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Caderno de Geografia (2024) v.34, n.

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ISSN 2318-2962
DOI 10.5752/p.2318-2962.2024v34n77p538

ORIGINAL ARTICLE

SENSORIAMENTO REMOTO DO INFRAVERMELHO TERMAL


PARA DETECÇÃO DE ILHAS DE CALOR URBANAS NO
MUNICÍPIO DE ANANINDEUA - PARÁ
Thermal infrared remote sensing for urban heat islands detection in Ananindeua - Pará

Giovanni Augusto Valente da Silva


Bacharel em Geografia. Universidade Federal do Pará, Brasil
[email protected]

Alan Nunes Araújo


Doutor em Geografia. Professoro do Programa de Pós-Graduação em Geografia.
Universidade Federal do Pará, Brasil
[email protected]

Tiago Barreto de Andrade Costa


Doutor em Geografia. Professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia.
Universidade Federal do Pará, Brasil
[email protected]

Recebido: 06.06.2023
Aceito: 08.04.2024

Resumo
O presente trabalho aborda a utilização de bandas do infravermelho termal de imagens do
Landsat 8 para identificar ilhas de calor. Toma como recorte espacial o município de Ananindeua-
PA. A distinção entre áreas urbanas e rurais foi clara, com temperaturas mais altas nas áreas
urbanas devido à falta de vegetação. Os bairros mais densamente povoados, como Cidade Nova,
Guajará, Paar, Coqueiro e Jaderlândia, evidenciaram as maiores temperaturas e processos mais
avançados de formação de ilhas de calor. Por outro lado, áreas de ocupação mais recente e
crescimento não planejado, como Águas Lindas, Júlia Seffer, Providência, Maguari e Heliolândia,
já indicam a tendência a se tornarem ilhas de calor devido à supressão da cobertura arbórea e
desmatamento. Conclui-se que é necessário que o poder público intervenha, incentivando práticas
de arborização para melhorar a qualidade de vida e do meio ambiente na região.

Palavras-chave: Infravermelho Termal, Ilhas de calor, Espaço urbano, Ananindeua.

Abstract
This work addresses the use of thermal infrared bands from Landsat 8 images to identify heat
islands. The municipality of Ananindeua-PA is used as the spatial context. The distinction between
urban and rural areas was clear, with higher temperatures in urban areas due to the lack of
vegetation. The most densely populated neighbourhoods, such as Cidade Nova, Guajará, Paar,
Coqueiro and Jaderlândia, showed the highest temperatures and most advanced heat island
formation processes. On the other hand, more recently occupied and unplanned growth areas,
such as Águas Lindas, Júlia Seffer, Providência, Maguari and Heliolândia, already indicate the
trend to become heat islands due to the suppression of tree cover and deforestation. It is
concluded that the public power must intervene, encouraging tree-planting practices to improve the
quality of life and the environment in the region.

Keywords: Thermal Infrared, Heat islands, Urban space, Ananindeua.

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1. INTRODUÇÃO

O sensoriamento remoto é definido como conjunto de técnicas voltadas a obter


dados e informações sobre os constituintes da superfície terrestre através de sensores
(principalmente imageadores), os quais captam Radiação Eletromagnética (REM) emitida
e/ou refletida por tais alvos terrestres (Novo, 2010; Moreira, 2011; Florenzano, 2013).
Nesse contexto, o intervalo específico da radiação que é captada pelos sensores a partir
da emissão eletromagnética é o infravermelho termal e provém especialmente do
aquecimento dos objetos, tanto naturais quanto artificiais que formam a superfície do
planeta (Baptista, 2012).
Propriedades físicas condicionam as etapas desse processo. O modelo físico do
“corpo negro” analisa essa emissão do infravermelho termal proveniente dos objetos. Tal
modelo idealiza um corpo cuja REM incidente sobre ele é totalmente absorvida, não
refletindo nada (Rogalski, 2012; Jensen, 2009). Assim, é usado como padrão para medir a
emissividade dos objetos reais. Mais especificamente a emissividade pode ser
determinada a partir de uma razão entre a energia irradiante da superfície real (ECR) e a
energia irradiante do corpo negro (ECN) (equação 1), sempre sob a mesma temperatura e
comprimento de onda, com valores de emissão dos corpos reais sempre variando entre 0
< 1, sendo 0 a máxima reflexão e 1 a máxima emissão (Moreira, 2011).

