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Brazilian Journal of Health Review 11434

ISSN: 2595-6825

A importância da atenção farmacêutica diante do aumento da prescrição e


uso indiscriminado de ansiolíticos com foco nos Benzodiazepínicos e na
Passiflora Incarnata L.

The importance of pharmaceutical care before the increased prescription


and indiscriminate use of anxiolytics, focusing on Benzodiazepinenics and
Passiflora Incarnata L.

DOI:10.34119/bjhrv5n3-286

Recebimento dos originais: 14/02/2022


Aceitação para publicação: 28/03/2022

Kelly Viviane dos Santos Silva Botelho


Graduada em Farmácia
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU)
Endereço: Av. Sen. Salgado Filho, s/n, Centro, Paulista - PE
E-mail: [email protected]

Rosângela Maria Silva


Graduada em Farmácia
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU)
Endereço: Av. Sen. Salgado Filho, s/n, Centro, Paulista - PE
E-mail: [email protected]

Larissa Maria Barreto de Medeiros Trigueiros


Doutora em Biologia Vegetal
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU)
Endereço: Av. Sen. Salgado Filho, s/n, Centro, Paulista - PE
E-mail: [email protected]

Polyana Bezerra Souto Santos


Mestre em Ciências Farmacêuticas
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU)
Endereço: Av. Sen. Salgado Filho, s/n, Centro, Paulista - PE
E-mail: [email protected]

Maria Joanellys dos Santos Lima


Mestre em Ciências Farmacêuticas
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU)
Endereço: Av. Sen. Salgado Filho, s/n, Centro, Paulista - PE
E-mail: [email protected]

Marcela Vieira leite


Doutora em Ciências Biológicas
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU)
Endereço: Av. Sen. Salgado Filho, s/n, Centro, Paulista - PE
E-mail: [email protected]

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 5, n. 3,p.11434-11456, may./jun., 2022.


Brazilian Journal of Health Review 11435
ISSN: 2595-6825

RESUMO
O Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo, quase 10% da sua população possui
transtorno de ansiedade, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Diante disso, houve
um aumento no uso de fármacos para o tratamento da ansiedade, tanto sintéticos, sendo os
benzodiazepínicos os mais utilizados, como naturais, como a planta medicinal Passiflora
incarnata L. ambos atuam no Sistema Nervoso Central (SNC) e são considerados seguros e
eficazes, mas, seu uso indevido poderá acarretar reações adversas, farmacodependência e
abstinência. O intuito dessa pesquisa é demonstrar os benefícios e riscos da utilização desses
fármacos e a importância da atenção farmacêutica diante da administração desses no tratamento
da ansiedade. O estudo trata-se de uma revisão de literatura através de buscas feitas nas
seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual de Saúde, Google Acadêmico, PubMed e SciELO,
foram usadas 43 publicações entre, artigos, dissertações, livros e cartilhas, dentre os anos de
2012 a 2021. Como resultados foram encontrados na literatura os principais benzodiazepínicos
utilizados, sendo o clonazepam o campeão de uso, foram constatados os efeitos benéficos no
tratamento da ansiedade, mas também, os efeitos adversos e a necessidade do desmame, para
isto, pode ser indicado um fitoterápico como a planta Passiflora incarnata, mas, sua
administração também deve ser feita com cautela, visto que, também pode apresentar reações
adversas e interações medicamentosas. Por fim, a pesquisa corrobora a importância de se
promover a farmacoterapia racional, evitando possíveis complicações, através da orientação e
acompanhamento farmacêutico.

Palavras-chave: ansiedade, assistência farmacêutica, automedicação, sistema nervoso central,


medicamentos fitoterápicos.

ABSTRACT
Brazil is considered the most anxious country in the world, almost 10% of its population has
anxiety disorder, according to the World Health Organization (WHO). In view of this, there has
been an increase in the use of drugs for the treatment of anxiety, both synthetic, being
benzodiazepines the most used, and natural, such as the medicinal plant Passiflora incarnata L.
Both act on the Central Nervous System (CNS) and are considered safe and effective, but their
misuse may cause adverse reactions, drug dependence and withdrawal. The purpose of this
research is to demonstrate the benefits and risks of the use of these drugs and the importance of
pharmaceutical care in the administration of these drugs in the treatment of anxiety. The study
is a literature review through searches made in the following databases: Virtual Health Library,
Google Scholar, PubMed and SciELO. 43 publications were used, among articles, dissertations,
books and primers, between the years 2012 and 2021. As results were found in the literature
the main benzodiazepines used, being clonazepam the champion of use, the beneficial effects
were found in the treatment of anxiety, but also the adverse effects and the need for weaning,
for this, a herbal medicine can be indicated as the plant Passiflora incarnata, but its
administration must also be done with caution, since it can also present adverse reactions and
drug interactions. Por fim, a pesquisa corrobora a importância de se promover a farmacoterapia
racional, evitando possíveis complicações, através da orientação e acompanhamento
farmacêutico.

Keywords: anxiety, pharmaceutical assistance, self-medication. central nervous system,


phytotherapeutic drugs.

Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 5, n. 3,p.11434-11456, may./jun., 2022.


