Noções de Topografia
Noções de Topografia
Noções de Topografia
NBR 9062
• 1.1
• Esta Norma fixa as condições exigíveis no projeto,
e no controle de estruturas pré-moldadas de
concreto armado ou protendido, excluídas
aquelas em que se empreguem concreto leve ou
outros especiais
• aplica-se também em estruturas mistas,ou seja,
aquelas constituídas parcialmente de
elementospré-moldados e elementos moldados
no local
• O objetivo imediato da Norma é o uso de
estruturas pré-moldadas em edifícios; porém,
suas prescrições podem ser utilizadas, quando
pertinentes, no projeto e execução de
estruturas para fundações, obras viárias e
demais elementos de utilização isolada
• DEFINIÇÕES DA NBR
• Ajuste
• Diferença entre a medida nominal de
dimensão de projeto reservado para a
colocação de um elemento e a medida
nominal da dimensão correspondente do
elemento. O ajuste pode ser positivo ou
negativo (ver Figura 1).
• Colarinho
• Conjunto de paredes salientes do elemento de
fundação,que contornam a cavidade
destinada ao encaixe dos pilares.
• Desvio
• Diferença entre a dimensão básica e a
correspondente executada
• Dimensão básica
• Dimensão do elemento pré-moldado
estabelecida no projeto, consideradas as
folgas necessárias para possibilitara
montagem.
• Elemento pré-moldado
• Elemento que é executado fora do local de
utilização definitiva na estrutura, com controle
de qualidade, conforme 12.3.
• Elemento pré-fabricado
• Elemento pré-moldado, executado
industrialmente, mesmo em instalações
temporárias em canteiros de obra,sob
condições rigorosas de controle de qualidade,
conforme 12.2.
• Folga para ajuste negativo
• Diferença entre a medida máxima da
dimensão de projeto reservada para a
colocação de um ele mento e a medida
mínima da dimensão correspondente do
elemento. Equivale à menor extensão possível
do apoio (ver Figura 1)
• Folga para ajuste positivo
• Diferença entre a medida mínima da
dimensão de projeto reservada para a
colocação de um elemento e a medida
máxima da dimensão correspondente do
elemento. Equivale ao espaço mínimo para
viabilizar a montagem (ver Figura 1)
• Inserto
• Qualquer peça incorporada ao concreto na
fase de produção, para atender a uma finalidade
de ligação estrutural ou para permitir fixações de
outra natureza.
• 3.10 Ligações
• Dispositivos utilizados para compor um
conjunto estrutural a partir de seus elementos,
com a finalidade de transmitir os esforços
solicitantes, em todas as fases de
utilização,dentro das condições de projeto.
• Peças compostas
• Elementos de concreto executados em
moldagens distintas e interligados de forma a
atuar em conjunto sob o efeito das ações
aplicadas após a sua junção. A seção
transversal de tal peça é denominada
“seção composta”.
• Rugosidade
• Saliências e reentrâncias conseguidas através de
apicoamento do concreto endurecido ou de
dispositivos, ou processos especiais por ocasião
da moldagem do concreto,de maneira a criar
irregularidade na superfície do elemento. Para os
efeitos desta Norma, a rugosidade é medida pela
relação entre as alturas das saliências ou
reentrâncias e sua extensão
• Tolerância (desvio permitido)
• Valor máximo aceito para o desvio, prescrito
obrigatoriamente no projeto.
• Tolerância global do elemento
• Soma estatística das tolerâncias positivas e
negativas,em módulo, constatadas na fabricação e no
posiciona-mento do elemento, somada com a
tolerância de locação em módulo.
• Variação inerente
• Variação de dimensões, correspondente a fenômenos
físicos, como dilatação térmica, retração e fluência
• Projeto de estruturas pré-moldadas
• Processos de cálculo
De modo geral, aplicam-se às estruturas de
concreto pré-moldado as regras e processos
de cálculo relativos às estruturas moldadas no
local, conforme a NBR 6118, complementados
pelo prescrito nos Capítulos 5,6 e 7 desta
norma
• As estruturas pré-moldadas devem ser verificadas
em relação aos graus de liberdade adicionais,
completos ou parciais,introduzidos pelos
elementos pré-moldados.
• Consideração especial deve ser dada às
incertezas que podem afetar as reações mútuas
dos elementos e de suas ligações.
• Devem ser tomados cuidados especiais na
organização geral da estrutura e nos detalhes
construtivos, de forma a minimizar a
possibilidade de colapso progressivo
• Análise da estabilidade
• A estabilidade das estruturas constituídas de
elementos pré-moldados deve ser verificada
tanto para os elementos constituintes isolados
como para o conjunto. Deve ser levada em conta
a diminuição de rigidez das peças para a situação
de carga de projeto, adotando-se para os
coeficientes de majoração das ações os mesmos
valores γ f prescritos na NBR 6118.
O valor do comprimento de flambagem que se
deve usar na determinação de γf deve ser
analisado em cada caso particular, em função das
condições de vínculo do elemento isolado. Nos
casos em que essas condições de vínculo são
difíceis de determinar previamente, variando do
engastamento perfeito à articulação fixa, deve-se
determinar diretamente a carga de flambagem e
deduzir o comprimento de flambagem a partir da
carga crítica de Euler, Lfl.
• A carga crítica Fcrit,E de cada elemento
considerado isoladamente é determinada a partir
da carga crítica do conjunto, mantendo as
proporções da carga de serviço na situação mais
desfavorável para o elemento em estudo.
• A carga crítica do conjunto é determinada por
qualquer processo em regime elástico, aplicável
às estruturas de concreto armado ou protendido,
consideradas as condições de vínculo mais
desfavoráveis.
• A rigidez EI a ser adotada é a rigidez efetiva
que pode ser obtida a partir do produto Ec.Ic
da seção bruta com os coeficiente de
redução, aplicáveis a pilares de pórticos com
armadura simétrica
• A ligação viga-pilar é geralmente executada
com chumbadores verticais e almofada de
elastômero agindo como uma rótula. A figura
3.2 mostra a deformada aproximada de uma
estrutura com três pavimentos com pilares
contínuos engastados na base e ligações viga-
pilar articuladas.
• Na realidade, ligações viga-pilar com
chumbadores não são completamente
rotuladas, mas semi-rígidas, por causa da
capacidade de rotação limitada no estado
limite último. Contudo, os métodos de cálculo
para estruturas pré-moldadas no regime pós
elástico ainda não são inteiramente
compreendidos para seremconsiderados nos
projetos estrutura.
• Efeito de pórtico
• Quando o engastamento dos pilares nas
fundações não fornecem a rigidez necessária
para a estrutura, como por exemplo no caso
de estruturas esbeltas em esqueleto ou em
traves planas, ou para efeitos horizontais
excessivos em terremotos, a rigidez horizontal
adicional pode ser obtida por meio de ligações
viga-pilar rígidas.
• Essas ligações não precisam ser posicionadas
sistematicamente em todas asinterseções
viga–pilar, mas devem ser colocadas em locais
adequadamente escolhidos. Outra solução
seria utilizar diagonais metálicas de
contraventamento em um número limitado de
aberturas na fachada da estrutura.
• Estruturas Pré-Moldadas Contraventadas
• Em construções com mais de três pavimentos,
os deslocamentos horizontais podem ser
excessivos, sendo necessário empregar
sistemas adicionais de contraventamento.
Assim, paredes de contraventamento, núcleos
centrais ou outras formas de enrigecimento
são empregados..
• A prática usual é conferir a função de
estabilidade para os poços de elevadores,
caixas de escada ou paredes internas de
cisalhamento, e interligar o resto da estrutura
através da ação de diafragma das lajes de piso
e cobertura. Neste caso, a estrutura pode ser
classificada como contraventada (com nós
fixos) (fig. 3.4), e as fundações podem ser
articuladas
• Ação de parede de cisalhamento
(contraventamento)
• As paredes de concreto são muito rígidas no
seu plano. Por esta razão, elas são muito
empregadas tanto para estruturas pré-
moldadas como para estruturas de concreto
moldadas no local, para enrigecer a estrutura
contra as ações horizontais.
