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0349
CONSERVAÇÃO
DE
FORRAGENS
MAITY ZOPOLLATTO
CONSERVAÇÃO DE FORRAGENS
CURITIBA
SENAR AR/PR
2020
Depósito legal na CENAGRI, conforma Portaria Interministerial n. 164, data de 22 de
julho de 1994, e junto a Fundação Biblioteca Nacional e SENAR AR/PR.
Zopollatto, Maity.
Z88
Conservação de forragens / Maity Zopollatto. –
Curitiba : SENAR AR-PR., 2020. - 108 p.
ISBN 978-65-88733-10-3
CDU636.085
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, por qualquer meio, sem a
autorização do editor.
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................... 7
1 SILAGEM.......................................................................................................................................... 9
1.1 CONCEITO.............................................................................................................................. 10
1.2 ESCOLHA DA FORRAGEIRA ................................................................................................ 11
1.3 PROCESSO DE ENSILAGEM................................................................................................ 13
1.3.1 Implantação da lavoura ................................................................................................... 14
1.3.2 Colheita e picagem ......................................................................................................... 21
1.3.3 Silos ................................................................................................................................ 22
1.3.4 Enchimento do silo........................................................................................................... 27
1.3.5 Fechamento do silo.......................................................................................................... 30
1.4 FASES DO PROCESSO DE ENSILAGEM ........................................................................... 32
1.4.1 Fase aeróbica.................................................................................................................. 32
1.4.2 Fase fermentativa ou anaeróbica e estabilidade............................................................. 33
1.4.3 Fase aeróbica (abertura)................................................................................................. 34
1.5 ADITIVOS................................................................................................................................. 36
1.5.1 Aditivos microbianos........................................................................................................ 37
1.5.2 Aditivos químicos............................................................................................................. 38
1.5.3 Sequestrantes de umidade.............................................................................................. 41
1.5.4 Cuidados na aplicação de aditivos.................................................................................. 42
1.6 MANEJO DO SILO PÓS-ABERTURA.................................................................................... 43
1.6.1 Retirada de material......................................................................................................... 43
1.7 AVALIAÇÃO DE SILAGENS................................................................................................... 47
1.7.1 Aspectos relacionados ao processo................................................................................ 48
1.7.2 Presença de microrganismos indesejáveis ..................................................................... 50
1.7.3 Cor................................................................................................................................... 51
1.7.4 Odor................................................................................................................................. 52
1.7.5 Produção de efluente....................................................................................................... 52
1.8 SILAGEM DE MILHO APÓS GEADA..................................................................................... 54
1.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................... 55
2 FENAÇÃO....................................................................................................................................... 57
2.1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 57
2.2 PRODUÇÃO, MANEJO E USO DE FENO............................................................................ 57
2.2.1 Planejamento para produção de feno.............................................................................. 58
2.2.2 Adubação para produção de feno.................................................................................... 61
2.2.3 Escolha da espécie forrageira......................................................................................... 64
2.3 MANEJO DE ÁREAS ESTABELECIDAS PARA PRODUÇÃO DE FENO........................... 67
2.4 CORTE .................................................................................................................................... 67
2.4.1 Manejo pós-corte ............................................................................................................ 75
2.4.2 Equipamentos e aplicação .............................................................................................. 76
2.4.3 Fatores que afetam as taxas de perda de água.............................................................. 79
2.5 ADITIVOS ................................................................................................................................ 80
2.5.1 Ácidos orgânicos.............................................................................................................. 80
2.5.2 Amônia/Ureia................................................................................................................... 80
2.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................... 81
3 PRÉ-SECADO................................................................................................................................ 83
3.1 CONCEITO.............................................................................................................................. 83
3.2 ESCOLHA DA FORRAGEIRA................................................................................................. 83
3.3 PROCESSAMENTO E PONTO DE CORTE......................................................................... 85
3.4 FASES DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE GRAMÍNEAS
PRÉ-SECADAS....................................................................................................................... 85
3.4.1 Corte, revolvimento, enleiramento, recolhimento e ensilagem........................................ 86
3.4.2 Tipos de silo..................................................................................................................... 87
3.4.3 Fechamento e vedação................................................................................................... 88
3.5 ADITIVOS................................................................................................................................. 89
3.6 MANEJO DO SILO PÓS-ABERTURA.................................................................................... 89
3.7 PONTOS CRÍTICOS DA PRODUÇÃO DE PRÉ-SECADO.................................................. 91
3.7.1 Fatores ambientais.......................................................................................................... 91
3.7.2 Fatores inerentes à planta............................................................................................... 91
3.7.3 Fatores inerentes ao processo ....................................................................................... 92
INTRODUÇÃO
1 SILAGEM
VOCÊ SABIA?