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ISSN: 2595-6825

1 INTRODUÇÃO
A ansiedade é uma reação emocional que nos ajuda a detectar riscos e/ou ameaças
adotando critérios para enfrentá-las, porém, é considerada patológica quando se apresenta de
forma excessiva, intensa, contínua e desproporcional, provocando desconforto (BARCELLOS
et al., 2017), trazendo consigo alguns sintomas como apneia, taquicardia, tremores, sudorese,
calafrios, tontura, dor, tensão muscular, fraqueza, entre outros (CLARK; BECK, 2012). Tem
sido apontada como o mal do século XXI, nos últimos anos houve um aumento exponencial de
pessoas acometidas por este mal. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em
2015, o transtorno de ansiedade atingiu por volta de 3,6% da população mundial. O continente
americano possui a maior prevalência, tanto em homens, quanto em mulheres, sendo este último
grupo com maior hegemonia. O Brasil é apontado como o país de destaque ao possuir por volta
de 9,3% da população acometida por este transtorno, sendo, portanto, considerado o país mais
ansioso do mundo.
A ansiedade está associada a diversos contextos de vida, fatores como o advento do
mundo mais moderno, dinâmico e tecnológico, contribuem ainda mais para esse acréscimo nas
estatísticas sobre transtornos de ansiedade (FERNANDES et al., 2018). Outro fator que
acarretou também no aumento da ansiedade no Brasil foi o período pandêmico em que o país
se encontra. Por volta de dois anos o Brasil vem enfrentando a pandemia do coronavírus, com
elevados números de pessoas infectadas e mortas pelo vírus, um estudo que fora realizado
através de um questionário eletrônico com adultos e idosos revelou que cerca de mais de 50%
de brasileiros se sentiram nervosos e ansiosos durante esse período (BARROS et al., 2020).
Diante disso, nos últimos anos houve também o aumento da prescrição e uso
indiscriminado de ansiolíticos, e a classe de fármacos ansiolíticos sintéticos que mais se
destacam e se utilizam para o tratamento da ansiedade são os benzodiazepínicos, pois tem uma
excelente eficácia terapêutica e baixo índice de intoxicação, quando comparado com outras
classes como, por exemplo, os barbitúricos (NUNES; BASTOS, 2016).
Os benzodiazepínicos atuam no Sistema Nervoso Central (SNC) através da ligação ao
receptor GABAA, a interação entre o GABAA e o fármaco causa a hiperpolarização da célula
através do aumento da passagem de cloreto, diminuindo assim, a excitabilidade nervosa
(CARVALHO; RODRIGUES; GOLZI, 2016). Os benzodiazepínicos são classificados de
acordo com sua meia vida plasmática: os de longa ação, como, o diazepam e o flurazepam; os
de ação intermediária, como o bromazepam, alprazolam, clonazepam e lorazepam; e os de curta
ação, como midazolam e triazolam (FARIA et al., 2019). Apesar da sua segurança e eficácia,
como todo fármaco, possuem efeitos colaterais, o uso prolongado, indiscriminado desses

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medicamentos e a automedicação podem acarretar em diversas consequências como


intoxicação, dependência e abstinência (NUNES; BASTOS, 2016).
Nos últimos anos além dos fármacos sintéticos como os benzodiazepínicos, uma
alternativa que vem sendo bastante usada para o combate da ansiedade são os medicamentos
fitoterápicos, e um dos mais usados é a espécie Passiflora incarnata, que contém alcalóides e
flavonóides, substâncias que estão relacionadas diretamente à sua atividade farmacológica,
sendo responsável pelo seu efeito sedativo e tranquilizante (PESSOLATO et al., 2021).
Assim como os benzodiazepínicos, a espécie Passiflora incarnata deve ser usada de
forma racional, pois apesar de se tratar de uma substância natural, seu uso indiscriminado
poderá trazer danos à saúde, causados principalmente, através de interações, pois, se utilizada,
junto a outros medicamentos como os benzodiazepínicos terá uma ação sinérgica, gerando uma
sonolência excessiva, da mesma forma se utilizada ao mesmo tempo com álcool e outras drogas
sedativas. Outra interação preocupante é se for usada junto a antiplaquetários, anticoagulantes,
anti-inflamatórios, poderá causar sangramentos (SANTANA; SILVA, 2015).
A pesquisa tem como foco avaliar o uso dos ansiolíticos benzodiazepínicos e
Passiflora incarnata de forma prescrita e indiscriminada, investigar seus benefícios e os
potenciais riscos derivados da utilização desses medicamentos, assim como, buscar alternativas
através da atenção farmacêutica por meio de ações e informações relevantes que venham
contribuir para o uso racional, verificar uma possível intercambialidade ou até mesmo o
desmame desses fármacos. Ademais, analisar e descrever a importância da atenção
farmacêutica no controle e utilização desses medicamentos.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 TRANSTORNO DE ANSIEDADE
A ansiedade é um estado emocional composto por fatores psicológicos e fisiológicos,
que podem ser benéficos ou danosos à saúde humana, todavia, isso dependerá das condições
e/ou da intensidade que ela se manifesta, podendo, portanto, atingir as funções mentais e físicas
(SILVA et al., 2019). Levando em consideração esta afirmação, a ansiedade pode ser algo
positivo quando ativa nosso instinto de sobrevivência e nos ajuda a identificar e reagir ao perigo
buscando a melhor forma de evitá-lo ou combatê-lo, contudo se torna algo maléfico quando
passa a ser algo descontrolado, exagerado e duradouro, trazendo incômodo, desânimo e
sofrimento ao indivíduo, tornando-se, portanto, um transtorno, que muitas vezes o impede de
realizar suas atividades rotineiras (SILVA et al., 2019).

