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Artigo de Pesquisa

Original Research Martiniano CS, Coêlho AA, Souza MB, Brandão ICA, Silva AKF, Uchôa SACI
Artículo de Investigación

DOI: http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2016.13923

Caracterização da prescrição de medicamentos por enfermeiros nos


protocolos de Atenção Primária à Saúde
Characterization of medication prescription by nurses in Primary Health Care protocols
Caracterización de los medicamentos recetados por los enfermeros en los protocolos de Atención
Primaria de Salud

Cláudia Santos MartinianoI; Ardigleusa Alves CoêlhoII; Marize Barros de SouzaIII; Isabel Cristina Araújo BrandãoIV;
Anny Karine Freire da SilvaV; Severina Alice da Costa UchôaVI

RESUMO
Objetivo: caracterizar o modelo de prescrição de medicamentos por enfermeiros nos Protocolos de Atenção Primária à Saúde no Brasil.
Método: realizou-se análise documental etnometodológica de 10 protocolos clínicos publicados entre 2002 e 2011 pelo Ministério
da Saúde. A coleta ocorreu de agosto a dezembro de 2011. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob número do
CAAE 2813.0.000.133-10. Resultados: não há exigência de pré-requisitos na maioria dos protocolos; há possibilidade de diagnóstico
pelo enfermeiro na gravidez, nutrição infantil e doenças sexualmente transmissíveis; observou-se variados graus de autonomia;
amplo grupo de medicamentos prescritos por enfermeiros. Conclusão: no Brasil, confirma-se uma prática prescritiva sem requisitos,
diversidade de orientações induzindo à multiplicidade de ações que pode afetar a qualidade da prescrição.
Palavras-chave: Enfermeiro; prescrição de medicamentos; atenção primária à saúde; protocolos clínicos.

ABSTRACT
Objective: to characterize the model for medication prescription by nurses in Primary Health Care Protocols in Brazil. Method: 10 clinical
protocols published between 2002 and 2011 by the Health Ministry were subjected to ethno-methodological document analysis. Data
were collected from August to December 2011. The project was approved by the research ethics committee (CAAE No. 2813.0.000.133-10).
Results: there are no prerequisites in most protocols; nursing diagnosis is possible in pregnancy, child nutrition and sexually transmitted
diseases; varying degrees of autonomy were observed; and a broad group of drugs were prescribed by nurses. Conclusion: In Brazil, this
confirms a practice of prescribing without requirements and with a diversity of guidelines, inducing a multiplicity of actions, which may
impair the quality of prescribing.
Keywords: Nurse; drugs prescription; primary health care; clinical protocols.

RESUMEN
Objetivo: caracterizar el modelo de prescripción de fármacos por enfermeros en los Protocolos de Atención Primaria a la Salud en Brasil.
Método: Se realizó Análisis Documental etnometodológico de 10 protocolos clínicos publicados entre 2002 y 2011 por el Ministerio
de la Salud. La colecta ocurrió de agosto a diciembre de 2011. El proyecto fue aprobado por el Comité Ético de Investigación bajo el
número CAAE 2813.0.000.133-10. Resultados: no hay exigencia de prerrequisitos en la mayoría de los protocolos; hay posibilidad de
diagnóstico por el enfermero en embarazo, nutrición infantil y enfermedades sexualmente contagiosas; se observó variados grados
de autonomía; amplio grupo de fármacos prescritos por enfermeros. Conclusión: en Brasil se confirma una práctica prescriptiva
sin requisitos, diversidad de orientaciones induciendo a multiplicidad de acciones que puede afectar la cualidad de la prescripción.
Palabras clave: Enfermero; prescripción de fármacos; atención primaria a la salud; protocolos clínicos.

