na garrafa, deverão ser acessíveis eletronicamente,
através de um código QR apresentado no rótulo.
Vinho, DO, IG e outras considerações

Os vinhos sem Denominação de Origem ou Indicação Geográfica
devem incluir a palavra Vinho, na denominação de venda. Já os vi-
nhos com Indicação Geográfica devem ter a menção Vinho Regio-
nal, Vinho da Região de…, Indicação Geográfica ou, simplesmente,

A
O VIN HO À ME SA CA P Í T U LO 4
IG, e a indicação da zona de onde provêm (Minho, por exemplo).

Desde 2009, também podem incluir os termos Indicação Geo-
gráfica Protegida e/ou IGP. Em todas as situações é obrigatória a
referência à região a que respeitam.
Para os vinhos com Denominação de Origem, é também de

menção obrigatória a região de onde provêm, além das siglas DO
ou DOC ou respetivas designações por extenso (Denominação de
Origem e Denominação de Origem Controlada), passando também
a ser possível a inclusão da designação Denominação de Origem
Protegida e/ou DOP. A utilização de qualquer destas menções dis-
pensa a indicação das restantes.
A presença de dióxido de enxofre ou sulfitos, quando em con-

centrações superiores a dez miligramas por litro, expressos em
SO2, deve ser indicada através da expressão Contém…, seguida dos
termos sulfitos ou dióxido de enxofre. Esta obrigatoriedade deve-se
ao seu potencial alergénico. Também é obrigatório mencionar no
rótulo a presença de ovo, produtos à base de ovo, leite e produtos à
base de leite (usados na produção como clarificantes).
Todas as menções obrigatórias, com exceção da marca, do lote

e dos alergénios, devem ser inscritas no mesmo campo visual, de
modo a poderem ser lidas simultaneamente, sem necessidade de
o rodar a garrafa, e devem apresentar-se em caracteres indeléveis
e distinguir-se claramente de outras indicações escritas.
INGREDIENTES NO RÓTULO VIA CÓDIGO QR
As bebidas alcoólicas produzidas partir de dezembro

de 2023 passam a ter de incluir a lista de ingredientes
e a declaração nutricional, tal como qualquer género
alimentício. Apesar de ser uma reivindicação antiga da
DECO PROTESTE, a solução encontrada ainda não satisfaz
totalmente os consumidores, pois apenas obriga a indicar o
valor energético e os alergénios (dióxido de enxofre/sulfitos
acima de dez miligramas por litro) na garrafa. A informação
completa pode ser fornecida por via eletrónica através de
um código QR. Porque continuam os vinhos e outras bebidas
alcoólicas a ser uma exceção face aos restantes produtos
alimentares?

A
O QUE DIZ O RÓTULO
DENOMINAÇÃO DE ORIGEM
A menção do nome da Denominação de Origem é
obrigatória e deve vir acompanhada pela expressão
Denominação de Origem, Denominação de Origem
Controlada ou Denominação de Origem Protegida
(ou pelas siglas DO, DOC ou DOP, respetivamente).
CATEGORIA DO PRODUTO E COR

A indicação da categoria (Vinho) é obrigatória.
Já a da cor é facultativa, mas importante.
Se a iluminação for fraca, a cor de algumas
garrafas pode impedir que o comprador
perceba se o vinho é tinto ou branco.
VOLUME NOMINAL
Quantidade de vinho, expressa em litros,
centilitros ou mililitros. É uma menção
obrigatória. Já o pequeno ℮ é facultativo.
Significa que a embalagem foi submetida
ao controlo metrológico da quantidade ou
da capacidade nominal.
CONSUMO E CONSERVAÇÃO
Apesar de úteis para o consumidor, indicações sobre
como servir e conservar o vinho não são obrigatórias.
Alguns rótulos incluem ainda informações sobre as
características do vinho e conselhos sobre os pratos
de acompanhamento mais adequados, por exemplo.
PROVENIÊNCIA
E ENGARRAFADOR
Indicações obrigatórias.
NÚMERO DO LOTE
É obrigatório, sempre
precedido da letra L, para a
rastreabilidade do vinho, em
caso de problema.

A
MARCA
É obrigatório mencionar
a marca do vinho no
rótulo. Pode assumir
Dona Pipa uma forma figurativa (um

brasão, por exemplo).
Denominação de Origem
Douro ANO DE COLHEITA
Vinho tinto 2020 Não é obrigatório.
Quando consta, significa
que pelo menos 85% do
vinho provém de uvas
colhidas no ano indicado.
TEOR ALCOÓLICO
A quantidade de álcool
etílico que o vinho
contém, expressa
em percentagem de
℮ 750 ml 12% vol. volume, é uma indicação
Servir a 16 -18°C obrigatória.
Produzido e engarrafado por

PIPA & FILHOS, LDA. ADVERTÊNCIA A
5370-001 Mirandela, PORTUGAL GRÁVIDAS
Produto de Portugal Embora não obrigatória,
a informação de que o
vinho é desaconselhado
L-AAA2021 Contém sulfitos a grávidas pode ser útil
para os consumidores.
SULFITOS E OUTROS
ALERGÉNIOS
É obrigatório indicar e,
no caso dos sulfitos,
quando a concentração é
superior a 10 mg/l.

A
Indicações facultativas
A rotulagem dos vinhos pode (deveria, nalguns casos) incluir mais
informações. Vejamos algumas dessas indicações facultativas.
Para vinhos da categoria Vinho, e vinhos com DO ou IG:

– nome, morada e tipo de atividade de uma ou mais pessoas que
tenham participado na comercialização (por exemplo, viticultor,
colhido por…, distribuído por…, etc.);
– pictograma referente à presença de sulfitos e/ou outras subs-
tâncias que provocam alergias ou intolerâncias;
– indicação do teor de açúcares (seco, meio-seco ou adamado,
meio-doce ou doce);
– cor (branco, tinto, rosado – ou rosé);
– ano de colheita;
– nome da(s) casta(s) utilizada(s);
– métodos de produção (por exemplo, estagiado/envelhecido em…
e o termo barricas, para identificar o tipo de recipiente);
– distinção, medalha ou concurso;
– menções tradicionais, no caso de vinhos com DO e com IG
(Reserva, Colheita Selecionada, Escolha, Ligeiro, etc.);
– nome de uma empresa;
– menção relativa ao local do engarrafamento (Engarrafado na
Adega Cooperativa, Engarrafado pelo Produtor, etc.);
– indicação de que o engarrafamento foi efetuado numa deter-
minada exploração vitícola (Casa, Herdade, Paço, etc.), num agru-
pamento de explorações vitícolas ou numa empresa da região;
– os selos existentes para DOP e IGP (veja na página 62);
– a indicação de uma unidade geográfica maior ou menor do que a
área subjacente à DO ou IG (por exemplo, uma sub-região);
– referência à cortiça enquanto vedante e, cumulativamente, ou-
tras menções, imagens ou símbolos que atestem a gestão susten-
tável do montado de sobro donde provém a cortiça.
Para todos os vinhos: as informações relativas à forma de guardar

e servir o vinho e o período ótimo de consumo, embora facultativas,
são úteis para o consumidor. Alguns rótulos incluem a indicação
de que é seco ou doce, os pratos mais adequados para acompanhar
o vinho em causa ou a necessidade de se proceder à decantação.
Note que a rotulagem dos licorosos, dos espumantes e dos fri-

santes rege-se por disposições legais um pouco diferentes.

A
RÓTULOS MAIS CLAROS
A DECO PROTESTE defende que há informações facultativas

que deveriam ser obrigatórias e, outras, mais claras.
– A indicação do ano de colheita deveria ser obrigatória para
vinhos feitos apenas a partir de uvas da mesma colheita. Além
de facultativa, a lei apenas impõe que um mínimo de 85% do
vinho provenha de uvas colhidas nesse ano. Ou seja, um vinho
que mencione 2022 pode, na verdade, ter sido elaborado a
partir de 85% de uvas desse ano e de 15% de outros.
– De igual modo, desde que o vinho provenha de um mínimo
de 85% de uvas de uma única casta, o nome dessa casta
pode constar do rótulo como se fosse a única utilizada.
Também neste caso existe falta de transparência, pois, regra
geral, o consumidor não tem conhecimento desse facto.
– Esta proporção também é válida para os vinhos com
Indicação Geográfica, já que estes apenas necessitam que
85% das uvas sejam provenientes da região em causa,
podendo as restantes provir de outro local (inclusive do
estrangeiro). Mais uma vez, pensamos que se trata de uma
situação que deveria ser transparente para o consumidor.
– A rolha de cortiça natural é o vedante habitualmente
usado em Portugal. No entanto, têm surgido outros tipos
de vedantes – como rolhas sintéticas ou cápsulas de rosca
de alumínio, por exemplo. E o consumidor não tem, muitas
vezes, forma de identificar esse facto antes de abrir a garrafa.
Os fabricantes deveriam indicar sempre a composição dos
vedantes utilizados, sobretudo quando não se trata de cortiça.
O acondicionamento
Pode dizer-se que a elaboração do vinho é um processo que nunca
acaba, por se tratar de um produto vivo, que continua a evoluir até
ser consumido. Por isso, a forma como é acondicionado é de extre-
ma importância.
O recipiente escolhido deve permitir que o vinho envelheça de

forma adequada e se conserve em boas condições até ser consu-
mido. Para tal, é preciso que o mesmo apresente determinadas
características.

A
A garrafa
O vinho engarrafado só começou a ser comercializado no
século xviii. No início, o armazenamento e o transporte do vinho
eram feitos em ânforas de barro ou em peles de animais e, mais
tarde, em barris de madeira.
Com a introdução da garrafa de vidro, conseguiu-se, pela pri-

meira vez, manter o líquido hermeticamente fechado, aumentan-
do a sua vida útil. Atualmente, a maioria dos vinhos é comerciali-
zada em garrafas dos mais diversos formatos, cores e tamanhos.
FORMATOS MAIS COMUNS EM PORTUGAL
BORDALESA Originária da zona de Bordéus, é a garrafa mais

usada para os vinhos. Os seus “ombros” altos e “pescoço”
abrupto dificultam a passagem de sedimentos para o copo.
BORGONHESA Da região da Borgonha, é das mais antigas.

Larga e curta, com “pescoço” mais gradual e “ombros
pendentes”, é a imagem dos vinhos com Denominação de
Origem Dão.
RENANA Originária da região alemã do Reno, é alongada e

estreita, com “ombros pendentes”.
ALSACIANA Da Alsácia, no nordeste de França, é a mais alta

e delgada. Entre nós, é sobretudo usada para Vinhos Verdes.
Bordalesa Borgonhesa Renana Alsaciana

A
Os formatos mais comuns para os vinhos portugueses são a

garrafa bordalesa, a borgonhesa, a renana e a alsaciana (veja a
ilustração da página anterior). A escolha é puramente estética.
Já a capacidade das garrafas tem influência no envelhecimento e
na conservação do vinho. A mais comum é de 75 centilitros. Al-
gumas marcas usam também garrafas de outros tamanhos, por
exemplo, de 375 mililitros e de 1,5 litros (garrafas Magnum), cuja
utilização, dependendo do vinho, se encontra legislada.
A cor do vidro também não obedece apenas a questões estéticas,

pois é fundamental para proteger o vinho da ação da luz. É, por
isso, habitual usar tons mais escuros para vinhos destinados a en-
velhecerem na garrafa, reservando os claros, ou mesmo incolores,
para vinhos brancos jovens, de forma a destacar a sua cor.
A rolha e a cápsula
A rolha permite isolar o vinho do oxigénio e dos microrganismos,
contribuindo, assim, para uma melhor conservação. Na Grécia
Antiga, para prevenir a sua oxidação, acabava-se de encher as
ânforas com uma camada de azeite. Mais tarde, passaram a usar-
-se tampões de madeira enrolados em cordel, fixados ao gargalo
da garrafa. Hoje, em Portugal, usam-se quase exclusivamente
rolhas de cortiça, obtida do sobreiro (Quercus suber L.). Sabia que
é preciso esperar 25 a 30 anos para recolher, pela primeira vez, a
cortiça do sobreiro? Esta operação pode ser repetida a cada nove
anos, que é o tempo que a cortiça leva a regenerar-se. Já a cápsula
– a cobertura de alumínio ou plástico que envolve a rolha e parte
do gargalo – não visa conservar melhor o vinho. A sua função é
meramente estética, tanto mais que, antes da distribuição, as
garrafas são armazenadas sem cápsula.
Como conservar vinho

Os vinhos sofrem várias alterações à medida que envelhecem.
Com o decorrer do tempo, a cor, o aroma e o sabor modifi-
cam‑se, em consequência de transformações que ocorrem nos
componentes do vinho, como os ácidos e os taninos. Estas alte-
rações são benéficas e até desejáveis nalguns casos.

A
POSIÇÃO LUZ
Guarde as garrafas de vinho na posição Se o vinho não for
horizontal. Uma garrafa deitada permite guardado num local
que o vinho embeba a rolha, melhorando escuro, alguns dias
a função desta e levando a que a de sol bastarão
quantidade de oxigénio que penetra para o prejudicar
na garrafa seja praticamente nula. irremediavelmente,
Se assim não for, a rolha pode secar sobretudo se as
e encolher, permitindo a entrada de ar, garrafas forem
a consequente oxidação do vinho e até transparentes.
a sua evaporação.
COMO CONSERVAR
O VINHO?
VENTILAÇÃO
É desejável evitar cheiros suscetíveis
de alterar o sabor do vinho,
mantendo o local de armazenagem
convenientemente arejado. Por isso,
não se deve guardar químicos, tintas e
outros produtos no mesmo local.
VIBRAÇÕES
Para envelhecer bem, o vinho requer repouso
absoluto. Uma cave próxima de uma via de
tráfego intenso pode não ser, por isso, um local
adequado. Pela mesma razão, evite guardá-lo
junto de um frigorífico, de uma máquina de lavar
ou outro equipamento que emita vibrações.

A
HUMIDADE
A humidade relativa adequada à conservação
do vinho é de cerca de 60%, mas pode subir até
75%, sem que os efeitos sejam muito negativos.
Acima disso, existe o risco de formação de
bolores, que podem danificar os rótulos e
as rolhas. A humidade excessiva pode ser
combatida espalhando areia no chão, pondo
sal de cozinha num recipiente (tratando-se
de um espaço pequeno) ou utilizando um
desumidificador. Mas também se deve evitar
valores de humidade muito baixos, pois as
rolhas podem secar, o que permitiria uma
certa evaporação do vinho.
TEMPERATURA
O comportamento do vinho varia
substancialmente conforme a
temperatura a que é conservado.
Se for demasiado baixa (abaixo de 0°C),
o vinho pode congelar. A temperaturas
positivas até 10°C, o envelhecimento é
demasiado lento, enquanto acima de
15°C pode ser demasiado rápido.
Dito isto, a temperatura mais favorável
à conservação do vinho oscila entre
12°C e 14°C. No verão, esses valores
podem ser um pouco superiores
e, no inverno, um pouco inferiores;
no entanto, a variação não deve
ultrapassar 4°C a 5°C (a mais ou
a menos).

A
Há, por exemplo, tintos adstringentes quando jovens (sensa-

ção áspera na boca) que precisam de envelhecer, para se torna-
rem mais macios. Contudo, quase todos os vinhos à venda estão
prontos a consumir e não precisam nem ganham em envelhecer
na garrafa. Tal não impede que os guarde algum tempo na gar-
rafeira, mas não se fie na expressão “quanto mais velho, melhor
é o vinho”. É boa prática consumi-los no prazo de três anos. Os
Vinhos Verdes, esses, devem, geralmente, ser consumidos até ao
final do ano seguinte ao da colheita (indicado, em regra, no ró-
tulo), embora os da casta Alvarinho aguentem um pouco mais.
PLANEAR UMA GARRAFEIRA
Independentemente de ser um colecionador ou de querer

apenas constituir uma pequena garrafeira, é importante
pensar no espaço de armazenamento.
• Para melhor calcular as necessidades de espaço, é
importante considerar, em primeiro lugar, a quantidade de
garrafas que pretende armazenar.
• Seguidamente, pense no local. Pode ser uma arrecadação
ou parte de uma garagem, ou mesmo um canto da sala,
desde que não apresentem temperaturas muito elevadas
nem variações térmicas significativas. Se se tratar de uma
divisão dedicada exclusivamente a esta nova finalidade,
escolha um material para o chão que possa ser molhado,
caso queira aumentar a humidade.
• Se preferir, saiba que também há garrafeiras climatizadas
(semelhantes a armários refrigerados), próprias para guardar
vinhos. No entanto, é uma solução geralmente dispendiosa,
além de nem todas desempenharem bem a sua função (por
exemplo, alguns aparelhos produzem vibrações).
• O número de prateleiras deve ser calculado em função da
quantidade de garrafas, mas convém deixar algum espaço
disponível para imprevistos (ofertas, compras de ocasião,
etc.). Se possível, instale-as numa parede virada a norte.
Preferencialmente, deve guardar os vinhos brancos em
baixo, pois trata-se, normalmente, da zona mais fresca, e os
tintos em cima. Os rótulos devem ficar sempre virados para
cima, para que possa vê-los sem ter de rodar as garrafas.
A colocação de etiquetas é outra solução.

A
Seja qual for o caso, o local e a forma como as garrafas são

armazenadas são fatores determinantes para assegurar uma con-
servação adequada e evitar surpresas desagradáveis na altura de
abrir um vinho. Veja as condições de luz, temperatura e humida-
de ideais para conservar vinho, nas páginas anteriores.
Atenção: uma vez a garrafa aberta, inicia-se uma corrida contra

o tempo. Se, nos primeiros minutos, ao agitar o copo, o ar pode
ajudar o vinho a expressar melhor os seus aromas, ao fim de algu-
mas horas, desencadeia‑se um processo de oxidação responsável
por adulterar o vinho. Por esse motivo, a maioria dos vinhos não
se conserva por mais de três dias. Como o frio ajuda a retardar o
processo de oxidação, se sobrar vinho, guarde a garrafa de pé no
frigorífico, mesmo se for tinto. Os dispositivos que retiram parte
do ar da garrafa e as tampas de vácuo ajudam a conservar melhor.
Consumo ótimo
Terminadas as fases de maturação e de envelhecimento, o vinho
atinge o chamado período ótimo de consumo. Este pode manter-
-se durante um prazo mais ou menos alargado, desde que as
condições de conservação sejam adequadas. Durante esta fase, o
vinho poderá manter as suas características ou, eventualmente,
piorar. Mas, após este período, o vinho perderá qualidades, fa-
lando-se, então, de um vinho decrépito. Não existe uma fórmula
exata para determinar a duração de um vinho. Mas as suas ca-
racterísticas ajudam a intuir o período durante o qual se poderão
manter ou potenciar as suas virtudes.
Vinhos jovens
Regra geral, devem ser consumidos até ao final do ano seguinte
ao da colheita (vindima). Contudo, se as características do vinho
forem adequadas, podem manter-se em boas condições durante
mais algum tempo em garrafa. Caso pretenda saborear um vinho
jovem, escolha um cuja colheita seja do ano anterior.
Vinhos tintos com estágio curto

Os vinhos que estagiam por um curto período em madeira
podem, em geral, apresentar um período de consumo ótimo
até cinco anos após a colheita, dependendo do tipo de estágio.

A
TEMPERATURA DE SERVIÇO
Para bem servir o vinho, é fundamental conhecer a temperatura

preferencial a que deve ser bebido. Esta varia de acordo com
o tipo de vinho. Poderá ser útil adquirir um termómetro próprio
para medir a temperatura do vinho.
A TEMPERATURA DE SERVIÇO
Genericamente, os vinhos brancos
bebem-se frescos e, quanto mais doces e
jovens, mais frescos devem estar. De igual
modo, também os tintos, quanto mais
jovens, mais frescos devem ser servidos.
À medida que envelhecem, ganham com
a subida de temperatura. Mas atenção:
uma temperatura de 22°C pode prejudicar
irremediavelmente a qualidade do vinho,
pelo que mais vale consumi-lo mais
fresco do que demasiado quente.
SE O VINHO ESTIVER MUITO FRIO

Colocar um vinho à temperatura ambiente poderá
demorar algum tempo. Por exemplo, um vinho tinto
que esteja a 12°C (ideal para a conservação), quando
colocado numa sala em que a temperatura ambiente
seja de 21°C, demorará cerca de 80 minutos a atingir
a temperatura desejada (16°C). Mas não se deve
forçar o aquecimento recorrendo, por exemplo,
a uma lareira ou a um radiador, pois, dessa forma,
haverá sempre partes do vinho que ultrapassarão
a temperatura adequada. No entanto, a imersão da
garrafa em água quente (a uma temperatura próxima
da desejável) permite obter bons resultados.
O inconveniente deste método reside no facto de
o rótulo se molhar e poder descolar.
COMO ARREFECER O VINHO

Se tiver uma garrafa de vinho branco a 21°C
(temperatura ambiente) e quiser servi-lo
à temperatura de 12°C, terá de a guardar
no frigorífico mais de uma hora e meia para atingir
a frescura desejável. Se a colocar num balde com
água e gelo, precisará apenas de cerca de dez
minutos! O inconveniente é que o vinho que se
encontra no topo da garrafa não se mistura com
o de baixo, pelo que o primeiro copo servido pode
não se encontrar suficientemente frio, além de que
o rótulo ficará molhado.

A
TINTO 16ºC-18ºC
TINTO JOVEM 12ºC-14ºC
BRANCO 10ºC-12ºC
ROSÉ 10ºC
BRANCO JOVEM 8ºC-10ºC
ESPUMANTE 6ºC-8ºC
SIRVA EM COPOS
ADEQUADOS
Os mais habituais têm
forma de tulipa, mais largos
em baixo e ligeiramente
afunilados no rebordo.
Usam-se tanto para o
vinho tinto como para o
branco. Neste caso, são
mais pequenos, para manter
o vinho fresco. Evite formas
muito abertas, para os
aromas não se escaparem
muito depressa, e os de
vidro colorido, para apreciar
corretamente a cor do
vinho. Prefira copos finos,
sem relevos nem desenhos,
e com o pé suficientemente
alto, para não aquecer
o vinho com as mãos nem
deixar dedadas no copo.

A
Vinhos tintos com estágio prolongado

Quanto mais longo for o período de estágio, mais alargado será
o período ótimo de consumo, podendo prolongar-se até 15 anos.
Vinhos brancos com estágio prolongado

São vinhos a consumir pelo menos dois anos após o ano de co-
lheita indicado no rótulo. O seu período ótimo dependerá das
características desse estágio.
Servir e provar o vinho

Para que um vinho seja apreciado corretamente, é necessário não
só conservá-lo nas condições adequadas, mas também servi-lo de
forma correta. Seguem-se alguns aspetos a observar.
Temperatura ótima de consumo

A temperatura ótima de consumo varia consoante o tipo de néc-
tar (veja as páginas anteriores). Certo é que a temperatura de ser-
viço pode alterar, negativa ou positivamente, as suas qualidades.
O aumento da temperatura favorece a evaporação das subs-

tâncias voláteis. Deste modo, os aromas são mais percetíveis a
18°C, diminuem a 12°C e ficam quase neutros abaixo dos 8°C.
Os vinhos naturalmente aromáticos beneficiam com as tempe-
raturas baixas, enquanto os que adquiriram bouquet, por terem
sido guardados, são favorecidos por temperaturas mais elevadas.
O sabor fica prejudicado com temperaturas muito baixas (in-

feriores a 8°C). Regra geral, quanto mais elevada é a temperatu-
ra, maior é a sensação de doçura; quanto mais baixa, menor é a
sensação de acidez. Por exemplo, um vinho licoroso parece mais
doce a uma temperatura elevada; um Vinho Verde tinto, dada a
sua acidez característica, pode parecer muito ácido a 18°C, mas
a 12°C sente-se apenas uma agradável frescura.
A temperatura atua também sobre a solubilidade do gás carbó-

nico. À medida que a temperatura aumenta, o gás tem tendência a
libertar-se. Tal explica que os espumantes se sirvam bem frescos.

A
Finalmente, o teor em taninos também condiciona a tempera-

tura de serviço de um vinho: quanto maior for esse teor, menos
frio se deve beber o vinho, já que quanto mais alta é a tempera-
tura, menor é a sensibilidade à adstringência. Daí resulta que os
tintos de reserva se sirvam à temperatura ambiente, os tintos
jovens, um pouco mais frescos, e os brancos, frios.
A decantação
Esta operação consiste na passagem do vinho para um recipiente
(denominado decantador), com o objetivo de separar eventuais
depósitos (as chamadas borras), formados devido ao envelheci-
mento em garrafa. Por esse motivo, recorre-se a este método so-
bretudo com vinhos guardados há mais tempo na garrafeira. Há
diversos tipos de decantador, mas todos são de vidro claro e sem
pega. Não deve ser utilizado para guardar o vinho.
Para separar eventuais depósitos, é conveniente colocar a

garrafa na vertical 24 a 48 horas antes, para que quaisquer par-
tículas em suspensão se depositem no fundo da garrafa. Pode
então iniciar a decantação. Num local bem iluminado, incline
a garrafa e verta cuidadosamente o vinho para o decantador. A
boa iluminação é importante para que possa observar o depó-
sito a aproximar-se do gargalo. Antes que as partículas passem
para o recipiente, pare de verter. Pode servir o vinho logo após
a decantação.
Note que se apenas pretende deixar arejar ou “respirar” o vi-

nho, não precisa de o decantar: basta abrir a garrafa um pouco
antes de o servir. Na verdade, como a maioria dos vinhos não tem
depósito, a decantação é, quase sempre, desnecessária.
O copo
É importante servir o vinho em copos adequados. Estes não deve-
rão ter formas muito abertas, para que os aromas não se escapem
com demasiada rapidez, nem ser de vidro opaco ou colorido, pois
tal prejudicaria a apreciação correta da cor do vinho. Além disso,
o vidro dos copos deve ser fino e sem quaisquer tipos de desenhos
ou inscrições.

A
Que formato escolher?

