Manual Formação Laboratório
Manual Formação Laboratório
Manual Formação Laboratório
INDÍCE
EQUIPA TÉCNICA ............................................................................................................ 4
PREÂMBULO.................................................................................................................... 5
1. CAPÍTULO 1- INTRODUÇÃO...................................................................................... 7
1.1. Considerações Gerais sobre Malária............................................................................. 7
1.2. Manifestações clínicas........................................................................................................ 8
2. UNIDADE 2 CICLO BIOLÓGICO DO PARASITA........................................................ 11
2.1. Ciclo Esquizogonico............................................................................................................ 12
2.2. Ciclo esporogonico ............................................................................................................ 12
3. CAPÍTULO 3 BIOSSEGURANÇA................................................................................. 15
3.1 Normas do laboratório ...................................................................................................... 15
3.2 Organização da área de trabalho.................................................................................... 16
3.3 Desinfecção com lixívia (hipoclorito de sódio).......................................................... 17
3.4 Descarte do material usado em lugares apropriados.............................................. 18
4. CAPÍTULO 4 LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DE LÂMINAS DE MICROSCÓPIO....... 22
4.1 Lavagem e preparação de lâminas de microscópio................................................. 22
4.2 Conservação de lâminas de microscópio..................................................................... 23
5. CAPÍTULO 5 PREPARAÇÃO DAS LÂMINAS DE SANGUE....................................... 26
5.1 Gota Espessa........................................................................................................................... 26
5.2 Esfregaço.................................................................................................................................. 26
5.3 Preparação de gota espessa e esfregaço de sangue................................................ 27
5.4 Falhas comuns na preparação de esfregaços de sangue....................................... 30
5.4.1 Esfregaços de sangue mal posicionados.................................................................. 30
5.4.2 Muito sangue...................................................................................................................... 31
5.4.3 Pouco sangue..................................................................................................................... 31
5.4.4 Lâminas gordurosas......................................................................................................... 32
5.4.5 Extremidade da lâmina espalhador lascada............................................................ 32
5.4.6 Outros problemas: na preparação, recolha ou armazenamento .................... 33
6. CAPÍTULO 6 COLORAÇÃO DAS LÂMINA DE SANGUE.......................................... 36
6.1 Água tamponada.................................................................................................................. 36
6.2 Coloração por Giemsa......................................................................................................... 36
6.2.1 Diluição a 10%.................................................................................................................... 37
6.2.2 Diluição a 3%....................................................................................................................... 37
6.2.3 Descrição método coloração por Giemsa................................................................ 37
6.2.4. Cuidados a ter com Solução Stock Giemsa concentrada................................... 37
7. CAPÍTULO 7 O MICROSCÓPIO.................................................................................. 40
7.1 Componentes do microscópio binocular composto............................................... 40
7.2 Uso da objectiva de imersão em óleo........................................................................... 43
7.3 Cuidados com microscópio............................................................................................... 44
7.3.1 Remoção de pó e gordura.............................................................................................. 44
7.3.2 Prevenção de crescimento de fungo.......................................................................... 45
7.4 Transporte do microscópio............................................................................................... 45
8. CAPÍTULO 8 ELEMENTOS FIGURADOS NORMAIS DO SANGUE.......................... 48
8.1 Eritrócito, Glóbulos Vermelhos ou Hemácias.............................................................. 48
8.2 Leucócito ou Glóbulo Branco........................................................................................... 49
8.2.1 Leucócitos polimorfo nucleares................................................................................... 49
8.2.2 Leucócitos mononucleares............................................................................................ 50
8. 3 Plaquetas................................................................................................................................ 50
8.4 Sangue em gota espessa corada com Giemsa........................................................... 51
9. CAPÍTULO 9 PARASITAS DA MALÁRIA.................................................................... 54
9.1 Características do parasita da malária........................................................................... 54
9.2 Estadio Trofozoíto................................................................................................................. 55
9.3 Estadio Esquizonte............................................................................................................... 56
9.4 Estadio Gametócito.............................................................................................................. 57
9.5 Espécies que causam malária humana......................................................................... 57
9.6 Aparência De Espécies De Parasitas No Esfregaço................................................... 58
9.7 Aparência de espécies de parasitas na Gota Espessa.............................................. 59
10. CAPÍTULO 10 CONTAMINANTES E ARTEFACTOS................................................ 64
10.1 Artefactos e Contaminações Frequentes................................................................... 64
11. CAPÍTULO 11 MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO DE PARASITAS........................ 68
11.1 Determinação densidade parasitaria gota espessa............................................... 68
12. CAPÍTULO 12 REGISTOS.......................................................................................... 72
12.1 Registo do Paciente no Livro.......................................................................................... 72
12.2 Modelo De Registo Dos Resultados Dos Exames................................................... 73
12.2.1 Resultados positivos por microspopia.................................................................... 73
12.2.2 Resultados negativos por microspopia.................................................................. 73
12.2.3 Resultados por TDR........................................................................................................ 74
13. CAPÍTULO 13 TESTE RÁPIDO DE DIAGNÓSTICO................................................. 77
13.1 Fundamento . ...................................................................................................................... 77
13.2 Onde e Quando Utilizar .................................................................................................. 78
14. CAPÍTULO 14 OUTROS MÉTODOS DIAGNÓSTICO DA MALÁRIA..................... 81
14.1 Diagnóstico Reacção Em Cadeia Da Polimerase (PCR)......................................... 81
14.2 Detecção De Antigénios Do Plasmodium ................................................................ 81
ou Detecção de Anticorpos Por Provas Serológicas.............................................
