Função Da Segurança Social
Função Da Segurança Social
Função Da Segurança Social
Serviço Social 2
2ā ano laboral
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1. Função da segurança social; mediante a intervenção do sistema
politico, para suprir as incapacidades de um sistema que funciona
com muitas imperfeições
1.1. Surgimento e desenvolvimento da proteção e segurança social
em Moçambique
A segunda etapa ocorreu nos finais do século XIX. Com a colonização introduziram-se
novas formas de trabalho, o trabalho assalariado, particularmente nas zonas urbanas, o que
promoveu o êxodo rural, bem como à dissociação dos indivíduos dos seus grupos de
referência, criando-lhes novas necessidades por passarem a trabalhadores assalariados.
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Importa referir que o regime colonial, dada a sua natureza, constituiu três classes de
cidadãos: Os colonos que tinham direito ao gozo pleno de cidadania, os assimilados que
gozavam de alguns direitos e os indiginas que não gozavam de nenhum direito de
cidadania.
Com o objectivo de beneficiar os servidores do regime colonial, foi introduzido em 19011,
o Regulamento da Fazenda do Ultramar, redigido na Metrópole, que garantia a previdência
Social aos Servidores do Aparelho do Estado Colonial, em detrimento dos trabalhadores
moçambicanos e indígenas.
Uma das razões primordiais para a aplicação deste regulamento visava a reintegração destes
trabalhadores portugueses no sistema de segurança social português quando regressassem à
Metrópole. Os trabalhadores indígenas ocupavam posições subalternas e auferirem salários
muito baixos. Assim, apenas alguns trabalhadores que, na altura, já estavam organizados
em pequenos sindicatos, como por exemplo, os da SOGER, é que já manifestavam a
necessidade de serem também integrados em programas de segurança social.
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prestações em caso de acidentes de trabalho, doença, invalidez, aposentadoria e morte.
Neste período, a situação da protecção social em Moçambique alterou-se completamente.
O Governo de Moçambique independente, caracterizou-se por uma centralização do poder
político e económico, o que implicava a preocupação de organizar e controlar a sociedade.
Assim, introduziu uma política de ocupação (trabalho) para todos, através das empresas e
machambas estatais, ao mesmo que subvencionava diversos serviços para a população,
como saúde, educação, habitação etc. O novo Estado em implantação, segundo Castel-
Branco “era o intérprete supremo do modelo ‘Socialista’.
2. Conceitos
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sobreviventes em caso da morte do indivíduo ou de incapacidade total de prover
rendimentos para a sobrevivência da família como um todo. Embora este conceito possa
representar ideias diferentes para diversas pessoas existe um traço comum, que é o desejo
natural das pessoas, das comunidades e da sociedade em geral, de ter uma maior protecção
social em situações de carência na vida.
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O seguro social é uma das componentes da segurança social que Baker and Holtzhausen o
definem como sendo, seguro administrado pelo Estado para dar, ao ganha pão e seus
dependentes, a mínima renda durante os períodos em que os seus rendimentos são
reduzidos ou tenham cessado por qualquer contingência. Isto pode ser distinguido a partir
da segurança social na medida em que esta é confinado às pessoas integradas no mercado
formal de trabalho.
De acordo com a OIT, os regimes de seguro social podem diferir uns dos outros, mas o que
os caracteriza são os seguintes elementos Principais:
São financiados por contribuições, normalmente partilhadas entre os
trabalhadores e as entidades empregadoras, caso do Instituto de segurança social em
Moçambique.
As prestações são garantidas com base no registo das contribuições, pois sem o
registo, os beneficiários não poderão usufruir dos seus direitos ao seguro social.
Este conceito baseia-se no princípio do agrupamento de riscos do mesmo tipo. Implica uma
contribuição para um fundo comum por parte de todos os envolvidos e abrangidos pelo
regime. Se um contribuinte preencher os requisitos estabelecidos para o pagamento da
prestação, as suas necessidades são cobertas através do fundo de seguro.
O seguro social é uma das componentes da segurança social que Baker e Holtzhausen o
definem como sendo, seguro administrado pelo Estado para dar, ao ganha pão e seus
dependentes, a mínima renda durante os períodos em que os seus rendimentos são
reduzidos ou tenham cessado por qualquer contingência.
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enquadradas no sistema formal de segurança social, como por exemplo os trabalhadores
dos Conselhos Municipais, das igrejas na sua adversidade, dos transportes públicos
semicolectivos, agricultura comercial etc.
