Espirito Santo de Deus

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Espirito Santo de Deus: o que é, sua função na Igreja e

o que Bíblia diz sobre Ele

Uma das figuras mais controversas da Bíblia é o Espírito Santo.

Ainda hoje diversas linhas teológicas divergem quanto à sua atuação nos dias
atuais. Por muito tempo a Terceira Pessoa da Trindade foi negligenciada,
sendo pouco citada e pregada.

Enquanto era muito comum ouvir falar de Deus Pai e de Jesus Cristo, pouco
ou quase nada se pregava sobre o Espírito Santo.

Por outro lado, muito ministérios deram uma centralidade indevida ao Espírito
Santo e lhe atribuíram sinais e ações que pouco, ou nada, tem a ver com Ele.

Você sabe dizer qual é a real função do Espírito Santo? Entende por que ele é
tão importante para a Igreja hoje?

Neste conteúdo veremos com detalhes o ministério do Espírito Santo e como


ele atua na Igreja. Você aprenderá:

1. O que é o Espírito Santo


2. Como Ele atua nos dias de hoje
3. Como receber o Espírito Santo
4. O que é o Batismo no Espírito Santo
5. O que é e como ser cheio do Espírito Santo

Então, vamos lá!

O que é o Espírito Santo de Deus?


O Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Trindade, o que quer dizer que Ele é
Deus. Ele habita no cristão e é responsável por levá-lo a crer em Deus e ao
arrependimento dos pecados.

Muitas pessoas tratam o Espírito de Deus como se fosse uma energia, algo
que o cristão controla e dá poderes a ele. Mas o Espírito é uma pessoa.

E a Bíblia deixa claro que não somos nós quem mandamos, ordemos ou
sopramos o Espírito Santo, mas é ele quem guia e controla a sua igreja.

Isso fica evidente em Atos, quando Paulo viajava em missões e tem os planos
modificados. A Palavra diz que o Apóstolo ia em uma direção quando foi
“impedido pelo Espírito Santo” (At 16.6-7).

E depois é conduzido pelo Espírito até a Macedônia.

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O Espírito é o próprio Deus que habita nos cristãos e nos capacita vivermos a
vida que Cristo tem para nós.

O Espírito Santo na Bíblia


A melhor forma de entendermos o que é o Espírito Santo é investigando com
detalhes o que a Bíblia diz sobre ele.

Vamos começar observando a melhor fonte que temos nas escrituras, o


discurso de Jesus em João 14, 15 e 16.

“Outro” Paracleto (Consolador)


A primeira afirmação de Jesus a respeito do Espírito é que ele rogaria e o Pai
enviaria outro Consolador (Parakletos, no orginal).

Dou essa ênfase na palavra “outro” porque ela é de suma importância para
entendermos.

Quando Jesus diz que o Pai enviaria “outro” Paracleto, Jesus está colocando o
Espírito Santo no mesmo patamar que ele próprio.

É como se Jesus dissesse: “eu sou o primeiro Consolador, porém o Pai enviará
outro!”.

A única vez que a palavra Paracleto aparece na Bíblia, fora do discurso de


Jesus para os Apóstolos no livro de João, é referindo-se ao próprio Cristo.
Acontece na famosa passagem na 1ª Carta de João, onde o Apóstolo afirma
que “se pecarmos, temos advogado junto ao Pai” (1Jo 2.1), a palavra
traduzida por advogado é Paracleto.

Isso implica em algumas conclusões importantes:

1º. Isso comprova a divindade do Espírito Santo. Se Jesus é Deus e está


afirmando que o Espírito está no mesmo patamar, logo, Ele também é Deus.

2º Isso nos ensina que o Espírito tem conosco hoje o mesmo papel que Jesus
tinha com os seus apóstolos

Jesus era o líder, amigo, conselheiro, pastor, advogado, consolador etc. tudo
isso é também função do Espírito Santo em nossas vidas.

O que é Paracleto?
Traduzido em algumas Bíblias como Consolador em alguns momentos e
Advogado em outros, Paracleto, além desses dois sentidos, significa,
literalmente, o que é chamado para o lado de alguém.

