Função Da Segurança Social

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Universidade católica de Moçambique

Faculdade de Ciências Socias e Politica de Quelimane

Tema: Função da segurança social; mediante a intervenção do sistema


politico, para suprir as incapacidades de um sistema que funciona com
muitas imperfeições

Patrícia Turner Zunguza

Curso: Desenvolvimento Comunitário e Serviço Social

Serviço Social 2
2ā ano laboral

Docente: Imedy Condelaque

Quelimane, julho, 2020


Índice
Introdução....................................................................................................................................1
1. Função da segurança social; mediante a intervenção do sistema politico, para suprir as
incapacidades de um sistema que funciona com muitas imperfeições......................................2
1.1. Surgimento e desenvolvimento da proteção e segurança social em Moçambique.......2
2. Conceitos...............................................................................................................................4
2.1. Segurança social...............................................................................................................5
2.2. Seguro Social.....................................................................................................................5
2.3. Sector informal no contexto da segurança social...........................................................6
3. Sistemas formais segurança social em Moçambique.........................................................7
3.1. Previdência Social para Funcionários de Aparelho do Estado.....................................7
3.2. Previdência Social nas Forças Armadas de Moçambique (FADM)..............................8
3.3. Previdência Social para Deputados.................................................................................8
3.4. Segurança Social para Assalariados................................................................................9
3.5. Organização Administrativa do INSS.............................................................................9
Conclusão....................................................................................................................................12
Referencia bibliográfica.............................................................................................................13
Introdução
Neste presente trabalho aborda sobre varias questões de função e segurança social, aqui
podemos dizer é notório o desconhecimento da funcionalidade dos outros subsistemas por
parte dos funcionários da segurança social, isto é, cada sistema considera-se uma ilha
totalmente isolada. Por conseguinte, os sistemas moçambicanos de segurança social não
têm nenhuma relação uns com os outros e no seu funcionamento não se complementam,
para além de que não permitem a transferência das biografias de contribuição de um
sistema para outro.

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1. Função da segurança social; mediante a intervenção do sistema
politico, para suprir as incapacidades de um sistema que funciona
com muitas imperfeições
1.1. Surgimento e desenvolvimento da proteção e segurança social
em Moçambique

Em Moçambique foram constituídas estratégias de proteção social diferentes e divergentes,


de acordo com a forma como os direitos cívicos, políticos e sociais foram se constituindo.
Na verdade, como afirmavam Barbalet e Giddens, “sociedades diferentes atribuem direitos
e deveres diferentes aos seus cidadãos, porque, não existe qualquer princípio universal que
determine direitos e deveres inalienáveis da cidadania em geral” (Barbalet, 1989:19) e
(Giddens ,1997:59).

Assim, na primeira etapa, antes da colonização, como sendo “período pré-colonial”, a


tarefa de assegurar socialmente as pessoas era baseada no princípio de solidariedade e ajuda
mútua enquadrado nas “relações e práticas sociais que, por via de trocas de bens e serviços,
asseguram na sociedade algo do bem-estar e alguma protecção social”

Estas relações caracterizam-se por ser de familiaridade, de amizade e vizinhança, em que


cada um pode ajudar o outro na esperança de que amanhã também vai receber ajuda, sem,
no entanto, precisar de pagar monetariamente. Os moçambicanos adoptaram este princípio
ao longo da sua vida, com o propósito de enfrentar as diferentes formas de riscos sociais
que predominam até hoje nas zonas rurais e urbanas, referenciadas a um grupo de pertença
e obedecendo a regras sociais de cada grupo ou comunidade numa economia de
subsistência.

A segunda etapa ocorreu nos finais do século XIX. Com a colonização introduziram-se
novas formas de trabalho, o trabalho assalariado, particularmente nas zonas urbanas, o que
promoveu o êxodo rural, bem como à dissociação dos indivíduos dos seus grupos de
referência, criando-lhes novas necessidades por passarem a trabalhadores assalariados.

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Importa referir que o regime colonial, dada a sua natureza, constituiu três classes de
cidadãos: Os colonos que tinham direito ao gozo pleno de cidadania, os assimilados que
gozavam de alguns direitos e os indiginas que não gozavam de nenhum direito de
cidadania.
Com o objectivo de beneficiar os servidores do regime colonial, foi introduzido em 19011,
o Regulamento da Fazenda do Ultramar, redigido na Metrópole, que garantia a previdência
Social aos Servidores do Aparelho do Estado Colonial, em detrimento dos trabalhadores
moçambicanos e indígenas.

