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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3

1- TEXTO E LINGUAGEM 4

2- NORMAS LINGUÍSTICAS 10

3- LINGUAGEM ESCRITA E LINGUAGEM ORAL 12

4- GÊNEROS TEXTUAIS 17

5- CONCORDÂNCIA VERBAL 25

6- CONCORDÂNCIA NOMINAL 31

7- CRASE 42

8- ORIENTAÇÕES BÁSICAS SOBRE O ATO DE ESCREVER 50

REFERÊNCIAS

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INTRODUÇÃO

Qualquer que seja o tipo de texto utilizado, o conteúdo é desenvolvido ao longo do


texto e divide-se nas seguinte partes:

1.ª Introdução - delimitação do tema. Indica o tema de que trata a redação.


2.ª Desenvolvimento - argumentação ou progressão temática. São desenvolvidas
ideias, ao passo que as opiniões são dadas, bem como defendidas.
3.ª Conclusão - desfecho para os argumentos apresentados.

É dessa forma também que o nosso raciocínio deve ser organizado. O sucesso de
uma redação depende muito da forma como o texto é estruturado.

Antes de começar a escrever tudo o que vem na mente é preciso delimitar o tema
dando espaço para aquilo que é realmente importante. Isso evita que a redação
fique muito extensa.

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1- TEXTO E LINGUAGEM

As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a


intenção do falante.
Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função
poética, função fática, função conativa e função metalinguística.

Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na


comunicação: emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto. Assim, elas
determinam o objetivo dos atos comunicativos.

Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem podem estar
presentes num mesmo texto.

Função Referencial ou Denotativa

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Também chamada de função informativa, a função referencial tem como objetivo


principal informar, referenciar algo.
Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é escrito na terceira
pessoa (singular ou plural) enfatizando seu caráter impessoal.

Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais didáticos,


textos jornalísticos e científicos. Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa,
informam a respeito de algo, sem envolver aspectos subjetivos ou emotivos à
linguagem.

Exemplo de uma notícia


Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior
desvalorização da sua história. Nesse dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para
comprar um dólar. Recorde-se que o Real foi lançado há mais de 20 anos, mais
precisamente em julho de 1994.

Função Emotiva ou Expressiva


Também chamada de função expressiva, na função emotiva o emissor tem como
objetivo principal transmitir suas emoções, sentimentos e subjetividades por
meio da própria opinião.

Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez
que possui um caráter pessoal.

Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários. Todos


eles são marcados pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto
de exclamação, etc.

Exemplo de e-mail da mãe para os filhos


Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se preocupem, em breve
a mamãe chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui
adiantar a viagem em uma semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje e
amanhã.... Quando chegar, quero encontrar essa casa em ordem, combinado?!?

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Função Poética
A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a
utilização do sentido conotativo das palavras.

Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será


transmitida por meio da escolha das palavras, das expressões, das figuras de
linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunicativo é a mensagem.
Note que esse tipo de função não pertence somente aos textos literários. Também
encontramos a função poética na publicidade ou nas expressões cotidianas em que
há o uso frequente de metáforas (provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).

Exemplo de uma história sobre a avó


Apesar de não ter frequentado a escola, dizia que a avó era um poço de sabedoria.
Falava de tudo e sobre tudo e tinha sempre um provérbio debaixo da manga.

Função Fática
A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de
modo que o mais importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem.
Aqui, o foco reside no canal de comunicação.
Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de
cumprimento, saudações, discursos ao telefone, etc.

Exemplo de uma conversa telefônica


— Consultório do Dr. João, bom dia!
— Bom dia! Precisava marcar uma consulta para o próximo mês, se possível.
— Hum, o Dr. tem vagas apenas para a segunda semana. Entre os dias 7 e 11, qual
a sua preferência?
— Dia 8 está ótimo.

Função Conativa ou Apelativa


Também chamada de apelativa, a função conativa é caracterizada por uma
linguagem persuasiva que tem o intuito de convencer o leitor. Por isso, o grande
foco é no receptor da mensagem.

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Essa função é muito utilizada nas propagandas, publicidades e discursos políticos, a


fim de influenciar o receptor por meio da mensagem transmitida.

Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoa com a


presença de verbos no imperativo e o uso do vocativo.

Exemplos
 Vote em mim!
 Entre. Não vai se arrepender!
 É só até amanhã. Não perca!

Função Metalinguística
A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a
linguagem que refere-se à ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um código
utilizando o próprio código.
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um documentário
cinematográfico que fala sobre a linguagem do cinema são alguns exemplos.

Nessa categoria, os textos metalinguísticos que merecem destaque são as


gramáticas e os dicionários.

Exemplo
Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como
exemplifica a função metalinguística.

Funções da Linguagem e Comunicação


Abaixo, você encontra um diagrama com as funções da linguagem e sua relação
com os elementos da comunicação:

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Linguagem

É a capacidade que possuímos de expressar nossos pensamentos, ideias, opiniões


e sentimentos.

A Linguagem está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há comunicação,


há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para estabelecermos
atos de comunicação, tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais
convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo).

Num sentido mais genérico, a Linguagem pode ser classificada como qualquer
sistema de sinais que se valem os indivíduos para comunicar-se.

Tipos de Linguagem

A linguagem pode ser:

Verbal: a linguagem verbal é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.
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As figuras acima nos comunicam sua mensagem através da linguagem verbal (usa
palavras para transmitir a informação).

Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não são as
palavras. Dentre elas estão a linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a
linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc.

Essas figuras fazem uso apenas de imagens para comunicar o que representam.

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2- NORMAS LINGUÍSTICAS

O problema da norma linguística foi, durante muito tempo, desconsiderado pelos


linguistas. Quando a linguística se constituiu como ciência, no início do século XX, e
fixou como seu objeto de estudos ―a língua‖, criou a concepção de que seu interesse
exclusivo seria o de descrever os fenômenos tal como eram produzidos pelo falante,
sem nenhuma consideração de outra ordem que não a especificamente linguística.
Em oposição à atitude avaliativa e valorativa que sempre existiu sobre a prática
linguística, cristalizou-se, pois, a atitude denominada descritiva, pretensamente
objetiva. Instalouse, assim, a dicotomia descritivismo x prescritivismo para designar
as duas atitudes.

A ideia era a de que os descritivistas faziam a verdadeira linguística, enquanto os


prescritivistas faziam a gramática tradicional e se ocupavam de fatos não científicos,
que envolviam julgamentos de valor (certo/errado) baseados na ideologia do grupo
dominante, sobre os usos que a sociedade fazia da língua. Nem mesmo as
discussões sobre esquema/norma/uso/fala de Hejmslev, da década de quarenta,
nem os de Coseriu sobre sistema/norma/fala, da década de cinquenta do século
passado1 , que incluíram a norma na pauta das reflexões sobre a língua, de modo
muito diferente da concepção tradicional do termo, tiveram o condão de despertar a
atenção da massa de linguistas para o problema. Em termos absolutos, a produção
teórica sobre norma linguística não é significativa.