Os copos em forma de tulipa (como os da ilustração abaixo) são
os mais habituais. O seu formato faz lembrar essa flor, pois é
esférico e alargado em baixo, e afunila ligeiramente no rebordo.
Usa-se tanto para o vinho branco como para o tinto, mas, neste
caso, é um pouco maior. Os copos de vinho branco costumam
ser mais pequenos do que os de tinto, para evitar que o vinho
EXEMPLOS DE COPOS EM FORMA DE TULIPA
Vinhos brancos Vinhos tintos Copo de prova ISO
COPO DE DEGUSTAÇÃO PROFISSIONAL

46 mm
100 mm
155 mm
65 mm
55 mm
65 mm

A
aqueça. Ambos devem ter um pé suficientemente comprido, para

que possamos pegar no copo sem aquecer o vinho com o calor
das mãos nem deixar dedadas que poderiam afetar a avaliação
correta do seu aspeto.
O copo para a prova profissional obedece a normas ISO (Inter-

national Organization for Standardization). Também em forma de
tulipa, com medidas muito precisas, o topo do cálice vai afunilando
ligeiramente para dentro (veja-o em detalhe na página anterior).
Como usar os copos?

Encha o copo até dois terços, para que o possa agitar um pouco
sem derramar o vinho. Mas antes, assegure-se de que os copos
têm uma temperatura adequada. Deve evitar-se, por exemplo, co-
pos ainda quentes após a lavagem, sob pena de alterar a tempera-
tura da bebida. Prefira lavá-los à mão, com pouco detergente, para
evitar que este neutralize os aromas do vinho. Enxague-os bem
e, se possível, deixe-os a escorrer antes de os secar com um pano.
Os copos devem ser guardados num local seco, para evitar cheiro
a mofo, sob pena de prejudicar a apreciação do vinho.
Como provar o vinho

A degustação de um vinho passa por várias fases, ilustradas nas
páginas seguintes. Veja exemplos da terminologia usada pelos
profissionais para descrever um vinho no quadro da página 84.
Observe a limpidez e a cor

Uma vez servido no copo, comece por observar o aspeto do vinho.
Aproxime-o de uma fonte de luz, de preferência natural. Caso
não seja possível, recorra a uma luz artificial que incida sobre
um fundo neutro (parede, folha ou toalha brancas). As sensações
visuais a analisar dizem sobretudo respeito à limpidez (turvação,
brilho) e à cor (tonalidade, intensidade, nuance). Um vinho cor-
reto não se pode apresentar turvo (exceto uma ligeira turvação
nos vinhos velhos), sinal de negligência no decurso da vinificação
e do engarrafamento.
De seguida, observe a cor. Os vinhos tintos jovens são, geral-

mente, vermelho-arroxeados (violeta, rubi, granada). Os mais
velhos pendem para o alaranjado e o acastanhado. Quanto aos

A
A PROVA EM 4 PASSOS
A degustação de um vinho é uma experiência

sensorial complexa, que se processa em
diferentes fases e apela aos sentidos da visão,
do olfato e do paladar. Para usufruir dela
plenamente, é necessário estar num local bem
iluminado, e que quem o prova concentre a sua
atenção nas diferentes sensações e as analise
em separado. Vejamos os principais aspetos a
ter em conta.
1. ASPETO
Antes de provar o vinho, observe-o.
• Limpidez: um vinho correto não se
deve apresentar turvo (exceto uma ligeira
turvação nos vinhos velhos), sinal de
negligência no processo de vinificação e
engarrafamento.
• Cor: depende de várias fatores, como
as castas, o processo de vinificação ou
a idade do vinho. Os vinhos tintos jovens
são geralmente vermelho-arroxeados;
os mais velhos podem apresentar-se
alaranjados ou acastanhados. Quanto aos
brancos, serão tanto mais claros quanto
mais jovens.

A
2. AROMA
Segure o copo pelo pé, aproxime-o do nariz e inspire.
Permite verificar se o vinho não apresenta aromas suspeitos.
Num segundo momento, faça alguns movimentos circulares
com o copo para libertar os aromas secundários e terciários.
O perfil aromático dos vinhos jovens é mais simples. À medida
que o vinho envelhece, os aromas tornam-se mais complexos.
• Aromas primários (ou aromas de casta): provêm das uvas e,
normalmente, apresentam características frutadas.
• Aromas secundários: provêm da fermentação e, por isso,
têm características vinosas.
• Aromas terciários (ou bouquet): são típicos dos vinhos
envelhecidos.
3. SABOR
Depois de apreciar o aspeto e o aroma do vinho, chega o momento de
o saborear. As papilas gustativas permitem distinguir quatro sabores
básicos: amargo, salgado, ácido e doce. Para provar o vinho, deve tomar-
-se um pequeno gole, que se faz tornear na boca com a língua, para
libertar os aromas e acentuar o sabor. A essa primeira impressão na boca
chamamos ataque. É uma sensação predominantemente adocicada e
macia. De seguida, opera-se uma alteração dos primeiros sabores, a que
se dá o nome de evolução.
Um bom vinho resulta sobretudo do equilíbrio entre acidez, álcool e
taninos. A acidez, quando equilibrada, confere ao vinho vivacidade;
o álcool, plenitude; e os taninos, quando bem desenvolvidos, o
sabor aveludado. Os taninos também causam sensações de secura
e adstringência, mas, à medida que o vinho envelhece, suavizam-se.
4. PERSISTÊNCIA GUSTATIVA
A prova não acaba com a deglutição. Também se avalia a persistência
do sabor na boca. Quanto maior e mais intensa for, melhor. Mas esta
persistência deve ser equilibrada, ou seja, desprovida de acidez ou
dureza. Nos vinhos tintos, surgem em último lugar os sabores amargos
e adstringentes, que costumam associar-se à acidez. Quando estes
predominam, diz-se então que os vinhos são duros.

A
AS CORES DOS VINHOS

Vinho tinto
Violeta Rubi Granada Acastanhado
Vinho branco
Quase incolor Citrino Amarelo-palha Dourado
brancos, serão tanto mais claros quanto mais jovens. O enve-

lhecimento em casco de carvalho ou em garrafa escurece-os
gradualmente. As tonalidades vão de quase incolor ao dourado.
Os brancos doces, mesmo enquanto jovens, tendem a ser mais
escuros do que os secos. Os tons acastanhados raramente são
bom sinal (pode indicar uma oxidação excessiva). A observação
do vinho revela outras indicações importantes, como a libertação
de gás e o teor alcoólico. Como o álcool é mais viscoso do que a
água, escorre mais devagar nas paredes do copo. Por outro lado,
ao ser levemente agitado, o vinho mistura-se com o ar e forma es-
puma, que é colorida nos vinhos jovens e incolor nos mais velhos.
Identifique os aromas
O órgão do olfato está localizado na parte superior das fossas nasais.
As duas vias possíveis de exercitar o olfato são: a direta, por inspira-
ção pelas narinas, e a retronasal (pela rinofaringe), por passagem in-
terna da cavidade bucal às fossas nasais. O aroma sentido no interior
da boca utiliza a via retronasal. O treino acaba por conferir ao olfato
a capacidade de identificar centenas de aromas diferentes. Para des-
crever os aromas, utiliza-se um vocabulário próprio, ligado a outras
experiências olfativas: aromas florais, frutados, vegetais, etc.

A
Aprecie o sabor
O sabor do vinho é influenciado pela temperatura, pelo teor al-
coólico, pelos taninos e, sobretudo, pelos aromas, que, através da
cavidade bucal, remontam ao nariz. O (bom) gosto de um vinho,
por subjetivo que seja, resulta principalmente do equilíbrio en-
tre a acidez, o álcool e os taninos. A acidez, quando equilibrada,
confere ao vinho vivacidade; o álcool, plenitude; e os taninos,
quando bem desenvolvidos, o sabor aveludado. Os taninos po-
dem também causar secura e adstringência, mas, à medida que o
vinho envelhece, suavizam-se. Os tintos jovens tendem, por isso,
a ser mais “agressivos”.
Avalie a persistência gustativa (final de boca)

Na degustação, também se avalia a persistência do sabor na boca.
Quando a impressão inicial se prolonga por muito tempo, diz-se
que o vinho é persistente. Quanto mais intensa for a persistência,
melhor. Mas essa persistência deve ser equilibrada, desprovida
de acidez ou dureza. No caso da degustação dos vinhos tintos,
surgem em último lugar os sabores amargos e adstringentes, que
costumam associar-se à sua acidez. Quando estes dominam a
impressão final ou final de boca, diz-se que os vinhos são duros.
Veja alguns termos usados nas provas profissionais e o seu signi-
fica no quadro e no Glossário do enólogo, nas páginas seguintes.
FLORAIS ERVAS AROMÁTICAS

rosa, madressilva, E ESPECIARIAS AMADEIRADOS
acácia, flor de pimenta, noz-moscada, carvalho, madeiras
loureiro, etc. canela, etc. exóticas, etc.
FRUTADOS VEGETAIS
amora, alperce, relva recém-
banana, citrinos, etc. -cortada, feno, etc.

A
TERMOS DA DEGUSTAÇÃO PROFISSIONAL

Limpidez: cristalino, límpido, opalino, turvo
Cor: viva, nítida, cintilante, brilhante, baça, mate, duvidosa, pouco
fresca
Branco: citrino (amarelo‑esverdeado), amarelo (pálido
ASPETO
ou carregado), amarelo‑canário, amarelo‑citrino, palha
(amarelo‑palha), dourado (amarelo‑dourado), acastanhado
Tinto: rubi, vermelho‑rubi, vermelho‑violeta, vermelho‑granada,
vermelho‑acastanhado, rubi‑acastanhado
Primeira impressão: agradável, normal, desagradável
Intensidade: nula, fraca, suficiente, intensa, muito intensa
AROMA
Aroma: floral, vegetal, frutado, ervas e especiarias, balsâmico,
madeira, outros
Intensidade: ligeira, média, desenvolvida, plena, profunda, intensa
Estrutura: equilibrado, harmonioso, correto, desequilibrado
Açúcar: pastoso, meloso, untuoso, gordo, fundente
SABOR Acidez: muito verde, verde, acidulado, nervoso, vivo, fresco, redondo
Adstringência: adstringente, rascante, rude, taninoso, bem
constituído
Álcool: falho, ligeiro, quente, generoso, capitoso
FINAL DE
BOCA
Muito curto, curto, longo, muito longo, persistente
Vinhos e sabores
É importante escolher o vinho em função da ementa, especial-
mente nas ocasiões de festa. Antes de mais, o gosto do vinho não
se deve sobrepor ao do prato, e vice-versa. Por esse motivo:
– os pratos leves pedem vinhos igualmente leves, e os pratos con-
dimentados ficam bem com vinhos encorpados;
– os vinhos velhos e aromáticos podem acompanhar pratos tem-
perados com ervas aromáticas e especiarias;
– os vinhos mais adstringentes ligam bem com pratos gordos;
– e os vinhos frutados com comidas salgadas e doces.
É costume acompanhar o peixe de vinho branco, os mariscos

de Vinho Verde branco (ou de um branco acidulado), a carne de
vinho tinto, e as sobremesas de vinhos licorosos ou espumantes.
Contudo, é cada vez mais comum escolher em função do gosto
pessoal, sem ter em conta quaisquer regras.
Idealmente, uma refeição caminha para um ponto culminante,

e a escolha dos vinhos também deve seguir esse caminho. Regra
geral, servem-se os brancos antes dos tintos, os secos antes dos
doces e os jovens e leves antes dos envelhecidos e encorpados. No
Cantinho do especialista, veja como harmonizar queijos e vinhos.

A
GLOSSÁRIO DO ENÓLOGO
ACÉTICO Aroma e sabor azedos revelou todos os seus aromas, por

ou avinagrados que denotam estar muito frio ou ser jovem.
problemas de conservação.
FINAL DE BOCA Sensação na
ADAMADO Meio-seco. boca após a prova (curto ou longo).
ADSTRINGENTE Sensação áspera FRESCO Vinho que transmite

na boca, típica dos vinhos novos. frescura, pela sua acidez natural.
AGRESSIVO Vinho “duro”, com GENEROSO Licoroso, como o

excesso de taninos ou ácidos. Vinho do Porto.
AGULHA Com “pico” ou perlante, IMPETUOSO Com aroma e sabor

devido à presença de gás. intensos, mas com final curto.
ATAQUE Primeira sensação do JOVEM Com características

vinho quando colocado na boca. frutadas e frescas. Também define
vinho de uma colheita recente.
BALSÂMICO Com aroma resinoso
(a verniz, cedro, resina, etc.). LOTE (VINHO DE) Produzido com
várias castas. O mesmo que blend.
BOUQUET Conjunto de aromas
que se formam no estágio em MACIO Suave, aveludado ou
madeira ou ao envelhecer em redondo. Nos vinhos doces,
garrafa, típico dos vinhos velhos designa os açúcares residuais.
ou maduros.
MAGRO Sem corpo, aguado.
CARÁTER “Personalidade” de um
bom vinho. O contrário de “chato”. MELOSO Sabor a mel nalguns
vinhos licorosos e brancos.
CARREGADO Com elevado teor
alcoólico (capitoso) ou cor intensa. MONOCASTA Vinho produzido
com uma só casta. Estreme ou
CASTA Videira que produz uvas varietal são sinónimos.
para vinho. Na prova, designa
aromas e sabores típicos da uva. OXIDADO Que perdeu qualidades
por contacto excessivo com o ar.
CHATO Vinho sem caráter, com
pouca acidez ou que perdeu PLENO Quando atinge o topo
qualidades com o tempo. do seu desenvolvimento. Após a
plenitude, o vinho perde qualidade.
ENCORPADO Rico em taninos,
com estrutura forte e caráter, SULFUROSO Aroma proveniente
robusto ou redondo. do uso excessivo de conservantes
(dióxido de enxofre e sulfitos).
EQUILIBRADO Vinho harmonioso,
cujos elementos se conjugam de TANINOS Compostos naturais
forma exemplar. das uvas. Causam adstringência
nos vinhos novos, mas tendem a
FECHADO Vinho que ainda não suavizar-se quando envelhecem.

A
PARTE 2
VINHOS
BRANCOS
E TINTOS
A
A
VIN HOS B RAN COS E TIN TO S PA RT E 2
Todos os anos, a DECO PROTESTE publica no Guia de vinhos

os resultados de 300 néctares, número que inclui, nesta edição,
43 vinhos espumantes brancos meio-secos e brutos (veja o Dossiê
na Parte 3). Com base em estudos de mercado, foram selecionados
também 107 vinhos brancos e 150 tintos de diferentes regiões,
certificados com Indicação Geográfica (IG) e Denominação de
Origem (DO).
Os principais critérios para a seleção dos vinhos testados foram

a representatividade das marcas (número de unidades vendidas
e presença nos principais locais de venda) e a disponibilidade da
colheita na altura da publicação deste guia.
Em síntese, são, em regra, escolhidos vinhos que os consu-

midores mais procuram nos principais canais de distribuição,
excluindo as colheitas já testadas em edições anteriores. Além
disso, a DECO PROTESTE procura adquirir garrafas das colhei-
tas mais recentes já disponíveis na altura dos testes, para que seja
altamente provável que ainda se encontrem à venda no momento
da publicação do guia.
Os vinhos foram comprados entre janeiro e maio de 2023, e sub-

metidos a análises laboratoriais e a provas de degustação por um
painel de provadores profissionais. As avaliações obtidas e os preços
(com base num levantamento de mais de 4700 preços realizado a
nível nacional em maio de 2023) são apresentados em fichas indivi-
duais no capítulo 2 (Vinhos brancos) e no capítulo 3 (Vinhos tintos),
no final desta Parte do Guia de vinhos.
Mas primeiro, veja, no capítulo 1, como são testados os vinhos

e os principais resultados obtidos num conjunto de mais de 1850
análises em laboratório e provas de degustação. No final do capítulo,
descubra os vinhos brancos e tintos que se destacaram nos testes,
com a melhor classificação global e com o selo de Escolha Acertada,
a distinção da DECO PROTESTE para os produtos que ostentam a
melhor relação entre boa qualidade e preço.

A
CAPÍTULO 1
O TESTE
À LUPA
A
No laboratório
Todos os vinhos são analisados para determinar o teor alcoólico,
os açúcares totais, a acidez volátil e total, o ácido sórbico e o dió-
xido de enxofre. Para os Vinhos Verdes, mede-se ainda o valor da
sobrepressão e calcula-se a acidez fixa, que toma o lugar da total.
Teor alcoólico anunciado e medido

O álcool é um dos principais elementos do vinho, pois influencia
a sua qualidade, conservação e o seu valor comercial. O teor al-
coólico (expresso em % vol.) deve constar do rótulo e correspon-
de, grosso modo, à quantidade de etanol (álcool etílico) contida
em cem volumes de bebida. Um vinho com um teor alcoólico de
13% vol. contém 13 mililitros de álcool por cem mililitros.
Segundo as disposições comunitárias, a diferença máxima ad-

mitida entre o valor anunciado e o medido, para cima ou para
baixo, é de 0,5% vol., mas pode ser aumentada em 0,3% vol. nos
vinhos engarrafados há mais de três anos (o que dá uma diferença
máxima admissível até 0,8% vol.). Os teores alcoólicos mínimos
legais foram sempre respeitados e a maioria dos vinhos testados
para esta edição respeitou a margem. Contudo, dez tintos e sete
brancos apresentaram um desvio superior ao permitido por lei.
Açúcares totais
O sabor adocicado do vinho não se deve exclusivamente aos açú-
cares. Estas substâncias podem subdividir-se em três grupos:
– açúcares propriamente ditos, que existem na uva e permanecem,
em parte, por fermentar (por exemplo, a glucose e a frutose);
– poliálcoois, que provêm igualmente das uvas e que se encontram
nos vinhos em doses mais ou menos modificadas pela fermenta-
ção (por exemplo, o manitol e o sorbitol);
– álcoois formados durante a fermentação, como o álcool etílico
ou o glicerol.
Nas uvas bem maduras, a glucose e a frutose estão presentes

em quantidades idênticas. No entanto, no final da fermentação,
a frutose é predominante. A sacarose (o vulgar açúcar de cozinha)

A
O TE STE À LUPA CA P Í T U LO 1
existe em pequenas quantidades na uva, e desaparece com o de-

correr da fermentação. Se, mais tarde, aparecer no vinho, é sinal
de que foi adicionada, sendo esta prática interdita.
A regulamentação comunitária define que os vinhos são:

– secos, quando o teor de açúcares é menor ou igual a 4 gramas por
litro (ou a 9 g/l, quando a acidez total não é inferior, em mais de 2 g/l,
ao teor de açúcares);
– meio-secos ou adamados, quando o teor de açúcares excede os va-
lores referidos para os secos e atinge, no máximo, 12 g/l (ou 18 g/l,
quando a acidez total não é inferior, em mais de 10 g/l, ao teor de
açúcares);
– meio-doces, quando o teor de açúcares excede os valores referidos
para os meio-secos e atinge, no máximo, 45 g/l;
– doces, quando o teor de açúcares é igual ou superior a 45 g/l.
A maioria dos vinhos testados revelaram ser secos. Oito néc-

tares brancos e sete tintos são meio-secos e um branco é doce.
Infelizmente, esta indicação não é obrigatória. Seria útil que
constasse dos rótulos, pois ajudaria o consumidor a fazer uma
escolha esclarecida.
O ÁLCOOL ENGORDA?
A quantidade de açúcares e de álcool determina o valor

calórico de uma bebida alcoólica. Eis valores aproximados:
– um copo de vinho branco ou tinto (12% vol.) fornece 75 kcal;
– uma cerveja (imperial) fornece 80 kcal;
– um copo de whisky fornece 110 kcal;
– um cálice de Vinho do Porto fornece 75 kcal;
– um flûte de vinho espumante bruto fornece 105 kcal;
– um flûte de vinho espumante meio-seco fornece 125 kcal.
Acidez fixa, volátil e total

A acidez influencia o aroma, o sabor e a conservação do vinho.
Os ácidos do vinho podem ser provenientes das uvas (tartárico,
málico e cítrico) ou da fermentação (succínico, láctico e acético):
– tartárico. Dos três ácidos presentes na uva, é o mais forte e o

A
mais resistente à ação das bactérias. À medida que a quantidade

de álcool aumenta e as temperaturas baixam, a sua concentração
diminui;
– málico. É frágil e facilmente decomposto por bactérias. Encon-
tra-se nas folhas e nos frutos, e existe em grande quantidade nas
uvas verdes, às quais confere o característico sabor amargo. À
medida que o processo de vinificação avança, a sua concentração
vai diminuindo, podendo desaparecer totalmente;
– cítrico. Existe nas uvas em quantidades reduzidas. Durante a
vinificação, fermenta, sob a ação das bactérias, e desaparece;
– succínico. É formado pela ação das leveduras e acompanha a
fermentação alcoólica. Durante a conservação do vinho, não so-
fre evolução;
– láctico. Também é um produto da fermentação (alcoólica, ma-
loláctica ou láctica). Não existe nas uvas;
– acético. Ao contrário dos anteriores, é volátil (evapora) e, por-
tanto, destilável. Tal como o ácido láctico, forma-se pela ação
das bactérias acéticas. Em contacto com o ar, estas são capazes
de oxidar o álcool, originando valores elevados de ácido acético.
A acidez fixa provém das uvas e da fermentação. Inclui os ácidos

tartárico, málico, cítrico, succínico e láctico (ácidos não destilá-
veis). É sobretudo esta acidez que reforça e conserva os aromas,
dá corpo e frescura ao vinho e contribui para um bom envelheci-
mento. Nos Vinhos Verdes, é mais elevada: a legislação autoriza
um mínimo de 4,5 gramas (em ácido tartárico) por litro.
A acidez volátil resulta da fermentação e é constituída, essen-

cialmente, pelo ácido acético e por um dos seus derivados, o ace-
tato de etilo. É este que, em grande parte, provoca o azedume dos
vinhos. O cheiro a azedo é percetível mesmo em doses baixas,
e pode indicar que as condições de conservação foram deficien-
tes. Por isso, a lei determina que a acidez volátil não deve exce-
der 1,08 gramas por litro (em ácido acético) nos vinhos brancos,
nem 1,2 gramas por litro nos tintos.
A acidez total é a soma da acidez fixa com a volátil. É desejável

que se situe entre 4,5 e 7,5 gramas de ácido tartárico por litro. Só
os Vinhos Verdes podem apresentar valores mais elevados.
Os testes em laboratório revelam que os vinhos analisados

têm, globalmente, uma acidez correta. Mas três tintos revelaram

A
uma acidez volátil mais elevada: Portal de S. Braz 2021 Alicante-

-Bouschet, Somontes Reserva 2020 e Odelouca 2020.
Ácido sórbico
O ácido sórbico começou a ser utilizado como aditivo nos produ-
tos alimentares nos anos 50 do século xx. É um conservante co-
mum devido às suas propriedades fungicidas. No vinho, evita que
as leveduras fermentem os açúcares, sem no entanto as destruir.
O ácido sórbico está autorizado nos vinhos consumidos na

União Europeia desde 1979, até ao limite de 200 miligramas por
litro. Mas, nestas quantidades, não tem propriedades antibac-
terianas, limitando-se a evitar a refermentação dos vinhos com
mais açúcares e a reforçar a ação do dióxido de enxofre.
Assim, por si só, o ácido sórbico não representa uma real efi-
cácia, sobretudo nos vinhos secos, pelo que a DECO PROTESTE
considera o seu uso desnecessário. Felizmente, a maioria dos pro-
dutores não o utilizam, tal como comprovam as análises. Em 257
vinhos brancos e tintos, detetaram este aditivo em dez brancos e
onze tintos. Embora dentro dos limites legais, foram penalizados
com nota negativa neste critério.
Sobrepressão
Os Vinhos Verdes são ligeiramente gasosos. O gás que contêm tan-
to pode ter origem em processos naturais como na adição de CO2,
o que acontece com frequência.
Do ponto de vista sensorial, a gaseificação excessiva prejudica a

qualidade do vinho. Por lei, os vinhos tranquilos (categoria a que
pertencem os Vinhos Verdes) não podem ter uma sobrepressão
superior a 1 bar (unidade de medida da pressão) na garrafa. Caso
contrário, deixam de ser considerados tranquilos e passam à ca-
tegoria de vinhos frisantes (sobrepressão de 1 a 2,5 bares).
Em quatro vinhos brancos e um tinto, as análises evidencia-

ram uma sobrepressão elevada, não conformidades que a DECO
PROTESTE tem vindo a encontrar ao longo dos tempos.

A
Dióxido de enxofre
A utilização cuidadosa e racional de dióxido de enxofre (SO2)
e/ou de sulfitos ajuda a manter o caráter frutado e a frescura dos vi-
nhos. O emprego racional destas substâncias é fundamental. A ver-
dade é que, por si só, o vinho não se conserva bem e, deixado à sua
sorte, acaba por azedar em pouco tempo. Para a DECO PROTESTE,
os limites permitidos por lei (indicados abaixo) são elevados.
DIÓXIDO DE ENXOFRE (SO2) NA DOSE CERTA
O dióxido de enxofre encontra-se no vinho tanto no estado

livre como combinado. O SO2 total é o resultado da soma de
ambos. Com a alteração da organização do mercado comum
do vinho, os valores-limite de SO2 baixaram ligeiramente:
- os vinhos tintos com menos açúcares devem ter um valor
de SO2 total igual ou inferior a 150 miligramas, e os brancos a
200 miligramas por litro;
- se os açúcares estiverem presentes em concentrações
iguais ou superiores a cinco gramas por litro, esses valores
são aumentados para 200 e 250 miligramas por litro,
respetivamente.
EM EXCESSO, o vinho pode

adquirir um odor picante e um
final de boca desagradável. Além
+ disso, uma concentração excessiva
de SO2 no organismo pode ter
efeitos secundários em pessoas
sensíveis (náuseas, dores de cabeça,
problemas digestivos e cutâneos e
até asma). E convém não esquecer
que se trata de um aditivo presente
em muitos outros alimentos.
SE FOR INSUFICIENTE, o
− efeito conservante perde-se
e o vinho não fica protegido
contra a oxidação e eventuais
refermentações dos açúcares.

