Rev 11set23 Uma Avaliacao Sobre Teste de Desempenho em Usinas Fotovoltaicas de Grande Porte
Rev 11set23 Uma Avaliacao Sobre Teste de Desempenho em Usinas Fotovoltaicas de Grande Porte
Rev 11set23 Uma Avaliacao Sobre Teste de Desempenho em Usinas Fotovoltaicas de Grande Porte
Setembro de 2023
Viçosa
“Revelemo-nos, mais por atos do que
por palavras, dignos de possuir este grande
País” Theodomiro Santiago
Resumo
O projeto Sol do Cerrado, um dos maiores parques de energia fotovoltaica da América
Latina, possui potência instalada de 766 Megawatts-pico.
Durante sua concepção definiu-se o modelo de usina de geração centralizada. Este modelo
destaca-se por ser uma prática de mercado que reduz o custo de implantação e o prazo de
execução da obra. O empreendimento conta com 69 eletrocentros com potência nominal
de 10,3 MVA cada.
Para montagem eletromecânica desta usina contratou-se uma empresa responsável pelo
BOS (Balance of System), incluindo engenharia executiva, fornecimento, montagem e
comissionamento.
Durante o projeto, diversos desafios precisam ser superados para que, ao final, o BOS
entregue a usina gerando energia conforme previsto em projeto e garanta a performance
da planta. Para validação do projeto e celebração dos marcos contratuais finais, após a
construção, comissionamento e entrada em operação comercial, a contratante em acordo
com o BOS realizou a contratação de uma empresa certificadora independente de forma a
chancelar a aprovação ou não da UFV (Usina Fotovoltaica) em análise conforme critérios
pré-definidos e acordados anteriormente entre as partes. O Teste de Desempenho tem por
função avaliar a performance operacional da usina fotovoltaica. Seus resultados refletem
o desempenho global da UFV, por meio do atingimento ou superação das expectativas de
geração da energia esperada a partir do projeto, execução e operação da usina em teste.
Este trabalho aborda os desafios para avaliação do desempenho de unidades fotovoltaicas
expondo os resultados, considerações e lições aprendidas durante os testes de uma das
UFVs do projeto. A partir do exposto é proposta uma metodologia para execução do
teste de performance.
CA Corrente Alternada
CC Corrente Contínua
MW Mega Watt
TA Tecnologia da Automação
TI Tecnologia da Informação
TO Tecnologia Operacional
TC Transformador de Corrente
TP Transformador de Potêncial
Sumário
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.2 Estrutura do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.1 Considerações iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.2 Módulos fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3 Rastreadores solares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.4 Inversores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.5 Unidade geradora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.6 Subestações unitárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.7 Subestação coletora/elevadora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.8 Linha de transmissão e conexão com a rede básica . . . . . . . . . . 16
3 TESTE DE DESEMPENHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.1 Considerações iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.2 Procedimento e metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.3 Métrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.4 Responsabilidade e definições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.5 Limpeza dos sensores de irradiação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.6 Tratamento dos dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.7 Tabela de horários de execução do teste . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.8 Tabela de horários de execução do teste . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.9 Pré-teste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.10 Modelo Computacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.11 Requisitos para início do teste de desempenho . . . . . . . . . . . . . 23
3.12 Manutenções e intervenções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.13 Certificados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.14 Sistema SCADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.15 Disponibilização dos dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.16 Exclusão de dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.17 Relatório de conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.17.1 Aprovação do teste de performance . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.17.2 Reprovação do teste de performance . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.1 Considerações iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.1.1 Irradiância global no plano horizontal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.1.2 Irradiância no plano dos módulos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.1.3 Temperatura dos módulos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.2 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.2.1 Dia de teste - 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.2.2 Dia de teste - 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.2.3 Dia de teste - 15 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
4.3 Dia de teste - Excluído . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.4 Resultado do teste de desempenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.4.1 Histograma de energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.4.2 Energia medida versus Irradiância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.5 Lições aprendidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.5.1 Protocolos de comissionamento a frio e a quente . . . . . . . . . . . . . . 37
4.5.2 Checklist pré-performance . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.6 Fluxograma macro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
4.7 Matriz de comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.7.1 Proposta de informativo D-3 (Início do teste) . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.7.2 Proposta de informativo S-1 e M-1 (EPI e relatório final) . . . . . . . . . . 43
5 CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
5.1 Conclusões Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
10
1 Introdução
A usina solar possui 17 subparques em uma área equivalente à cerca de 1,3 mil
campos de futebol com capacidade de geração de 766 MWp (CC) e 681 MWh (CA).