Introdução
No contexto global, nas últimas décadas, o papel dos sistemas de saúde; legitimação e valorização
do enfermeiro na prescrição de medicamentos vem se profissional; melhora das relações de trabalho entre
ampliando na Atenção Primária à Saúde (APS) median- profissionais de saúde; e a necessidade de reduzir as
te a necessidade de implementação dos cuidados aos cargas de trabalho do pessoal médico1.
pacientes; extensão do atendimento às comunidades Países como Suécia, Canadá, Austrália, Nova Zelân-
rurais; maior racionalidade custo-benefício na gestão dia, África do Sul, Irlanda e Reino Unido consolidaram

I
Doutora em Ciências da Saúde. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual da Paraíba. Campina Grande, Brasil. E-mail:
[email protected]
II
Doutora em Ciências da Saúde. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual da Paraíba. Campina Grande, Brasil. E-mail: [email protected]
III
Doutora em Ciências da Saúde. Docente da Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, Brasil. E-mail: [email protected]
IV
Mestre em Enfermagem. Centro Universitário FACEX. Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. E-mail: [email protected]
V
Graduada em Enfermagem. Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. E-mail: [email protected]
VI
Doutora em Saúde Coletiva. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. E-mail: [email protected]

Recebido em: 26/03/2015 – Aprovado em: 18/05/2016 Rev enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2016; 24(3):e13923. • p.1
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Prescrição de medicamentos por enfermeiros Original Research
Artículo de Investigación

a prescrição de medicamentos por enfermeiro2. Neste Um dos fatores que contribuiu para essa superação foi
último, ressaltam-se a eficácia e a aceitabilidade de a união dos enfermeiros junto ao seu órgão de classe,
profissionais e usuários3. em nível nacional, em prol da introdução da prescrição
Entre os modelos de prescrição por enfermeiros terapêutica naquele país para melhorar o atendimento ao
encontram-se: o prescritor independente, o prescritor paciente e legitimar suas habilidades e conhecimentos.
complementar e o prescritor do protocolo de grupo - ou Outra medida importante foi uma investigação financiada
patient group directions (PGD) - como é internacional- pelo governo para fornecer feedback sobre a aceitabilida-
mente conhecido4,5. de, eficácia e segurança desse procedimento10,11.
No Brasil, a prescrição é do tipo protocolo de No Brasil, essa prática não tem sido uniformizada
grupo está regulamentada pela lei do exercício profis- nos serviços. Estudo sobre a assistência pré-natal realizada
sional da enfermagem (Lei 7.498/86)6 e é circunscrita por enfermeiros em São Paulo revelou que apenas 31%
aos cuidados primários normatizados pelo Ministério da (40/131) utilizaram protocolos para tratar infecções em
Saúde (MS). A inclusão da prescrição de medicamentos mulheres grávidas e seus parceiros12. Outros estudos mos-
por enfermeiro na APS, objeto de profundo debate traram que os enfermeiros demonstram medo e inseguran-
na categoria e motivo de polêmicas em torno do ato ça nas ações prescritivas13 ou que temem reclamações14.
médico7, coincide com fatores externos à categoria que Pode-se elencar algumas razões possíveis para
são estruturais, advindos da reformulação do sistema essa situação. A primeira hipótese é que em oposição ao
de saúde com a criação do Sistema de Único de Saúde recomendado pelo International Council of Nurses (ICN),