A
Os testes mostram que, por vezes, existe uma tendência para

abusar destes aditivos, sem que isso se traduza numa melhoria de
qualidade. E este ano não é exceção: nas análises em laboratório,
uma dúzia de vinhos brancos e três tintos continham este con-
servante em doses mais elevadas do que o necessário. Obtiveram,
por isso, apreciações negativas no SO2 total. Contudo, nenhum
ultrapassou os valores legalmente autorizados.
Dado o seu potencial efeito alergénico, é obrigatório indicar,

desde 25 de novembro de 2005, a presença de SO2 e de sulfitos no
rótulo dos vinhos, sempre que estes estejam presentes em con-
centrações acima de dez miligramas por litro. Todos os vinhos
analisados respeitam este requisito.
Prova de degustação
As análises laboratoriais permitem detetar defeitos de composição,
ou mesmo fraudes. Mas de que adiantará uma composição quími-
ca correta se o vinho não agradar ao paladar?
Por isso, como é habitual, um painel de provadores profissio-

nais avaliou e descreveu as principais características de todos os
vinhos testados. Sempre que se constatou algum defeito pontual
numa garrafa (sabor a rolha, por exemplo), foi feita a troca por
outro exemplar, para que o vinho não fosse penalizado por um
acidente de percurso.
Nenhum provador sabia que vinho estava a degustar (é a cha-

mada “prova cega”), para evitar qualquer tipo de influência, fosse
ela a marca, a região ou qualquer outro elemento presente no
rótulo. A prova de degustação também tem um caráter limitativo,
o que significa que a qualidade global de um vinho nunca poderá
ser superior à atribuída neste critério.
Os comentários apresentados nas fichas, da responsabilidade

dos provadores profissionais, revelam que os vinhos testados fo-
ram do seu agrado: destacaram mais de meia centena com cinco
estrelas (a maioria tintos).
A prova também é determinante para definir o período ótimo

A
ASPETOS ANALISADOS
PELO PAINEL DE PROFISSIONAIS
LIMPIDEZ. Em grande parte, depende dos meios

técnicos de que o vinicultor dispõe. Um vinho turvo
ou com partículas em suspensão causa uma impressão
desfavorável, mesmo que este aspeto não se reflita
na qualidade.
COR Varia consoante a proveniência, as castas,

a vinificação e a idade do vinho. O envelhecimento
dos brancos leva a variações de cor que se traduzem
no escurecimento do tom inicial. Nos tintos acontece
o contrário.
AROMA É onde se manifestam

as castas de cada vinho e se
encontram as combinações
de perfumes e sensações que
o identificam. Quanto menos
castas tiverem sido utilizadas
e mais jovem for o vinho, mais
simples é o aroma. À medida
que o vinho envelhece,
desenvolvem-se novos aromas
e o bouquet torna-se mais
complexo.
SABOR Ao provar o vinho,

valoriza-se o equilíbrio
entre a acidez e o corpo,
a frescura e a persistência que
evidencia. São penalizados
eventuais defeitos, como
amargor excessivo ou falta
de persistência.
PERÍODO ÓTIMO DE
CONSUMO Na prova, o painel
de profissionais consegue
estimar o período ótimo
de consumo de cada vinho,
se este for conservado de
forma adequada.

A
para o consumo de cada vinho quando guardado em condições

adequadas. Essa informação também consta das fichas dos vi-
nhos testados nos capítulos seguintes.
ATENÇÃO: dada a sua importância, a avaliação do SO2 total

tem um caráter limitativo relativamente a todas as análises
efetuadas em laboratório. Ou seja, o valor total das análises
nunca pode ser superior ao valor obtido neste parâmetro.
Compare preços
e poupe
Para apurar os preços dos vinhos analisados, em maio de 2023, a
DECO PROTESTE fez um levantamento numa centena de esta-
belecimentos, em Portugal Continental e nas Ilhas, distribuídos
por garrafeiras, supermercados e hipermercados. No total, foram
recolhidos mais de 4700 preços.
Nos vinhos brancos, o Soalheiro Alvarinho 2022 (entre 8,90 e

13,90 euros) distinguiu-se com a melhor avaliação global. Mas,
por menos de dois euros, pode comprar qualquer uma das sete
Escolhas Acertadas. Todas são de boa qualidade e interessantes
para um consumo quotidiano. A mais barata, o Pingo Doce Pal-
mela 2022, custa a partir de 1,59 euros e obteve 71% na apreciação
global.
Nos tintos, foi o Adega de Borba Reserva 2020 (entre 9,49 e

12,25 euros) que arrecadou a medalha de Melhor do Teste. Con-
tudo, há boas alternativas por um preço mínimo até dois euros,
como as cinco Escolhas Acertadas, que ostentam a melhor rela-
ção entre qualidade e preço. Por exemplo, o Nauta 2021, à venda
desde 1,79 euros, alcançou 80% na qualidade global.
Além de grandes variações de preços entre marcas, a DECO

PROTESTE alerta para as diferenças assinaláveis que podem
existir entre lojas. Alguns vinhos chegam a custar o triplo con-
soante o ponto de venda, como os brancos Papo Amarelo Reserva

A
2022 e o Pavão Grande Escolha 2022; e os tintos Conde de Calhariz

Cellar Selection 2021 e o Alto Pina Vinhas Velhas 2019. Nalguns casos,
o mesmo néctar apresenta variações de preços na ordem dos dez
euros entre estabelecimentos ou consoante se encontre ou não
em promoção. Estas campanhas podem refletir-se nas variações
de preços (por vezes, grandes) apresentadas nas fichas dos vinhos
testados.
A DECO PROTESTE tem verificado haver vinhos que são alvo

frequente de promoções nos supermercados, mesmo fora dos pe-
ríodos das feiras de vinhos, e que há vinhos que se mantêm quase
sempre a um preço reduzido. A principal mensagem a reter é que
compare preços e procure aproveitar eventuais boas oportunida-
des que surjam nos supermercados ou nas garrafeiras da sua zona
de residência. Na loja, seja física ou online, ou ao consultar folhetos
de supermercados, mesmo que determinado vinho esteja em pro-
moção, consulte os preços publicados pela DECO PROTESTE para
ter a certeza de que está a fazer, realmente, uma boa compra. O
mesmo vinho pode até estar mais barato noutro estabelecimento.
Onde quer que esteja, use a app DECO VINHOS e o compara-

dor de vinhos em www.deco.proteste.pt/vinho (veja a Parte 4 para
mais informações) para descobrir os melhores vinhos ao melhor
preço. Ao indicarem as lojas mais baratas na sua região, estas ferra-
mentas são, sem dúvida, uma ajuda preciosa para os consumidores.
Veja, já a seguir, os vinhos que se distinguem com os selos de

Melhor do Teste e Escolha Acertada nos testes da DECO PRO-
TESTE a 107 brancos e 150 tintos testados. Para mais informa-
ções sobre cada um deles, consulte a ficha detalhada na página
respetiva. Todos os vinhos brancos analisados encontram-se no
capítulo 2, e todos os tintos no capítulo 3. Os néctares surgem
por ordem decrescente de qualidade, a qual resulta do conjunto
das análises laboratoriais e das provas de degustação. Em caso
de empate, a ordenação é feita do preço médio mais baixo para
o mais elevado.

A
O TOP DECO PROTESTE DE VINHOS BRANCOS
88 MUITO BOA
QUALIDADE 80 BOA
QUALIDADE
Soalheiro Longitude 2022

Alvarinho 2022 1,99-2,99 €
8,90-13,90 € (pág. 113)
(pág. 105)
80 BOA
QUALIDADE 75 BOA
QUALIDADE
Vinhas de Pegões Monte da Ferra

2022 2022 (Aldi)
1,79-2,99 € 1,89 €
(pág. 113) (pág. 123)

A
O TOP DECO PROTESTE DE VINHOS BRANCOS

(CONT.)
75 BOA
QUALIDADE 73 BOA
QUALIDADE
Porta da Tapada Contemporal

2022 2020 (Continente)
1,89 € 1,69-2,49 €
(pág. 124) (pág. 131)
71 BOA
QUALIDADE 70 BOA
QUALIDADE
Pingo Doce 2022 Cavalo Luso 2022

1,59-1,99 € (Mercadona)
(pág. 137) 1,80 €
(pág. 139)

A
O TOP DECO PROTESTE DE VINHOS TINTOS
93 MUITO BOA
QUALIDADE 80 BOA
QUALIDADE 78 BOA
QUALIDADE
Adega de Borba Nauta 2021 Monte Grande 2021

Reserva 2020 1,79-2,25 € (Minipreço)
9,49-12,25 € (pág. 185) 1,35-2,05 €
(pág. 161) (pág. 196)
78 BOA
QUALIDADE 75 BOA
QUALIDADE 70 BOA
QUALIDADE
Selecção de Bando Galeirão Terras do Ribatejo

Enófilos 2021 2021 (Auchan) Reserva 2021
(Intermarché) 1,95-1,99 € 1,59 €
1,79-2,49 € (pág. 208) (pág. 227)
(pág. 197)

A
A
CAPÍTULO 2
RESULTADOS
DOS VINHOS
BRANCOS
A
COMO LER AS FICHAS
1
LONGITUDE 5
2022
IG Alentejano 2
3 80 BOA
QUALIDADE 1,99-2,99 € 4
Consumo ótimo 2023-2025 6
ANÁLISES A 7
Teor alcoól. anunc./med. (% vol.) 12,5/12,3
Açúcares totais (g/l) 2,1 seco
Acidez volátil (g/l) <0,3 A
Acidez total (g/l) 8 5 A
Ácido sórbico (mg/l) 0 A
SO2 total (mg/l) 116 A
DEGUSTAÇÃO B 9
Aspeto límpido; cor citrina; aroma frutado; sabor
macio, com boa acidez, elegante e a terminar apelativo.
10
11 Adega Cooperativa de Redondo, CRL
1 Marca, menção tradicional ou 6 Período de consumo ótimo

outra (quando aplicável), ano de
7 Resultado global das análises
colheita, (cadeia de distribuição,
quando exclusivo) e castas (quando 8 Resultados individuais
aplicável)
dos parâmetros analisados
2 Denominação de Origem (DO)
9 Nota de degustação
ou Indicação Geográfica (IG)
do painel de provadores
3 Qualidade global (%) profissionais
4 Preço mínimo-máximo 10 Comentários de degustação

(quando aplicável) do painel de provadores
profissionais
5 Destaque Melhor do Teste
e/ou Escolha Acertada 11 Produtor, engarrafador
(quando aplicável) e/ou distribuidor

A
R ES U LTA D O S D O S V I N H O S B R A N C O S CA PÍTULO 2
SOALHEIRO
2022
Alvarinho
DO Vinho Verde
88 MUITO BOA
QUALIDADE 8,90-13,90 €
Consumo ótimo 2023-2026
ANÁLISES A
Açúcares totais (g/l) 6 seco
Acidez fixa (g/l) 6 A
Sobrepressão (bar) 0,2 A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor citrina; aroma frutado, com notas
tropicais; sabor com boa frescura, leve, elegante,
a terminar longo e apelativo.
Vinusoalleirus, Lda.
DEU LA DEU
2022
Alvarinho
DO Vinho Verde
85 MUITO BOA
ANÁLISES A
Teor alcoól. anunc./med. (% vol.) 13/13,1
Acidez volátil (g/l) 0,4 A
Acidez fixa (g/l) 5,3 A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor citrina; aroma frutado e tropical;
sabor fresco, provido de gás, com bom volume,
Adega Cooperativa Regional de Monção, CRL

A
QUINTA DE SAES
Reserva 2022
DO Dão
85 MUITO BOA
QUALIDADE 10,29-14,95 €
ANÁLISES A
Acidez total (g/l) 6,2 A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor amarela cítrica; aroma macio,
com boa frescura, equilibrado e a terminar longo.
Quinta da Pellada - Unipessoal, Lda.
SANTA VITÓRIA
Seleção 2022
IG Alentejano
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor amarela citrina; aroma frutado,
com notas de fruta branca; sabor macio, fresco,
com bom equilíbrio e final longo.
Casa Santa Vitória - Sociedade Agro-Industrial, SA

A
CAVE DO MORGADO
2022 (Aldi)
Alvarinho
DO Vinho Verde
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor cítrica; aroma tropical;
sabor macio, com boa frescura, bom volume,
leve presença de gás e a terminar longo.
Aldi Portugal - Supermercados, Lda.
MUROS ANTIGOS
Escolha 2022
Alvarinho, Loureiro e Avesso
DO Vinho Verde
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina; aroma tropical;
sabor inicial fresco, seco, provido de gás, elegante
e com final longo.
Anselmo Mendes - Vinhos, Lda.

A
DORY
2022
IG Lisboa
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina; aroma frutado, com leves
notas vegetais; sabor macio, fresco, equilibrado e
com final muito elegante.
Adega Mãe - Sociedade Agrícola, Lda.
AVELEDA
2022
Alvarinho
DO Vinho Verde
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor amarela cítrica; aroma frutado,
com notas tropicais; sabor fresco, leve, com presença
de gás, a terminar elegante e apelativo.
Aveleda, SA

A
QUINTA DA RAZA
2022
Avesso
DO Vinho Verde
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina; aroma tropical; sabor inicial
fresco, muito elegante, com bom volume, leve presença
de gás e a terminar longo.
Quinta da Raza, Lda.
MARQUÊS DE BORBA
2022
DO Alentejo
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
com notas tropicais; sabor inicial fresco, macio,
elegante e com final longo.
J. Portugal Ramos - Vinhos, SA

A
GOLPE
2022
DO Douro
83 BOA
QUALIDADE 8,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino; cor citrina; aroma frutado, com notas
herbáceas; sabor macio, fresco, com bom equilíbrio
e final apelativo.
Manuel Carvalho Martins, Lda.
FLOR DAS TECEDEIRAS

Seco 2022
DO Douro
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor cítrica; aroma frutado e floral;
sabor macio, fresco, elegante, com bom volume,
Lima&Smith, Lda.

A
TERRAS DE LAVA
2020
IG Açores
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
com notas vulcânicas; sabor macio, fresco, elegante,
com um toque mineral e final complexo.
Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico - Picowines, CRL
PILOTO
Collection Roxo 2022
Moscatel-Galego-Roxo
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
florais; sabor macio, fresco, equilibrado, a confirmar
o aroma, e a terminar com elegância.
Quinta do Piloto Vinhos, Lda.

A
BARRANCO LONGO
Grande Escolha 2021
IG Algarve
83 BOA
QUALIDADE 10,55 €
ANÁLISES A
Teor alcoól. anunc./med. (% vol.) 12/12
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor cítrica; aroma frutado e tropical;
sabor macio, fresco, harmonioso, equilibrado e com
final longo.
QBL - Unipessoal, Lda.
QUINTA DO CARMO
2022
Roupeiro, Antão-Vaz e Arinto
IG Alentejano
83 BOA
ANÁLISES A
Acidez total (g/l) 5 A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor palha descorada; aroma tropical;
sabor fresco, equilibrado, elegante, com final longo
e apelativo.
Bacalhôa - Vinhos de Portugal, SA

A
LONGITUDE
2022
IG Alentejano
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina; aroma frutado; sabor
macio, com boa acidez, elegante e a terminar apelativo.
Adega Cooperativa de Redondo, CRL
VINHAS DE PEGÕES
2022
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor palha aberta; aroma frutado,
com notas florais; sabor macio, leve, com boa acidez
e final apelativo.
Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões, CRL

A
JP AZEITÃO
2022
Fernão-Pires e Moscatel-Graúdo
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor palha aberta, com tons cítricos;
aroma frutado, com notas florais; sabor macio, fresco,
equilibrado e com final apelativo.
CASTELO DE MOINHOS
2022 (Mercadona)
Alvarinho
DO Vinho Verde
80 BOA
QUALIDADE 3,80 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina; aroma jovem e floral;
sabor fresco, com notas de frutos tropicais, presença
de gás e final apelativo.
Mercadona, SA

A
QUINTA DOS TERMOS

2022
DO Beira Interior
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
tropicais; sabor macio, fresco, elegante, equilibrado
e com final prolongado.
Quinta dos Termos, Lda.
CADÃO
2022
DO Douro
80 BOA
ANÁLISES B
SO2 total (mg/l) 124 B
DEGUSTAÇÃO B
tropicais; sabor macio, fresco, delicado, com bom
equilíbrio e final longo.
Mateus & Sequeira Vinhos, SA

A
DUQUE DE VISEU
2022
DO Dão
80 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino; cor citrina; aroma frutado, com leves
notas florais; sabor macio, fresco, com bom equilíbrio
e final apelativo.
Sogrape - Vinhos, SA
QUINTA DO VALDOEIRO
2022
Chardonnay
DO Bairrada
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
sabor inicial suave, fresco, a terminar longo e apelativo.
Sociedade Agrícola e Comercial dos Vinhos Messias, SA

A
QM
2022
Alvarinho
DO Vinho Verde
80 BOA
ANÁLISES A
Sobrepressão (bar) <0,2 A
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, fresco, elegante e com final apelativo.
Quintas de Melgaço - Agricultura e Turismo, SA
QUINTA DOS CARVALHAIS

2022
DO Dão
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina; aroma jovem, frutado
e tropical; sabor fresco, macio, leve, com final longo,
elegante e apelativo.

A
FONTE D’AREIA
2021
DO Madeirense
80 BOA
QUALIDADE 24,90 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
vulcânicas; sabor macio, com boa frescura, toque
tropical, complexo e a terminar longo.
Quinta do Barbusano, Lda.
PAPO AMARELO
Reserva 2022
79 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor palha dourada; aroma frutado,
com notas de tostado e complexo; sabor macio,
fresco, com bom volume, elegante e a terminar longo.

A
R E S U LTA DO S DO S V I NHO S B RA NC O S CAP ÍTU LO 2
FONTANÁRIO DE PEGÕES
2022
DO Palmela
78 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor amarela cítrica; aroma frutado
e floral; sabor macio, fresco, equilibrado e com final
apelativo.
ADEGA DE BORBA
2022
Roupeiro, Arinto e Antão-Vaz
DO Alentejo
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor amarela cítrica; aroma jovem,
frutado e com notas tropicais; sabor macio,
refrescante, com bom volume e final apelativo.
Adega Cooperativa de Borba, CRL

A
MURALHAS DE MONÇÃO
2022
DO Vinho Verde
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
de maçã; sabor macio, fresco, provido de gás, elegante
e com final apelativo.
Adega Cooperativa Regional de Monção, CRL
REGUEIRO
2022
Trajadura e Alvarinho
IG Minho
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
sabor fresco, leve, com presença de gás,
boa mineralidade e a terminar longo.
Quinta do Regueiro - Prod. Alvarinho de Melgaço, Lda.

A
TONS DE DUORUM
2022
DO Douro
78 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
de ameixa branca; sabor macio, fresco, com bom
volume, elegante e a terminar apelativo.
Duorum - Vinhos, SA
ASSOBIO
2022
DO Douro
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor amarela citrina; aroma frutado
e tropical; sabor macio, fresco, elegante e com
final longo.
Murças, SA

A
VINHA DA COUTADA VELHA

2022
IG Alentejano
78 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor palha aberta; aroma complexo,
com notas de madeira; sabor macio, fresco,
equilibrado, elegante e com final longo.
Ravasqueira Vinhos, SA
VALLADO
2022
DO Douro
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, fresco, elegante e com final longo.
Quinta do Vallado - Sociedade Agrícola, Lda.

A
BURMESTER
2022
DO Douro
76 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina com tons dourados;
aroma frutado e tropical; sabor macio, fresco,
equilibrado, com final longo e elegante.
Sogevinus - Fine Wines, SA
MONTE DA FERRA
2022 (Aldi)
IG Alentejano
75 BOA
QUALIDADE 1,89 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina; aroma frutado, com boa
intensidade; sabor macio, fresco, com bom volume,
equilibrado e a terminar prolongado.

A
PORTA DA TAPADA
2022
IG Lisboa
75 BOA
QUALIDADE 1,89 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor palha aberta; aroma frutado
e tropical; sabor macio, refrescante, equilibrado,
com final longo e apelativo.
Adega Cooperativa de Azueira, CRL
JMF
2022
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
e tropical; sabor macio, fresco, elegante e com final
médio.
José Maria da Fonseca - Vinhos, SA

A
ENCOSTA DAS PERDIZES

2022
IG Alentejano
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
com notas de ameixa branca; sabor macio, fresco,
equilibrado e a terminar com elegância.
Sociedade Agrícola da Encosta das Perdizes, Lda.
VALCATRINA
2022
IG Alentejano
75 BOA
QUALIDADE 2,49 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
sabor com boa frescura, notas de pêssego, equilibrado
e com final persistente.
Casa Santos Lima - Companhia das Vinhas, SA

A
JANELAS ANTIGAS
Grande Escolha 2022
DO Vinho Verde
75 BOA
ANÁLISES A
Açúcares totais (g/l) 9 meio-seco
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino; cor citrina; aroma tropical, com notas
de maçã; sabor macio, fresco, com presença de gás,
leve e a terminar apelativo.
Casa de Vila Verde - Sociedade Agrícola, Lda.
MOCHO GALEGO
Premium 2022
IG Alentejano
75 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor palha aberta; aroma frutado
com notas florais; sabor com boa frescura, macio,
equilibrado e com final apelativo.
Ravasqueira - Vinhos, SA

A
BSE
Seco 2022
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, fresco, leve, elegante e com final
apelativo.
TORRE DE MENAGEM
Escolha 2022
Alvarinho e Trajadura
DO Vinho Verde
75 BOA
ANÁLISES A
Sobrepressão (bar) 1 C
DEGUSTAÇÃO B
de maçã; sabor elegante, com boa frescura, leve e a
terminar apelativo.

A
PERIQUITA
2022
Verdelho, Viosinho, Sauvignon-Blanc e Viognier
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina; aroma frutado, com boa
intensidade; sabor macio, fresco, elegante, equilibrado
LOIOS
2022
IG Alentejano
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina; aroma frutado e jovem;
sabor fresco, macio, com boa elegância e final
apelativo.

A
EA
2022
IG Alentejano
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
vegetais; sabor macio, fresco, equilibrado, a terminar
prolongado e apelativo.
Fundação Eugénio de Almeida
CAMOLAS
Selection Reserva 2022
Moscatel-Galego-Branco, Moscatel-Graúdo e Arinto
DO Palmela
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina; aroma frutado e floral;
sabor macio, fresco, com bom equilíbrio, a terminar
prolongado e apelativo.
Camolas & Matos, Lda.

A
BRANCO DA GAIVOSA
2022
DO Douro
75 BOA
QUALIDADE 10,59-11,60 €
ANÁLISES A
Teor alcoól. anunc./med. (% vol.) 12,5/13
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor cítrica; aroma frutado, com notas
florais; sabor macio, com boa frescura, equilibrado,
elegante e a terminar apelativo.
Domingos Guilhermino Reis Alves de Sousa
CONDE DE ARRAIOLOS
Premium 2022
IG Alentejano
74 BOA
ANÁLISES C
SO2 total (mg/l) 144 C
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor palha aberta; aroma tropical,
com notas de frutos secos; sabor macio, fresco,
com bom volume, a terminar longo e apelativo.
Soc. Agrícola da Herdade das Mouras de Arraiolos, SA

A
GRÃO VASCO
2022
DO Dão
74 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino; cor citrina; aroma frutado e tropical;
sabor macio, com boa frescura, equilibrado e a terminar
longo.
CONTEMPORAL
2022 (Continente)
73 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor amarela cítrica; aroma tropical;
sabor macio, refrescante, equilibrado e com final
apelativo.
Modelo Continente - Hipermercados, SA

A
QUINTA DAS AMORAS

2022
IG Lisboa
73 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino; cor amarela cítrica; aroma frutado;
MONTE DE PINHEIROS
2022
IG Alentejano
73 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor amarela palha aberta; aroma
frutado e tropical; sabor macio, com boa frescura,
bom equilíbrio, a terminar apelativo e prolongado.
Fundação Eugénio de Almeida

A
R E SU LTADO S DO S VI NH O S BR ANC O S CA PÍT U LO 2
TERRAS DO PÓ
2022
73 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
florais; sabor macio, fresco, leve e a terminar apelativo.
Casa Ermelinda Freitas - Vinhos, SA
CONTEMPORAL
2022 (Continente)
Alvarinho
DO Vinho Verde
73 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
sabor fresco, com bom equilíbrio, elegante
e a terminar longo.

A
MANDRIOLA DE LISBOA
Colheita Selecionada 2022
Fernão-Pires e Moscatel-Graúdo
IG Lisboa
73 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
com notas florais; sabor macio, fresco, leve e com
final apelativo.
Aveleda, SA
MONTE VELHO
2022
IG Alentejano
73 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, elegante, com bom volume, a terminar
longo e apelativo.
Esporão, SA

A
POUCA ROUPA
2022
Sauvignon-Blanc
IG Alentejano
73 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina; aroma frutado, com
notas herbáceas; sabor macio, fresco, com boa
elegância e final apelativo.
PIANO
2022
Moscatel-Galego-Branco
DO Douro
73 BOA
ANÁLISES C
Ácido sórbico (mg/l) 63 E
DEGUSTAÇÃO A
florais; sabor macio, elegante, com bom volume e
final longo.
Carlos Alonso - Douro Wine Company, Lda.

A
FILIPE PALHOÇA
2022
Chardonnay
73 BOA
QUALIDADE 5,86 €
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO A
sabor macio, fresco, elegante, com bom volume
e final longo.
Filipe Palhoça Vinhos, Lda.
POUCO COMUM
2022
Alvarinho
DO Vinho Verde
72 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, fresco, elegante, com presença de gás
e final longo.
Quinta da Lixa - Sociedade Agrícola, Lda.

A
VILLA ALVOR
2022
IG Algarve
72 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, equilibrado, com boa frescura, leves notas
salinas e final apelativo.
Aveleda, SA
PINGO DOCE
2022
DO Palmela
71 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, com boa frescura, equilibrado
e a terminar apelativo.
Pingo Doce - Distribuição Alimentar, SA

A
MONTINHO SÃO MIGUEL

2022
Antão-Vaz, Arinto e Viognier
IG Alentejano
71 BOA
QUALIDADE 3,99 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor palha aberta; aroma tropical;
sabor fresco, com boa mineralidade, intenso e a
terminar apelativo.
Casa Relvas, Lda.
ALICE VIEIRA DE SOUSA

2022
DO Douro
71 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO A
florais; sabor macio, elegante, com bom volume e
final longo.
Vieira de Sousa - Vines & Wines, Lda.