O projeto conta com 1.431.900 módulos fotovoltaicos instalados em 15.910 rastreadores
solares que por sua vez estão conectados aos 138 inversores de 5,196 MVA. O conjunto de 2
inversores associados à 1 transformador de 10,3 MVA forma a instalação denominada ITS
(inversor transformador solar), sendo um total de 69 ITSs no parque. A energia gerada
nas ITS’s são concentradas na subestação elevadora de 34,5kV/230kV por meio de 4
barramentos de 34,5 kV. Dois transformadores de 34,5-34,5kV/230kV com potência de 340
MVA cada escoam a energia através de 1 Linha de transmissão de 230 kV em circuito duplo
até os bays de conexão na subestação Jaíba conectada ao Sistema Interligado Nacional
(SIN).
Para montagem eletromecânica contratou-se uma empresa responsável pelo BOS
Capítulo 1. Introdução 11
Durante o projeto, diversos desafios precisam ser superados para que, ao final, o
BOS entregue a usina produzindo a energia conforme previsto em projeto, destaca-se: pro-
jeto inédito no portifólio da empresa; Estratégia de contratação (EPC x Pacotes segmen-
tados) dentro do Capex aprovado; início das obra durante o período chuvoso em Jan/21;
mão de obra local não qualificada; Ausência de infraestrutura no município; Pandemia
do COVID 19; crise logística internacional; falta de insumos no mercado; licenciamento
ambiental; obtenção das aprovações regulatórias para energização; risco geológico; solo
não competente; e por fim a garantia de performance da planta.
Neste contexto, para validação do projeto e celebração dos marcos contratuais
finais, após a construção, comissionamento e entrada em operação comercial, a contratante
e o BOS realizam a contratação de uma empresa certificadora independente de forma a
chancelar a aprovação ou não da UFV (Usina Fotovoltaica) em análise conforme critérios
pré-definidos e acordados anteriormente entre as partes. O Teste de Desempenho tem por
função avaliar a performance operacional da usina fotovoltaica e seus resultados refletem
o desempenho global da UFV, por meio do atingimento ou superação das expectativas de
geração da energia esperada a partir do projeto, execução e operação da usina em teste.
Não são objetos do Teste de Desempenho a quantificação individualizada das parcelas de
perdas e contribuições dos subsistemas que compõem a usina em teste.
Capítulo 1. Introdução 12
1.1 Objetivos
Este trabalho tem como objetivo principal apresentar os desafios para avaliação
do desempenho de unidades fotovoltaicas e propor um roteiro mínimo para execução do
teste de performance baseado nas principais lições aprendidas em uma das UFVs de um
dos maiores parques de energia solar da América Latina, o Sol do Cerrado.
2 Fundamentação teórica
único N-S foram instalados, 90 módulos fotovoltaicos por eixo e pitch (distância eixo a
eixo) de 6 m.
2.4 Inversores
Os inversores instalados suportam tensão máxima de entrada de 1500 V em cor-
rente contínua (CC) e 6.560 A a 40 °C. Cada inversores possui 20 entradas CC, conectadas
a aproximadamente 114 rastreadores solares e 10260 módulos. O MPPT (Maximum Power
Point Tracking) trabalha na faixa de 1.005 – 1350 V e, na saída, o inversor entrega 4.937
kW de potência de saída, 4.130 A de corrente alternada (CA) máxima a 40 °C e tensão
CA de 690 V.