• Paredes de contraventamento para edifícios
com múltiplos pavimentos são formadas por
painéis que são conectados de forma que a
parede toda atue como uma única viga rígida
em balanço. A interação entre os painéis é
assegurada pelas ligações e sistemas de
tirantes que transferem as forças de
cisalhamento, de tração e de compressão.
• Núcleos centrais e Poços de Elevadores
• Os núcleos centrais promovem a estabilidade
lateral para estruturas com múltiplos pavimentos,
podendo ser combinados com as paredes de
cisalhamento. Podem ser moldados no local ou
pré-moldados sendo a mais comum, compor o
núcleo com quatro ou mais elementos da painéis
(fig. 3.6) conectados entre si por meio de juntas
verticais capazes de resistir as forças de
cisalhamento.
• Determinação aproximada do efeito de 2ª
ordem
• Na ausência de um cálculo rigoroso, permite-
se substituir o efeito de 2ª ordem por um
acréscimo nas ações horizontais de vento
• As expressões devem ser aplicadas nas duas
direções principais determinadas na planta no
nível das fundações.
• Para edifícios de planta retangular, podem ser
consideradas direções principais as que
correspondem à atuação de vento
perpendicularmente a cada fachada
• A análise dos elementos componentes da
estrutura pré-moldada deve partir da
definição do comportamento efetivo das
ligações, sob o ponto de vista dos graus de
liberdade existentes.
• As dimensões dos elementos, inclusive a
geometria das seções transversais, devem ser
fixadas levando em conta as tolerâncias globais
compatíveis com o processo construtivo
(fabricação e montagem) conforme estabelecido
em 5.2.2
• A análise da estrutura deve levar em conta as
retrações e as eventuais deformações diferenciais
entre concretos de diferentes idades,
composições e propriedades mecânicas.
• A análise deve ser efetuada considerando
todas as fases por que possam passar os
elementos, susceptíveis de apresentarem
condições desfavoráveis quanto aos estados
limites último e de utilização. As fases
freqüentes que exigem dimensionamento e
verificação dos elementos são:
a) de fabricação;
b) de manuseio;
c) de armazenamento;
d) de transporte;
e) de montagem;
f) de serviço (preliminar e final)
• A fase final de serviço não se considera
encerrada,senão quando houver a ligação
definitiva do elemento com os outros elementos
da estrutura.
• As zonas dos elementos que serão ligadas aos
demais elementos da estrutura constituem
trechos singulares, devendo ser dimensionadas e
ter sua segurança demonstrada através dos
requisitos do específicos.
• Tolerâncias
• No projeto de estruturas compostas de
elementos pré-moldados, é necessário
estabelecer folgas e tolerâncias e dimensionar
os elementos e as ligações, levando-se em
conta os desvios de produção, de locação e
verticalidade da obra e de montagem dos
elementos, conforme definido no Capítulo 3.
De acordo com as definições,o ajuste é igual à
tolerância global somada com as variações
inerentes e a folga. A partir do ajuste são
determinadas as dimensões nominais de
fabricação.
• A tolerância para a dimensão longitudinal dos
elementos é a indicada na Tabela 1.
• A tolerância para as dimensões transversais e
a altura dos elementos é de ± 0,5 cm para
peças isoladas. Na montagem de elementos
que tenham um contorno justaposto a um
contorno semelhante, de outro elemento,a
tolerância de justaposição é de 2,0 cm.
• O desvio em relação à linearidade da peça é
de no máximo L/1000.
• A tolerância para montagem em planta é de
±1,0 cm entre apoio consecutivos, não
podendo exceder o valor acumulado de 0,1%
do comprimento da estrutura.
• A tolerância em relação à verticalidade é de
±1/300 da altura até o máximo de 2,5 cm.
• A tolerância em relação ao nível dos apoios é
de ± 1,0 cm, não podendo exceder o valor
acumulado de3,0 cm, quaisquer que sejam as
dimensões longitudinal e transversal da
estrutura, exceto para caminhos de
rolamento, quando este valor é de 2,0 cm.
• No caso de as fundações terem sido
executadas com desvio em relação ao projeto
que impeça a montagem conforme as
diretrizes expressas em 5.2.2.5, exige-se a
execução de uma estrutura intermediária de
transição que possibilite a montagem dentro
das especificações definidas.
• A tolerância em planta e em elevação para
montagem dos pilares é de ± 1,0 cm
• A tolerância em planta para montagem dos
blocos pré-moldados sobre a fundação é de ±
5,0 cm.
• A tolerância em planta para a posição final das
estacas ou tubulões é de ± 10,0 cm.
• No cálculo e dimensionamento de todos os
elementos pré-moldados, de suas ligações e da
estrutura resultante, devem ser levados em conta
os efeitos desfavoráveis dos ajustes sobre as
ações e solicitações
• Esforços solicitantes
• Ações a considerar
• Ações em geral:
• a) no cálculo dos esforços solicitantes, deve ser
considerada a influência das ações constituídas
pela carga permanente, carga acidental, vento,
variação de temperatura, choques, vibrações,
esforços repetidos e deslocamentos de apoio
conforme prescrito na NBR 6118
• b) a determinação dos esforços solicitantes
deve ser feita considerando-se as combinações
desfavoráveis das ações e respectivos
coeficientes de ponderação, de acordo com o
prescrito na NBR 6118,e na NBR 7197
• Fluência e retração do concreto e relaxação do
aço:
- ao levar em conta a fluência, a retração e a
relaxação, na determinação dos esforços
solicitantes, devem ser obedecidas as prescrições
da NBR 7197
• Influência do processo de execução:
a) os esforços provenientes das fases de
fabricação,manuseio, armazenamento,
transporte e montagem devem ser considerados
de acordo com os programas de execução
previstos;
b) os efeitos dinâmicos devidos ao
manuseio, transporte e montagem dos
elementos, devem ser levados em conta de
acordo com o item 5.2.3.6;
c) devem ser considerados os esforços
aplicados nos elementos pelos dispositivos de
manuseio, trans-porte e montagem
• Estado limite de deformação
• As flechas e contra flechas limites permitidas
dependem da utilização do elemento
estrutural, considerando separadamente os
casos descritos de 5.2.5.1 a 5.2.5.4.
• Elementos estruturais de cobertura sem
contato, fora dos apoios, com outros
elementos, estruturais ou não
As limitações exigidas são:
a)de contra flechas, iniciais ou a longo prazo,
incluído o efeito das seções permanentes:
a ≤ l/250
b) de flechas positivas (considerada
carga eventual de empoçamento de água
a ≤ L400
• c) de flechas positivas, desde que o elemento
tenha inclinação que evite o empoçamento de
água;
a≤L/200
• Elementos estruturais de cobertura em contato,
fora dos apoios, com outros elementos,
estruturais ou não
• A variação da flecha, proveniente de ações a
longo prazo e carga acidental,deve atender a:
∆a ≤ L/250
• Na Nota do item está especificado que: Exceções
devem ser estudadas em cada caso
particular,quando os elementos em contato
possam sofrer danos
• Elementos de piso não suportando ou sem
contato com elementos não estruturais5.2.5.3.1
• As limitações exigidas são que a flecha positiva
máxima, sob ação da carga total, não deva
ultrapassar a:
- flecha inicial:
ao ≤ L/500
- flecha a longo prazo:
a∞ ≤ L/300
• A variação da flecha ∆a, proveniente de ações a
longo prazo e carga acidental, deve atender a:
∆a ≤ L/250
• Elementos de piso suportando ou em contato,
fora dos apoios, com elementos estruturais ou
não
• Devem ser verificados os efeitos de flechas
excessivas sobre os elementos suportados ou em
contato, estabelecendo-se os limites de acordo
com as conseqüências em cada caso. Os limites
devem ser os estabelecidos em 5.2.5.3
• Projeto de elementos pré-moldados
• Elementos em flexão simples - Vigas e lajes
• Estabilidade lateral de vigas
• Nas vigas de concreto armado, biapoiadas,
carregadas no plano médio da peça, o
espaçamento entre travamentos transversais
efetivos não deve exceder
L/bf ≥ 50
• No caso da existência de uma excentricidade da
carga ou inclinação da mesma em relação ao
plano médio, o referido espaçamento deve ser
reduzido.