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Um levantamento feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no ano de 2015,


demonstra que por volta de 3,6% da população mundial possui o transtorno de ansiedade, sendo
mais comum entre mulheres (4,6%) do que em homens (2,6%). A maior prevalência mundial
está no coninente americano, onde 7,7% das mulheres e 3,6% dos homens sofrem desse
trantorno. Ainda de acordo com a OMS o Brasil é considerado o país de destaque, onde cerca
de 9,3% da população possui o transtorno de ansiedade, sendo desta forma, visto como o país
mais ansioso do mundo.
O transtorno de ansiedade vem aumentando consideravelmente nos últimos anos e
diversos são os motivos para tal. Ainda criança, pode ocorrer devido ao medo e preocupações
excessivas ocasionadas por genética ou por condições ambientais e caso a ansiedade não seja
descoberta precocemente, tratada de forma apropriada e de imediato, poderá se tornar crônico
e acompanhará durante toda a vida. Nos adolescentes, advêm por medo de se apresentar em
público, por exposição a traumas, frustrações ou por não atingir suas metas e objetivos. Nos
adultos e idosos, problemas de saúde, financeiros, desilusões amorosas e profissionais, são os
contratempos mais comuns que os levam ao transtorno de ansiedade. Diante disso, percebe-se
que o transtorno de ansiedade se torna uma das maiores preocupações clínicas, visto que, seu
aumento diante da sociedade brasileira atual é detectável e encontrado em todas as faixas etárias
sem distinções e é ocasionada por diversos fatores (SILVA et al., 2019).
Diante do cenário pandêmico atual (pandemia do novo coronavírus), o transtorno de
ansiedade atingiu a população mundial trazendo efeitos psíquicos devastadores motivados pelo
medo em contrair a doença, pela demanda de informações e dados negativos, devido ao
chamado “novo normal” e futuro incerto. Frente a este contexto, no Brasil não fora diferente.
Os números elevados de pessoas acometidas pela doença e mortes causadas por ela, além de
uma adaptação ao um novo cotidiano e enfraquecimento da economia trouxe consigo um
crescimento na taxa de desemprego e aumento excessivo nos custos de mercadorias como
alimentos e produtos essenciais a sobrevivência. Tudo isso contribuiu ainda mais para o
aumento da ansiedade (SANTOS; SILVA; VASCONCELOS, 2021).
Na presença de um risco existente ou fictício (criado pela imaginação), a ansiedade ativa
o cérebro para que este reconheça o estímulo e acione o sistema nervoso autônomo ativando os
neurotransmissores capazes de preparar o corpo para receber o impulso, daí o corpo começa a
apresentar sinais físicos, como o aumento do fluxo sanguíneo, consequentemente, do oxigênio,
estes imprescindíveis para confrontar o risco, logo após, o corpo retorna a normalidade,
entretanto, quando isso não ocorre, em determinados casos, faz-se necessário a adoção de
psicotrópicos para que o mesmo volte a funcionar regularmente (SILVA et al., 2019). Partindo

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desse conceito, a ansiedade pode provocar diversos sintomas como: suor excessivo, taquicardia,
tremores, insônia, falta de ar, etc. Então, se esses não se normalizam logo após o estímulo da
ansiedade, podem levar a cardiopatias, depressão, síndrome do pânico, entre outras
comorbidades (FALCAO et al., 2020).
O crescimento significativo de diagnósticos de pessoas com transtornos psiquiátricos
causou o aumento do consumo de psicofármacos (SANTOS et al., 2018). Nos últimos anos no
Brasil e no mundo houve um aumento considerável no uso de medicamentos psicoativos,
devido ao grande aumento de problemas emocionais, causados por diversos acontecimentos
estressantes, como desemprego, doenças, perdas familiares, etc. (CANCELLA, 2012).

2.2 PSICOFÁRMACOS
Os psicofármacos, psicotrópicos e/ou fármacos psicoativos são substâncias químicas,
naturais ou sintéticas, que ao serem utilizadas agem diretamente no Sistema Nervoso Central
excitando, deprimindo ou gerando perturbações e alucinações, provocando modificações
comportamentais, de humor e cognição. Essas alterações provocadas pelo uso dos psicotrópicos
ocorrerão dependendo da droga que será utilizada pelo indivíduo e o fim específico dela
(MARIANO; CHASIN, 2019).
As substâncias psicotrópicas são classificadas de acordo com a ação que irá exercer no
sistema nervoso central, são divididos em: Ação excitatória ou psicoanalépticas, nessa, a
droga é capaz de estimular os sistemas neuronais acelerando a atividade mental, como exemplo,
tem-se: a cocaína, o tabaco e anfetaminas. Ação depressora ou psicolépticas, estas reduzem
a atividade mental, deixa o indivíduo lento com menos motricidade e concentração, exemplos:
álcool, benzodiazepínicos, barbitúricos, opiáceos (morfina, codeína, heroína), solventes ou
inalantes. Também os de ação perturbadora ou psicodislépticas e os de ação alucinógena,
que são aqueles capazes de causar desorientação, delírios e alucinações como é o caso da
maconha, êxtase e LSD. A ação destes poderá trazer benefícios equilibrando as atividades
psíquicas ou poderá causar sintomas desagradáveis (MARIANO; CHASIN, 2019).
Os psicoativos são substâncias que poderão atender às necessidades terapêuticas dos
indivíduos, mas, por possuir propriedade reforçadora, seu uso, principalmente de forma
indevida, poderá causar dependência química, eventos adversos, intoxicações e interações
medicamentosas e por isso devem ser utilizados de forma adequada e racional. (MINISTÉRIO
DA SÁUDE, 2019). O uso desses fármacos desencadeia uma preocupação, visto que, podem
trazer uma sensação de bem-estar ao indivíduo, lhe dando prazer ou aliviando as sensações
ruins e com isso aumenta a probabilidade da reutilização da droga e consequentemente, pode