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Chamá-lo apenas de Consolador ou Advogado acaba nos levando a reduzir o
riquíssimo significado que essa palavra possui.

O Espírito é aquele que, de fato, caminha com o Cristão, capacitando e


conduzindo a uma vida de entrega, obediência e devoção a Deus.

O livro de Atos (também chamado de Atos do Apóstolos), poderia ser também


chamados de Atos do Espírito Santo.

Jesus havia instruído os seus apóstolos que esperassem até que fossem
revestidos de poder para serem testemunhas dEle (At 1.8).

Apenas quando recebem o Paracleto para caminhar com eles, é que são
capacitados para fazer a obra e testemunharem a respeito de Cristo.

A função do Espírito Santo


Vimos que o Espírito é aquele que nos capacita e conduz a nossa vida Cristã.
Hoje em dia, muitos associam o Espírito Santo apenas a manifestações,
sensações, milagres, línguas estranhas e curas.

Porém se olharmos o discurso de Jesus sobre o Espírito (Jo 14-16) podemos


perceber que nenhum desses elementos sequer é citado.

Apesar de ser o Espírito Santo que faz milagres, sinais e distribui dons por
meio dos seus discípulos, vemos que a ênfase do seu ministério não é essa.

Infelizmente, muitos ministérios atualmente focam naquilo que não é o


principal.

Vamos aprender a verdadeira ênfase que Jesus dá na obra do Espírito.

O Espírito da Verdade (Jo 14.17)


Além de chamá-lo de Paracleto, Jesus também usar o termo Espírito da
“Verdade”.

Isso significa que o Ele é o único verdadeiro e somente podemos chegar à


verdade por meio dEle.

Isso fica evidente na vida do Apóstolo Paulo. Antes de receber o Espírito


Santo, Paulo já possuía todo o conhecimento nas escrituras judaicas, porém,
apenas por meio da atuação do Espírito de Deus é que ele chegou à verdade.

Habita em vós (Jo 14.17)


O Espírito Santo sempre atuou na Terra. No Antigo Testamento a sua atuação
é destacada em diversos momentos:

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1. Capacitando José para interpretação do sonho de Faraó (Gn 41.34)
2. Deu habilidade e inteligência para o serviço a Bezalel e a Aoliabe (Ex 36.1)
3. Capacitando Gideão na liderança (Jz 6.34)
4. Dando força extraordinária para Sansão (Jz 14.6)
5. Falou por meio dos Profetas (Is 48.16)

Podemos enumerar ainda vários outros episódios. Porém, o Espírito de Deus


atuava de forma pontual na vida desses homens.

Após a ascensão de Jesus, o Espírito habita EM nós. E qual conforto poderia


ser melhor para o cristão do que compreender que o próprio Deus habita em
nós?

Nenhuma mentira, nenhum falso ensino, nenhum pecado, nenhuma artimanha


de Satanás prevalecerá contra a Igreja de Cristo, porque “maior é o que está
EM nós” (1Jo 4).

Vos ensinará e vos fará lembrar (Jo 14.26)


O Espírito de Deus é nosso professor, nosso tutor para que possamos
compreender os ensinos da Lei de Moisés, dos Profetas e do próprio Cristo.

Por mais que caminhassem com Jesus, os Apóstolos ainda eram incapazes de
compreender todo o seu ensino e sua identidade em toda plenitude.

Mesmo após tanto tempo juntos, após viver o ministério com o seu mestre, eles
não compreendiam a necessidade do Cristo padecer.

No meio de seu último discurso Tomé pede para que Jesus os “mostre o Pai”
(Jo 14.8), sem compreender que em Cristo estava toda a plenitude da
divindade.

Sem a iluminação do Espírito Santo, eles nunca teriam compreendido a obra


redentora de Cristo e sua função como seguidores de Jesus.