• Pode-se adotar, no caso de vigas biapoiadas,
como valor de referência, que o estado limite por
instabilidade será atingido antes do estado limite
por ruptura,na flexão, se
Lh/bf² ≥ 500
conforme a Figura 2
• Recomenda-se que, de acordo com a nomenclatura
indicada na Figura 3, seja obedecido que:
hm/a ≥ 2
• Onde:
h = dimensão paralela ao plano de ação do
momento M
N=força normal atuante no pilar
• ESTÁGIOS DE CARREGAMENTO
• Em geral, uma peça de concreto armado está
submetida a duas situações de carregamento:
uma na fase de construção e outra em serviço.
Normalmente, isto ainda é simplificado pela
consideração de que as cargas durante a
construção são inferiores às cargas em serviço,
calculando a estrutura apenas para as cargas
em serviço.
• Um elemento em concreto protendido, por sua
vez, passa por outros estágios de carregamento,
decorrentes da aplicação da protensão e do
processo executivo, que devem ser considerados
no cálculo.
• Nas estruturas pré-moldadas, além do estágio
final, devem ser considerados um estágio inicial
durante a protensão e um estágio intermediário
durante o transporte e o içamento.
• No estágio inicial ou estado em vazio, as
peças ainda não estão submetidas às cargas
de serviço, (com exceção do peso próprio) e
geralmente o concreto ainda não atingiu a sua
resistência final de projeto. É neste estágio
que se aplica a protensão. Podem ser divididas
em:
• Durante a protensão. Provavelmente nesta etapa
estarão submetidos à maior carga de toda sua vida útil.
É muito comum a aplicação de uma força um pouco
maior para compensar as perdas decorrentes da
acomodação das ancoragens.
• O concreto da região das ancoragens também recebe
grandes esforços pois ainda não atingiu uma resistência
plena, e no ato da protensão, pode ocorrer o
esmagamento desta região. Deve-se estar atento,
também, para a ordem de protensão dos cabos para
que não ocorra uma flexão não esperada na peça
devida a uma protensão assimétrica.
• Durante a transferência da protensão.
Durante a transferência da protensão, atuam
no elemento apenas o peso próprio e a força
de protensão. As tensões causadas neste
estágio devem ser cuidadosamente verificadas
pois pode ocorrer uma inversão de esforços
ou esforços com valores significativamente
superiores aos esperados em serviço.
• Nesta fase a maioria das perdas de protensão
ainda não ocorreram, e a força atua, portanto,
com um valor quase igual ao inicial.
• Em algumas estruturas é importante também
analisar o processo de desforma e a
necessidade de se re-protender o elemento.
• O estágio intermediário ocorre exclusivamente para
estruturas pré-moldadas, e engloba as etapas de
transporte e içamento. É essencial determinar
previamente os pontos para apoio das peças e fixação
dos cabos para içamento, de forma que o elemento
seja verificado com o esquema estático adequado.
• Para ficar mais claro: uma viga calculada como
biapoiada, por exemplo, não pode ser içada pelo meio
do vão nem transportada apoiada em toda sua
extensão, o que no mínimo causaria uma intensa
fissuração, podendo até ocasionar a ruína.
• No estágio final estão atuando sobre a
estrutura todas as cargas de serviço. É
importante considerar corretamente as
combinações de cargas variáveis e
permanentes nas diversas partes da estrutura.
Quando for o caso, deve-se levar em conta as
ações horizontais de vento e os esforços
causados por recalque diferencial e variação
de temperatura, dentre outras situações
particulares.
• ESTADOS LIMITES A CONSIDERAR
• A diferença no dimensionamento do concreto
protendido em relação ao concreto armado
está no fato de as estruturas protendidas
serem dimensionadas para atender aos
estados limites de serviço e são verificadas
quanto aos estados limites últimos.
• Inicialmente a armadura de protensão é
calculada para que a peça respeite as
limitações impostas pelos estados limites de
serviço e posteriormente é verificado o
atendimento aos estados limites últimos.
• Dentre os estados limites de serviço tem-se:
• Estado limite de descompressão, que a NBR-
7197 define como sendo “o estado no qual em
um ou mais pontos da seção transversal a
tensão normal é nula, não havendo tração no
restante da seção”.
• Estado limite de formação de fissuras. É o
estado limite de serviço correspondente ao
início da fissuração do concreto devido aos
esforços de flexão.
• Estado limite de abertura de fissuras. Para
verificação deste estado limite são
especificados valores máximos característicos
para a abertura de fissuras. A verificação é
feita no estádio II, ou seja, admite-se o
concreto já fissurado na região tracionada,
mas com comportamento elástico linear na
zona comprimida.
• Estado limite de compressão excessiva. É
definido como o estado em que as tensões de
compressão na seção transversal das peças
fletidas atingem um limite convencional. No
caso destas peças, este limite vale 0,7fckj tem a
finalidade de evitar micro fissuras no concreto
• Estado limite de deformações excessivas.
Corresponde à deformações da estrutura que
prejudiquem o uso normal da construção. A
verificação da segurança quanto a este estado
limite pode ser feita nos estádios I ou II, a
depender da situação considerada.
• NOÇÕES SOBRE PERDAS DE PROTENSÃO
• As forças de protensão, variam em intensidade
devido às perdas de protensão. Estas perdas são
inerentes ao processo construtivo e às
características mecânicas dos materiais, e podem
ser subdivididas em perdas imediatas, quando
ocorrem durante a operação de esticamento e
ancoragem dos cabos, e perdas retardadas ou
progressivas, quando acontecem gradualmente
ao longo do tempo.
• As principais causas das perdas de protensão são as
seguintes:
• Retração e fluência do concreto. A retração é um
fenômeno intrínseco ao concreto, causada
principalmente pelas reações de hidratação do cimento
e pelo equilíbrio higrotérmico do concreto. A fluência é
a contração do concreto devida à aplicação de forças
de longa duração, como a protensão.
• Os dois fenômenos causam o encurtamento do
concreto, fazendo com que haja uma diminuição da
força de protensão
• Relaxação e fluência do aço de protensão.
• A relaxação é o fenômeno da diminuição da
tensão no aço, quando a armadura pré-
tracionada é mantida sob comprimento
constante. A fluência do aço, analogamente ao
que acontece com o concreto, corresponde ao
alongamento do cabo ao longo do tempo, sob
tensão constante
• Estes dois fenômenos causam perdas de
protensão que se processam durante a vida
útil da estrutura.
• A relaxação é mais significativa do que a
fluência, uma vez que o comprimento da
armadura é mantido aproximadamente
constante. Para minimizar os efeitos da
relaxação são utilizados os aços do tipo RB, de
baixa relaxação.
• Atrito dos cabos. Nas peças pré-tracionadas as
perdas por atrito ocorrem nos macacos, nas
ancoragens provisórias e nos pontos de
mudança de direção de armaduras poligonais.
Estas perdas são normalmente controladas
nas fábricas através do aumento da força de
protensão e dispositivos para reduzir o atrito.
• Deformação imediata do concreto. Esta perda
é inerente ao processo de execução, pois para
haver transferência da protensão é necessário
que haja o encurtamento do concreto. No
caso da pós-tração, como os macacos se
apoiam na própria peça, o concreto se
deforma durante o esticamento dos cabos.
• Acomodação das ancoragens. Nas peças pré-
tracionadas, como a ancoragem se dá por
aderência do cabo ao concreto, não há perdas
por acomodação das ancoragens.
• Nas peças pós-tracionadas, quando é usado
um sistema de porca e rosca (armadura em
barras), estas perdas também não existem.
Elas são mais significativas nas ancoragens
com sistema de cunhas.
Pontes em concreto armado e
protendido
NBR 7187
• Esta Norma fixa os requisitos que devem ser
obedecidos no projeto, na execução e no controle das
pontes de concreto armado e de concreto protendido,
excluídas aquelas em que se empregue concreto leve
ou outros concretos especiais.
• Além das condições desta Norma, devem ser
obedecidas as de outras normas específicas e as
exigências peculiares a cada caso, principalmente
quando se tratar de estruturas com características
excepcionais, onde as verificações de segurança
necessitam de considerações adicionais, não previstas
nesta Norma.