Dentre os mais importantes, ou mais conhecidos, podemos citar, primeiro, os


trabalhos de Hejmslev (1943) e Coseriu (1961), antes referidos, publicados com os
seguintes títulos: Langue et parole (Hjelmslev, 1943) e Sistema, norma e fala
(Coseriu, 1952). Depois, os que integram o nº 16 da revista Langue Française, de
1972, dentre os quais se encontra o artigo de Alain Rey, Usages, jugements et
prescriptions linguistiques, muito conhecido no Brasil porque, dentre outros motivos,
foi a base das discussões sobre o assunto para fixação do conceito de norma culta
pelo Projeto NURC/SP2 . Outra obra importante é La norme linguistique, organizada
por Édith Bedard e Jacques Maurais, publicada em 1983, pelo Conselho de Língua

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Francesa do Governo do Quebec, na qual estão incluídos o texto de Alain Rey, já


citado, e o Normes linguistiques, normes sociales, une perspective antropologique,
do canadense Stanley Aléong. Esses textos são utilizados como fundamento de
muitas pesquisas brasileiras, especialmente de integrantes do Projeto NURC/SP3 .
Outra obra fundamental à discussão da norma linguística é La raison, le langage et
lesnormes do francês Sylvain Auroux (1998), em que o autor, um filósofo da
linguagem, tratou do assunto percorrendo outros domínios do conhecimento.
Lembramos, também, o volume Genèse de la (des) norme(s) linguistique(s),
organizado por Daniel Baggioni (1994), no qual há textos de especialistas de
diversas áreas que discutem o conceito de norma.

No Brasil, o volume Linguística da norma (2002), publicado pela Loyola, reúne


artigos de quatorze pesquisadores brasileiros, que tratam de problemas
relacionados ao tema. Dentre esses, poucos discutem teoricamente o assunto4 , a
maioria parte de conceitos estabelecidos para comentar questões específicas de
análise (variação linguística, mudança, preconceito) e de ensino do português no
Brasil. Ao verificar a bibliografia dos artigos do volume em questão, observamos
que, dentre os textos teóricos usados para a fundamentação das pesquisas,
predominam os de Coseriu, Rey e Aléong, o que confirma o que dissemos antes.

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3- LINGUAGEM ESCRITA E LINGUAGEM ORAL

Cada uma com suas propriedades, a Língua Falada e a Língua Escrita se


completam. Os falantes não escrevem exatamente como falam, pois a fala
apresenta como características uma maior liberdade no discurso, pois não necessita
ser planejada; pode ser redundante; enfática; usando timbre, entonação e pausas de
acordo com a retórica – estas características são representadas na língua escrita
por meio de pontuações.

Necessita-se de contato direto com o falante para que haja linguagem falada, sendo
a mesma espontânea e estando em constante renovação. Assim, como o falante
não planeja, em seu discurso pode haver uma transgressão à norma culta.

A escrita, por vez, mantém contato indireto entre escritor e leitor. Sendo mais
objetiva, necessita de grande atenção e obediência às normas gramaticais, assim
caracteriza-se por frases completas, bem elaboradas e revisadas, explícitas,
vocabulário distinto e variado, clareza no diálogo e uso de sinônimos. Devido a estes
traços esta é uma linguagem conservadora aos padrões estabelecidos pelas regras
gramaticais.

Ambas as linguagens apresentam características distintas que variam de acordo


com o indivíduo que a utiliza, portanto considerando que as mesmas sofrem
influência da cultura e do meio social, não se pode determinar que uma seja melhor

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que a outra, pois seria desconsiderar essas influências. No momento que cada
indivíduo, com sua particularidade, consegue se comunicar a linguagem teve sua
função exercida.

Linguagem Falada e Escrita – O erro

Atualmente, o domin
́ io da lin
́ gua , falada e escrita, é fundamental para a participação
social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica , tem acesso à
informação, expressa e defende pontos de vista , divide ou constrói visões de mundo
e produz novos conhecimentos.

Nesse sentido, ao ensiná -la a escola tem a responsabilidade de garantir a todos os


seus alunos os saberes lingüiś ticos , necessários ao exercício da cidadania , um
direito de todos . Por isso , o ensino da língua portuguesa , tem sido o centro das
discussões a fim melhorar a qualidade da educação no país .

Analisando o contexto histórico do ensino no Brasil , percebe-se que a pedagogia


tradicional transmite muitas mensagens , como por exemplo , que o erro é
vergonhoso precisando ser evitado a qualquer custo. Sob este ponto de vista, o
aluno fica sem coragem de expressar seu pensamento, por medo de escrever ou
falar de forma errada . A visão culposa do erro , na prática escolar , tem conduzido ao
uso permanente do castigo como forma de correção e direção da aprendizagem ,
tornando a avaliação como base da decisão .

A ideia de erro surge no contexto da existência de um padrão considerado correto . A


solução insatisfatória de um problema só pode ser considerada errada , a partir do
momento que se tem uma forma considerada certa de resolvê -lo; uma conduta é
considerada errada, na medida em que se tem uma definição de como seria
considerada correta, e assim por diante.

―A tradição escolar , cuja crença é a de que se aprende pela repetição , concebe os


erros como inadequações que as crianças cometem ao reproduzir o conteúdo que
se ensinou .‖(Kaufmann et al ; 1998, p. 46). Assim, todo o esforço do professor
consiste em evitar que os erros ocorram e em corrigir aqueles que não puderam ser
evitados.
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Porém, de acordo com as novas práticas pedagógicas , o erros é vist o como um


indicador dos conhecimentos adquiridos ou em construção . Uma visão sadia do erro
permite sua utilização de forma construtiva . Face a isto , quando tratamos de
avaliação, impreterivelmente, precisamos enfrentar a questão do erro . Lidar com os
erros dos aprendizes é , possivelmente, uma das maiores dificuldades dos
professores. Superar essa dificuldade implica refletir a cerca do conceito que temos
de erro.

Se o trabalho desenvolvido em sala de aula permitir às crianças escreverem


livremente, da forma como sabem , o resultado de suas escritas criará nelas próprias
aflição e, conseqüentemente, a necessidade de superar os erros que cometem.

É fundamental ver os erros das crianças como indicações a cerca do nível de


conhecimento que elas possuem sobre a lin
́ gua escrita . Desse modo , o educador
terá condições de planejar atividades que venham ajudar o aluno a superar suas
limitações temporárias e , assim, progredir cognitivamente . Tais atividades
envolveriam o ensino lúdico da ortog rafia, os trabalhos individuais e grupais ,
utilização de diferentes tipos de recursos didáticos e do próprio meio .

Receber o erro como processo de construção do conhecimento não significa ignorá -


lo, aguardando que o aluno o perceba sozinho, e sim gerar situações
problematizadoras e instigantes , que levam o aluno a reformular hipóteses e
confrontar saberes.

Diferenças

A linguagem oral e a linguagem escritas são duas manifestações da linguagem


verbal, ou seja, da linguagem feita através de palavras. Tanto a linguagem oral como
a linguagem escrita visam estabelecer comunicação.
Características da linguagem oral

 Há uma maior aproximação entre emissor e receptor.

 Estabelece um contato direto com o destinatário.

 É mais espontânea e informal, usufruindo de maior liberdade.

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 Há uma maior tolerância relativamente ao cumprimento da norma culta.

 É passageira e encontra-se em permanente renovação, não deixando qualquer


registro.

 Não requer escolarização, sendo um processo aprendido socialmente.