Uma das razões primordiais para a aplicação deste regulamento visava a reintegração destes
trabalhadores portugueses no sistema de segurança social português quando regressassem à
Metrópole. Os trabalhadores indígenas ocupavam posições subalternas e auferirem salários
muito baixos. Assim, apenas alguns trabalhadores que, na altura, já estavam organizados
em pequenos sindicatos, como por exemplo, os da SOGER, é que já manifestavam a
necessidade de serem também integrados em programas de segurança social.

A Metrópole instituiu a Previdência Social para o Funcionalismo Público civil e militar em


1929, com a Caixa Geral de Aposentações e criou também o Montepio para Servidores do
Estado em 1933. De salientar que a extensão da segurança social originou muitas
reivindicações por parte dos sindicatos de algumas empresas privadas que defendiam o
alargamento da segurança social para todos incluindo os indígenas. Devido a estas pressões
e ao surgimento do sindicalismo em 1966, foi aprovado o Abono de Família 1967 que
contemplava também os trabalhadores indígenas. De salientar que tal facto ficou também a
dever-se ao surgimento dos movimentos de libertação nas colónias e, a criação da Frente de
Libertação de Moçambique (FRELIMO).

Com a independência nacional em 1975, o Regulamento Ultramarino da Fazenda de 1901


foi actualizado através do decreto 52/75 de 8 de fevereiro, tendo sido introduzidas
alterações de acordo com as novas condições dos funcionários do aparelho do Estado. Por
exemplo, o tempo de serviço reduziu de 40 para 35 anos, e passaram a ser concedidas

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prestações em caso de acidentes de trabalho, doença, invalidez, aposentadoria e morte.
Neste período, a situação da protecção social em Moçambique alterou-se completamente.
O Governo de Moçambique independente, caracterizou-se por uma centralização do poder
político e económico, o que implicava a preocupação de organizar e controlar a sociedade.
Assim, introduziu uma política de ocupação (trabalho) para todos, através das empresas e
machambas estatais, ao mesmo que subvencionava diversos serviços para a população,
como saúde, educação, habitação etc. O novo Estado em implantação, segundo Castel-
Branco “era o intérprete supremo do modelo ‘Socialista’.

É assim que, desde cedo, o Governo moçambicano, preocupou--se em assegurar


socialmente as pessoas. Para isso, contou com o desenvolvimento de um sistema sui
generis e sem precedentes “nacionais ou internacionais”, num período em que o debate
sobre a segurança social em Moçambique era quase inexistente, compreendendo as
seguintes fases:
 A continuação da Previdência Social para funcionários do Aparelho do Estado,
regulamentada pelo Decreto 47/109 de 21 de Junho de 1966, que havia incluído a
aprovação do Estatuto do Funcionalismo Ultramarino4; Este decreto viria a ser alterado
pelo Decreto 8/82 de 4 de Fevereiro, sendo de salientar a incorporação de um artigo que
conferia aos moçambicanos o direito de aposentação, contagem e aumento5 de tempo
de serviço.
 O desenvolvimento do “Seguro Público Colectivo,” com subvenção de quase todas as
Instituições, Serviços e Actividades Sociais, que satisfaziam as necessidades básicas do
Cidadão.

2. Conceitos

Desde os primórdios da sua existência que os homens necessitaram de protecção social e


procuram formas de se protegerem, a si e aos seus dependentes, das adversidades da vida,
bem como de proporcionar um ambiente melhor e seguro para viver. a protecção social
começa antes do inicio da vida, através da necessidade de proteger o indivíduo que vai
nascer, continua ao longo da sua vida e estende-se pela necessidade de proteger os

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sobreviventes em caso da morte do indivíduo ou de incapacidade total de prover
rendimentos para a sobrevivência da família como um todo. Embora este conceito possa
representar ideias diferentes para diversas pessoas existe um traço comum, que é o desejo
natural das pessoas, das comunidades e da sociedade em geral, de ter uma maior protecção
social em situações de carência na vida.

A OIT, identifica as seguintes componentes da protecção social:


 Sistemas de segurança social, instituídos para concessão de benefícios elacionados
com emprego (pensões, benefícios em dinheiro, seguro social, entre outros);
 Sistemas sociais de benefícios universais - beneficiam todos os residentes -
(concessões familiares, serviços de saúde pública, garantias para a velhice, etc.);
 Sistemas de assistência social – asseguram benefícios para o alívio a pobreza de
cidadãos residentes com necessidades especiais. Estes podem ser em dinheiro e em
espécie, e
 Sistemas de benefícios privados relacionados com emprego ou benefícios
individuais, como por exemplo abonos de família, seguros de vida.