ε = ECR / ECN (1)

A distribuição espectral do fluxo radiante emitido é dependente da variação de


temperatura, onde quanto mais elevada esta, maior será a determinação sobre aquele. A
intensidade de energia é diretamente proporcional a sua frequência, sendo inversas ao
comprimento de onda (Incropera, 2008). Assim, “à medida que a temperatura aumenta, o
máximo de intensidade da radiação emitida se desloca para comprimentos de onda cada
vez menores” (Moreira, 2011, p. 32).
Essa condição é representada pelo Deslocamento de Wien (figura 1), e para o
estudo dos constituintes da Terra, como água, vegetação, solo etc, o mais adequado é a
utilização do infravermelho termal, entre 3 e 14 µm (Jensen, 2009; Baptista, 2012), pois
são alvos que possuem a emissão máxima ocorrendo em até 300 K, sendo, por isso,
melhor discretizados nesse intervalo.
Em síntese, essas propriedades físicas permitem a partir de sensores remotos a
análise dos constituintes da superfície terrestre em termos de suas temperaturas, as quais
serão diretamente correlacionadas à emissividade de cada objeto da paisagem, sejam

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naturais ou construídos, sendo importante ressaltar ainda o funcionamento da paisagem é


concebido enquanto interação sistêmica dos objetos que a constituem. No contexto do
presente trabalho, ressaltamos os processos que ocorrem na atmosfera do planeta,
estabelecendo relação com os constituintes da superfície terrestre a partir da dinâmica do
balanço de energia e de matéria, que se realizam através da radiação solar e influenciam
os elementos climáticos.

Figura 1 - Representação do Deslocamento de Wien.


Fonte: Baptista, 2012.

A definição de clima pode ser entendida a partir de “características da atmosfera,


inferidas de observações contínuas durante um longo período” (Ayoade, 2004, p. 2),
normalmente por volta de 30 anos, onde é considerado o comportamento dos elementos
com base em determinações instantâneas do tempo, especificando e identificando a
tipologia climática de dado local.
Independente da escala espacial, seja macro, meso ou micro, estudos do clima têm
revelado importantes relações entre a variabilidade do ambiente, da atmosfera e da
sociedade, e como, simultaneamente, impactam uns aos outros, apesar da complexidade

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de se realizar uma exata separação de cada dimensão, já que os fenômenos atmosféricos


são bastante dinâmicos e se misturam entre si. Em meio a esses estudos destacamos
aqueles realizados em escalas entre 10 e 100 km, os quais abrangem, dentre outros, os
que abordam o clima urbano (Ayoade, 2004), como é o caso do estudo em tela.
Questões ambientais e climáticas no contexto das cidades são alvo de análises
objetivando o conhecimento das características e condições desse espaço, a partir de
reflexões que emergem à medida que o movimento de urbanização se intensifica e
avança sobre os sistemas naturais. Tal processo se realiza, em geral, de modo acelerado
e desordenado, ou seja, sem a ocorrência de um devido planejamento, que considere,
entre outros, questões referentes à cobertura vegetal. Assim, são materializações na
estrutura urbana que se convertem em espaços que apresentam áreas construídas e
densas ocupações (Lombardo, 1985).
A partir dessas considerações, Monteiro e Mendonça (2004) indicam que a condição
climática imediata de determinado espaço entendido como cidade, independentemente do
nível de intensidade dos elementos e dos constituintes, reflete a ideia de clima urbano. A
diversidade da superfície terrestre neste contexto resulta em variados microclimas, onde
cada um exerce a sua influência em uma conjuntura mais ampla a partir de suas relações
verticais e horizontais (Oke, 1982; Lombardo, 1985).
Impactos decorrentes do antropismo modificam parâmetros relacionados ao balanço
natural, que, segundo Ayoade (2004), se dá pela retirada de vegetação que impossibilita a
evapotranspiração e a presença de umidade, os quais são excelentes reguladores
térmicos, e que se transformam em espaços construídos que alteram as características
térmicas de dada área. Assim, há uma grande modificação da paisagem, convertendo
ambientes naturais em áreas edificadas, que dificultam, ou mesmo impossibilitam, o
exercício de funções ambientais e ecológicas, tornando-se propícia à retenção de calor,
seja na atmosfera ou na superfície.
Para Lombardo (1985, p. 24), a "área na qual a temperatura da superfície é mais
elevada que as áreas circunvizinhas" é conhecida como ilha de calor (figura 2), que,
segundo Oke (1982; 2017), é um fenômeno característico da emergência e
desenvolvimento do espaço urbano, já que suas modificações afetam o modo como a
radiação solar se relaciona com os constituintes da superfície, pois “é todo esse
organismo, através das diferentes formas de uso e estrutura urbana, que passa a exercer
os efeitos decisivos de reflexão, absorção e armazenamento térmico” (Monteiro;
Mendonça, 2004, p. 22), em condição bastante distinta das áreas rurais em decorrência

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das diferenças que ocorrem no comportamento dos materiais em relação ao sistema


energético, o qual exerce função essencial na dinâmica de aquecimento/resfriamento da
superfície terrestre (Oke, 1982).

