Sociedade Musical de Pevidém
115 anos ao Serviço da Cultura
Apresenta
I Pevidém Filarmónico
Certame Internacional de Bandas
Integrado nas Comemorações do Centenário do Nascimento de
Joaquim Martins Coelho Lima
17 de Outubro de 2009
comissÃo de honra
Dr. António Magalhães - Presidente da Comissão
Presidente da Câmara Municipal de Guimarães
Comendador Albano Abreu Coelho Lima
Presidente da Sociedade Musical de Pevidém
D. Maria Carolina de Abreu Lima
Professora Doutora Elisa Lessa
Directora da Licenciatura em Música da Universidade do Minho
D. Balbina Pimenta
Presidente da Junta de Freguesia de Selho, São Jorge
Dr. Alfredo Jorge Teixeira
Maestro Francisco Ribeiro
Ex-Maestro da Sociedade Musical de Pevidém
Sr. Apolinário Fontão
Ex-Vice-Presidente da Sociedade Musical de Pevidém
Sr. José Augusto Fontão
Ex-Secretário da Sociedade Musical de Pevidém
Sr. Francisco José Ribeiro
homenageado
Joaquim Coelho Lima
23-12-1908
À Comissão de Honra, Directores, Regentes, Músicos, Associados e de-
mais participantes, felicito pela presença neste Certame de Bandas.
Hoje, queria especialmente falar-vos do meu pai, estamos a comemorar o
seu Centenário de Nascimento.
A música foi uma constante na sua vida, visto que seu pai foi um dos
fundadores e o primeiro regente da banda e posteriormente o seu irmão Albano
torna-se regente da banda.
Essa paixão foi crescendo e em 1960, é nomeado maestro.
Mas, não pára, não se acomoda quando chega a maestro, porque a sua
grande paixão era compor, ao longo de vários anos compôs diversas obras, que
hoje em dia continuam actuais. Regozijo-me em saber que as suas obras, ain-
da são tocadas por algumas das melhores bandas filarmónicas do país e hoje
teremos a honra de ouvir “ O Brilhante “ tocado pela nossa centenária Banda.
Não abdicando da sua vida profissional, em 1965 com a ajuda da família
directa, funda a empresa Joaquim Coelho Lima e Filhos, a actual Lameirinho.
O meu Pai, de quem tanto me orgulho, foi um Homem de sucesso na vida
profissional, familiar assim como na sua grande paixão, a música.
Desde já agradeço ao Compositor Clementino Silva pela Marcha de
Concerto “O Centenário” que escreveu em homenagem ao meu pai, Joaquim
Martins Coelho Lima.
Espero que a vida do meu pai sirva de exemplo para todos os Jovens
Músicos, bem como para todos aqueles que gostam de música, que o seu tra-
balho que por vezes foi árduo e difícil, nunca possa acabar.
Porque acredito no futuro e na grandeza dos homens, sei que a Sociedade
Musical de Pevidém perdurará, porque queremos continuar a tocar e a ouvir Boa
Musica.
Presidente Da Sociedade Musical De Pevidém
Albano Coelho Lima, Comendador
mensagens da direcÇÃo
Sr. Adão Sousa
(Vice-Presidente)
Nos tempos que hoje correm, de grandes dificuldades para todos, a nossa
Instituição não é excepção. Na nossa Vila, como reflexo do resto do pais, os tem-
pos são dificeis, a nivel social e a nivel económico, uma vez que os problemas por
que todos passamos são bem reais e fazem por vezes esmorecer a esperança e
o entusiasmo com que enfrentamos o nosso quotidiano. Não somos indiferentes
a tudo isto mas cumpre-nos realizar os eventos, que por mais pequenos que se-
jam, estes, implicam custos, disponibilidade de tempo e um grande empenho de
todos, para que saiam do papel e se tornem uma realidade.
O “I Pevidém Filarmónico – Certame Internacional de Bandas” integrado
nas Comemorações do Centenário do Nascimento de Joaquim Martins Coelho
Lima”, apresenta-se como uma forma de homenagear um homem que como
Maestro, Músico, Compositor e Benemérito da Sociedade Musical de Pevidém,
em muito contribuiu para a existência e engrandecimento da nossa Instituição.
