2-Ficha Preparar Exame Global 12o 1
2-Ficha Preparar Exame Global 12o 1
2-Ficha Preparar Exame Global 12o 1
M7 - TESTE 1
1
2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
1. Refira, a partir do documento 1, três transformações geopolíticas resultantes da derrota dos Impérios
e da vitória dos aliados em 1918.
2. Identifique, com base no documento 1, três das propostas defendidas por Woodrow Wilson
consagradas no novo político da Europa e do Médio Oriente (DOC. 2).
3. Identifique a organização responsável pela manutenção da integridade territorial resultante das
alterações geopolíticas do pós-guerra.
O Tratado [de Versalhes] não contém qualquer disposição relativa à recuperação económica da Europa, nada
que seja de molde a transformar os impérios derrotados do centro do Continente em bons vizinhos, nada que
possa estabilizar os novos Estados europeus, nada que aponte para a recuperação da Rússia, do mesmo modo
que de maneira nenhuma promove uma solidariedade económica consistente entre os próprios aliados; não se
acordaram em Paris quaisquer disposições capazes de restabelecer as finanças desequilibradas de França e da
Itália; ou de ajustar os sistemas do Velho e do Novo Mundo […].É extraordinário que os problemas económicos
fundamentais de uma Europa que sucumbia à fome e se desintegrava diante dos seus olhos tenha sido uma
questão para a qual foi impossível atrair o interesse dos Quatro. As reparações foram a sua principal incursão
no terreno económico, e eles consideravam-nas um problema teológico ou político, ou de esquemas eleitorais
[…] exceto o do futuro económico dos Estados cujos destinos tinham nas suas mãos.
John Maynard Keynes, As Consequências Económicas da Paz, 1920.
Doc. 2 – A SITUAÇÃO ECONÓMICA DA EUROPA E DOS EUA (alguns indicadores)
A PRODUÇÃO INDUSTRIAL E O COMÉRCIO DAS CINCO O RENDIMENTO ECONÓMICO AMERICANO
MAIORES POTÊNCIAS (1921-1929)
2. De acordo com John Keynes, os principais problemas que afetavam a Europa eram
2
2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
4. Keynes atribui a falta de previsão na recuperação económica da Europa ao “interesse dos Quatro” que
eram…
2. Com base nos indicadores do documento 2, compare a situação económica dos países da Europa
com a dos EUA
IIII GRUPO – O TRIUNFO DA REVOLUÇÃO BOLCHEVIQUE NA RÚSSIA
3
2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
(C) Regime político de cariz absolutista, vivido na Rússia até 1917, (4) Soviete
marcado pela autoridade absoluta do poder e que acabou com a
abdicação de Nicolau II. (5) Kerenski
(D) Golpe de Estado liderado pelos bolcheviques que institui a (6) Lenine
transferência de poder para o Soviete e que conduz à afirmação do
primeiro Estado socialista do mundo. (7) Revolução
de Outubro
(E) Formado depois da Revolução de Fevereiro, composto por
constitucionais democratas e socialistas moderados, procurou (8) Poder dual
transformar a Rússia num Estado democrático e parlamentar.
4
2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
5
2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
COLUNA A COLUNA B
(A) Corrente artística com especial destaque na Alemanha que expressa (1) Modernismo
as emoções e as perspetivas do mundo através da obra de arte,
valorizando a interioridade e revelando preocupações políticas e sociais. (2)
Centra as suas obras na essência humana e na natureza. Expressionismo
(B) Movimento reivindicativo que defende o estado de igualdade de direitos (3) Vanguarda
políticos, económicos, culturais e sociais para as mulheres.
(4) Feminismo
(C) Sentimento de descrença nos valores, de vazio, de perda de raízes,
em virtude das mudanças sociais provocadas pelo fim das normas e dos (5) Psicanálise
valores tradicionais de regulação da vida em sociedade.
(6) Relativismo
(D) Movimento cultural e artístico que rompeu com a tradição académica e
valorizou a liberdade de criação, inaugurando um novo sentido estético, (7) Futurismo
baseado na liberdade de criação, na subjetividade e na força emocional.
(8) Anomia
(E) Põe em causa as verdades absolutas e o valor da ciência tradicional, social
aceita a probabilidade e conduz à descrença no progresso e na capacidade
humana em controlar a natureza.
A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, três aspetos para cada um dos tópicos de
desenvolvimento:
- a mudança dos valores e dos comportamentos na sociedade urbana;
- as características do modernismo na arte e na cultura;
- o expressionismo: uma corrente de vanguarda.
Deve integrar na resposta, para além dos seus conhecimentos, os dados disponíveis nos documentos 1 a
4.
M7 - TESTE 2
6
2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
Era o fim do mundo para um povo que tinha apostado tudo na riqueza. As indústrias […] não encontravam mais
compradores. O número dos desempregados subia. […] Mas, quando as pessoas cessaram as compras, então o
desemprego aumentou em proporção geométrica, devido à baixa dos preços, à falta de confiança, ao crash de
Wall Street.
André Maurois, Chantiers Américans, 1933.
4. Refira, com base nos documentos 1 e 2, três consequências económicas e sociais da crise de 1929.
5. Identifique a política implementada por Roosevelt para fazer face à crise (DOC. 3)
6. Explicite, a partir do documento 3, três das medidas económicas e sociais implementadas por
Roosevelt para enfrentar a crise nos EUA.
Benito Mussolini
B. O movimento nazi é, na sua essência e na sua organização, antiparlamentar. Aquele que quer ser o chefe carrega,
com a autoridade suprema e sem limites, o pesado fardo de uma responsabilidade total. O Estado totalitário exige de
cada um o cumprimento total dos seus deveres para com a Nação. Forte e bela, eis como eu quero a minha juventude.