• Inversores fotovoltaicos;
• Transformador de potência;
• Sistema de proteção;
• Sistema de medição;
• Sistemas auxiliares;
3 Teste de desempenho
• Comissionamento finalizado;
• Avaliação da documentação;
3.3 Métrica
Os dados medidos são os dados coletados para a simulação computacional da usina
em teste ou para a comparação dos resultados simulados (energia medida) sendo fornecidos
para cada dia de teste.
Capítulo 3. Teste de desempenho 18
𝐸𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎
𝐸𝑃 𝐼 =
𝐸𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜
• Albedo;
• Temperatura ambiente;
Capítulo 3. Teste de desempenho 19
• Velocidade do vento;
• Precipitação;
A orientação angular dos rastreadores solares não será monitorada, sendo assu-
mida sempre como correta a partir dos relatórios de comissionamento da usina. Os dados
acessórios devem ser sumarizados, sem tratamento, e apresentados em conjunto com os
dados do Teste de Desempenho nos relatórios do Teste.
Capítulo 3. Teste de desempenho 20
cheia ou fração de quarto de hora, de forma a se obter o máximo número de horas inteiras
(n x 60-min) alocáveis entre o nascer e o pôr do Sol em um determinado dia.
A quantidade total de horas inteiras analisadas durante o Teste será a base para o
cálculo das Disponibilidades de Potência e de Dados, excetuadas aquelas horas excluídas
justificadamente, conforme descrito no item 3.16.
• Se a condição anterior não for atingida ou não for mais possível, 15 Dias Perfeitos
observados, consecutivos ou não, dentro de uma janela de até 30 dias.
3.9 Pré-teste
O Pré-Teste é o ensaio geral da realização do Teste de Desempenho, durante o qual
serão coletados os dados para uma análise preliminar da usina quanto à sua capacidade
de atender satisfatoriamente às expectativas de geração de energia.
Os resultados do Pré-Teste não são garantia de aprovação do Teste de Desempenho
subsequente e durante o Pré-Teste serão avaliados os processos de coleta e de disponibi-
lização dos dados e é preparada uma simulação inicial da Energia Esperada.
Os resultados do Pré-Teste devem ser divulgados às partes, que poderão se mani-
festar com sugestões de melhoria a serem ou não absorvidas para o modelamento final.
O BOS e o O&M podem realizar manutenções, obras e atividades que julgar ne-
cessárias durante a realização do Pré-Teste, ainda que a interferência na usina durante
esse período se reflita em incertezas nos resultados que venham a ser obtidos, restando
apenas a responsabilidade em informar as partes sobre eventuais intervenções realizadas,
de modo a facilitar as atividades de análise do Agente Independente.
A usina não precisa estar com a superfície dos módulos limpos para a realização
do Pré-Teste sendo previsto a realização de um Pré-Teste para cada usina do Complexo.
Capítulo 3. Teste de desempenho 22
3.13 Certificados
Certificados de calibração da estação solarimentrica e do multimedidor quando
aplicável devem ser coletados previamente ao início do teste e anexados ao Relatório
Final do Teste. Deverá ser verificada previamente a necessidade de aplicação de fator
de transformação para a correção dos dados brutos obtidos a partir dos instrumentos de
medição, assim como relatar como e onde estas transformações estão sendo aplicadas aos
dados a serem considerados para o teste.
Capítulo 3. Teste de desempenho 24
testes, relatório de limpeza dos sensores de irradiação, relatórios de instalação dos sensores
monitorados e tabela de horários de realização do teste.