Paulo diz que o Evangelho é “loucura para os gentios e tropeço para os judeus”
(1Co 1.23), após a ressurreição de Cristo os seus discípulos tem o
entendimento aberto para “compreenderem as Escrituras” (Lc 24.45).

Apenas o Espírito Santo é capaz de remover o véu que está no coração dos
homens, impedindo que compreendam a verdade sobre Deus Pai e Cristo
Jesus (2Co 3.12-18).

Além de nos ensinar, o Espírito nos lembra de tudo o que Cristo nos prometeu.

Ele nos traz o consolo, a lembrança das verdadeiras palavras do Senhor e a


convicção que são verdadeiras.

Ele traz à nossa memória o que nos dá esperança (Lm 3.21).

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Nosso Advogado
Um dos sentidos da palavra Paracleto é advogado.

Vimos que Cristo é nosso advogado perante o Pai (1Jo 2.1). Se pecarmos,
podemos nos arrepender e descansar sabendo que Cristo nos justifica perante
o Senhor. Jesus intercede POR nós.

O Espírito é também nosso advogado, porém de uma forma um pouco


diferente. O Espírito Santo de Deus intercede EM nós.

Ele nos assiste (auxilia) em nossa fraqueza. Não sabemos orar como convém,
porém sabemos que o Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis
(que não pode ser expressado em palavras).

E é segundo a vontade de Deus Pai que Ele intercede por nós. (Rm 8.26-27)

É também o próprio Espírito que gera em nós o desejo de orarmos e


buscarmos a Deus com o coração sincero. Sem Ele, “não há quem busque a
Deus” (Rm 3).

Além disso, Jesus nos promete que quando sua Igreja fosse perseguida e
colocada diante de reis e governadores, seríamos testemunhas a seus
respeito.

E não precisaríamos nos preocupar com o que dizer porque “o Espírito de


vosso Pai é quem fala em vós” (Mt 10.16-20).

Um exemplo claro disso é o martírio de Estevão, quando nenhum dos grandes


mestres de Israel conseguem “resistir à sabedoria e ao Espírito pelo qual ele
falava” (At 6.10).

Quando estava na Terra, Jesus falava por seus Apóstolos, hoje o Espírito fala
por nós.

Dará testemunho/dareis testemunho (Jo 15. 26-27)


Ser testemunha é ter visto, ouvido ou experimentado algo. É o Espírito Santo
quem nos dá o testemunho de Cristo.

É por isso que temos a plena certeza da vida e obra de Cristo. E é por isso que
nós podemos dar testemunho de Jesus. O Espírito nos transforma.

O Espírito transforma um perseguidor em Apóstolo (At 9).

Quando pensamos em ser revestidos de poder (At 1.8), muitas vezes


pensamos exclusivamente em milagres, dons, sinais, prodígios, manifestações
e curas.

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Porém, Jesus se referia ao poder para sermos testemunhas a seu respeito.

É por isso que Paulo afirma que não precisamos de discursos eloquentes e
esbanjar conhecimento. Damos testemunho de “Cristo e este crucificado” (1Co
2.1-2).

E é por meio do Espírito que proclamamos aquele que não vimos, porém
amamos (1Pe 1.8). Porque fomos feitos testemunhas, pela fé, não apenas
cremos, mas conhecemos a Deus.

Por meio do Espírito, pela fé que nos é outorgada, pregamos não daquilo que
ouvimos falar, mas que nossos olhos veem (Jo 42.5).

Distribuição dos Dons Espirituais


O revestimento de poder também envolve a distribuição dos dons da Igreja
(Rm 12.6-8; 1Co 12; Ef 4.7-13), tanto os miraculosos (como curas) quanto os
ordinários (como socorro e ensino).

É função o Espírito a distribuição conforme a sua vontade e de acordo com o


ministério que cada pessoa exercerá.

Convencerá do Pecado, da Justiça e do Juízo (Jo 16.8)


O Paracleto é responsável pela conversão e mudança de vida de um Cristão. É
Ele quem convence o Cristão do Pecado, da Justiça e do Juízo.

Uma pregação eloquente e os muitos estudos jamais nos convenceriam dessas


verdades.