Quero que ela aprenda a vencer o temor da morte. O fim supremo do Estado racista deve ser o de assegurar a
conservação dos representantes da raça primitiva.
Adolf Hitler.
7
2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
1. Associe, cada um dos elementos relacionados com os princípios ideológicos dos fascismos, presentes
na coluna A, à designação correspondente, que consta na coluna B
COLUNA A COLUNA B
(A) Crença na superioridade de uma raça que legitima o domínio e a aniquilação de outros (1) Totalitarismo
povos considerados inferiores.
(2) Culto do
(B) Sentimento de patriotismo exacerbado que exalta a grandeza da nação e aspira à chefe
hegemonia do seu povo, promovendo a conquista territorial.
(3) Militarismo
(C) Culto da força e da violência que promove as virtudes da guerra e do combate, que
substituiu a racionalidade pelo instinto e promove a luta pela defesa do chefe, do Estado, (4)
do povo e da raça. Corporativismo
(D) Sistema político segundo o qual o Estado se sobrepõe ao indivíduo e em que o partido (5) Imperialismo
único promove a ideologia oficial e controla todos os domínios da sociedade e da
economia. A polícia política garante o funcionamento do regime. (6)
Nacionalismo
(E) Defesa do expansionismo territorial e do domínio dos povos considerados inferiores
para edificação de um império que simboliza a grandeza da nação, do povo e da raça. (7) Partido único
(8) Racismo
2. Identifique duas organizações repressivas do fascismo e do nazismo responsáveis pela perseguição
aos opositores.
3. Enuncie, a partir do documento 1B, três das medidas implementadas por Hitler no sentido de concretizar
«o Estado racista».
IIII GRUPO – A EDIFICAÇÃO DO SOCIALISMO NA URSS DE ESTALINE
3. Explicite, a partir do documento 1, três métodos usados para impor o regime estalinista.
4. Selecione a opção correta para cada uma das seguintes afirmações:
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
B. Nós não aceitamos a luta de classes produtoras como facto histórico nem como princípio informador da organização
económica e social. Os interesses mediatos, últimos dos indivíduos ou dos grupos, tendem para a unidade do
interesse nacional. Mas os interesses imediatos do operário e do patrão, umas vezes, de operários e operários, outras,
chocam-se amiúde na vida prática, […] sem que devamos deixar de conciliar os interesses opostos, […] em benefício
da normalidade da vida económica. […] É necessário organizar os interesses materiais e morais da Nação – não
abandonados a si próprios, às tendências da sua própria força, mas integrados na harmonia e no interesse comum
que o próprio Estado representa.
Oliveira Salazar, “Discurso de 20 de dezembro de 1933”, Discursos, 1961.
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, três aspetos para cada um dos tópicos de
desenvolvimento:
- a instabilidade económico-social nos últimos anos da República;
- os princípios ideológicos do Estado Novo;
- a política económica do Estado Novo nos anos 30 e 40.
Deve integrar na resposta, para além dos seus conhecimentos, os dados disponíveis nos documentos 1 a
M8 - TESTE 3
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
1. Churchill, em duas ocasiões distintas, lançou um conceito geopolítico que ficou conhecido como…
(A) contenção.
(B) coexistência Pacífica.
(C) Não alinhamento.
(D) Cortina de Ferro.
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
2. A doutrina Truman, em termos de política internacional, significou por parte dos EUA…
(A) a urgência na contenção do avanço do comunismo exclusivamente na Europa.
(B) a divulgação da conceção do mundo dividido em dois blocos opostos.
(C) a necessidade de cooperação com a URSS e os seus aliados.
(D) a liderança americana na defesa do socialismo.
3. A URSS fez uso de vários meios para dominar os países de Leste, que se tornaram seus satélites…
(A) aderiu à NATO e à OECE.
(B) promoveu a doutrina Jdanov.
(C) recusou o Plano Marshall e criou a OCDE.
(D) garantiu o direito de escolha livre nos países libertados do domínio nazi.
1. Enuncie, a partir dos documentos 1 e 2, três dos fatores que fizeram da Alemanha um
cenário de tensão entre os dois blocos.
2. Identifique, com base no documento 3, três dos objetivos das negociações para o
controlo de armamento entre as duas superpotências, durante a década de 70.
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
COLUNA A COLUNA B
(D) Planos destinados a definir as metas das empresas, ajustados anualmente, com (6) Nikita
possibilidade de serem prolongados por sete anos. Krushchev
(E) Processo implementado por Nikita Krushchev, segundo o qual condenou os erros (7) Planos
do regime de Estaline, nomeadamente o culto da personalidade, e procurou liberalizar quinquenais
o regime, tanto em termos políticos como económicos.
(8) Pacto de
Varsóvia
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
1. Refira, a partir do documento 2, três dos fatores responsáveis pelo crescimento económico nos
países capitalistas a partir da Segunda Guerra Mundial.
2. Identifique a designação atribuída ao período de crescimento económico vivido no mundo
capitalista.
3. Desenvolva o seguinte tema:
A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, três aspetos para cada um dos tópicos de
desenvolvimento:
- origens do Estado-providência como resposta à crise do capitalismo;
- contexto político e ideológico da afirmação do Estado-Providência na Europa;
- realizações do Estado-Providência a partir dos anos 50.
Deve integrar na resposta, para além dos seus conhecimentos, os dados disponíveis nos documentos 1 a
4.
