HRSC Manual Padronizacao Cme 120620

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| ELABORAÇÃO |

Selma Furtado Magalhães - Gerente de Risco - DITEC | ISGH


Emanoelle Pinheiro de Oliveira - Assessora Técnica - DITEC | ISGH
Lúcia Vanda Teixeira de Freitas Cavalcante - Coordenadora de Enfermagem CME | HRSC

| REVISÃO |

Emanoelle Pinheiro de Oliveira - Assessora Técnica - DITEC | ISGH

| VALIDAÇÃO |

Selma Furtado Magalhães - Gerente de Risco - DITEC | ISGH


Virgínia Angélica Silveira Reis - Diretora de Ensino e Pesquisa - DEP | ISGH

| FORMATAÇÃO |

Conteúdo | ISGH

| DATAS |

Estabelecido em 08 de junho de 2020.

MANUAL | CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO


3
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 04
2 CONCEITOS E TERMINOLOGIA 04
3 CARACTERÍSTICA DO PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO UTILIZADOS 05
3.1 ESTERILIZAÇÃO A VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO: 05
3.2 ESTERILIZAÇÃO POR PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO: 06
4 MONITORAMENTO DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO 06
5 VALIDAÇÃO DOS PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO: 06
6 PRODUTOS UTILIZADOS NA DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL 06
7 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS POR ARTIGO 07
8 EMBALAGENS UTILIZADAS POR PROCESSO, ARTIGO E VALIDADE 10
9 CONTROLE DOS PROCESSOS DE LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO 10
10 RASTREABILIDADE 11
10.1 IDENTIFICAÇÃO DO LOTE PROCESSADO: 11
10.2 RASTREAMENTO RÁPIDO 12
10.3 REDUÇÃO DE PERDAS DE ARTIGOS 12
11 REPROCESSAMENTO 13
11.1 PRODUTO MÉDICO REPROCESSÁVEL 13
11.2 PRODUTO MÉDICO NÃO REPROCESSÁVEL 13
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15

MANUAL | CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO


4

1 INTRODUÇÃO

A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e a Central de Material e Esterilização (CME) do


Hospital Regional do Sertão Central (HRSC) do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH),
considerando que os processos de limpeza, desinfecção e esterilização de artigos constituem
ações de grande importância para o controle e prevenção das Infecções Relacionadas a
Assistência à Saúde, resolve padronizar os processos de limpeza e esterilização e limpeza e
desinfecção dos produtos para a saúde nessa Unidade Hospitalar.

2 CONCEITOS E TERMINOLOGIA

Contaminação - É a presença de qualquer substância ou material vivo em equipamentos ou


outros organismos, com risco potencial de prejuízo à saúde das pessoas.

Limpeza - É o processo de remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas, redução de


cargas microbianas presentes nos produtos para saúde, de forma manual ou automatizada,
utilizando água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza. Processo este essencial
para o sucesso da desinfecção e da esterilização;

Desinfecção - Processo físico ou químico que elimina a maioria dos microrganismos


patogênicos de objetos inanimados e superfícies;

Desinfecção de alto nível - É o processo físico ou químico que destrói a maioria dos
microrganismos de artigos semicríticos, inclusive microbactérias e fungos, exceto um número
elevado de esporos bacterianos;

Desinfecção de nível intermediário - É o processo físico ou químico que destrói


microrganismos patogênicos na forma vegetativa, micobactérias, a maioria dos vírus e dos
fungos, de objetos inanimados e superfícies;

Desinfecção de baixo nível - É o processo capaz de eliminar todas as bactérias na forma


vegetativa, não tem ação contra esporos, vírus não lipídicos nem contra o bacilo da tuberculose.
Apresenta ação relativa contra fungos;

Esterilização - É o processo físico ou químico que destrói todas as formas de vida microbiana,
inclusive esporos bacterianos;
Esterilização à alta temperatura - É o processo realizado em autoclave a vapor saturado
sob pressão onde são definidos os ciclos considerando a temperatura ou tempo de
exposição (121°C ou 134°C). São utilizados para esterilização de artigos termorresistentes;
Esterilização à baixa temperatura por plasma de peróxido de hidrogênio - Consiste

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em um processo físico-químico realizado por meio de equipamento próprio, que utiliza


como agente esterilizante insumos específicos com base de peróxido de hidrogênio e gera
plasma de baixa temperatura. É utilizado para esterilização de artigos termossensíveis;