(SUS) nos anos 80. Houve uma grande expansão da no Brasil não há exigência de conhecimento especiali-
cobertura populacional promovida pelo Programa de zado, experiência clínica e registro do prescritor, como
Saúde da Família (PSF) criado em 1994 e que nos anos pré-requisitos à prescrição por enfermeiros. A segunda
2000 transformou-se em estratégia nacional de orga- hipótese é que um grande número de protocolos foi
nização desse nível de atenção. O MS disponibiliza um elaborado pelo MS de forma centralizada, com pouca
conjunto de ações e procedimentos voltados para APS participação das equipes de saúde locais, há denúncia
e dispostos em protocolos assistências ou Cadernos de sobre a falta de protocolos municipais e a percepção
Atenção Básica (CAB) a serem adotados pelos diferentes equivocada de que há restrições por parte do Conselho
profissionais envolvidos no processo de intervenção, Federal de Enfermagem15.
como enfermeiros, médicos e dentistas. Os Cadernos No Brasil, não há pesquisas que caracterizem o
abordam situações e problemas de saúde, no âmbito de modelo de prescrição de medicamentos por enfermeiro
determinado serviço ou instituição, com destaque para na APS. Explicita-se a ausência de requisitos e de debate
as ações técnicas e o uso de medicamentos8. para subsidiar as discussões sobre a necessidade de
Partindo do pressuposto da circunscrição à APS e fortalecer a formação e a autonomia dos enfermeiros,
dispersão nos CAB voltados para atuação de diferentes na direção de uma prática avançada com qualidade,
profissionais, este trabalho objetiva caracterizar o mode- como ocorre nos países desenvolvidos.
lo de prescrição de medicamentos por enfermeiros nos
Protocolos de Atenção Primária à Saúde no Brasil. Por Metodologia
ainda gerar controvérsias, sua análise a luz das experi-
ências internacionais, muitas delas inovadoras quando Trata-se de análise documental de cunho etno-
comparadas a situação brasileira, contribuirá com sub- medológico que apreende os documentos como uma
sídios para promover avanços e superar desafios com versão específica da realidade contextual construída
vistas à qualidade do cuidado prestado na APS. Também com objetivos específicos16. Os documentos são anali-
pode ser um ponto de partida para o aprofundamento sados não como containers de informação e sim como
de pesquisas nesse campo da enfermagem. dispositivos comunicativos17,18.
Foram selecionados, inicialmente, os 33 Cadernos
Revisão de Literatura de Atenção Básica, com base em análise preliminar
acerca da autenticidade (primários e disponibilizados
Embora a prescrição de medicamentos por en- pelo próprio autor), representatividade (contém infor-
fermeiros seja permitida por lei6, no Brasil há forte mações necessárias ao estudo do objeto) e significação
resistência médica à prescrição e ao diagnóstico por (compreensivo aos atores envolvidos no contexto)17.
outros profissionais. A lei que regulamenta a profissão Os critérios de inclusão foram: ano de publica-
médica (Lei 12.482/2013)9 causou insatisfação entre os ção, a partir de 2002 e a vulnerabilidade programática
médicos por não garantir exclusividade na formulação (crianças, mulheres, doenças transmissíveis e crônicas).
de diagnóstico e instituição da terapêutica7. Excluíram-se os protocolos sobre promoção, organização
Em outros países a categoria médica também é do serviço, práticas integrativas, saúde bucal, procedi-
resistente à prescrição por enfermeiro. No Reino Unido mentos clínicos e cirúrgicos e visita domiciliar por não
essa resistência foi ultrapassada há mais de uma década. contemplarem ações de prescrição de medicamentos por