Acresce a isto o nosso papel de demonstrar que a cultura no âmbito Filarmónico
se encontra viva, que damos continuidade, a uma já longa tradição, e que não
obstante, todas as dificuldades que passamos durante 115 anos de existência
é nosso dever e missão fazer a ponte entre um nobre e sublime passado e um
futuro auspicioso, independentemente do que passamos no presente.
Aos músicos que nos acompanham nesta dificil tarefa, aos sócios e ami-
gos que nos apoiam de terra em terra por esse pais fora, a todos os directores,
em especial ao nosso Presidente, Comendador Albano Abreu Coelho Lima, uma
palavra de reconhecimento e agradecimento, por tudo o que têm feito para servir
e dignificar a nossa instituição, fazendo dela aquilo que ela é hoje, tal como o
homenageado, Joaquim Martins Coelho Lima.
Pessoalmente, considero extremamente gratificante, ver que a instituição
está viva e dinâmica e poder constatar, que há jovens que a ela se dedicam de
corpo e alma.
Bem hajam todos!
Parabéns a Joaquim Coelho Lima pela data que estamos a comemorar e
à Sociedade Musical de Pevidém pelos seus 115 anos!
mensagens da direcÇÃo
Maestro Vasco de Faria
(Director Artístico)
O “I Pevidém Filarmónico – Certame Internacional de Bandas” é mais um evento de
índole cultural criado pela Sociedade Musical de Pevidém. Pela primeira vez em 115 anos de
existência reunimos na nossa Vila de Pevidém algumas das melhores Bandas Filarmónicas Por-
tuguesas, e sempre que possivel de outros paises, para que haja um maior intercâmbio cultural,
uma diversidade artística que estas Bandas nos podem proporcionar e a promoção de troca de
experiências que são necessariamente diferentes mas que buscam um objectivo comum, fazer
música, cultivar o associativismo e a educação musical de cada região.
Em Pevidém damos formação musical a vários jovens, através da nossa Escola de Música,
muitos foram os que por aqui passaram e neste momento estão a trabalhar em Bandas Militares,
em algumas das melhores Orquestras e a ensinar nas melhores escolas do nosso país, e em
alguns casos no Estrangeiro. Ensinamos estes jovens que sentem a paixão pelas Artes e pela
Música, encaminhando-os depois para Escolas de Música oficiais para que prossigam os seus
estudos, sendo já antigo, no entanto, o sonho de termos a nossa própria Escola oficial. Este é o
primeiro estágio da formação na nossa Instituição, sendo o passo seguinte o ingresso na Orques-
tra Juvenil, onde aprendem a fazer música em conjunto, criam hábitos de estudo e se integram.
Depois disto, passam para a Banda Musical, onde neste momento temos músicos dos 10 aos 70
anos de idade. Com isto pretendemos ensinar e preservar os valores que orientam a Sociedade
Musical de Pevidém, honramos a nossa Tradição, damos Formação e mantemos o Prestigio
desta nossa casa.
Costuma dizer-se que só com “Mãos de Ferro, Coração de Fogo e Nervos de Aço” é
que se conseguem as grandes obras. Na Sociedade Musical de Pevidém estamos todos nesse
espírito para dar continuidade ao Passado e assim, no Futuro, levar o nosso nome, o da nossa
região Pevidém e da nossa cidade Guimarães cada vez mais longe, vivendo intensamente o
nosso Presente.
Queria deixar uma palavra a todos aqueles que nas mais diversas funções, mas sempre
com dedicação, préstimo e carinho, contribuíram de forma inestimável para o seu enriquecimento
e prestígio social, humano e artístico.
Um dos maiores exemplos é o de Joaquim Martins Coelho Lima, que serviu a Sociedade
Musical de Pevidém como músico, maestro, compositor e director. Seguindo o seu exemplo pre-
tendemos dar continuidade ao trabalho desenvolvido por ele na nossa Colectividade, honrando a
tradição e demonstrando que estimámos os nossos antecessores.
Às Bandas que participam neste evento o meu agradecimento pela disponibilidade,
amizade e empenho com votos de muitos sucessos para o futuro. A todos os que acederam inte-
grar a Comissão de Honra que seja o início de muitas colaborações.