 Usa recursos extralinguísticos como entonação, gestos, postura e expressões


faciais que facilitam a compreensão da mensagem.

 Não ocorre sempre linearidade de pensamento, sendo possível a existência de


rupturas e desvios no raciocínio.

 Apresenta repetições e erros que não podem ser corrigidos.

 Apresenta maioritariamente um vocabulário reduzido e construções frásicas


mais simples.

Características de linguagem escrita

 Há um maior distanciamento entre emissor e receptor.

 Estabelece um contato indireto com o destinatário.

 É mais formal, sendo mais pensada e planejada.

 Há um maior rigor gramatical e exigência de cumprimento da norma culta.

 Tem duração no tempo e pode ser relida inúmeras vezes porque tem registro
escrito.

 Requer escolarização e uma aprendizagem formal da escrita.

 Todas as indicações necessárias para a compreensão da mensagem são feitas


através de pontuação e das próprias palavras.

 Exige linearidade, ou seja, a existência de uma sequência de pensamento clara


e estruturada.

 Possibilita a revisão do conteúdo e a correção dos erros.

 Deve apresentar um vocabulário variado e construções frásicas mais


elaboradas.

Quando usar a linguagem oral e a linguagem escrita?


Essas duas formas de linguagem são usadas diariamente pelos falantes.
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A linguagem oral é usada em…

 conversas;

 diálogos;

 apresentações;

 telefonemas;

 aulas;

 entrevistas;

 …

A linguagem escrita é usada em…

 cartas;

 e-mails;

 bilhetes;

 jornais;

 revistas;

 sites;

 livros;

 …

Apesar das diferenças existentes entre a linguagem oral e a linguagem escrita, não
podemos considerar uma mais complexa ou importante do que a outra, uma vez que
existem vários níveis de formalidade e informalidade na oralidade e na escrita.
Há momentos que exigem uma linguagem falada extremamente cuidada, como
entrevistas de emprego, discursos, apresentações públicas,… Há também situações
em que uma linguagem escrita mais descontraída e próxima da oralidade é
aceitável, como em chats, fóruns, mensagens do celular,…

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4- GÊNEROS TEXTUAIS

Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns que os


textos apresentam em relação à linguagem e ao conteúdo.
Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os
interlocutores (emissor e receptor) de determinado discurso.

São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do


restaurante, bilhete ou lista de supermercado.

É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual


pode conter mais de um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma receita
de bolo apresenta a lista de ingredientes necessários (texto descritivo) e o modo de
preparo (texto injuntivo).

Tipos de Gêneros Textuais


Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros gêneros
textuais dentro das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros
textuais são estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo,
descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e injuntivo.

Texto Narrativo
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A
estrutura da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e
desfecho.

Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos:

 Romance
 Novela
 Crônica
 Contos de Fada
 Fábula
 Lendas

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Texto Descritivo
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto,
lugar, acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais
descrevem ou apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do locutor
(emissor).

São exemplos de gêneros textuais descritivos:

 Diário
 Relatos (viagens, históricos, etc.)
 Biografia e autobiografia
 Notícia
 Currículo
 Lista de compras
 Cardápio
 Anúncios de classificados
Texto Dissertativo-Argumentativo
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por
meio de argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao
mesmo tempo que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três
partes: tese (apresentação), antítese (desenvolvimento), nova tese (conclusão).

Exemplos de gêneros textuais dissertativos:

 Editorial Jornalístico
 Carta de opinião
 Resenha
 Artigo
 Ensaio
 Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado

Texto Expositivo
Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio de
recursos como: definição, conceituação, informação, descrição e comparação.

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Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos:

 Seminários
 Palestras
 Conferências
 Entrevistas
 Trabalhos acadêmicos
 Enciclopédia
 Verbetes de dicionários

Texto Injuntivo
O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma
ordem, de modo que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor
(receptor). Por isso, apresentam, na maioria dos casos, verbos no imperativo.

Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos:

 Propaganda
 Receita culinária
 Bula de remédio
 Manual de instruções
 Regulamento
 Textos prescritivos

Conheça mais gêneros textuais:


 Anedota
 Blog
 Reportagem
 Charge
 Carta
 E-mail
 Declaração
 Memorando
 Bilhete
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 Relatório
 Requerimento
 ATA
 Cartaz
 Cartum
 Procuração
 Atestado
 Circular
 Contrato

Gêneros textuais são textos que exercem uma função social específica, ou seja,
ocorrem em situações cotidianas de comunicação e apresentam uma intenção
comunicativa bem definida.

Os diferentes gêneros textuais se adequam ao uso que se faz deles. Adequam-se,


principalmente, ao objetivo do texto, ao emissor e ao receptor da mensagem e ao
contexto em que se realiza.

Exemplos de gêneros textuais

 Romance;
 Conto;
 Fábula;
 Lenda;
 Novela;
 Crônica;
 Notícia;
 Ensaio;
 Editorial;
 Resenha;
 Monografia;
 Reportagem;
 Relatório científico;
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 Relato histórico;
 Relato de viagem;
 Carta;
 E-mail;
 Abaixo-assinado;
 Artigo de opinião;
 Diário;
 Biografia;
 Entrevista;
 Curriculum vitae;
 Verbete de dicionário;
 Receita;
 Regulamento;
 Manual de instruções;
 Bula de medicamento;
 Regras de um jogo;
 Lista de compras;
 Cardápio de restaurante;
 ...

Embora os diferentes gêneros textuais apresentem estruturas específicas, com


características próprias, é importante que os concebamos como flexíveis e
adaptáveis, ou seja, que não definamos a sua estrutura como fixa.

Os gêneros textuais possuem transmutabilidade, ou seja, é possível que se criem


novos gêneros a partir dos gêneros já existentes para responder a novas
necessidades de comunicação. São adaptáveis e estão em constante evolução.

Tipos e gêneros textuais

Tipos e gêneros textuais são duas categorias diferentes de classificação textual.

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Os tipos textuais são modelos abrangentes e fixos que definem e distinguem a


estrutura e os aspectos linguísticos de uma narração, descrição, dissertação e
explicação.

Exemplos de tipos textuais:

 Texto narrativo;
 Texto descritivo;
 Texto dissertativo expositivo;
 Texto dissertativo argumentativo;
 Texto explicativo injuntivo;
 Texto explicativo prescritivo.

Os aspectos gerais dos tipos de texto concretizam-se em situações cotidianas de


comunicação nos gêneros textuais, textos flexíveis e adaptáveis que apresentam um
intenção comunicativa bem definida e uma função social específica, adequando-se
ao uso que se faz deles.

Gêneros textuais pertencentes aos textos narrativos:

 romances;
 contos;
 fábulas;
 novelas;
 crônicas;
 …

Gêneros textuais pertencentes aos textos descritivos:

 diários;
 relatos de viagens;
 folhetos turísticos;
 cardápios de restaurantes;
 classificados;
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 ...

Gêneros textuais pertencentes aos textos expositivos:

 jornais;
 enciclopédias;
 resumos escolares;
 verbetes de dicionário;
 ...

Gêneros textuais pertencentes aos textos argumentativos:

 artigos de opinião;
 abaixo-assinados;
 manifestos;
 sermões;
 ...

