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SISTEMA

DIGESTÓRIO
Classificação dos Animais de
acordo com o tipo TGI

Não Ruminantes Simples: cães e gatos

 Não Ruminantes-onívoros com fermentação limitada:


suínos, aves e ratos

 Não Ruminantes Herbívoros: eqüinos e coelhos

 Ruminantes-fermentação pré-gástrica: bovinos,


ovinos,caprinos e bubalinos
Digestão e Absorção

 Boca: A mastigação tem como objetivo dividir o alimento


em partículas menores e misturá-lo com a saliva.

 A saliva é formada por água, mucina, sais inorgânicos e a


enzima α-amilase ou ptialina, enzima que ataca as ligações α-
1-4, presentes no amido e em outros polissacarídeos, mas
que exerce pouco efeito em função da rápida deglutição.

 Esta enzima atua sobre carboidratos, iniciando sua


degradação, e age até o estômago, onde é inativada pelo pH
estomacal (1,7-2,0).
Dentes e fórmula dentária:
Animais Difiodentes

⚫ Dentição de leite
2(i 3/3; c 1/1; m 4/4) = 32 dentes;

⚫ Dentição pernamente
2(i 3/3; c 1/1; pm 4/4; m 3/3) = 44 dentes
início aos 5 meses;
Completa aos 18 meses

Incisivo- 1,2,3
Canino- 4
Pré Molar- 5,6,7,8
Molar- 9,10,11
Glândulas Salivares – 3 pares de glândulas:
-Parótidas
-Submaxilares
-Sublinguais
LÍNGUA
-Papila filiforme: pontiagudas, com função mecânica
- Papilas fungiformes: forma de cogumelo com função gustaviva
- Papilas circunvaladas ou valadas: circundadas por um sulco
profundo onde desembocam os ductos das glândulas salivares
-Papilas Cônicas
As Glândulas próprias ou
fúndicas é compreendida
basicamente em três tipos de
células. No terço médio
surgem às células principais
que secretam o pepsinogênio
e as parietais que secretam o
ácido clorídrico.
O EPITÉLIO ABSORTIVO: INTESTINO DELGADO
ADAPTAÇÕES ABSORTIVAS
A maior parte do material alimentar que chega à entrada do colon já
teve absorvida a maior parte dos nutrientes solúveis.

 As glândulas presentes no intestino grosso são do tipo mucoso, não


produtoras de enzimas.

 O intestino grosso é considerado como câmara de fermentação


microbiana, nesta porção do intestino tem uma grande quantidade de
microrganismos que realizam a digestão dos alimentos fibrosos e
síntese de vitaminas K e algumas do complexo B. Também nesta
porção do intestino ocorrerá a reabsorção da água dos alimentos e
formação das fezes.

 Extensa atividade microbiana ocorre, principalmente no ceco. A


contribuição dos ácidos graxos voláteis (AGV – ácido acético, butírico e
propiônico) produzidos pode chegar a 10 - 12% das necessidades de
mantença do suíno adulto.
ANATOMIA COMPARADA
ALIMENTAÇÃO DO ANIMAL JOVEM
Nas duas semanas de vida o leitão está fisiologicamente apto a digerir
proteínas do leite (caseína-renina), o açúcar do leite (lactose-lactase). As
enzimas amilase, sacarase e tripsina se desenvolvem, de forma mais
significativa, a partir da 2ª ou 3ª semana de vida do leitão. O
desenvolvimento desses sistemas enzimáticos pode ser acelerado
estimulando o consumo, mesmo em pequenas quantidades.

Atividade enzimática do leitão até a 6ª


semana de idade

⚫ Ao nascimento, a atividade
da amilase, maltase e
sacarase é baixa, enquanto a
lactase é muita ativa e
decresce com o avanço da
idade.
DIGESTÃO DO LEITÃO JOVEM:

⚫ O colostro da porca e da vaca contém um inibidor da tripsina que


protege as Imunoglobulinas da proteólise quando absorvidas.

⚫ O desenvolvimento da atividade da pepsina, no leitão e no


bezerro, depende da ingestão de alimento sólido.

⚫ A digestão das proteínas do leite ocorre por ação da renina,


lactase e da tripsina. A secreção de renina e lactase decresce
rapidamente a partir da ingestão de alimentos sólidos.