Artigos críticos - São artigos ou produtos utilizados em procedimentos invasivos com


penetração da pele, mucosas, tecidos subepiteliais e sistema vascular, bem como aqueles
conectados a este sistema. Requerem esterilização;

Artigos semicríticos - São artigos ou produtos que entram em contato com a pele não íntegra
ou mucosas íntegras. Requerem desinfecção de alto nível ou esterilização para garantir a
qualidade do seu múltiplo uso;

Artigos não críticos - São artigos ou produtos destinados ao contato com a pele íntegra e
também aqueles que não entram em contato direto com o paciente;

Controle biológico - É determinado por meio de cultura de indicadores biológicos e de teste


de esterilidade dos artigos para controlar a eficácia do processo de esterilização;

Controle químico - É processo utilizado para medir a eficácia do sistema de vácuo da


autoclave;

Controle de limpeza - É o processo utilizado para detectar a presença de proteína no artigo


após a limpeza;

Rastreabilidade - É a capacidade de traçar o histórico do processamento do produto para a


saúde e da sua utilização por meio de informações previamente registradas.

Reprocessamento - É o processo de limpeza e desinfecção e esterilização a ser realizado a


produtos médicos, que garantam a segurança e desempenho.

3 CARACTERÍSTICA DO PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO UTILIZADOS

3.1 ESTERILIZAÇÃO A VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO:

TIPO DE TIPO DE MATERIAL TEMPERATURA TEMPO DE


ESTERILIZAÇÃO ESTERILIZADO PROGRAMADA ESTERILIZAÇÃO
Calor Úmido Bowie-Dick 134° C 04 Min
Calor Úmido Termossensíveis 121° C 25 Min
Calor Úmido Instrumentais 134° C 10 Min
Calor Úmido Pacotes 134° C 10 Min
Calor Úmido Príons 134° C 20 Min

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3.2 ESTERILIZAÇÃO POR PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO:

O processo de esterilização por plasma de peróxido de hidrogênio é utilizada para produtos


termossensíveis, de alto valor agregado e materiais compatíveis com o processo. Deverá
utilizar invólucros compatíveis com o processo como Tyvek®, manta de polipropileno ou
contêiner.

Monitorar o processo por meio de indicadores físicos, químicos e biológicos.

4 MONITORAMENTO DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO

O monitoramento do processo de esterilização com indicador biológico é realizado diariamente


(no primeiro ciclo com carga) em pacote desafio posicionado no ponto de maior desafio
ao processo de esterilização, definido durante os estudos térmicos na qualificação de
desempenho do equipamento de esterilização. O registro desse monitoramento é efetuado
no documento padrão do HRSC, onde são descritos os resultados do indicador biológico
processado e do indicador biológico controle (os dois são do mesmo lote). O monitoramento
do processo de esterilização dos produtos para saúde implantáveis (OPME) é monitorado por
um indicador biológico a cada carga. No ciclo teste (indicador biológico) e nos ciclos seguintes
o monitoramento do processo de esterilização é realizado em cada carga com pacote teste
desafio com uso de integradores químicos tipo 5, além do relatório de parâmetros físicos do
ciclo.

Todas as informações relacionadas aos testes são anexadas na planilha de monitorização da


esterilização.

5 VALIDAÇÃO DOS PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO:

A validação pode ser descrita como um conjunto de ações com o objetivo de comprovar que
o processo validado responde integralmente à sua finalidade e é um procedimento pontual e
único. Neste contexto os equipamentos (autoclaves, termolavadores, ultrassônica, seladora,
etc) utilizados no HRSC, são validados por empresa devidamente habilitada uma vez por ano
estando em conformidade com a RDC ANVISA nº 15 de 2012.

6 PRODUTOS UTILIZADOS NA DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL

Em conformidade com a RDC ANVISA Nº 15 de 2012, ficam padronizados os seguintes


produtos para desinfecção de alto nível no HRSC.

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PRODUTOS UTILIZAÇÃO
Utilizado no setor de imagem para desinfecção de alto
Ortoftalaldeído 0,55% (Cidex Opa®)
nível dos endoscópios.
Ácido Peracético com Peróxido de hidrogênio Utilizado na Central de Esterilização para desinfecção
(Bacteren - OX®) de alto nível de artigos semi-críticos.
Utilizado na desinfecção de médio nível de produtos
Álcool a 70%
semi críticos e não críticos na central de esterilização.