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causar a dependência e a síndrome de abstinência na ausência dela, por isso é imprescindível


que seu uso seja feito de forma segura e correta (DUARTE et al., 2017).
No fim do século XX esses medicamentos eram dispensados pelo farmacêutico ou pelo
balconista da farmácia, facilitando o acesso e contribuindo para a dependência, mas, após
estudos e comprovação da nocividade desses medicamentos, quando utilizados
indiscriminadamente, foi estabelecido à regulamentação dessas substâncias, controlando sua
dispensação através da obrigatoriedade da apresentação e retenção de receita e pela
notificação no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC)
(FÁVERO; SATO; SANTIAGO, 2017). Esses fármacos são regulamentados pela Portaria nº
344 de 12 de maio de 1998 que estabelece que só poderão ser disponibilizados ao paciente com
a apresentação da receita médica e estas notificações de receitas são as do tipo "A3" (receita
amarela), "B1" e "B2" (receita azul) e todas com validade de 30 dias (MINISTÉRIO DA
SÁUDE, 2019).
Para tratamento da ansiedade, nos últimos anos houve um aumento relevante no uso de
psicotrópicos tanto no Brasil quanto no mundo e uma das classes de fármacos mais prescritas e
utilizadas são os ansiolíticos, sendo os benzodiazepínicos a classe mais consumida. Esses
fármacos possuem propriedade tranquilizante e uma boa eficácia terapêutica, o que facilita no
tratamento do transtorno de ansiedade, por este motivo, vem sendo clinicamente bastante
indicado (VIDEBECK, 2012).
Os ansiolíticos são fármacos que possui leve ação depressora do sistema nervoso central
com isso tem a finalidade de reduzir a ansiedade minimizando a intensidade dos sintomas como:
agitação, depressão e insônia (CANCELLA, 2012).

2.3 BENZODIAZEPÍNICOS
Uma das principais classes de psicotrópicos utilizados no tratamento da ansiedade é os
benzodiazepínicos, estes que possuem ação ansiolítica, hipnótica, relaxante muscular e
anticonvulsivante. É considerado um fármaco seguro, com poucos efeitos colaterais e de ação
rápida, todavia, podem trazer alguns prejuízos como a dependência química, tolerância e crises
de abstinência (CANCELLA, 2012). Quando se compara com outros medicamentos
psicoativos, além deles possuírem uma melhor eficácia terapêutica, também são bem menos
tóxicos, porém seu uso indevido poderá acarretar dependência (NUNES; BASTOS, 2019).
Outrora, os ansiolíticos que eram mais utilizados eram os meprobamatos e os
barbitúricos, porém, podiam causar efeitos graves como overdose e levar a pessoa a óbito, desta
forma, passaram a ser substituídos pelos benzodiazepínicos, justamente pela sua margem de

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eficácia e segurança, então, a chegada dos benzodiazepínicos traz consigo um grande avanço
no tratamento da ansiedade, diminuindo, portanto, os riscos de morte pelo uso dos psicotrópicos
(COSTA et al., 2020).
Entre as décadas de 1950 e 1960, surgiu o primeiro benzodiazepínico, o
clordiazepóxido, foi seguido, logo após, pelo diazepam, que foi sintetizado em 1963,
considerado até 10 vezes mais potente. Deste ponto em diante diversos outros fármacos foram
produzidos (LOPES et al., 2013). Esses medicamentos passaram a se chamar de
benzodiazepínicos por causa da sua estrutura química, formada por um anel aromático,
composto de quatro grupos substituintes principais que, mesmo sendo alterados, não impede a
sua ação farmacológica (OLIVEIRA; LOPES; CASTRO, 2015).
Os benzodiazepínicos na sua maioria têm terminações “pam” em sua nomenclatura, o
uso desse sufixo facilita sua identificação, os mais conhecidos são: bromazepam (Lexotan®),
clonazepam (Rivotril®), diazepam (Valium®), flunitrazepam (Rohypnol®), flurazepam
(Dalmadorm®) lorazepam (Lorax®), nitrazepam (Sonebon®), entre outros. O alprazolam
(Frontal®), o clordizepóxido (Psicosedin®) e o midazolam (Dormonid®), são algumas das
exceções (MOREIRA; BORJA, 2018).
Esses benzodiazepínicos possuem diversas propriedades, como já fora dito, entre elas:
ansiolítica, hipnótica, miorrelaxante e anticonvulsivante, contudo, uns são mais específicos para
o tratamento do transtorno de ansiedade, enquanto outros para as demais funções. Entre os mais
utilizados para o controle da ansiedade tem-se diazepam, clonazepam, lorazepam, alprazolam,
e o bromazepam. Eles são classificados de acordo com a função específica que eles atuam,
sendo assim, alguns fármacos são mais comumente prescritos como recurso terapêutico para o
transtorno de ansiedade (LOPES et al., 2013).
No decorrer dos anos, percebeu-se que o uso dos benzodiazepínicos por longo tempo
causava alguns efeitos indesejáveis como, por exemplo, sonolência, debilidade das funções
psicomotoras, deficiência de memorização e concentração. Pode-se ainda perceber que sua
ampla utilização levava a dependência fazendo com que a cessação do uso do medicamento se
tornasse algo muito difícil, induzindo o uso contínuo do fármaco para que desta forma se
evitasse uma crise de abstinência. Além disso, em alguns casos deu-se o desenvolvimento de
tolerância ao fármaco fazendo com que houvesse a necessidade de se administrar doses cada
vez mais alta para que assim atingisse o efeito terapêutico desejado (RIBEIRO, 2020).
Diante do aumento e da constância do uso dos benzodiazepínicos e dos problemas
causados pela sua utilização errada e/ou desajustada, provocando desconfortos, surgiu à
necessidade de se ter um controle sobre a dispensação dessas drogas. Hoje no Brasil, esse

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controle é realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) mediante


Portaria 344 de 12 de maio de 1998 (OLIVEIRA; LOPES; CASTRO, 2015).
A Portaria 344 de 12 de maio de 1998 categoriza os benzodiazepínicos em
substâncias psicotrópicas da lista B1, estas que são sujeitas a notificação de receita do tipo “B”,
receita de cor azul (Figura 1), que possui validade de 30 dias após sua prescrição, sendo sua
dispensação realizada exclusivamente pelo farmacêutico (MOREIRA; BORJA, 2018).