É com enorme satisfação que vejo concretizado mais um objectivo e que realço a capaci-
dade que temos de responder de forma cabal aos desafios a que nos propomos.
Deixo aqui expresso o meu voto de agradecimento ao nosso Presidente, Comendador
Albano Abreu Coelho Lima, por mais uma vez nos apoiar incondicionalmente.
compositor convidado
Clementino Silva
(Compositor)
Nascido a 28 de Julho de 1952 na freguesia
de Estorãos, concelho de Fafe.
Iniciou os estudos musicais aos 9 anos de idade, tendo como
professor o seu pai na Banda de Revelhe.
Aos 11 anos ingressou na Banda como executante de Trom-
pete.
Aos 17 anos mudou para Bombardino para substituir seu pai já
em fim de carreira.
Aos 18 anos presta provas na então Banda do Regimento de
Infantaria n.º 6 do Porto, sendo admitido nessa como execu-
tante de Bombardino.
Ao serviço da mesma banda foi promovido a 1º cabo músico
após exame no qual obteve a classificação de 17 valores.
Em 1973 foi convidado para reforçar a orquestra sinfónica do
Porto, no Coliseu do Porto, no instrumento de trombone.
Com a instabilidade na banda gerada pela revolução do 25 de
Abril, regressou a Fafe.
Continuando a sua actividade musical na Banda de Revelhe,
onde deu formação a alguns músicos. Desde então tem per-
corrido grande parte das bandas civis do Norte, a pedido das
mesmas.
Nos últimos Tempos dedicando-se á leitura de vários livros
musicais (Harmonia/ Composição) ganhou gosto pela com-
posição, tendo entretando já concluido algumas obras.
“O Centenário”
Homenagem a Joaquim Martins Coelho Lima
Marcha de Concerto
programa
Sociedade Filarmónica Fafense - Banda de Revelhe
Direcção Artística - Ilídio Costa
Mestre António Costa - Ilídio Costa
Os Prelúdios - Franz Liszt
Homenagem a João Ribeiro - Ilídio Costa (Estreia absoluta)
Orquestra Filarmónica 12 de Abril
Direcção Artística - Pedro Neves
Poeta e Aldeão - F. Suppé
Arco-Íris - Duarte Pestana
Africa: Ceremony, Song & Ritual - Robert W. Smith
Bugler’s Holiday - Leroy Anderson
Sociedade Musical de Pevidém - Banda Musical de Pevidém
Direcção Artística - Vasco de Faria
O Brilhante - Joaquim Martins Coelho Lima
Inferno - C. S. Fiorenzo
Una Noche en Granada - E. Ruiz
Le Melre Blanc - Eugéne Damare
Solista Rute Fernandes (Flautim)
Execução em conjunto de todas as Bandas, em estreia absoluta da
Marcha de Concerto
“O Centenário”
Homenagem a Joaquim Martins Coelho Lima
de Clementino Silva
Direcção Artística - Vasco de Faria
Intervenientes
no
Evento
sociedade filarmÓnica fafense
banda de revelhe
A Sociedade Filarmónica Fafense (ou Banda de Revelhe, como é
popularmente conhecida) tem a sua Génese na denominada Banda
de Música do Leonardo, fundada em 1854, por Leonardo Ferreira
Velho, dentro dos limites do concelho de Fafe. Mais tarde, em 1910,
os elementos da ex-Banda de Música do Leonardo associaram-se
a uma proeminente família de músicos (chamados os “Fogueteiros
de Revelhe”) provenientes da freguesia de Revelhe, com o objec-
tivo de criar uma nova Banda de Música: a banda de Música de
Revelhe. No Conjunto dos Músicos fundadores destaca-se o exímio instrumentista de cornetim João de Freitas, mais
conhecido por João de Revelhe.
Posteriormente, em 1958 a Banda de Música de Revelhe dá origem à Sociedade Filarmónica Fafense. Do grupo de
músicos fundadores salienta-se o mítico José Ferreira Maciel.