7 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS POR ARTIGO

ARTIGO PROCESSO
Almotolias Desinfecção de alto nível
Alça polipectomia Esterilização alta temperatura
Afastadores (todos os tipos disponíveis ) Esterilização alta temperatura
Aventais cirúrgicos Esterilização alta temperatura
Bacia para procedimentos cirúrgicos Esterilização alta temperatura
Limpeza com detergente enzimático seguido de
Bacia para procedimentos nas unidades
desinfecção com álcool a 70%
Bacia para procedimentos cirurgicos Esterilização alta temperatura
Balão de silicone Desinfecção de alto nível
Balão de latex Desinfecção de alto nível
Bandeja avulsa para procedimentos cirúrgicos Esterilização alta temperatura
Bandejas de intrumentais para procedimento cirúrgico
Esterilização alta temperatura
específico
Bandeja para procedimentos nas unidades Limpeza com detergente enzimático seguido de
(medicação) desinfecção com álcool a 70%
Limpeza com detergente enzimático seguido de
Bandeja plastica
desinfecção com álcool a 70%
Bisturi elétrico Esterilização alta temperatura
Broncoscópio / nasoscópio/endoscópios/
Desinfecção de alto nível
colonoscópios
Limpeza com detergente enzimático seguido de
Cabo afe
desinfecção com álcool a 70%
Cabo de fibra ótica Esterilização alta temperatura
Cabo monopolar da videolaparoscopia Esterilização alta temperatura
Caixa de instrumentais para procedimento cirúrgico
Esterilização alta temperatura
específico
Caixa de instrumentais, parafusos e implantes
Esterilização alta temperatura
(consignados)
Campo duplo Esterilização alta temperatura
Campo fenestrado – aberto / fechado Esterilização alta temperatura
Campo duplo Esterilização alta temperatura
Campo simples ( todos os tamanhos disponíveis) Esterilização alta temperatura
Campo para desinfecção Esterilização alta temperatura
Caneta de bisturi Esterilização alta temperatura
Cânula de guedel ( todos os tamanhos disponíveis) Esterilização alta temperatura

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Capnografo Desinfecção de alto nível


Cpap (traqueias e acrílico) Desinfecção de alto nível
Cateter mount Desinfecção de alto nível
Circuito de anestesia (traqueias + conectores + balão) Esterilização alta temperatura
Circuito ventilação carro de transporte Desinfecção de alto nível
Circuito ventilação mecânica ix5 (adulto e neo) Esterilização alta temperatura
Circuito oxido nítrico Esterilização alta temperatura
Conexão oxigênio / ar comprimido Desinfecção de alto nível
Conexão reta, em “t” e em “y” Desinfecção de alto nível
Copo de nutrição neo Esterilização alta temperatura
Cuba redonda Esterilização alta temperatura
Cuba rim Esterilização alta temperatura
Limpeza com detergente enzimático seguido de
Depósito plástico
desinfecção com álcool a 70%
Esterilização baixa temperatura ou Desinfecção
Dosadores de venturi avulso ( 24%, 28%,31%,40%,50%)
de alto nível
Esterilização baixa temperatura ou Desinfecção
Dosador de máscara de traqueostomia
de alto nível
Estribo Esterilização alta temperatura
Extensor de traquéia (espaço morto) Esterilização alta temperatura
Faca de sachês – bisturi Esterilização alta temperatura
Faixa smarch Esterilização alta temperatura
Esterilização baixa temperatura ou Desinfecção
Fio bougie
de alto nível
Fio guia Esterilização alta temperatura
Fios kirchener (todos os tamanhos disponíveis ) Esterilização alta temperatura
Fios steiman (todos os tamanhos disponíveis ) Esterilização alta temperatura
Fio guia Esterilização alta temperatura
Fixador cefálico Desinfecção de alto nível
Frasco de aspiração Desinfecção de alto nível
Frasco de vacuômetro Desinfecção de alto nível
Garra para mascara facial Desinfecção de alto nível
Gancho de gigle Esterilização alta temperatura
Guia de foco Esterilização alta temperatura
Instrumentais de aço - avulso Esterilização alta temperatura
Instrumentais videolaparoscopia Esterilização alta temperatura
Limpeza com detergente enzimático seguido de
Jarra inox para banho
desinfecção com álcool a 70%
Jarra de umidificador de ventilador Esterilização alta temperatura
Kit ambu Desinfecção de alto nível
Kit baraka Desinfecção de alto nível
Kit nebulização (adulto e infantil) Desinfecção de alto nível
Kit venture Desinfecção de alto nível
Kit baby puff Desinfecção de alto nível
Limpeza com detergente enzimático seguido de
Lâmina de laringoscópio
desinfecção com álcool a 70%
Linha de sensor de fluxo Esterilização alta temperatura