A
CAVALO LUSO
2022 (Mercadona)
IG Tejo
70 BOA
QUALIDADE 1,80 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, fresco, equilibrado e com final apelativo.
Quinta da Alorna Vinhos , Lda.
FONTE DO NICO
2022
70 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
com notas florais; sabor macio, fresco, leve,
elegante e com final apelativo.

A
REAL LAVRADOR
2022
Roupeiro, Fernão-Pires e Rabo-de-Ovelha
IG Alentejano
70 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, fresco, com bom equilíbrio e final
apelativo.
Adega Cooperativa de Redondo, CRL
HERDADE DE CATAPEREIRO
2022
IG Tejo
70 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
florais; sabor macio, fresco, equilibrado, a terminar
longo e apelativo.
Companhia das Lezírias, SA

A
ADEGA PONTE DE LIMA

2022
DO Vinho Verde
70 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, fresco, com presença de gás e final
apelativo.
Adega Cooperativa de Ponte de Lima, CRL
VINHA MARINÊS
Grande Escolha 2022
IG Alentejano
70 BOA
QUALIDADE 5,89 €
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor cítrica com laivos dourados;
aroma frutado, com boa complexidade; sabor macio,
fresco, com bom volume, elegante e final longo.
Ravasqueira - Vinhos, SA

A
DALVA
2022
Viosinho, Malvasia-Fina e Códega
DO Douro
70 BOA
QUALIDADE 5,99 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Granvinhos, Lda.
CASTELLO D’ALBA
2022
Rabigato, Gouveio e Viosinho
DO Douro
70 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto cristalino; cor citrina; aroma frutado tropical;
sabor macio, fresco, mineral, equilibrado e com
final longo.
Rui Roboredo Madeira Vinhos, SA

A
QUINTA DE CAMARATE
Doce 2022
70 BOA
ANÁLISES B
Açúcares totais (g/l) 47 doce
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor palha aberta; aroma frutado;
sabor doce, suave, com final longo e apelativo.
QUINTA DA LIXA
Escolha 2022
Alvarinho, Loureiro e Trajadura
DO Vinho Verde
69 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
de maçã; sabor macio, fresco, leve, elegante e com
final longo.
Quinta da Lixa - Sociedade Agrícola, Lda.

A
VIDIGUEIRA
2022
Antão-Vaz
DO Alentejo
69 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, com boa frescura, bom volume,
harmonioso e a terminar apelativo.
Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, CRL
DR
2022
DO Douro
69 BOA
QUALIDADE 4,89 €
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
notas de maracujá; sabor fresco, com bom volume,
a confirmar o aroma, e a terminar apelativo.
Agri-Roncão Vinícola, Lda.

A
RIBEIRO SANTO
2022
DO Dão
69 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, com boa mineralidade, fresco, equilibrado
e a terminar longo.
Magnum - Carlos Lucas Vinhos, Lda.
MINGORRA
2022
IG Alentejano
69 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
e tropical; sabor macio, com boa frescura, equilibrado
e a terminar longo.
H. Uva, SA

A
POUSADA DO CORVO
Reserva 2022 (Mercadona)
IG Alentejano
68 BOA
QUALIDADE 2,75 €
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina; aroma tropical e floral;
sabor macio, fresco, equilibrado, a terminar prolongado
com elegância.
Mercadona, SA
BUCELLAS
2022
Arinto
DO Bucelas
68 BOA
QUALIDADE 5,49 €
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto cristalino; cor citrina; aroma frutado e tropical;
sabor macio, fresco, muito elegante, com presença
de gás e final longo.
Enoport United Wines

A
RE S ULTADOS DOS VI NHOS BRANC OS CAP Í TULO 2
CONDE MOREIRA
2022 (Mercadona)
DO Douro
67 BOA
QUALIDADE 2,60 €
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor palha; aroma frutado, com notas
de pêssego; sabor macio, fresco, com boa mineralidade
e final prolongado.
Mercadona, SA
FIUZA 3 CASTAS
2022
Arinto, Fernão-Pires e Chardonnay
IG Tejo
67 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
tropicais; sabor fresco, macio, leve, elegante e com
final longo.
Fiuza & Bright - Sociedade Vitivinícola, Lda.

A
DONA ERMELINDA
2022
DO Palmela
67 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, com boa frescura, bom volume e final
longo.
DOM DIOGO
Azal
DO Vinho Verde
67 BOA
QUALIDADE 5,25 €
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor cítrica; aroma tropical, com notas
florais; sabor macio, fresco, provido de gás, elegante

A
DONA PATERNA
2022
Alvarinho e Trajadura
DO Vinho Verde
66 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, fresco, com ligeira presença de gás
e final longo.
Carlos Alberto Codesso
LAGOALVA
Reserva 2022
Arinto e Chardonnay
DO Do Tejo
65 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, fresco, elegante e com final longo.
Quinta da Lagoalva - Vinhos, SA

A
TAVEDO
2022
DO Douro
64 MÉDIA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina; aroma tropical, com notas
florais; sabor macio, fresco, elegante, com bom
equilíbrio e final apelativo.
PAPA FIGOS
2022
DO Douro
64 MÉDIA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, elegante, com bom equilíbrio e final
apelativo.

A
MULA VELHA
2022
IG Lisboa
62 MÉDIA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
notas florais; sabor macio, fresco, elegante,
com bom equilíbrio e final apelativo.
Quinta do Gradil - Sociedade Vitivinícola, SA
SÔTTAL
Leve 2022
Moscatel-Graúdo, Arinto e Vital
IG Lisboa
60 MÉDIA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor cítrica; aroma frutado, com
notas florais; sabor macio, fresco, leve e a terminar
com elegância.
Companhia Agrícola do Sanguinhal, Lda.

A
PINGO DOCE
2022
DO Vinho Verde
59 MÉDIA
QUALIDADE 1,99 €
ANÁLISES C
Sobrepressão (bar) 1,1 E
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor cítrica; aroma frutado, com
notas herbáceas; sabor macio, refrescante, leve,
com presença de gás e final apelativo.
CASA ERMELINDA FREITAS

2022
Sauvignon-Blanc
59 MÉDIA
ANÁLISES D
SO2 total (mg/l) 166 D
DEGUSTAÇÃO B
notas herbáceas; sabor macio, com boa frescura,
equilibrado e a terminar longo.

A
FORAIS DE PENAFIEL
2022 (Aldi)
DO Vinho Verde
57 MÉDIA
ANÁLISES D
DEGUSTAÇÃO B
sabor fresco, elegante, provido de gás e com
final apelativo.
Sociedade Agrícola Casa de Vila Nova, Lda.
ARCA NOVA
2022
Alvarinho e Arinto
DO Vinho Verde
55 MÉDIA
QUALIDADE 3,19 €
ANÁLISES D
DEGUSTAÇÃO B
de maçã e pêssego; sabor macio, fresco, com presença
de gás, bom equilíbrio e final apelativo.
Quinta das Arcas - Sociedade Agrícola, Lda.

A
ADEGA DE PALMELA
Premium Reserva 2022
Moscatel-Galego-Roxo
DO Palmela
51 MÉDIA
QUALIDADE 8,79 €
ANÁLISES D
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor cítrica, com laivos brilhantes;
elegante, equilibrado e com final apelativo.
Adega Cooperativa de Palmela, CRL
CABEÇA DE TOIRO
Reserva 2022
Fernão-Pires, Chardonnay e Sauvignon-Blanc
DO Do Tejo
44 MÁ
ANÁLISES E
SO2 total (mg/l) 186 E
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, fresco, com bom volume, a terminar
longo e apelativo.

A
CURRAL ATLANTIS
Verdelho e Arinto
IG Açores
44 MÁ
QUALIDADE 18,45-23,49 €
ANÁLISES E
Acidez volátil (g/l) 0,86 C
Acidez total (g/l) 8 B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina amarelada; aroma frutado
e complexo; sabor macio, com boa frescura, notas
minerais e final longo.
Curral Atlantis - Sociedade vitivinícola, Lda.
QUINTA DE S. FRANCISCO
2022
DO Óbidos
43 MÁ
ANÁLISES E
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor citrina; aroma frutado e floral;
sabor macio, fresco, com bom volume, a terminar
longo e elegante.

A
SANGUINHAL
2022
Arinto e Chardonnay
IG Lisboa
41 MÁ
ANÁLISES E
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, fresco, com bom volume, elegante
e a terminar longo.
PORTAL DO MINHO
2022 (Lidl)
DO Vinho Verde
40 MÁ
ANÁLISES E
DEGUSTAÇÃO B
sabor refrescante, leve, com notas de maçã,
marcado pela presença de gás e a terminar apelativo.
Lidl & Cia.

A
VIA LATINA
Escolha 2022
DO Vinho Verde
40 MÁ
ANÁLISES E
DEGUSTAÇÃO B
de maçã; sabor macio, fresco, leve, com efervescência
Vercoope - União Adegas Coop. Região Vinhos Verdes, UCRL
PAVÃO
Grande Escolha 2022
DO Vinho Verde
40 MÁ
ANÁLISES E
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino; cor citrina; aroma frutado, com
notas de pêssego; sabor macio, leve, fresco, provido
de gás e com final apelativo.

A
VINHAS DE FELGUEIRAS
2022
DO Vinho Verde
40 MÁ
ANÁLISES E
DEGUSTAÇÃO B
tropicais; sabor macio, fresco, provido de gás, elegante

A
CAPÍTULO 3
RESULTADOS
DOS VINHOS
TINTOS

A
COMO LER AS FICHAS
1
NAUTA 5
2021
IG Alentejano 2
3 80 BOA
QUALIDADE 1,79-2,25 € 4
ANÁLISES A 7
Acidez total (g/l) 8 5,4 A
DEGUSTAÇÃO B 9
Aspeto límpido; cor granada viva; aroma frutado, com
notas de cereja preta; sabor macio, seco, com taninos
suaves, elegante e a terminar longo. 10
11 Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, CRL

outra (quando aplicável), ano de
7 Resultado global das análises
colheita, (cadeia de distribuição,
quando exclusivo) e castas (quando 8 Resultados individuais
aplicável)
9 Nota de degustação
ou Indicação Geográfica (IG)
do painel de provadores
3 Qualidade global (%) profissionais
4 Preço mínimo-máximo 10 Comentários de degustação

profissionais
5 Destaque Melhor do Teste

A
RESULTAD OS D OS VIN HOS TIN TOS CA P Í T U LO 3
ADEGA DE BORBA
Reserva 2020
DO Alentejo
93 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor granada, com boa intensidade;
aroma frutado, com notas de tostado; sabor macio,
com boa secura, fresco e com final longo.
MONTE DOS PEGOS

2020
Alicante-Bouschet
IG Alentejano
90 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi intensa; aroma complexo,
com notas de especiarias, fruta madura e tostado;
sabor macio, fresco, com taninos de qualidade, a
terminar longo e persistente.
H. Uva, SA

A
MONSARAZ
2020
Alicante-Bouschet
DO Alentejo
90 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor vermelha, com laivos violáceos;
aroma frutado, com notas de ameixa preta;
sabor macio, fresco, volumoso, robusto, com taninos
sedosos e final persistente.
CARMIM – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz
DONA SANCHA
2020
DO Dão
90 MUITO BOA
QUALIDADE 10,90-12,45 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi, com boa intensidade;
aroma frutado, com notas de especiarias; sabor macio,
fresco, com taninos bem casados, bom volume, a
terminar longo e apelativo.
Quinta Dona Sancha, Lda.

A
CONVENTO DA TOMINA
2021
IG Alentejano
90 MUITO BOA
QUALIDADE 11,99-13,99 €
ANÁLISES A
SO2 total (mg/l) <51 A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor granada concentrada;
aroma frutado, com boa frescura; sabor macio,
com taninos maduros, alcoólico e a terminar longo.
Francisco Fernandes Garcia – Unipessoal, Lda.
GRAINHA
Reserva 2021
DO Douro
90 MUITO BOA
QUALIDADE 12,90-16 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
aroma frutado, com notas de evolução; sabor macio,
com boa frescura, taninos sedosos e final longo.
Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, SA

A
PACHECA
Vinhas Velhas Reserva 2021
DO Douro
90 MUITO BOA
QUALIDADE 12,90-19,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
aroma frutado e a compota; sabor macio, fresco,
com notas de madeira, taninos suaves e final longo.
Quinta da Pacheca - Sociedade Agrícola e Turística, Lda.
MARQUÊS DE BORBA
Vinhas Velhas 2020
DO Alentejo
90 MUITO BOA
QUALIDADE 11,95-19,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
aroma frutado, com notas de tostado; sabor macio,
fresco, volumoso, com taninos suaves e final longo.

A
POUSIO
2018
Alicante-Bouschet
IG Alentejano
89 MUITO BOA
QUALIDADE 13,49-15,50 €
ANÁLISES A
Acidez volátil (g/l) 0,79 B
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi fechada; aroma com
boa complexidade e notas de chocolate preto;
sabor inicial fresco, com bom volume, taninos
sedosos bem casados e a terminar longo.
CASA AGRÍCOLA HMR, SA
LUÍS PATO
Vinhas Velhas 2019
Baga
DO Bairrada
89 MUITO BOA
QUALIDADE 14,39-17,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi viva; aroma frutado, com
notas herbáceas; sabor inicial fresco, com taninos
de qualidade, bom volume e final longo.
Luís Pato - Unipessoal, Lda.

A
ESPORÃO
Reserva 2020
DO Alentejo
89 MUITO BOA
QUALIDADE 14,99-19,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor granada viva; aroma frutado,
com notas de especiarias; sabor macio, com
boa frescura, taninos de qualidade, bom volume
e final longo.
Esporão, SA
CANTO DO PEDRO
IG Tejo
88 MUITO BOA
QUALIDADE 3,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi fechada; aroma frutado, com
notas de chocolate; sabor macio, fresco, com taninos
suaves, equilibrado e a terminar longo.

A
ZÉ DA LEONOR
Reserva 2020
IG Tejo
88 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
com notas de baunilha; sabor macio, elegante,
com taninos firmes, a terminar longo e apelativo.
Casa Agrícola Rebelo Lopes, Lda.
ADEGAMÃE
Reserva 2021
IG Lisboa
88 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor granada viva; aroma com notas
de especiarias; sabor macio, com boa secura, taninos

A
VALE DA MATA
2021
IG Lisboa
88 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi fechada; aroma frutado,
com notas de cereja; sabor macio, fresco, com bom
volume, taninos suaves e final longo.
Rocim, Lda.
PARUS
Reserva 2021
88 MUITO BOA
QUALIDADE 14,89-14,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
com notas de especiarias; sabor macio, elegante,
com bom volume, taninos de qualidade e final longo.
Herdade da Comporta - Act. Agro-Silvícolas e Turísticas, SA

A
MONTE DA PECEGUINA
2021
IG Alentejano
87 MUITO BOA
QUALIDADE 10,99-14,79 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi intensa; aroma frutado,
com notas de cereja; sabor macio, com boa frescura,
taninos redondos, volumosos e a terminar longo.
Herdade da Malhadinha Nova, SA
COELHEIROS
2020
DO Alentejo
86 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor granada, com boa intensidade;
aroma frutado, com notas de fruta preta; sabor macio,
fresco, com bom volume, taninos sedosos e final longo.
Herdade de Coelheiros - Sociedade Agrícola, SA

A
QUINTA NOVA DE NOSSA SENHORA

DO CARMO Reserva 2021
DO Douro
86 MUITO BOA
Consumo ótimo 2023
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi fechada, com notas brilhantes;
aroma frutado, com especiarias; sabor macio, fresco,
seco, com taninos de qualidade e final longo.
Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, SA
PINGO DOCE
Vinhas Velhas 2019
Castelão
DO Palmela
85 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi viva; aroma frutado com notas
de especiarias; sabor macio, fresco, com bom volume,
taninos leves, a terminar longo e apelativo.

A
SEM TETO
2021
IG Alentejano
85 MUITO BOA
QUALIDADE 5,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
com notas de cereja preta; sabor macio, fresco,
elegante, com bom volume e final longo.
Adega do Montado
TOUTINEGRA
2021
IG Alentejano
85 MUITO BOA
QUALIDADE 6,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto cristalino; cor rubi fechada; aroma frutado,
com notas de fruta do bosque; sabor macio, fresco,
com taninos leves e final longo.
Consulvinos - Produção e Comércio, Lda.

A
HERDADE DA COMPORTA
2020
85 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi; aroma frutado, com notas
de especiarias; sabor macio, com boa frescura, taninos
de qualidade, bom volume e final prolongado.
Herdade da Comporta - Act. Agro-Silvícolas e Turísticas, SA
BAFARELA
Reserva 2021
Touriga-Nacional, Touriga-Franca e Tinta-Amarela
DO Douro
85 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
de madeira; sabor macio, fresco, com taninos suaves,
bom volume e final longo.
Vitivinicultor Brites Aguiar, Lda.

A
D. GRAÇA
Reserva 2020
DO Douro
85 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor granada viva; aroma com ligeira
evolução e notas de especiarias; sabor macio, fresco,
com taninos polidos, a terminar longo e volumoso.
Vinilourenço - Unipessoal, Lda.
QUINTA DOS TERMOS

DO Beira Interior
85 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi brilhante; aroma frutado,
com notas de evolução; sabor macio, fresco, com
taninos suaves, bom volume e final longo.
Quinta dos Termos, Lda.

A
CARM
2021
Touriga-Nacional, Tinta-Roriz e Touriga-Franca
DO Douro
85 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
aroma frutado com juventude; sabor macio, fresco,
com taninos polidos, bom volume e final longo.
CARM - Casa Agrícola Roboredo Madeira, SA
HERDADE DE SÃO MIGUEL

2019
Alicante-Bouschet
IG Alentejano
85 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
aroma complexo, com notas de especiarias, fruta
madura e tostado; sabor macio, fresco, volumoso,
com taninos polidos e final longo.
Casa Relvas, Lda.

A
HERDADE DO ROCIM
2021
Alicante-Bouschet
IG Alentejano
85 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi definida; aroma de fruta, com
leves notas de cacau; sabor macio, com bom volume,
boa acidez, taninos de qualidade, final longo e apelativo.
Rocim, Lda.
BACALHÔA
2018
Alicante-Bouschet
85 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
com notas de menta; sabor macio, com boa acidez,
bom volume, taninos bem cansados e final longo.

A
VALLE PRADINHOS
Reserva 2021
IG Transmontano
85 MUITO BOA
QUALIDADE 13,61-14,95 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
aroma frutado, com leves especiarias; sabor fresco,
volumoso, com taninos sedosos, elegante e a terminar
longo.
Maria Antónia Pinto de Azevedo Mascarenhas
PORTALEGRE
2019
DO Alentejo
85 MUITO BOA
QUALIDADE 14,95-19,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor granada viva; aroma com
boa combinação entre fruta e notas balsâmicas;
sabor inicial macio, fresco, com taninos polidos,
Adega de Portalegre Winery - APW, Lda.

A
QUINTA DA ALORNA
Reserva 2019
Touriga-Nacional e Cabernet-Sauvignon
DO Do Tejo
84 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor granada; aroma frutado,
com notas de especiarias; sabor macio, fresco,
equilibrado, com taninos polidos e final longo.
Quinta da Alorna - Vinhos, Lda.
MONTE DOS PEGOS

Vinhas Velhas 2021
IG Alentejano
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi com boa intensidade;
aroma frutado, com leves notas de madeira;
sabor macio, elegante, com bom volume, taninos
suaves e final longo e apelativo.
H. Uva, SA

A
PORTAS DA HERDADE
2019
Alicante-Bouschet
IG Alentejano
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi, com tons violetas;
aroma frutado, com leves notas de tostado;
sabor macio, elegante, com taninos sedosos,
a terminar longo e equilibrado.
Companhia das Quintas - Vinhos, SA
LOIOS
2022
IG Alentejano
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
notas de cereja; sabor macio, com taninos suaves
e final longo.

A
COLOSSAL
Grande Reserva 2020
IG Lisboa
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi com boa intensidade;
aroma frutado e complexo; sabor macio, boa acidez,
com taninos de qualidade e a terminar longo.
DONA ERMELINDA
2021
DO Palmela
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi viva; aroma frutado, com notas
taninos de qualidade, a terminar longo e apelativo.

A
PINGO DOCE
2019
Alicante-Bouschet
IG Alentejano
83 BOA
QUALIDADE 4,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi intensa; aroma persistente,
com notas de fruta madura, especiarias e bom estágio;
sabor macio, com boa acidez, taninos redondos, bom
volume e final longo.
ENCOSTAS DO ENXOÉ
Reserva 2021
DO Alentejo
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
notas de especiarias; sabor macio, com boa frescura,
taninos de qualidade, bom volume e final longo.
Sociedade Agrícola de Pias, Lda.

A
TERRAS DE MOGADOURO
2020
DO Trás-os-Montes
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi; aroma frutado e floral;
sabor macio, com boa acidez, taninos maduros e
final longo.
Wine Indigenus, Lda.
REAL DOM MARTIM

Reserva 2021
IG Lisboa
83 BOA
QUALIDADE 6,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi intensa; aroma frutado, com
notas de baunilha; sabor macio, fresco, com taninos
redondos, elegante, volumoso e a terminar longo.
José Repolho - Vinhos Distintos, Lda.

A
PORTA 6
Reserva 2020
IG Lisboa
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
aroma frutado; sabor com boa frescura, bom volume,
taninos bem casados e final longo.
Vidigal Wines, SA
CASA ERMELINDA FREITAS

Reserva 2020
Alicante-Bouschet
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi fechada; aroma com notas
de ameixa preta bem madura; sabor macio, fresco,
com taninos redondos, bom volume, a terminar longo
e apelativo.

A
HERDADE DO SOBROSO
2021
DO Alentejo
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
aroma frutado, com notas de especiarias;
sabor macio, seco, com boa frescura, taninos polidos
e final apelativo.
Sociedade Agro-pecuária Herdade do Sobroso, SA
M.I.
2020
DO Douro
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi; aroma frutado, com nota
de cereja; sabor macio, fresco, com taninos maduros,
Quinta Maria Izabel, Lda.

A
AUTOMÁTICO
2021
DO Dão
83 BOA
QUALIDADE 11,90-15,25 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
de evolução; sabor macio, com boa frescura, taninos
suaves, a terminar longo e apelativo.
Magnum - Carlos Lucas Vinhos, Lda.
CASA CADAVAL
Reserva 2020
DO Do Tejo
82 BOA
QUALIDADE 11,95 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor granada intensa; aroma frutado,
com notas de evolução; sabor macio, com boa
frescura, taninos suaves, bom volume e final longo.
Casa Cadaval - Investimentos Agrícolas, SA

A
VINHA DOS PARDAIS

2021
81 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO A
com notas vegetais; sabor macio, com boa frescura,
taninos suaves, bom volume e final longo.
Quinta do Piloto - Vinhos, Lda.
NAUTA
2021
IG Alentejano
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
notas de cereja preta; sabor macio, seco, com taninos
suaves, elegante e a terminar longo.

A
ADEGA DE SILGUEIROS
2021
DO Dão
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
de baunilha; sabor macio, fresco, elegante, com taninos
suaves e final apelativo.
Adega Cooperativa de Silgueiros, CRL
PINTA NEGRA
Reserva 2021
IG Lisboa
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
notas de especiarias; sabor macio, fresco, com taninos
de qualidade, bom volume e final longo.

A
VERSÁTIL
2021
IG Alentejano
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor granada viva; aroma frutado;
sabor macio, fresco, com bom volume e final longo.
Casa Santa Vitória - Sociedade Agro-Industrial, SA
JMF
Reserva 2021
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
notas de especiarias; sabor macio, seco, com taninos

A
ENCOSTA DO GUADIANA
2021
IG Alentejano
80 BOA
QUALIDADE 4,50 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
herbáceas; sabor macio, fresco, com taninos de
qualidade e final longo.
Sociedade Agrícola Encosta do Guadiana, Lda.
QUINTA DO MONTE ALEGRE

2020
Castelão, Touriga-Nacional e Alicante-Bouschet
DO Palmela
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
notas de especiarias; sabor macio, fresco, com bom
equilíbrio, taninos bem casados e final longo.
Fernando Santana Pereira - Unipessoal, Lda.

A
PLANURA
2021
IG Alentejano
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi viva; aroma frutado, com boa
mineralidade; sabor macio, fresco, com taninos bem
casados, final longo e apelativo.
Super Bock Bebidas, SA
.COM
Premium 2021
IG Alentejano
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi viva; aroma frutado e jovem;
sabor macio, fresco, com taninos bem casados,
Tiago Mateus Cabaço e Cabaço

A
VALE DO RICO HOMEM

2021
Alicante-Bouschet
IG Alentejano
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
com notas de tostado; sabor macio, fresco, equilibrado,
com taninos bem casados e final longo.
Granacer, SA
CAMPUS
Vinhas Velhas 2020
DO Alentejo
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
taninos suaves, a terminar longo e apelativo.

A
VILLA ALVOR
2021
IG Algarve
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
de especiarias; sabor fresco, seco, com taninos suaves,
Aveleda, SA
QUINTA DE PANCAS
2020
Cabernet-Sauvignon, Merlot e Syrah
IG Lisboa
80 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor granada viva; aroma com boa
complexidade, notas tostadas e vegetais; sabor macio,
fresco, com taninos suaves, bom equilíbrio e final longo.
Quinta de Pancas - Vinhos, SA

A
FLOR DA LAGOALVA
2021
Syrah e Touriga-Nacional
IG Tejo
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
com notas de tostado; sabor macio, com boa frescura,
taninos sedosos, equilibrado e a terminar longo.
VIDIGUEIRA
2021
Alicante-Bouschet
DO Alentejo
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi concentrada; aroma frutado,
com notas de tostado; sabor macio, fresco, com bom
volume, taninos sedosos, a terminar longo e apelativo.

A
MONTES CLAROS
2020
Alicante-Bouschet
DO Alentejo
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
com notas de cereja preta; sabor macio, com boa
frescura, bom volume, taninos redondos, a terminar
longo e apelativo.
TECEDEIRAS LILÁS
2021
DO Douro
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
aroma frutado, com notas de ameixa preta;
sabor macio, fresco, elegante, com taninos
suaves e final longo.
Lima & Smith, Lda.