Matéria seca é a parte que resta de um material após a perda de toda água, por meio
de secagem em estufas.
1.1 CONCEITO
Microrganismos
indesejáveis
VOCÊ SABIA?
Quadro 1 – Plantas utilizadas para produção de silagem e suas principais características e limitações.
Planta Características
Alta produção de massa (20 a 55 t MS/ha)
Boa fonte de energia (alto teor de sacarose)
Baixo custo
Cana-de-açúcar Cultura semiperene (5 anos)
Produção de etanol
Fibra de baixa qualidade
Baixo teor de proteína (3%)
VOCÊ SABIA?
Para a prática vegetativa, o fator mais importante é o plantio direto com rotação
de cultura. Essa técnica traz ao solo uma diversificação no sistema radicular e na
produção de palhada, evitando a exposição do solo sem cobertura. Como consequência,
proporciona menor impacto da chuva e da erosão, aumentando a infiltração de água
no solo. O plantio direto deve ser realizado em nível, paralelamente à curva de nível.
16 SENAR AR/PR
Tabela 1 – Número de sementes de milho recomendado para dez metros lineares em relação ao estande e
ao espaçamento entre linhas.
0,45 18 20 23 25 27 29
0,50 20 23 25 28 30 33
0,70 29 32 36 39 43 46
0,80 38 43 48 53 58 63
0,90 43 49 54 60 65 70
1,00 48 54 60 66 72 78
1.3.1.2 Adubação
Tabela 2 – Extração média de nutrientes pela cultura do milho com finalidade de conservação em diferentes
níveis de produtividade.
Dessa forma, a reposição deve ser feita de forma criteriosa, com base na análise
do solo e dos níveis de produtividade pretendidos (Tabela 3).
Nutrientes (kg/ha)
¹Baixo, médio e alto se referem aos resultados obtidos pela análise de solo.
Fonte – Adaptado de Cantarella; Quaggio; Furlani, 1996.
VOCÊ SABIA?
1 2 3 4 5
Fonte – Zopollatto, 2020.
SENAR AR/PR 19
Tabela 4 – Mudanças na composição e na qualidade de milho cortado para silagem em diferentes estádios
de maturidade.
¹MS: matéria seca; ²NDT: nutrientes digestíveis totais; ³Consumo %PV: consumo em porcentagem do peso vivo.
Fonte – Cruz, 2001.
ATENÇÃO
PRECAUÇÃO
Para quem utiliza dieta total, a repicagem pode gerar problemas de falta de fibra
efetiva na dieta, com consequência de queda do percentual de gordura no leite.
1.3.3 Silos
Os dois tipos de silo mais utilizados são o superfície e o trincheira (Quadro 2),
por isso é importante saber como calcular a capacidade e dimensionamento de cada
um deles. (OLIVEIRA apud CRUZ et al., 2001).
O silo superfície é o mais econômico, pois não exige qualquer estrutura fixa
como paredes laterais. Para fazê-lo, basta amontoar e compactar o material sobre o
solo e cobri-lo totalmente com lona plástica.
O silo trincheira é o mais comum, devido ao custo de construção e às
facilidades para carregamento, compactação e descarregamento. Nas áreas onde há
irregularidades de terreno, é possível aproveitá-las para construir um silo trapezoidal.
Em terrenos planos, é necessária a construção de paredes laterais e sua forma deve
ser retangular. Independentemente do tipo de seção, a largura mínima do silo (largura
inferior, no caso de seção trapezoidal) deve ser, no mínimo, duas vezes a distância
entre os pneus traseiros do trator.