Em 1960um grupo de Fafenses – José Ferreira Maciel, Armindo da Rocha Alves, José Maria Moniz Rebelo, Carlos Alberto
Soares (Bristol), Dalmo Pinto e Padre José Gonçalves de Sousa – entre outros, reuniram-se e fundaram a Sociedade
Filarmónica Fafense, para apoiar e dar personalidade Jurídica à banda de Revelhe. É eleita a primeira direcção que ficou
composta por José Ferreira Maciel, Armindo da Rocha Alves, Carlos Alberto Soares (Bristol) e Dalmo Pinto.
Os estatutos da instituição foram aprovados por alvará de 25 de Novembro de 1960, estando presentemente a serem
revistos.
Desde o ano zero da sua fundação, a Sociedade Filarmónica Fafense constitui um espaço de aprendizagem e actual-
ização das técnicas de execução em conjunto, funcionando ainda, como veículo de afirmação dos valores culturais de
Fafe.
A sua Banda de Música (Banda de Revelhe) desenvolve uma intensa actividade artística: animação de rua, concertos,
acompanhamento de procissões, abrilhantamento de actos Litúrgicos nas aldeias e cidades do País.
Participa em diversos festivais e concursos de música de nível nacional e internacional promovidos por fundações, insti-
tutos, empresas públicas e privadas que, pelo, seu sucesso, é importante realçar.
No ano de 1960, obteve o 2º lugar e o diploma de Mérito Artístico Especial, em primeiras categorias, no 1º Grande Con-
curso Nacional de Bandas Civis, organizado pela FNAT.
Em 29 de Setembro de 1960, a Banda de Revelhe, foi distinguida pela Câmara Municipal de Fafe, com a Medalha Mu-
nicipal de Mérito – Grau Ouro – pelos serviços prestados no campo da Cultura à Cidade de Fafe. Esta Medalha foi-lhe
entregue por Sua Exª o então Ministro das Corporações e Previdência Social, Dr. Baltazar Rebelo de Sousa.
Em 1971, participa no 2º Grande Concurso de Bandas Civis, organizado também pela FNAT, obtendo o 1º Lugar exequo
em primeiras categorias.
Em Junho de 1979, foi convidada pela Associação Protuguesa de Dumont para participar nas festividades de S. João,
realizando vários concertos por toda a França, sendo de realçar o sucesso apoteótico da Banda, no Parque de Estras-
burgo, em Paris.
Em 1983, conquistou o merecido 1º lugar em primeiras categorias, no 1º Festival Nacional de Bandas Civis, organizado
pela EDP. Efectuou diversas deslocações ao país vizinho, realizando numerosos concertos, tendo merecido os mais
rasgados elogios dos musicólogos.
A participação da Banda de Revelhe nos eventos artísticos acima citados e os resultados obtidos deram-lhe projecção
Nacional e Internacional, recebendo a Banda como prémio, um novo instrumental oferecido pela Fundação Calouste
Gulbenkian.
Sucessivas gerações de músicos desempenharam um papel vital no desenvolvimento social e cultural em consagração
do projecto artístico modelar. Mas há pessoas que pela dedicação em prol da Música e da Banda de Revelhe é justo re-
alçar: José Ferreira Maciel e Armindo da Rocha Alves, para além dos outros já referidos, que exerceram funções durante
várias dezenas de anos.
Findo este reinado e em Janeiro de 2004, sucedem-se várias personalidades de Fafe, destacando-se deste grupo os
Senhores Albertino da Silva (Lucas) e seu filho, o conceituado industrial José Albertino Silva, o primeiro como Presidente
da Assembleia Geral e o segundo como Presidente da Direcção, para além de outros que exercem determinadas funções
directivas.
Além dos Maestros já referidos, exerceram funções neste âmbito António de Sousa Morais, António Ribeiro de Castro,
António dos Santos Leite, João Pereira, Alberto Vítor Batista Teixeira, António Pereira de Oliveira, José Custódio da Silva
Gonçalves e desde 1981 o consagrado compositor Ilídio Ferreira Costa.
Com apenas 180 associados, a Banda de Música é constituída por 55 executantes, abarcando várias gerações (dos 12
aos 80) e uma grande diversidade de profissões (de operários a professores) e dois funcionários.
Do extenso reportório da Banda, constam obras clássicas e contemporâneas de todos os períodos e géneros musicais,
dos mais consagrados compositores.