Figura 1. Notificação de Receita B para benzodiazepínicos preconizada pela portaria 344/98 da ANVISA.

Fonte: MOREIRA; BORJA (2018).

2.3.1 Farmacocinética
Os benzodiazepínicos podem ser administrados por via oral (mais comum), mas também
podem ser aplicados pela via intramuscular, intravenosa e transmucosa. Independente da via,
são rapidamente absorvidos devido sua elevada lipossolubilidade, favorecendo a sua
distribuição pelos tecidos e facilitando a passagem pela barreira hematoencefálica. Sua
absorção gastrointestinal ocorre cerca de 1 hora após a administração, isso se não houver
alguma interferência como, alteração no pH devido uso de outro fármaco ou alimento, que
poderão aumentar ou reduzir a absorção do fármaco (OLIVEIRA; LOPES; CASTRO, 2015).
A absorção desses psicofármacos por via oral é excelente, chegando a atingir uma
biodisponibilidade de até 100%. Com exceção do midazolam que, por via oral, tem menos de
50% de biodisponibilidade devido à enzima 3A5 do citocromo P450, presente no intestino. Por
isso, é preferível sua ministração por via intramuscular, assim como o lorazepam, que também
possui maior biodisponibilidade quando utilizado por esta via, sendo, portanto, apenas esses
dois fármacos administrados através deste meio (LOPES et al., 2013).

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A metabolização dos benzodiazepínicos acontece no fígado através da enzima


citocromo P450, essas substâncias são associadas ao ácido glicurônico e excretadas,
geralmente, pela via urinária em forma de glicuronídeo. A maioria desses fármacos são
metabolizados no fígado, entretanto, alguns por se conjugarem a glicuronídeos, sofrem
metabolismo extra-hepático, como, por exemplo, lorazepam e oxazolam, sendo estes mais
indicados para pacientes com distúrbios hepáticos. Já outros como, o diazepam e flurazepam,
possuem metabolismo tanto hepático como extra-hepático (MORAES; VELOSO, 2018;
LOPES et al., 2013).
A classificação dos benzodiazepínicos se dá de acordo com sua meia vida plasmática
que vai de curta a longa. Os de curta ação: midazolam e triazolam (2-4 horas), estes são mais
utilizados como indutores de sono; de ação intermédiária: alprazolam (6-12 horas),
bromazepam (8-19 horas); e os de longa ação: diazepam (20-40 horas), flurazepam (40-120
horas) muito utilizados em dose menores que as dos hipnóticos para o tratamento da ansiedade
já que ficam mais tempo no organismo (LOPES et al., 2013; OLIVEIRA; LOPES; CASTRO,
2015). Para se escolher um fármaco adequado que alcance o sucesso do tratamento para o qual
ele fora indicado leva-se muito em conta o tempo de meia-vida, além da afinidade dele pelo
receptor, pois afeta no período da sua ação (NUNES; BASTOS, 2016).
.
2.3.2 Farmacodinâmica
O mecanismo de ação dos benzodiazepínicos se fundamenta pela atuação seletiva nos
receptores GABAA, que é ativado pelo neurotransmissor inibitório GABA (ácido gama-
aminobutírico) intensificando, portanto, a transmissão sináptica inibitória. Os GABAA são
canais regulados por ligante, que é seletivamente permeável ao cloreto (Cl-). Sua interação com
o medicamento facilita a abertura de canais desse íon, consequentemente, aumenta a sua
passagem e com isso hiperpolariza a célula neuronal reduzindo assim sua excitabilidade (figura
2) (RANG et al., 2012).

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Figura 2. Ligação do fármaco ao receptor benzodiazepínico promovendo a abertura dos canais de Cl- e
hiperpolarizando o neurônio.

Fonte: LISBOA; COLLI (2021, p.1304).

2.3.3 Riscos de uso


Antigamente, o uso indevido dos benzodiazepínicos se dava por sua boa ação
terapêutica, baixa toxicidade e pela facilidade de adquiri-los, hoje, apesar de sua aquisição ser
feita mediante a apresentação de receita, existem alguns fatores que ajudam para seu uso
indevido como: indicação incorreta, automedicação, falta de informação e acompanhamento do
paciente, falsificação de receita, etc. (OLIVEIRA; LOPES; CASTRO, 2015).
Apesar de ser considerado seguro, os benzodiazepínicos, não diferente de outros
medicamentos, apresentam efeitos colaterais. Normalmente em doses usuais poderão levar a
sonolência, letargia, déficit de memória, já em uma superdosagem, pode provocar sono
prolongado ou até mesmo depressão respiratória grave (NUNES; BASTOS, 2016).
Os benzodiazepínicos devem ser prescritos para serem utilizados por um curto período,
na sua menor dose e descontinuação precoce possível, o ideal é que seja no máximo 4 semanas.
Seu uso prolongado poderá gerar tolerância sendo necessário adaptar a dose aumentando-a para
se alcançar a eficácia terapêutica. Com isso, ocasiona a dependência, que também pode ser
influenciada pelas características farmacológicas e a lipossolubilidade dos benzodiazepínicos,
sendo os de meia vida menor, como o alprazolam e lorazepam, os que possuem maior potencial
de dependência tudo isso dificulta a retirada do medicamento. A retirada dele não pode ser feita
de forma abrupta, deve ser feita de forma gradual, diminuindo a dose e alterando a posologia,

