Corrente Nebulosa - Laços Entre Irmãos (PDF)
Corrente Nebulosa - Laços Entre Irmãos (PDF)
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"Irmã, o som do sino. Eu acho que ouvi algo parecido antes de virmos para
o orfanato." – Um dia, quando Seiya estava remontando a uma instância
em sua memória jovem, ele foi capaz de se lembrar do que sua irmã mais
velha, Seika, uma vez lhe disse:
"Seiya, antes de virmos para este orfanato, perto da casa onde os nossos
pais viveram, houve também uma Capela! Quando você ouviu o som do
sino tocar, você correu em volta gritando: Kin Kon Kan!!!"
"Uhmm..." Seiya esqueceu dos rostos de seus pais há muito tempo atrás,
mas o que é interessante é que ele pode lembrar o que Seika disse para ele
aquele dia. “Irmã, onde você foi…”
"Sim. Sim."
‐ Antes de meu irmão ser enviado em meu lugar a Ilha da Rainha da Morte,
e eu a Ilha de Andrômeda, nunca havia tido algo como isto. ‐ A mente de
Shun imergiu‐se em lembranças calorosas quando, repentinamente, uma
lágrima escapou de seus olhos. E Ikki percebeu.
‐ Não chore, Shun, se chorar pelo amor de nossa mãe ela não poderá
descansar profundamente e em paz.
‐ Não, não é por isso, só estou feliz por estar comigo neste momento, ao
meu lado, irmão... e, de agora em diante, por um longo tempo, não?.
‐ Irmão.
‐ É, não lembro.
‐ Normal, mamãe morreu muito cedo, quando você ainda era um bebê.
‐ ...
‐ Parecida contigo.
‐ Fff, comigo? Sem essa, ela não se pareceria comigo. ‐ Fato raro, um largo
sorriso se estampou no rosto de Ikki.
‐ Irmão, me desculpe por ter deixado que fosse em meu lugar à Ilha da
Rainha da Morte.
‐ É passado.
‐ Mas, por minha causa...
‐ ...
‐ Esmeralda...
‐ ...
‐ Nessa ilha infernal, onde tanto o coração de seu povo quanto a terra e
tudo ao seu redor era corroído pela erosão, ela era para mim como um
anjo que os deuses enviaram do céu. Sim, um anjo, uma garota tão doce
que não era possível crer que era filha do meu mestre, ao ponto de me
envolver completamente. Se não fosse por seu sorriso reconfortante, sem
dúvida eu não estaria aqui contigo agora. ‐ A face de Esmeralda tomou o
pensamento de Ikki.
‐ Além disso, prova que fora um ato dos deuses, é que ela era igualzinha à
você!
‐ Igual a mim?
‐ Tirando o fato dela ser mulher e a cor de cabelo diferente, sim, era
totalmente idêntica.
‐ Mas, como pode?...
‐ Irmão.
‐ Hum, parece que vai chover... Mãe, estamos preparados para perder
nossas vidas, a qualquer momento, por Athena. Assim, não sei quando
poderemos voltar a vê‐la novamente.
‐ Eu sei, irmão, já não sou aquele Shun chorão, agora sou o Cavaleiro de
Andrômeda.
‐ Shun, que te passa para chegar assim frente a nossos convidados? Pela
porta dos fundos, bastava dar a volta e entrar pelos fundos! ‐ Shun, que
imediatamente postou‐se em reverência aos visitantes, já se dirigia à
porta dos fundos quando fora chamado amavelmente por Saori.
‐ Senhorita Saori, não deve fazer isso, se for sempre tão condescendente
com estes moleques eles vão ficar mal‐acostumados, um péssimo hábito.
Saori, como sempre, ignorou Tatsumi. Ela queria apenas que Shun se
prevenisse.
‐ Como, eu?.
‐ Tatsumi, Shun está ensopado até a ponta dos pés, como é que ele pode
subir assim? Carregue‐o você mesmo até lá em cima.
‐ Heein? Carregar?
‐ Isso mesmo.
‐ Tatsumi....
Era insuportável para ele ser repreendido por Saori.
‐ Shun, esqueceu‐se que o ser humano possui um dom dado por Deus, um
dom chamado recato? Pois então, é bom pensar bem nisto.
‐ Ahn e o... que... o que Ikki estará fazendo? ‐ Lá fora, de súbito, uma
preocupação tomou conta do coração de Saori.
‐ Irmão, você que teve que suportar a dor de seu irmão, voltou a viver e
ainda foi capaz de tirar da memória tudo pelo que passou.
Ao ouvir Saori lhe chamando à fora, Shun não pode esperar e encerrou
seu banho vestindo um roupão.
‐ Meu irmão ainda parece ressentir‐se por ter lutado contra nós uma vez.
Então sempre parece frio conosco, resistente a lutar ao nosso lado,
ajudando um ao outro...
‐ Ele é assim desde criança, aliás era em dobro. É um sujeito que não gosta
de ser ajudado.
‐ Sim, Shiryu partiu aos Cinco Picos Antigos e Hyoga voltou para a Sibéria.
‐ Ehn?
‐ Esta casa onde você está agora também é sua. Aceite o convite e não
desconfie de más intenções. Não pense que é uma armadilha, pois eu não
mordo. Esta é praticamente a casa onde nascemos, mas todo modo, a
decisão é sua.