Actualmente a Sociedade Filarmónica Fafense (Banda de Revelhe) alberga no seu seio uma Escola de Música, uma
Banda de Música e uma Orquestra de Sopros.
Hoje é sobretudo uma força da cultura importante para a cidade de Fafe e fundamental para o País.
ilÍdio costa
maestro da banda de revelhe
Ilídio Ferreira da Costa, nascido em Nogueira - MAIA,
em 1937, iniciou os seus estudos musicais com seu pai,
aos nove anos de idade, ingressando na Banda local
como instrumentista de Flautim.
Mais tarde, frequentou os Conservatórios de Música de
Lisboa e Porto, completando neste último os cursos de
Clarinete e Fagote, com elevadas classificações.
Foi premiado, vários anos, com o prémio da Fundação Gulbenkian, atribuí-
do ao melhor aluno em Clarinete.
Representou o Conservatório do Porto, como instrumentista solista, em
inúmeras digressões pelo País.
Em 1960, ingressou na Banda Militar do Regimento de Infantaria Nº6 do
Porto como instrumentista de Requinta.
No ano seguinte, concorreu à Banda Sinfónica da Guarda Nacional Re-
publicana de Lisboa, ficando classificado em 1º lugar, sendo admitido no
instrumento Clarinete. Ao serviço da referida Banda, participou em diver-
sas actuações no estrangeiro, nomeadamente, Brasil, Holanda, Bélgica e
França.
Posteriormente, em 1968, foi nomeado Maestro da Banda da Guarda Na-
cional Republicana do Porto, ocupando este cargo durante 21 anos. Nesse
mesmo ano passou a fazer parte da Orquestra Sinfónica do Porto (R.D.P.)
como fagotista, durante 24 anos.
Foi também professor do Conservatório de Música de Braga, na classe de
instrumentos de Sopro, durante alguns anos.
Fez parte, ainda, da Orquestra do Norte e de alguns agrupamentos de
Câmara, nomeadamente, Oficina Musical do Porto, grupo “Música Nova”,
Quinteto de Sopros da Orquestra Sinfónica do Porto, Camerata do Porto,
Orquestra Konsonantia, etc...
Foi ainda fundador da Orquestra de Sopros da Associação Recreativa e
Cultural da sua freguesia natal.
Nos tempos livres, lecciona as classes de Clarinete, Fagote e Saxofone.
Como compositor de música para Banda, actividade a que se dedica desde
a sua juventude, escreveu aberturas, suites, fantasias, rapsódias, marchas
e outros géneros.
É director artístico e maestro da Sociedade Filarmónica Fafense (Banda
de Revelhe - FAFE) desde 1981.
orquestra filarmÓnica 12 de abril
A “Banda 12 de Abril” foi fundada em
Abril de 1925 por um pequeno grupo
de músicos amadores, orientados
por Ludgero Pinheiro, o qual viria a
ser o seu primeiro maestro.
A associação completou em Abril,
81 anos de actividade ininterrupta, tendo feito uma transformação profunda nas
suas estruturas a partir de 1980. Foi nesta data que contratou pela primeira vez
um músico profissional para a Direcção Artística.
Passaram pela Direcção Artística desta Banda o Comandante José Araújo Perei-
ra, ex-Maestro da Banda da Armada Portuguesa e o Capitão Amílcar Morais,
autor de inúmeras composições que fazem parte do reportório da “12 de Abril”.
Actualmente a Direcção Artística da “12 de Abril” pertence ao Maestro Pedro
Neves, que desempenha essas funções desde 1993.
Foi também nesta data que se construiu o edifício da sede social, com 900 m2
divididos por 2 pisos, que compreende para além das salas de aulas e de ensaio,
salas para secretariado e direcção e duas salas para espectáculos e convívios,
onde habitualmente se desenvolve toda a vida social da associação e mais re-
centemente a aquisição de uma casa para escola de música denominada de “
Oficina de Música”.
A Escola da Banda teve como primeiro director o Maestro António Gomes, exímio
executante de oboé, nomeadamente, na Orquestra da RDP. Actualmente, e sob
orientação do Prof. Jacinto Estima, a escola de música, integra cerca de 40 alu-
nos que aprendem de forma gratuita as primeiras lições de música.