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
M8- TESTE 4
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
DOC. 2- NOVAS PERSPETIVAS FACE ÀS OPÇÕES DA ECONOMIA PORTUGUESA SEGUNDO MARCELO CAETANO
Deixaremos então perecer a Europa - este continente ao qual a civilização moderna teve o que tem de mais
precioso na Filosofia, e na Arte, na Ciência e na Técnica, e do qual irradiaram para o resto do orbe*mundo,
generosamente, as conceções, as invenções e as formas de vida que os outros povos hoje utilizam, mesmo
quando delas desdenham? É certo que o que individualiza a Europa é a sua Cultura, o seu espírito portanto. A
Europa é um espírito. Mas nenhum espírito pode subsistir nesta condição terrena, que é a nossa, sem um
invólucro, uma base material. Se a independência das Nações me parece indispensável à manutenção do
espírito europeu, […] nada impede que os Estados europeus colaborem mais intimamente entre si na
prossecução de fins comuns, pondo ponto a velhas rivalidades que só têm concorrido para as suas dificuldades
presentes. A atual comunidade dos Seis tem uma população à roda dos 170 milhões de habitantes e o seu
comércio externo representa 1/5 do valor do comércio mundial. A sua produção de carvão é um sétimo da
produção de todo o Mundo, e produz a quinta parte do aço também em relação à produção mundial. Estamos,
portanto, perante uma realidade muito séria e que seria imprudente desconhecer.
Marcello Caetano, O Planeamento até ao II Plano de Fomento (1959).
http://www.isa.utl.pt/ceap/index_files/memoria&prospectiva1.pdf
1. Identifique a lei criada em 1945 com vista a dinamizar a economia e a criar novas indústrias.
2. Selecione a opção correta para cada uma das seguintes afirmações:
1. A “evolução comparada do PIB” permite afirmar que Portugal era, nos anos 50, um país…
(A) economicamente atrasado face aos restantes países europeus.
(B) economicamente desenvolvido face à Grécia e a Espanha.
(C) economicamente mais desenvolvido que a Irlanda.
(D) economicamente desenvolvido devido ao dinamismo do setor agrícola.
2. A “evolução do PIB” nos anos 70 permite concluir que…
(A) os planos quinquenais possibilitaram o crescimento da economia portuguesa.
(B) os planos de industrialização possibilitaram o crescimento da economia portuguesa.
(C) os planos de fomento possibilitaram o crescimento da economia portuguesa.
(D) os planos diretores possibilitaram o crescimento da economia portuguesa.
3. Marcello Caetano ao afirmar que “a Europa - este continente ao qual a civilização moderna teve o que tem
de mais precioso ( …) A Europa é a sua Cultura (…) A Europa é um espírito”, revela…
(A) interesse por que Portugal se mantenha isolado na Europa.
(B) interesse político pela aproximação de Portugal à Europa.
(C) vontade em aderir imediatamente ao projeto europeu.
(D) interesse na manutenção da política de autarcia.
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
4. Marcello Caetano ao afirmar que “ (…) se a independência das Nações me parece indispensável (…) nada
impede que os Estados europeus colaborem (…) entre si na prossecução de fins comuns” defende…
(A) o valor do Estado-Nação acima de tudo embora aberto à cooperação multilateral.
(B) a autarcia em ligação com o corporativismo.
(C) o reforço do poder dos Estados mediante a formação de uma federação de Estados Europeus.
(D) a soberania dos Estados europeus integrados no que Churchill designou como “Estados Unidos da
Europa”.
3. Refira, a partir do documentos 1 e 2, três das opções da economia portuguesa no final da década
de 60 a 1973.
B. As últimas considerações levam-me a encarar […] problemas de África. Literalmente a África arde; arde
mesmo nas […] das fronteiras portuguesas. E porque arde a África? Não pensemos que é […] pela fatalidade
de um movimento histórico que arrasta as suas populações para a rebeldia, a subversão, a forçada dispersão
e independência; arde porque lhe deitam o fogo de fora. […] Repetirei uma velha ideia, hoje, ao que parece,
generalizada: a África é o complemento da Europa, imprescindível à sua defesa, suporte necessário da sua
economia. […] Nós não pensamos em negar o relativo atraso de algumas regiões e a deficiência de alguns
serviços. É evidente faltarem estradas e pontes, faltarem hospitais, faltarem escolas, e faltarem até,
senhores, elementos de polícia e forças de defesa. Porque milagre então, de Timor a Cabo Verde, há paz e
todos podem notar o tranquilo viver das populações? Porque pode atravessar-se de lés-a-lés Angola ou
Moçambique, não se contando senão com a boa disposição do nativo, a sua fraterna ajuda, no fundo o seu
portuguesismo?
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
A. A Assembleia Geral […] convida os membros administrantes a examinar a conveniência de adotar nos
1. Identifique,
territórios com uma
não autónomos base política
no documento 4, três dos
de investimento objetivos
que queo orientaram
assegure a política
desenvolvimento de
económico
colonização e desenvolvimento económico das colónias
equilibrado e o progressivo aumento do rendimento per capita dos habitantes desses territórios.
2. Compare, com base nos documentos 2 e 3, os argumentos utilizados por Salazar e pela ONU
Resolução 1329 da ONU, 12 de dezembro, 1958.
quanto ao colonialismo.
B. Reconhecendo que o desejo de independência é a aspiração certa dos povos que estão subjugados à
dominação colonial e que a negação do direito de autodeterminação desses povos constitui uma ameaça ao
IV GRUPO - DA APARENTE ABERTURA DO REGIME DO ESTADO NOVO À “PRIMAVERA
bem-estar da humanidade e à paz internacional;
MARCELISTA”: conscientes das
A LIBERALIZAÇÃO suas responsabilidades
FRACASSADA mediante o artigo
(1958-1974)
14 da Carta; sabendo que o Governo de Portugal não transmitiu informações sobre os territórios que estão
sob a sua administração […] e não expressou qualquer intenção de o fazer […] 1. Considera que os territórios
sob administração portuguesa […] são territórios não autónomos […]. 2. Declara que há a obrigação, por parte
de Portugal, de transmitir informação […] sobre esses territórios sem mais demoras.