⚫ Baixa capacidade de digerir gorduras devido à baixa produção de


bile.
◼ O pH elevado, no início da vida, é necessário para que as
imunoglobulinas passem intactas pelo estomago, pois sob condições
ácidas adequadas, a ação da pepsina é intensa.
◼ Quando o pH gástrico é baixo, a multiplicação das bactérias ingeridas
pela dieta é reduzida (barreira antimicrobiana), com exceção dos
lactobacilos que continuam a proliferar.
Comportamento do pH estomacal do leitão do nascimento a 7º
semana.
SISTEMA DIGESTÓRIO EM AVES

As aves são animais vertebrados


com uma dieta alimentar que varia
de acordo com a espécie. Podem
ser Herbívoras, Carnívoras e
Onívoras.
Aa aves não possuem dentes
(fato decorrente de uma
adaptação ao voo), ingerem o seu
alimento pelo bico córneo, cuja
forma e tamanho também irão
variar de acordo com o tipo de
alimentação da ave.
SISTEMA DIGESTÓRIO EM AVES
O esôfago é um órgão oco que através dos movimentos peristálticos
fazem com que o bolo alimentar avance até o papo (em 2 segundos,
aproximadamente) mesmo que esteja de cabeça para baixo.

Nos galináceos adultos, o comprimento de todo trato pode ser de 210


cm ou mais. Em geral, o esôfago das aves é comparativamente longo
e de maior diâmetro, sendo mais largo nas espécies que deglutem
pedaços maiores de alimento.
SISTEMA DIGESTÓRIO EM AVES
No sistema digestório das aves há uma dilatação no esôfago chamada
de papo, que serve para armazenar e digerir (amilase salivar) o alimento
e também para umedecê-lo, tornando-o mais macio. Ao armazenar os
alimentos no papo, a ave tem a oportunidade de digeri-lo em um local
mais seguro.
Logo depois do papo, encontra-se um estômago
dividido em duas partes, chamadas
de proventrículo e moela.
No proventrículo, também conhecido como estômago químico, o
alimento é misturado a enzimas digestórias (pepsina e ácido
clorídrico), sendo encaminhado para a moela, também conhecida
como estômago mecânico, uma estrutura de paredes grossas e
musculosas, onde o alimento que já está amolecido e misturado a
enzimas digestórias será triturado. Muitas espécies
de aves herbívoras engolem pequenas pedrinhas para que elas
auxiliem na trituração do alimento na moela.
O intestino delgado das aves (duodeno, jejuno e íleo) mede 125 cm
e assemelha-se muito ao dos mamíferos, sendo que
nas aves herbívoras o intestino é muito maior do que
nas aves carnívoras. No duodeno é lançado suco pancreático que
contém proteases, lipases e amilases.

A mucosa do intestino delgado é semelhante a dos mamíferos, exceto


que as vilosidades geralmente são mais altas, mais delgadas e mais
numerosas nas aves.
O intestino grosso (ceco e cólon-reto) desses animais é curto e
termina na cloaca, onde também são lançados os ductos do sistema
excretor e reprodutor. A cloaca é uma bolsa única das aves, onde
desembocam as partes finais do sistema digestório, urinário e
reprodutor e que se abre para o exterior. É pela cloaca que as aves
eliminam as fezes e a urina e também põem os ovos.
É na cloaca que ocorre a absorção da maior parte da água presente
na urina, ficando o ácido úrico altamente concentrado, com uma
consistência pastosa e cor esbranquiçada, sendo então eliminado
juntamente com as fezes do animal.
CONCLUSÃO

▪ O Sistema Digestivo das aves possui peculiaridades se


comparado a outros animais. Essas diferenças devem ser
levadas em consideração durante o manejo alimentar dos
animais, tendo em vista que o sucesso da produção e
desenvolvimento das aves depende diretamente da eficiência
e aproveitamento alimentar.

▪ O entendimento dos processos, sistemas e aparatos biológicos


presentes no processo digestivo avícola proporciona a adoção
de práticas nutricionais, sanitárias e de manejo de acordo as
necessidades das aves preservando sua capacidade produtiva
e desenvolvimento.
FIM

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