14.3 Radioimunoensaio............................................................................................................. 81
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................... 84
ANEXOS............................................................................................................................ 85
1. Plasmodium spp- Estadios dos parasitas no sangue em Esfregaço .................... 86
2. Plasmodium spp- Estadios dos parasitas no sangue em Gota Espessa............... 90
4 | MANUAL DE FORMAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA MALÁRIA EM ANGOLA
EQUIPA
TÉCNICA
Filomeno Fortes
*DNSP/PNCM
Rafael Dimbu
DNSP/PNCM
Carolina Miguel
DNSP/PNCM
1 - WHO (2010); Basic Malaria Microscopy: Part 1. Learner’s guide, second Edition. 2010
6 | MANUAL DE FORMAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA MALÁRIA EM ANGOLA
MANUAL DE FORMAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA MALÁRIA EM ANGOLA | 7
CAPITULO 1
INTRODUÇÃO
CAPITULO 2
CICLO BIOLÓGICO DO PARASITA
i = Fase Infecciosa
Fases no Fígado Humano
d = Fase Diagnosticante
Hepatócito
Hepatócito
Infectado
Fases no Mosquito
2
12 Lise 1 i A
Refeição sanguínea
(injecção de esporozoítos)
Ciclo exo-eritrocítico
11 Oocisto
Libertação
i de Esq. Lisado
esporozoitos 4 3
Esquizonte
C
Fases no Sangue Humano
Ciclo Esporogónico Trofozoíto imaturo
5 (fase de anel)
10 Oocinete 8
Refeição sanguínea d
(injecção de gametócitos)
Macrogametócito
B
Ciclo Eritrocítico d
Trofozoíto
Entrada do 9 maduro
P. falciparum
microgâmeta 6
no macrogâmeta Microgametócito
Lise
exflagelado
d
7
Gametócito d Esquizonte 7
P . vivax Gametócitos
P . ovale
P . malariae
CAPÍTULO 3
BIOSSEGURANÇA
Preparações:
• 1% (Para 100ml: 1 ml de lixívia concentrada + 99 ml de água)
Instruções:
• Lavar as mãos antes de calçar as luvas e depois de as retirar;
• Lavar a luva com lixívia 1% entre a colheita de sangue de um paciente para outro;
• Enxaguar as luvas com água limpa, e secar a luva com papel antes de atender
outro paciente;
• Nunca colocar as mãos ou canetas no rosto, boca, e nariz com luvas ou mãos
sujas;
• Limpar sempre as superfíces das bancadas com lixívia a 10%, assim como na
desinfestação de outros materiais sólidos ou líquidos para descarte;
• Desinfectar com lixívia concentrada as superfícies com salpicos e derrames de
materiais biológicos.
14 | CAPÍTULO 3 - BIOSSEGURANÇA
• Deite fora seringa e todo material que perfura em recipientes DUROS e FECHADOS.
Usar sacos apropriados para o lixo sanitário.
CAPÍTULO 4
LIMPEZA E CONSERVAÇÃO
DE LÂMINAS DE MICROSCÓPIO
5. Segurar as lâminas pelos bordos para evitar manchar com a gordura dos dedos
e guardar em caixas limpas com tampa.
6. Para razões de controlo de qualidade, em cada rótulo deverá ser escrito o nome
da pessoa responsável pela limpeza e data.