Gêneros textuais pertencentes aos textos injuntivos:

 receitas culinárias;
 manuais de instruções;
 bula de remédio;
 ...

Gêneros textuais pertencentes aos textos prescritivos:

 leis;
 cláusulas contratuais;
 edital de concursos públicos;
 ...

Saiba mais sobre os tipos de textos existentes.

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Gêneros textuais e gêneros literários

Conforme o próprio nome indica, os gêneros textuais se referem a qualquer tipo de


texto, enquanto os gêneros literários se referem apenas aos textos literários.

Os gêneros literários são divisões feitas segundo características formais comuns em


obras literárias, agrupando-as conforme critérios estruturais, contextuais e
semânticos, entre outros.

Exemplos de gêneros literários:

 Gênero lírico;
 Gênero épico ou narrativo;
 Gênero dramático.

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5- CONCORDÂNCIA VERBAL

Concordância verbal é a relação estabelecida de forma harmônica entre sujeito e


verbo. Isso quer dizer que quando o sujeito está no singular, o verbo também deve
estar; quando o sujeito estiver no plural, o verbo também estará.

Exemplos:
 Eu adoro quando as flores desabrocham na Primavera.
 Elas adoram quando as flores desabrocham na Primavera.
 Cristina e Eva entraram no hospital.
Parece simples, mas há várias situações que provocam dúvidas não só nos alunos,
mas em qualquer falante da língua portuguesa. Vamos a elas!

Regras para sujeito simples


1. Sujeito coletivo
Nesta situação, o verbo fica sempre no singular.

Exemplo:
A multidão ultrapassou o limite.
Por outro lado, se o coletivo estiver especificado, o verbo pode ser conjugado no
singular ou no plural.

Exemplo:
A multidão de fãs ultrapassou o limite.
A multidão de fãs ultrapassaram o limite.
2. Coletivos partitivos
O verbo pode ser usado no singular ou no plural em coletivos partitivos, tais como "a
maioria de", "a maior parte de", "grande número de".

Exemplo:
Grande número dos presentes se retirou.
Grande número dos presentes se retiraram.
3. Expressões "mais de", "menos de", "cerca de"
Nestes casos, o verbo concorda com o numeral.
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Exemplo:
Mais de uma mulher quis trocar as mercadorias.
Mais de duas pessoas chegaram antes do horário.
Nos casos em que ―mais de‖ é repetido indicando reciprocidade, o verbo vai para o
plural.

Exemplo:
Mais de uma professora se abraçaram.

4. Nomes próprios
Com nomes próprios, a concordância deve ser feita considerando a presença ou não
de artigos.

Exemplo:
Os Estados Unidos influenciam o mundo.
Estados Unidos influencia o mundo.
5. Pronome relativo "que"
O verbo deve concordar com o antecedente do pronome ―que‖.

Exemplo:
Fui eu que levei.
Foste tu que levaste.
Foi ele que levou.
6. Pronome relativo "quem"
O verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular ou pode concordar com
o antecedente do pronome "quem".

Exemplo:
Fui eu quem afirmou.
Fui eu quem afirmei.

7. Expressão "um dos que"


Este é mais um dos casos em que tanto o verbo pode ser conjugado no singular
como no plural.

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Exemplo:
Ele foi um dos que mais contribuiu.
Ele foi um dos que mais contribuíram.

Regras para sujeito composto


1. Sujeitos formados por sinônimos
O verbo tanto pode ir para o plural, como pode ficar no singular e concordar com o
núcleo mais próximo.

Exemplo:
Preguiça e lentidão destacaram aquela gerência.
Preguiça e lentidão destacou aquela gerência.
2. Sujeito formado por palavras em graduação e enumeração
Este é mais um caso em que tanto o verbo pode flexionar para o plural, como
também pode concordar com o núcleo mais próximo.

Exemplo:
Um mês, um ano, uma década de poder não supriu a saúde.
Um mês, um ano, uma década de poder não supriram a saúde.
3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes
Nesta situação, o verbo vai para o plural e concorda com a pessoa, por ordem de
prioridade.

Exemplo:
Eu, tu e Cássio só chegaremos ao fim da noite.
(eu, 1.ª pessoa + tu, 2.ª pessoa + ele, 3.ª pessoa), ou seja, a 1.ª pessoa do singular
tem prioridade e, no plural, ela equivale a nós, ou seja, "nós chegaremos".

Jair e eu conseguimos comprar um apartamento.


(eu, 1.ª pessoa + Jair, 3.ª pessoa). Aqui também é a 1.ª pessoa do singular que tem
prioridade. No plural, ela equivale a nós, ou seja, "nós conseguimos".

4. Sujeitos ligados por "ou"


Os verbos ligados pela partícula "ou" vão para o plural quando a ação verbal estiver
se referindo a todos os elementos do sujeito.
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Exemplo:
Doces ou chocolate desagradam ao menino.
Quando a partícula ―ou‖ é utilizada como retificação, o verbo concorda com o último
elemento.

Exemplo:
A menina ou as meninas esqueceram muitos acessórios.
Mas, quando a ação verbal é aplicada a apenas um dos elementos, o verbo
permanece no singular.

Exemplo:
Laís ou Elisa ganhará mais tempo.
5. Sujeitos ligados por "nem"
Quando os sujeitos são ligados por "nem", o verbo vai para o plural.

Exemplo:
Nem chuva nem frio são bem recebidos.
6. Sujeitos ligados por "com"
Quando semelhante à ligação "e", o verbo vai para o plural.

Exemplo:
O ator com seus convidados chegaram às 6 horas.
Mas, quando "com" representar ―em companhia de‖, o verbo concorda com o
antecedente e o segmento "com" é grafado entre vírgulas:

Exemplo:
O pintor, com todos os auxiliares, resolveu mudar a data da exposição.
7. Sujeitos ligados por "não só, mas também", "tanto, quanto", "não só, como"
Nesses casos, o verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo.

Exemplo:
Tanto Rafael como Marina participaram da mostra.
Tanto Rafael como Marina participou da mostra.
8. Partícula "se"

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REDAÇÃO OFICIAL

No caso em que a palavra "se" é índice de indeterminação do sujeito, o verbo deve


ser conjugado na 3.ª pessoa do singular.

Exemplo:
Confia-se em todos.
No caso em que a palavra "se" é partícula apassivadora, o verbo deve ser conjugado
concordando com o sujeito da oração.

Exemplo:
Construiu-se uma igreja.
Construíram-se novas igrejas.
9. Verbos impessoais
Os verbos impessoais sempre são conjugados na 3.ª pessoa do singular.

Exemplo:
Havia muitos copos naquela mesa.
Houve dois meses sem mudanças.

10. Sujeito seguido por "tudo", "nada", "ninguém", "nenhum", "cada um"
Neste caso, o verbo fica no singular.

Exemplo:
Amélia, Camila, Pedro, ninguém o convenceu de mudar a opinião.
11. Sujeitos ligados por "como", "assim como", "bem como"
O verbo é conjugado no plural.

Exemplo:
O trabalho, assim como a confiança, fizeram dela uma mulher forte.
12. Locuções "é muito", "é pouco", "é mais de", "é menos de"
Nestes casos, em que as locuções indicam preço, peso e quantidade, o verbo fica
sempre no singular.