Resolução 1541 da ONU, 15 de dezembro, 1960.
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
COLUNA A COLUNA B
(A) Fundado em outubro de 1945 reuniu diversas correntes de oposição ao Estado Novo. (1) Norton Matos
(B) General, apresentado como candidato pela União Nacional às eleições presidenciais de (2) Craveiro Lopes
1951 e que assumiu o cargo até 1958.
(3) Quintão
(C) Contra-almirante apoiado pela União Nacional que defrontou Humberto Delgado nas Meireles
eleições presidenciais de 1958.
(4) MUD
(D) General que se apresentou como candidato oposicionista às eleições presidenciais de
1949 e que por não ter garantias de um ato eleitoral isento retirou a sua candidatura. (5) Arlindo Vicente
(E) Designa as várias forças de oposição ao Estado Novo que congregou diferentes (6) Oposição
organizações e figuras políticas, responsável pela apresentação de candidatos às eleições democrática
legislativas e presidenciais, a partir de 1945.
(7) Óscar Carmona
(8) Américo
Thomaz
A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, três aspetos para cada um dos tópicos de
desenvolvimento:
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
M8- TESTE 5
GRUPO I - A ECLOSÃO DA REVOLUÇÃO
Doc. 1 - A DENÚNCIA DA SITUAÇÃO POLÍTICA E MILITAR NO Doc. 2 - A PERSPETIVA DO GENERAL SPÍNOLA SOBRE A
ULTRAMAR POR UM GRUPO DE CATÓLICOS POLÍTICA COLONIAL
A verdade é que todos nos deixámos instalar nesta guerra, que a Haveremos de continuar em África. Sim! Mas não pela
admitimos como inevitável e imposta; que nos acobardámos sob a força das armas, nem pela sujeição dos africanos, nem
desculpa dos riscos que corre quem ousa pôr dúvidas à sua justiça pela sustentação de mitos contra os quais o mundo se
encarniça. […]
e à sua legitimidade; que somos todos cúmplices de uma
Temos plena consciência dos riscos que se correm na
conspiração de silêncio à sua volta. Na verdade, procuramos fazer linha política preconizada, baseada na abertura, na
a nossa vida normal e considerar em paz a nossa consciência liberalização, na segurança cívica, na africanização, na
enquanto em África aldeias inteiras são arrasadas, populações autonomia dos territórios ultramarinos e no respeito pelo
dizimadas, prisioneiros porventura torturados e assassinados; direito dos povos a disporem de si mesmos, única via de
enquanto homens, mulheres e crianças ficam estropiados física e solução para os problemas nacionais; mas temos
moralmente para toda a vida; enquanto milhares de jovens igualmente plena consciência dos riscos bem mais graves
continuam sem acesso a um ensino adequado, populações inteiras que envolve a sua ignorância ou a sua negação.
sem assistência médica suficiente, multidões de operários sem António de Spínola, Portugal e o Futuro, 1974.
possibilidades de trabalho na sua pátria.
Carta de um grupo de católicos, enviada ao Cardeal Patriarca de
Lisboa, no ”Dia Internacional da Paz”,1 de janeiro, 1969.
A. Primeira página do jornal República de 25 de abril de 1974 a dar conta da revolução ocorrida de madrugada.
B. No cartaz de propaganda do Partido Popular Democrático (PPD) pode ler-se:
“ O ABRIR EM PORTUGAL/25 DE ABRIL 1974”.
3. Identifique, com base nos documentos 1 e 2, três das características da situação política no
período final do Estado Novo.
4. Refira, a partir dos documentos, em que consistiu a Revolução de 25 do Abril de 1974.
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
2. A defesa da ideia de que «Haveremos de continuar em África. Sim! Mas não pela força das armas […]» por
António de Spínola revela que…
(A) na obra O Futuro de Portugal, publicada em 1974, a guerra colonial em curso tinha solução militar desde
que houvesse um reforço de meios militares e humanos nas colónias.
(B) na obra Portugal e o Futuro, publicada em 1974, a guerra colonial em curso não tinha solução militar,
podendo ser resolvida apenas pela via política.
(C) na obra Portugal e o Futuro, publicada em 1975, a guerra colonial em curso não tinha solução militar,
podendo ser resolvida apenas pela via política.
(D) na obra Portugal Que Futuro?, publicada em 1974, a solução para o problema do ultramar era conciliar
a via militar com a via negocial.
3. Para o sucesso de “ O ABRIR EM PORTUGAL/25 DE ABRIL 1974” foi determinante Otelo Saraiva de Carvalho
que…
(A) planeou o golpe do 25 de Abril de 1976, com a operação “Regime no Fim”, que devia tomar pontos
estratégicos de Lisboa e derrubar o Estado Novo.
(B) planeou o golpe do 25 de Abril de 1974, com a operação “Fim-Regime”, que devia tomar pontos
estratégicos de Lisboa e derrubar o Estado Novo.
(C) planeou o golpe do 25 de Abril de 1974, com a operação “Fim-Regime”, que devia tomar pontos
estratégicos de Lisboa e do Porto e derrubar o Estado Novo.
(D) planeou o golpe do 25 de Abril de 1975, com a operação “Regime no Fim”, que devia tomar pontos
estratégicos de Lisboa e afastar Salazar do poder.
4. Para o sucesso revelado na afirmação «As Forças Armadas tomaram o poder» foi fundamental a ação
desempenhada por Salgueiro Maia, um…
(A) capitão de Abril que comandou a coluna da Escola Prática da Cavalaria de Torres Vedras e que no
Quartel da Pontinha conseguiu a rendição de Marcello Caetano.
(B) capitão de Abril que comandou a coluna da Escola Prática da Cavalaria de Santarém e que no Quartel
do Carmo conseguiu a rendição de Oliveira Salazar.