CAPÍTULO 5
PREPARAÇÃO DAS LÂMINAS DE SANGUE
5.2 ESFREGAÇO
Contudo, por requer menos quantidade de sangue espalhada numa única camada
o esfregaço de sangue ocupa maior área da lâmina, dificultando o encontro dos
eritrócitos parasitados. Assim, não é o indicado para o diagnóstico inicial principalmente
em pacientes com parasitémias baixas tão mais concentrados na gota que no esfregaço
e são mais fáceis de ver e contabilizar.
O MÉTODO2
2 - ( WHO (2009). Bench aids for malaria microscopy. Geneva, World Health Organization
3 - WHO (2010); Basic Malaria Microscopy: Part 1. Learner’s guide, second Edition. 2010
MANUAL DE FORMAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA MALÁRIA EM ANGOLA | 21
Figura 16
Fonte: PNCM Angola
MANUAL DE FORMAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA MALÁRIA EM ANGOLA | 23
Figura 17
Fonte: PNCM Angola
Figura 18
Fonte: PNCM Angola
24 | CAPITULO 5 - PREPARAÇÃO DAS LÂMINAS DE SANGUE
Figura 19
Fonte: PNCM Angola
Figura 20
Fonte: PNCM Angola
MANUAL DE FORMAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA MALÁRIA EM ANGOLA | 25
CAPÍTULO 6
COLORAÇÃO DAS LÂMINA DE SANGUE
7,2. Para cada volume de 100 ml, preparar uma solução corante de Giemsa de 10%,
adicionando 10ml de solução stock de Giemsa a 90ml de água tamponada.
6.2.2 Diluição a 3%
O método é económico porque se usa muito menos corante. A diluição é feita
utilizando um stock de Giemsa concentrado com água tamponada ou destilada
com um pH entre 7,0 a 7,2. Para cada volume de 100 ml, preparar uma solução
corante de Giemsa de 3%, adicionando 3ml de solução stock de Giemsa a 97ml de
água tamponada.
CAPÍTULO 7
O MICROSCÓPIO
1.Tubo principal e
tubo do corpo
2. Revólver
ou porta
objectivas
9. Coluna ou Braço
3.Objectivas
10. Parafuso
4. Platina macrométrico
mecânica
6. Fonte de
Iluminação
7. Base ou pé
3. Objectivas
Ampliam a imagem do objecto a ser observado, através do sistema de lentes que
a compõem. Cada microscópio tem geralmente uma objectiva x10, x40 e x100. A
objectiva de x100 é chamada de “objectiva de imersão em óleo”.
Os solventes tais como álcool, xilol e acetona não devem ser usados para limpar as
objectivas sob risco de dissolver a cola que mantém a lente no lugar.
4. Platina mecânica
A platina mecânica que segura a lâmina a observar ao mesmo tempo permite
que a lâmina seja movida. Contém uma escala - escala Vernier que deve ser usada
para registar partes do esfregaço que devem ser reexaminadas, ou mostradas a outros
laboratoristas durante o exame microcópico.
6. Fonte de Iluminação
Existem dois tipos de fontes luminosas: uma lâmpada (iluminação artificial), ou
um espelho que reflecte a luz solar (iluminação natural). Destinam-se à iluminação da
preparação, possibilitando a sua visualização.
7. Base ou pé
Suporta o microscópio, assegurando a sua estabilidade .
30 | CAPITULO 7 - O MICROSCÓPIO
8. Oculares
A ocular encaixa dentro da extremidade superior do tubo principal e o microscopista
olha através dela quando utiliza o microscópio. Capta a imagem ampliada pela objectiva,
ampliando-a, através do seu sistema de lentes e permitindo a sua observação pelo
olho humano. As oculares mais usadas são as de ampliação 10X.
A ampliação total dada pelo microscópio é igual ao produto do valor da ampliação
da objectiva pelo valor da ampliação da ocular. No exemplo de se ter oculares de
x10 e uma objectiva de x100, o aumento total da amostra seria de 10 x 100 = 1000
micrometros. As oculares estão disponíveis numa gama de poderes, a partir de x5 a
x25 ou mesmo x30. Na microscopia de malária, é usada rotineiramente uma gama de
x7 a x10. O mais comummente usado hoje em dia é x10.
9. Coluna ou Braço
Peça fixa à base que forma um suporte rígido na qual estão aplicadas todas as
outras partes constituintes do microscópio.