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Linha de pressão de respirador Esterilização alta temperatura


Macronebulizador Desinfecção de alto nível
Manguito Limpeza com detergente enzimático
Mão de shaver – artroscopia Esterilização baixa temperatura
Martelo nelpield Esterilização baixa temperatura
Máscara de traqueostomia Desinfecção de alto nível
Máscara laríngea Esterilização baixa temperatura
Máscara vni – full face Desinfecção de alto nível
Máscara facial com coxim inflavel Desinfecção de alto nível
Membrana de circuito de ventiladores Desinfecção de alto nível
Obturadores da artroscopia Esterilização baixa temperatura
Óculos Desinfecção de alto nível
Óptica da artroscopia Esterilização baixa temperatura
Olivas neonatal Desinfecção de alto nível
Oxihood Desinfecção de alto nível
Pinça biópsia para endoscopia Esterilização alta temperatura
Pinça para neurocirurgia – avulsa Esterilização alta temperatura
Pinças– avulsa Esterilização alta temperatura
Pronga – neo Desinfecção de alto nível
Ponta de aspirador Esterilização alta temperatura
Ponta de bisturi (todos os tipos disponíveis ) Esterilização alta temperatura
Ponteira do trépano Esterilização alta temperatura
Protetor facial Desinfecção de alto nível
Redutor Desinfecção de alto nível
Reservatório de ambu Desinfecção de alto nível
Limpeza com detergente enzimático seguido de
Sensor de temperatura retal
desinfecção com álcool a 70%
Limpeza com detergente enzimático seguido de
Sensor de temperatura axilar
desinfecção com álcool a 70%
Serra de gigle Esterilização alta temperatura
Suporte para bateria dos trépanos Esterilização alta temperatura
Traqueostomo (cânula de metal) Esterilização alta temperatura
Trépano Esterilização alta temperatura
Trocater da artroscopia Esterilização alta temperatura
Umidificador oxigênio/ ar comprimido Desinfecção de alto nível
Velas de hegar Esterilização alta temperatura
Vidro de vacuômetro Desinfecção de alto nível
Mangueira do sistema de vídeo Esterilização alta temperatura

OBS: Em caso de defeito no equipamento de esterilização de baixa temperatura (plasma de


peróxido de hidrogênio) os artigos padronizados para processamento neste equipamento
passam a ser temporariamente processados em alta temperatura, sendo o ciclo definido de
acordo com as características do produto. Caso o produto não seja compatível com nenhum
dos ciclos da alta temperatura, o produto será substituído por outro de semelhante função
ou descartável até que o equipamento de esterilização de baixa temperatura retorne ao seu

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funcionamento normal.

8 EMBALAGENS UTILIZADAS POR PROCESSO, ARTIGO E VALIDADE

EMBALAGEM PROCESSO/ARTIGO VALIDADE


Esterilização em alta temperatura /
Manta Caixas Cirúrgicas e Kits de Roupas Validade da embalagem
Cirúrgicas
Esterilização em alta temperatura
/ Instrumentais Avulsos, Circuitos
Papel Grau cirúrgico Respiratórios e seus Acessórios Validade da embalagem
Avulsos, Reanimadores Manuais,
Pinças de Videolaparoscopia, etc.
Desinfecção Química ou Térmica /
Kit’s de aerosolterapia, Kits Venturi,
Sacos plásticos 15 dias
Almontolias, Lâminas de
Laringoscópio, etc.
Esterilização em baixa temperatura
/ Artigos Termossensíveis (Ótica
Tyvek ®
Validade da embalagem
videolaparoscópica rígida, Cabos
de fibra ótica)

OBS: A validade dos artigos esterilizados está relacionada a validade da embalagem que é
realizada o pacote, como também atribuída ao processo de acondicionamento e da integri-
dade da embalagem.

O artigo não poderá ser utilizado se for detectado acondicionamento inadequado ou ruptura
da embalagem.

ATENÇÃO: Não utilizar se a embalagem estiver danificada.