2.1. Segurança social


A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define a Segurança Social como sendo a
protecção que a sociedade proporciona aos seus membros através de uma série de medidas
públicas, contra as carências sociais e económicas que de outra forma poderiam ocorrer
pela supressão ou redução substancial dos rendimentos por motivos de doença,
maternidade, acidente de trabalho, desemprego, invalidez, velhice e morte.

Para Olivier, o conceito de segurança social é a obrigação de um Estado em providenciar a


segurança social. Para ele este é um fenómeno relativamente novo, que se desenvolveu
rapidamente no século XX. Actualmente, encontramos em muitas democracias, esta
obrigação de providenciar segurança social aos cidadãos.

2.2. Seguro Social

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O seguro social é uma das componentes da segurança social que Baker and Holtzhausen o
definem como sendo, seguro administrado pelo Estado para dar, ao ganha pão e seus
dependentes, a mínima renda durante os períodos em que os seus rendimentos são
reduzidos ou tenham cessado por qualquer contingência. Isto pode ser distinguido a partir
da segurança social na medida em que esta é confinado às pessoas integradas no mercado
formal de trabalho.
De acordo com a OIT, os regimes de seguro social podem diferir uns dos outros, mas o que
os caracteriza são os seguintes elementos Principais:
 São financiados por contribuições, normalmente partilhadas entre os
trabalhadores e as entidades empregadoras, caso do Instituto de segurança social em
Moçambique.
 As prestações são garantidas com base no registo das contribuições, pois sem o
registo, os beneficiários não poderão usufruir dos seus direitos ao seguro social.

Este conceito baseia-se no princípio do agrupamento de riscos do mesmo tipo. Implica uma
contribuição para um fundo comum por parte de todos os envolvidos e abrangidos pelo
regime. Se um contribuinte preencher os requisitos estabelecidos para o pagamento da
prestação, as suas necessidades são cobertas através do fundo de seguro.

O seguro social é uma das componentes da segurança social que Baker e Holtzhausen o
definem como sendo, seguro administrado pelo Estado para dar, ao ganha pão e seus
dependentes, a mínima renda durante os períodos em que os seus rendimentos são
reduzidos ou tenham cessado por qualquer contingência.

2.3. Sector informal no contexto da segurança social


O sector informal, no contexto da segurança social refere-se a todas instituições, serviços
formais e atividades enquadradas no sector informal de economia que não podem ou pelo
menos até ao momento não estão integrados nos sistemas formais de segurança social por
não satisfazerem os critérios de ilegibilidade que o Instituto Nacional de Segurança Social
apresenta. Quando se refere à s instituições e serviços formais pretende-se abarcar aquelas
unidades de produção ou serviços que estão formalmente instituídos, mas que não estão

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enquadradas no sistema formal de segurança social, como por exemplo os trabalhadores
dos Conselhos Municipais, das igrejas na sua adversidade, dos transportes públicos
semicolectivos, agricultura comercial etc.
Como se pode depreender trata-se de instituições que foram criadas e com estatutos
formalmente reconhecidos e, as vezes com licenças de atividades económicas e com
número mínimo de trabalhadores, mas não estão enquadradas na segurança social formal.

3. Sistemas formais segurança social em Moçambique


3.1. Previdência Social para Funcionários de Aparelho do Estado
Em Moçambique, a força laboral constituída por funcionários de Estado é estimada em
cerca de 110.000 pessoas, das quais apenas 1% tem nível de escolaridade superior e 14%
nível médio. Importa ainda referir que 77% encontra-se a trabalhar nos órgãos locais.
Embora número de funcionários públicos seja bastante inferior ao da restante massa
laboral, não deixa de ser considerável a quantidade de homens, mulheres e respectivas
famílias que, em situação
de risco, dependem da previdência social.

Em Moçambique, a execução da Previdência Social, decorre sob a responsabilidade do


Departamento de Previdência Social e Pensões, instituição oficializada em 1901 pelo
Regulamento da Fazenda do Ultramar como Repartição de Fazenda do Ultramar, (Artigo 6º
do Decreto de 14 de Setembro de 1900) e está subordinada actualmente à Direção Nacional
de Contabilidade Pública do Ministério de Plano e Finanças, em articulação com as
Direções Provinciais deste Ministério e entidades empregadoras do Estado para velar pela
vida do funcionário do aparelho do Estado”.