𝐸𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎+𝐼𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎
𝐸𝑃 𝐼 =
𝐸𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜+𝐼𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎
4 Resultados
Dia ºC GHI Wh/m2 POA Wh/m2 Válido Perfeito E. Esp. (kWh) E. Med. (kWh)
1 48,8 6.426 8.962 SIM SIM 317.180 311.954
2 44,9 5.572 7.456 SIM SIM 261.326 259.409
3 46,4 6.712 8.870 SIM SIM 323.657 327.652
4 47,6 6.653 8.964 SIM SIM 312.831 306.363
5 49,5 6.772 9.215 SIM SIM 331.040 333.458
6 50,1 6.870 9.459 SIM SIM 340.525 320.223
7 48,5 5.811 8.588 SIM SIM 275.186 277.213
8 38,2 4.313 5.791 SIM NÃO 199.757 196.941
9 34,2 3.748 4.145 SIM NÃO 162.307 160.738
10 39,4 4.667 5.406 SIM SIM 197.495 189.172
11 34,6 4.326 4.777 SIM SIM 180.721 176.607
12 43,2 5.473 8.336 SIM SIM 273.886 264.999
13 42,3 5.573 7.631 SIM SIM 261.538 248.725
14 46,1 5.281 8.112 SIM NÃO 259.102 263.922
15 48,2 6.230 8.357 SIM SIM 304.906 304.651
16 47,3 5.567 7.661 SIM SIM 258.983 268.918
17 46,2 5.938 7.862 SIM SIM 278.646 266.515
18 42,5 4.775 6.346 SIM NÃO 210.613 206.292
19 47,5 6.086 8.383 SIM SIM 300.841 294.396
20 42,1 5.296 6.792 SIM SIM 242.804 242.274
21 48,2 5.425 8.210 SIM NÃO 283.859 272.652
22 32,8 2.941 3.607 NÃO NÃO 130.054 124.792
23 37,7 5.355 7.136 SIM SIM 258.369 253.781
24 40,9 5.436 7.588 SIM SIM 263.543 272.113
25 45 6.122 8.347 SIM SIM 309.225 313.192
26 46,8 5.886 8.304 SIM SIM 291.899 295.467
27 48,1 5.640 7.705 SIM SIM 274.168 281.470
28 45,3 5.236 7.502 SIM SIM 248.519 256.710
29 33,3 2.795 3.918 NÃO NÃO 134.596 135.595
30 43,5 4.611 6.344 SIM NÃO 220.075 219.646
Fonte: adaptado de (LUBKE, 2023)
Capítulo 4. Resultados 27
20 30 40 50 60
Temperatura (°C)
4.2 Avaliação
4.2.1 Dia de teste - 3
O dia de teste 3 é considerado um dia bom, pois a energia gerada conforme a Ta-
bela 4.1 foi de 327.652 kWh, superando a energia esperada de 323.657 kWh. A temperatura
ambiente registrada foi de 30 °C, a temperatura dos módulos de 46,4 °C medida versus
uma temperatura esperada de 48 °C. A irradiância POA medida foi de 8.870 Wh/m2.dia,
superando a irradiância esperada de 8.492 Wh/m2.dia.
Na Figura 4.4 são apresentados os deficits de geração de energia em relação à
energia esperada pelo modelo da UFV, sendo -2242 kWh às 7 h, -1203 kWh às 15 h e -2374
kWh às 17 h. A perda de geração no início e fim do dia pode representar sombreamento
nos módulos causado, geralmente, por diferença na cota de montagem dos trackers. Ao
avaliar o RDO é possível identificar que o deficit apresentado entre 7h00 e 7h59 é referente
à condição de falha no inversor solar, demandando rearme em campo. No mesmo RDO
é possível identificar o motivo dos dois deficits no período da tarde, sendo que, para o
primeiro evento entre 15h00 e 15h59, a causa foi a falha no sistema de refrigeração do
inversor e o segundo período, de 17h00 às 17h59, a mesma causa, porém com necessidade
de rearme em campo.