Como se pode depreender trata-se de instituições que foram criadas e com estatutos
formalmente reconhecidos e, as vezes com licenças de atividades económicas e com
número mínimo de trabalhadores, mas não estão enquadradas na segurança social formal.
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através de outros regulamentos, por forma a adequar-se às transformações sociais,
económicas e políticas em curso no nosso país.
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3.3. Previdência Social para Deputados
A previdência e segurança social do deputado, é estipulada pela lei número 21/2002, de 21
de outubro, prevista no Artigo 24 da Lei n.º 2/95, de 8 de maio, que aprova o Estatuto do
Deputado e ao abrigo do disposto no n.º 1 do Artigo 135 da Constituição, sendo que o
decreto número 48/2002, de 26 de dezembro aprova o respetivo regulamento do Sistema
(Lei de Previdência e Segurança Social, 2002).
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Representantes dos trabalhadores.
Para além das contribuições dos trabalhadores e das entidades empregadoras, este regime
de segurança social poderá ser financiado pelas contribuições do Estado, doações, bem
como através dos resultados dos seus investimentos. Deste modo, os juros e as reservas do
INSS desempenham um papel importante no co-financiamento do sistema. É certo que, até
ao momento, o INSS não recebe um financiamento directo do Estado. Mas como os seus
funcionários são funcionários do Estado, uma parte dos salários são pagos através do
Orçamento Geral do Estado. Assim, pode-se falar de uma contribuição indirecta do Estado
no sistema de segurança social, além de que, os referidos funcionários em caso de reforma
ou outros benefícios sociais no âmbito da previdência social, são pagos pelo Estado.
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empregadoras no sistema de segurança social gerido pelo INSS. Tecnicamente, no INSS, a
entidade empregadora é designada contribuinte e o trabalhador beneficiário. Para se
beneficiarem do regime de segurança social os trabalhadores são descontados mensalmente
3% do seu salário e a entidade empregadora contribui com mais 4% sobre o salário do
trabalhador. Para além das contribuições dos trabalhadores e das entidades empregadoras,
este regime de segurança social poderá ser financiado pelas contribuições do Estado,
doações, bem como através dos resultados dos seus investimentos. Deste modo, os juros e
as reservas do INSS desempenham um papel importante no co-financiamento do sistema.
É certo que, até ao momento, o INSS não recebe um financiamento directo do Estado. Mas
como os seus funcionários são funcionários do Estado, uma parte dos salários são pagos
através do Orçamento Geral do Estado. Assim, pode-se falar de uma contribuição indirecta
do Estado no sistema de segurança social, além de que, os referidos funcionários em caso
de reforma ou outros benefícios sociais no âmbito da previdência social.
Para além das contribuições dos trabalhadores e das entidades empregadoras, este regime
de segurança social poderá ser financiado pelas contribuições do Estado, doações, bem
como através dos resultados dos seus investimentos. Deste modo, os juros e as reservas do
INSS desempenham um papel importante no co-financiamento do sistema. É certo que, até
ao momento, o INSS não recebe um financiamento directo do Estado. Mas como os seus
funcionários são funcionários do Estado, uma parte dos salários são pagos através do
Orçamento Geral do Estado. Assim, pode-se falar de uma contribuição indirecta do Estado
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no sistema de segurança social, além de que, os referidos funcionários em caso de reforma
ou outros benefícios sociais no âmbito da previdência social, são pagos pelo estado.
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Conclusão
Concluo o presente trabalho com muitas espectativas de como é feito a segurança social em
diversos sectores do nosso estado moçambicano. Existe ainda pouco conhecimento da
função social e económica da segurança social, isto significa que tanto nos empregadores
assim como nos próprios beneficiários a função da segurança social na sociedade e na
economia é desconhecido ou pelo menos é ignorada, chegando-se a considerar a segurança
social como um gasto desnecessário, razão pela qual muitos empregadores não vê a razão
de encaminharem os valores retidos na fonte ao INSS.
Espero que este trabalho possa ser algo de utilidade para a turma e a instituição.
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Referencia bibliográfica
ABRAHAMSSON, Hans e ANDERS, Nilsson. 1994. Moçambique em Transição: um
estudo da história de desenvolvimento durante o período 1974 -1992. Maputo:
Padrigu -CEEI -ISRI.Proteção Social: Abordagens, Desafios e Experiências para
Moçambique
Nacional de Segurança Social (2000): Segurança Social, Revista do INSS. nº 4 Dezembro
2001, Maputo
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