(C) capitão de Abril que comandou a coluna da Escola Prática da Cavalaria de Santarém e que no Quartel
do Carmo conseguiu a rendição de Marcello Caetano.
(D) capitão de Abril que comandou a coluna da Escola Prática da Cavalaria de Santarém e que no Quartel
do Carmo conseguiu a rendição do general Spínola.
1. Identifique, a partir do documento 1, três das medidas destinadas a pôr fim às estruturas do
Estado Novo.
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
COLUNA A COLUNA B
(A) Corresponde ao período dos Governos Provisórios, associado ao nome do primeiro- (1) COPCON
ministro, e que foi marcado pela radicalização da vida política nacional.
(2) Reforma
(B) Período de radicalização revolucionária com vista a conduzir o país para o socialismo, agrária
marcado pela assinatura do Pacto MFA/Partidos, que manteve o Conselho da Revolução
como órgão de soberania depois das eleições para a Constituição. (3) Gonçalvismo
(C) Período em que culminou o processo de radicalização da vida política, entre junho e (4) Poder
setembro de 1975, em que se promoveu o controlo da economia por parte do Estado e popular
dos trabalhadores e durante o qual se pôs em causa o processo de democratização e a
consagração das liberdades. (5) PREC
(D) Criado depois do golpe do 11 de março de 1975 era composto exclusivamente por (6) Verão
militares e tinha por objetivo institucionalizar o programa do MFA e constituir-se como um Quente
centro de poder.
(7) 11 de Março
(E) Comando Operacional do Continente, liderado por Otelo Saraiva de Carvalho, cujo de 1975
objetivo era cumprir os ideais da Revolução, que se afirmou como um órgão de poder
durante o processo de transição para a democracia. (8) Conselho da
Revolução
Doc. 2 – AS NACIONALIZAÇÕES
Considerando a necessidade de concretizar uma política económica antimonopolista que sirva as classes
trabalhadoras e as camadas mais desfavorecidas da população portuguesa, no cumprimento do Programa do
Movimento das Forças Armadas. […] Considerando que os recentes acontecimentos de 11 de Março vieram pôr em
evidência os perigos que existem […] se não forem tomadas medidas imediatas no campo do controlo efetivo do poder
económico. […]
Nestes termos […] o Conselho da Revolução decreta […]: ARTIGO 1.º - 1. São nacionalizadas todas as instituições
de crédito com sede no continente e ilhas adjacentes […]. 2. As condições de reembolso dos acionistas das instituições
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
nacionalizadas […] serão estabelecidas em legislação a publicar pelo Governo dentro de noventa dias. […] ARTIGO
3.º - O Primeiro-Ministro […] nomeará por despacho uma comissão administrativa para cada uma das instituições
nacionalizadas […], composta por três a cinco elementos de reconhecida competência em problemas bancários […].
Decreto-Lei n.º 132-a/75, de 14 de março, 1975.
A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, três aspetos para cada um dos tópicos de
desenvolvimento:
- o caráter democrático e descentralizador da Constituição de 1976;
- o caráter socialista e mais revolucionário da Constituição de 1976;
- as repercussões internacionais da Revolução de Abril de 1974.
Deve integrar na resposta, para além dos seus conhecimentos, os dados disponíveis nos documentos 1 a
4.
M9 – TESTE 6
I GRUPO - O FIM DO BIPOLARISMO
Doc. - 2 UMA NOVA POLÍTICA PROPOSTA POR GORBATCHEV
Perestoika é uma
Doc. 1 – AS FRONTEIRAS ABREM-SE
necessidade urgente
que desponta do
processo profundo de
desenvolvimento na
nossa sociedade
socialista. Esta
sociedade está pronta
para a mudança. Há
Circulação de cidadãos, a 10 de novembro de muito que a deseja. […] a partir dos anos 80. […] a
1989, depois da abertura da barreira de controlo
economia estava a abrandar. Nos últimos quinze anos,
da fronteira de Berlim oriental para Berlim
ocidental, após o início da queda do Muro de o PIB ….no início dos anos 80, caiu para um nível
Berlim a 9 de Novembro de 1989. próximo da estagnação económica. Um país que se
aproximava das nações mais avançadas do mundo começou a perder, progressivamente, terreno. Para além do mais,
a produção deixou de ser eficiente, a qualidade dos produtos diminuiu, houve um atraso científico e tecnológico […].
Perestroika só pode chegar através da democracia… Esta nova atmosfera é, talvez, manifestada de forma mais viva
na glasnost. Queremos mais abertura em todos os assuntos da vida pública […]. Precisamos tanto da glasnost como
necessitamos de ar…
Mikhail Gorbachev, Perestroika – Um Novo Olhar sobre o Nosso País e o Mundo, 1987 [tradução adaptada].
27
2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
2. Gorbatchev criticou a política que os seus antecessores haviam seguido. Apresentou propostas para a
mudança ao nível da política militar e das relações com o Ocidente, entre as quais:
(A) a definição de um programa de mísseis de defesa nas fronteiras com a Europa para prevenir futuros conflitos e o
reforço do Pacto de Varsóvia para ajudar a manter as tropas da URSS no Afeganistão.
(B) o esforço da URSS acompanhar o progresso tecnológico dos EUA em matéria armamentista e a adoção de um
programa de defesa conhecido como “guerra das estrelas”.
(C) a recusa da continuação da política armamentista e do uso da força e do terror nuclear, a par do prosseguimento
de negociações com o Ocidente com vista à diminuição dos arsenais nucleares.
(D) a defesa de um programa de armamento nuclear em parceria com Cuba de modo a conter a influência americana
e a apoiar militarmente os movimentos independentistas em várias zonas do mundo.