Quando movimentar o microscópio fora da caixa deverá segurá-lo com as duas mãos,
uma apoiada na coluna e a outra mão na base do microscópio.
O transporte de microscópio para fora do laboratório deve ser feito devidamente
aparafusado no interior da sua caixa.
32 | CAPITULO 8 - ELEMENTOS FIGURADOS NORMAIS DO SANGUE
CAPÍTULO 8
ELEMENTOS FIGURADOS NORMAIS DO SANGUE
Citoplasma e grânulos
Eosinófilos
Os Eosinófilos perfazem 1-4% da contagem de glóbulos brancos totais numa
pessoa saudável. Os grânulos apresentam uma cor rosada viva ou alaranjada
(eosina) sendo um bom indicador da qualidade da coloração. O número de
eosinófilos pode aumentar drasticamente em doenças como a asma, helmintíase,
34 | CAPITULO 8 - ELEMENTOS FIGURADOS NORMAIS DO SANGUE
Basófilos
São células raras, perfazendo menos de 1% do total de leucócitos. Após
coloração Giemsa os seus grânulos no citoplasma são azuis ou malva.
Linfócitos
Perfazem 20-45% da contagem de glóbulos brancos totais. Podem ser
de dois tipos linfócitos grandes e linfócitos pequenos. Os seus núcleos de cor
malva profundo são grandes e cobrem quase toda a superfície do citoplasma.
O citoplasma cora de azul-água claro e pode conter alguns grânulos corados
de malva. Os linfócitos pequenos são ligeiramente maiores do que um glóbulo
vermelho normal.
8. 3.PLAQUETAS
Plaquetas
CAPÍTULO 9
PARASITAS DA MALÁRIA
Vacúolo Pigmento
(transparente) (castanho dourado até preto)
A malária é causada por cinco espécies de parasitas do género Plasmodio que infectam
o homem:
• Plasmodium falciparum é a espécie mais predominante em Africa. É responsável
pela maioria dos casos graves de malária e de morte.
• Plasmodium vivax é menos perigoso mas mais disperso.
• Plasmodium malariae é raro, encontrado em algumas partes do mundo
tropical.
• Plasmodium ovale é raro.
• Plasmodium knowlesi recentemente tem sido reportado no sudoeste asiático
infectando humanos, geralmente parasita macacos o que está dando espaço que
a malária pode ser considerada uma entidade zoonótica.
40 | CAPITULO 9 - PARASITAS DA MALÁRIA
Trofozoíto
Figura 31: Diferenciação de espécies de Plasmódio em gota espessa com base nos padrões do
citoplasma e pontilhado nos trofozoítos (coloração de Giemsa).
FONTE: WHO (2010); Basic Malaria Microscopy: Part 1. Learner’s guide, 2nd Edition
Lembre-se:
Identificar uma lâmina positiva como “negativa” é um diagnóstico
erróneo. Significar que o diagnóstico da malária foi mal feito, e
pode ser dado ao paciente um tratamento errado. Se a malária foi
devida a P. falciparum, o estado do paciente pode piorar e morrer.
42 | CAPITULO 9 - PARASITAS DA MALÁRIA
Trofozoítos de Pv Esquizontes de Pv
CAPÍTULO 10
CONTAMINANTES E ARTEFACTOS
3 - in Basic Malaria Microscopy: Part 1. Learner’s guide, second Edition. WHO 2010
MANUAL DE FORMAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA MALÁRIA EM ANGOLA | 45
VÁRIAS ORIGENS
BACTÉRIAS
ESPOROS
CAPÍTULO 11
MÉTODOS DE QUANTIFICAÇÃO DE PARASITAS
Método:
1. Conte campo por campo o número de parasitas observados na gota espessa num
contador e o número de leucócitos noutro contador
FÓRMULA:
Nº de Parasitas/µL de sangue = Nº de parasitas contados x 8000
Nº leucócitos contados
48 | CAPITULO 12 - REGISTOS
CAPÍTULO 12
REGISTOS
Todas as informações referentes ao paciente devem ser registadas para que possam
facilitar o rastreio das mesmas.
As informações são armazenada no livro de registo (ou banco de dados
no computador), e necessitam de formulários especialmente concebidos, que
normalmente incluem dados como:
• Número do paciente que deve ser o número da lâmina;
• Nome, género e idade do paciente;
• Morada onde o paciente pode ser contactado;
• Resultados do exame.