• Estados limites e durabilidade
• Os estados limites a serem considerados estão
definidos e relacionados nas seções 3 e 10 da
NBR 6118.Os estados limites últimos (ELU)
representam o colapso ou qualquer outra forma
de ruína que determine a paralisação do uso da
estrutura.
• Os estados limites de serviço (ELS) estão
relacionados com a durabilidade e a boa
utilização funcional das estruturas, sua aparência
e o conforto dos usuários.
• Ações a considerar
• Conforme definição constante na NBR 8681,
ações são as causas que provocam o
aparecimento de esforços ou deformações nas
estruturas. Classificam-se, segundo a referida
norma, em:
a) permanentes;
b) variáveis;
c) excepcionais.
• Ações permanentes
• Ações cujas intensidades podem ser consideradas
como constantes ao longo da vida útil da
construção. Também são consideradas
permanentes as que crescem no tempo,
tendendo a um valor limite constante. As ações
permanentes compreendem, entre outras:
a) as cargas provenientes do peso próprio dos
elementos estruturais;
b) as cargas provenientes do peso da
pavimentação, dos trilhos, dos dormentes, dos
lastros, dos revestimentos, das barreiras, dos
guarda-rodas, dos guarda-corpos e de
dispositivos de sinalização;
c) os empuxos de terra e de líquidos;
d) as forças de protensão;
e) as deformações impostas, isto é, provocadas
por fluência e retração do concreto, por variações
de temperatura e por deslocamentos de apoios
• Peso próprio dos elementos estruturais
• Na avaliação das cargas devidas ao peso próprio dos
elementos estruturais, o peso específico deve ser tomado
no mínimo igual a 24 kN/m³ para o concreto simples e 25
kN/m³ para o concreto armado ou protendido.
• Pavimentação
• Na avaliação da carga devida ao peso da pavimentação,
deve ser adotado para peso específico do material
empregado o valor mínimo de 24 kN/m³, prevendo-se uma
carga adicional de 2 kN/m² para atender a um possível
recapeamento. A consideração desta carga adicional pode
ser dispensada, a critério do proprietário da obra, no caso
de pontes de grandes vãos.
• Lastro ferroviário, trilhos e dormentes
• As cargas correspondentes ao lastro ferroviário
devem ser determinadas considerando um peso
específico aparente de 18 kN/m³. Deve ser
suposto que o lastro atinja o nível superior dos
dormentes e preencha completamente o espaço
limitado pelos guarda-lastros, até o seu bordo
superior, mesmo se na seção transversal do
projeto assim não for indicado.
• Na ausência de indicações precisas, a carga
referente aos dormentes, trilhos e acessórios
deve ser considerada no mínimo igual a 8 kN/m
por via.
• Empuxo de terra
• O empuxo de terra nas estruturas é determinado
de acordo com os princípios da mecânica dos
solos, em função de sua natureza (ativo, passivo
ou de repouso), das características do terreno,
assim como das inclinações dos taludes e dos
paramentos.
• Como simplificação, pode ser suposto que o
solo não tenha coesão e que não haja atrito
entre o terreno e a estrutura, desde que as
solicitações assim determinadas estejam a
favor da segurança.
• O peso específico do solo úmido deve ser
considerado no mínimo igual a 18 kN/m³ e o
ângulo de atrito interno no máximo igual a
30º.
• Os empuxos ativo e de repouso devem ser
considerados nas situações mais desfavoráveis. A
atuação do empuxo passivo só pode ser levada
em conta quando sua ocorrência puder ser
garantida ao longo de toda a vida útil da obra.
• Quando a superestrutura funciona como arrimo
dos aterros de acesso, a ação do empuxo de terra
proveniente desses aterros pode ser considerada
simultaneamente em ambas as extremidades
somente no caso em que não haja juntas
intermediárias do tabuleiro
e desde que seja feita a verificação também
para a hipótese de existir a ação em apenas
uma das extremidades, agindo isoladamente
(sem outras forças horizontais) e para o caso
de estrutura em construção.
• Nos casos de tabuleiro em curva ou esconso,
deve ser considerada a atuação simultânea
dos empuxos em ambas as extremidades,
quando for mais desfavorável.
• No caso de pilares implantados em taludes de
aterro, deve ser adotada, para o cálculo do
empuxo de terra, uma largura fictícia igual a três
vezes a largura do pilar, devendo este valor ficar
limitado à largura da plataforma do aterro.
• Para grupo de pilares alinhados
transversalmente, quando a largura fictícia,
obtida de acordo com o critério de 7.1.4.1, for
superior à distância transversal entre eixos de
pilares, a nova largura fictícia a considerar deve
ser:
a) para os pilares externos, a semi distância entre eixos
acrescida de uma vez e meia a largura do pilar;
b) para os pilares intermediários a distância entre
eixos.
Empuxo d’água
O empuxo d´água e a sub pressão devem ser
considerados nas situações mais desfavoráveis para a
verificação dos estados limites, sendo dada especial
atenção ao estudo dos níveis máximo e mínimo dos
cursos d’água e do lençol freático.
• No caso de utilização de contrapeso
enterrado, é obrigatória, na avaliação de seu
peso, a consideração da hipótese de
submersão total do mesmo, salvo se
comprovada a impossibilidade de ocorrência
dessa situação.
• Nos muros de arrimo deve ser prevista, em
toda a altura da estrutura, uma camada
filtrante contínua, na face em contato com o
solo contido, associada a um sistema de
drenos, de modo a evitar a situação de
pressões hidrostáticas. Caso contrário, deve
ser considerado nos cálculos o empuxo d´água
resultante
• Toda estrutura celular deve ser projetada,
quando for o caso, para resistir ao empuxo
d’água proveniente do lençol freático, da água
livre ou da água acumulada de chuva. Caso a
estrutura seja provida de aberturas com
dimensões adequadas, esta ação não precisa
ser levada em consideração.
• Ações variáveis
Ações de caráter transitório que compreendem, entre
outras:
a) as cargas móveis;
b) as cargas de construção;
c) as cargas de vento;
d) o empuxo de terra provocado por cargas móveis;
e) a pressão da água em movimento;
f) o efeito dinâmico do movimento das águas;
g) as variações de temperatura.
• Efeito dinâmico das cargas móveis
• O efeito dinâmico das cargas móveis deve ser
analisado pela teoria da dinâmica das
estruturas. É permitido, no entanto, assimilar
as cargas móveis a cargas estáticas, através de
sua multiplicação pelos coeficientes de
impacto definidos a seguir:
• No caso de vãos desiguais, em que o menor vão
seja igual ou superior a 70% do maior, permite-se
considerar um vão ideal equivalente à média
aritmética dos vãos teóricos. No caso de vigas em
balanço, L é tomado igual a duas vezes o seu
comprimento. Não deve ser considerado o
impacto na determinação do empuxo de terra
provocado pelas cargas móveis, no cálculo de
fundações e nos passeios das pontes rodoviárias.
• Força centrífuga
• Nas pontes rodoviárias em curva, a força
centrífuga normal ao seu eixo deve ser
considerada atuando na superfície de rolamento,
sendo seu valor característico determinado como
uma fração C do peso do veículo tipo.
• Para pontes em curva com raio inferior a 300 m, C
= 0,25 e para raios superiores a 300 m, C = 75/R,
sendo R o raio da curva, em metros. Os fatores
acima já incluem o efeito dinâmico das cargas
móveis.
• Nas pontes ferroviárias em curva, a força
centrífuga deve ser considerada atuando no
centro de gravidade do trem, suposto a 1,60
m acima da superfície definida pelo topo dos
trilhos, sendo seu valor característico tomado
como uma fração C da carga móvel, com os
valores a seguir indicados:
• Choque lateral
• O choque lateral das rodas, considerado
apenas em pontes ferroviárias, é equiparado a
uma força horizontal móvel, aplicada na altura
do topo do trilho, normal ao eixo da linha,
com um valor característico igual a 20% da
carga do eixo mais pesado.