‐ Neste momento meu irmão pode estar em qualquer lugar. Será que
dorme em uma cama boa e limpa? Desde que seu destino fora trocado por
eu não ir para a Ilha da Rainha da Morte, o paradeiro de meu irmão é
constantemente desconhecido. Se tudo pudesse ser apagado... Irmão,
desculpe‐me.
Sob a luz das estrelas, lançou seu corpo pela janela, saindo depressa,
mantendo os olhos no amplo horizonte. Todos os seus nervos estavam
atentos.
‐ Como Seiya não está aqui, preciso defender a Saori. É o dever daquele
que leva o nome de Andrômeda... Lá está!
‐ ...
O cosmo oponente o empurra de corpo inteiro como se o desafiasse,
ao passo que Shun também avança. Gradualmente a respiração de Shun se
alterava, sem que tomasse conta disto. Fênix do telhado estendeu a mão
direita. E abruptamente, vindos do nada, quatro sombras se juntaram ao
redor de Fênix em seu auxílio.
‐ Ahahahaha... Shun, você parece ter se dado conta afinal. Não sou seu
irmão, Ikki de Fênix, que recentemente reunira Armaduras Negras a seu
comando.
‐ Fênix Negro...
Shun, quieto, limpou com a mão o suor que escorria de seu rosto.
‐ Como?.
‐ Uhum. Ele certamente era uma boa pessoa, eu sei. Somente foi a vítima
que deu seu sangue por ti, em teu lugar.
‐ ...
‐ Eu te espero.
Distintamente Shun aceitara a oferta, podendo vestir seu corpo com
a Armadura de Andrômeda. Logo, sua corrente respondeu, pondo‐se
imediatamente em posição de defesa. Quando mutuamente queimaram
seus cosmos, Andrômeda Negro começou o confronto com Shun de
Andrômeda. Pulando ao alto, sob o brilho da lua crescente, escondeu‐se e
lançou abaixo uma rajada de vento forte e negra. Como se energizando
sob o luar, por entre as nuvens duas correntes descarregaram um brilho.
A corrente de Shun também já se postara sob a forma de Nebulosa de
Andrômeda.
‐ Só isso?
Logo.
‐ Corrente Nebulosa Negra!
‐ Uwaaah!
‐ Arghh!
Deste jeito, sem ter como partir à batalha, a nobre face de Shun revela‐se
com fortes dores.
‐ Uuuurgh!
‐ Uuuurgh!
‐ Pfuuu... Que absurdo, é disto que é feito o único irmão de Ikki, aquele que
cortara as roupas do Mestre Arles?.
‐ O quê?
‐ Ur...gh. Não, não vou deixar de jeito nenhum ouvir você difamar o meu
irmão.
‐ Mas como?.
‐ Seu miserável!
E atirou então sua Corrente Negra, a qual fora seguida imediatamente por
Shun.
‐ Urghhh!
‐ Você é capaz de suportar todos estes danos? Afinal, você é o único irmão
de Ikki de Fênix.
‐ Ugh...Arghh...Gurrrh...
‐ Pégaso Negro, vamos, ataque logo com o Meteoro Negro, é uma ordem
do Fênix Negro.
‐ Depois de vingar os golpes que deram em meu irmão irei rir destas suas
Armaduras Negras.
‐ Veja se não é o traidor Ikki, sabia que estava esperando você aparecer?
Eu venho em nome do Mestre Arles. Agimos silenciosamente sob suas
ordens em vários pontos do mundo.
‐ Avê Fênix!
Com sua áspera técnica, Ikki atacou e sem piedade lançou ao longe
os três, que assim morreram. Somente restara uma pessoa, o Fênix Negro,
Ritahoa.
‐ Se qualquer coisa que saísse de sua boca fosse bom não teria esperado
tanto tempo assim para este encontro. Vamos Ikki. Deixe isto de Sol e
Sombra para lá. Entenda isto imediatamente. 'Kieei'.
Junto com o forte brado, Fênix Negro atacara Ikki com seus punhos.
A velocidade de seus socos não era em nada inferior ao Meteoro de
Pégaso. Ikki, entusiasmado com isto, os evitava.
‐ Morraaaa, Ikki!
‐ Uaaah!
Alguma coisa caiu do pescoço de Ikki, que não se deu conta disto, e
cintilou no chão.
‐ É certo que você conseguiu ferir meu braço. Contudo, você ainda está a
cem anos de distância do meu poder.
‐ Uwaaah!
‐ Ahn?
‐ Não toque isto com os seus pés imundos... Mas veja, veja muito bem
minha ilusão demoníaca.
‐ Uwaaah!
‐ Irmão.
Shun correu uns dez passos até Ikki, que lhe apresentou então
aquele objeto. Era uma pequena cruz.
‐ Isso é...
‐ Da... da mamãe.
Nossa mãe usava isso em seu corpo até o momento de sua morte.
Antes de nos deixar, em seu último suspiro, ela pediu que nos
ajudássemos uns aos outros, para nos mantermos firmemente vivos,
sempre juntos.
Shun recebeu a cruz de sua querida mãe que não conhecera em sua
palma da mão e espontaneamente a acariciara. Então uma lágrima caiu de
seu rosto sobre a cruz.
‐ Mas...
‐ Irmão, mas...
‐ Eh...
‐ Não suporto grupos.
‐‐‐‐‐‐‐‐‐xx‐‐‐‐‐‐‐‐‐
FIM