3. A política de Gorbatchev procurou a reforma política da URSS que tinha por base a…
(A) glasnost, que visava abolir o comunismo e dar liberdade às repúblicas soviéticas de escolher o seu regime político,
demarcando-se do regime repressivo, autoritário da época estalinista e de Brejnev.
(B) glasnost, que visava fortalecer o papel do Partido Comunista da União Soviética e do aparelho burocrático,
acentuando o caráter repressivo e autoritário do Estado soviético.
(C) glasnost, que visava uma política transparente que resultaria, a médio prazo, no fim do domínio do partido único
e para a desagregação da URSS, com a progressiva mudança para uma democracia de tipo ocidental.
(D) glasnost, que visava implementar reformas liberalizantes, combate à corrupção e proporcionar liberdade de
expressão e de participação aos cidadãos e instituição de um sistema pluripartidário.
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
A. Aqui estamos novamente num ponto de viragem na história chinesa. Em 1978 lançámos um amplo programa a que
chamámos "quatro modernizações": modernização da indústria chinesa, agricultura, indústria, ciência e tecnologia, e da
defesa nacional. Para nós, chineses, isto tem um sentido muito real, é uma nova revolução; e é uma revolução socialista.
O objetivo de uma revolução socialista, de facto, é libertar as forças produtivas de um país e desenvolvê-lo [...]. A China
adotou agora uma política de abertura ao mundo, num espírito de cooperação internacional. [...] Nós queremos, à medida
que o nosso desenvolvimento se processar, expandir o papel da economia de mercado. Dentro do sistema de economia
socialista, uma economia de mercado e uma economia baseada na planificação da produção podem coexistir, e é possível
a coordenação entre as mesmas […].
B. Nós não queremos o capitalismo, mas não queremos ser pobres sob o socialismo. [...] Acreditamos na superioridade
do socialismo sobre o capitalismo. Essa superioridade é demonstrada pelo fato de que o socialismo oferece condições
mais favoráveis para o crescimento das forças produtivas do que o capitalismo. [...] Para a realização das quatro
modernizações, devemos seguir uma abertura para a política exterior. […] Devemos confiar nas conquistas científicas e
tecnológicas do mundo, bem como no potencial de capital estrangeiro para conseguir as quatro modernizações […].
Excertos de discursos de Deng Xiaoping, 1979.
Na China moderna, as coisas estão num estado permanente de transformação e as pessoas lutam para se adaptar.
Pequim tornou.se uma cidade de justaposições. Trabalhadores migrantes com chapéus de palha sobre os olhos dormitam
[…]. Os velhos de Pequim […] dão passeios ao fim do dia pela vizinhança que mal reconhecem. Arquitetos que outrora
ficavam em Manhattan passam por Xangai, onde procuram construir mais e o mais alto que puderem e o mais avant-
garde. […] As rápidas mudanças deixaram a sua marca não só no horizonte mas também nos chineses. A economia
chinesa está a crescer cinco vezes mais rápido que o Ocidente. O que levaria uma década para ser concluído no Ocidente,
na China faz-se em dois anos. […] O fosso geracional na China tende a estreitar-se à medida que a China avança no
crescimento económico e que as alterações sociais tendem para o nivelamento. No entanto, estas diferenças não acabam
por completo. As diferenças geracionais alargam-se à medida que o estilo de vida se altera.
Neil Arora, “Generation gaps widen as Chinese lifestyles change”, in China Daily, 2 de março, 2011 [tradução adaptada].
1. Explicite, três objetivos enunciados por Deng Xiaoping ao anunciar que a China estava “num
ponto de viragem na história”.
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A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, três aspetos para cada um dos tópicos de
desenvolvimento:
- estratégias de desenvolvimento das economias asiáticas;
- política económica de Deng Xiaoping;
- repercussões do processo de modernização na economia e na sociedade chinesas.
Deve integrar na resposta, para além dos seus conhecimentos, os dados disponíveis nos
documentos 1 a 4.
GREENPEACE
COLUNA A COLUNA B
(A) Organismos que atuam para além dos governos e que visam uma intervenção independente em (1) Estados-nação
questões humanitárias e ambientais e, por vezes, em cooperação com as autoridades internacionais.
(2) Xenofobia
(B) Organismo da ONU que presta assistência humanitária a todos aqueles que se encontram
deslocados do seu país de origem por motivos de perseguição étnica, religiosa ou política. (3) Ambientalismo
(C) Atitude de intransigência na defesa de princípios de natureza religiosa da qual decorrem atitudes (4) ACNUR
extremistas.
(5) UNICEF
(D) Sentimento de rejeição face ao que é estranho ou estrangeiro e que promove a discriminação e
pode assumir contornos violentos. (6)
Fundamentalismo
(E) Confrontam-se com problemas e desafios que não se resolvem no interior das suas fronteiras e
que apenas a ação supranacional e de cooperação internacional pode resolver. (7) Sionismo
(8) ONG’s
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
M9 – TESTE 7
I GRUPO - A CONSOLIDAÇÃO DA CE: A INTEGRAÇÃO DE PORTUGAL DEMOCRÁTICO
Doc. 1 - DISCURSO DE GIULIO ANDREOTTI NA CERIMÓNIA DE ADESÃO DE PORTUGAL À CEE (JUNHO DE
1985)
Esta adesão contribui para uma maior coincidência entre a Europa geográfica e a Europa política e institucional; e ao mesmo
tempo prova, mais uma vez, que a adesão à Comunidade Europeia é o corolário da reconquista dos valores inerentes a uma
democracia pluralista. […] Hoje, quando – no fim de um longo processo de negociações – Portugal se torna membro de uma
Comunidade a Doze, podemos dizer que foram os Portugueses que aceleraram, pelas suas próprias mãos, as salvaguardas
democráticas. […] Pela sua parte, a Comunidade está em condições de proporcionar a Portugal uma nova dimensão política e
económica, na qual poderá encontrar o lugar que lhe pertence pela sua história, a sua cultura e as suas tradições. Assim, os laços
históricos, culturais e económicos de Portugal […] representam um contributo importante à ação que a Comunidade empreendeu
para criar, sobretudo nas zonas onde reina uma tensão internacional importante, as condições necessárias a novos equilíbrios e
a novas oportunidades de paz.