Exemplo:
Três vezes é muito.
13. Verbos "dar", "soar" e "bater" + hora(s)

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REDAÇÃO OFICIAL

O verbo sempre concorda com o sujeito.

Exemplos:
Deu uma hora que espero.
Soaram duas horas.
14. Indicações de datas
O verbo deve concordar com a indicação numérica da data.

Exemplo:
Hoje são 2 de maio.
Mas o verbo também pode concordar com a palavra dia.

Exemplo:
Hoje é dia 2 de maio.
15. Verbos no infinitivo
15.1 Infinitivo impessoal
Verbos no infinitivo não devem ser flexionados nas seguintes situações:

a) quando têm valor de substantivo.

Exemplo: Comer é o melhor que há.


b) quando têm valor imperativo.

Exemplo: Vá dormir!
c) quando são os verbos principais de uma locução verbal.

Exemplo: Íamos sair quando você chegou.


d) quando são regidos por preposição.

Exemplo: Começamos a cantar.


15.2 Infinitivo pessoal
Verbos no infinitivo devem ser flexionados quando os sujeitos são diferentes e
queremos defini-los.

Exemplo:
Comprei a pizza para eles comerem.

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REDAÇÃO OFICIAL

6- CONCORDÂNCIA NOMINAL

Concordância nominal é a relação que se estabelece entre as classes de palavras


(nomes).

É o que faz com que substantivos concordem com pronomes, numerais e adjetivos,
entre outros.

Exemplo:
Estas três obras maravilhosas estavam esquecidas na biblioteca.

Neste caso, pronome, numeral e adjetivo concordam com o substantivo "obras".


"Estas" e não "estes" obras, pronome que está no plural, já que a oração refere que
são três e não apenas uma obra maravilhosa.

E por que "maravilhosas" e não "maravilhoso"? Porque o substantivo está no plural e


é feminino, ou seja, tudo muito bem combinado.

Regras de Concordância Nominal


1. Adjetivo e um substantivo
O adjetivo deve concordar em gênero e número com o substantivo.

Exemplo:
 Que pintura bonita!
1.1. Quando há mais do que um substantivo, o adjetivo deve concordar com aquele
que está mais próximo.

Exemplo:
 Que bonita pintura e poema!
Mas, se os substantivos forem nomes próprios, o adjetivo deve ficar no plural.

Exemplo:
 Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos é uma composição dos grandes Roberto
Carlos e Erasmo Carlos em homenagem à Caetano Veloso.

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REDAÇÃO OFICIAL

1.2. Quando há mais do que um substantivo, e o adjetivo vem depois dos


substantivos, deve concordar com aquele que está mais próximo ou com todos
eles.
Exemplos:
 Que pintura e poema bonito!
 Que poema e pintura bonita!
 Que pintura e poema bonitos!
 Que poema e pintura bonitos!
2. Substantivo e mais do que um adjetivo
Quando um substantivo é caracterizado por mais do que um adjetivo, a
concordância pode ser feita das seguintes formas:

2.1. Colocando o artigo antes do último adjetivo.

Exemplo:
 Adoro a comida italiana e a chinesa.
2.2. Colocando o substantivo e o artigo que o antecede no plural.

Exemplo:
 Adoro as comidas italiana e chinesa.
3. Números ordinais
3.1. Nos casos em que há número ordinais antes do substantivo, o substantivo
pode ser usado tanto no singular como no plural.
Exemplos:
 A segunda e a terceira casa.
 A segunda e a terceira casas.
3.2. Nos casos em que há número ordinais depois do substantivo, o substantivo
deve ser usado no plural.
Exemplo:
 As casas segunda e terceira.
4. Expressões
4.1. Anexo
A palavra "anexo" deve concordar em gênero e número com o substantivo.

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REDAÇÃO OFICIAL

Exemplos:
 Segue anexo o recibo.
 Segue anexa a fatura.
Mas, a expressão "em anexo" não varia.

Exemplo:
 Segue em anexo a fatura.
4.2. Bastante(s)
4.2.1. Quando tem a função de adjetivo, a palavra "bastante" deve concordar em
gênero e número com o substantivo.

Exemplo:
 Recebemos bastantes telefonemas.
4.2.2. Quando tem a função de advérbio, a palavra "bastante" não varia.

Exemplo:
 Eles cantam bastante bem.
4.3. Meio
4.3.1. Quando tem a função de adjetivo, a palavra "meio" deve concordar em gênero
e número com o substantivo.

Exemplos:
 Atrasado, tomou meio copo de leite e saiu correndo.
 Atrasado, tomou meia xícara de leite e saiu correndo.
4.3.2. Quando tem a função de advérbio, a palavra "meio" não varia.

Exemplo:
 Ele é meio maluco.
 Ela é meio maluca.
4.4. Menos
A palavra "menos" não varia.

Exemplos:
 Hoje, tenho menos alunos.
 Hoje, tenho menos alunas.

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4.5. É proibido, é bom, é necessário


4.1. As expressões "é proibido, é bom, é necessário" não variam, a não ser que
sejam acompanhadas por determinantes que as modifiquem.

Exemplos:
 É proibido entrada.
 É proibida a entrada.
 Verdura é bom.
 A verdura é boa.
 Paciência é necessário.
 A paciência é necessária.

Resumo de Concordância Nominal

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Concordância verbal e nominal

Concordância verbal é a concordância em número e pessoa entre o sujeito


gramatical e o verbo.

Concordância nominal é a concordância em gênero e número entre os diversos


nomes da oração, ocorrendo principalmente entre o artigo, o substantivo e o
adjetivo.

Concordância em gênero indica a flexão em masculino e feminino.


Concordância em número indica a flexão em singular e plural.
Concordância em pessoa indica a flexão em 1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa.

Exemplos de concordância verbal

 Eu li;
 Ele leu;
 Nós lemos;
 Eles leram.

Exemplos de concordância nominal

 O vizinho novo;
 A vizinha nova;
 Os vizinhos novos;
 As vizinhas novas.

Casos particulares de concordância verbal

Concordância com pronome relativo que


O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome: sou eu que
quero, somos nós que queremos, são eles que querem.

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Concordância com pronome relativo quem


O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome ou fica na 3.ª
pessoa do singular: sou eu quem quero, sou eu quem quer.
Concordância com: a maioria, a maior parte, a metade,...
Preferencialmente, o verbo estabelece concordância com a 3.ª pessoa do singular.
Contudo, o uso da 3.ª pessoa do plural é igualmente aceitável: a maioria das
pessoas quer, a maioria das pessoas querem.
Concordância com um dos que
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do plural: um dos que
ouviram, um dos que estudarão, um dos que sabem.
Concordância com nem um nem outro
O verbo pode estabelecer concordância com a 3.ª pessoa do singular ou do plural:
nem um nem outro veio, nem um nem outro vieram.
Concordância com verbos impessoais
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular, uma vez
que não possui um sujeito: havia pessoas, houve problemas, faz dois dias, já
amanheceu.
Concordância com a partícula apassivadora se
O verbo estabelece concordância com o objeto direto, que assume a função de
sujeito paciente, podendo ficar no singular ou no plural: vende-se casa, vendem-se
casas.
Concordância com a partícula de indeterminação do sujeito se
O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular quando a
frase é formada por verbos intransitivos ou por verbos transitivos indiretos: precisa-
se de funcionário, precisa-se de funcionários.
Concordância com o infinitivo pessoal
O verbo no infinitivo sofre flexão sempre que houver um sujeito definido, quando se
quiser definir o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente do da
primeira: é para eles lerem, acho necessário comprarmos comida, eu vi eles
chegarem tarde.
Concordância com o infinitivo impessoal
O verbo no infinitivo não sofre flexão quando não houver um sujeito definido, quando
o sujeito da segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais,
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REDAÇÃO OFICIAL

com verbos preposicionados e com verbos imperativos: eles querem comprar,


passamos para ver você, eles estão a ouvir.
Concordância com o verbo ser
O verbo estabelece concordância com o predicativo do sujeito, podendo ficar no
singular ou no plural: isto é uma mentira, isto são mentiras; quem é você, quem são
vocês.