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realizando o desmame e/ou indicando uma nova proposta terapêutica (NUNES; BASTOS,
2016; CARVALHO; RODRIGUES; GOLZI, 2016).
Os benzodiazepínicos são contraindicados para gestantes e lactantes, pois, transpassam
a placenta e passam através do leite materno. O uso associado ao álcool ou a outros fármacos
como barbitúricos, antidepressivos, opioides, anti-histamínicos etc., podem potencializar os
principais efeitos. Podem ainda causar interações com antiácidos e alimentos reduzindo a
absorção, aumentar o metabolismo da carbamazepina, rifampina e dos corticosteróides ou
diminuir o da cimetidina, antifúngicos e anticoncepcionais orais (NUNES; BASTOS, 2016).

2.4 PASSIFLORA INCARNATA L


A fitoterapia é uma das terapias medicamentosas mais antigas, consiste em utilizar
plantas medicinais com objetivo de prevenir e tratar doenças. O uso dos fitoterápicos vem a
cada dia ganhando mais espaço, as pessoas estão procurando alternativas para diminuir a
agressividade que muitos medicamentos sintéticos causam no organismo, substituindo seu uso
por estes considerados naturais (SANTANA; SILVA, 2015). Os efeitos colaterais, reações
adversas e outras complicações levam o indivíduo a optar por outros meios de tratamento e os
fitoterápicos possuem propriedades farmacológicas que atendem de forma eficaz a proposta
terapêutica, além disso, são bem mais baratos e não necessitam de receita médica para adquirí-
los, facilitando o acesso ao fármaco (PESSOLATO et al., 2021).
Diante do aumento do transtorno da ansiedade nos últimos anos a busca por tratamentos
alternativos com foco em fitoterápicos também passou a ter destaque no mercado farmacêutico,
na procura justamente de fármacos que pudessem complementar ou substituir medicamentos
sintéticos com os mesmos fins terapêuticos. Entre os fitoterápicos mais comuns hoje utilizados
para o tratamento da ansiedade e que vem demonstrando ser uma boa escolha
farmacoterapêutica, tem-se a planta Passiflora incarnata, esta que vem apresentando eficácia e
segurança terapêutica e poucos efeitos adversos (ARAÚJO et al., 2020).
Assim como os benzodiazepínicos a planta Passiflora incarnata também conhecida
como maracujá-vermelho tem função neurofarmacológica ansiolítica, sedativa, antidepressiva,
anticonvulsivante e tratamento de abstinência. Em 1867, ela era usada na medicina popular
como sedativos e ansiolíticos, além disso, era usada na medicina clássica para insônia e a
irritabilidade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015; PESSOLATO et al., 2021).
O farmacógeno da espécie P. incarnata são as partes aéreas da planta, como, folhas e
caule (figura 3) estas que são usadas para produzir o fitofármaco. De acordo com as divisões
da planta é que se irá identificar a sua ação farmacológica, as partes áreas são as que possuem

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propriedades ansiolíticas e seus ativos são responsáveis pelo controle da ansiedade. Podem ser
encontrada em várias formas farmacêuticas, cápsulas, comprimidos, xaropes, dentre outras. É
administrada por via oral, sua ação se inicia entre 10 e 30 minutos após a administração, não
possui odor característico, mas tem leve sabor amargo. É constituída por muitos compostos
bioativos como passiflorina (esta semelhante à morfina), glicosídeos cianogênicos, saponinas,
flavonóides, alcalóides e outros, esses que contribuem para seus efeitos soníferos, calmantes e
sedativos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015; ARAÚJO et al., 2020; TORCHI; et al., 2014).

Figura 3. Passiflora incarnata L. A. Aspecto geral da planta, demonstrado as partes aéreas; B e C. Aspecto geral
das flores; D. Fruto.

Fonte: Phyto images. Disponível em: <http://www.phytoimages.siu.edu/>.

A ação da espécie vegetal Passiflora incarnata também ocorre no sistema nervoso


central com efeito depressor, onde acontece à inibição da enzima monoamina oxidase (MAO)
e a ativação dos receptores de GABAA e GABAB impedindo a captação do neurotransmissor
GABA, aumentando seus níveis, e assim, reduzindo as atividades das células neuronais e
provocando o relaxamento (PESSOLATO et al., 2021).
A espécie vegetal Passiflora incarnata é indicada para o tratamento da ansiedade,
insônia, irritabilidade, nervosismo, estresse, para tratar os sintomas do alcoolismo, entre outros.
Contudo, possui algumas contra-indicações e reações adversas (PEREIRA, 2014). Seu uso é
contraindicado por um período longo, assim como, para quem apresenta hipersensibilidade à
planta. Também não deve ser utilizado por lactantes ou gestantes, pois não existem dados
suficientes para comprovar a segurança do uso durante este período, apesar de estudos
experimentais identificarem que ela não é teratogênica. Algumas reações adversas mais comuns
são: fadiga, sonolência, náuseas, vômitos, torpor, cólicas, reações alérgicas etc. (MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2015; OZTURK; KALAYCI, 2018).