A “Orquestra Filarmónica 12 de Abril” sucedeu à Banda com o mesmo nome para
evitar certas confusões com as “bandas” (pequenos agrupamentos) que prolif-
eram no nosso país e conta actualmente com cerca de 65 executantes.
Do seu vasto reportório fazem parte inúmeras obras clássicas e contemporâneas
de todos os períodos e géneros musicais.
Da sua actividade musical destacam-se as inúmeras participações em festas,
romarias, concertos e certames musicais e, a nível internacional, 3 digressões ao
Brasil (1999, 2001 e 2003) e 1 aos Estados Unidos da América (2000) a convite
das Comunidades Portuguesas aí radicadas. Tem actuado também com regulari-
dade em diversas zonas da Galiza Espanha.
Promove regularmente cursos de formação instrumental e de direcção e múltip-
los espectáculos nas mais diversas áreas musicais.
pedro neves
maestro da orquestra filarmÓnica 12 de abril
Pedro Miguel Pires de Oliveira Neves
Natural da Freguesia de Travassô, Concelho de
Águeda, inicia aos 9 anos de idade os seus estudos
musicais na Banda 12 de Abril com o Prof. António
de Oliveira Gomes, na classe de saxofone.
Aos 10 anos integra a classe de violoncelo da Prof.
Isabel Boiça, no Conservatório de Música “Calouste
Gulbenkian” de Aveiro, onde termina a formação
geral. Paralelamente, participa em cursos de aperfeiçoamento com os pro-
fessores Maria de Macedo e Paulo Gaio Lima, tendo obtido em 1992 o 2º
prémio no concurso de Juventude Musical Portuguesa.
Em 1993, com 17 anos de idade assume a direcção artística da Banda 12
de Abril. Participa também no estágio da Orquestra de Jovens do Mediter-
râneo em 1993 e na Orquestra Inter-Regional de Baden-Wuttenberg em
1994.
Terminou o curso superior de Violoncelo na Academia Nacional Superior
de Orquestra, orientado pelo Prof. Paulo Gaio Lima, de onde saiu Bacharel
com 17 valores. Foi membro da Orquestra Portuguesa da Juventude entre
1991 e 2001 e, em dois concursos, foi vencedor da classe de violoncelo.
Participou em Outubro de 1997, como violoncelista, numa digressão da
Orquestra Metropolitana de Lisboa por países Asiáticos: Índia, Tailândia,
Coreia do Sul, Macau e Hong Kong.
Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, concluiu o curso de pós-grad-
uação da Escola de Música Juan Pedro Carrero, em Barcelona (Espanha),
orientado pelo Prof. Marçal Cervera.
Foi concertino e chefe de naipe da Orquestra Metropolitana de Lisboa e
professor da Academia Nacional Superior de Orquestra, onde como aluno,
concluiu em 2005 o Curso Superior de Direcção de Orquestra.
Actualmente continua a colaborar com a Academia Nacional Superior de
Orquestra, como docente e maestro convidado, é docente na Escola de
Artes de Mirandela, é Maestro Titular da Orquestra “Esproarte”, da Orques-
tra clássica de Espinho da Orquestra Filarmónica 12 de Abril Travassô.