Muitos de nós sabemos esse versículo de cor, mas muitas vezes não
entendemos a profundidade desse convencimento:

Pecado: dificilmente alguém admitirá que é uma pessoa ruim. Dificilmente uma
pessoa se descreverá como depravada, impura, egoísta, cruel, má, injusta etc.

Porém, o Espírito revela a nossa maldade. Percebemos o quão necessitados


da graça e do perdão de Deus somos.

E acima de tudo, o Espírito nos tira da incredulidade. Ele nos convence da


verdade de Cristo e do Evangelho.

Embora todos nós tenhamos pecados, o mais grave e que verdadeiramente


nos afastará do perdão de Deus é não crer em Jesus Cristo. Não crer em
seu sacrifício salvífico. (Jo 16.9)

Todos os outros pecados que tenhamos cometidos serão redimidos e


apagados, mas apenas se crermos que Jesus se entregou por nós.

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Justiça: quando convencidos do pecado, temos a plena convicção de que não
há justiça própria.

Nada que eu faço, nenhuma boa ação, nada poderá me justificar do meu
pecado perante Deus.

Porém, Deus fez justiça mediante Cristo Jesus. A justiça que vem pela fé em
Cristo, que se ofereceu como sacrifício por todo aquele que nele crê. Todo
homem pecou e carece da graça de Deus, e a única forma é por meio da
justificação em Cristo. (Rm 3:21-26)

É dessa justiça que o Espírito Santo de Deus nos convence.

Juízo: toda maldade, todo pecado e o próprio Satanás já estão condenados. A


sentença já foi dada.

Os pecados daqueles que crêem na justiça de Cristo, foram condenados na


cruz. O nosso pecado já não pode mais nos escravizar, pois morremos para
ele.

E toda maldade que existe neste mundo será condenada no retorno de Jesus.

Se toda a maldade que havia em mim já foi condenada, logo, nenhuma


acusação contra os eleitos de Deus pode prevalecer. E o Consolador coloca
essa esperança em nossos coração.

O meu pecado está condenado, Satanás está condenado, mas nós, estamos
justificados, em Cristo.

Anunciará as coisas que hão de vir (Jo 16.13)


O Paracleto também consola a Igreja de Jesus de uma forma muito particular,
revelando o que Deus tem preparado para nós.

Sabe o dia que você estava triste e uma pessoa te falou “nem olhos viram nem
ouvidos ouviram o que Deus tem preparado para aqueles que o amam”?

Pois é, esse é um daqueles versículos bastante utilizados fora de seu contexto.


A passagem está em 1Co 2.9, que na verdade é uma citação de Is 64.4.

Porém, no verso seguinte Paulo prossegue: “mas Deus no-lo revelou pelo
Espírito” (1Co 2.10).

O Espírito Santo revelou à Igreja mistérios outrora ocultos, revelou a


função da Igreja na Terra, a união com os gentios, as perspectivas da volta do
Messias, nos deu perspectivas e anseio pela Eternidade com Deus e, claro,
revelou o desfecho do cânon Bíblico com todo o Novo Testamento.

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O Espírito Santo é quem leva sua Igreja a ansiar pela volta de Cristo, sabendo
o quão maravilhoso será estar com nosso Senhor.

Me glorificará (Jo 16.14)


O Espírito Santo aponta para Cristo!

Se o Filho veio para glorificar o Pai, o Espírito vem para glorificar o Filho. Isso é
muito importante compreendermos, uma vez que isso nos mostra que o
Espírito Santo nunca é o Centro das reuniões da Igreja!

Isso não quer dizer que não devemos prestar nossos louvores a Ele, mas nos
mostra que Ele veio para glorificar o Filho e não assumir o Centro da adoração
da Igreja.

É correto dizer que Ele é o Centro na condução do culto. Afinal, é Ele quem
nos conduz em adoração, direciona nossas orações e deve ter liberdade para
se mover na reunião.

Porém, sua obra não deve ser o Centro da reunião. Ele nos conduz à adorar a
Cristo e sua obra redentora, além de edificar os santos.