O fechamento do segundo tipo de silo pode ser feito de duas maneiras: (i)
com pranchões de madeira (Figuras 10 e 11), porém é necessário que durante o
carregamento haja acesso pelas laterais ou pela parte de trás e que o silo seja
completamente cheio; (ii) compactando o material da “boca” em um ângulo de 45° e
usando apenas lona plástica para cobertura (Figura 12).
Vala para
escoamento da
chuva
1.3.3.2 Capacidade
(B + b)
2 × A × C
O valor de B deve ser equivalente a duas vezes a bitola do trator que fará a
compactação.
Supondo que para um silo com 6 m de base maior (B), 5 m de base menor (b),
1,8 m de altura (A) e 12 m de comprimento, tem-se:
(6 + 5)
2 × 1, 8 = 9, 9 m² (área da seção transversal)
(B × A) × C
5 × 1,8 = 9,0 m² (área da seção transversal)
9,0 m² × 12 m = 108 m³
EXERCÍCIO
EXERCÍCIO
VOCÊ SABIA?
O tempo de compactação deve ser 1,0 a 1,2 vezes o tempo de colheita, ou seja, uma
hora colhendo deve equivaler a, no mínimo, uma hora compactando.
VOCÊ SABIA?
1º dia
2º dia
3º dia
Silo pronto
Além de usar lona para proteger a silagem, outras providências devem ser
executadas nesse período, como a proteção contra raios solares, que pode ser feita
com terra ou capim, e a utilização de materiais pesados sobre a lona, como saco de
areia, evitando assim a entrada de roedores, água e agentes contaminantes. Esses
procedimentos melhoram a vedação e colaboram para a boa fermentação do material,
observada pela menor temperatura de superfície do silo, como pode ser visto na Figura
20, em que a silagem vedada com lona plástica com terra sobre esta apresentou
menor temperatura que a silagem vedada apenas com lona.
SENAR AR/PR 31
Figura 20 – Temperaturas de silagem de milho vedadas com lona plástica com e sem o
uso de terra sobre a lona.
45
40
Temperatura (°C)
35
30
25
20
15
10
1 11 21 31 41 51 61 71
Tempo (dias)
Em relação à lona de dupla face, esta não necessita de proteção específica contra
raios solares, porém é necessário deixar a parte branca voltada para fora (Figura 21).
pH
N
í bactéria
v
e oxigênio
l
VOCÊ SABIA?
Enterobactérias são bastante conhecidas, uma vez que alguns indivíduos estão
presentes no intestino dos seres humanos e de outros animais, como a Escherichia
coli. Outras enterobactérias podem ser encontradas no solo, na água e, no caso da
silagem, elas estão presentes na planta, ainda no campo.
A silagem, que foi previamente mantida sob condições de anaerobiose para sua
conservação, volta a ser exposta ao oxigênio no momento de abertura do silo.
A presença de oxigênio favorece a atividade de microrganismos indesejáveis,
que até então estavam em estado de dormência, como fungos, bacilos e Listeria
(BORREANI et al., 2013), os quais produzem substâncias prejudiciais à saúde animal
e humana. (ALONSO et al., 2013). Esses microrganismos utilizam substratos residuais
e produtos da fermentação para seu crescimento, resultando em deterioração da
silagem (Figura 23) que, uma vez iniciada, não pode ser revertida. Por isso, a abertura
do silo é considerada uma das fases determinantes na qualidade higiênica de silagens.
(PEREIRA et al., 2014).
100 26
25 Temperatura (°C)
Horas
75
24
50 23
100 120 140 160
3
Densidade (kg MS/m )
tempo (h) temp. (máx.)
1.5 ADITIVOS
ATENÇÃO
O uso de aditivos não acelera o tempo de abertura do silo. O tempo mínimo é de três
semanas.
Dentre os aditivos químicos, a ureia e a cal virgem (ou óxido de cálcio) são os
mais estudados. A cal virgem é um aditivo de baixo custo, com evidentes melhorias em
aspectos qualitativos de silagens de cana-de-açúcar, quando aplicada em dosagem
de até 1% da matéria verde. (SCHMIDT, 2009).
Os efeitos positivos em silagens de cana-de-açúcar tratadas com aditivos
alcalinos, como a cal virgem, estão relacionados ao aumento do pH e da fração
mineral, levando à redução da atividade de água e estabelecimento de um ambiente
desfavorável para o desenvolvimento de leveduras. (SIQUEIRA et al., 2014).