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enfermeiros. O tamanho amostral foi de dez protocolos Pré-requisitos da prescrição de medicamentos por
pelo alcance do grau de saturação das informações pos- enfermeiros
síveis para responder à pergunta de pesquisa18. Na maioria dos protocolos analisados, não se ob-
Os documentos analisados foram acessados entre serva a existência de pré-requisitos à prática prescricio-
agosto a outubro de 2011, no portal do Departamento nal dos enfermeiros, sendo essa permitida àquele que
de Atenção Básica do Ministério da Saúde (MS) - http:// tenha concluído a graduação em enfermagem.
dab.saude.gov.br/caderno_ab.php/. O roteiro de coleta Apenas o Protocolo de Atenção Integral às Do-
utilizou as categorias do modelo teórico19 aplicado ao enças Prevalentes da Infância (AIDPI) e o Protocolo
corpo dos documentos analisados com base no ICN20. de Enfermagem para Tuberculose referem algum tipo
As variáveis analisadas foram: objeto/área do cuidado, de exigência de capacitação. O primeiro recomenda
nome/identificação do protocolo, profissional (is) a capacitação de oito dias de aulas teóricas e práticas. O
quem se destina o protocolo, contexto da prescrição com outro indica que o enfermeiro seja capacitado, mas não
justificativa, existência de pré-requisitos à prescrição do especifica a duração da capacitação.
enfermeiro (experiência clínica/capacitação), indicação O curso de AIDPI para capacitar o profissional do nível
de registro de prescritor, atribuições do enfermeiro na operacional [profissional de nível superior] é realizado
prescrição, compartilhamento ou não das atribuições da em oito dias, com um componente maior em atividades
prescrição, grupo de medicamentos que podem ser pres- práticas. (CAB/CR/1, p. 23).
critos por enfermeiros, data da publicação e localizador. O enfermeiro capacitado nas ações de controle da
O roteiro de coleta foi enviado por correio eletrôni- tuberculose deve identificar informações clínicas, epi-
co, entre outubro e novembro de 2011 a cinco juízes ou demiológicos e sociais dos suspeitos da enfermidade e
especialistas - pesquisadores com produção intelectual tomar providências para o esclarecimento do diagnós-
sobre a temática nos últimos 5 anos. Todos os itens tico. (CAB/TB/1, p. 36).
tiveram um Índice de Concordância Interavaliadores Em nenhum dos protocolos observa-se a exigência
(IRA) de 100% quanto à representatividade e clareza de experiência clínica como condição para a prescrição
dos itens em relação ao conteúdo estudado. de medicamentos.
O uso de documentos de domínio público dispen-
sou a necessidade de aprovação pelo Comitê de Ética Possibilidades de realização de diagnóstico clínico
em Pesquisa com Seres Humanos. Há distintas situações quanto à realização de diag-
Procedeu-se à análise qualitativa de conteúdo a nóstico clínico. Há a possibilidade de diagnóstico pelo en-
partir das seis etapas orientadas por Mayring21. Na pri- fermeiro nos Protocolos de Nutrição Infantil para identificar
meira etapa, foram selecionados os trechos relevantes e tratar os problemas relacionados à amamentação; no
nos documentos que correspondessem à questão de Protocolo do Pré-Natal, faz-se o diagnóstico da gravidez e
pesquisa. Na segunda, analisou-se a situação de coleta das intercorrências clínicas mais frequentes; e no Protocolo
de dados e constatou-se que os documentos foram ori- do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)/Síndrome
ginados no MS. Na terceira, verificou-se a caracterização da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), Hepatites e outras
formal do documento e constatou-se tratar-se da Série Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) o diagnóstico
Cadernos de Atenção Básica. Prosseguindo, na quarta é de presunção das principais síndromes.
etapa, definiu-se a direção da análise localizando, nos Após a confirmação da gravidez em consulta médica
protocolos, os conteúdos relacionados às atribuições ou de enfermagem, dá-se início ao acompanhamento
de prescrição. Na quinta etapa, determinou-se como da gestante [p. 21]. ...O diagnóstico pode ser clínico e
os achados mais comuns são [...]. (CAB/UM/1, p. 77).
técnica a síntese da análise de conteúdo realizada em
dois momentos: primeira redução, em que trechos e O profissional de saúde, conhecendo os principais aspectos
paráfrases pouco relevantes são omitidos, e segunda anatômicos e funcionais, tanto do organismo masculino
quanto do feminino, poderá associar os dados da anam-
redução, em que as paráfrases similares são agrupadas
nese e fazer um diagnóstico de presunção das principais
e sintetizadas. Na última etapa, escolheu-se como uni- síndromes (abordagem sindrômica). (CAB/DST/1, p. 45).
dade analítica tanto as unidades de codificação repre-
sentadas pela palavra prescrição, quanto as unidades Nos Protocolos de Hipertensão, Diabetes, Hanse-
de contexto ou trechos explicativos de como acontecia níase, Tuberculose e Câncer de Colo do Útero e Mama
a prescrição de medicamentos. o diagnóstico clínico é feito, exclusivamente, pelo
médico, pois ele não está presente nas atribuições do
Resultados enfermeiro.
Em relação ao Protocolo de Tuberculose há uma
Cadernos de Atenção Básica analisados
particularidade, visto que em um protocolo, não é pos-
Os protocolos analisados estão descritos na Figura sível ao enfermeiro realizar o diagnóstico, entretanto no
1. Para cada CAB, foi utilizado um código de referência Protocolo de Enfermagem para Tuberculose o diagnós-
nesta pesquisa para sua identificação . tico está implícito nas atribuições desse profissional.