Um culto realmente cheio do Espírito Santo não é necessariamente um culto


cheio de sensações, emoções, êxtase e manifestações.

Um culto cheio do Espírito é aquele que honra e exalta a pessoa de Jesus


Cristo. Ele nunca é o protagonista e nunca quis ser.

Espírito de Adoção (Rm 8)


Um aspecto sobre o Paracleto que não é dito de forma explícita no discurso de
Jesus é a adoção.

Por isso, complemento o discurso de Jesus com uma das mais belas verdades
sobre o Consolador que a Bíblia nos revela.

Paulo na carta aos Romanos nos ensina que o Espírito é quem testifica que
somos Filhos de Deus.

Mais maravilhoso que sermos perdoados dos nossos pecados, sermos


considerados justos diante de Deus, estarmos livres da ira vindoura é saber
que éramos inimigos de Deus (Rm 5.10) e agora somos adotados e chamados
de Filhos.

Isso quer dizer que o é o próprio Espírito que nos leva a desejar a presença do
Pai, que nos leva a orar e a buscar um relacionamento íntimo com Ele.

Essa identidade de saber que Deus é nosso Pai é o mais profundo consolo que
podemos receber.

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O Deus criador dos Céus e da Terra, o Deus Santo e moralmente perfeito,
Aquele que é Eterno e majestoso, nos chama de Filhos.

E essa convicção só vem pelo convencimento do Espírito de Deus.

Como receber o Espírito Santo?


Após analisarmos todo o discurso de Jesus, podemos entender a verdadeira
função do Paracleto nesta Terra.

Mas fica uma pergunta: como receber esse Espírito? O que precisa ser feito?

A verdade é que não existe uma resposta exata. O cristão recebe o Espírito
Santo no momento do novo nascimento, mas muitas vezes é difícil identificar o
momento exato que isso ocorre.

Crer no sacrifício de Cristo e buscar viver uma vida longe da influência do


pecado não é a forma de recebê-lo, mas revela que Ele já está atuando em
nós.

Se você deseja que Ele habite em você é porque Ele já habita. Ore para ter
essa convicção e experimente o poder consolador do Paracleto.

Nada que façamos nos tornará dignos de sermos templo desse Espírito, mas
pela graça e por amor, Ele faz morada em nós e nos faz Filhos de Deus.

Desta feita, surge outra dúvida muito comum:

O que é o Batismo no Espírito Santo?


Essa é uma resposta extremamente difícil e que gera bastante discussão entre
irmãos.

Existem duas respostas mais comuns e aceitas para essa pergunta. Uma é a
visão de denominações Pentecostais e outra mais comum em denominações
Reformadas (no sentido mais amplo).

Serei breve nas definições, mas em breve detalharemos o Batismo em outro


post.

1. Batismo como recebimento do Espírito Santo


A primeira linha, mais Reformada, enxerga o Batismo no Espírito Santo como o
momento da conversão genuína do cristão.

É Ele que nos convence do Pecado e nos direciona para Cristo, logo, quando o
recebemos somos batizados por Ele.

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A visão pode ser reforçada por Paulo na 1ª Carta aos Coríntios, quando afirma
que todos nós (cristãos) fomos batizados em um só Espírito, em um só corpo
(1Co 12.13).

Ou seja, se todos fomos batizados, parece não haver distinção entre cristãos
batizados ou não pelo Espírito Santo.

Esse é um argumento, mas se a questão fosse tão simples não haveria


discussão. Vamos entender a segunda visão.

2. Batismo como uma segunda benção


A visão pentecostal afirma que na conversão a pessoa recebe o Espírito Santo,
porém, ao longo da caminhada, o Cristão recebe uma segunda benção, um
Batismo pelo Espírito.

Esse Batismo seria então evidenciado pelo fluir nos dons espirituais (em
especial o dom de línguas) e em um relacionamento mais fervoroso e intenso
com Deus.