Os dados essenciais devem ser registados num computador ou livro de registo diário.
Note que:
• É obrigatório determinar a densidade parasitária e reportar o
estadio de desenvolvimento e a espécie do parasita da malária
no resultado para o médico.
• As formas sexuadas dos plasmódios (Gametócitos) são
contabilizadas separadamente das formas assexuadas,
usando a mesma metodologia (Ver. Capitulo 11) e devem ser
reportadas
• As infecções mistas (presença de mais de que uma espécie de
plasmódio no sangue) devem igualmente ser reportadas.
CAPÍTULO 13
TESTE RÁPIDO DE DIAGNÓSTICO
Foi em 1986, que uma proteína rica em histidina, denominada Pf-HRP2, foi
identificada no Plasmodium falciparum e posteriormente, foi verificada a sua presença
no plasma de pacientes agudamente infectados com Plasmodium falciparum. A partir
de 1993, houve grande desenvolvimento de testes imunocromatográficos baseados
na captura qualitativa da Pf-HRP2. A desvantagem do método baseado na captura
qualitativa da Pf-HRP2, é a permanência da proteína circulante por tempo prolongado
(2 ou mais semanas após a morte dos parasitas), dando resultado positivo em indivíduos
já tratados da doença.
Mais recentemente, métodos de diagnóstico rápido da malária foram desenvolvidos
utilizando anticorpos mono e poli clonais dirigidos contra a proteína Pf-HRP2 e contra a
enzima lactacto desidrogenase (pDHL) presente nas quatro espécies de plasmódio.
O princípio da Imunocromatografia: a amostra de sangue, flui pela membrana
localizada no interior da placa, depois de adicionar a solução tampão (solução anti-Pf-
HRP2, ou pDHL adicionada a um conjugado). Deste complexo, atinge a região do teste,
onde e imobilizado pela proteína, formando uma banda colorida cor-de-rosa quando
o resultado é positivo.
Se não existir a banda colorida na região do teste, a imigração do fluido e continua,
indicando o resultado negativo, e imobiliza-se na região do controlo, formando outra
banda cor-de-rosa confirmando a validade do teste.
52 | CAPITULO 13 - TESTE RÁPIDO DE DIAGNÓSTICO
Recentemente, têm sido produzidos uma série de testes Rápidos para o Diagnóstico
da Malária. Entre estes incluem-se: Paracheck, ICT, OptiMal, SD- Bioline com diferentes
sensibilidades e especificidades para com os parasitas.
O teste rápido de eleição em Angola, é o SD BIOLINE Malaria AgP.f/P.v. É
um teste de detecção diferencial de HRP-2 específica de Pf e pLDH específica
de Pv em sangue total.
A sensibilidade 4 do teste e de 99.7% e 95.5% (Pv) A especificidade 5 e de
99.5% para ambos
O uso racional dos testes rápidos é muito importante para o bom manuseamento
dos mesmos, tendo em conta o seu alto custo financeiro e o grande défice de cobertura
por microscopia na maioria dos laboratórios do país.
Assim o Programa Nacional de Controlo da Malária, orienta sob a forma mais rentável
da utilização dos testes rápidos:
• Os TDR devem ser utilizados nas unidades sanitárias que não dispõem de
equipamento para diagnóstico microscópico, como postos de saúde e centros de
saúde sem laboratório, e quando se pretende medir o nível de endemicidade de
uma determinada região ou em situações de epidemia
• Nos locais em que há condições para diagnóstico microscópico, os TRD deverão
ser usados apenas em casos de urgência ou de confirmação do diagnóstico.
4 - Sensibilidade: capacidade de um teste para originar um resultado positivo quando utilizado numa população
infectada. É a proporção de resultados positivos correctamente identificados pelo método.
5 - Especificidade: capacidade de um teste para produzir um resultado verdadeiramente negativo quando utilizado em
uma população não infectada. É a proporção de resultados negativos correctamente identificados pelo método. Em
oposição a sensibilidade, a especificidade é uma medida do quão bem os negativos são detectados.
MANUAL DE FORMAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA MALÁRIA EM ANGOLA | 53
CAPÍTULO 14
OUTROS MÉTODOS DIAGNÓSTICO DA MALÁRIA
O diagnóstico biológico da Malária, não é apenas feito com o uso da microscopia e dos
testes rápidos, outros métodos também foram desenvolvidos e estão sendo largamente
utilizados principalmente em pesquisa científicas tendo em conta o seu alto custo.