Recebido em: 26/03/2015 – Aprovado em: 18/05/2016 Rev enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2016; 24(3):e13923. • p.3
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Código de
Data de
referência
Objeto do cuidado Nome do Documento publica- Localizador
na
ção
pesquisa
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoe
Protocolo de Atenção às
s/AIDPI_modulo_1.pdf
Doenças Prevalentes na 2003 CAB/CR/1
Crianças em http://www.rebidia.org.br/images/stories/
Infância
situação de PDF/03_0029_m1_pneumonia.pdf
vulnerabilidade Protocolos de Nutrição
http://dab.saude.gov.br/portaldab/bibliot
Infantil, Aleitamento Materno 2009 CAB/CR/2
eca.php?conteudo=publicacoes/cab23
e Alimentação Complementar
Protocolo de Pré-Natal e http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoe
Mulheres em 2006 CAB/UM/1
Puerpério s/manual_pre_natal_puerperio_3ed.pdf
situação de
Câncer de Colo de útero e http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoe
vulnerabilidade 2006 CAB/UM/2
Mama s/controle_cancer_colo_utero_mama.pdf
Cadernos de Hipertensão http://dab.saude.gov.br/portaldab/bibliot
2006 CAB/HAS/1
Doenças Crônicas Arterial eca.php?conteudo=publicacoes/cab15
Não Transmissíveis http://dab.saude.gov.br/portaldab/bibliot
Diabetes mellitus 2006 CAB/DIA/1
eca.php?conteudo=publicacoes/cab16
Vírus da Imunodeficiência
Humana/Síndrome da
http://dab.saude.gov.br/portaldab/bibliot
Imunodeficiência Adquirida, 2006 CAB/DST/1
eca.php?conteudo=publicacoes/cab18
Hepatites e outras Doenças
Sexualmente Transmissíveis
Doenças Tratamento Diretamente
transmissíveis Observado da Tuberculose na http://riocomsaude.rj.gov.br/Publico/Mos
2011 CAB/TB/1
/contagiosas Atenção Básica. Protocolo de trarArquivo.aspx?C=ecj65vw7BD0%3D
Enfermagem
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoe
Protocolo de Tuberculose 2002 CAB/TB/2
s/caderno_atencao_basica.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoe
Protocolo de Hanseníase 2002 CAB/HAN/1
s/guia_de_hanseniase.pdf