Figura 2 - Representação do fenômeno de ilha de calor urbano.


Fonte: Escola educação. Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/o-clima-nas-cidades-inversao-
termica-e-ilhas-de-calor/. Acesso em: 18 jun. 2022.

Assim, de acordo com Oke (2017), tal condição descrita está diretamente ligada à
intervenção inadequada da sociedade sobre o meio natural, relação que implica em
consequências envolvendo as mudanças climáticas, podendo ser considerada como uma
forma de impacto ambiental, com isso, sendo de grande importância estabelecer
considerações acerca desta temática.
Neste sentido, o trabalho utiliza sensoriamento remoto, principalmente a partir da
emissividade termal dos constituintes da superfície terrestre, enquanto estratégia
metodológica para analisar a formação de ilhas de calor no município de Ananindeua-PA.
Para isso, no próximo tópico será descrita a localização e características gerais da área
de estudo, bem como, as estratégias metodológicas adotadas pela pesquisa. Em seguida
são apresentados os resultados alcançados e, por fim, são tecidas as conclusões a que
se chegou.

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2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. Área de Estudo

Os municípios da Região Metropolitana de Belém (RMB), no estado do Pará, a partir


da metade do século XX, apresentaram-se como uma grande alternativa à ocupação que
passou a ser verificada na capital paraense. Entre esses, se destaca Ananindeua (figura
3), em decorrência de sua maior proximidade e pelas diversas vias de interligação com
Belém. Assim, o município, com área de 190.580 km², passou a ser tratada como área
municipal independente a partir do decreto-lei estadual Nº 4.505, de 30/12/1943, quando
houve a sua desvinculação política da capital (IBGE, 2022), mas ainda com uma íntima
relação territorial, já que ambas estão fortemente conurbadas (Mendes, 2019).

Figura 3 - Localização do município de Ananindeua, Pará.


Fonte: Autores, 2022.

No decorrer do tempo, houve a elevada intensificação de tal processo à medida que


ocorreu o contínuo incremento populacional e a consequente construção de edificações,
determinando intensas reestruturações urbanas no município, pela implementação de
moradias, além de atender demandas dos setores do comércio e de serviços. As rodovias

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BR-316, Mário Covas e Transcoqueiro, assim como as avenidas Independência e as


Arteriais, foram os principais meios de difusão de ocupação e construção de territórios.
Desde o censo demográfico da década de 1990, a população de Ananindeua é
predominantemente urbana, em detrimento das áreas tidas como rurais (tabela 1), estas
sendo constituídas, basicamente, pelas ocupações nas cerca de 14 ilhas no norte do
município.

Tabela 1: Evolução da população de Ananindeua, Pará.

Ano Total Urbana Rural % Total % Urbana % Rural

1991 88.151 74.051 14.100 100,00 84,00 16,00

2000 393.569 392.627 942 100,00 99,76 0,24

2010 471.980 470.819 1.161 100,00 99,75 0,25


Fonte: IBGE - Censo Demográfico.
Org.: Autores (2022).

Entre 2010 e 2021, Ananindeua, tal como toda Região Metropolitana de Belém,
apresentou um aumento populacional. Segundo estimativas do IBGE, em 2021, a
população de Ananindeua alcançou cerca de 540.410 habitantes, muito em razão da sua
localização geográfica, limítrofe a Belém e por apresentar opções mais viáveis para novas
moradias e conjuntos habitacionais, configurando o atual vetor de expansão da mancha
urbana metropolitana para além da Capital.