Capítulo 4. Resultados 29
4,000
2,000
kWh
0
−2,000
6 8 10 12 14 16 18
Horas
1,000
0
kWh
−1,000
−2,000
6 8 10 12 14 16 18
Horas
1,000
kWh −1,000
−2,000
6 8 10 12 14 16 18
Horas
Setpoint Potência
Horário Descrição
Pedido (%)
T1 100% 100% 15:13:00 Operação normal
T2 100% 12,5% 15:13:10 Operador desativa o PPC
T3 100% 0% 15:13:20 PPC desativado
T4 100% 55% 15:13:30 Operador ativa o PPC
T5 100% 95% 15:13:40 PPC Ativado
T6 100% 100% 15:13:45 Operação normal
T7 100% 24% 15:15:15 Operação anormal
T8 100% 62,5% 15:15:20 Operação anormal
T9 100% 52,5% 15:15:30 Operação anormal
T10 100% 43,5% 15:15:35 Operação anormal
T11 100% 32,5% 15:15:45 Operação anormal
T12 100% 22,5% 15:15:55 Operação anormal
T13 100% 60% 15:16:00 Operação anormal
T14 100% 50% 15:16:10 Operação anormal
T15 100% 90% 15:16:20 Operação anormal
T16 100% 100% 15:16:30 Operação normal
Fonte: Autor
Potência
Pedido Horário Motivo
(MW)
T1 Limitar a potência ativa 131 7:02 Controle de frequência no SIN
T2 Limitar a potência ativa 118 7:33 Controle de frequência no SIN
T3 Limitar a potência ativa 142 10:47 Controle de frequência no SIN
T4 Limitar a potência ativa 166 11:58 Controle de frequência no SIN
T5 Limitar a potência ativa 190 12:09 Controle de frequência no SIN
T6 Limitar a potência ativa 226 12:36 Controle de frequência no SIN
T7 Limitar a potência ativa 298 13:15 Controle de frequência no SIN
T8 Limitar a potência ativa 333 13:29 Controle de frequência no SIN
T9 Limitar a potência ativa 367 13:35 Controle de frequência no SIN
T10 Limitar a potência ativa 400 14:13 Controle de frequência no SIN
T11 Fim da restrição - 14:36
Fonte: Autor
Capítulo 4. Resultados 35
·104
1.5
1
kWh
0.5
−0.5
−1
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
Dias de teste
15
Desv: 29.81
Quantidade de dias
10
0
100 150 200 250 300 350
Min: 124 kWh - Max: 333 kWh
·105
3.5
y=47.53*x (R2=0.9972)
2.5
1.5
Início 3.11
Protocolos 4.5.1
Checklist 4.5.2
Tratar não
Não conformidades
Aprovado?
dos protocolos
ou checkilist
Sim
Realizar coleta
e análise dos
dados 3.15
Relatório 3.17
Fim
• Três dias antes de iniciar os testes, o Ponto Focal (P.F) da empresa contratante ou
cliente deve enviar para todos os envolvidos (Cliente, BOS, O&M e Certificadora)
um comunicado informando a data de início do teste de performance.
• Uma reunião semanal entre a Empresa certificadora (E.C) e o P.F deve ocorrer de
forma a possibilitar o acompanhamento EPI.
• Mensalmente a E.C deve emitir o relatório final das UFVs aprovadas e enviar para
validação com o cliente.
• 4: Legenda;
5 Conclusões
• Caso o dia de restrição não impacte de forma severa a produção de energia da UFV
em performance, o cliente, em comum acordo com o BOS, pode solicitar que o dia
não seja excluído sob pena de redução no EPI, desde que esses dias sejam suficientes
para aprovação da UFV.
• A matriz de comunicação é uma das partes mais importantes para o bom andamento
do teste, a sua execução nos prazo pelo responsável democratiza a informação e
permite aos envolvidos atuarem de forma ativa se necessário.
• Por fim, destaca-se que os resultados alcançados na UFV são válidos exclusivamente
para o período de teste e não podem ser extrapolados para outras UFVs como critério
de aceitação.
47
Referências
VALE. Vale inicia geração de energia renovável do sol do cerrado. In: VALE S.A. Meio
Ambiente. [S.l.], 2022. 10