9 CONTROLE DOS PROCESSOS DE LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO

PROCESSO DESCRIÇÃO
– Uso de indicador de limpeza para superfície: detecção de
pequenas quantidades de proteína, indicando a eficiência do
Limpeza Na CME
processo de limpeza dos instrumentos cirúrgicos.
– Uso de indicador de limpeza para artigos com lumen:
– Fita teste ®: Detecção da concentração do desinfetante na
Desinfecção De Alto Nível
solução.

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– Indicador biológico: controle de qualidade biológica de ciclos


de esterilização a vapor saturado em esterilizadores equipados
com pré-vácuo.
– Indicador químico tipo 1 (fita zebrada): indicador externo de
exposição. Identificar e diferenciar os produtos para saúde que
foram processados.
– Indicador químico tipo 2 (bowie-dick): indicador verificador da
Esterilização À Vapor Saturado Sob Pressão
remoção do ar nas autoclaves com prévácuo e assim garantir a
penetração uniforme do vapor no equipamento.
– Indicador químico tipo 5: São integradores de leitura imediata
e sua resposta é por mudança de limite. Permite efetuar a
monitorização das condições da esterilização a vapor no interior
das embalagens e capaz de reagir a todos os parâmetros
críticos da esterilização a vapor saturado sob pressão.
– Indicador biológico: controle de qualidade biológica de ciclos
de esterilização a gás plasma de peróxido de hidrogênio.
Esterilização À Baixa Temperatura Com
– Indicador químico tipo 1: indicador externo de exposição.
Plasma De Peróxido De Hidrogênio
Identificar e diferenciar os produtos para saúde que foram
processados.

10 RASTREABILIDADE

A rastreabilidade dos produtos críticos, é realizada através das seguintes formas:

10.1 IDENTIFICAÇÃO DO LOTE PROCESSADO

Todos os materiais esterilizados são emitidos um lote, descrito da seguinte forma:

10.1.1 O primeiro número do lote refere-se o número da autoclave;

10.1.2 O segundo número do lote refere-se a quantidade de ciclo realizado no dia, dando
início a partir da zero hora do dia;

10.1.3 O terceiro número do lote será o número do operador de acordo com listagem em ane-
xo (observar planilha de cadastro interno do setor);

10.1.4 Os números subsequentes são fornecidos pela própria autoclave, ou seja, são os nú-
meros dos ciclos que a máquina já realizou.

Após a distribuição dos artigos esterilizados para as unidades assistenciais, as etiquetas de


rastreabilidade do processo de esterilização são anexadas no prontuário do paciente cujo o
material foi utilizado. No Centro Cirúrgico Geral, tais etiquetas são anexadas no formulário
da SAEP (Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória) e nas unidades as-
sistências, são anexadas no verso da ficha de Monitoramento dos Procedimentos Invasivos.

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10.2 RASTREAMENTO RÁPIDO

O rastreamento dos produtos para a saúde facilita o controle do inventário de material esteri-
lizável em toda a sua cadeia de utilização e facilita a identificação das caixas e kit´s dispen-
sados para as unidades ou equipes, através de códigos por cores, sendo possível identificar
perdas ou danos dos materiais. A entrega e o recolhimento dos artigos e materiais da CME
nas unidades assistenciais é realizada com dupla checagem entre o colaborador responsável
pela CME e o responsável pela unidade.

No e-mail institucional do setor CME foi criado uma plataforma coligada ao google doc.plani-
lhas, Formulários Google. com o intuito de realizar uma rastreabilidade rápida caracterizando
a vida útil dos artigos, identificando quantas vezes o artigo foi processado, quantas entradas
ou saídas foram realizadas por vez naquele material, bem como qual o setor o material foi
encaminhado, sendo necessário preencher os seguintes dados na planilha:

10.2.1 Data da esterilização;

10.2.2 Responsável pela esterilização;

10.2.3 Responsável da entrada ou responsável da saída;

10.2.4 Setores – Destino;

10.2.5 Entrada ou Saída;

10.2.6 Material (Deve-se sinalizar se é a caixa ou bandeja, a numeração se é a 01 ou a 02 e


assim sucessivamente, através do código por cor).