A
BEYRA
Reserva 2021
DO Beira Interior
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi aberta; aroma frutado,
com notas de bagos silvestres; sabor macio, fresco,
com bom volume, taninos suaves e final apelativo.
Rui Roboredo Madeira - Vinhos, SA
QUINTA DA JARDINETE
Superior 2021
Merlot e Aragonez
IG Açores
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi aberta; aroma frutado, com
notas minerais; sabor macio, fresco, com boa secura,
taninos leves, notas vulcânicas e final complexo.
Quinta da Jardinete - Azores Winery, Lda.

A
MEANDRO DO VALE MEÃO

2020
DO Douro
80 BOA
QUALIDADE 11,90-14,69 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
com notas de cereja preta; sabor macio, fresco,
com taninos de qualidade, bom volume e final longo.
F. Olazabal & Filhos, Lda.
PERIQUITA
Reserva 2021
79 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
com notas de tostado; sabor macio, com boa frescura,
bom volume, taninos sedosos e final longo.

A
POLIPHONIA
Reserva 2021
IG Alentejano
79 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO A
com notas de madeira; sabor macio, fresco, com
taninos suaves, volumoso e a terminar longo.
Granacer, SA
MONTE GRANDE
2021 (Minipreço)
Trincadeira, Aragonez e Alicante-Bouschet
IG Alentejano
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
aroma frutado, com notas de cereja preta; sabor macio,
com boa frescura, taninos suaves, bom volume e final
longo.
Dia Portugal - Supermercados, SA

A
SELECÇÃO DE ENÓFILOS
2021 (Intermarché)
IG Tejo
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
de cereja; sabor macio, fresco, com taninos suaves,
equilibrado e a terminar longo.
Regional de Mercadorias - Soc. Central Aprovisionamento, SA
ALFACINHA
2021
IG Lisboa
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
boa intensidade; sabor macio, com boa secura, taninos
redondos, elegante e a terminar apelativo.
Parras Vinhos - Produção e Distribuição, Lda.

A
SARAMAGO
2021
IG Alentejano
78 BOA
QUALIDADE 2,49 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
com notas de compota; sabor macio, fresco, elegante,
com taninos maduros e final apelativo.
Sociedade de Vinhos Vítor Matos II, SA
LINHAS TORTAS
2021
DO Douro
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
com notas herbáceas; sabor macio, fresco, com bom
equilíbrio, taninos macios e final prolongado.
Caves Santa Marta - Vinhos e Derivados, CRL

A
SERRA DO LOURO
2021
78 BOA
QUALIDADE 2,98 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
de bagos silvestres; sabor seco, com boa frescura,
taninos sedosos e final longo.
Venâncio da Costa Lima - Sucrs, Lda.
VINHA DA FONTE
2021
78 BOA
QUALIDADE 2,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
de ameixa preta; sabor macio, elegante, volumoso, com
final longo e marcante.

A
HERDADE DE CATAPEREIRO
Escolha 2021
IG Tejo
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
taninos suaves e final longo.
Companhia das Lezírias, SA
AMEIAS
2021
78 BOA
QUALIDADE 3,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
notas de cereja preta; sabor macio, fresco, com taninos
suaves, bom volume e final prolongado.
Sociedade Vinícola de Palmela, SA

A
TRATADO
2021
DO Douro
78 BOA
QUALIDADE 3,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
de frutos negros; sabor macio, fresco, com taninos
maduros, bom volume e final longo.
WDV, Wine Douro Valley - Unipessoal, Lda.
QUINTA VALE DA PEDRA

2021
DO Douro
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
aroma frutado, com notas de compota; sabor macio,
fresco, complexo, com taninos finos e final longo.
Mateus & Sequeira - Vinhos, SA

A
CONDE DE MONSUL
2021
DO Douro
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
de cereja; sabor macio, fresco, com taninos maduros,
bom volume e final apelativo.
Rozès, SA
DIZEM QUE É TINTO

78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi; aroma jovem e frutado;
sabor macio, com boa acidez, taninos suaves, bom
volume e final longo.
Camolas & Matos, Lda.

A
HERDADE DE GÂMBIA
2021
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
notas de menta; sabor macio, fresco, com taninos
suaves, equilibrado e a terminar prolongado.
Sociedade Agrícola Boas Quintas, Lda.
HERDADE DAS MOURAS

DE ARRAIOLOS 2021
IG Alentejano
78 BOA
QUALIDADE 5,99 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
bom volume, taninos polidos e final longo.
Sociedade Agrícola Herdade das Mouras de Arraiolos, SA

A
FONTE DA LOBA
Reserva 2021
DO Douro
78 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi; aroma frutado, com grande
complexidade; sabor macio, com notas florais, taninos
suaves e a terminar longo.
Carregosa - Vinhos, Lda.
QUINTA DOS CARVALHAIS

2020
DO Dão
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
notas de frutos do bosque; sabor fresco, seco, macio,
com bom volume, taninos finos e final apelativo.

A
AL-MUDD
Clarete 2021
Negra-Mole
IG Algarve
78 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor clarete rosa-velho; aroma frutado;
sabor macio, fresco, com bom volume e final longo.
Sul Composto - Unipessoal, Lda.
INFANTADO
2020
DO Douro
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi intensa; aroma jovem, com
notas de bagos do bosque; sabor inicial seco, fresco,
com taninos leves, equilibrado e a terminar apelativo.
Quinta do Infantado - Vinhos do Produtor, Lda.

A
QUINTA DAS AMORAS

2021
IG Lisboa
77 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO A
notas de especiarias; sabor macio, fresco, seco, com
taninos maduros e final longo.
CAVES SANTA MARTA

Reserva 2021
DO Douro
77 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
suaves, bom volume e final apelativo.
Caves Santa Marta - Vinhos e Derivados, CRL

A
CAVALO BRAVO
Reserva 2020
IG Tejo
76 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi carregada; aroma frutado,
com notas de cacau; sabor fresco, com taninos
sedosos, bom equilíbrio e final longo.
CW
Reserva 2021
76 BOA
QUALIDADE 6,49 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
de cereja preta; sabor fresco, macio, com bom volume,
taninos maduros e final longo.
Comporta Wines - Unipessoal, Lda.

A
BANDO GALEIRÃO
2021 (Auchan)
75 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi aberta; aroma frutado e floral;
sabor macio, fresco, com taninos suaves, bom volume
e final longo.
Auchan - Companhia Portuguesa de Hipermercados, SA
MERLÃO
2021
DO Palmela
75 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino; cor rubi viva; aroma frutado, com
leves notas de madeira; sabor macio, com taninos
suaves, boa frescura, equilibrado e a terminar longo.
Adega Cooperativa de Palmela, CRL

A
ALMA DO TEJO
2020
IG Tejo
75 BOA
QUALIDADE 2,19 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
com notas de cereja; sabor macio, com boa frescura,
taninos polidos, bom volume e final longo.
Terreiro, Lda.
ENCOSTAS DE PENALVA
2021
DO Dão
75 BOA
QUALIDADE 2,69 €
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi; aroma jovem, com
notas florais; sabor macio, fresco, com taninos
Adega Cooperativa de Penalva do Castelo, CRL

A
JP AZEITÃO
2022
Syrah, Castelão e Aragonez
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
de compota; sabor macio, fresco, elegante, com bom
volume, taninos suaves e final apelativo.
JÚLIA FLORISTA
Premium 2021
IG Lisboa
75 BOA
QUALIDADE 3,89 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
de frutos silvestres; sabor macio, elegante, com taninos
maduros, bom volume e final longo.
Vidigal Wines, SA

A
COUTEIRO-MOR
DO Alentejo
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
de frutos silvestres; sabor macio, fresco, com taninos
polidos, bom volume, a terminar médio a longo.
Menir BR Sociedade Agrícola, SA
QUATRO VENTOS
2021
DO Douro
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
notas de compota; sabor macio, fresco, com taninos
sedosos, bom volume e final longo.
Aliança - Vinhos de Portugal, SA

A
CISTUS
2021
DO Douro
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi definida; aroma frutado,
com notas de baunilha; sabor macio, seco, com
boa frescura, bom volume, taninos bem casados
e final longo.
Quinta do Vale da Perdiz - Sociedade Agrícola, Lda.
LAGOALVA
Vinhas Velhas 2021
IG Tejo
75 BOA
QUALIDADE 4,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
notas de frutos do bosque; sabor macio, fresco,
equilibrado, com taninos leves e final apelativo.

A
DOM DIOGO
Vinhão
DO Vinho Verde
75 BOA
QUALIDADE 5,25 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor vermelha fechada; aroma
jovem e frutado, com notas de frutos do bosque;
sabor fresco, com presença de gás, taninos notórios
e final persistente.
CONDE DE CALHARIZ
Cellar Selection 2021
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
aroma frutado, com notas de especiarias; sabor macio,
fresco, com taninos suaves e final apelativo.

A
FALGAROSO
2021
DO Douro
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi definida; aroma frutado,
com notas de cereja preta; sabor macio, fresco, com
taninos suaves, bom volume e final prolongado.
Ariso - Sociedade Agrícola, Lda.
QUINTA DO SOBREIRÓ DE CIMA

2021
Touriga-Nacional, Trincadeira e Cabernet-Sauvignon
IG Transmontano
75 BOA
QUALIDADE 5,55 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
herbáceas; sabor macio, fresco, com bom volume,
taninos de qualidade e final longo.
Quinta do Sobreiró de Cima - Soc. Agrícola Comercial, SA

A
ROBOREDO
2021
DO Douro
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
notas de especiarias; sabor macio, fresco, com boa
secura, taninos suaves, bom volume e final longo.
QUINTA DA SOALHEIRA
2020
DO Douro
75 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi; aroma frutado, com notas de
cereja preta; sabor macio, fresco, com taninos suaves,
a terminar longo e elegante.
Sociedade dos Vinhos Borges, SA

A
QUINTA DO GRADIL
2021
IG Lisboa
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
de especiarias; sabor macio, fresco, com taninos leves,
Quinta do Gradil - Sociedade Vitivinícola, SA
ALTO PINA
Vinhas Velhas 2019
75 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor granada viva; aroma frutado com
evolução e notas de madeira; sabor macio, elegante,
volumoso, com taninos de qualidade, a terminar
longo e apelativo.

A
RAVASQUEIRA
Superior 2021
IG Alentejano
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor granada intensa; aroma frutado,
com boa complexidade; sabor macio, fresco, elegante,
com taninos suaves e final longo.
Sociedade Agrícola Dom Diniz, SA
TERRAS DE LAVA
2019
Merlot
IG Açores
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
toques minerais; sabor macio, fresco, com notas
vulcânicas, taninos suaves e final apelativo.
Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico - Picowines, CRL

A
FALUA
Reserva 2020
IG Tejo
75 BOA
QUALIDADE 13,99-16,90 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
aroma a fruta vermelha; sabor fresco, seco, com notas
de baunilha, taninos finos, a terminar longo e apelativo.
Falua - Sociedade de Vinhos, SA
SOMONTES
Reserva 2020
DO Dão
74 BOA
QUALIDADE 8,99 €
ANÁLISES B
Acidez volátil (g/l) 0,96 D
DEGUSTAÇÃO B
notas herbáceas; sabor macio, fresco, com taninos
finos, bom volume, a terminar longo e apelativo.
Passarela - Sociedade de Vinhos, Lda.

A
PITEIRA
2021
Alicante-Bouschet
DO Alentejo
74 BOA
QUALIDADE 13,99 €
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO A
notas de especiarias; sabor macio, fresco, com boa
harmonia, taninos de qualidade e final persistente.
Amareleza Vinhos - Sociedade Agrícola da Amareleja, Lda.
MANOELLA
2021
DO Douro
74 BOA
QUALIDADE 12,90-15,99 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
volume, taninos polidos e final longo.
Wine & Soul, Lda.

A
FORAL D. HENRIQUE
2021
DO Dão
73 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi; aroma frutado; sabor macio,
fresco, com taninos suaves e final longo.
Adega Cooperativa de Mangualde, CRL
MONTE DA FERRA
Reserva 2021 (Aldi)
IG Alentejano
73 BOA
QUALIDADE 2,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor granada; aroma frutado, com
notas de madeira; sabor macio, fresco, com taninos
de qualidade e final longo.

A
ARCA NOVA
2022
Vinhão
DO Vinho Verde
73 BOA
QUALIDADE 3,69 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor vermelha, com nuances violáceas;
aroma a frutos do bosque e notas herbáceas;
sabor fresco, com leve presença de gás, taninos
notórios e final marcante.
Quinta das Arcas - Sociedade Agrícola, Lda.
ATALAYA
2021
DO Beira Interior
73 BOA
ANÁLISES A
Acidez total (g/l) 4,2 B
DEGUSTAÇÃO B
herbáceas e jovem; sabor macio, fresco, com taninos
bem casados e final apelativo.

A
VIA LATINA
2022
Vinhão
DO Vinho Verde
73 BOA
QUALIDADE 3,99 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor vermelha violácea; aroma frutado,
com notas de frutos silvestres; sabor fresco, com
taninos presentes, boa intensidade, presença de gás
e final marcante.
CASA DAS GAEIRAS

2020
DO Óbidos
73 BOA
QUALIDADE 3,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B

A
FLOR DO TUA
2022
DO Trás-os-Montes
73 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi viva; aroma jovem e frutado;
sabor macio, seco, com boa frescura, taninos suaves,
bom volume e apelativo.
Costa Boal Family Estates, Lda.
CASTELINHO
Reserva 2020
DO Douro
73 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
redondos, bom volume e final elegante.
Castelinho - Vinhos, SA

A
VALLEGRE
2020
DO Douro
73 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
com notas herbáceas; sabor macio, com boa acidez,
taninos macios e final longo.
Vallegre - Vinhos do Porto, SA
PACHECA
2021
DO Douro
73 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi; aroma a fruta vermelha;
sabor macio, fresco, seco, com taninos macios e
final apelativo.
Quinta da Pacheca - Sociedade Agrícola e Turística, Lda.

A
DEZ TOSTÕES
2021
IG Alentejano
73 BOA
QUALIDADE 11,95-15,00 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi; aroma jovem; sabor macio,
fresco, com taninos finos e final médio a longo.
Maroteira Vinhos, Lda.
CATEDRAL
Reserva 2021
DO Dão
72 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO A
com notas de especiarias; sabor macio, fresco,
com taninos maduros, bom volume e final longo.

A
DOM MARTINHO
2020
IG Alentejano
72 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi definida; aroma frutado
e jovem; sabor macio, fresco, com taninos bem
casados, bom volume e final apelativo.
CASTELLO DE NUMÃO
Reserva 2020
DO Douro
72 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
leves, bom volume e final longo.
Carlos Alonso - Douro Wine Company, Lda.

A
TUELLA
2021
DO Douro
71 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Symington Family Estates - Vinhos, Lda.
TERRAS DO RIBATEJO
Reserva 2021
IG Tejo
70 BOA
QUALIDADE 1,59 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi definida; aroma frutado, com
notas herbáceas; sabor macio, leve, com boa frescura,
Adega Cooperativa de Benfica do Ribatejo, CRL

A
FONTE DO NICO
2022
70 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
herbáceas; sabor macio, com boa acidez, taninos
bem casados, equilibrado e a terminar apelativo.
Cooperativa Agrícola Santo Isidro de Pegões, CRL
VINHAS D’EL REI

Vinhas Velhas 2021
DO Alentejo
70 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
notas de cereja preta; sabor macio, fresco, volumoso,
com taninos suaves e final longo.
CARMIM - Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz

A
FIUZA 3 CASTAS
2021
Touriga-Nacional, Syrah e Cabernet-Sauvignon
IG Tejo
70 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi aberta; aroma frutado,
volume, taninos maduros e final apelativo.
BEIJA-FLOR
2021
DO Douro
70 BOA
QUALIDADE 4,95 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
florais; sabor macio, com boa frescura, taninos suaves,
equilibrado e a terminar apelativo.

A
SENHOR DA VINHA
2021
DO Dão
69 BOA
QUALIDADE 1,99 €
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
notas de cereja preta; sabor macio, com boa acidez,
equilibrado e a terminar apelativo.
Adega Cooperativa de Mangualde, CRL
MONTE DA ROQUINA
Premium 2021
IG Alentejano
69 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
notas de bagas silvestres; sabor macio, fresco, com
boa secura, bom volume e final longo.
Herdade da Madeira Velha Agro-Alimentar, SA.

A
ALTAS QUINTAS 600

2021
IG Alentejano
69 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
de cereja; sabor macio, com bom volume, taninos
Altas Quintas - Exploração Agrícola e Vinícola, Lda.
MESTRE XICO
2021
IG Alentejano
68 BOA
QUALIDADE 9,99 €
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
leves, a terminar longo e elegante.
Francisco Fernandes Garcia - Unipessoal, Lda.

A
O JORNALEIRO
2021
IG Lisboa
66 BOA
QUALIDADE 2,99 €
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
aroma frutado, com notas herbáceas; sabor macio,
fresco, com taninos suaves, bom volume e final longo.
Sociedade Agrícola Dom Diniz, SA
GRÃO VASCO
2021
Touriga-Nacional, Tinta-Roriz e Alfrocheiro
DO Dão
66 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
notas de ameixa preta; sabor macio, fresco, leve,
com taninos bem casados e a terminar apelativo.

A
PORTAL DE S. BRAZ
2021
Alicante-Bouschet
IG Alentejano
64 MÉDIA
ANÁLISES D
Acidez volátil (g/l) 1,20 E
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto límpido; cor rubi fechada; aroma a fruta preta
bem madura, a especiarias e tostado; sabor macio,
com boa frescura, taninos sedosos, bom volume
e final longo.
Cooperativa Agrícola de Granja, CRL
CORTES DE LAMEGO
Reserva 2021
DO Douro
62 MÉDIA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
notas de especiarias; sabor macio, elegante, com
Adega Cooperativa de Lamego, CRL

A
BANDO VERDILHÃO
2022 (Auchan)
DO Vinho Verde
56 MÉDIA
ANÁLISES D
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor vermelha púrpura; aroma frutado,
com notas herbáceas; sabor fresco, com presença de
gás, taninos notórios, pouco alcoólico e final delicado.
ODELOUCA
2020
IG Algarve
53 MÉDIA
ANÁLISES D
Acidez volátil (g/l) 1,20 E
DEGUSTAÇÃO B
de evolução; sabor macio, elegante, com taninos leves,
Patrick Agostini, Lda.

A
PONTUAL
Reserva 2020
Alicante-Bouschet, Syrah e Touriga-Nacional
IG Alentejano
48 MÁ
ANÁLISES E
DEGUSTAÇÃO A
notas de cacau; sabor macio, boa frescura, volumoso,
com taninos de qualidade e a terminar longo.
PLC - Companhia de Vinhos do Alandroal
ALPEDRINHA
Superior 2020
DO Beira Interior
46 MÁ
QUALIDADE 5,50 €
ANÁLISES E
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido; cor rubi; aroma frutado, com leves
notas de tostado; sabor macio, fresco, com taninos
delicados, equilibrado e a terminar prolongado.
Adega Cooperativa do Fundão, CRL

A
PARTE 3
DOSSIÊ:
VINHOS
ESPUMANTES
A
A
D OSSIÊ : VIN HOS E SP UMAN TE S PA RT E 3
Dada a associação dos espumantes a comemorações e datas festi-

vas, inigualável face ao que acontece com qualquer outra bebida,
o vinho espumante é por vezes chamado “o rei dos vinhos” ou,
até, “champanhe”, palavra herdada do nome da região vitiviní-
cola francesa Champagne, onde se produzem os vinhos com esta
denominação de origem.
Ora, se todo o champanhe é um vinho espumante, o inverso

já não é verdade, ou seja, nem todos os espumantes são cham-
panhe. Apenas aquele que é produzido na região francesa de
Champagne, elaborado segundo processos tecnológicos bem
definidos, a partir de três castas – uma branca (Chardonnay) e
duas tintas (Pinot-Noir e Pinot-Meunier) –, é um champanhe na
verdadeira aceção do termo.
Aliás, a designação Champagne tem sido protegida com gran-

de afinco, juridicamente até, sendo o “método champanhês” e a
palavra “champanhe” exclusivos dos vinhos com esta denomi-
nação de origem. A própria legislação proíbe utilizar a palavra
“champanhe” (ou champagne, em francês) para designar qualquer
produto, e não só vinhos espumantes. A este propósito, relem-
bramos um episódio célebre que obrigou o estilista Yves Saint
Laurent a alterar a designação do perfume inicialmente batizado
de Champagne para Yvresse...
Um verdadeiro champagne é considerado uma bebida de eli-

te, enquanto os restantes vinhos espumantes são vistos como
produtos de qualidade inferior. Aliás, a exclusividade e as carac-
terísticas nobres do champagne têm tradução direta no preço a
que é vendido. Os valores podem variar muito, dependendo das
marcas e dos locais de venda. Enquanto nos supermercados uma
garrafa de champanhe custa a partir de dez euros, os espumantes
nacionais testados custam desde 3,29 euros. Mas serão realmente
produtos de segunda categoria?
Conheça a resposta no capítulo 2, onde são apresentados os

resultados do teste comparativo a 43 vinhos espumantes brancos
meio-secos e brutos. A classificação global reflete as classificações
obtidas em análises laboratoriais e provas de degustação. Mas
antes, no capítulo 1, exploremos um pouco a história do vinho
espumante, as regiões onde é produzido, as principais castas uti-
lizadas e as técnicas de vinificação, entre outros aspetos.

A
CAPÍTULO 1
A ORIGEM E
A PRODUÇÃO
A
A história
Foi no nordeste de França, na região vitivinícola de Champagne
(a cerca de 150 quilómetros de Paris), que o vinho espumante foi
pela primeira vez produzido. Embora muitos defendam terem
sido os romanos os responsáveis pela introdução das vinhas na
região, existem registos que indiciam que as plantações poderão
ter ocorrido muito antes.
Independentemente disso, o certo é que, no tempo da conquis-

ta romana, as margens do rio Marne eram destinadas à cultura
da vinha, tendo sido a legião de Júlio César a que mais contribuiu
para o seu desenvolvimento. A tal ponto que, no século i, talvez
por recear que as vinhas de Champagne se tornassem rivais de
Roma, o imperador Domiciano mandou destruir as videiras da
Gália (antigo território que incluía a atual França e que reunia
vários povos celtas, entre os quais os gauleses), em especial as
dessa região.
Dois séculos mais tarde, o imperador Probus mandou restaurar

as vinhas nos arredores de Reims e Châlons. Aqui, à semelhança
do que aconteceu um pouco por toda a parte, as ordens religiosas
foram as principais responsáveis pelo desenvolvimento do vinhe-
do. Nos séculos v e vi, as vinhas de Champagne foram honradas
por Saint Rémi, célebre bispo de Reims e, ao que parece, também
proprietário de diversas plantações. As grandes feiras medievais
(no cruzamento de importantes rotas europeias), promovidas por
vários mosteiros e respetivos monges, e os diversos confrontos
bélicos também ajudaram a estender a fama dos vinhos da região.
No entanto, só nos finais do século xvii é que a tendência

para o vinho efervescer começou a ser explorada. Até aí, embora
apreciados, os vinhos de Champagne eram tintos tranquilos (sem
gás), com pouca cor e que não se conservavam bem, pelo que não
estavam preparados para longas viagens. Ansiosos por produzir
vinhos melhores do que os das outras províncias do reino, os
vinicultores da região conseguiram obter um vinho quase bran-
co, ao procederem a uma segunda fermentação quando o tempo
aquecia. Engarrafado no fim do inverno, tornava-se efervescente
e conservava essa propriedade, transformando-se, então, no que
viria a ser chamado salta-rolhas. Foram os monges da abadia be-
neditina de Hautvillers, em particular o monge Don Pérignon

A
A ORIG E M E A P ROD UÇÃO CA P Í T U LO 1
(hoje, nome de uma afamada marca destes vinhos), que melhor

souberam tirar proveito desta descoberta e que fomentaram o
que mais tarde veio a chamar-se método champanhês.
Em Portugal, a história do espumante remonta ao século xix.

Seguindo o exemplo do sucesso francês, o método champanhês
(hoje designado clássico – veja o esquema adiante) foi introduzi-
do, quase em simultâneo, em Lamego e na Bairrada. Em 1898,
Teixeira Rebelo Júnior, fundador das caves Raposeira, implemen-
tou a produção de vinhos espumantes em Lamego. Pela mesma
altura, Tavares da Silva, diretor da Escola Prática de Viticultura
da Bairrada, divulgou aquele método na região. Importa referir
que, atualmente, esta região é a principal produtora de vinho
espumante do nosso país.
Regiões produtoras
Depois do sucesso comercial do champanhe, rapidamente outras
regiões de França e outros países se iniciaram no fabrico de vinho
espumante. Portugal não foi exceção. Conheça um pouco mais
sobre a região vitivinícola francesa Champagne e sobre as regiões
produtoras do espumante espanhol Cava e, claro, dos nossos es-
pumantes portugueses.
Champagne, no nordeste de França

A região vitivinícola de Champagne situa-se a cerca de 150 quiló-
metros de Paris. Inclui as áreas de produção demarcada de Mon-
tagne de Reims, Vallée de la Marne, Côte des Blancs, Côte des
Bars, Côte de Sézanne e Vitry-le-François, que fazem parte dos
departamentos de Marne, Aube, Aisne, Seine-et-Marne e Hau-
te-Marne, no norte de França (veja o mapa na página seguinte).
Com um clima de transição entre o atlântico e o continental,

são vários os fatores que estão diretamente relacionados com a
qualidade do produto das vinhas de Champagne. Por um lado,
os 200 quilómetros de formações montanhosas que as protegem
são fundamentais; por outro, as vinhas estão implantadas a uma
altitude relativamente baixa (até 200 metros acima do nível das

A
REGIÃO VITIVINÍCOLA DE CHAMPAGNE

(FRANÇA)
Paris
Montagne de Reims
Vallée de la Marne
Côte des Blancs
Côte des Bars
Côte de Sézanne
Vitry-le-François
águas do mar), o que influencia positivamente a qualidade do

fruto, ao mesmo tempo que o protege das temidas geadas da
primavera.
Trata-se, ainda, de uma região com condições ótimas para o

bom amadurecimento das uvas: o solo rico em calcário garante
uma boa distribuição da água, a retenção do calor durante o dia
(depois libertado à noite) e uma luminosidade adequada.
Cava, os espumantes oriundos de Espanha

Os vinhos espumantes Cava começaram a ser produzidos no
século xix, na província de Barcelona. A denominação Cava é
determinada, essencialmente, pelas características de elaboração
deste vinho. Quer isto dizer que pode ser atribuída a vinhos de
diferentes origens geográficas, desde que o processo de elabora-
ção seja o mesmo (método clássico, que pode ver adiante).