2.2. Procedimentos metodológicos

Na figura 4 está representado o fluxograma com as etapas metodológicas que


foram realizadas para a execução do trabalho.
A base vetorial foi adquirida no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), sendo do ano de 2020, com arquivos shapefile dos limites territoriais: municipais,
estaduais e nacional.
Para a base matricial foram utilizadas imagens do satélite Landsat 8, com 2
sensores, o OLI (Operational Land Image) e o TIRS (Thermal Infrared Sensor),
encontrando-se sobre a órbita 223, ponto 061 (USGS, 2022). O critério para a escolha da
cena foi baseado em relação a pouca cobertura de nuvens, adquirindo a imagem de
26/06/2019. Foi obtida pelo site Earth Explorer do Serviço Geológico dos Estados Unidos
(USGS), sendo a coleção 2 com nível de processamento em Level-1, que apresenta os
dados em números digitais. As bandas utilizadas foram as 4, 5, 6 e 10, correspondendo,

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respectivamente, aos intervalos espectrais do vermelho, infravermelho próximo,


infravermelho médio 1 e infravermelho termal, todas com 30m de resolução espacial
(USGS, 2022).

Figura 4 - Fluxograma dos procedimentos metodológicos.


Fonte: Autores, 2022.

O tratamento dos dados matriciais foi realizado no software SNAP (Sentinel


Application Platform), na versão 8.0.0, onde foram executados a classificação
supervisionada, o índice de vegetação e a temperatura de superfície, realizadas pelo
Band Maths. Concluídas essas etapas, os resultados foram inseridos no software QGIS,
versão 3.22.6 - Białowieża, sendo recortados a partir dos limites territoriais da área de
trabalho e onde foram elaborados os layouts dos mapas.
Todo o trabalho está configurado no sistema de projeção do SIRGAS 2000, fuso
UTM 22S. Em decorrência disto, tanto os vetores quantos os rasters foram reprojetados,
adotando o sistema de referência mencionado. Nas imagens do Landsat 8 foram
realizados os pré-processamentos, possuindo como apoio os metadados de cada banda,
em que foram consideradas constantes de calibração, necessárias para o
reescalonamento radiométrico.
Nessa etapa, deve-se proceder com a conversão dos Números Digitais (ND), para a
radiância espectral (Lλ), equação 2, aplicada a banda 10 (termal):

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Lλ = ML * Qcal + AL (2)

onde, ML é fator multiplicativo de radiância, Qcal são os pixels quantizados e


calibrados, a banda em si, AL é o fator aditivo de radiância;
Ao alcance da reflectância de superfície (Pλ), a equação 3 aplica-se às bandas 4
(vermelho), 5 (infravermelho próximo), 6 (infravermelho médio):

Pλ = Mp * Qcal + Ap / Sen (ºSE) (3)

onde, Mp é a fator multiplicativo de reflectância, Qcal são os pixels quantizados e


calibrados, Ap fator aditivo de reflectância, Sen (ºSE) é o ângulo de elevação Solar.
Para o uso e cobertura da Terra, foi realizada uma composição em falsa-cor através
das bandas R6G5B4. Utilizou-se a classificação supervisionada, pela interpretação visual
da imagem e a coleta de regiões de interesse em 3 classes: área urbana, cobertura
vegetal e corpos d’água, as quais foram inseridas e executadas pelo algoritmo
classificação ‘Random Forest Classifier’.
Ao índice de vegetação ajustado ao solo, foram utilizadas as bandas 4 (vermelho) e
5 (infravermelho próximo), sendo inseridas no software SNAP a partir do band maths,
sendo gerado pela equação 4.

IVAS = (NIR - RED) * (1 + L) / (NIR + RED + L) (4)

onde, NIR é a banda do infravermelho próximo, RED é a banda do vermelho, L é o


fator para redução dos efeitos do solo (RIBEIRO, SILVA E SILVA, 2016).
A estimativa da temperatura de superfície terrestre (TST) foi obtida após 7 etapas de
processamento (Avdan; Jovanovska, 2016):

A. Radiância espectral e B. Reflectância de superfície (equações 2 e 3,


respectivamente)

C. Temperatura de Brilho (TB) pela equação 5:

TB = K2 / Ln ( K1 / Lλ + 1) - 273.15 (5)

onde, K1 e K2 são as constantes de calibração 1 e 2, Ln é o logaritmo neperiano, Lλ


é a Radiância espectral, -273.15 é o zero Kelvin, necessário para converter em °C.

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D. Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (IVDN) (equação 6);

NDVI = (NIR-RED) / (NIR+RED) (6)

onde, NIR é a banda do infravermelho próximo, RED é a banda do vermelho.