Casos particulares de concordância nominal

Concordância com pronomes pessoais


O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o pronome pessoal:
ela é simpática, ele é simpático, elas são simpáticas, eles são simpáticos.
Concordância com vários substantivos
O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o substantivo que
está mais próximo: caderno e caneta nova, caneta e caderno novo. Pode também
estabelecer concordância com a forma no masculino plural: caneta e caderno novos,
caderno e caneta novos.
Concordância com vários adjetivos
Quando há dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular
apenas se houver um artigo entre os adjetivos. Sem a presença de um artigo, o
substantivo deverá ser escrito no plural: o escritor brasileiro e o chileno, os escritores
brasileiro e chileno.
Concordância com: é proibido, é permitido, é preciso, é necessário, é bom
Estas expressões estabelecem concordância em gênero e número com o
substantivo quando há um artigo que determina o substantivo, mas permanecem
invariáveis no masculino singular quando não há artigo: é permitida a entrada, é
permitido entrada, é proibida a venda, é proibido venda.
Concordância com: bastante, muito, pouco, meio, longe, caro e barato
Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo
quando possuem função de adjetivo: comi meio chocolate, comi meia maçã, há
bastante procura, há bastantes pedidos, vi muitas crianças, vi muitos adultos.

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Concordância com menos


A palavra menos permanece sempre invariável, quer atue como advérbio ou como
adjetivo: menos tristeza, menos medo, menos traições, menos pedidos.
Concordância com: mesmo, próprio, anexo, obrigado, quite, incluso
Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o substantivo:
resultados anexos, informações anexas, as próprias pessoas, o próprio síndico, ele
mesmo, elas mesmas.

Concordância com um e outro

Com a expressão um e outro, o adjetivo deverá ser sempre escrito no plural, mesmo
que o substantivo esteja no singular: um e outro aluno estudiosos, uma e outra
pergunta respondidas.

Concordância do verbo ser

Chama-se concordância verbal a flexão do verbo em pessoa e número para


concordar com o sujeito gramatical. Em número, a flexão ocorre em singular (para
sujeito simples) ou plural (para sujeito composto) e em pessoa a flexão ocorre na 1.ª
pessoa (eu, nós), 2.ª pessoa (tu, vós) ou 3.ª pessoa gramatical (ele, eles).
Com o verbo ser, a concordância verbal apresenta algumas especificidades.
Dependendo das situações, o verbo ser poderá concordar com o sujeito gramatical
ou com o predicativo do sujeito.
Verbo ser concordando com o sujeito

 Eu sou estudiosa.
 Nós somos estudiosas.
 Ele será um excelente advogado.
 Eles serão uns excelentes advogados.

Verbo ser concordando com o predicativo do sujeito

 Isto é mentira!

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REDAÇÃO OFICIAL

 Isto são mentiras!


 Quem é você?
 Quem são vocês?

Em que situações o verbo ser concorda com o predicativo do sujeito?


O verbo ser concorda com o predicativo do sujeito, ficando no singular se o
predicativo do sujeito estiver no singular e no plural se o predicativo do sujeito
estiver no plural com os seguintes sujeitos:
Pronomes indefinidos: tudo, nada, ninguém e nenhum;
Pronomes demonstrativos: o, isto, isso e aquilo;
Pronomes interrogativos: que, o que e quem;
Expressões de sentido partitivo: a maioria, o restante, o resto, o mais,...
Exemplos de concordância com o predicativo do sujeito:

 Você acha que tudo são flores?


 Aquilo são baratas?
 Que são estas encomendas?
 A maioria são analfabetos.

Outro caso de concordância com o predicativo do sujeito


Na indicação de noções temporais e espaciais, o verbo ser atua como um verbo
impessoal. Assim, sendo uma frase sem sujeito, a concordância é feita com o
predicativo do sujeito:

 Já é uma da manhã!
 Já são duas da manhã!
 É só mais um quarteirão.
 São só mais dois quarteirões.

Concordância verbal com o sujeito ou com o predicativo do sujeito


A concordância verbal poderá ser feita com o sujeito ou com o predicativo do sujeito
sempre que um desses termos for representado por um pronome pessoal reto. A
concordância verbal deverá ser sempre feita de acordo com o pronome. Quando os

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dois termos são representados por pronomes, a concordância é feita com pronome
reto que tem a função de sujeito da frase:

 Ele era as piadas da família.


 A escola somos nós!
 Um dia, eu serei ele.
 Um dia, ele será eu.

Concordância verbal sempre no singular


Quando são usadas as expressões pouco, muito, menos de, mais de, o
suficiente, o bastante,… na indicação de quantidade ou medida, o verbo fica
sempre no singular, independentemente da quantidade expressa:

 Cinco litros de refrigerante é muito!


 Dois quilos de açúcar é o suficiente.
 Três é demais!

Na expressão é que, cuja função é reforçar um termo da oração. A expressão é que


permanece invariável, independentemente do sujeito:

 Eu é que sou feliz!


 Nós é que somos felizes!
 Eles é que são felizes!

Nas expressões é de ver, é de notar, é de reparar,... quando antepostas ao


substantivo, o verbo ser permanece sempre no singular, mesmo quando seguido de
um substantivo plural:

 É de notar nos comportamentos inadequados daqueles jovens.


 Era de ver as condições do apartamento.

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7- CRASE

A crase, marcada pelo acento grave (`), é vista como a vilã. Mas a coitada é tão
simplesmente a + a, ou seja, a soma do artigo definido "a" com a preposição "a".

Os alunos vivem se queixando dela e perguntando sobre o seu uso depois do novo
acordo ortográfico. Ainda tem aqueles que colocam a crase em tudo com a ilusão
que assim correm menos risco de errar.

Calma, nada mudou com a nova ortografia.

Pronto para abandonar essa ideia temível e começar a ver a crase com outros
olhos?

Quando usar crase

Não esqueça: A crase é usada antes de palavras femininas!

Antes de palavras femininas


 Fui à escola.
 Fomos à praça.
Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir)
 Vou à padaria.
 Fomos à praia.

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Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas


 Saímos à noite.
 À medida que o tempo passa as amizades aumentam.

Exemplos de locuções: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, em


frente a, à moda de.