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A espécie vegetal Passiflora incarnata poderá ainda, apresentar interações que


provocará efeitos indesejáveis, estas que levam a necessidade do acompanhamento do seu uso
mesmo não sendo um medicamento que necessita de receita médica para a sua aquisição.
Devido em sua composição constar frações alcaloídicas e porções flavonoídicas, que são
responsáveis por causar ações depressoras do SNC gerando sedação, se a planta for usada
juntamente com álcool ou com outros fármacos também depressores, como é o caso dos
benzodiazepínicos, poderá intensificar seu efeito sedativo-hipnótico. Se for usado junto a
antiplaquetários ou anti-inflamatórios não esteroidais, como aspirina, varfarina ou heparina,
pode causar hemorragias. Sua utilização junto a estimulantes como cafeína ou guaraná, pode
ocasionar hipertensão (FERREIRA, 2019; TORCHI et al., 2014).

2.5 ATENÇÃO FARMACÊUTICA


Santana; Taveira e Eduardo (2019, p.59), definem a atenção farmacêutica como:

A Atenção Farmacêutica consiste em um conjunto de práticas de atividades


específicas desenvolvidas pelo farmacêutico no contexto da Assistência
Farmacêutica. Essa prática tem como foco central o paciente, a educação em saúde, a
orientação farmacêutica e o registro sistemático de atividades a fim de buscar e obter
resultados definidos e mensuráveis da resposta satisfatória ao tratamento
medicamentoso com o objetivo de aumentar seus efeitos e identificar Problemas
Relacionados a Medicamentos.

A atenção farmacêutica é de suma importância, o farmacêutico deve orientar sobre os


benefícios e riscos relacionados ao uso dos medicamentos, assim, auxiliando na redução dos
malefícios que estes possam causar, principalmente, quando usados de forma indevida. Durante
a dispensação, o profissional deve estar atento quanto à necessidade de apresentação da receita
médica, quando obrigatória, para que assim possa impedir o seu uso indiscriminado. Perante o
aumento do uso de ansiolíticos, tanto sintéticos, quanto naturais, como os benzodiazepínicos e
da planta Passiflora incarnata, a atenção farmacêutica é fundamental para que se possa
promover o uso racional destes medicamentos, orientando quanto a seu uso, seus efeitos
terapêuticos, assim como, seus efeitos colaterais, possíveis interações, quanto ao perigo da
automedicação e alertar sobre a probabilidade de dependência (MOREIRA; BORJA, 2018;
PESSOLATO et al., 2021).

3 METODOLOGIA
A presente pesquisa foi baseada em uma revisão bibliográfica, foram usadas 43
publicações entre, artigos, dissertações, livros e cartilhas, de 2012 a 2021, estes com foco, nos

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possíveis benefícios e riscos do uso dos benzodiazepínicos e da planta Passiflora incarnata no


tratamento da ansiedade. Buscou-se ainda, sobre a importância da atenção farmacêutica no
intuito de prevenir prováveis complicações, contribuindo para o uso racional desses fármacos.
Foram feitas buscas nas bases de dados: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Google
Acadêmico, PubMed e Scientific Eletronic Library Online (SciELO), os descritores usados:
“ansiedade”, “ansiolíticos”, “benzodiazepínicos”, “Passiflora incarnata”, “atenção
farmacêutica”.
Como critérios de inclusão foram estabelecidos: publicações que abordam o assunto
proposto nos últimos 10 anos à disposição nos idiomas de inglês e português. Como critérios
de exclusão, publicações fora do tema abordado e de outros idiomas.
.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como resultado do estudo foi possível verificar o aumento dos transtornos psíquicos e
como consequência o acréscimo das prescrições e automedicação de psicotrópicos, sendo o
transtorno de ansiedade um dos principais problemas enfrentados pela população brasileira nos
últimos anos. De acordo com a OMS (2017) cerca de 20 milhões de brasileiros possui o
transtorno. Segundo Aguiar et al. (2016), os problemas emocionais se tornaram uma desordem
neuroquímica e os medicamentos passaram a ser protagonistas nos tratamentos psicológicos, e
como resultado disso, ocorre à medicalização do sofrimento, o que contribui para o uso
indiscriminado dos ansiolíticos.
Os principais fármacos utilizados para o tratamento da ansiedade são os
benzodiazepínicos, segundo o levantamento de Farmacoepidemiologia do SNGPC (Sistema
Nacional de Gerenciamento de Psicotrópicos), publicado em 2012 pela ANVISA. Dos cinco
princípios ativos mais consumidos entre 2009 a 2011, três deles pertencem aos
benzodiazepínicos, são eles: o clonazepam, alprazolam e o bromazepam, não sendo diferente
nos últimos anos, conforme levantamento feito recentemente (figura 4), esses continuam sendo
os mais vendidos, sendo o clonazepam o campeão de vendas.

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Figura 4. Benzodiazepínicos mais consumidos do ano de 2014 a 2020 de acordo com levantamento realizado em
setembro/2021 pela ANVISA.

Fonte: Autoria própria.