• Em pontes curvas em planta, não se deve somar o
efeito do choque lateral ao da força centrífuga,
considerando-se entre os dois apenas o que produzir
maiores solicitações. Em pontes com mais de uma
linha, esta ação só é considerada em uma delas.
• Efeitos da frenação e da aceleração
• O valor característico da força longitudinal provocada
pela frenação ou pela aceleração de veículos sobre
aspontes deve ser tomado como uma fração das cargas
móveis, consideradas sem impacto.
• Nas pontes rodoviárias, a força longitudinal
devida à frenação ou à aceleração dos veículos
deve ser considerada aplicada na superfície de
rolamento e igual ao maior dos seguintes
valores: 5% do peso do carregamento do
tabuleiro com as cargas móveis distribuídas,
excluídos os passeios, ou 30% do peso do
veículo tipo
• Nas pontes ferroviárias, a força longitudinal
devida à frenação ou à aceleração deve ser
considerada aplicada no topo dos trilhos e
igual ao maior dos seguintes valores: 15% da
carga móvel para a frenação ou 25% do peso
dos eixos motores para a aceleração.
• No caso de pontes com mais de uma linha,
considera-se a força longitudinal em apenas
duas delas: numa considera-se a força de
frenação e na outra a força de aceleração ou
metade da força de frenação, adotando-se a
maior das duas. Estas forças são consideradas
atuando no mesmo sentido, nas duas linhas
que correspondam à situação mais
desfavorável para o dimensionamento.
• Cargas de construção
• No projeto e cálculo estrutural devem ser
consideradas as ações das cargas passíveis de
ocorrer durante o período da construção,
notadamente aquelas devidas ao peso de
equipamentos e estruturas auxiliares de
montagem e de lançamento de elementos
estruturais e seus efeitos em cada etapa
executiva da obra.
• Empuxo de terra provocado por cargas móveis
• Deve ser calculado com os mesmos critérios
apresentados em 7.1.4, transformando-se as
cargas móveis no terrapleno em altura de terra
equivalente.
• Quando a superestrutura funciona como arrimo
dos aterros de acesso, a ação deve ser
considerada em apenas uma das extremidades, a
menos que seja mais desfavorável considerá-la
simultaneamente nas duas, nos casos de
tabuleiros em curva horizontal ou esconsos.
• Pressão da água em movimento
• A pressão da água em movimento sobre os pilares e
elementos das fundações pode ser determinada através da
expressão:
p= k va² ⋅
onde:
– p é a pressão estática equivalente, em quilo newtons por metro²
– va é a velocidade da água, em metros por segundo;
– k é um coeficiente dimensional, cujo valor é 0,34 para
elementos com seção transversal circular. Para elementos com
seção transversal retangular, o valor de k é função do ângulo de
incidência do movimento das águas em relação ao plano da face
do elemento, conforme a tabela 1.
• Disposições construtivas
• Dimensões das peças
• Lajes maciças
• As espessuras h das lajes maciças devem
respeitar os valores mínimos a seguir indicados:
a) lajes destinadas à passagem de tráfego
ferroviário: h ≥ 20 cm;
b) lajes destinadas à passagem de tráfego
rodoviário: h ≥ 15 cm;
c) demais casos: h ≥ 12 cm.
• Lajes nervuradas
• Nas lajes nervuradas destinadas às estruturas de
que trata esta Norma, devem ser observados os
limites mínimos a seguir especificados:
• a) espessura da mesa:
hf ≥ 10 cm ou hf ≥ a/12
• onde:
a é a distância entre eixos das nervuras;
b) distância entre eixos das nervuras: a ≤ 150 cm;
c) espessura da alma das nervuras: b ≥ 12 cm.
• Lajes ocas
• Nas lajes ocas, com fôrmas perdidas na forma
de tubos ou dutos de seção retangular,
destinadas às estruturas de que trata esta
Norma, devem ser observados os mesmos
limites especificados em 9.1.2, admitindo-se
para a mesa inferior uma espessura mínima
de 8 cm
• Vigas
• As vigas de seção retangular e as nervuras das
vigas de seção T, duplo T ou celular concretadas
no local, nas estruturas de que trata esta Norma,
não devem ter largura de alma bw menor do que
20 cm.
• Em vigas pré-moldadas de seção T ou duplo T,
fabricadas em usina, com a utilização de técnicas
adequadas e controle da qualidade rigoroso, a
largura da alma bw pode ser reduzida até o limite
mínimo de 12 cm.
• Pilares
• A menor dimensão transversal dos pilares
maciços, nas estruturas de que trata esta
Norma, não deve ser inferior a 40 cm, nem a
1/25 de sua altura livre. No caso de pilares
com seção transversal celular, a espessura das
paredes não deve ser inferior a 20 cm.
• Quando a execução desses pilares for prevista
com a utilização do sistema de fôrmas
deslizantes, deve-se aumentar a espessura
mínima das paredes para 25 cm, através de
acréscimos nos cobrimentos de 2,5 cm, não
sendo permitido considerar tais acréscimos no
dimensionamento.
• Paredes estruturais
• A espessura das paredes estruturais, nas
estruturas de que trata esta Norma, não deve
ser inferior a 20 cm nem a 1/25 de sua altura
livre.
• Drenagem
• Devem ser previstos nos projetos sistemas de
drenagem que garantam o perfeito escoamento
das águas pluviais que incidem sobre os
tabuleiros das pontes. Além disso, nos casos de
obras com vigas ou pilares de seção celular,
devem ser previstos, em cada um dos diversos
compartimentos, drenos para o caso de eventual
infiltração de águas pluviais, devendo sua locação
e detalhamento constar obrigatoriamente nos
projetos.
• Canalizações embutidas
• Podem ser embutidas canalizações em elementos da
estrutura, desde que sejam obedecidas as seguintes
prescrições:
a) os efeitos causados na resistência e na
deformabilidade da estrutura por essas canalizações
devem ser considerados no seu dimensionamento;
b) todos os detalhes referentes às canalizações
embutidas, tais como locação, diâmetro, qualidade do
material, juntas, caixas de passagem ou inspeção etc.,
devem constar obrigatoriamente no projeto;
c) as canalizações destinadas à passagem
de fluidos submetidos a temperaturas que
se afastem mais de 15°C da temperatura
ambiente devem ser isoladas
termicamente;
d) as canalizações destinadas a suportar
pressões internas superiores a 0,3MPa
devem ter esse efeito considerado na
verificação da segurança da estrutura;
• e) quando uma canalização atravessa dois
elementos da estrutura separados por uma junta
de dilatação, devem ser previstos no projeto
dispositivos, que permitam os movimentos
relativos entre os elementos, sem danificar a
estrutura nem a canalização.
Distribuição da armadura longitudinal de tração
do vigamento principal nas mesas das vigas de
seção T, L ou celular
• Quando as mesas das vigas de seção T, L ou
celular estão situadas em zona tracionada,
40% a 60% da armadura longitudinal de tração
calculada para o vigamento principal deve ser
disposta na laje, de um ou de ambos os lados
da alma, quando for o caso, respeitadas as
seguintes condições:
a) devem ser dispostas, no mínimo, duas barras na
largura da alma, com espaçamento e ≤ 20 cm;
b) não devem ser dispostas na laje barras cujo
diâmetro seja superior a 1/10 da espessura dessa laje;
c) a extremidade de uma barra longitudinal tracionada
disposta na mesa, determinada com a consideração do
deslocamento do diagrama de forças de tração e do
comprimento de ancoragem necessário, deve ser
prolongada de um comprimento igual à distância
horizontal existente entre a barra em questão e a face
mais próxima da alma;
d) deve ser verificada a ligação mesa-alma,
conforme o disposto na seção 18 da NBR
6118:2003;
e) as barras longitudinais da armadura de
tração dispostas nas mesas não devem distar
da face mais próxima da alma mais do que
0,25 bf, sendo bf a largura efetiva da mesa,
conforme a NBR 6118.
• Armadura mínima em lajes
Qualquer das armaduras devem ser observado o
disposto na seção 19 da NBR 6118:2003.
• Aparelhos de apoio
O projeto estrutural deve conter todos os elementos
necessários para garantir o correto funcionamento dos
aparelhos de apoio, tais como suas dimensões,
posicionamento, tipo e características do material de
constituição, instruções de montagem e colocação,
detalhe do berço de assentamento, eventuais
dispositivos de proteção etc.