Como argumento podemos ver no livro de Atos quando Cristãos, teoricamente,


já convertidos são batizados pelo Espírito Santo e falam em outras línguas (At
2.4; 8.15; 10.46).

Uma coisa em que as duas visões concordam, e as Escrituras deixam


claro, é que podemos ser cheios do Espírito Santo.

Seriam momentos em que sentimos nossa força renovada, nossa fé é avivada,


amamos a Deus de forma mais intensa e temos cada vez mais asco pelo
pecado.

Independente de crer ou não no Batismo como uma segunda benção, devemos


sempre buscar sermos cheios do Espírito Santo.

O que nos traz a outra pergunta muito importante sobre a Terceira Pessoa da
Trindade:

O que é ser cheio do Espírito Santo?


O que você pensa quando dizem que uma pessoa é cheia do Espírito Santo?

Muitas vezes pensamos naquela que chora e se expressa no louvor, que prega
eloquentemente, que ora com muito fervor, uma pessoa que entrega palavra no
culto, ou que ora em línguas, opera sinais etc.

Mas também não é bem assim que a Bíblia nos revela uma pessoa cheia do
Espírito.

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Pensamos que Espírito Santo é o nome da Terceira Pessoa da Trindade, mas
a verdade é que o Paracleto é chamado de Espírito de Deus, Espírito da
Verdade, Espírito do Senhor, Espírito de Cristo, Espírito de Vida etc.

Ou seja, Santo, não é nome, é um atributo. O principal atributo do Espírito de


Deus.

Por que estou falando isso?

Se Santo é um atributo, e o mais destacado ao longo da Bíblia, uma pessoa


cheia do Espírito de Deus precisa ser Santa. O maior sinal de estar cheio do
Espírito é a Santidade.

Evidências de uma pessoa cheia do Espírito


Dessa forma veremos o fruto do Espírito destacado em Gálatas no capítulo 5:

Amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e


domínio próprio. (Gl 5.22)

Se você enxerga isso em uma pessoa, pode ter certeza, ela é cheia do
Espírito. Ainda que ela fique calma e não chore no louvor, não pregue
eloquentemente e nem faça grandes sinais.

Outro livro que nos dá diversos sinais da verdadeira Espiritualidade é a 1ª


Carta escrita pelo Apóstolo João. Nela vemos que um verdadeiro Filho de
Deus:

1. Guarda os seus mandamentos (2.3)


2. Ama seu irmão (2.9)
3. Não ama o mundo (ou seja, os valores seculares) (2.15)
4. Pratica a justiça (2.29)
5. Não vive pecando (3.6)
6. Ama (4)

Outro fruto que é impossível não destacar é: se a principal função do Paracleto


é glorificar, apontar e ensinar sobre Cristo, uma pessoa cheia do Espírito ama a
Jesus!

E não apenas ama, mas vive para glorificá-lo a proclamá-lo para aqueles que
não o conhecem.

Todos esses são sinais de uma pessoa cheia do Espírito. Mas tudo isso são
frutos e consequências, o que podemos fazer para ser cheios?

Como ser cheio do Espírito Santo


Se receber o Espírito Santo não demanda nenhum esforço, ser cheio, todavia,
demanda atitudes do cristão.

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Uma das principais formas de ser cheio do Espírito é pelos meios da graça, as
populares disciplinas espirituais.

As principais delas são uma vida de oração e intimidade com Deus e, claro,
investimento em tempo e leitura da palavra. Uma vida que busca ouvir a voz
de Deus.

Esses são os dois principais, porém temos outras disciplinas que podem
auxiliar o Cristão a se tornar cada vez mais cheio do Espírito:

1. Jejum
2. Solitude
3. Meditação
4. Adoração
5. Comunhão
6. Confissão de pecados
7. Pregação da Palavra

Viver na prática destes meios da graça tendem a levar o Cristão a uma vida
cada vez mais íntima com Cristo e cada vez mais cheia do Espírito Santo.

Que possamos honrar o Espírito Santo, lembrando sempre que Ele habita em nós e
nos capacita a sermos parecidos com Cristo.

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