10.3 REDUÇÃO DE PERDAS DE ARTIGOS

O técnico de enfermagem responsável pela equipe tanto da Rota Limpa como da Rota Suja
mantém a rastreabilidade dos artigos realizando um checklist dos itens entregues e recebidos
junto ao técnico responsável pela conferência de material dos setores assistenciais, no intuito
de evitar perda de material e identificação de danos. Um outro ponto a ser enfatizado é que
no ato de identificação de perda ou dano ao artigo, a equipe da CME, só poderá receber o
produto incompleto ou danificado mediante a apresentação de uma comunicação Interna do
setor informando a avaria.

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11 REPROCESSAMENTO

O reprocessamento de produtos médicos é uma prática rotineira nos Centros de Material e


Esterilização (CME)
dos serviços de saúde em todo o mundo. No HRSC essa prática acontece por meio de uma
sequência de etapas de atividades de limpeza, teste de integridade e de funcionalidade,
desinfecção ou esterilização e controles de qualidade.

A primeira Etapa se dar através da Classificação dos produtos médicos para efeito de
reprocessamento em são classificados em duas categorias:

11.1 PRODUTO MÉDICO REPROCESSÁVEL

Produto médico comercializado como de uso único passível de ser submetido às seguintes
condições:

11.1.1 Limpeza monitorada e documentada. A monitoração desse processo é realizada


mediante teste químico para avaliação de resíduo orgânico, através do teste de superfície;

11.1.2 Integridade física mantida após cada processamento por meio de testes de inspeção
visual com lentes intensificadoras de imagem;

11.1.3 Funcionalidade conservada através de testes de desempenho a cada reprocessamento


segundo características específicas do produto;

11.1.4 Esterilidade monitorada e documentada.

11.1.5 Documentação dessas atividades.

O artigo ou material ao ser reprocessado, no subsetor do preparo tanto da desinfecção quan-


to a esterilização é testado quanto a sua integridade e funcionalidade pelo técnico respon-
sável pelo processo, se o mesmo atesta que o material não está apto para uso, comunica ao
enfermeiro plantonista que logo em seguida faz a inspeção do mesmo e realiza a substituição
do item e retira-o de circulação.

11.2 PRODUTO MÉDICO NÃO REPROCESSÁVEL

Produto médico comercializado como de uso único ou múltiplo com as seguintes caracterís-
ticas:

11.2.1 Não desmontável e/ou com compartimento interno permeável a sangue e outros flui-

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dos, não passível de limpeza comprovada por meios visuais e de análises de testes químicos
para resíduos orgânicos;

11.2.2 Apresenta estrutura com componentes absorventes de matéria orgânica ou produtos


químicos ou quebradiços;

11.2.3 Funcionalidade comprometida com o reúso;

11.2.4 Esterilidade duvidosa.

ATENÇÃO: É extremamente proibido o reprocessamento de produto médico estabelecido na


Resolução - RE Nº 2.605, de 11 de agosto de 2006, bem como de produtos onde estão des-
critos em usas embalagens “PROIBIDO REPROCESSAR”.

É de grande relevância para a CME do HRSC utilizar de estratégias de monitoramento diário


e análise criteriosa do processo de trabalho, com o intuito de garantir a quantidade e a qua-
lidade necessária a assistente segura ao paciente.

O presente Manual de Padronização de processamento de produtos para a saúde entrará em


vigor a partir da data de sua aprovação e publicação.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sociedade Brasileira de Enfermeiros do Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro


de Material e Esterilização (SOBECC). 6ª ed. São Paulo; 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC Nº


15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento
de produtos para saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União: Brasília; 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC Nº


156, de 11 de agosto de 2006. Dispõe sobre registros, rotulagem e re-processamento de pro-
dutos médicos, e dá outras providências. Diário Oficial da União: Brasília;2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RE n.


2.605, de 11 de agosto de 2006. Estabelece a lista de produtos médicos enquadrados como
de uso único proibidos de ser reprocessados [Internet]. Brasília; 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução Nº 2.606,


de 11 de agosto de 2006. Dispõe sobre as diretrizes para elaboração, validação e implanta-
ção de protocolos de reprocessamento de produtos médicos e dá outras providências. Diário
Oficial da União: Brasília; 2006.

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ASSINATURAS

Maria Emanuelly Crisostomo Barroso


Coordenação Geral Enfermagem

Lúcia Vanda Teixeira de Freitas Cavalcante


Coordenação da CME

Ana Amélia Leitão de Farias


Coordenação de Enfermagem da SCIH

Antônio Fábio Martins Correia


Represente legal do SESMT

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