Além da preservação de nutrientes e redução no teor de etanol, observa-se também
maior estabilidade aeróbica devido à alteração do padrão fermentativo, em decorrência
da ação tamponante que pode favorecer a maior produção de ácidos orgânicos fracos
e, assim, permitir o maior controle da deterioração aeróbica. (AMARAL et al., 2009).
SENAR AR/PR 39
1.5.2.2 Ureia
O benzoato pode ser aplicado da mesma forma que a cal virgem e a ureia,
sendo normalmente utilizada uma solução diluída de 12 litros de água por tonelada de
forragem fresca.
PRECAUÇÃO
VOCÊ SABIA?
a b
A entrada do silo deve estar sempre limpa e desobstruída. O material que estiver
no chão deve ser constantemente retirado e levado, de preferência, a uma esterqueira
SENAR AR/PR 45
para completar sua fermentação aeróbica e poder ser utilizado como adubo orgânico.
(SILVA; OLIVEIRA, 2001). Contaminações com terra, barro e materiais que afetam
a fermentação resultam em silagens menos estáveis que, como já comentado,
promovem aumento da temperatura, do pH e, consequentemente, maiores perdas de
MS. (HENDERSON; EWART; ROBERTSON, 1979).
A menor exposição da forragem ao ar após o corte reduzirá os efeitos negativos
na fermentação e na qualidade dela. O corte deve ser feito de tal forma que a
superfície permaneça firme, o que dificulta a penetração de ar (Tabela 7). O tamanho
de partícula também influencia essa fase, pois silagens feitas com o tamanho de
partícula recomendado para uma boa compactação permitem cortes mais uniformes.
(FERREIRA, 2001).
(B + b
Área do silo = × A
2
(5 m + 4 m 2
× 2, 2 m = 9, 9 m
2
EXERCÍCIO
Taxa de enchimento,
Teor de matéria seca Clima Aditivos
compactação e densidade
Tratamento
Teor de carboidratos solúveis Solo Método de fechamento
mecânico
Não existe critério único para classificar uma silagem como boa ou ruim, porém
se conhece uma série de fatores comumente associados à qualidade. (NOLLER;
THOMAS, 1985). A classificação subjetiva de silagens é difícil, todavia, informações
úteis podem ser obtidas pela observação cuidadosa da cor, do odor e da textura
da silagem e da combinação destes com informações sobre a natureza da cultura
ensilada. (PEREIRA et al., 2014).
Tabela 9 – Perdas percentuais esperadas de matéria de silagem de milho com diferentes teores de MS.
*Valores estimados
Fonte – Dum et al., 1977.
Para uma silagem estável, o pH deve estar entre 4,0 a 4,5; um pouco maior para
silagens de leguminosas e silagens emurchecidas e menor para silagens de milho,
sorgo e outros cereais. (MAHANNA, 1994).
Outro parâmetro para avaliação do processo é o tamanho de partícula da silagem,
que pode ser verificado pelo uso das peneiras Penn State (Figura 29). O conjunto é
composto por peneiras de 19 mm, 8 mm, 4 mm e uma peneira de fundo, e utiliza-se
cerca de 500 g de amostra. Um dos cuidados que devem ser tomados na execução
da técnica é deslizar o equipamento em uma superfície lisa por cinco vezes em uma
direção e depois ir girando. A execução completa consiste em 40 ciclos, ou seja, cinco
vezes cada lado em dois giros completos. A Tabela 10 apresenta as porcentagens de
silagem de milho recomendadas para cada peneira.
Tabela 10 – Valores recomendados de distribuição das partículas para silagem de milho e pré-secado.
1.7.3 Cor
a b
1.7.4 Odor
Nas boas silagens, o ácido lático é o que aparece em maior proporção (>
65% dos ácidos orgânicos totais). Ele é praticamente inodoro, fazendo com que a
silagem, quando bem feita, tenha pouco cheiro. O odor de vinagre que se observa
é devido à presença de ácido acético, que não deve estar em altas concentrações,
visto que sua presença está inversamente relacionada à velocidade de queda do pH.