FIGURA 1: Amostra dos 10 Cadernos de Atenção Básica (CAB) por objeto do cuidado, nome, ano de publicação, localizador e código de refe-
rência na pesquisa. Brasil, 2011.

É função do enfermeiro do programa de controle da


Níveis de autonomia do enfermeiro para a prescrição
tuberculose organizar e cumprir as recomendações do
Ministério da Saúde e, segundo a Portaria da Atenção
de medicamentos
Básica nº 648, de 28 de março de 2006, o diagnóstico Há distintos níveis de autonomia do enfermeiro
de tuberculose nos serviços de saúde está implícito nas para a prescrição de medicamentos, sendo observados
atribuições desse profissional [...]. (CAB/TB/1, p. 36). três subtipos: o primeiro subtipo é com dependência
De forma peculiar, observa-se que no Protocolo do diagnóstico e prescrição médica inicial. Nesse caso,
de AIDPI não há a etapa do diagnóstico, uma vez que compete ao médico a decisão terapêutica definindo o
seu objetivo é identificar sinais clínicos e fazer uma início do tratamento, como é observado nos Protocolos
triagem rápida para a atenção necessária e prescrição de Hipertensão, Diabetes, Câncer de Colo e de Mama.
aos seguintes agravos: desnutrição, doenças diarreicas, O enfermeiro faz o acompanhamento dos usuários e
infecções respiratórias agudas, malária, entre outros. nas consultas subsequentes deve manter a mesma
O objetivo da estratégia AIDPI não é estabelecer um prescrição médica.
diagnóstico específico de uma determinada doença, Atribuições do enfermeiro: [...] 2. Realizar consulta de
mas identificar sinais clínicos que permitam a avaliação enfermagem, abordando fatores de risco, tratamento
e classificação adequada do quadro e fazer uma triagem não medicamentoso, adesão e possíveis intercorrências
rápida quanto à natureza da atenção requerida pela ao tratamento, encaminhando o indivíduo ao médico,
criança [...]. (CAB/CR/1, p. 05). quando necessário. (CAB/HAS/1, p. 40-41).