A
Para a elaboração de um Cava, estão autorizadas dez castas

(seis brancas e quatro tintas). As zonas de produção encontram-se
repartidas por vários municípios das províncias de Álava, Ba-
dajoz, Barcelona, Girona, La Rioja, Lérida, Navarra, Tarragona,
Valência e Saragoça. A comarca de Penedès, na Catalunha, des-
taca-se por ter a maior produção.
Os espumantes produzidos em Portugal

Os primeiros vinhos espumantes portugueses remontam ao fim
do século xix. As condições privilegiadas para a cultura da vi-
nha permitem, como veremos adiante, produzir espumantes de
qualidade.
Atualmente, são várias as regiões demarcadas aptas a produzir

espumante certificado com denominação de origem (DO) ou indi-
cação geográfica (IG), desde o Minho e Trás-os-Montes até ao Al-
garve. Dos 177 mil hectolitros de espumante produzidos em 2022,
59 mil hectolitros, ou seja, um terço, têm certificação DO ou IG.
A REGIÃO DE TÁVORA-VAROSA foi a primeira a ser demar-

cada para espumantes em Portugal, em 1989. Com grandes ex-
tensões de vinhedos plantados nos vales entre os rios Távora e
Varosa, esta região contribui, hoje, para mais de um terço do
total de espumantes certificados, e 41% do total de espumantes
com certificação DO. Aqui nascem alguns espumantes nacio-
nais famosos, como o Murganheira e o Raposeira.
A REGIÃO DA BAIRRADA , por sua vez, destaca-se com o maior

volume de produção de espumante certificado do País: quase 40%
do volume total. Em 1990, é criada a certificação espumante DO
Bairrada. O leitão à Bairrada (prato típico da região) é, frequen-
temente, acompanhado pelo espumante da região: é uma combi-
nação perfeita, pois a acidez típica do espumante ajuda a cortar
o excesso de gordura do prato.
A REGIÃO TEJO tem vindo a afirmar-se enquanto produtora

de espumante: cerca de 14% dos vinhos espumantes certificados
têm, hoje, origem nesta região do centro do País. Muitas outras
regiões produzem vinhos espumantes em Portugal (Vinho Verde,
Dão, Alentejo, etc.), mas com um volume apenas marginal.

A
PRODUÇÃO DE ESPUMANTE
EM PORTUGAL EM 2022
A produção de espumante disparou face a 2021, tendo passado de
cerca de 149 para 177 mil hectolitros, segundo o Instituto da Vinha
e do Vinho. Os espumantes com certificação DO e IG totalizaram
59 mil hectolitros, ou seja, um terço do volume total produzido.
177
mil
hectolitros
+ 20%
Produção nacional de Variação de volume

espumante em 2022 produzido face a 2021
Espumante certificado
por região (em hectolitros)
Bairrada, Távora-Varosa e, em menor proporção,

Tejo são as três principais regiões produtoras
de espumante DO e IG. Contribuem para quase
90% do volume total de espumante certificado.
Bairrada 23 131 hl
Távora-Varosa 20 960 hl
Tejo 8202
Vinhos Verdes 3778 hl
Dão 1285 hl
Lisboa 844 hl
Alentejo 539 hl
Península de Setúbal 193 hl
Algarve 52 hl
Trás-os-Montes 20 hl
Beira Interior 14 hl

A
As castas
Ao contrário do que acontece com os outros vinhos, os espuman-
tes brancos podem ser elaborados a partir de castas brancas e/
ou tintas. A matéria corante encontra-se nas películas das uvas,
sendo a polpa praticamente incolor (com exceção das castas tin-
tureiras), o que leva a que a polpa das uvas tintas também possa
ser utilizada na produção de vinhos espumantes brancos. No
fabrico do champanhe, apenas são autorizadas três castas: uma
branca (Chardonnay) e duas tintas (Pinot-Noir e Pinot-Meunier).
Chardonnay, Pinot-Meunier e Pinot-Noir são as únicas castas autorizadas

para produzir champanhe.
A CASTA CHARDONNAY, tradicional da Borgonha, também se

adapta bem à região de Champagne, conferindo ao espumante o
seu caráter fresco e vivo. Quando este é produzido, exclusivamen-
te, com esta casta, denomina-se Blanc de Blancs (“Branco de uvas
brancas”). Contudo, a maioria do champanhe faz-se com as duas
castas tintas. Fala-se de Blanc de Noirs (“Branco de uvas tintas”).
A CASTA PINOT-MEUNIER , bem adaptada às condições cli-

máticas da região, é, frequentemente, vista como uma parente
pobre. Muitas vezes não é utilizada, ou apenas de forma mode-
rada, por se temer a sua maturação prematura. Há, no entanto,
quem a prefira, porque torna o vinho macio.
A CASTA PINOT-NOIR , por seu turno, confere caráter e pleni-

tude aos vinhos, mas, por os marcar demasiado, chega a ser prete-
rida. Usa-se sobretudo para complementar as outras duas castas.

A
Em Portugal, são muitas as castas brancas e tintas utilizadas

na produção de vinhos espumantes. Citamos apenas algumas:
Alvarinho, Aragonez, Arinto, Baga, Bical, Cercial, Malvasia-Fina,
Touriga-Nacional ou Pinot-Noir. Para mais informações sobre as
características destas e de outras castas, veja o capítulo 2 da Parte 1.
A vinificação
A fase inicial de produção de vinho espumante passa pela obten-
ção de um vinho tranquilo (sem gás). É a adição de açúcares e de
leveduras que gera o vinho espumante. Este processo transforma
os açúcares em álcool e em dióxido de carbono, obtendo-se, as-
sim, um vinho gasoso. O vinho espumante é, ainda, um vinho de
conjunto: ou seja, de terrenos, videiras e anos diferentes.
Todo o champanhe, tal como a maioria dos espumantes portu-

gueses, é elaborado segundo o método clássico. Neste, a segun-
da fermentação acontece em garrafa. Em seguida, apresentamos
este e outros métodos utilizados.
O método clássico
Se, inicialmente, este método era exclusivo da região de Cham-
pagne, hoje é utilizado de forma generalizada pelos produtores de
espumantes. Distinguem-se duas grandes etapas de produção: a
elaboração do vinho de base e a aquisição de efervescência. Veja
como se processa esta dupla vinificação.
O vinho de base
Na região de Champagne, a vindima é feita manualmente, e as
uvas são separadas segundo os três tipos de castas. Depois, são
transportadas para a adega, onde são ligeiramente prensadas.
Obtém-se, assim, um líquido pouco corado. Normalmente, o ren-
dimento é de 100 litros por 150 quilos de uvas. O produto é, então,
fermentado em cubas equipadas com sistema de refrigeração,
garantindo, assim, que esta acontece a uma temperatura baixa.
A aquisição de efervescência
Diferentes vinhos são escolhidos com base em provas e, depois,

A
MÉTODO CLÁSSICO
1. Vindima
4. Fermentação 6. Armazenagem
3. Separação
dos sólidos
2. Prensagem
5. Trasfega
11. Estágio 10. Aquisição
de efervescência 7. Refrigeração
(2.ª fermentação)
8. Filtragem
12. Remuage 9. Adição
de licor
manual de tiragem
mecânica
13. Colocação das
garrafas na vertical
16. Rolhagem,
colocação do 15. Adição
açaime, toilette e de licor 14. Dégorgement
expedição de expedição por congelação
O método clássico (ou champanhês), em que a segunda fermentação

ocorre em garrafa, é originário da região francesa de Champagne. É hoje o
mais utilizado para a produção de vinhos espumantes em Portugal.

A
juntam-se. Chegam a ser misturados mais de 50 vinhos distintos,

de idades, terrenos e videiras diferentes! Não é, por isso, habitual
ver-se o ano da colheita nos rótulos das garrafas de espumante.
Procede-se, então, à clarificação por colagem, técnica em que

são adicionados uma cola ou clarificantes que arrastam consigo
os sólidos em suspensão no vinho, e à filtração. A seguir, adicio-
na-se o chamado licor de tiragem, uma solução de açúcares, vinho
e leveduras, em proporções variáveis. Cerca de um mês depois,
ocorre uma segunda fermentação em garrafa e a consequente
formação de gás. É este procedimento que irá transformar o vi-
nho, inicialmente tranquilo, numa bebida efervescente. Este pro-
cesso opera-se a cerca de 10ºC e pode durar semanas ou meses,
até atingir uma pressão na garrafa de 6-7 bares.
Pode, então, iniciar-se uma operação designada por remuage.

As garrafas são colocadas em cavaletes apropriados e, periodi-
camente, são sujeitas a uma trepidação e a uma rotação de um
quarto de volta, à medida que se vai aumentado a sua inclinação.
Consegue-se, assim, que o depósito de leveduras em suspensão
no vinho seja arrastado para o gargalo da garrafa. Tradicional-
mente, esta operação era manual, mas tem vindo a mecanizar-se.
Depois da remuage, o vinho pode envelhecer ainda durante anos.
Antes de abrir a garrafa (dégorgement), o gargalo é imerso numa

salmoura a -25ºC, com o objetivo de libertar definitivamente o vi-
nho dos depósitos acumulados junto à rolha. Adiciona-se licor de
expedição, compensando o líquido perdido durante o dégorgement.
Consoante o tipo de espumante pretendido (veja a caixa Bruto

ou seco? adiante, no capítulo 2), este licor pode ser composto
por açúcares e vinho ou apenas por vinho. Depois, as garrafas
são rolhadas e são aplicados os açaimes, sob uma película me-
tálica. Por fim, as garrafas são rotuladas para serem expedidas.
Método de cuba fechada e método contínuo

A efervescência do vinho espumante resulta da segunda fermen-
tação, seja ela em garrafa ou noutros recipientes. Embora o méto-
do clássico seja o mais utilizado em Portugal, outros dois – mais
rápidos e menos dispendiosos – têm também a sua importância.

A
MÉTODO DE CUBA FECHADA
1. Transporte
dos vinhos de base
2. Junção
4. Filtragem
contínua 3. Tratamentos
5. Aquisição
de efervescência
(2.ª fermentação)
6. Maturação
9. Filtragem
8. Centrifugação 7. Refrigeração
10. Adição de licor
de expedição
11. Tiragem isobárica

A
Falamos do método de cuba fechada (ou Charmat) e do método

contínuo. Em ambos, a segunda fermentação acontece em reci-
pientes apropriados de grandes dimensões (cubas). A principal
diferença entre estes dois métodos é que, no contínuo, as cubas
estão ligadas entre si, com entrada e saída permanente de vinho
(veja a infografia na página anterior).
Concluídas a elaboração e a junção dos vinhos de base, e após a

adição de açúcares e de leveduras, a segunda fermentação ocorre
em cubas de aço inoxidável, que deve resistir à pressão provocada
pela formação de gás carbónico. Quanto mais baixa for a tempe-
ratura de fermentação, maior será a qualidade da espuma.
O facto de a cuba ser refrigerada permite pôr fim à fermentação

quando certa temperatura é atingida, ficando por fermentar a
quantidade de açúcares desejada. Desta forma, a adição de licor
de expedição pode ser dispensada.
O vinho repousa a uma temperatura baixa, sendo depois cla-

rificado e engarrafado por tiragem isobárica (trasfega do vinho, à
pressão atmosférica, para separar a borra depositada).
A garrafa
Tradicionalmente, os vinhos espumantes são acondicionados nas
designadas garrafas champanhesas, cujo vidro tem, normalmen-
te, uma coloração escura.
Regra geral, é usada uma rolha de cortiça com cabeça em for-

ma de cogumelo. A envolver a rolha está uma armação de arame
(designada açaime), com uma chapa superior, fixada no anel do
gargalo da garrafa. Desta forma, a rolha consegue aguentar a
forte pressão do gás carbónico. Uma cápsula é colocada no fim,
para envolver toda esta estrutura.
A toilette dos vinhos espumantes distingue-se, regra geral, pela

elegância. Da vestimenta completa da garrafa podem fazer par-
te o rótulo, o contrarrótulo e a gargantilha. O selo de garantia
(no caso dos produtos com Denominação de Origem ou Indica-
ção Geográfica) aparece impresso no contrarrótulo.

A
A rotulagem
O rótulo de um vinho é o seu bilhete de identidade. Deve conter
informações completas, verdadeiras e esclarecedoras, permitindo
que o consumidor faça uma escolha adequada e saiba como os
consumir e conservar corretamente.
Regra geral, a rotulagem dos espumantes segue a linha dos

outros vinhos (veja um exemplo na página 64). Destacamos, no
entanto, os aspetos que se seguem.
A DENOMINAÇÃO DE VENDA Vinho Espumante ou Vinho Es-

pumante de Qualidade é utilizada de acordo com critérios de
produção e características do próprio vinho. As indicações
Champagne ou Cava podem constituir as denominações de ven-
da em produtos produzidos nas respetivas regiões em França e
Espanha.
DEPENDENDO DO TEOR DE AÇÚCARES , são utilizadas as

menções bruto natural, extra-bruto, bruto, extra-seco, seco, meio-
-seco e doce. (veja a caixa Bruto ou seco? adiante, no capítulo 2).
125 QUILOCALORIAS POR TAÇA

DE ESPUMANTE MEIO-SECO
Quanto mais alcoólico e doce, mais calórico é o vinho. O
meio-seco, cujo teor de açúcares varia entre 32 e 50 gramas
por litro, está entre os espumantes mais calóricos. Uma taça
de 150 mililitros desta categoria de espumante que ostente um
teor alcoólico de 12% vol. tem, em média, 125 quilocalorias. Tal
representa 5% do valor energético total diário recomendado
para um adulto (cerca de 2000 quilocalorias).
A EXPRESSÃO “Branco de uvas brancas” (Blanc de Blancs, em

francês) designa vinhos espumantes obtidos exclusivamente de
uvas brancas; já “Branco de uvas tintas” (Blanc de Noirs) usa-se para
vinhos espumantes obtidos só com uvas tintas. Como pode cons-
tatar nas fichas dos vinhos testados no capítulo 3 (meio-secos) e
no capítulo 4 (brutos), alguns incluem a expressão Blanc de Blancs
no rótulo. Como tal, foram produzidos só com castas brancas.

A
Comprar e conservar
Procure adquirir as garrafas que irá consumir no curto prazo,
pois, ao contrário de outros vinhos, o espumante não melhora
com a idade. Contudo, se pretende ter algumas garrafas de re-
serva, não as deverá guardar muito tempo no frigorífico, pois a
temperatura é demasiado baixa para a conservação de vinho. No
título Como guardar garrafas em casa, veja as condições ideais para
conservar as garrafas em boas condições.
Cuidados de compra
– Prefira estabelecimentos com uma climatização adequada,
onde as garrafas estejam deitadas e ao abrigo da luz;
– preste atenção ao estado da garrafa – o nível de líquido não deve
estar abaixo do normal;
– confira no rótulo que está a comprar exatamente aquilo que
pretende (por exemplo, branco ou rosé, bruto ou doce);
– lembre-se de que a denominação Vinho Espumante de Qualidade
ou designativos do tipo Reserva ou Super Reserva nem sempre são
uma garantia de qualidade;
– tenha em conta que o vinho espumante perde qualidades quan-
do guardado tempo demais. O ideal seria que a data de dégorge-
ment (abertura da garrafa para remover os depósitos junto da
rolha) fosse indicada, porque é a partir desta que o espumante
não melhora mais.
Como guardar garrafas em casa

– Caso pretenda ter algumas garrafas de espumante de reserva,
guarde-as num local escuro, onde a temperatura seja constante,
de preferência entre os 12 e 14ºC (uma cave, por exemplo). As
eventuais oscilações de temperatura não devem ser superiores a
quatro ou cinco graus centígrados;
– o espaço deve ser ventilado e pouco húmido (humidade relativa
abaixo dos 75%). Caso contrário, há o risco de formação de bolo-
res que poderão danificar os rótulos e as rolhas;
– as garrafas devem ficar deitadas e ao abrigo da luz;
– se não for possível guardar o vinho nestas condições, compre
apenas as garrafas que prevê abrir no curto prazo.

A
COMO ABRIR E SERVIR ESPUMANTE

Compre apenas as garrafas que prevê consumir no curto
prazo. O espumante serve-se bem fresco, mas não gelado, de
preferência em copos altos e estreitos.
BEM FRESCO, MAS NÃO GELADO

O espumante deve ser servido, sem gelo, a uma
temperatura entre os 6ºC e os 8ºC. Para atingir a
temperatura ideal, coloque a garrafa no frigorífico três
ou quatro horas antes ou num recipiente com água e
gelo durante 15 a 20 minutos. Não se deve pôr a garrafa
no congelador, sob pena de ficar esquecida e rebentar.
PASSO-A-PASSO PARA RETIRAR A ROLHA

1. Na hora de abrir a garrafa, retire-a do balde com
gelo ou do frigorífico, e desenrole ligeiramente a
parte inferior da cápsula que envolve a rolha, de
modo a aceder à argola do açaime.
2. Incline ligeiramente a garrafa e distorça a argola

da armação de arame que cobre a rolha (açaime).
3. Remova o açaime juntamente com a cápsula que

envolve a rolha (se a rolha começar a sair logo, retire
tudo de uma vez).
4. Pegue na garrafa com uma mão e, com a outra,

segure a rolha. Rode a garrafa (se rodar a rolha, esta
pode partir-se). A rolha deve sair lentamente e com
pouco ruído.
SIRVA EM COPOS ALTOS E ESTREITOS

Utilize copos de vidro altos e estreitos (os
chamados flûtes). Além de permitirem observar a
“corrida” das bolhas, evitam que a efervescência se
escape demasiado depressa.
Encha os copos até pouco mais de meio, evitando
que a espuma transborde e… desfrute!
SE SOBRAR, GUARDE NO FRIGORÍFICO

Uma vez a garrafa aberta, o gás tende a dissipar-se.
Se sobrar espumante, guarde a garrafa no frigorífico
(as temperaturas baixas reduzem a perda) e use
uma rolha de pressão. Mas claro que é uma solução
temporária. Colocar uma colher no gargalo é um
mito: não irá impedir que o gás se escape.

A
Na hora de abrir uma garrafa

Prevê abrir em breve uma garrafa de vinho espumante para ce-
lebrar uma boa notícia ou festejar um acontecimento marcante?
É importante proceder com alguma delicadeza, para evitar que
a rolha saia disparada e com estrondo. Esse momento poderá
causar emoções fortes, mas não é, de todo, a forma mais correta
(e segura) de abrir um vinho com gás carbónico.
Devido à elevada pressão na garrafa (superior à de um pneu de

um carro), a projeção da rolha leva a que se desperdice parte da
bebida e, pior, pode danificar objetos ou aleijar gravemente um
dos presentes no convívio.
Veja na página anterior como

proceder para abrir a garrafa sem
que a rolha salte. Em alternativa,
pode usar um saca-rolhas com
alavanca, próprio para vinhos
efervescentes. Não é barato e é
dispensável. Contudo, é um mé-
todo prático e seguro de abrir um
espumante sem o risco de estragar
a festa.
Pode então servir o espumante

bem fresco, preferencialmente, em
copos altos e estreitos (flûtes), para
O saca-rolhas para espumante
melhor reter e observar a magia da com alavanca, embora
efervescência deste vinho. dispensável, é prático e seguro.

A
CAPÍTULO 2
RESULTADOS
DO TESTE
A
Chegou a altura de nos dedicarmos à parte mais importante des-

te dossiê, o teste, que, este ano, abarcou 43 vinhos espumantes:
15 meio‑secos e 28 brutos, as categorias mais vendidas. A seleção
foi feita com base num estudo de mercado, para reunirmos as
marcas mais representativas e as colheitas mais recentes, que ti-
vessem uma elevada probabilidade de estarem à venda na data de
publicação deste guia. Veja, adiante, os resultados do teste e saiba
quais os vinhos meio‑secos e brutos com a melhor classificação
global e os que ostentam a melhor relação entre a qualidade e o
preço (Escolhas Acertadas).
Análises químicas e
provas de degustação
A grande maioria dos vinhos testados é de boa qualidade, desta-
cando‑se quatro espumantes brutos com excelente classificação
global, igual ou superior a 85% na nota final. A avaliação final
traduz o conjunto das análises laboratoriais e das provas de de-
gustação. Os resultados detalhados de cada espumante testado
figuram nas fichas dos capítulos 3 (meio-secos) e 4 (brutos).
As análises em laboratório
Vejamos o resumo dos resultados. Para mais explicações sobre
os critérios avaliados, consulte o capítulo 2 da Parte 1 deste guia.
TEOR ALCOÓLICO A lei determina um teor alcoólico mínimo

adquirido para os vinhos, que corresponde à quantidade real de
álcool dentro da garrafa. Este teor pode variar de acordo com o
produto certificado. Por exemplo, para um espumante de Vinho
Verde é de 10% vol., para um Alentejo ou Bairrada é de 11%, etc.
A lei admite uma variação até 0,8% vol. entre o valor indicado no
rótulo e o obtido em laboratório. Todos os espumantes em teste
respeitam os teores alcoólicos mínimos legais, com valores medi-
dos muito próximos dos anunciados.
AÇÚCARES TOTAIS Como referido no início do dossiê, na

elaboração dos espumantes, adiciona‑se uma solução que pode

A
RE SULTAD OS D O TE STE CA P Í T U LO 2
conter açúcares, chamada licor de expedição. Em função da doçura

pretendida, este licor pode ter açúcares e vinho ou apenas vinho.
Como existe uma sobreposição de valores entre as categorias,

um espumante pode ser classificado em duas ou três e, nesse caso,
o produtor pode escolher. Nas fichas dos vinhos, além do teor em
açúcares medido, pode ver a(s) categoria(s) de cada espumante.
BRUTO OU SECO?
A categoria de espumante que consta do rótulo depende

do teor de açúcares residuais e está definida pela legislação
comunitária:
— BRUTO NATURAL inferior a 3 gramas por litro (sem
adição de açúcar após a segunda fermentação);
— EXTRA‑BRUTO 0 a 6 gramas por litro;
— BRUTO inferior a 12 gramas por litro;
— EXTRA‑SECO 12 a 17 gramas por litro;
— SECO 17 a 32 gramas por litro;
— MEIO‑SECO 32 a 50 gramas por litro;
— DOCE mais de 50 gramas por litro.
Ao confrontar os resultados das análises com as categorias in-

dicadas nos rótulos, verifica‑se que estas estão quase sempre cor-
retas. Excetuam‑se três espumantes rotulados como meio‑secos,
quando as análises determinam que são secos (Murganheira
Reserva, Cabriz e Marquês de Marialva Blanc de Blancs) e um es-
pumante dito bruto, quando, na verdade, deveria anunciar ser
extra‑seco (Vértice).
ACIDEZ VOLÁTIL E TOTAL A acidez total é a soma da acidez

fixa (que reforça os aromas e dá corpo e frescura aos vinhos) com
a acidez volátil (que, quando elevada, pode ser sinal de azedume
e má conservação). Num vinho equilibrado, a acidez total deve
estar compreendida entre 4,5 e 7,5 miligramas por litro (expres-
sa em ácido tartárico). No entanto, nalguns vinhos, toleram-se
valores superiores, caso dos espumantes de Vinho Verde. Nestes,
calcula-se a acidez fixa, que toma o lugar da acidez total. As análi-
ses não evidenciaram deficiências, pelo que todos os espumantes
testados obtêm nota positiva neste critério.

A
ÁCIDO SÓRBICO Este aditivo foi detetado num dos espuman-

tes meio-secos em teste: Selecção de Enófilos, do Intermarché.
Apesar de o valor encontrado estar abaixo do limite legal de 200
miligramas por litro, por se tratar de um conservante que consi-
deramos desnecessário, obteve uma só estrela neste parâmetro.
Tal como explicado no capítulo 1 da Parte 2, por si só, o ácido
sórbico não apresenta uma eficácia real, sobretudo nos espuman-
tes com menos açúcares. O facto de os restantes vinhos testados
não o conterem prova bem que é possível produzir néctares de
qualidade sem este conservante.
SOBREPRESSÃO Como referido na parte introdutória deste

dossiê, o gás presente nos vinhos espumantes resulta da liberta-
ção de dióxido de carbono aquando da segunda fermentação. Para
avaliar este aspeto, a sobrepressão é medida na garrafa: segundo a
legislação comunitária, deve ser superior a 3 bares nos espuman-
tes; no caso dos espumantes de qualidade, este valor ascende aos
3,5 bares (bar é a unidade de medida da pressão). Nos espumantes
testados, os valores legais são respeitados: têm, em média, uma
sobrepressão de 6 bares, variando entre 3,5 bares (Vértice) e 7,5 bares
(Aliança Baga Reserva 2020 e QM Alvarinho Reserva, ambos brutos).
Para ter uma ideia, a pressão dos pneus de um carro ronda os 2
bares. Cuidado ao abrir uma garrafa (veja como na página 253).
DIÓXIDO DE ENXOFRE O emprego racional de dióxido de en-

xofre e/ou sulfitos é fundamental para a conservação do vinho. A
verdade é que, por si só, os vinhos não se conservam bem e, deixa-
dos à sua sorte, podem acabar por se transformar em vinagre. Mas,
em excesso, o vinho pode ganhar um odor picante e um final de
boca desagradável, já para não falar do risco de possíveis reações
adversas em pessoas sensíveis (veja o capítulo 1 da Parte 2).
A utilização deste aditivo encontra‑se regulamentada pela União

Europeia. No caso dos vinhos espumantes de qualidade, o máxi-
mo permitido é de 180 miligramas por litro; nos outros é de 235
mg/l. Para a DECO PROTESTE, estes limites são excessivos, por
serem prejudiciais para os consumidores. De facto, existe uma ten-
dência para abusar destes aditivos (por vezes mais do que noutros
países), sem que tal se traduza numa melhoria de qualidade dos
produtos. Embora dentro dos teores máximos permitidos por lei,
seis espumantes do teste obtiveram, pelo exposto, nota negativa
neste parâmetro: Danúbio e Marquês de Marialva Blanc de Blancs, na

A
categoria dos meio‑secos; Marquês de Marialva Bical e Arinto, Vila

Paraíso Reserva (Mercadona), Fita Azul Blanc de Blancs Reserva e Villa
de Corgos Blanc de Blancs, na categoria dos espumantes brutos. A
DECO PROTESTE defende que não são necessárias quantidades
tão elevadas de sulfitos para obter o efeito pretendido, tal como
prova a grande maioria dos vinhos analisados.
A apreciação deste parâmetro assume um caráter limitativo.