(SILVA; OLIVEIRA, 2001). Porém, ainda assim deve ocorrer, pois como comentado
anteriormente, esse ácido tem ação antifúngica, o que proporciona maior estabilidade
aeróbica às silagens.
Na Tabela 11 estão demonstrados os valores de referência dos principais ácidos
orgânicos encontrados em silagens.
Tabela 11 – Concentrações comuns de ácidos orgânicos de silagens de milho (35-40% de MS), leguminosas
(30-40% de MS) e capins (30-35% de MS).
% na matéria seca
Ácido Orgânico
Milho Leguminosas Capins
Quanto mais intenso for o cheiro, mais tempo demora para baixar o pH da
silagem, o que pode ser decorrente da baixa disponibilidade de substratos. No caso
de plantas com altos teores de carboidratos solúveis, como o milho e o sorgo, pode-se
concluir que houve intensa respiração celular (o silo demorou para ser fechado ou a
massa ficou muito aerada devido à pouca compactação). (SILVA; OLIVEIRA, 2001).
Figura 34 – Relação entre porcentagem de matéria seca (MS) e perda por efluente.
33
32
31
30
MS (%)
29
28
27
26
Ausente Baixa Média Alta
Perda Efluente Silagem
Após a geada, a água migra para o colmo e para o sabugo, fazendo com que
apenas as folhas fiquem secas, o que dá a impressão de que a planta já passou
do ponto de corte, mas as espigas ainda estão verdes (Figura 35). A recomendação
é que seja avaliado o teor de matéria seca total das plantas antes de proceder ao
corte e à ensilagem das mesmas, mas isso deve ocorrer no máximo entre cinco a
sete dias após a geada, para evitar que a planta seque demais e haja crescimento
de fungos nas espigas. Lembrando: uma planta que sofreu geada não irá secar na
mesma velocidade que uma planta que não passou por geada (0,5 % MS por dia).
Se ainda assim a planta estiver muito úmida, recomenda-se usar aditivos absorventes
de umidade, como a polpa cítrica (93% MS) ou a casquinha de soja (91% MS).
De maneira geral, são necessários 13,5 kg de MS por tonelada de silagem para elevar
o teor de MS em um ponto percentual. (LEE, 2003).
A geada pode reduzir a população de bactérias láticas na planta, dessa forma, o
uso de inoculantes microbianos deve ser recomendado para boa fermentação.
Outro ponto relevante é que mesmo respeitando essas regras, o produtor deve
estar ciente de que irá ter um material de menor valor nutritivo no silo.
SENAR AR/PR 55
O uso de silagem é uma prática cada vez mais comum em todo o Brasil,
especialmente em propriedades de sistema de criação confinado. É evidente a
necessidade de planejamento para manter a produtividade das fazendas em períodos
de escassez por meio da silagem, embora esta também possa servir como suplemento
e até como dieta total, em alguns casos. Por isso, toda atenção deve ser dada à
execução correta de cada etapa, pois delas dependerá a qualidade do produto final
que, se mal feito, pode colocar em risco a eficiência do sistema e até mesmo a saúde
dos animais. Sobre aditivos em silagens, seu uso não é indicado para substituir erros
no processo e deve ser feito com conhecimento.
SENAR AR/PR 57
2 FENAÇÃO
2.1 INTRODUÇÃO
Por definição, feno é a forragem colhida cujos nutrientes são preservados pela
ação da desidratação. Diferentes espécies de leguminosas e gramíneas podem
ser usadas para fenação, tais como aveia, tifton, coastcross, grama-estrela, alfafa,
entre outras.
Feno é uma importante fonte de energia e proteína para todas as espécies
de herbívoros, em particular bovinos, ovinos e equinos. Em função da similaridade
de estabelecimento e práticas de manejo para produção economicamente viável
para todas as espécies, nesta seção, o assunto será tratado de forma geral. As
particularidades serão destacadas no decorrer do texto.
Devido à falta de informações, estimativas de produtividade e a área utilizada
para produção de feno no Brasil são desconhecidas. No entanto, no mundo, a
forragem mais conhecida e tradicionalmente usada para fenação é a alfafa (Figura
58 SENAR AR/PR
36). O tamanho da área cultivada com alfafa é difícil de ser determinado pela falta
de informação dos países produtores. O maior produtor são os Estados Unidos,
com 12 milhões de hectares, seguido pela Argentina, com 5,5 milhões de hectares.