Antes dos Pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele


 No verão, voltamos àquela praia.
 Refere-se àquilo que aconteceu ontem na festa.
Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida
 Veste roupas à (moda de) Luís XV.
 Dribla à (moda de) Pelé.
Uso da crase na indicação das horas
Utiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas:

 Termino meu trabalho às cinco horas da tarde.


 Saio da escola às 12h30.

Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante,
com), não se utiliza a crase, por exemplo:

 Ficamos na reunião desde as 12h.


 Chegamos após as 18h.
 O congresso está marcado para as 15h.

Quando não usar crase

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Antes de palavras masculinas


 Jorge tem um carro a álcool.
 Samuel comprou um jipe a diesel.
Antes de verbos que não indiquem destino
 Estava disposto a salvar a menina.
 Passava o dia a cantar.
Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo
 Falamos a ela sobre o ocorrido
 Ofereceram a mim as entradas para o cinema.
Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe.
Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa
 Era a isso que nos referíamos.
 Quando aderir a esse plano, a internet ficará mais barata.
Crase facultativa

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Dica
Para saber se a crase é utilizada nos verbos de destino, utilize esse macete:

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REDAÇÃO OFICIAL

Com origem na Grécia, a palavra crase significa mistura ou fusão. Na língua


portuguesa, a crase indica a contração de duas vogais idênticas, mais precisamente,
a fusão da preposição a com o artigo feminino a e com o a do início de pronomes.
Sempre que houver a fusão desses elementos, o fenômeno será indicado por
intermédio da presença do acento grave, também chamado de acento indicador de
crase.

Para usar corretamente o acento indicador de crase, é necessário compreender as


situações de uso nas quais o fenômeno está envolvido. Aprender a colocar o acento
depende, sobretudo, da verificação da ocorrência simultânea de uma preposição e
um artigo ou pronome. Acompanhe a seguir cinco dicas simples sobre o uso da
crase que vão eliminar de vez as suas dúvidas sobre quando e como empregar o
acento grave. Atenção e bons estudos!

Cinco dicas simples sobre o uso da crase:

A crase nada mais é do que a fusão da preposição ―a‖ com o artigo feminino ―a‖, por
isso ela não ocorre antes de substantivos masculinos
1. A crase deve ser empregada apenas diante de palavras femininas: Essa é a
regra básica para quem quer aprender mais sobre o uso da crase. Apesar de ser a
mais conhecida, não é a única, mas saber que – salvo exceções – a crase não
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acontece antes de palavras masculinas já ajuda bastante! Caso você fique em


dúvida sobre quando utilizar o acento grave, substitua a palavra feminina por uma
masculina: se o ―a‖ virar ―ao‖, ele receberá o acento grave. Veja só um exemplo:
As amigas foram à confraternização de final de ano da empresa.

Substitua a palavra “confraternização” pela palavra “encontro”:


As amigas foram ao encontro de final de ano da empresa.

2. Lembre-se de utilizar a crase em expressões que indiquem hora: Antes


de locuções indicativas de horas, empregue o acento grave. Observe:
Às três horas começaremos a estudar.
A partida de futebol terá início às 17h.
Ele esteve aqui às 8h, mas foi embora porque não te encontrou.
Mas quando as horas estiverem antecedidas das preposições para, desde e até,
naturalmente o artigo não receberá o acento indicador de crase. Observe:

Ele decidiu ir embora, pois estava esperando desde as 10h.


Marcaram o encontro no restaurante para as 20h.
Fique tranquilo, eu estarei no trabalho até as 9h.

3. Antes de locuções adverbiais femininas que expressam ideia de tempo,


lugar e modo. Observe os exemplos:
Às vezes chegamos mais cedo à escola.
Ele terminou a prova às pressas, pois já passava do horário.

4. A crase, na maioria das vezes, não ocorre antes de palavra masculina: Isso
acontece porque antes de palavra masculina não ocorre o artigo ―a‖, indicador do
gênero feminino:
O pagamento das dívidas foi feito a prazo.
Os primos foram para a fazenda andar a cavalo.
Tempere com pimenta e sal a gosto.
Eles viajaram a bordo de uma aeronave moderna.
Marcos foi a pé para o escritório.

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Existe um caso em que o acento indicador de crase pode surgir antes de uma
palavra masculina. Isso acontecerá quando a expressão “à moda de” estiver
implícita na frase. Observe o exemplo:

Ele cantou a canção à Roberto Carlos. (Ele cantou a canção à moda de Roberto
Carlos).
Ele fez um gol à Pele. (Ele fez um gol à moda de Pelé).
Ele comprou sapatos à Luís XV. (Ele comprou sapatos à moda de Luís XV).
5. Casos em que a crase é opcional:
→ Antes dos pronomes possessivos femininos minha, tua, nossa etc.: Nesses
casos, o uso do artigo antes do pronome é opcional. Observe:
Eu devo satisfações à minha mãe ou Eu devo satisfações a minha mãe.

→ Antes de substantivos femininos próprios: Vale lembrar que, antes de nomes


próprios femininos, o uso da crase é opcional, até porque o artigo antes do nome
não é obrigatório. Observe:
Carlos fez um pedido à Mariana.

Ou

Carlos fez um pedido a Mariana.


→ Depois da palavra até: Se depois da preposição até houver uma palavra
feminina que admita artigo, a crase será opcional. Observe:
Os amigos foram até à praça General Osório.
ou

Os amigos foram até a praça General Osório.

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REDAÇÃO OFICIAL

8- ORIENTAÇÕES BÁSICAS SOBRE O ATO DE ESCREVER

Estilo Tudo que o ser humano faz tem a marca de sua individualidade. Essa maneira
pessoal de as pessoas expressarem-se, dentro de uma determinada época, por
meio da música, da literatura, da pintura, da escultura é o que se chama estilo. Em
relação ao ato de redigir, estilo é, portanto, a maneira peculiar de cada escritor
expressar os seus pensamentos. Também nos textos oficiais pode-se identificar o
estilo de cada pessoa. Convém respeitá-lo, apenas requerendo do redator a
observância das qualidades e características fundamentais da redação oficial, já
explicitadas nos tópicos anteriores. Qualidades da harmonia e da polidez As
qualidades tradicionalmente conhecidas da expressão verbal — a clareza, a coesão,
a concisão, a correção gramatical, a harmonia, a polidez — adquirem proeminência
indiscutível na redação.

A clareza, a coesão, a concisão e a correção gramatical já foram comentadas nos


tópicos anteriores; resta fazer breves observações a respeito da harmonia e da
polidez. Harmonia: Uma mensagem é harmoniosa quando é elegante, ou seja,
quando soa bem aos nossos ouvidos. Muitos fatores prejudicam a harmonia na
redação oficial, tais como: a) a aliteração (repetição do mesmo fonema): Na certeza
de que seria bem sucedido, o sucessor fez a seguinte asserção: ... (aliteração do
fonema); b) a emenda de vogais (ou hiatismo): Obedeça à autoridade; c) a cacofonia
(encontro de sílabas em que a malícia descobre um novo termo com sentido torpe
ou ridículo) : Dê-me já aquela garrafa; d) a rima: O diretor chamou, com muita dor, o
assessor, dizendo-lhe que, embora reconhecendo ser o mesmo trabalhador, não lhe
poderia fazer esse favor; e) a repetição excessiva de palavras: O presidente da
nossa empresa é primo do presidente daquela transportadora, sendo um presidente
muito ativo; f) o excesso de que: Solicitei-lhe que me remetesse o parecer que me
prometera a fim de que eu pudesse concluir a análise que me fora solicitada.
Polidez: O texto polido revela civilidade, cortesia. A finalidade, especialmente nas
correspondências oficiais, é impressionar o destinatário de forma favorável, evitando
frases grosseiras ou insultuosas, expressando respeito sem rebaixamento próprio.
Expressar consideração pelo outro, sem ao mesmo tempo rebaixar-se, por vezes até
compensa falhas nas outras qualidades fundamentais do texto antes examinadas.