Ou seja, o total das análises não pode ser superior à avaliação
atribuída neste item. Este é o principal motivo pelo qual alguns
espumantes do teste se ficam pela média ou até má qualidade.
Felizmente, são poucos.
Todos os vinhos provados e aprovados

As análises laboratoriais são indispensáveis para avaliar a com-
posição do vinho e detetar eventuais defeitos. Contudo, uma boa
composição de nada servirá se o vinho não agradar a quem o con-
some. Por isso, todos os espumantes foram submetidos a provas
de degustação com um júri de profissionais.
PROVA DE DEGUSTAÇÃO Os profissionais desconheciam o

vinho que estavam a provar, para não influenciar a avaliação (pro-
va “cega”). Em caso de defeito pontual numa garrafa (sabor a ro-
lha, por exemplo), foi feita a troca por outro exemplar, para que o
vinho não fosse penalizado por um simples acidente de percurso.
Os comentários presentes nas fichas, da responsabilidade dos

provadores profissionais, dizem respeito a características como:
– limpidez. Um vinho turvo ou com partículas em suspensão cau-
sa uma impressão desfavorável, mesmo que isso pouco se reflita
na sua qualidade;
– efervescência. As bolhas devem ser pequenas, em boa quantidade
e persistentes;
– cor. Varia consoante a proveniência, as castas, a vinificação e a
idade do vinho. O envelhecimento dos brancos traduz‑se por um
escurecimento da cor inicial. Uma cor demasiado amarela pode
indiciar um espumante oxidado;
– aroma. É onde se manifestam as castas e se apuram as combi-
nações de perfumes e sensações de cada vinho;
– sabor. Valoriza‑se o equilíbrio entre a acidez e o corpo, a frescura

A
e a persistência que evidencia. São penalizados defeitos, como

amargor excessivo ou falta de persistência, por exemplo.
Todos os vinhos testados foram do agrado dos provadores.

Quatro espumantes brutos destacam‑se com 5 estrelas: Terras do
Demo Verdelho 2021, Vasco da Gama Reserva, Aliança Baga Reserva
2020 e Soalheiro Alvarinho. Os restantes obtiveram quatro estre-
las. Veja nas fichas um resumo dos comentários do painel profis-
sional para cada vinho.
CONSUMO ÓTIMO Como referido no capítulo 1 deste dossiê,

a partir do dégorgement, a qualidade do vinho espumante não me-
lhora (dois a três meses depois está pronto a ser consumido). Ainda
assim, para quem pretende ter algumas garrafas de espumante de
reserva, é útil saber qual o seu “prazo de validade”. Esta informa-
ção, que se obtém através da prova de degustação, vem indicada
nas fichas de cada vinho, no item Consumo ótimo. Este dado é me-
ramente indicativo e pressupõe que as condições de armazena-
mento são respeitadas, tanto no ponto de venda como em casa.
Quatro garrafas
pelo preço de uma
Os vinhos testados foram selecionados com base num estudo
de mercado, tendo em conta a representatividade e disponibi-
lidade das marcas na altura em que os resultados do teste são
publicados. Importa referir que todas as garrafas são adquiridas
anonimamente pela equipa da DECO PROTESTE.
Para apurar os preços dos 15 vinhos espumantes meio‑secos e

28 brutos analisados, foi feito um levantamento numa centena de
hipermercados, supermercados e lojas da especialidade em maio
de 2023. Os preços mínimos oscilaram entre 3,29 euros (um con-
junto de sete vinhos meio‑secos e brutos, entre os quais várias Es-
colhas Acertadas) e 14,59 euros, na categoria dos brutos (Vértice),
ou seja, quatro vezes mais, sem que tal se traduza forçosamente
numa qualidade muito superior. Seguindo as recomendações da
DECO PROTESTE, pode poupar mais de 11 euros por garrafa de
espumante ou comprar quatro pelo preço de uma.

A
Atenção também às variações de preços entre estabelecimentos.

O mesmo espumante chega a custar o dobro, como o Fita Azul Blanc
de Blancs Reserva, à venda entre 4,79 e 9,69 euros, consoante o ponto
de venda, quer seja bruto ou meio‑seco. Neste caso, optando pela loja
mais barata, economiza cerca da 5 euros por garrafa.
Maioria tem qualidade

Embora todos os vinhos testados tenham uma composição cor-
reta, há aspetos que alguns produtores ainda podem melhorar,
sobretudo em matéria de aditivos: é desejável baixar as doses de
dióxido de enxofre e/ou de sulfitos, bem como deixar de recorrer
ao ácido sórbico, por ser desnecessário. Além disso, devem prestar
mais atenção às categorias que indicam nos rótulos, pois, nalguns
casos, não correspondiam ao teor real de açúcares. Nas provas de
degustação, por sua vez, todos os vinhos receberam a aprovação
final, com bons ou até muito bons resultados.
No que respeita aos preços, há algumas diferenças signifi-

cativas, quer entre marcas, quer entre estabelecimentos. Em-
bora os vinhos mais caros tendam a ser melhores, os testes da
DECO PROTESTE demonstram que tal não é uma verdade
absoluta. É possível encontrar bons espumantes a preços muito
acessíveis, como as Escolhas Acertadas. Consulte os preços indi-
cados para avaliar se está (ou não) a pagar um preço justo. Para
comparar espumantes e saber qual a loja mais barata perto de si,
aceda ao comparador online www.deco.proteste.pt/vinho.
Nas fichas que se seguem, os vinhos são apresentados por or-

dem decrescente de qualidade (do melhor para o pior) e, em caso
de empate, pelo preço médio (do mais barato para o mais caro).
Os espumantes que se distinguem pela sua qualidade (Melhor
do Teste) e os que ostentam a melhor relação qualidade/preço
(Escolhas Acertadas) também estão devidamente assinalados.
Para melhor compreender as informações apresentadas nas fi-
chas, consulte o modelo e as respetivas legendas, na página 266.
Mas antes de passar para as fichas, descubra os vinhos espu-

mantes medalhados pela DECO PROTESTE com o selo de Melhor
do Teste e Escolha Acertada, na categoria de meio‑secos e brutos.

A
O TOP DECO PROTESTE

DE ESPUMANTES MEIO‑SECOS
83 BOA
QUALIDADE 78 BOA
QUALIDADE 73 BOA
QUALIDADE
Raposeira Bando Pavo Contemporal

Reserva (Auchan) (Continente)
5,90‑8,99 € 3,29 € 3,29‑3,39 €
(pág. 267) (pág. 268) (pág. 269)
73 BOA
QUALIDADE 70 BOA
QUALIDADE 67 BOA
QUALIDADE
Régia Casta Selecção de Enófilos Vila Paraíso Reserva

(Minipreço) (Intermarché) (Mercadona)
3,29‑3,39 € 3,29‑3,35 € 3,30 €
(pág. 270) (pág. 271) (pág. 272)

A
O TOP DECO PROTESTE

DE ESPUMANTES BRUTOS
90 MUITO BOA
QUALIDADE 83 BOA
QUALIDADE 80 BOA
QUALIDADE
Terras do Demo Bando Pavo Selecção de Enófilos

Verdelho 2021 (Auchan) (Intermarché)
7,45‑9,90 € 3,29 € 3,29‑ 3,35 €
(pág. 276) (pág. 278) (pág. 281)
80 BOA
QUALIDADE 76 BOA
QUALIDADE 75 BOA
QUALIDADE
Castelo da Lapa Régia Casta Pingo Doce

2020 (Lidl) (Minipreço) 2020
3,29‑ 3,39 € 3,29‑3,84 € 3,29‑3,49 €
(pág. 282) (pág. 284) (pág. 284)

A
A
CAPÍTULO 3
ESPUMANTES
MEIO-SECOS
A
D OSSIÊ : VIN HOS E SP UMANT E S PA RT E 3
COMO LER AS FICHAS
CASTELO DA LAPA 5
1 2020 (Lidl)
DO Bairrada 2
4
3 80 BOA
ANÁLISES A 7
Açúcares totais (g/l) 7 bruto
Acidez total (g/l) 8 7,3 A
DEGUSTAÇÃO B 9
Aspeto límpido, com bolha média; cor citrina dourada;
aroma a frutos secos; sabor seco, refrescante, com
boa explosão carbónica e final apelativo.
10
11 Lidl & Cia.

outras (quando aplicável), ano de
colheita, cadeia de distribuição 7 Resultado global das análises
(quando exclusivo) e castas (quando
8 Resultados individuais
aplicável)
ou Indicação Geográfica (IG) 9 Nota de degustação do painel
de provadores profissionais
3 Qualidade global (%)
10 Comentários de degustação
4 Preço mínimo-máximo
profissionais
5 Selo de Melhor do Teste

A
E SP UMAN TE S ME IO‑SE COS CA P Í T U LO 3
RAPOSEIRA
Reserva
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha fina; cor palha aberta
com tons cítricos; aroma a frutos secos; sabor fresco,
meio-seco, crocante, equilibrado e com final longo.
Caves da Raposeira, SA
MURGANHEIRA
Reserva
80 BOA
ANÁLISES A
Sobrepressão (bar) 6 A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha média; cor cítrica;
aroma frutado, com elegância; sabor macio, fresco,
com boa presença de gás, alguma doçura e final
apelativo.
Murganheira - Sociedade Agrícola e Comercial do Varosa, SA

A
BANDO PAVO
(Auchan)
78 BOA
QUALIDADE 3,29 €
ANÁLISES A
Acidez total (g/l) 8 B
DEGUSTAÇÃO B
aroma frutado; sabor macio, elegante, com doçura,
explosão carbónica e final apelativo.
GATÃO
Reserva
74 BOA
QUALIDADE 4,13 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha grossa; cor citrina;
aroma frutado, com notas de frutos secos;
sabor macio, fresco, com alguma doçura
e final apelativo.

A
COMPANHIA DO VINHO
(E.Leclerc)
74 BOA
QUALIDADE 4,48 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha média; cor amarela
cítrica, com tons dourados; aroma frutado, com
notas de biscoito; sabor macio, fresco, com doçura,
crocante e a terminar longo.
E.Leclerc - Scamark Ibéria
CONTEMPORAL
(Continente)
73 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha média; cor citrina, com
tons dourados; aroma frutado, com notas de biscoito;
sabor fresco, com doçura, boa explosão carbónica,

A
RÉGIA CASTA
(Minipreço)
73 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha fina; cor citrina;
aroma frutado, com notas de ameixa branca;
sabor macio, fresco, com doçura, boa explosão
carbónica e final apelativo.
SÃO DOMINGOS
Reserva
72 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha fina; cor amarela cítrica,
com tons dourados; aroma frutado, com notas de
pêssego e ameixa; sabor fresco, macio, com alguma
doçura e final apelativo.
Caves do Solar de São Domingos, SA

A
FITA AZUL
Blanc de Blancs Reserva
72 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha fina; cor amarela cítrica;
aroma frutado, com notas de biscoito; sabor macio,
fresco, com uma certa doçura e final apelativo.
(Intermarché)
70 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha fina; cor palha aberta;
sabor adocicado, elegante, com boa explosão
carbónica, a terminar equilibrado e refrescante.
Regional de Mercadorias - SCA, SA

A
VILA PARAÍSO
Reserva (Mercadona)
67 BOA
QUALIDADE 3,30 €
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
fresco, meio-seco, crocante e com final apelativo.
Mercadona, SA
FLOR DE LIS
Blanc de Blancs
IG Beira Atlântico
62 MÉDIA
QUALIDADE 5,75 €
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha fina; cor amarela
cítrica; aroma frutado, com notas de frutos secos;
sabor macio, explosivo, elegante, algo doce,
com um toque de flores e a terminar apelativo.
Caves São João - Sociedade Vinhos Irmãos Unidos, Lda.

A
DANÚBIO
60 MÉDIA
ANÁLISES D
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha média; cor amarela,
com nuances cítricas; aroma frutado, com notas
de pastelaria; sabor macio, fresco, meio-seco,
crocante, com bom equilíbrio e final apelativo.
CABRIZ
DO Dão
59 MÉDIA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha média; cor amarela cítrica;
aroma a frutos de polpa branca; sabor macio, com boa
acidez, alguma doçura, explosivo e crocante, a terminar
delicado.
Global Wines, SA

A
MARQUÊS DE MARIALVA
Blanc de Blancs
IG Beira Atlântico
46 MÁ
ANÁLISES E
DEGUSTAÇÃO B
aroma frutado, com notas tropicais; sabor fresco,
explosivo, elegante, algo doce e final apelativo.
Adega Cooperativa de Cantanhede, CRL

A
CAPÍTULO 4
ESPUMANTES
BRUTOS
A
TERRAS DO DEMO
2021
Verdelho
DO Távora-Varosa
90 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
aroma de frutos secos; sabor macio, fresco, crocante,
com bom equilíbrio e final longo e apelativo.
Cooperativa Agrícola do Távora
VASCO DA GAMA
Reserva
85 MUITO BOA
QUALIDADE 4,98 €
Consumo ótimo 2023
ANÁLISES A
Açúcares totais (g/l) 2,5 extra-bruto/bruto
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto cristalino, com bolha fina; cor citrina, com laivos
dourados; aroma frutado, com notas de frutos secos;
sabor macio, fresco, longo e elegante.
Caves Arcos do Rei, Lda.

A
E SP UMAN TE S B RUTOS CA P Í T U LO 4
ALIANÇA
Reserva 2020
Baga
DO Bairrada
85 MUITO BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
aroma frutado e complexo; sabor macio, fresco, seco,
explosivo, elegante e com final longo.
SOALHEIRO
Alvarinho
IG Minho
85 MUITO BOA
QUALIDADE 11,90-15,75 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO A
Aspeto cristalino, com bolha fina; cor citrina, com tons
dourados; aroma frutado e tropical; sabor macio, muito
fresco, elegante e com final longo.
Vinusoalleirus, Lda.

A
BANDO PAVO
(Auchan)
DO Bairrada
83 BOA
QUALIDADE 3,29 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino, com bolha média; cor citrina
dourada; aroma frutado, com notas de frutos secos;
sabor macio, fresco, cremoso e com final longo.
BORLIDO
83 BOA
QUALIDADE 5,99 €
ANÁLISES A
Açúcares totais (g/l) 4 extra-bruto/bruto
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino, com bolha fina; cor citrina;
aroma frutado; sabor macio, fresco, delicado
e com final longo.
Companhia das Quintas - Vinhos, SA

A
MONTANHA
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino, com bolha fina; cor amarela cítrica;
aroma frutado, com notas de tostado; sabor fresco,
macio, explosivo, a terminar longo e com caráter.
Caves da Montanha - A. Henriques, Lda.
RAPOSEIRA
Reserva 2019
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
aroma a frutos secos; sabor macio, fresco, seco,
explosivo, elegante e com final longo.
Caves da Raposeira, SA

A
ERMELINDA FREITAS
83 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
sabor macio, fresco, com boa explosão carbónica,
longo e apelativo.
FERNÃO DE MAGALHÃES
DO Douro
83 BOA
QUALIDADE 11,99 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino, com bolha média; cor cítrica;
aroma frutado e tropical; sabor macio, fresco,
delicado e com final longo.
Adega Cooperativa de Sabrosa, CRL

A
VÉRTICE
DO Douro
83 BOA
QUALIDADE 14,59-17,95 €
ANÁLISES A
Açúcares totais (g/l) 15 extra-seco
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino, com bolha fina; cor palha aberta,
com laivos cítricos; aroma frutado, com notas de frutos
secos; sabor macio, equilibrado, com explosão
carbónica e final longo.
Caves Transmontanas, Lda.
(Intermarché)
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
seco, crocante, equilibrado e com final prolongado.
Regional de Mercadorias - SCA, SA

A
CASTELO DA LAPA
2020 (Lidl)
DO Bairrada
80 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha média; cor citrina dourada;
aroma a frutos secos; sabor seco, refrescante,
com boa explosão carbónica e final apelativo.
Lidl & Cia.
QM
Reserva
Alvarinho
DO Vinho Verde
80 BOA
QUALIDADE 12,49-13,90 €
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
aroma frutado e tropical; sabor macio, com boa
frescura, boa explosão carbónica e final longo.

A
CRUZ
Blanc de Blancs
IG Duriense
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
aroma frutado; sabor macio, fresco, elegante
Gran Cruz Porto - Soc. Comercial de Vinhos, Lda.
MURGANHEIRA
Reserva 2019
DO Távora-Varosa
78 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha fina; cor citrina;
aroma frutado, com notas de amêndoa; sabor macio,
fresco, explosivo, com final longo e elegante.
Murganheira - Soc. Agrícola e Comercial do Varosa, SA

A
RÉGIA CASTA
(Minipreço)
76 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha média; cor citrina,
com tons dourados; aroma frutado, com notas
de biscoito; sabor macio, fresco, seco, crocante
e com final prolongado.
PINGO DOCE
2020
DO Bairrada
75 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha fina; cor citrina amarela;
sabor macio, elegante, com boa explosão carbónica
e final apelativo.

A
SÃO JOÃO
75 BOA
QUALIDADE 5,95 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
aroma floral, com notas de frutos secos; sabor macio,
com boa acidez, explosivo, a confirmar o aroma
e a terminar longo.
Quinta Progresso - Sociedade Agrícola e Comercial, Lda.
CONTEMPORAL
(Continente)
70 BOA
ANÁLISES A
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino, com bolha grossa; cor citrina;
aroma frutado, com notas de tostado; sabor fresco,
elegante, com boa explosão carbónica e final apelativo.

A
MESSIAS
70 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
aroma a frutos secos; sabor macio, fresco, seco,
elegante, com final apelativo e crocante.
Sociedade Agrícola e Comercial dos Vinhos Messias, SA
FLOR DE LIS
Blanc de Blancs
IG Beira Atlântico
69 BOA
QUALIDADE 5,75 €
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino, com bolha fina; cor citrina, com laivos
dourados; aroma frutado e floral; sabor macio, fresco,
com boa explosão carbónica, longo e firme.
Quinta Progresso - Sociedade Agrícola e Comercial, Lda.

A
DANÚBIO
68 BOA
ANÁLISES B
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino, com bolha média; cor palha
aberta; aroma frutado, com notas de frutos secos;
sabor macio, com boa frescura, boa presença de gás,
VINHA MARIA
65 BOA
ANÁLISES C
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino, com bolha média; cor citrina;
com boa explosão carbónica e final longo.
Global Wines, SA

A
MARQUÊS DE MARIALVA
Bical e Arinto
IG Beira Atlântico
62 MÉDIA
ANÁLISES D
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino, com bolha fina; cor citrina, com tons
dourados; aroma frutado e delicado; sabor macio,
fresco, equilibrado, com boa presença de gás
e final longo.
VILA PARAÍSO
Reserva (Mercadona)
59 MÉDIA
QUALIDADE 3,30 €
ANÁLISES D
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto límpido, com bolha fina; cor amarela
cítrica; aroma frutado, com notas de frutos secos;
sabor macio, fresco, seco e a terminar com elegância.
Mercadona, SA

A
FITA AZUL
59 MÉDIA
ANÁLISES D
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino, com bolha média; cor com nuances
douradas; aroma frutado, com notas tropicais;
sabor macio, fresco e com final longo.
VILLA DE CORGOS
Blanc de Blancs
IG Beira Atlântico
41 MÁ
QUALIDADE 8,39 €
ANÁLISES E
DEGUSTAÇÃO B
Aspeto cristalino, com bolha média; cor amarela citrina;
aroma frutado e complexo; sabor macio, fresco e com
final apelativo.

A
A
PARTE 4
ANEXOS
A
AN E XO S PA RT E 4
Vantagens para
os subscritores
Ao subscrever o Guia de vinhos, tem acesso à versão digital do
mesmo, a mais informação e a testes adicionais e em exclusivo
ao longo do ano, nomeadamente através de newsletters. Os subs-
critores usufruem ainda de descontos em lojas, restaurantes,
enoturismo e cursos de provas, além de receberem, no interior
de cada edição, um conjunto de vales de desconto para usar em
garrafeiras (veja, adiante, a lista de lojas aderentes). Mas, este ano,
a DECO PROTESTE tem mais uma novidade para os subscrito-
res: o lançamento do Clube de vinhos.
Bem-vindo ao Clube de vinhos

Os subscritores do Guia de vinhos passam, doravante, a integrar
o Clube de vinhos da DECO PROTESTE. Esta iniciativa foi im-
plementada no seguimento de um inquérito junto dos consu-
midores, em que a maioria demonstrou interesse em fazer parte
de um clube deste tipo, através do qual pudessem receber mais
informação e cursos relacionados com vinhos, e, ainda, a possibi-
lidade de adquirir vinhos que se distinguissem pela sua qualidade
ou originalidade.
Esta edição do seu Guia de vinhos aborda, além do habitual teste

a 300 vinhos nacionais, uma iguaria tradicional, para dar a co-
nhecer um pouco mais das riquezas gastronómicas de Portugal.
Este ano, o Cantinho do especialista é dedicado aos queijos com
Denominação de Origem Protegida produzidos no nosso país.
E como os queijos e os vinhos constituem uma maridagem de
sucesso na história da gastronomia, Rodolfo Tristão, o sommelier
que colabora com o Clube de vinhos da DECO PROTESTE, revela
quais os néctares que melhor harmonizam com os vários tipos
de queijos, para uma experiência gastronómica rica em sabores.
E porque, agora, os subscritores são membros do Clube de vi-

nhos, podem encomendar cabazes de vinhos e recebê-los no con-
forto do seu lar. Têm à escolha caixas com três ou seis garrafas
de néctares que se distinguiram nos testes da DECO PROTESTE
e/ou cabazes, também de três ou seis unidades, compostos por

A
VANTAGENS PA R A O S SUBSCR ITO R ES A NEXOS
Para receber os seus

vinhos em casa, veja
quais as garrafas que
compõem a Box DECO
PROTESTE Vinhos e a
Box SOMMELIER, e faça
as suas encomendas
a partir da página
www.deco.proteste.pt/
guia-de-vinhos.
outros vinhos especialmente selecionados pelo escanção Rodolfo

Tristão. A plataforma de compras online respeita integralmente
as regras das vendas à distância e os direitos dos consumidores.
O Clube de vinhos explora também toda a parte prática rela-

cionada com o mundo dos vinhos. Inscreva-se e participe nos
workshops orientados por Rodolfo Tristão. Fique atento às no-
vidades em www.deco.proteste.pt/guia-de-vinhos e aproveite
todas as oportunidades que a subscrição do seu Guia de vinhos lhe
proporciona.
Mais informação e em exclusivo

Os subscritores recebem informação adicional, interativa e em
exclusivo, para terem acesso aos resultados dos testes onde quer
que estejam, a partir do seu smartphone ou tablet.
O seu Guia de vinhos 100% digital

Descarregue a versão digital a partir do código QR
apresentado ao lado. É o seu guia habitual, mas
100% digital, para que o possa consultar de forma
mais cómoda e intuitiva.
App DECO VINHOS

No supermercado ou numa garrafeira, quer ter a
certeza de que determinada promoção vale a pena?
No restaurante, tem dúvidas sobre o vinho que acaba

A
AN E XO S PA RT E 4
de lhe ser sugerido pelo funcionário? A app DECO VINHOS é

uma ótima aliada.
Desenvolvida para que possa ter os testes comparativos a vi-

nhos da DECO PROTESTE sempre na palma da mão, esta apli-
cação permite ler o código de barras do vinho e encaminha-o di-
retamente para os resultados das análises e para os comentários
de degustação dos provadores profissionais. Pode ainda ver quais
os néctares com a melhor apreciação global, os que apresentam a
melhor relação qualidade/preço (Escolhas Acertadas) e, ainda, re-
comendações segundo a região ou a cor. Com um simples toque, a
app também revela as lojas mais baratas para comprar os vinhos
testados, permitindo fazer, assim, boas poupanças.
Leia o código QR para aceder diretamente à app

DECO VINHOS nas lojas App Store ou Google
Play, consoante tenha um smartphone ou tablet
com iOS ou Android, respetivamente. Escolher o
melhor vinho nunca foi tão fácil!
Comparador online de vinhos

Na internet, há muitos comparadores de produtos e serviços nos
mais diversos domínios. Mas perante tanta oferta, nem sempre
é fácil identificar aqueles que são rigorosos e isentos. A DECO
PROTESTE defende, acima de tudo, três valores: independên-
cia, credibilidade e proximidade. O comparador online de vinhos
www.deco.proteste.pt/vinho confirma a regra.
Além dos resultados dos testes dos 300 néctares analisados

nesta edição, os subscritores do Guia de vinhos têm acesso exclu-
sivo a outros testes (a rosés e a espumantes, por exemplo). Utilize
esta ferramenta regularmente e esteja atento às novidades. Cada
vinho dispõe de uma ficha explicativa com pormenores dos testes
e das respetivas provas, bem como as apreciações que recebeu.
Saiba também onde adquiri-lo ao melhor preço.
No comparador, use os filtros disponíveis, para selecionar os

critérios mais importantes para si e encontrar mais facilmente o
tipo de vinho que procura. Se tem preferência por vinho de uma
determinada denominação de origem (Douro ou Alentejo, por
exemplo), basta que a selecione. Pode também selecionar apenas
vinho branco, tinto, rosé ou espumante, ou até uma colheita de

A
um determinado ano ou uma casta específica. É ainda possível

combinar vários critérios para afinar a pesquisa: imagine que
quer comparar apenas os vinhos com preço inferior a dois euros
e, entre estes, ver somente os que obtiveram o selo de “Escolha
Acertada”. Além disso, para estar sempre a par de novos vinhos
testados, pode usar o filtro “Novos em teste”.
Finalmente, um comparador de vinhos serve para… comparar,

claro! Ao apresentar os resultados lado a lado, pode ver facil-
mente as diferenças e fazer a sua escolha com conhecimento de
causa. Por fim, o comparador revela as lojas mais baratas perto
de si. O comparador de vinhos e a app DECO VINHOS são, sem
dúvida, complementos úteis para o guia que tem nas mãos.
PARA SABER MAIS...