G. Andreotti, Bulletin des Communautés Européennes, n.º 6 Junho, 1985.
1. Identifique, com base no documento, a importância que a adesão de Portugal representou para
a Comunidade Europeia.
2. Associe os elementos relacionados com a consolidação do projeto europeu presentes na coluna
A, às designações correspondentes na coluna B:
COLUNA A COLUNA
B
(A) Portugal e Espanha tornaram-se membros da Comunidade Europeia e neste mesmo ano (1) 1957
foi assinado o Ato Único Europeu que previu a harmonização das leis nacionais para os
Estados-Membros, de forma a constituir um verdadeiro mercado único. (2) 1968
(B) Assinado em Maastricht permitiu a criação da União Europeia e que previu a introdução (3) 1972
de uma moeda única. No mesmo ano consolidou-se a Europa dos Quinze com a adesão da
Suécia, da Áustria e da Finlândia. (4) 1985
(C) Assinado em Haia permitiu o alargamento da CEE, mediante a entrada de três novos (5) 1986
países (Grã-Bretanha, Irlanda e Dinamarca).
(6) 1992
(D) O euro tornou-se a moeda de 11 países e significou o fim das suas moedas nacionais que
deixaram de circular permanentemente entre 1 de janeiro e 17 de fevereiro de 2002. (7) 1995
(E) Assinado em Roma, pela Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo, (8) 1999
instituiu a Comunidade Económica Europeia (CEE) e através de uma união alfandegária, criou
um mercado comum e um espaço económico unificado.
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
1. Identifique, com base nos documentos 2 e 3, três das diferenças nas políticas sociais
evidenciadas no contexto da UE.
A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, três dos seguintes aspetos para cada um dos
tópicos de desenvolvimento:
- a UE: os objetivos;
- a UE: obstáculos e desafios;
- a UE e a mundialização.
Deve integrar na resposta, para além dos seus conhecimentos, os dados disponíveis nos documentos 1 a
4.
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
III GRUPO - A VIRAGEM PARA UMA NOVA ERA: O NOVO MODELO ECONÓMICO E A
GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
Doc. 1 - A CPLP: ATOR MULTIPOLAR NO MUNDO GLOBAL segundo Murade Isaac Murargy***
Ao assumir a liderança do Órgão Executivo da CPLP, a três anos da Instituição perfazer 20 anos de existência, eu
impus-me o desafio de contribuir para a reflexão sobre o passado da Organização e os desafios para os próximos
20 anos, a partir de 2016. […] Parece-me evidente que um dos aspetos a tomar em conta será a realidade multipolar
da CPLP. Os Estados membros da CPLP, estão inseridos em quatro continentes e em diversificados espaços de
cooperação regionais, contribuindo esse fator para a riqueza da nossa Diversidade Cultural, para a potenciação da
expansão da Língua Comum e para uma cooperação multifacetada e intensiva. Por outro lado, no que concerne às
políticas de integração dos Estados membros da CPLP, essa dispersão representa, a um tempo, um desafio
colossal, mas também uma enorme fonte de oportunidades para o futuro. A integração dos Estados membros da
CPLP em Comunidades Regionais, com forte incidência económica, mas também política, tais como a União
Europeia, o Mercosul, […], e futuramente, a ASEAN, não deve ser encarada como um obstáculo intransponível à
integração económica dos Estados membros da CPLP. Essa mesma pertença múltipla a diversas Organizações
Regionais, comporta um vasto conjunto de oportunidades para a CPLP, se soubermos fazer da nossa Comunidade
uma Organização que, simultaneamente, seja complementar nos esforços de integração regional de cada um dos
nossos Estados membros e um veículo de interligação entre as diversas Comunidades Regionais, potenciando a
realização das suas políticas e ações de forma sinérgica com as medidas adotadas pela CPLP. […] Portugal e o
Brasil poderão dar importantes contributos aos demais Estados membros da CPLP nos domínios da capacitação,
com o objetivo de reforçar e desenvolver as competências, a competitividade da indústria, das infraestruturas e da
qualidade (normalização, acreditação e certificação), nomeadamente nas áreas da agroindústria, da energia, das
Tecnologias da Informação e da Comunicação, etc. Deste modo, através do Brasil e de Portugal, a CPLP estaria a
ser complementar dos esforços dos seus membros com vista à aceleração da industrialização, apoiando a
transformação industrial endógena das matérias-primas locais, o desenvolvimento e a diversificação das
capacidades produtivas, reforçando a capacidade de exportação de mercadorias manufaturadas e o potencial de
integração regional desses Estados membros da CPLP nos vários contextos geográficos em que se inserem. […]
Para além de Portugal, na União Europeia e do Brasil no Mercosul, os demais Estados membros da CPLP integram
várias Comunidades Regionais. Angola e São Tomé e Príncipe são membros da CEEAC; Angola e Moçambique
são membros da SADC; Cabo Verde e a Guiné-Bissau são membros da CEDEAO; A Guiné-Bissau é ainda parte
da UEMOA e Timor-Leste está e envidar sérios esforços com vista à sua integração na ASEAN. Essas Organizações
Regionais têm por missão fundamental promover a integração em todos os domínios da atividade económica,
nomeadamente, no comércio, na indústria, transportes, telecomunicações, energia, agricultura, mas também a
integração monetária e financeira. A par disso constam ainda das suas agendas questões culturais, sociais e
educativas, que se cruzam com os objetivos da CPLP. É, assim possível, encontrar áreas de convergência entre as
prioridades destas Organizações e as da CPLP, que permitem gerar sinergias e ganhos de complementaridade. […]
Ora, se os Estados membros da CPLP tiverem sempre presente a realidade da sua múltipla pertença à CPLP e a
outras Organizações regionais de caracter geográfico, poder-se-ão estabelecer pontes e fomentar o
desenvolvimento de programas de cooperação conjuntos, beneficiando da interligação entre os Estados membros
da CPLP e outras regiões geográficas. Também no domínio da cooperação económica, a múltipla inserção dos
países da CPLP em várias latitudes poderá ser uma importante mais-valia, num momento em que a CPLP começa
a buscar maior focalização económica, como meio para ganhos de eficiência da própria Organização, úteis para a
sua afirmação dentro e fora do espaço de Língua Portuguesa. […] Tendo em conta a dimensão dos mercados da
CEEAC (121 Milhões de habitantes), da SADC (233 Milhões), da CEDEAO (300 Milhões), do Mercosul (275
Milhões), da ASEAN (560 Milhões), e da União Europeia (500 Milhões), estamos perante um gigantesco mercado
de 1.989 Milhões. Mesmo excluindo o mercado da União Europeia, cujo acesso comporta requisitos mais
complexos, estaremos perante 1.489 Milhões de consumidores. Assim, a CPLP, Ator Multipolar, poderá no futuro,
ter um impacto Global, traduzido em maior bem-estar para os nossos povos.