Actualmente o Departamento da Previdência Social22 (DPS) no Aparelho do Estado é


regido pelo decreto base 14/78 de 20 de Maio do Conselho de Ministros que fixa os grupos
abrangidos, as contribuições, as pensões, as modalidades, os beneficiários, as competências
e consta do Estatuto Geral dos Funcionários de Estado (EGFE). Entretanto, tendo o Decreto
sido aprovado no regime político socialista de economia planificada, está sendo atualizado

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através de outros regulamentos, por forma a adequar-se às transformações sociais,
económicas e políticas em curso no nosso país.

A Previdência Social oferece as seguintes prestações:


Para os funcionários do Estado
• Aposentação
• Aposentação voluntária
• Aposentação Obrigatória
• Aposentação extraordinária
• Aposentação extraordinária para dirigentes do país
• Aposentação extraordinária para militares
• Aposentação por incapacidade
• Pensão de Sobrevivência

3.2. Previdência Social nas Forças Armadas de Moçambique


(FADM)
O regulamento da previdência social e reforma nas Forças Armadas de Moçambique
(FADM) foi decretado ao abrigo da Constituição da RPM, pelo Conselho de Ministros,
através do Decreto 3/86 de 25 de junho. Este regulamento estabelece as normas que regem
a constituição e o pagamento dos seguintes abonos:
• Pensão de reforma e de invalidez;
• Pensão de sobrevivência;
• Subsídio por morte;
• Pensão de sangue e
• Pensão por serviços excepcionais e relevantes prestados ao país.
A administração dos serviços de previdência nas FADM, insere-se numa relação estrutural
bilateral entre o Ministério de Finanças e o Ministério da Defesa Nacional. No Ministério
da Defesa Nacional, é da competência da direção de Quadros, em conexão com os diversos
ramos do exército e unidades militares, iniciar os mecanismos burocráticos formais, como
seja por exemplo a contagem do tempo de serviço.

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3.3. Previdência Social para Deputados
A previdência e segurança social do deputado, é estipulada pela lei número 21/2002, de 21
de outubro, prevista no Artigo 24 da Lei n.º 2/95, de 8 de maio, que aprova o Estatuto do
Deputado e ao abrigo do disposto no n.º 1 do Artigo 135 da Constituição, sendo que o
decreto número 48/2002, de 26 de dezembro aprova o respetivo regulamento do Sistema
(Lei de Previdência e Segurança Social, 2002).

3.4. Segurança Social para Assalariados


O INSS surgiu da necessidade que o Governo moçambicano teve de estender a proteção
social para trabalhadores dos sectores público-privado e misto, saídos das empresas
estatais, devido à implementação dos Programas de Reajustamento Estrutural (PRE). Diga-
se que estes trabalhadores até então se encontravam cobertos pelo sistema de previdência
social para funcionários do Estado, embora disso não tenham sido alguma vez informados.

O INSS é dotado de personalidade jurídica, autonomia administrativa, financeira e


patrimonial, sob tutela de Ministério do Trabalho e com sede na cidade de Maputo. Esta
instituição é gestora da segurança social dos trabalhadores assalariados das empresas
públicas, privadas e mistas, tem uma cobertura nacional, exercendo as suas atividades em
todas as províncias do país, através de delegações, provinciais e distritais. Neste momento o
INSS tem delegações provinciais em todas as capitais provinciais, bem como 16 direções
distritais, além de 27 representações distritais.

A este instituto cabe a responsabilidade de gerir e administrar o seguro social obrigatório


para o grupo de trabalhadores acima mencionados. Mas os beneficiários que, por alguma
razão, perdem o poder de contribuir através das empresas, têm, de acordo com a lei 5/89
de 18 de setembro, a possibilidade de inscrever-se no INSS de forma voluntária.

3.5. Organização Administrativa do INSS


Desde o inicio que a administração do INSS tem um carácter tripartido e dela fazem parte:
 Representantes do Estado;
 Representantes dos empregadores e

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 Representantes dos trabalhadores.

Para a implementação da segurança social o INSS possui uma direcção executiva,


denominada, Direcção Geral, dotada de autonomia financeira e administrativa. Os
funcionários do INSS regem-se pelo Estatuto Geral dos Funcionários do Estado e são
efectivamente funcionários do Estado ao serviço do INSS. Isto implica que sejam
assegurados, na verdade, pelos serviços de previdência social para os funcionários do
Estado, mas, pelo facto de estarem a trabalhar para INSS, têm uma série de outras regalias
sociais. É um dos poucos casos em que o funcionário é duplamente beneficiado e o Estado
cobre as despesas inerentes com toda a naturalidade.