Além de poderem aceder ao comparador de vinhos, disponível
na página www.deco.proteste.pt/vinho, os subscritores do
Guia de vinhos recebem regularmente newsletters cujos
conteúdos permitem aceder a mais informações e/ou a
testes adicionais a vinhos e em primeira mão.
Compre com desconto

Na Garrafeira Nacional, uma companhia com mais de 90 anos
de experiência comercial na região de Lisboa, os subscritores do
Guia de vinhos beneficiam de uma redução adicional: todos os
vinhos testados que se encontrarem à venda neste estabeleci-
mento podem ser adquiridos com um desconto de 10%, a partir
da página online onde são publicados os resultados dos testes a
vinhos em www.deco.proteste.pt/vinho. O botão “Compre com
desconto” (veja abaixo) confirma que as garrafas se encontram
à venda na Garrafeira Nacional.
Ao clicar nesse botão, será redi-
recionado para o portal da Gar-
rafeira Nacional. Após inserir os
dados de faturação, para aplicar
o desconto de 10%, insira o có-
digo “GNDECO10” na página
onde constam os métodos de
pagamento da encomenda.

A
AN E XO S PA RT E 4
Na Garrafeira Nacional, se a encomenda exceder 50 euros, os

portes de envio são gratuitos. Regra geral, o período de entrega
vai das 48 horas, para Portugal Continental, até 5 a 15 dias úteis,
para as Ilhas. Os produtos serão entregues na morada indica-
da, devidamente embalados, para evitar danos. Contudo, quan-
do receber a encomenda, examine-os e, em caso de problemas,
devolva-os através da empresa de transportes, mencionando o
motivo da devolução na guia de remessa. De seguida, comunique
o sucedido à Garrafeira Nacional. Por se tratar de uma venda
à distância, os consumidores têm 14 dias para devolver os pro-
dutos comprados, desde que estejam intactos.
Também terá acesso a esta redução de 10% diretamente numa

das lojas da Garrafeira Nacional em Lisboa (na Rua de Santa Jus-
ta, 18, e na Rua da Conceição, 20 a 26); basta indicar que é subs-
critor do Guia de vinhos, apresentar o seu cartão de subscritor ou
o cartão DECO+. Caso ainda não tenha este último, solicite-o em
www.deco.proteste.pt/cartao-deco-mais.
Descontos em restaurantes, turismo e cursos

Complemente o que sabe sobre vinhos com as experiências que
a sua subscrição lhe proporciona, graças às parcerias negociadas
para os subscritores do Guia de vinhos da DECO PROTESTE.
Experiências Lifecooler
Com o protocolo DECO PROTESTE/
Lifecooler, os subscritores têm 15% de
desconto em restaurantes gourmet, work-
shops de degustação, enoturismo e muito
mais. Veja as experiências exclusivas em
www.lifecooler.com. Para usufruir do des-
conto, insira o código “DECO15” na página
dos pagamentos. A utilização é ilimitada.
Associação dos Escanções de Portugal

Os subscritores do Guia de Vinhos e os titulares do cartão DECO+
beneficiam de um desconto de 20% no acesso aos cursos promo-
vidos pela Associação dos Escanções de Portugal (exceto o de
escanções profissionais), que decorrem nas instalações da Gar-
rafeira de Lisboa – na Avenida Sacadura Cabral, 45A.

A
Vales de desconto em lojas e garrafeiras

Os subscritores recebem com o seu Guia de vinhos oito vales no
valor de 3 euros cada, para descontarem em várias lojas e garra-
feiras aderentes, por cada 30 euros de compras. Veja, nas páginas
seguintes, a lista de estabelecimentos, com os respetivos contac-
tos, ordenada por distrito. A utilização dos vales de desconto,
num total de 24 euros, ajuda a compensar o custo da subscrição.
Veja, abaixo, as Condições de utilização.
CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO
- Cada vale dá direito, mediante a sua entrega nas lojas/

/garrafeiras aderentes (consulte a lista de contactos
a seguir), a um desconto de 3 euros (IVA incluído) por
cada 30 euros (IVA incluído) de compras.
- Os vales podem ser usados nas lojas/garrafeiras aderentes
de 1 de outubro de 2023 a 30 de setembro de 2024.
- Os vales não são acumuláveis com outras promoções
a decorrer nas lojas/garrafeiras aderentes.
- Os vales podem ser utilizados em qualquer produto
adquirido nas lojas/garrafeiras aderentes.
- É totalmente proibida a reprodução ou duplicação
destes vales por qualquer meio.
Dúvidas, sugestões ou
reclamações? Contacte:
setembro de 2024 (veja as condições no verso)
n
Válido de 1 de outubro de 2023 a 30 de
DECO PROTESTE
m e
Avenida Eng.º Arantes e
c i
*IVA incluído
pé
Oliveira, 13
es
1900-221 Lisboa
Telefone: 218 410 801 VALE
(rede fixa, custo 3 €*
de chamada local)

A
AN E XO S PA RT E 4
Lojas aderentes
AÇORES Tel. 965 542 384
www.facebook.com/
A VINHA GARRAFEIRA ArteSaboreDouro
Av. Infante D. Henrique, 45,
PONTA DELGADA COIMBRA
Tel. 296 205 358
www.avinhagarrafeira.pt GARRAFEIRA DE CELAS
R. Bernardo de Albuquerque, 64,
AVEIRO COIMBRA
Tel. 239 482 398
GARRAFEIRA 5 ESTRELAS www.garrafeiradecelas.pt
Rua de Viseu, 119,
ESGUEIRA GUARDA
Tel. 234 316 407
www.garrafeira5estrelas.com VINHO & EVENTOS
Avenida do Parque,
GAVETO MEDA
Travessa da Congosta, 12, Tel. 279 888 109
ESPINHO www.vinhoeeventos.com
Tel. 919 677 562
www.facebook.com/ LEIRIA
Gaveto-318487190244
ADEGA GARRAFEIRA
LATINA – ADEGA Avenida 25 de Abril, Lote 20, Loja A,
Rua Dr. Alberto Souto, 24 A, LEIRIA
AVEIRO Tel. 919 668 852
Tel. 234 423 075 www.facebook.com/Adega-
www.facebook.com/Latina.Adega Garrafeira-733016243500345
BRAGA LISBOA
GARRAFEIRA VERDE MINHO D’ALENTEJO COM AMOR

Rua Padre Cruz, 296, R/C, Rua José Falcão, 31 A,
MAXIMINOS OEIRAS
Tel. 253 616 934 Tel. 214 414 698
www.facebook.com/ www.facebook.com/
Garrafeiraverdeminho dalentejocomamor
BRAGANÇA GARRAFEIRA SÃO JOÃO

R. Prof. Reinaldo dos Santos, 13 A-C,
ARTE, SABOR E DOURO LISBOA
Lg. Gen. Claudino, 26, Tel. 214 954 960
TORRE DE MONCORVO www.garrafeirasaojoao.com

A
LOJAS AD E RE N TE S A N E XOS
PORTALEGRE GARRAFEIRA VINHO

& PRAZERES
GARRAFEIRA DOM JÚLIO Praça da República, 26,
Avenida do Brasil, 51-55, VILA DO CONDE
PORTALEGRE Tel. 919 971 888
Tel. 245 330 575 www.facebook.com/
www.garrafeiradomjulio.com vinhoeprazeres
PORTO SANTARÉM
A FLÔR DE S. TOMÉ VINHOS & COMPANHIA

Rua Antero de Quental, 534, Rua Santa Teresa de Ourém, 26,
PORTO OURÉM
Tel. 225 022 034 Tel. 914 837 171
www.facebook.com/Garrafeira. https://vinhosecompanhia.pt
AFlor.de.S.Tome
SETÚBAL
ESPAÇO DO VINHO
Rua da Constituição, 103, GARRAFEIRA D’ALMADA
PORTO Avenida Prof. Egas Moniz, 2 A,
Tel. 225 094 320 ALMADA
www.facebook.com/ Tel. 212 748 715
espacodovinho.pt www.garrafeiralmada.com
GARRAFEIRA CLERIPORTO VIANA DO CASTELO

Rua da Assunção, 38,
PORTO LUSAWINES
Tel. 222 038 026 Lugar das Troias, EN 13,
www.garrafeiracleriporto.com VALENÇA DO MINHO
Tel. 251 822 496
GARRAFEIRA DO CARMO www.lusawines.com
Rua do Carmo, 17-18,
PORTO
Tel. 222 003 285
www.garrafeiracarmo.com

AN E XO S PA RT E 4
Índice alfabético
dos vinhos testados
Segue-se a lista dos vinhos testados organizada alfabeticamente
pela marca, para que possa encontrar facilmente a ficha
correspondente ao vinho que procura. Depois da marca, figura
o tipo de vinho, de acordo com a chave abaixo.
■ Vinho branco ■ Vinho tinto
■ Espumante meio-seco ■ Espumante bruto
.COM Premium 2021 ■ 189 BANDO GALEIRÃO 2021 (Auchan) ■208

BANDO PAVO (Auchan) ■ 268
A BANDO PAVO (Auchan) ■ 278
ADEGA DE BORBA 2022 ■ 119 BANDO VERDILHÃO 2022
ADEGA DE BORBA Reserva 2020 ■ 161 (Auchan) ■ 234
ADEGA DE PALMELA BARRANCO LONGO
Premium Reserva 2022 ■ 154 Grande Escolha 2021 ■ 112
ADEGA DE SILGUEIROS 2021 ■ 186 BEIJA-FLOR 2021 ■ 229
ADEGA PONTE DE LIMA 2022 ■ 141 BEYRA Reserva 2021 ■ 194
ADEGAMÃE Reserva 2021 ■ 167 BORLIDO ■ 278
ALFACINHA 2021 ■ 197 BRANCO DA GAIVOSA 2022 ■ 130
ALIANÇA Reserva 2020 ■ 277 BSE Seco 2022 ■ 127
ALICE VIEIRA DE SOUSA 2022 ■ 138 BUCELLAS 2022 ■ 146
ALMA DO TEJO 2020 ■ 209 BURMESTER 2022 ■ 123
AL-MUDD Clarete 2021 ■ 205
ALPEDRINHA Superior 2020 ■ 235 C
ALTAS QUINTAS 600 2021 ■ 231 CABEÇA DE TOIRO Reserva 2022 ■ 154
ALTO PINA Vinhas Velhas 2019 ■ 216 CABRIZ ■ 273
AMEIAS 2021 ■ 200 CADÃO 2022 ■ 115
ARCA NOVA 2022 ■ 153 CAMOLAS Selection Reserva 2022 ■ 129
ARCA NOVA 2022 ■ 221 CAMPUS Vinhas Velhas 2020 ■ 190
ASSOBIO 2022 ■ 121 CANTO DO PEDRO
ATALAYA 2021 ■ 221 Vinhas Velhas Reserva 2020 ■ 166
AUTOMÁTICO 2021 ■ 184 CARM 2021 ■ 174
AVELEDA 2022 ■ 108 CASA CADAVAL Reserva 2020 ■ 184
CASA DAS GAEIRAS 2020 ■ 222
B CASA ERMELINDA FREITAS 2022 ■ 152
BACALHÔA 2018 ■ 175 CASA ERMELINDA FREITAS
BAFARELA Reserva 2021 ■ 172 Reserva 2020 ■ 182

ÍN D ICE AL FAB É TICO A N E XOS
CASTELINHO Reserva 2020 ■ 223 DEZ TOSTÕES 2021 ■ 225

CASTELLO D’ALBA 2022 ■ 142 DIZEM QUE É TINTO
CASTELLO DE NUMÃO Colheita Selecionada 2021 ■ 202
Reserva 2020 ■ 226 DOM DIOGO
CASTELO DA LAPA 2020 (Lidl) ■ 282 Colheita Selecionada 2022 ■ 148
CASTELO DE MOINHOS 2022 DOM DIOGO
(Mercadona) ■ 114 Colheita Selecionada 2022 ■ 213
CATEDRAL Reserva 2021 ■ 225 DOM MARTINHO 2020 ■ 226
CAVALO BRAVO Reserva 2020 ■ 207 DONA ERMELINDA 2021 ■ 179
CAVALO LUSO 2022 (Mercadona) ■ 139 DONA ERMELINDA 2022 ■ 148
CAVE DO MORGADO 2022 (Aldi) ■ 107 DONA PATERNA 2022 ■ 149
CAVES SANTA MARTA DONA SANCHA 2020 ■ 162
Reserva 2021 ■ 206 DORY 2022 ■ 108
CISTUS 2021 ■ 212 DR 2022 ■ 144
COELHEIROS 2020 ■ 169 DUQUE DE VISEU 2022 ■ 116
COLOSSAL Grande Reserva 2020 ■ 179
COMPANHIA DO VINHO E
(E.Leclerc) ■ 269 EA 2022 ■ 129
CONDE DE ARRAIOLOS ENCOSTA DAS PERDIZES 2022 ■ 125
Premium 2022 ■ 130 ENCOSTA DO GUADIANA 2021 ■ 188
CONDE DE CALHARIZ ENCOSTAS DE PENALVA 2021 ■ 209
Cellar Selection 2021 ■ 213 ENCOSTAS DO ENXOÉ
CONDE DE MONSUL 2021 ■ 202 Reserva 2021 ■ 180
CONDE MOREIRA 2022 ERMELINDA FREITAS ■ 280
(Mercadona) ■ 147 ESPORÃO Reserva 2020 ■ 166
CONTEMPORAL 2022
(Continente) ■ 131 F
CONTEMPORAL Alvarinho 2022 FALGAROSO 2021 ■ 214
(Continente) ■ 133 FALUA Reserva 2020 ■ 218
CONTEMPORAL (Continente) ■ 269 FERNÃO DE MAGALHÃES ■ 280
CONTEMPORAL (Continente) ■ 285 FILIPE PALHOÇA 2022 ■ 136
CONVENTO DA TOMINA 2021 ■ 163 FITA AZUL Blanc de Blancs Reserva ■ 271
CORTES DE LAMEGO FITA AZUL Blanc de Blancs Reserva ■ 289
Reserva 2021 ■ 233 FIUZA 3 CASTAS 2022 ■ 147
COUTEIRO-MOR FIUZA 3 CASTAS 2021 ■ 229
Colheita Selecionada 2021 ■ 211 FLOR DA LAGOALVA 2021 ■ 192
CRUZ Blanc de Blancs ■ 283 FLOR DAS TECEDEIRAS
CURRAL ATLANTIS Seco 2022 ■ 110
Colheita Selecionada 2020 ■ 155 FLOR DE LIS Blanc de Blancs ■ 272
CW Reserva 2021 ■ 207 FLOR DE LIS Blanc de Blancs ■ 286
FLOR DO TUA 2022 ■ 223
D FONTANÁRIO DE PEGÕES 2022 ■ 119
D. GRAÇA Reserva 2020 ■ 173 FONTE DA LOBA
DALVA 2022 ■ 142 Reserva 2021 ■ 204
DANÚBIO ■ 273 FONTE D’AREIA 2021 ■ 118
DANÚBIO ■ 287 FONTE DO NICO 2022 ■ 139
DEU LA DEU 2022 ■ 105 FONTE DO NICO 2022 ■ 228

AN E XO S PA RT E 4
FORAIS DE PENAFIEL 2022 (Aldi) ■ 153 MARQUÊS DE BORBA 2022 ■ 109

FORAL D. HENRIQUE 2021 ■ 220 MARQUÊS DE BORBA
Vinhas Velhas 2020 ■ 164
G MARQUÊS DE MARIALVA
GATÃO Reserva ■ 268 Blanc de Blancs ■ 274
GOLPE 2022 ■ 110 MARQUÊS DE MARIALVA ■ 288
GRAINHA Reserva 2021 ■ 163 MEANDRO DO VALE MEÃO 2020 ■ 195
GRÃO VASCO 2021 ■ 232 MERLÃO 2021 ■ 208
GRÃO VASCO 2022 ■ 131 MESSIAS ■ 286
MESTRE XICO 2021 ■ 231
H MINGORRA 2022 ■ 145
HERDADE DA COMPORTA 2020 ■ 172 MOCHO GALEGO Premium 2022 ■ 126
HERDADE DAS MOURAS DE MONSARAZ 2020 ■ 162
ARRAIOLOS 2021 ■ 203 MONTANHA
HERDADE DE CATAPEREIRO 2022 ■ 140 Blanc de Blancs Reserva ■ 279
HERDADE DE CATAPEREIRO MONTE DA FERRA 2022 (Aldi) ■ 123
Escolha 2021 ■ 200 MONTE DA FERRA
HERDADE DE GÂMBIA 2021 ■ 203 Reserva 2021 (Aldi) ■ 220
HERDADE DE SÃO MIGUEL 2019 ■ 174 MONTE DA PECEGUINA 2021 ■ 169
HERDADE DO ROCIM 2021 ■ 175 MONTE DA ROQUINA
HERDADE DO SOBROSO 2021 ■ 183 Premium 2021 ■ 230
MONTE DE PINHEIROS 2022 ■ 132
I-J MONTE DOS PEGOS 2020 ■ 161
INFANTADO 2020 ■ 205 MONTE DOS PEGOS
JANELAS ANTIGAS Vinhas Velhas 2021 ■ 177
Grande Escolha 2022 ■ 126 MONTE GRANDE 2021
JMF 2022 ■ 124 (Minipreço) ■ 196
JMF Reserva 2021 ■ 187 MONTE VELHO 2022 ■ 134
JP AZEITÃO 2022 ■ 114 MONTES CLAROS 2020 ■ 193
JP AZEITÃO 2022 ■ 210 MONTINHO SÃO MIGUEL 2022 ■ 138
JÚLIA FLORISTA MULA VELHA 2022 ■ 151
Premium 2021 ■ 210 MURALHAS DE MONÇÃO 2022 ■ 120
MURGANHEIRA Reserva ■ 267
L MURGANHEIRA Reserva 2019 ■ 283
LAGOALVA Reserva 2022 ■ 149 MUROS ANTIGOS Escolha 2022 ■ 107
LAGOALVA Vinhas Velhas 2021 ■ 212
LINHAS TORTAS 2021 ■ 198 N-O
LOIOS 2022 ■ 128 NAUTA 2021 ■ 185
LOIOS 2022 ■ 178 O JORNALEIRO 2021 ■ 232
LONGITUDE 2022 ■ 113 ODELOUCA 2020 ■ 234
LUÍS PATO Vinhas Velhas 2019 ■ 165
P
M PACHECA 2021 ■ 224
M.I. 2020 ■ 183 PACHECA Vinhas Velhas
MANDRIOLA DE LISBOA Reserva 2021 ■ 164
Colheita Selecionada 2022 ■ 134 PAPA FIGOS 2022 ■ 150
MANOELLA 2021 ■ 219 PAPO AMARELO Reserva 2022 ■ 118

ÍN D ICE AL FAB É TICO A N E XOS
PARUS Reserva 2021 ■ 168 QUINTA DO CARMO 2022 ■ 112

PAVÃO Grande Escolha 2022 ■ 157 QUINTA DO GRADIL 2021 ■ 216
PERIQUITA 2022 ■ 128 QUINTA DO MONTE ALEGRE 2020 ■ 188
PERIQUITA Reserva 2021 ■ 195 QUINTA DO SOBREIRÓ DE CIMA
PIANO 2022 ■ 135 2021 ■ 214
PILOTO Collection Roxo 2022 ■ 111 QUINTA DO VALDOEIRO 2022 ■ 116
PINGO DOCE 2020 ■ 284 QUINTA DOS CARVALHAIS 2020 ■ 204
PINGO DOCE QUINTA DOS CARVALHAIS 2022 ■ 117
Castelão Vinhas Velhas 2019 ■ 170 QUINTA DOS TERMOS 2022 ■ 115
PINGO DOCE Palmela 2022 ■ 137 QUINTA DOS TERMOS
PINGO DOCE Vinho Verde 2022 ■ 152 Vinhas Velhas Reserva 2019 ■ 173
PINGO DOCE QUINTA NOVA DE NOSSA SENHORA
Alicante-Bouschet 2019 ■ 180 DO CARMO Reserva 2021 ■ 170
PINTA NEGRA Reserva 2021 ■ 186 QUINTA VALE DA PEDRA 2021 ■ 201
PITEIRA 2021 ■ 219
PLANURA 2021 ■ 189 R
POLIPHONIA Reserva 2021 ■ 196 RAPOSEIRA Reserva ■ 267
PONTUAL Reserva 2020 ■ 235 RAPOSEIRA Reserva 2019 ■ 279
PORTA 6 Reserva 2020 ■ 182 RAVASQUEIRA Superior 2021 ■ 217
PORTA DA TAPADA 2022 ■ 124 REAL DOM MARTIM
PORTAL DE S. BRAZ 2021 ■ 233 Reserva 2021 ■ 181
PORTAL DO MINHO 2022 (Lidl) ■ 156 REAL LAVRADOR 2022 ■ 140
PORTALEGRE 2019 ■ 176 RÉGIA CASTA (Minipreço) ■ 270
PORTAS DA HERDADE 2019 ■ 178 RÉGIA CASTA (Minipreço) ■ 284
POUCA ROUPA 2022 ■ 135 REGUEIRO 2022 ■ 120
POUCO COMUM 2022 ■ 136 RIBEIRO SANTO 2022 ■ 145
POUSADA DO CORVO ROBOREDO 2021 ■ 215
Reserva 2022 (Mercadona) ■ 146
POUSIO 2018 ■ 165 S
SANGUINHAL 2022 ■ 156
Q SANTA VITÓRIA Seleção 2022 ■ 106
QM 2022 ■ 117 SÃO DOMINGOS Reserva ■ 270
QM Reserva ■ 282 SÃO JOÃO ■ 285
QUATRO VENTOS 2021 ■ 211 SARAMAGO 2021 ■ 198
QUINTA DA ALORNA Reserva 2019 ■ 177 SELECÇÃO DE ENÓFILOS
QUINTA DA JARDINETE (Intermarché) ■ 271
Superior 2021 ■ 194 SELECÇÃO DE ENÓFILOS
QUINTA DA LIXA Escolha 2022 ■ 143 (Intermarché) ■ 281
QUINTA DA RAZA 2022 ■ 109 SELECÇÃO DE ENÓFILOS
QUINTA DA SOALHEIRA 2020 ■ 215 2021 (Intermarché) ■ 197
QUINTA DAS AMORAS 2021 ■ 206 SEM TETO 2021 ■ 171
QUINTA DAS AMORAS 2022 ■ 132 SENHOR DA VINHA 2021 ■ 230
QUINTA DE CAMARATE SERRA DO LOURO 2021 ■ 199
Doce 2022 ■ 143 SOALHEIRO 2022 ■ 105
QUINTA DE PANCAS 2020 ■ 191 SOALHEIRO ■ 277
QUINTA DE S. FRANCISCO 2022 ■ 155 SOMONTES Reserva 2020 ■ 218
QUINTA DE SAES Reserva 2022 ■ 106 SÔTTAL Leve 2022 ■ 151

AN E XO S PA RT E 4
T VÉRTICE ■ 281
TAVEDO 2022 ■ 150 VIA LATINA 2022 ■ 222
TECEDEIRAS LILÁS 2021 ■ 193 VIA LATINA Escolha 2022 ■ 157
TERRAS DE LAVA 2019 ■ 217 VIDIGUEIRA 2021 ■ 192
TERRAS DE LAVA 2020 ■ 111 VIDIGUEIRA 2022 ■ 144
TERRAS DE MOGADOURO 2020 ■ 181 VILA PARAÍSO
TERRAS DO DEMO 2021 ■ 276 Reserva (Mercadona) ■ 272
TERRAS DO PÓ 2022 ■ 133 VILA PARAÍSO
TERRAS DO RIBATEJO Reserva (Mercadona) ■ 288
Reserva 2021 ■ 227 VILLA ALVOR 2021 ■ 191
TONS DE DUORUM 2022 ■ 121 VILLA ALVOR 2022 ■ 137
TORRE DE MENAGEM VILLA DE CORGOS Blanc de Blancs ■ 289
Escolha 2022 ■ 127 VINHA DA COUTADA
TOUTINEGRA 2021 ■ 171 VELHA 2022 ■ 122
TRATADO 2021 ■ 201 VINHA DA FONTE 2021 ■ 199
TUELLA 2021 ■ 227 VINHA DOS PARDAIS 2021 ■ 185
VINHA MARIA ■ 287
V VINHA MARINÊS
VALCATRINA 2022 ■ 125 Grande Escolha 2022 ■ 141
VALE DA MATA 2021 ■ 168 VINHAS DE FELGUEIRAS 2022 ■ 158
VALE DO RICO HOMEM 2021 ■ 190 VINHAS DE PEGÕES 2022 ■ 113
VALLADO 2022 ■ 122 VINHAS D’EL REI
VALLE PRADINHOS Reserva 2021 ■ 176 Vinhas Velhas 2021 ■ 228
VALLEGRE 2020 ■ 224
VASCO DA GAMA Reserva ■ 276 Z
VERSÁTIL 2021 ■ 187 ZÉ DA LEONOR Reserva 2020 ■ 167

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Estudos de mercado: Susana Costa Nunes

Diretora e editora de publicações: Cláudia Maia

© 2023 DECO PROTESTE, Lda.

1.ª edição: agosto de 2023

Depósito legal n.º 248340/06

Esta publicação não pode, no seu todo

• Na primeira parte do guia, o Cantinho do especialista aborda,

• A segunda parte, por sua vez, expõe os resultados do teste a

• Já a terceira parte é dedicada aos vinhos espumantes. Depois

• No final do guia, veja todas as vantagens associadas à subscri-

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VINHOS BRANCOS E TINTOS 86

Num convívio entre amigos e/ou familiares, ou até mais formal,

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Os vinhos brancos leves de Lisboa e do Tejo são escolhas

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É confecionado com o soro do leite

GUIA DE VINHOS 2024 15

granulosa, macia e uniforme, este requeijão tem um sabor

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Produzido com leite cru de ovelha, é um queijo curado, de pasta

O sabor levemente picante deste queijo casa na perfeição

Fabricado com leite cru de ovelha, é um

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VINHOS BRANCOS E TINTOS 86