(BASIGALUP et al., 2007). Nos Estados Unidos, apenas 4% da produção de alfafa é
destinada à exportação, mas o mercado vem crescendo, a exemplo da Arábia Saudita,
um grande produtor de leite, que desde 2016 vem barrando a produção de feno de
alfafa no país para conservação de recursos naturais, o que garantiu um nicho grande
de mercado para EUA, Espanha, Argentina, entre outros países.
2) requerimento nutricional;
Solo, topografia, condições climáticas e o perfil do produtor são variáveis que vão
determinar o tipo de forragem a ser cultivada. Porém, os produtores devem entender
claramente que o principal objetivo é obter máxima produção de forragem com o menor
custo utilizando as práticas corretas. Assim, é responsabilidade do técnico mostrar
aos produtores como obter feno de ótima qualidade com elevado teor de proteína e
alta digestibilidade. Isso significa que o técnico deve identificar o perfil do produtor
para indicar as melhores forragens e técnicas para aquela realidade. Todas essas
características devem ser analisadas e interpretadas individualmente para traçar o
melhor programa de produção de feno.
120
Lotação animal (cordeiro/ha.dia)
100
80
60
40
20
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Doses de nitrogênio (kg/ha)
a b
Uma alternativa para essa prática é a utilização de gesso agrícola. Ele serve como
fonte de cálcio e enxofre para o solo, que se dissociam formando complexos com o
alumínio. É importante ressaltar que o gesso não promove a neutralização da acidez,
mas sim a inativação do alumínio, que apresenta efeito tóxico para as raízes das
plantas. Devido à sua alta solubilidade, o cálcio é facilmente carreado para porções
mais profundas do solo, fazendo com que as raízes aumentem a área de alcance de
nutrientes e água. (SANTIAGO; ROSETTO, 2019).
Quando grandes quantidades de corretivos são requeridas, recomenda-se a
aplicação parcelada durante os anos. O limite máximo de aplicação de calcário, segundo
Werner et al. (1996), é de cinco toneladas/ha com incorporação ou três toneladas/ha,
se aplicado na superfície. Após a correção, doses mínimas são requeridas para manter
o pH do solo nos níveis adequados.
8.000
Matéria seca, kg ha–1
7.000
6.000
5.000
4.000
0
0 40 80 120 160 200 0
–1
N aplicado na aveia, kg ha
4
Índice de área foliar
1
40 100 150 200 250 300
Nitrogênio (kg/ha)
Quadro 4 – Composição bromatológica da base na matéria seca de fenos de diferentes espécies forrageiras.
MS: matéria seca; MM: matéria mineral; PB: proteína bruta; FDN: fibra em detergente neutro; FDA: fibra em
detergente ácido; Ca: cálcio; MS: matéria seca; MO: matéria orgânica; PB: proteína bruta..
Fonte – Adaptado de Evangelista; Lima, 2013.
plantas (Figura 41). Como exemplo, pode-se citar o nabo forrageiro (Raphanus sativus
L.), que pode afetar o crescimento do milho (SHENEIDER; CRUZ-SILVA, 2012)
Doador Alvo
2.2.3.3 Semeadura
2.4 CORTE
Valor nutricional
Período ótimo Produção
para o corte
Figura 44 – Segadeira de linha de corte frontal e traseira, com largura de trabalho de 9 metros.
Figura 45 – Segadeira de arrasto realizando o corte pela parte frontal e expulsando a forragem
colhida para trás.
Variáveis
Condição Proteína bruta DIVMS* (%) FDN (%) T/MS/ha
Planta original 23 70 43 5
Feno, sem chuva 20 64 46 4.2
Feno, com chuva 20 57 54 3.7
80
60
Perdas de MS, g kg–1
40
20
0
0 20 40 60 80
Quantidade de chuvas (mm)
% de perdas de % de folhas
Operação
MS perdidas
Corte sem condicionamento 1 2
Corte
Corte com condicionamento (martelos) 4 5
Com 70% de umidade 2 2
O manuseio da planta após o corte tem o objetivo de virar a leira para acelerar
a perda de água e torná-la uniforme em toda massa. Por meio da sequência de
revolvimento, é possível expor ao vento e à radiação solar toda a superfície da
forragem cortada e assim diminuir o tempo de secagem.