E. Proporção de Vegetação (PV) (equação 7);

PV = ((NDVI – NDVImin) / (NDVImax – NDVImin))² (7)

onde, IVDN é o índice de vegetação por diferença normalizada, NDVImin é o menor


valor do NDVI, NDVImax é o maior valor do NDVI.

F. Emissividade (E) (equação 8);

E = 𝜀V𝜆 𝑃v + 𝜀S𝜆 (1−𝑃v) + 𝐶𝜆 (8)

onde, 𝜀V𝜆 é a emissividade média da vegetação, PV é a proporção de vegetação,


𝜀S𝜆 é a emissividade média do solo, 𝐶𝜆 é a rugosidade de superfície.

G. Temperatura da Superfície Terrestre (TST) (equação 9);

TST = (TB / (1 + (𝜆 * TB / 1.4388) * Ln (E))) (9)

onde, TB é a temperatura de Brilho, 𝜆 é o comprimento de onda da banda, Ln é o


logaritmo neperiano, E é a emissividade.

3. RESULTADOS

A figura 5 está representando o município de Ananindeua em 2019, a partir de 03


propriedades de sua superfície: uso e cobertura, índice de vegetação e temperatura de
superfície. Para auxiliar na interpretação dos mapas, tal espaço foi dividido, de forma
básica, em 03 partes: norte, sul e central.
Torna-se essencial ter o conhecimento de quais são e de como estão dispostos os
componentes da superfície terrestre, sobretudo os que resultam das atividades
antrópicas. Segundo Filho, Meneses e Sano (2007), a cobertura se refere ao revestimento
do solo, tanto natural, quanto artificial, que podem ser observados objetivamente por meio
de imagem de satélite, e que a partir de análise e interpretação dos constituintes dessa
cobertura, pela cor, textura e forma, se alcança as características de uso da terra.
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Figura 5 - Uso e cobertura, índice de vegetação e temperatura de superfície, em Ananindeua, Pará, em


2019. Fonte: Autores, 2022.

Em Ananindeua, pela escala adotada e de acordo com a finalidade deste trabalho,


foram determinadas 3 classes de uso e cobertura do solo, as quais já foram mencionadas
acima, mas que estão identificadas na figura 5.1 e detalhadas na tabela 2.

Tabela 2: Uso e cobertura em Ananindeua, Pará, em 2019.

Classes Área (Km²) Área (%)

Área Urbana 49.613 26,03

Cobertura Vegetal 120.038 62,99

Corpos D'água 20.929 10,98

Total 190.580 100,00


Fonte: Autores, 2022.

No norte e no sul do município de Ananindeua, região das ilhas e parte da Área de


Proteção Ambiental de Belém, respectivamente, há 2 classes predominantes: a cobertura
vegetal (63%) e os corpos d'água (11%). Estas localizam-se em áreas que são
classificadas como rurais, em que há baixa densidade demográfica, e, com isso, pouca

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modificação antrópica. Em contrapartida, na área central do município, essas 2 classes


são pouco representativas, pois passaram por consideráveis alterações que se
converteram em áreas edificadas, de elevada população e que se encontram fortemente
adensadas, característica típica do espaço urbano, a qual ocupa por volta de 26% do
território.
A resposta que cada intervalo espectral possui é utilizada, entre outros, para se
conhecer a reflectância dos constituintes da superfície terrestre. A partir disso, os índices
espectrais relacionam esses distintos intervalos, ou bandas, objetivando a diferenciação e
identificação destes componentes.
Entre tantos, há os índices de vegetação, que caracterizam a cobertura vegetal,
além de distingui-la de outras classes, pela absorção do vermelho e pela reflexão do
infravermelho próximo. Destaca-se o Índice de Vegetação Ajustado ao Solo (IVAS), o qual
possui como finalidade o conhecimento da qualidade e do vigor vegetativo, mas com a
inserção de uma constante que minimiza os efeitos advindos da interferência do solo
(Ribeiro; Silva; Silva, 2016).
Para o IVAS, quando o valor for mais próximo a 0, a superfície não apresenta
vegetação, sendo água ou área construída, e quanto mais próximo de 1, representa maior
qualidade e vigor da cobertura vegetal, a partir do comportamento espectral dos alvos. O
caso de Ananindeua está representado na figura 5.2 e os valores descritos na tabela 3.

Tabela 3 - Índice de vegetação em Ananindeua, Pará, em 2019.

Classes IVAS

Corpos D'água -0.20 a 0.00

Área Urbana 0.01 a 0.30

Cobertura Vegetal 0.31 a 0.75


Fonte: Autores, 2022.