• Devem ser observadas, para os diversos tipos de
aparelhos de apoio existentes, as normas
brasileiras pertinentes ou, se for o caso, os
regulamentos internacionais que versem sobre a
matéria
• A substituição eventual dos aparelhos de apoio
deve também ser prevista no projeto estrutural.
Para tanto, devem constar nos desenhos e no
memorial de cálculo o detalhamento e a
descrição da operação de soerguimento,
desmontagem, se for o caso, e substituição.
MESO E INFRAESTRUTURAS DE
PONTES
• A meso e infraestruturas das pontes são as
responsáveis pelo suporte da superestrutura e
pela sua fixação ao terreno, transmitindo a ele os
esforços correspondentes a essa fixação. A
transmissão de esforços se dá por articulações
• Essas articulações podem ser metálicas, de
concreto e até mesmo de borracha, como
veremos mais adiante.
• Rótulas podem ser obtidas com superfícies
esféricas no lugar das cilíndricas.
Tipos de aparelhos de apoio –
vinculação super x meso
Concepção dos apoios da ponte (da
vinculação super x mesoestrutura)
• Aparelhos de vinculação rígida
• Nestes casos, a super é rigidamente vinculada
à mesoestrutura relativamente a alguns
movimentos e a outros são praticamente
livres.
• Numa articulação fixa, por exemplo, são
impedidas translações e rotações, a menos
daquela liberada pela articulação. Numa
móvel, uma translação também foi liberada.
• Aparelhos metálicos
• As articulações mais antigas se baseavam num
cilindro metálico para liberar rotações
(articulação fixa) e deslocamentos unidirecionais
(articulação móvel).
• As articulações mais modernas usam apenas uma
parte do cilindro para liberar rotações e contato,
teflon x inox, para liberar deslocamento
unidirecional ou multidirecional. Em lugar do
rolamento do cilindro, liberam-se os
deslocamentos por escorregamento teflon x inox.
• Rótulas podem ser obtidas de forma análoga
substituindo-se as superfícies cilíndricas por
superfícies esféricas.
• Aparelhos de elastômero
• Esses aparelhos são constituídos por uma
“panela” de aço espessa, cheia de elastômero e
tampada.
• O princípio de funcionamento é a capacidade de
rotação em todas as direções é proporcionada
pela deformação por cisalhamento da massa de
borracha incompressível dentro da panela.
Aparelhos de apoio cilindricos
Aparelho de apoio
• Articulação Freyssinet ou fixa de concreto
• Freyssinet criou uma articulação de concreto
liberando as rotações através de um
estrangulamento da seção onde as altas
tensões, em estado múltiplo de compressão,
plastificam o concreto, permitindo rotações
significativas.
• Aparelhos de vinculação flexível
• Nestes casos a superestrutura é vinculada
elasticamente à mesoestrutura, em todas as
direções, até na vertical. Essa flexibilidade de
corre do fato desses aparelhos serem feitos de
borracha.
• A borracha especial utilizada na fabricação desses
aparelhos é um elastômero, mais precisamente o
policloroprene, um polímero sintético. O nome
neoprene normalmente usado no lugar de
elastômero é o nome dado pela DuPont ao
policloroprene que ela fabrica.
• A fretagem foi criada para melhorar a resistência
e rigidez desses aparelhos. Numa placa de
elastômero não fretada as deformações
transversais provocadas por efeito de Poisson são
quase livres, permitindo grandes abatimentos ∆t.
• Mesmo reduzindo o atrito com os pratos da
prensa, há um aumento pequeno na rigidez e
na resistência em relação às placas não
fretadas .
• As chapas de fretagem inibem muito as
deformações transversais, reduzindo bastante
∆h, isto é, aumentam muito a rigidez e a
resistência dos aparelhos fretados
Segurança e manutenção nas
edificações
Nbr 15575
• A norma de desempenho NBR 15575 estabelece
parâmetros, objetivos e quantitativos que podem
ser medidos. Dessa forma, buscam-se o
disciplinamento das relações entre os elos da
cadeia econômica, a diminuição das incertezas
dos critérios subjetivos (perícias), a
instrumentação do Código de Defesa do
Consumidor, o estímulo à redução da
concorrência predatória e um instrumento de
diferenciação das empresas.
• O Comportamento em uso de uma edificação e
de seus sistemas, poderá variar de um local para
outro e de um ocupante para outro (cuidados
diferentes no uso e na manutenção, por
exemplo). Ou seja, variará em função das
condições de exposição.
• CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO;
• Conjunto de ações atuantes sobre a edificação
habitacional, incluindo cargas gravitacionais,
ações externas e ações resultantes da ocupação.
• A norma 15575 aplica-se a edificações
habitacionais com qualquer número de
pavimentos. O texto normativo apresenta as
ressalvas necessárias no caso de exigências
aplicáveis somente para edifcações de até
cinco pavimentos.
• A norma não se aplica a:
– obras já concluídas / construções pré-existentes;
REQUISITOS GERAIS DE DESEMPENHO
• IMPLANTAÇÃO DA OBRA
• A NBR 15575 estabelece que, para edificações
ou conjuntos habitacionais com local de
implantação definido, os projetos devem ser
desenvolvidos com base nas características
geomorfológicas do local, avaliando-se
convenientemente os riscos de deslizamentos,
enchentes, erosões e outros.
• Os projetos devem ainda prever as interações com
construções existentes nas proximidades,
considerando-se as eventuais sobreposições de bulbos
de pressão, efeitos de grupo de estacas, rebaixamento
do lençol freático e desconfinamento do solo em
função dos cortes.
• Do ponto de vista da segurança e estabilidade ao longo
da vida útil da estrutura, devem ser consideradas as
condições de agressividade do solo, do ar e da água na
época do projeto, prevendo-se, quando necessário, as
proteções pertinentes à estrutura e suas partes.
• CONDIÇÕES GERAIS DE SALUBRIDADE /
ATENDIMENTO A CÓDIGO SANITÁRIO
• A construção habitacional deve prover
condições adequadas de salubridade aos seus
usuários, dificultando o acesso de insetos e
roedores e propiciando níveis aceitáveis de
material particulado em suspensão, micro-
organismos, bactérias, gases tóxicos e outros.
• Na ausência de normas ou código sanitário
estadual ou municipal no local da obra, ou
sempre que o sistema construtivo inovador
destinar-se a localidades não definidas,
sugere-se obedecer no projeto e na
construção, dentre outros, ao Código Sanitário
do Estado de São Paulo (Lei N.º 10.083, de 23
de setembro de 1998
• Verificar particularmente que:
– A construção deve ser executada com materiais
que não favoreçam a retenção de umidade e a
proliferação de fungos, algas, bactérias etc. A
implantação da obra no terreno, a localização, tipo
e dimensões das aberturas de portas e janelas
devem favorecer a insolação, a ventilação e a
renovação de ar dos ambientes;
– O sistema de exaustão ou ventilação de garagens
internas deve permitir a saída dos gases poluentes
gerados por veículos e equipamentos sem
contaminar os ambientes internos;
– Coberturas, fachadas e janelas devem propiciar
estanqueidade a poeiras e aerodispersóides, de
forma que sua concentração não exceda aquela
verificada no ambiente externo;
– Os ambientes internos não devem apresentar
umidade anormal que favoreça o
desenvolvimento de fungos e a ocorrência de
doenças bronco respiratórias;
– Coberturas, pisos externos e outros não devem
propiciar empoçamentos de água que favoreçam
o desenvolvimento de larvas, moscas, mosquito
da dengue ou outros;
– Depósitos de lixo devem apresentar pisos e
paredes estanques e laváveis, com portas
ventiladas e trancadas
• Pisos, paredes, áticos de coberturas e outros
elementos da construção não devem
apresentar frestas ou nichos que facilitem
infestação por insetos, aves e roedores;
• Áreas molhadas devem ser providas de pisos
laváveis, com caimentos adequados aos ralos
ou ambientes externos.