A Figura 51 apresenta a taxa de perda de água no processo de secagem a
campo, compreendida por três fases.
76 SENAR AR/PR
Fase da desidratação
I II III
80 Taxa de desidratação
(> 1,0 de água/g MS/h)
Conteúdo de água (%)
75
*
66
50 Taxa de desidratação
(0,01 g de água/g MS/h)
20
10 20 30 40 50 10
Tempo
* Estômatos se fecham (1h)
a b
Tabela 14 – Estimativas de perdas em fardos de fenos (festuca) estocados com e sem proteção.
Temperatura
Fatores ambientais Umidade relativa do ar
Velocidade do vento
Umidade do solo
Radiação solar
Manejo
Hora do corte (melhor aproveitamento da radiação do sol)
Frequência de revolvimento
Evitar acúmulo de forragem
Maturidade (plantas no final do ciclo secam mais rápido, porém apresentam
menor valor nutritivo)
Características da
planta Dificuldade de perda de água nas etapas finais
2.5 ADITIVOS
2.5.2 Amônia/Ureia
Feno de alta qualidade requer bom manejo, desde a formação da área até o
fornecimento aos animais. O processo de produção de feno é complexo, pois cada
etapa demanda conhecimentos de diversas áreas.
A produção de feno pode ser usada em diversas escalas de produção, níveis
tecnológicos e diferentes sistemas. É importante salientar que, além das limitações
climáticas, outro desafio para a fenação é a maior dependência de mão de obra.
A máxima eficiência na conservação de forragem só é alcançada quando o
principal objetivo for buscar maior preservação de nutrientes das plantas.
ALERTA ECOLÓGICO
Não se recomenda o uso de glifosato nas plantas forrageiras como dessecante para
acelerar o processo de fenação, pois não há informações científicas sobre resíduos
metabólicos no animal e/ou no leite, bem como a gravidade do potencial cancerígeno
desses resíduos. É sabido que a utilização desse agrotóxico reduz o teor nutricional
da planta.
SENAR AR/PR 83
3 PRÉ-SECADO
3.1 CONCEITO
O uso de pré-secado é uma ótima alternativa para o sul do Brasil, visto o clima
típico de alta umidade relativa do ar e baixas temperaturas. Para sua confecção, a
forragem deve passar por um período de desidratação ou emurchecimento antes
de ser ensilada, visando a atingir o valor ideal de MS, que geralmente é baixo
em gramíneas.
No Brasil, a técnica de emurchecimento é muito utilizada em regiões de elevada
produção de leite, sendo considerada como um dos sistemas mais modernos de
produção de volumosos, devido ao menor risco de perdas em comparação com a
fenação. Atualmente, as regiões de Castro e Carambeí, no Paraná, são onde mais
se ensilam forragens submetidas à pré-secagem, utilizando azevém, triticale, aveia e
alfafa. (EVANGELISTA et al., 2004).
Alcançando o ponto para ensilagem, os demais procedimentos são semelhantes
aos descritos no tópico ”Silagem”. Porém, nesta seção serão dados detalhes adicionais,
especialmente em relação ao tipo de silo.
VOCÊ SABIA?
200 200
Produção (kg/ha)
Produção (kg/ha)
100 100
Estiagem
Estiagem
0 0
Jan Jun Dez Jan Jun Dez
Tempo (meses) Tempo (meses)
Plantas de ciclo curto Plantas de ciclo longo
O ponto de corte deve ser feito no período vegetativo da planta, pois nesse
momento a planta se encontra em equilíbrio entre alta concentração de proteína,
alta ingestão e digestibilidade. Para que o período de inverno não interfira, devido à
grande instabilidade climática, são necessárias precisão e rapidez durante o processo
de ensilagem.
O corte da planta deve ser feito entre 8 a 10 cm do solo para que não afete o
rebrote da cultura e quando esta atingir altura de 30 cm a 45 cm para azevém e aveia-
-preta, respectivamente, ou um pouco antes do cacho. (JASSEN; GIARDINI, 1995).