sociedade musical de pevidÉm
banda musical de pevidÉm
Fundada em Outubro de 1894 na região de Pevidém a
Banda da Sociedade Musical de Pevidém é hoje uma
prestigiada banda no meio artístico. Como em quase to-
das as colectividades nascidas no séc. XIX os meios eram
escassos, mas como tudo na vida para se singrar é preciso sentir dificuldades e limpar o per-
curso dos escolhos que estão sempre a aparecer. Manuel Martins Coelho Lima, à frente de um
punhado de bairristas, funda a Banda da Sociedade Musical de Pevidém. Nesse mesmo ano
e graças à colaboração do professor de música Manuel “Necla”, Manuel Martins Coelho Lima
é nomeado regente dos seguintes 16 executantes fundadores: António José Lopes Correia,
Augusto Silva Marques, Avelino Pereira de Vasconcelos, Avelino Pereira, Domingos da Costa
Fernandes, Domingos Pereira Fernandes, Francisco Fontão, Francisco Pereira, João de Ol-
iveira, João Roque Oliveira, José Correia Guimarães, José Fontão, José Luís Carlos Soares,
José de Oliveira, José de Oliveira Costa, e Manuel Pereira Fernandes. Ao longo de vários anos
os 16 executantes fundadores dedicaram-se de tal forma que mesmo com poucos recursos
financeiros adquiriram os seus próprios instrumentos, partituras e todo o material necessário
para o início da banda. Ensaiavam, em casa dos próprios, em barracões de alfaias agrícolas,
não reunindo estas as condições adequadas para um bom desenvolvimento musical. Sem es-
pectáculos e sem formação empenharam-se de corpo e alma para que este sonho se tornasse
realidade. Com o decorrer dos anos a banda foi entusiasmando cada vez mais pessoas, e
procuraram evoluir em termos musicais, Manuel Martins Coelho Lima com o apoio do grande
entusiasta Manuel José Rodrigues, começa a ter a colaboração dos maestros Capitão Romano
e Ribeiro Dantas e dos ajudantes Ferreira e Domingues. É nesta época que a banda adquire
alguma formação musical, conseguindo assim um maior número de convites para festividades.
Em 1929 é nomeado regente o maestro Albano Martins Coelho Lima, filho de Manuel Martins
Coelho Lima. Ao fim de três anos como maestro, Albano Martins Coelho Lima vê-se obrigado
a deixar a regência da banda, tornando-se presidente desta, devido ao desenvolvimento da
sua empresa “Coelima Indústrias têxteis”. Seguiram-se os maestros Arnaldo Ferreira do Vale e
António Ribeiro de Castro. Em 1958 é nomeado maestro Joaquim Martins Coelho Lima, filho de
Manuel Martins Coelho Lima, que nasceu para a música na nossa escola da banda, e que teve
os seus ensinamentos musicais com o seu pai. Além de músico e maestro, foi também com-
positor. Em 1970 assume a regência da Banda o maestro Francisco Ribeiro. Depois de 30 anos
como regente e 50 anos ao serviço da nossa instituição sucede-lhe Maciel Matos. Em 2007 é
nomeado o maestro actual, o Professor Vasco Silva de Faria, que iniciou os seus estudos mu-
sicais na nossa colectividade . A nossa Banda tem participado em vários concertos, no país e
no estrangeiro, realizou várias gravações para a E.N. e R.C.P. e recentemente acompanhou o
trompetista e solista internacional Pierre Dutot e o Quarteto Vintage. É desde Fevereiro de 2009
Instituição de Utilidade Pública, “pelos relevantes serviços prestados à comunidade ao fomentar
a cultura, através da Escola de Música, da Orquestra Juvenil e da Banda Musical, contribuindo
com tudo isto, para a elevação intelectual e artística dos seus sócios e da população em geral”.
Nota: Na impossibilidade de anotarmos todos os nomes que durante décadas serviram a nos-
sa Sociedade, aproveitamos o ensejo de agradecer a todos os componentes, associados e
amigos, o carinho que sempre tributaram para que a nossa Sociedade chegasse ao ponto
alto em que se encontra. Esperamos e desejamos, que a mesma continue a dignificar todos
os seus antepassados e como tal prestigiando o nome e a terra a que pertence, Pevidém.
vasco de faria
maestro da sociedade musical de pevidÉm
Nasceu a 18 de Outubro de 1978, em Guimarães. Iniciou os
seus estudos em 1988 com o Sr. Manuel Silva, tendo depois
ingressado na Sociedade Musical de Pevidém no ano seguinte
sob a direcção do maestro Francisco Ribeiro. É Licenciado pela
ESMAE em Instrumentista, variante de Trompete, e possui o
Curso de Instrumentista de Sopro da Artave, ambos na classe
do Professor Kevin Wauldron, com elevada classificação, tendo
trabalhado paralelamente e a nível particular com os Professores
Stephen Mason (Lisboa) e Pierre Dutot (Bordéus). Trabalhou na Orquestra Sinfónica
Artave, Orquestra de Sopros Artave, Orquestra Sinfonieta, e como músico convidado
na Orquestra Nacional de Sopros dos Templários, Orquestra Filarmonia das Beiras,
Orquestra Musicare, Orquestra Académica do Porto, na Orquestra Nacional do Porto
e na Remix Orquestra Barroca, sendo actualmente o 1º Trompete na Orquestra de Câ-
mara do Minho. Trabalhou com os maestros António Saiote, Cesário Costa, Cristophe
Millet, Emílio Pommarico, Ernst Schelle, Francisco Ribeiro, Hans Martin Rabbenstein,
J.L. Borges Coelho, Marc Tardue, Martin André, Omri Hadari, Vitor Matos, entre outros.