Por meio dos artigos revisados, o uso dos benzodiazepínicos tem maior incidência entre
as mulheres. Esse dado se justifica por elas procurarem mais a assistência médica em prol de
cuidar da saúde, em acatar o tratamento com mais facilidade, por questões socioculturais, e por
apresentarem com maior frequência problemas psicológicos (FÁVERO; SATO; SANTIAGO,
2017; SOUZA et al., 2018). Pontes e Silveira (2017) relatam que em pesquisa com idosos
usuários de benzodiazepínicos, 88,89% eram mulheres.
Percebeu-se que o uso desses medicamentos traz muitos benefícios, visto que, seu efeito
terapêutico é eficaz além de possuir uma taxa de toxicidade muito baixa, entretanto, seu uso
indevido, poderá acarretar riscos à saúde do seu usuário, podendo causar a tolerância,
dependência e abstinência (NUNES; BASTOS, 2016).
Diante disso, vem sendo negociado entre médicos e pacientes a substituição dos
benzodiazepínicos por fitoterápicos ou a descontinuação deles através do desmame. O desmame
é uma das principais maneiras utilizadas para a interrupção do uso desses fármacos, que deve
ser feito com cautela, não podendo suspender seu uso abruptamente, pois, poderá provocar a
abstinência. A retirada é feita de forma lenta e gradual, em torno de 25% da dose semanalmente,
para que organismo se acostume com a falta do medicamento. A retirada pode ser realizada
através de tratamentos alternativos como: atividade física, prática de esportes, musicoterapia,
psicanálise, apoio familiar, religiosidade, terapias integrativas (ioga, Shiatsu, etc.) e de tudo
aquilo que promova o bem-estar do paciente. Além disso, é importante que o paciente tenha um
acompanhamento rigoroso e efetivo. Para o desmame utilizando medicamentos, usam-se
aqueles que estendem a liberação de melatonina, que é um hormônio produzido de forma

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natural pela glândula pineal no SNC. Este hormônio controla o ciclo circadiano do organismo,
promovendo momentos de sono e vigília, portanto, acredita-se que isso possa regular o
funcionamento desse ciclo nas pessoas que relatam ansiedade e insônia. (PONTES; SILVEIRA,
2017; CARVALHO; RODRIGUES; GOLZIO, 2016).
Outra opção é a substituição dos benzodiazepínicos por fitoterápicos. A planta
Passiflora incarnata é uma das espécies vegetais mais indicadas e utilizadas para o combate do
transtorno de ansiedade, mas também precisa ser utilizada com cuidado e precaução, já que, seu
uso indiscriminado poderá causar outros problemas de saúde devido efeitos adversos e
interações medicamentosas. Na tabela 1 se encontram as principais reações adversas,
contraindicações, interações medicamentosas e efeitos que podem ocorrer decorrente do uso da
planta Passiflora incarnata.

Tabela 1. Nomes comerciais de fitoterápicos à base de Passiflora incarnata, com suas respectivas doses, reações
adversas, contraindicações, interações e efeitos.
Fitoterápico Passiflora incarnata L.
Calman®, Calmasyn®, Maracugina®, Maracujá®, Pasalix®, Ritmoneuran®,
Nomes Comerciais Seakalm®
Serenus®, Sintocalmy®, Tensart®
3 a 5 ml 3x por dia (tintura), ou na forma de
Dose chá com 2 ou 3 colheres de chá da planta p/ 1 xícara de água por 10 a 15 min. em
recipiente coberto (infuso)
*Grávidas e Lactantes
Contraindicação *Crianças menores de 12 anos *Sem orientação médica
Fadiga, Sonolência, Náuseas, Vômitos,Torpor, Cólicas, Taquicardia, Reações
Reações Adversas
Alérgicas, Dormência Membros Superiores, Redução do Nível de Consciência, Etc.
Álcool, Benzodiazepínicos (lorazepam ou diazepam) Aumento da intensidade da
Barbitúricos (fenobarbital), Narcóticos (codeína) sonolência
Inibidores da enzima monoamina oxidase,
Interações e Efeito aditivo
(isocarboxazida, fenelzina e tranilcipromina)
Efeitos
Aspirina, varfarina, heparina, Antiplaquetários
(clopidogrel), Anti-inflmatórios não-esteroidais Hemorragia
(ibuprofeno e naproxeno)
Cafeína, guaraná ou efedra Hipertensão
Fonte: Autoria própria a partir de dados de FERREIRA (2019); PESSOLATO et al. (2021); MINISTÉRIO DA
SAÚDE (2017); BORTOLUZZI; SCHMITT; MAZUR (2020).

5 CONCLUSÃO
Devido ao aumento considerável de pessoas diagnosticadas com transtorno de
ansiedade no Brasil, hoje existem diversas opções de tratamento, mas uma das principais deles
é o uso dos ansiolíticos benzodiazepínicos. Entretanto, este poderá trazer prejuízos como a
dependência, se usado incorretamente ou por tempo prolongado. Sendo assim, alternativas vêm
sendo implantadas, como o uso de medicamentos fitoterápicos, a exemplo da espécie Passiflora
incarnata, uma das plantas mais utilizadas com este propósito. Todavia, assim como os

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benzodiazepínicos, deve se ter atenção diante do seu uso, pois poderá trazer reações adversas
indesejadas e também problemas de saúde devido a algumas interações.
Diante disso, o farmacêutico tem papel essencial na prevenção do uso abusivo desses
fármacos evitando uma possível intoxicação, tolerância e dependência, orientando o paciente
quanto ao seu uso correto, sobre o perigo da automedicação, da necessidade de procurar
métodos alternativos de tratamento, como terapias, exercícios físicos, e tudo aquilo que possa
contribuir para seu bem-estar. Além disso, deve verificar junto ao médico e o paciente a chance
de intercambializar o medicamento por outro, podendo ser um de origem natural como a planta
Passiflora incarnata, mas esclarecendo que também se deve ter cuidado quanto a seu uso, ou
ver ainda a possibilidade de fazer uma interrupção do tratamento medicamentoso de forma
cautelosa para se evitar a crise de abstinência. Desta forma, ressalta-se que a orientação e o
acompanhamento farmacêutico são primordiais para o sucesso do tratamento do transtorno de
ansiedade.

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