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No segundo subtipo de autonomia, a dependência Para os protocolos em que a prescrição não depen-
é apenas do diagnóstico médico que pode ser encontra- de do diagnóstico médico, os grupos de medicamentos
do no Protocolo de Tuberculose. Nesse caso, na ausência que podem ser prescritos pelos enfermeiros são: antibi-
do médico, o enfermeiro poderá instituir o tratamento óticos, analgésicos, antipiréticos, antiparasitários, bron-
e agendar posteriormente a consulta médica. codilatadores, vitaminas e sais minerais para o grupo
Se o serviço tiver médico, encaminhar o paciente infantil, antibióticos, antifúngicos, anti-inflamatórios
imediatamente para a consulta; caso contrário, o en- não esteróides, anti-helmínticos, antiparasitários, an-
fermeiro inicia o tratamento e agenda a consulta para timicóticos e sulfas.
o médico. (CAD/TB/1, p. 81).
Discussão
O terceiro subtipo de autonomia é sem dependên-
cia do diagnóstico e prescrição médica. Nos Protocolos No tocante aos pré-requisitos da prescrição do
de Nutrição Infantil, Protocolo de AIDPI, Pré-Natal e HIV/ enfermeiro, a maioria dos protocolos está de acordo com
AIDS, Hepatites e outras DST o enfermeiro atua de modo a legislação do exercício profissional da enfermagem no
semelhante ao médico por integrar a equipe de APS. Brasil que não prevê exigência de conhecimento especiali-
Os profissionais de saúde têm um papel importante na zado ou experiência clínica prévia. No entanto, considera-
prevenção e no manejo dessas dificuldades. [...]1.9.6.1 -se que para a prescrição, o enfermeiro deve adquirir
Manejo: O tratamento inicialmente é local, com Nistati- formação específica como se verifica em vários países4,
na, Clotrimazol, Miconazol ou Cetoconazol tópicos por ainda que de curta duração, como no Reino Unido3.
duas semanas. (CAB/CR/2, p. 43). Os Protocolos de AIDPI e Enfermagem para Tubercu-
Nas situações de emese persistente, o profissional de lose se alinham à proposta internacional por exigir capaci-
saúde deve prescrever drogas antieméticas, por via oral tação prévia, entretanto não atende ao preconizado pelo
ou intravenosa, além de hidratação. (CAB/UM/1, p. 89). ICN, que é o grau de mestre ou equivalente 20. Estudo rea-
lizado na Bahia e Ceará sobre os protocolos de doenças da
Compartilhamento e distinção entre os profissionais infância mostrou que, depois de treinado, o desempenho
de saúde nas situações de prescrição de medicamentos do enfermeiro foi tão bom ou melhor que o do médico22.
Em alguns protocolos, as atribuições são comuns aos Não há registro específico no Conselho de Enfer-
profissionais da equipe de saúde e em outros há distinção magem para aqueles que são prescritores. Por outro
das atribuições para médicos e enfermeiros. Observou-se lado, sabe-se da existência de mais de 48.000 enfermei-
que nos Protocolos de Nutrição Infantil, de AIDPI, HIV/ ros de equipes credenciadas no MS vinculados à ESF23,
AIDS, Hepatites e outras DST e Pré-Natal as atribuições de que são prescritores potenciais. Ignora-se a existência
prescrição são comuns aos enfermeiros e médicos. de acompanhamento desses profissionais, sua adesão
O objetivo desse atendimento é tentar prover na ou não a essa atribuição e possíveis dificuldades.
primeira consulta o diagnóstico, o tratamento e o Quanto à possibilidade de realização de diagnós-
aconselhamento adequados [...]. Seguindo os passos tico clínico, há situações distintas. Nos Protocolos de
dos fluxogramas, o profissional estará habilitado a: 1. Nutrição Infantil, Protocolo de AIDPI, Pré-Natal, DST/
Fazer o diagnóstico sindrômico. 2. Iniciar o tratamento AIDS, Hepatites e outras DST o diagnóstico pode ser
imediatamente. (CAB/DST/1, p. 44).
dado pelo enfermeiro.
Para os Protocolos de Tuberculose, Hanseníase, Destaca-se que, nos países em que o enfermeiro
Diabetes, Hipertensão e Câncer de Colo de Útero e é prescritor independente há maior flexibilidade para o
Mama as atribuições são específicas para cada profis- diagnóstico e prescrição no escopo de sua competência10.
sional, com prescrição exclusiva do médico. Nos Pro-
Mesmo seguindo o protocolo, a prescrição por
tocolos de Hipertensão e Diabetes, a participação do
enfermeiros pode representar maior independência em
enfermeiro no tratamento medicamentoso é de forma
relação ao profissional médico, considerado historica-
colaborativa, restrita à manutenção do medicamento
mente único responsável pelo diagnóstico e prescrição7,5.
após a prescrição médica inicial.
Estudo realizado em Natal-RN, sobre o acompanhamento
Atribuições do enfermeiro: [...] 9. Repetir a medicação de gestantes com sífilis revelou que apenas seis dos 30
de indivíduos controlados e sem intercorrências. (CAB/ enfermeiros investigados prescreviam medicamentos para
DIA/1, p. 47). clientes diagnosticadas. Os demais profissionais alegaram
ser um procedimento médico, a inexistência de protocolos
Grupos de medicamentos prescritos por enfermeiros
municipais, restrições dos Conselhos de Enfermagem e
Nos protocolos nos quais há dependência de insegurança15. Entretanto, não há esse tipo de restrições
prescrição médica inicial o enfermeiro pode realizar por parte desses Conselhos. Outro estudo sobre atenção
a prescrição subsequente dos seguintes grupos de pré-natal revelou que os enfermeiros indicaram como uma
medicamentos: antituberculosos, anti-hansenianos, das dificuldades à operacionalização da atenção a proi-
anti-hipertensivos, antiglicemiantes. bição institucional para a prescrição de medicamentos12.