Intervenção do Secretário Executivo da CPLP, Embaixador Murade Isaac Murargy, durante a III Conferência da
Lusofonia CPLP, 8 de janeiro, 2013, in http://www.cplp.org/id-
2439.aspx?PID=6891&M=NewsV2&Action=0¤tPage=6
****Murade Isaac Murargy é Secretário Executivo da CPLP desde a IX Conferência de Chefes de Estado e de Governo,
realizada a 20 de Julho de 2012, em Maputo.
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
2. O Secretário Executivo da CPLP na análise do passado e do futuro da organização, afirma que a CPLP
beneficia de um “vasto conjunto de oportunidades” devido à…
(A) pertença a diversas organizações regionais, económicas e politica, tais como a União Europeia, o Mercosul, e
futuramente, a ASEAN.
(B) pertença a diversas organizações regionais, económicas e politica, tais como a CIA, a NAFTA, e futuramente, a
OMC.
(C) pertença a diversas organizações regionais, económicas e politica, tais como a OMC, a União Europeia, e
futuramente, a ALCA.
(D) pertença a diversas organizações regionais, económicas e politica, tais como a ASEAN, a APEC, e futuramente,
a Comunidade Andina.
3. O secretário executivo da CPLP, na análise do passado e do futuro da organização, afirma que Portugal e
o Brasil poderão dar importantes contributos aos demais Estados membros da CPLP em vários domínios,
nomeadamente...
(A) Portugal na ASEAN; Brasil na APEC. Angola e São Tomé e Príncipe como membros da ALCA; Angola e
Moçambique integram a CIA; Cabo Verde e a Guiné-Bissau são membros da União Europeia; a Guiné-Bissau é ainda
parte da NAFTA e Timor-Leste procura a sua integração na OMC.
(B) Portugal na NAFTA; Brasil na OMC. Angola e São Tomé e Príncipe como membros da APEC; Angola e
Moçambique integram a OMC; Cabo Verde e a Guiné-Bissau são membros da NAFTA; a Guiné-Bissau é ainda parte
da ALCA e Timor-Leste procura a sua integração na União Europeia.
(C) Portugal no Mercosul; Brasil na União Europeia. Angola e São Tomé e Príncipe como membros da NAFTA; Angola
e Moçambique integram a ASEAN; Cabo Verde e a Guiné-Bissau são membros da OMC; a Guiné-Bissau é ainda
parte da APEC e Timor-Leste procura a sua integração na CIA.
(D) Portugal na União Europeia; Brasil no Mercosul. Angola e São Tomé e Príncipe como membros da CEEAC; Angola
e Moçambique integram a SADC; Cabo Verde e a Guiné-Bissau são membros da CEDEAO; a Guiné-Bissau é ainda
parte da UEMOA e Timor-Leste procura a sua integração na ASEAN.
4. O secretário executivo da CPLP, na análise do passado e do futuro da organização, afirma que os objetivos
da CPLP se cruzam com os objetivos “dessas organizações regionais” de que se destacam…
(A) a promoção e a integração apenas nos domínios da indústria e da finança.
(B) a promoção e a integração em todos os domínios da atividade científica e tecnológica.
(C) a promoção e a integração em todos os domínios da atividade económica, no campo monetário e financeiro, e
nas questões culturais, sociais e educativas.
(D) a promoção e a integração apenas nos domínios da atividade cultural e comercial.
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2 - Preparar Exame - Ficha Global (12º)
COLUNA A COLUNA
B
(C) Designa a união aduaneira entre cinco países da América do Sul e que tem como línguas (5) CIA
oficiais o castelhano e o português.
(6) NAFTA
(D) Designa a Comunidade Ibero-Americana que visa a cooperação e o desenvolvimento
entre Portugal, Espanha e os países da América Central e Latina, reforçando o papel de (7) Lusofonia
Portugal na América
(8)
(E) Designa os países africanos, entre os quais se incluem Angola, Cabo Verde, Guiné MERCOSUL
Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e, mais recentemente, Guiné Equatorial. Entre
estes países e Portugal desenvolvem-se relações de cooperação em diferentes domínios e
implementam-se ações com vista à defesa e preservação da língua portuguesa.
FIM
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