De acordo com a Lei da segurança social, é obrigatória a inscrição dos trabalhadores


nacionais assalariados e estrangeiros residentes, bem como das respectivas entidades
empregadoras no sistema de segurança social gerido pelo INSS. Tecnicamente, no INSS, a
entidade empregadora é designada contribuinte e o trabalhador beneficiário. Para se
beneficiarem do regime de segurança social os trabalhadores são descontados mensalmente
3% do seu salário e a entidade empregadora contribui com mais 4% sobre o salário do
trabalhador.

Para além das contribuições dos trabalhadores e das entidades empregadoras, este regime
de segurança social poderá ser financiado pelas contribuições do Estado, doações, bem
como através dos resultados dos seus investimentos. Deste modo, os juros e as reservas do
INSS desempenham um papel importante no co-financiamento do sistema. É certo que, até
ao momento, o INSS não recebe um financiamento directo do Estado. Mas como os seus
funcionários são funcionários do Estado, uma parte dos salários são pagos através do
Orçamento Geral do Estado. Assim, pode-se falar de uma contribuição indirecta do Estado
no sistema de segurança social, além de que, os referidos funcionários em caso de reforma
ou outros benefícios sociais no âmbito da previdência social, são pagos pelo Estado.

De acordo com a Lei da segurança social, é obrigatória a inscrição dos trabalhadores


nacionais assalariados e estrangeiros residentes, bem como das respectivas entidades

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empregadoras no sistema de segurança social gerido pelo INSS. Tecnicamente, no INSS, a
entidade empregadora é designada contribuinte e o trabalhador beneficiário. Para se
beneficiarem do regime de segurança social os trabalhadores são descontados mensalmente
3% do seu salário e a entidade empregadora contribui com mais 4% sobre o salário do
trabalhador. Para além das contribuições dos trabalhadores e das entidades empregadoras,
este regime de segurança social poderá ser financiado pelas contribuições do Estado,
doações, bem como através dos resultados dos seus investimentos. Deste modo, os juros e
as reservas do INSS desempenham um papel importante no co-financiamento do sistema.

É certo que, até ao momento, o INSS não recebe um financiamento directo do Estado. Mas
como os seus funcionários são funcionários do Estado, uma parte dos salários são pagos
através do Orçamento Geral do Estado. Assim, pode-se falar de uma contribuição indirecta
do Estado no sistema de segurança social, além de que, os referidos funcionários em caso
de reforma ou outros benefícios sociais no âmbito da previdência social.

De acordo com a Lei da segurança social, é obrigatória a inscrição dos trabalhadores


nacionais assalariados e estrangeiros residentes, bem como das respectivas entidades
empregadoras no sistema de segurança social gerido pelo INSS. Tecnicamente, no INSS, a
entidade empregadora é designada contribuinte e o trabalhador beneficiário. Para se
beneficiarem do regime de segurança social os trabalhadores são descontados mensalmente
3% do seu salário e a entidade empregadora contribui com mais 4% sobre o salário do
trabalhador.

Para além das contribuições dos trabalhadores e das entidades empregadoras, este regime
de segurança social poderá ser financiado pelas contribuições do Estado, doações, bem
como através dos resultados dos seus investimentos. Deste modo, os juros e as reservas do
INSS desempenham um papel importante no co-financiamento do sistema. É certo que, até
ao momento, o INSS não recebe um financiamento directo do Estado. Mas como os seus
funcionários são funcionários do Estado, uma parte dos salários são pagos através do
Orçamento Geral do Estado. Assim, pode-se falar de uma contribuição indirecta do Estado

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no sistema de segurança social, além de que, os referidos funcionários em caso de reforma
ou outros benefícios sociais no âmbito da previdência social, são pagos pelo estado.

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Conclusão
Concluo o presente trabalho com muitas espectativas de como é feito a segurança social em
diversos sectores do nosso estado moçambicano. Existe ainda pouco conhecimento da
função social e económica da segurança social, isto significa que tanto nos empregadores
assim como nos próprios beneficiários a função da segurança social na sociedade e na
economia é desconhecido ou pelo menos é ignorada, chegando-se a considerar a segurança
social como um gasto desnecessário, razão pela qual muitos empregadores não vê a razão
de encaminharem os valores retidos na fonte ao INSS.
Espero que este trabalho possa ser algo de utilidade para a turma e a instituição.

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Referencia bibliográfica
ABRAHAMSSON, Hans e ANDERS, Nilsson. 1994. Moçambique em Transição: um
estudo da história de desenvolvimento durante o período 1974 -1992. Maputo:
Padrigu -CEEI -ISRI.Proteção Social: Abordagens, Desafios e Experiências para
Moçambique
Nacional de Segurança Social (2000): Segurança Social, Revista do INSS. nº 4 Dezembro
2001, Maputo

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