14.3 RADIOIMUNOENSAIO
Este método utiliza sondas de DNA do Parasita. Trata-se duma prova de grande
complexidade e de elevado custo operativo.
Estes testes têm a vantagem de diferenciado Plasmodium falciparum das demais
espécies, as quais são identificadas como não Plasmodium falciparum.
54 | CAPITULO 14 - NOTAS
NOTAS
MANUAL DE FORMAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA MALÁRIA EM ANGOLA | 55
NOTAS
56 | Referências Bibliográficas
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
A informação contida neste documento foi extraída de cinco fontes principais :
PLASMODIUM FALCIPARUM
Estádios dos parasitas no sangue, Esfregaço
PLASMODIUM MALARIAE
Estádios dos parasitas no sangue, Esfregaço
Ilustração: Coatney GR, Collins WE,Warren M, Contacos PG. The Primate Malarias. U.S. Department of Health, Education and Welfare, Bethesda, 1971.
60 | ANEXOS - Plasmodium spp- Estadios dos parasitas no sangue em Esfregaço
PLASMODIUM OVALE
Estádios dos parasitas no sangue,
Ilustração: Coatney GR, Collins WE,Warren M, Contacos PG. The Primate Malarias. U.S. Department of Health, Education and Welfare, Bethesda, 1971.
MANUAL DE FORMAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA MALÁRIA EM ANGOLA | 61
PLASMODIUM VIVAX
Estádios dos parasitas no sangue, Esfregaço
Ilustração: Coatney GR, Collins WE,Warren M, Contacos PG. The Primate Malarias. U.S. Department of Health, Education and Welfare, Bethesda, 1971.
62 | ANEXOS - Plasmodium spp- Estadios dos parasitas no sangue em Gota Espessa
PLASMODIUM FALCIPARUM
Estádios do Parasita no Sangue, Gota Espessa
1: Trofozoítos Pequenos
2: Gametócito - Normal
3: Gametócito - Ligeiramente
anómalo
4: Gametócito arredondado.
5: Gametócito destruído.
6: Núcleo do Leucócito
7: Plaquetas
8: Restos celulares de um
eritrócito joven
PLASMODIUM MALARIAE
Estádios do Parasita no Sangue, Gota Espessa
1: Trofozoítos pequenos
2: Trofozoítos em crescimento.
3: Trofozoítos maduros.
4, 5, 6: Esquizontes imaturos
com vários graus de divisão da
cromatina.
7: Esquizontes Maduros.
8: Núcleo do Leucócito .
9: Plaquetas.
10: Restos celulares de eritrócitos
jovens.
PLASMODIUM OVALE
Estádios do Parasita no Sangue, Gota Espessa
1: Trofozoíto pequeno.
2: Trofozoíto em crescimento.
3: Trofozoíto maduro.
4: Esquizontes.
5: Gametócitos.
6: Núcleo de Leucócito.
7: Plaquetas.
PLASMODIUM VIVAX
Estádios do Parasita no Sangue, Gota Espessa
1: Trofozoítos ameboides.
2: Esquizonte - 2 divisões de
cromatina
3: Esquizonte Maduro
4: Microgametócito
5: Plaquetas
6: Núcleo do Neutrófilo
7: Eosinofilo
8: Plaqueta associada com restos
celulares de eritrócitos jovens.
Nome ou Número de
Identificação do Paciente
Data
Hora
Linha
de Controlo
Janela de
Linha
NOTE BEM Resultados
de Teste
Durante os 15 minutos entre a adição do tampão
de ensaio e a leitura dos resultados, a janela de
resultados poderá transparecer uma tonalidade
avermelhada ou aparente vermelho vinho. Isto é Poço de
absolutamente normal: Amostragem
Poço de
Tampão
POSITIVO
LINHA DE CONTROLO – PRESENTE
LINHA DE TESTE – PRESENTE EM QUALQUER GRAU DE INTENSIDADE
POSITIVO para
P. falciparum
IN VÁ LIDO
LINHA DE CONTROLO – AUSENTE FRACO POSITIVO
LINHA DE TESTE – AUSENTE OU PRESENTE para
Não reporte ou considere resultados inválidos. P. falciparum
Repita o teste com um novo dispositivo de teste.
N EGA TIVO
LINHA DE CONTROLO – PRESENTE NEGATIVO
LINHA DE TESTE – AUSENTE Somente
a Linha de Controlo