Participou em Masterclasses de Trompete com Maurice André, em Zurique (Suiça),
com Eric Aubier e Stephen Mason, em Lisboa e com Hakan Hardenberger e John Aigi
Hurn, no Porto. Participou na Conferência Internacional de Trompete, com Vincent
Penzarella, Adolph Herseth, Pierre Dutot, John Faddis, entre outros, promovida pelo
I.T.G., e realizada em Nova Iorque (E.U.A.), em 2000. Participou em Master Classes de
Música de Câmara com os Hot Brass e com os Barquisimetal. É laureado do Concurso
da R.D.P., Prémio Jovens Músicos, com o 3º Prémio em Música de Câmara, nível mé-
dio (1994) e com o 3º Prémio em Trompete, nível superior (1999).Apresentou-se como
solista em Portugal, Espanha, Suiça e Alemanha, em recitais com Piano e Órgão e
com a Orquestra Sinfónica Artave, Orquestra de Sopros da Academia de Música de
Valentim Moreira de Sá e com uma Orquestra de Jovens Luso-Alemã. Foi bolseiro da
Fundação Calouste Gulbenkian de 1995 a 2000. É membro do International Trumpet
Guild desde 1999. Foi convidado a ministrar Oficinas de Metais em Guimarães (1998),
Cursos de Aperfeiçoamento de Trompete em Ponte de Lima (1999 e 2000) e Ruivães
(2006 e 2007), Acção de Formação em Vale de Cambra (2005), Master Classe de
Trompete em Paredes (2007, 2008 e 2009), sendo o Professor de Trompete nos III e
IV Estágios da FIJUNA – Banda Juvenil do Norte Alentejano, em Portalegre (2002 e
2003). Fundou o Decateto de Metais de Guimarães e o Ensemble de Trompetes de
Guimarães. Lecciona na Academia de Música Valentim Moreira de Sá em Guimarães,
onde é elemento do Conselho Pedagógico e é Professor Assistente da Classe de
Trompete da Universidade do Minho em colaboração com o Professor Pierre Dutot.
É Director Artístico da Banda Musical de Pevidém desde 2007 e Director Artístico-Ad-
junto do Orfeão Coelima desde 1997. Criou a Orquestra Juvenil de Pevidém em 1999,
sendo o seu actual responsável artístico e Director Artístico fundador, realizando com
este grupo a gravação do CD “One Moment in Time“, em Dezembro de 2001. Encon-
tra-se a preparar a dissertação do Mestrado em Estudos da Criança – Especialização
em Educação Musical, no Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho.
agradecimentos e apoios
Câmara Municipal de Guimarães
Junta de Freguesia de Selho São Jorge
Lameirinho
RTL
Tiasa Texteis Lar
Frutas Ribeiros
Gráfica São Jorge
Doce Parque
Têxteis J. Pereira Fernandes
CCD Coelima
CNE de São Jorge de Selho
Ao Reverendíssimo Padre Serafim e a todos aqueles que contribuíram
para que este evento fosse possivel, intervenientes, em especial ao,
músicos, sócios e amigos da nossa Colectividade um enorme bem
hajam!
A Direcção da Sociedade Musical de Pevidém lamenta a alteração ao pro-
grama. Por motivos aos quais somos totalmente alheios a Banda Sinfónica
Municipal de Ribadeo cancelou a sua deslocação a Pevidém para participar
no nosso Certame, pelo que devido ao aviso tardio da sua decisão não nos
foi possivel arranjar uma Banda para a substituir.