• Pisos laváveis, peças sanitárias, tampos de pias de
cozinha ou banheiro, tanques de lavar roupa e
outros não devem apresentar poros ou frestas
que propiciem desenvolvimento de germes ou
bactérias.
• Instalações de água potável devem obedecer
respectivas normas técnicas, trabalhando sempre
com pressão positiva. Tubulações enterradas
devem sempre trabalhar em cota superior a
eventuais tubulações de esgoto.
• Instalações de esgôto devem ser projetadas e
executadas de acordo com as normas
técnicas brasileiras correspondentes, com
sistemas de ventilação e selos hídricos,
disposição de caixas de gordura é inspeção.
• Nas localidades sem redes públicas de esgoto,
os conjuntos habitacionais deve-se adotar
mini estações de tratamento.
• O Manual de Uso, Operação e Manutenção do
imóvel deve indicar as periodicidades e
formas de limpeza ou manutenção de pisos,
ralos depósitos, etc.
• ADEQUAÇÃO AMBIENTAL
• 3.3.1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
• Em função do estado da arte do conhecimento na
área, e da própria disponibilidade de legislações
específicas, a NBR 15575 não estabelece
requisitos e critérios específicos de adequação
ambiental, observando que “os
empreendimentos e sua infraestrutura, devem
ser projetados, construídos e mantidos de forma
a minimizar as alterações no ambiente”.
• RACIONALIZAÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA
• Recomenda-se dispor os sistemas hidro
sanitários com aparelhos economizadores de
água, ou seja, torneiras com crivos e/ou com
fechamento automático e outros. As bacias
sanitárias devem ser de volume de descarga
reduzido (VDR), de acordo com as
especificações da norma NBR 15097-1.
• RISCO DE CONTAMINAÇÃO DO SOLO E DO
LENÇOL FREÁTICO
• A norma estabelece que não deve haver risco de
os sistemas prediais de esgotos contaminarem o
solo ou o lençol freático, sendo que os sistemas
prediais de esgoto sanitário devem estar ligados à
rede pública ou a um sistema localizado de
tratamento e disposição de efluentes, atendendo
às normas NBR 8160, NBR 7229 e NBR 13969.
• UTILIZAÇÃO E REUSO DE ÁGUA
• A norma estabelece que “as águas servidas
provenientes dos sistemas hidrossanitários
devem ser encaminhadas às redes públicas de
coleta e, na indisponibilidade dessas, deve-se
utilizar sistemas que evitem a contaminação
do ambiente local”
• Recomenda ainda que as instalações hidro
sanitárias privilegiem a adoção de soluções que
minimizem o consumo de água e possibilitem o
seu reuso, reduzindo a demanda e minimizando o
volume para tratamento.
• Com relação ao reuso de água para destinação
não potável, a norma estabelece que sejam
atendidos os parâmetros indicados na Tabela 2 a
seguir.
• ESTABILIDADE E RESISTÊNCIA DO SISTEMA ESTRUTURAL
• Com relação ao projeto e à execução das estruturas
convencionais, incluindo estruturas das coberturas, a NBR
15575 remete às normas brasileiras correspondentes, NBR
6122 (fundações), NBR 6118 (Projeto de estruturas de
concreto), NBR 14931 (Execução de estruturas de concreto),
NBR 9062 (Projeto e execução de estruturas de concreto pré
moldado), NBR 8800 (Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto de edifícios), NBR 7190
(Projeto de estruturas de madeira), NBR 15961 (Alvenaria
estrutural — Blocos de concreto), NBR15812 (Alvenaria
estrutural — Blocos cerâmicos),
Impactos de corpo mole
• Conforme Figura 4, nos ensaios os impactos
são aplicados por um saco cilíndrico de couro,
com diâmetro de 35cm, altura de 70cm e
massa de 400 ± 4N, produzindo-se por
exemplo impactos de 480J pelo movimento
pendular do corpo a partir de H = 1,20m (480J
= 400N x 1,2m; 480J = 40kgf x 12dm).
• Sob ação de impactos progressivos de corpo
mole, elementos impactados não podem:
a) Ser transpassados, sofrer ruptura ou
instabilidade sob ação de impactos de segurança
com energias indicadas nas tabelas a seguir;
b) falha que possa comprometer o estado de
utilização (impactos de utilização), observando-se
ainda os limites de deslocamentos instantâneos e
residuais indicados nas tabelas
• RESISTÊNCIA A IMPACTOS DE CORPO MOLE DE
TUBULAÇÕES APARENTES
• Tubulações fixadas até 1,5 m do piso devem
resistir a impactos sem sofrer perda de
funcionalidade ou ruína.
• IMPACTOS DE CORPO DURO
• Impactos de corpo duro procuram representar
choques acidentais gerados pela utilização do
imóvel, vandalismo, etc.
• São aplicados por esferas de aço com
diâmetro de 5cm / massa de 5N e diâmetro de
6,25cm / massa de10N, sendo que os
elementos impactados não podem:
• Ser transpassados, sofrer ruptura ou
instabilidade sob ação de impactos de
segurança com energias indicadas nas tabelas
a seguir;
• Apresentar fissuras, delaminações, etc., que
comprometam o estado de utilização, sob
ação dos impactos de utilização indicadas nas
tabelas a seguir;
• IMPACTOS DE CORPO DURO - TELHADOS
• A NBR 15575-5 estabelece que os telhados
devam resistir a chuvas de granizo e outras
pequenas cargas acidentais (pedradas, por
exemplo). Tal situação deve ser simulada por
meio de ensaios de impactos de corpo duro,
conforme critérios indicados na Tabela 15.
• AÇÕES ATUANTES EM PARAPEITOS E GUARDA-
CORPOS
• Os parapeitos de janelas devem atender às
mesmas solicitações mecânicas anteriormente
apresentadas para as partes cegas das
paredes, incluindo impactos de corpos mole
ou duro.
• As solicitações a serem atendidas:
• Esforço estático horizontal:
– sob ação de carga horizontal
uniformemente distribuída de 200 N/m,
aplicada na altura do peitoril e nos dois
sentidos (de dentro para fora e de fora para
dentro), o deslocamento horizontal do
guarda-corpo na região de aplicação da
carga não deve superar 7mm;
– sob cargas nos dois sentidos, de 400 N/m (recintos
de uso privativo) ou 1000 N/m (recintos de uso
coletivo), o deslocamento horizontal não deve
superar 20mm e, após retirada da carga, o
deslocamento residual não deve superar 3mm;
– sob cargas nos dois sentidos, de 680 N/m (recintos
de uso privativo) ou 1700 N/m (recintos de uso
coletivo), o deslocamento horizontal sob carga
não deve superar 150mm.
• De acordo com a NBR 14718, é obrigatória a
instalação de guarda-corpos sempre que
houver possibilidade de acesso de pessoas a
patamares com cota ≥ 1m acima do piso
inferior, ou sempre que houver uma rampa
com declividade ≥ 30° entre o patamar e o
piso inferior.
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
• NECESSIDADE DE DIFICULTAR O PRINCÍPIO DO
INCÊNDIO
• O princípio de incêndio nas habitações deve ser
evitado ou dificultado ao máximo, devendo-se
verificar as proteções previstas pelas normas que
tratam do assunto
• A propagação de incêndio para unidades
contíguas deve ser evitada ou dificultada ao
máximo, devendo-se verificar as seguintes
condições:
• A distância entre edifícios deve atender à
condição de isolamento, considerando-se
todas as interferências previstas na legislação
vigente;
• As medidas de proteção, incluindo no sistema
construtivo o uso de portas ou selos corta-
fogo, devem possibilitar que o edifício seja
considerado uma unidade independente.
RESISTÊNCIA AO FOGO DE
ENTREPISOS
• Os entrepisos e suas estruturas devem
atender aos critérios de resistência ao fogo
conforme definido a seguir:
• a) Unidades habitacionais assobradadas,
isoladas ou geminadas: 30 minutos;
• b) Edificações multifamiliares até 12 m de
altura: 30 minutos;
• c) Edificações multifamiliares com altura
acima de 12 m e até 23 m: 60 minutos;
– d)Edificações multifamiliares com altura acima de 23
m e até 30 m: 90 minutos;
– e) Edificações multifamiliares com altura acima de 30
m e até 120 m: 120 minutos;
– f) Edificações multifamiliares com altura acima de 120
m: 180 minutos;
– g) Subsolos: no mínimo igual ao dos pisos elevados da
edi!cação e não menos que 60 minutos para alturas
descendentes até 10 m e não menos que 90 minutos
para alturas descendentes superiores a 10 m.
• SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE PISOS
• Em áreas internas molhadas (lavanderia, box
de chuveiro, etc) e em quaisquer áreas
externas sujeitas a chuvas ou respingos de
água, devem ser em pregados pisos
“antiderrapantes”, ou seja, com coeficiente de
atrito dinâmco ≥ 0,4 de acordo com o Anexo N
da norma NBR 13818.
• Com relação às escadas, quando houver mais
de 14 degraus no mesmo lance deve ser
introduzido um patamar intermediário,
contendo corrimão na altura de 80 a 90cm e
guarda-corpo sempre que houver lateral livre.
Deve ser mantida mesma altura E (espelho) e
mesma largura P (piso ou pisada) para todos
os degraus de uma mesma escada, Figura 12.
• ATERRAMENTO DAS INSTALAÇÕES
• A NBR 5410 obriga o aterramento (3° pino) de
todas as tomadas, independentemente da tensão
e da localização (áreas molháveis e áreas secas).
• Deve haver aterramento de coberturas metálicas.
• Independentemente do atendimento ao critério
acima, as instalações elétricas prediais devem ser
providas de disjuntor diferencial residual, DR
• TEMPERATURA DE UTILIZAÇÃO NAS
INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE
• Nas instalações de água quente, a temperatura
da água na saída dos pontos de utilização deve
ser limitada. O dimensionamento das instalações
de água fria e água quente (bitolas, perdas de
carga etc), dispositivos de regulagem de vazão e
misturadores devem permitir que a temperatura
da água na saída do ponto de utilização atinja
valores de até 50°C.
• DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA EM
AQUECEDORES ELÉTRICOS DE ACUMULAÇÃO
• Os aparelhos elétricos de acumulação
utilizados para o aquecimento de água devem
ser providos de dispositivo de alívio para o
caso de sobrepressão e também de dispositivo
de segurança que corte a alimentação de
energia em caso de superaquecimento.
• DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA EM
AQUECEDORES DE ACUMULAÇÃO A GÁS
• Os aparelhos de acumulação a gás, utilizados
para o aquecimento de água devem ser
providos de dispositivo de alívio para o caso
de sobrepressão e também de dispositivo de
segurança que corte a alimentação do gás em
caso de superaquecimento
• Lavatórios e tanques de lavar roupa, com ou
sem pedestal, vasos sanitários, pias e outras
louças sanitárias devem apresentar resistência
mecânica compatível com a utilização
prevista, sem a ocorrência de cantos v vos,
superfícies ásperas, partes contundentes e
eventuais imperfeições que possam causar
cortes e outros ferimentos nos usuários.
FUNCIONALIDADE E
ACESSIBILIDADE
• PÉ DIREITO MÍNIMO
• O pé direito mínimo deve ser de 2,50m,
admitindo-se redução para 2,30m em vestíbulos,
halls, corredores, instalações sanitárias e
despensas. Nos tetos inclinados, abobadados,
com presença de vigas salientes e outros, pelo
menos em 80% do teto sua distância até o piso
deve ser ≥ 2,50m, permitindo-se nos 20%
restantes que o pé-direito livre possa ser ≥
2,30m.
• Os ambientes da habitação devem apresentar
espaços compatíveis com as necessidades
humanas (cozinhar, estudar, repousar, etc),
recomendando-se que sejam projetados para
acomodar os móveis e equipamentos-padrão
relacionados na Tabela 21.
• Mobiliário mínimo, dimensões orientativas de
cômodos e espaços mínimos para circulação de
pessoas são apresentados na Tabela F.2 da NBR
15575 – Parte 1.
• FUNCIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES DE ÁGUA
• Registros, torneiras e outros devem ser instalados
de forma a possibilitar livre acionamento das
manoplas, acoplamento de mangueiras, aplicação
de ferramentas para serviços de manutenção e
outros. Fluxos de duchas e chuveiros devem ser
reguláveis, sendo que no caso das torneiras a
dispersão do jato não deverá atingir o usuário.
CONFORTO TÁTIL E
ANTROPODINÂMICO
• Com relação às irregularidades abruptas,
recomenda-se que não seja ultrapassado o valor
de 1mm (dentes entre placas ou tábuas contíguas
dos pisos, empenamentos ou torções em relação
à régua com 50cm de comprimento).
Irregularidades mais pronunciadas, graduais ou
abruptas, podem implicar em prejuízos estéticos,
empoçamento de água em pisos laváveis, etc. Os
pisos executados com placas cerâmicas devem
atender às disposições da norma NBR 13753.
DESEMPENHO ACÚSTICO
• Relativamente ao som aéreo, a isolação
acústica das paredes maciças é regida pela Lei
das Massas. Quanto mais pesada uma parede,
maior será sua isolação acústica, sendo que,
para massas a partir de 120kg/ m2, ao se
dobrar a massa da parede ocorre aumento de
6dB na isolaçãoi
• A presença de frestas nas coberturas e nas
fachadas altera substancialmente no isolamento
acústico, (em até 30%)
• Fatores podem influir nestas perdas:
– Adoção de juntas secas nas alvenarias
– Irregularidades ou falta de adensamento do material
das juntas de assentamento
– Vedações irregulares em janelas
– Falhas de rejuntamento nos encontros entre paredes
e caixilhos
DESEMPENHO LUMÍNICO
• O desempenho lumínico pode ser obtido ou
melhorado mediante recursos, como aplicação
de cores claras nos tetos/paredes internas e
adoção de caixilhos com áreas envidraçadas
relativamente grandes. Neste caso,
entretanto, o vidro comum permitirá não só a
passagem de luz como também de grande
quantidade de radiação podendo
comprometer o desempenho térmico.
ESTANQUEIDADE À ÁGUA
• A ascenção de umidade do solo ocorre com
intensidade bem maior nos solos
predominantemente argilosos
• É impedida com a impermeabilização das
fundações e interposição de manta plástica ou
camada de brita entre o solo e o contrapiso
logo acima dele.
DURABILIDADE
• VIDA ÚTIL DE PROJETO DA EDIFICAÇÃO
HABITACIONAL E DE SUAS PARTES
• O projeto deve especificar o valor teórico da Vida
Útil de Projeto (VUP) previsto para cada um dos
sistemas que o compõem, não inferior ao limite
Mínimo correspondente estabelecido na Tabela
49. Deve ser elaborado para que os sistemas
tenham durabilidade potencial compatível com a
correspondente VUP especificada. Na ausência
de indicação em projeto da VUP dos sistemas,
serão adotados os prazos da Tabela 49
MANUTENÇÃO PREDIAL
• A NBR 15575 – Partes 1 a 6 – estabelece que
todos os componentes, elementos e sistemas
devem manter a capacidade funcional durante
a vida útil de projeto.
• É necessário que sejam procedidas
intervenções periódicas de manutenção es
pecificadas pelos respectivos fornecedores
• Devem ser realizadas manutenções preventivas e,
sempre que necessário, manutenções corretivas,
realizadas assim que algum problema se
manifestar, a !m de impedir que pequenas falhas
progridam às vezes rapidamente para extensas
patologias.
• As manutenções devem ser realizadas em
obediência ao Manual de Uso, Operação e
Manutenção fornecido pelo incorporador e/ou
pela construtora.
• O documento deve ser elaborado em
obediência à norma NBR 14037, que
apresenta disposições relativas à linguagem
utilizada, registro das manutenções, perdas de
garantia, recomendações para situações de
emergência e outras.
• GESTÃO DA MANUTENÇÃO PREDIAL
• Entregue a unidade habitacional, a vida útil da
construção prevista no projeto só se reverterá
em realidade caso sejam realizadas
manutenções preventivas sistemáticas, de
acordo com os materiais e processos
indicados no Manual de Uso, Operação e
Manutenção (preparado de acordo com a NBR
14037).
Resolução de provas
Bloco 3