Quando o objetivo é a busca de alto valor nutritivo e alta ingestão de MS pelos
animais, evita-se o estágio muito avançado de desenvolvimento, pois ele diminui
a qualidade do volumoso devido à maior concentração de compostos estruturais,
como a lignina, uma fibra insolúvel responsável por dar sustentação e resistência
ao caule das plantas, mas que afeta negativamente a digestibilidade e a qualidade
do alimento. Além de altura de corte adequada, o tamanho de partícula é muito
importante para uma boa compactação do silo e a não entrada de ar. O teor de
MS ideal, no recolhimento, deve ser entre 45 a 60% e as proporções devem ser de
3 a 6 cm para se manter um bom valor estrutural da fibra. Quanto maior o teor de
MS, menor o tamanho de partícula da forragem a ser picada para que haja melhor
compactação. (PEREIRA; REIS, 2001).
ATENÇÃO
Para que todo o processo não seja perdido, nos dois tipos de silo se deve
preservar o ambiente anaeróbio até a abertura.
3.5 ADITIVOS
Com base nos aditivos descritos anteriormente, alguns comentários serão feitos
a respeito da utilização destes na produção de pré-secado.
Os aditivos químicos não demonstram resultados relevantes, pois leveduras
e fungos parecem não ser problema em silagens de gramíneas pré-secadas
adequadamente confeccionadas. A aplicação de produtos químicos como carbonato
de potássio ou de sódio pode ser feita enquanto a forragem estiver no campo,
antes de ser ensilada. Esses produtos têm como finalidade reduzir a resistência
cuticular à perda de água, resultando em maior taxa de secagem. (MACDONALD;
CLARCK, 1987).
O uso de aditivos microbianos nessas silagens também não apresenta resultados
significativos, visto que as gramíneas têm baixa quantidade de carboidratos solúveis
e, por isso, pouco substrato para o crescimento bacteriano. Inoculantes à base de
bactérias e enzimas que degradam a parede celular das plantas podem aumentar a
disponibilidade de carboidratos solúveis e, consequentemente, a digestibilidade da
matéria orgânica da forragem. (HENDERSON, 1993).
Por fim, aditivos nutrientes e sequestrantes de umidade são bastante positivos
para silagens de capins com alta umidade, porém ainda assim é necessário que a
planta passe pelo período de desidratação. (SCHMIDT; SOUZA; BACH, 2014). O
emurchecimento tem se mostrado um dos métodos mais eficientes e economicamente
viáveis de se elevar o teor de MS. (VILELA, 1998).
Figura 62 – Curva de desidratação da planta inteira (PI) e das frações colmo e folha
da grama-estrela durante secagem a campo.
90
80
70
60
50
MS (%)
40
PI
30
20 Colmo
10
Folha
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85
Horas após o corte
Por outro lado, após a emergência das inflorescências a taxa de secagem é rápida,
visto o menor conteúdo de água das plantas e a exposição dos colmos. Forragens
com maior proporção de folhas resultam em leiras mais pesadas, apresentando maior
dificuldade para a circulação de ar e aumentando a resistência à perda de água.
(PEREIRA; REIS, 2001).
Deve-se buscar o ponto de equilíbrio entre qualidade nutricional da forragem,
teor de MS ideal para ensilagem e morfologia da planta, como relação folha-caule e,
associada a esses pontos, a estação climática mais propícia para o corte e desidratação
da planta.
feno, que necessita de uma estabilidade climática que nem sempre é possível de
ser obtida no sul do Brasil. Apesar de ser considerado excelente alimento para o
rebanho, o pré-secado pode ter alto custo de produção quando o pecuarista decide
adquirir todos os equipamentos necessários para sua confecção. Ainda assim, a
terceirização de maquinário pode contornar esse impasse e possibilitar o corte da
planta para conservação e armazenamento em seu melhor estágio, usufruindo de
pequenas janelas de estiagem.
SENAR AR/PR 95
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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5) após os três minutos, retire o prato e revolva a amostra com cuidado, evitando
derrubar qualquer partícula fora do prato. Isso é importante para uniformizar
a secagem. Garanta que não haja perda de material;
10) quando o peso entre duas pesagens subsequentes for bem próximo, o
processo estará concluído;