Os maiores valores do IVAS em Ananindeua ficaram entre 0.30 e 0.75 e encontram-


se no Norte e no Sul, coincidindo com a cobertura vegetal da figura 5.1, devido a banda
do infravermelho próximo refletir bastante energia da vegetação. Na parte mais central do
município, ficou entre 0.01 e 0.30, e quando comparada a classificação, corresponde a
área tida com urbanizada. Enquanto que os valores menores que 0 foram identificados
como os corpos d’água, que apresentam a propriedade de elevação absorção.
Conforme detalhado anteriormente, os alvos terrestres apresentam distintos
comportamentos quanto à interação com a radiação incidente sobre os mesmos, que,
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consequentemente, possuirão específicas condições de emissividade e de temperatura,


as quais são de grande relevância ao conhecimento das propriedades físicas, químicas e
biológicas da superfície.
Mudanças nos componentes superficiais, de natural à artificial, resultam em
alteração no comportamento do fluxo de calor entre radiação e objetos, havendo maior
amplitude de absorção e retenção térmica, em constituintes como concreto, asfalto,
indústrias, solo exposto, enfim, presentes em espaços urbanizados.

Tabela 4: Temperatura de superfície em Ananindeua, Pará, em 2019.

Classes TST (°C)

Corpos D'água e Cobertura Vegetal 23 a 26.9

Área Urbana 27 a 33
Fonte: Autores, 2022.

Ao se analisar a figura 5.3, e também a tabela 4, onde é mostrada a temperatura de


superfície do município de Ananindeua, nota-se, de maneira bastante acentuada, a
diferença entre 3 grandes ambientes, dois se referem às áreas de cobertura vegetal e
corpos d'água, ao norte e ao sul, onde a variação é entre 23°C e 26.9°C; enquanto o outro
identificado no espaço central do município, caracterizado por feições urbanas, que
encontra-se entre 27°C e 33°C.
Considerando tais informações, tem-se que essa condição coloca Ananindeua em
uma situação de ilha de calor urbana, pois, como mencionado anteriormente, tal
fenômeno possui como característica básica a concentração de temperaturas mais
elevadas em áreas urbanas centrais, em contrapartida as mais baixas nos seus arredores
ou em zonas tidas como rurais.
No local de estudo, a diferença entre os valores de maior e de menor temperatura
ficou em torno de 9.33°C, sendo a mais elevada, 31.95°C, encontrando-se no bairro
Centro, nas proximidades de um condomínio residencial e de uma empresa de cargas,
enquanto que o menor encontrado, 23.62°C, localiza-se na região das ilhas, sobre um
corpo hídrico, mais especificamente no furo das marinhas, no norte do município. De
modo geral, pode-se verificar que a diferença de temperatura entre os meios urbano e
rural ficou, em média, por volta de 5°C.
No contexto intraurbano de Ananindeua, a classificação indicou que a área urbana é
predominante, sobretudo no limite com o município de Belém e na área central, ocupando
cerca de 57% do território, a cobertura vegetal cobre em torno de 41%, principalmente no

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norte, em direção a transição com a região das ilhas e com alguns remanescentes na
cidade em torno dos rios, enquanto que os corpos d’água representam um pouco mais de
2%, localizados, também, nas proximidades da ilhas (tabela 5).

Tabela 5 - Classes dentro dos bairros urbanizados de Ananindeua, Pará, em 2019.

Classes Área (Km²) Área (%)

Área Urbana 48.316 57,03

Cobertura Vegetal 34.611 40,86

Corpos D'água 1.788 2,11

Total 84.715 100,00


Fonte: Autores, 2022.

No município foram identificadas por volta de 123 áreas que se sobressaem quanto
à temperatura, sendo iguais ou superiores a 29°C. Considerando a proximidade, a relação
e bairro em que se localizam, tais regiões foram agrupadas em 3 conjuntos, os quais
representam as ilhas de calor urbanas do município (figura 6.1).
A região 1, de maior abrangência, possui uma área de 19.839 km², o que
corresponde a cerca de 10,41% da área total de Ananindeua e por volta de 23,42% de
sua área urbana. Encontra-se sobre, principalmente, nos bairros da Cidade Nova,
Guajará, Paar, 40 horas, Coqueiro, Jaderlândia, Icuí-guajará, Atalaia e Guanabara.
Nestes, há intenso adensamento populacional e de áreas construídas, conforme a figura
6, algumas com certo planejamento, mas a maior parte se desenvolveu de modo
involuntário.
Enquanto que a região 2 apresenta 4.093 km² de área, o que equivale a 2,15% em
relação ao território todo, ocorrendo, sobretudo, nos bairros Centro, Geraldo Palmeira e
Heliolândia. Localiza-se nas proximidades da rodovia BR-316 e da avenida
Independência, que possuem ocupações residenciais em seu entorno. A região 3, com
2.659 km², cerca de 1,40% do município, está sobre a Águas Lindas, Júlia Seffer, Águas
Brancas e Aurá, os quais são bairros classificados como periféricos e que emergiram de
forma espontânea.