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REDAÇÃO OFICIAL

Correspondência é contato humano e, como tal, deve ser pautada pelos mesmos
princípios de convivência pacífica da vida social.

Uso elegante de pronomes oblíquos Os pronomes oblíquos (me, lhe, nos)


substituem muito elegantemente os possessivos (minha, sua) em frases como as
seguintes: O barulho perturba-me as idéias (em vez de: O barulho perturba as
minhas idéias). Ninguém lhe ouvia as propostas (em vez de: Ninguém ouvia as suas
propostas). A solução do problema nos tomou o dia (em vez de: A solução do
problema tomou o nosso dia). Uso (não aconselhável) de cacófatos, chavões e
pleonasmos Cacófato (ou cacofonia): É o som desagradável, ou a palavra obscena,
proveniente da união das sílabas finais de uma palavra com as iniciais da seguinte:
Metalúrgica gaúcha espera crescer 40%. Eva e Adão. Ela trina muito bem. Uma
prima minha. Dê-me já. Só haverá cacofonia quando a palavra produzida for torpe,
obscena, ridícula. É infundado o exagerado escrúpulo de quem diz haver cacófato
em por cada, ela tinha, só linha. Citem-se, a propósito, os dizeres de Rui Barbosa:
―Se a idéia de ‗porta‘, suscitada em ‗por tal‘, irrita a cacofatomania desses críticos...
outras locuções vernáculas têm de ser, como essa, refugadas‖

Chavão: É lugar comum, clichê. É o que se faz, se diz ou se escreve por costume.
De tanto ser repetido, o chavão perde a força original, envelhece o texto. Recorrer a
eles poderá denotar falta de imaginação, preguiça ou pobreza vocabular. Por isso,
deve-se procurar evitá-los. Exemplos de chavões: a cada dia que passa hora da
verdade a olhos vistos inflação galopante abrir com chave de ouro inserido no
contexto acertar os ponteiros mestre Aurélio (dicionário) ao apagar das luzes obra
faraônica assolar o país óbvio ululante astro-rei (sol) parece que foi ontem baixar a
guarda passar em brancas nuvens cair como uma bomba perda irreparável calor
escaldante perder o bonde da história crítica construtiva pomo da discórdia depois
de longo e tenebroso silêncio sepulcral inverno singela homenagem dizer cobras e
lagartos tábua de salvação em sã consciência vaias estrepitosas estar no fundo do
poço voltar à estaca zero

Pleonasmo: Indica redundância de expressão, ou seja, repetição de uma mesma


idéia, mediante palavras diferentes. Quando a repetição de idéia não traz nenhuma

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REDAÇÃO OFICIAL

energia à expressão, o pleonasmo passa a ser vício, devendo, nesse caso, ser
evitado. Exemplos de pleonasmos indesejáveis:

acabamento final expressamente proibido a razão é porque fato real a seu critério
pessoal há anos atrás certeza absoluta meu amigo particular comer com a boca
multidão de pessoas conviver junto planejar antecipadamente criação nova relações
bilaterais entre dois países descer para baixo sintomas indicativos destaque
excepcional subir para cima elo de ligação surpresa inesperada em duas metades
iguais todos foram unânimes empréstimo temporário ver com os olhos encarar de
frente.

Problemas na construção de frases A clareza e a concisão na forma escrita são


alcançadas principalmente pela construção adequada da frase. Alguns problemas
mais freqüentemente encontrados na construção de frases dizem respeito à
utilização do sujeito da oração como complemento, à ambigüidade da idéia
expressa, à elaboração de falsos paralelismos e aos erros de comparação, conforme
exemplificado a seguir.

Uso indevido do sujeito como complemento: Sujeito é o ser de quem se fala ou que
executa a ação enunciada na oração. Ele pode ter complemento, mas não ser
complemento. Devem ser evitadas, portanto, construções como: Errado: É tempo
dos parlamentares votarem o projeto. Certo: É tempo de os parlamentares votarem o
projeto. Errado: Antes desses requisitos serem cumpridos... Certo: Antes de esses
requisitos serem cumpridos... Errado: Apesar da Assessoria ter informado em
tempo... Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo...

Ambigüidade: Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em mais de um


sentido. Como a clareza é requisito básico de todo texto oficial, deve- se atentar
para as construções que possam gerar equívocos de compreensão. A ambigüidade
decorre, em geral, da dificuldade de identificar-se a que palavra se refere um
pronome que possui mais de um antecedente na terceira pessoa. Outro tipo de
ambigüidade decorre da dúvida sobre a que se refere a oração reduzida. Exemplos:
Ambíguo: O Chefe de Gabinete comunicou ao Diretor que ele seria exonerado.
(Quem seria exonerado? O Chefe de Gabinete? O Diretor?) Claro: O Chefe de

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Gabinete comunicou a exoneração dele ao Diretor. (O Chefe de Gabinete foi


exonerado.) Claro: O Chefe de Gabinete comunicou ao Diretor a exoneração deste.
(O Diretor foi exonerado.)

Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da República, em seu discurso, e


solicitou sua intervenção no seu Estado, mas isso não o surpreendeu. (Discurso de
quem? Estado de quem? Quem não se surpreendeu?) Claro: Em seu discurso, o
Deputado saudou o Presidente da República. No pronunciamento, solicitou a
intervenção federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente. (Discurso
do Deputado. Estado do Deputado. O Presidente não se surpreendeu.) Ambíguo:
Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o funcionário. (Quem é indisciplinado?)
Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este indisciplinado.

Erros de paralelismo: Uma das convenções estabelecidas na língua escrita consiste


em apresentar idéias similares numa forma gramatical idêntica, o que se chama de
paralelismo. Assim, incorre-se em erro ao conferir forma não paralela a elementos
paralelos. Exemplos: Errado: Pelo aviso circular recomendou-se às unidades
economizar energia e que elaborassem planos de redução de despesas. Certo: Pelo
aviso circular, recomendou-se às unidades que economizassem energia e (que)
elaborassem planos para redução de despesas. Certo: Pelo aviso circular,
recomendou-se às unidades economizar energia e elaborar planos para redução de
despesas. Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, não ser inseguro,
inteligência e ter ambição. Certo: No discurso de posse, mostrou determinação,
segurança, inteligência e ambição. Certo: No discurso de posse, mostrou ser
determinado e seguro, ter inteligência e ambição. Errado: O novo procurador é
jurista renomado, e que tem sólida formação acadêmica. Certo: O novo procurador é
jurista renomado e tem sólida formação acadêmica. Certo: O novo procurador é
jurista renomado, que tem sólida formação acadêmica.

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REFERÊNCIAS

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