Recebido em: 26/03/2015 – Aprovado em: 18/05/2016 Rev enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2016; 24(3):e13923. • p.5
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Nos protocolos de Hipertensão, Diabetes, Hanse- No Reino Unido, os enfermeiros prescritores


níase, Tuberculose onde a prescrição é dependente do independentes prescrevem qualquer medicamento,
diagnóstico das doenças, esse diagnóstico permanece incluindo os controlados2. Na Inglaterra observa-se em
reservado ao médico. A exceção que permite ao enfer- média a emissão da prescrição de medicamentos por
meiro instituir o tratamento de Tuberculose na ausência enfermeiros a cada 2,82 consultas11. Quando comparado
do médico pode ser justificada pela exclusão social que ao cenário internacional, pode-se afirmar que no Brasil
envolve os portadores da doença, além do longo período a prescrição ainda é incipiente, possivelmente pela não
de tratamento e alta taxa de abandono. universalização do seu uso nos serviços de saúde7.
Os subtipos de autonomia encontrados nos proto- A reafirmação da prescrição de medicamentos
colos revelam o menor ou maior grau de dependência por enfermeiros na atual Portaria Nacional de Atenção
do médico e, consequentemente, de autonomia do Básica e a garantia de que essa atribuição não seja priva-
enfermeiro. No entanto, salienta-se que um profissional tiva do profissional médico tornam o governo brasileiro
não deve estar em situação de submissão ao outro sob um aliado importante na manutenção do enfermeiro
pena de ter sua autonomia limitada13. como prescritor.
Estudo realizado no Reino Unido aplicando o formu- Se por um lado, pode-se afirmar que o governo
lário do Índice de Adequação de Medicamentos aos enfer- brasileiro induz a prescrição de medicamentos por
meiros e farmacêuticos prescritores revelou que esses pro- enfermeiros por meio dos protocolos, por outro não
fissionais tomam decisão clínica adequada ao prescrever1. introduz medidas de governança e apoio para a sua
A forma diferenciada dessa autonomia pode trazer implementação nos sistemas de saúde local. Portanto,
dúvidas ao profissional e acarretar práticas prescritivas não basta normatizar a prescrição, é preciso construir
limitadas ou discricionárias, tornando-se pouco seguras estratégias de maior divulgação, qualificação e acom-
aos enfermeiros e clientes. Essa situação é reveladora panhamento de enfermeiros prescritores.
de que não há o alcance da padronização dos processos
de trabalho das equipes de APS, o que pode afetar a
Conclusão
qualidade dos serviços ofertados8. No Brasil, confirma-se uma prática prescritiva
Quanto ao compartilhamento ou distinção das quase sem requisitos. O diagnóstico por enfermeiros é
situações de prescrição nos protocolos observou-se possível em algumas situações, entretanto em outras,
que, havendo distinção das atribuições, o diagnóstico da os protocolos determinam resguardar o diagnóstico e
doença é reservado ao médico. Quando as atribuições a instituição da terapêutica ao médico.
são comuns aos profissionais de saúde garante-se maior Os distintos níveis de autonomia do enfermeiro
autonomia do enfermeiro. Essa diferenciação nas atribui- relacionam-se ao grau de dependência do médico.
ções parece estar relacionada às distintas situações de Desse modo, as atribuições de prescrição ora são com-
saúde. No caso do Protocolo de AIDPI, a estratégia pode partilhadas, ora são distintas, ainda assim, considera-se
promover rápida e significativa redução da mortalidade que os protocolos garantem algum espaço de prescrição
infantil, configurando-se o melhor custo/benefício24. inserindo o enfermeiro como prescritor legitimado. Isso
Convém esclarecer que este estudo não tem a pode ser constatado pela variedade de grupos de medi-
intenção de exaltar a medicalização da assistência, uma camentos que o enfermeiro pode prescrever.
vez que tomada de forma fragmentada, essa atribuição Há uma diversidade de orientações sobre a prá-
pode contribuir para a reprodução do modelo biomédi- tica prescritiva do enfermeiro, com variação para uma
co25. Nesse sentido, são importantes as estratégias de mesma situação, como é o caso da tuberculose. A falta
desmedicalização com vistas a uma abordagem mais de padronização pode ter efeito sobre a qualidade da
humanística da atenção à saúde26. prescrição do enfermeiro.
No cenário internacional, o enfermeiro prescritor Recomenda-se que a ocupação desse espaço
complementar é parceiro voluntário do prescritor inde- pelo enfermeiro seja acompanhada de reordenação
pendente, geralmente um médico20. Na opinião do público na formação para qualificação da prática prescritiva
escocês é muito importante a comunicação e cooperação terapêutica, sob a responsabilidade das Instituições
entre prescritores médicos e não médicos visto que pode de Ensino Superior, dos Conselhos de Enfermagem e
impactar na assistência e segurança do paciente10. do próprio enfermeiro, responsável por seus atos no
Observou-se expressivo número de classes de exercício da profissão.
medicamentos que podem ser solicitados por enfer- O estudo apresenta como limitação a visão apenas
meiros, indicando que o MS tem interesse em manter institucional da problemática em questão. Por ser um
essa atribuição. No entanto, estudo realizado sobre a estudo exploratório devido à escassez do conhecimento
dinâmica do planejamento familiar exercido por enfer- sobre o tema, sugere-se estudo avaliativo sobre a qua-
meiros mostrou que apenas 48,3% deles prescrevem lidade da prescrição de medicamentos que vem sendo
métodos anticoncepcionais14. realizada pelos enfermeiros.

p.6 • Rev enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2016; 24(3):e13923.


Artigo de Pesquisa
Original Research Martiniano CS, Coêlho AA, Souza MB, Brandão ICA, Silva AKF, Uchôa SACI
Artículo de Investigación

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Recebido em: 26/03/2015 – Aprovado em: 18/05/2016 Rev enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2016; 24(3):e13923. • p.7

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