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Figura 6 - Ilhas de calor e áreas de tendência no município de Ananindeua, Pará, em 2019.


Fonte: Autores, 2022.

Na figura 6.2, estão representadas cerca de 60 zonas que indicam uma tendência de
se tornarem novas ilhas de calor, ou então se incorporarem às áreas já existentes e que
foram identificadas acima. Apresentam variação de temperatura entre 27°C e 28.9°C, que
são maiores que os espaços mais afastados, ou rurais, porém são inferiores às já
demonstradas na figura 6.1.
Tais espaços cobrem, aproximadamente, 36.208 km², representando cerca de 19%
da área total do município, que é de 190.580 km². São constituídos por regiões
residenciais, comerciais e de serviços, alguns galpões de empresas e indústrias e locais
de solo exposto, todos sendo de pequeno a médio porte, os quais são intermediados por
diversos componentes de vegetação.
Apresentam elevada tendência de se tornarem ilhas de calor, pois, quando
comparadas a figura 3, parte considerável está sobreposta ao que o IBGE chama de
aglomerados subnormais, que são áreas compostas por ocupações que se instalaram de
modo imprevisto, normalmente por meio de ‘invasões’ a terrenos de terceiros. Encontram-
se, ainda, em um estágio evolutivo, seguindo um caminho de desenvolvimento de

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condições urbanas mais intensas, por apropriação do espaço com as respectivas


modificações, como visto nas áreas em que foram identificados os maiores valores de
temperatura de superfície.
Até o momento da imagem do landsat 8, de junho de 2019, tais regiões ainda
apresentavam consideráveis áreas de cobertura vegetal, especializadas de modo
intercalar com as edificações. Tal condição cria espaços protegidos da incidência direta
do sol (sombras), propicia processos de evapotranspiração e ameniza as emissões de
calor, já que garante a presença de umidade próxima à superfície (Baptista, 2012). Então,
a efetivação de um crescimento que considere essas áreas especiais e a importância de
sua permanência, é algo essencial para que se alcance medidas de qualidade de vida e
também ambiental.
Pelos produtos gerados, é perceptível a presença, basicamente, de espaços
construídos com pouquíssimas e bem espaçadas áreas com cobertura vegetal, sobretudo
nos bairros da Cidade Nova e Guajará. Segundo Rodrigues et al. (2021), tal área
começou a ser apropriada em meados da década de 1970, a partir da criação de um
projeto para ocupação da população mais pobre, institucionalizado pela Companhia de
Habitação (COHAB), de onde derivam outros conjuntos habitacionais em seu entorno.
O local possui uma estruturação com certa lógica de funcionamento proveniente
desse planejamento de infraestrutura urbana, que indica um propósito organizacional.
Pode-se ter noção de tal condição ao se observar a figura 3, em que se visualiza como
estão sistematizados os arruamentos dos 2 bairros mencionados, encontrando-se
dispostos em formas geométricas bastante simétricas, com as quadras seguindo um
modo padronizado de distribuição.
No decorrer do tempo, o espaço urbano do município passa por intensa
reestruturação nas habitações e nos tipos de construções, determinadas, principalmente,
pelos setores de serviço e de comércio. Os bairros da Cidade Nova e Guajará
representam o principal centro empresarial e econômico de Ananindeua, com a presença
de lojas, bancos, supermercados, escolas, órgãos públicos, entre outros, que são
entendidos como excelentes atrativos imobiliários (Mendes, 2019; Rodrigues et al., 2021).
Devido isso, essa área central recebeu especial atenção do poder público quanto a
intervenção urbana, com edificações de cimento, pavimentação asfáltica e de calçadas,
possibilitando a grande circulação de veículos e pessoas, e ainda medidas de
saneamento, ocorrendo com elevada concentração e adensamento, modelando o espaço
seguindo interesses específicos do capital (Mendes, 2019; Rodrigues et al., 2021). Porém,

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negligenciou a perspectiva socioambiental, havendo poucos remanescentes florestais, o


que implica, em razão dos materiais artificiais constituintes, em maior retenção de calor
nesses locais, conforme mencionado anteriormente.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do que foi exposto, buscou-se demonstrar a aplicação da radiação


infravermelho termal em imagens de sensoriamento remoto para a identificação de ilhas
de calor. O estudo conclui que há uma clara potencialidade e viabilidade do uso desses
produtos para identificar e monitorar a formação de ilhas de calor na área urbana de
Ananindeua-PA, constituinte da segunda maior região metropolitana da Amazônia.
No município como todo, ficou nítido como os espaços rurais, com vegetação e
água, e urbanos, com áreas construídas, são bem distintos na constituição da superfície,
condição essencial ao comportamento diferencial da energia e a retenção de calor, que é
menor na primeira e maior na segunda. Como explicação, tem-se que, em ambos
ambientes, os constituintes possuem elevadas condição de emissividade, porém com a
grande diferença nas condições de umidade, que exercem um importante amenizador
térmico, com presença intensa no rural proveniente do processo de evapotranspiração,
mas com menor proporção, e em alguns locais praticamente ausente, no urbano, devido a
materiais artificiais como asfalto, concreto, telhas de cerâmica e amianto e tijolos.
No interior dos bairros do espaço urbanizado, as áreas construídas marcam grande
presença, por representarem as regiões mais densamente ocupadas do município. Esse
processo histórico, possibilitado pelas vias de circulação, resultou em inúmeras
modificações nas regiões naturais, havendo, destacadamente, a retirada de coberturas
vegetais, impactando diretamente os serviços ambientais e ecossistêmicos que exercem,
como a troca de umidade com a atmosfera. Tal situação propiciou o surgimento do
fenômeno de ilhas de calor em diversos locais da área urbana, com temperatura de
superfície superiores aos 29°C, em bairros como Paar, 40 horas, Coqueiro, Jaderlândia,
Icuí-guajará, Atalaia, Guanabara, Centro, Geraldo Palmeira e Heliolândia, Águas Lindas e,
sobretudo, na Cidade Nova e no Guajará.
Estes últimos bairros apresentaram uma tentativa de planejamento a partir da
instalação de conjuntos habitacionais na década de 1970. Porém, passaram por
reestruturações que basicamente modificaram o público alvo de sua construção e
adotando instalações para atender a demanda de serviços e comércio, desconsiderando
nesse processo a perspectiva ambiental. As ocorrências de ilhas de calor já encontradas

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no presente podem ser incrementadas em um futuro próximo, a partir das áreas com
variação de temperatura entre 27°C e 28.9°C, devido estarem sobrepostos a locais com
pouca presença do poder público e que se expande de modo espontâneo, através de
métodos que podem ser considerados como degradantes, como o desmatamento. Esses
locais correspondem aos bairros de Águas Lindas, Júlia Seffer, Providência, Centro,
Maguari, Heliolândia, Águas Brancas, Aurá, Icuí-Laranjeiras e Curuçambá.
Com isso, as medidas de intervenção necessárias a esse tipo de situação são bem
nítidas e estão relacionadas à cobertura vegetal. É de suma importância que o poder
público esteja presente por meio de um adequado ordenamento territorial, que considere,
entre outros pontos, questões referentes à arborização, seja mantendo as já existentes,
seja implementando novas, seguindo uma lógica a partir de pontos estratégicos. É preciso
destacar que essas medidas não devem impedir o desenvolvimento de dadas áreas,
sobretudo as que são caracterizadas como periféricas. Logo, tais intervenções não podem
se focar em bairros específicos, nem atender interesses particulares, mas sim buscar
abranger todos os territórios do município e estender os direitos da cidade, almejando
prover as melhores condições e qualidade de vida à população.
De modo geral, o conhecimento das propriedades do sensoriamento remoto é bem
consolidado, amplamente divulgados e com uma diversidade de possibilidades de
utilização. Apresenta grande potencial a ser explorado, inclusive como uma excelente
ferramenta de gestão, que pode ser aplicado como subsídio ao planejamento do espaço
urbano em diversos aspectos, desde organização espacial até projetos de arborização.

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Recebido: 06.06.2023
Aceito: 08.04.2024

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