Noções de Topografia

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Noções de topografia

• Um dos principais objetivos da Topografia é a


determinação de coordenadas relativas de
pontos. Para tanto, é necessário que estas
sejam expressas em um sistema de
coordenadas. São eles:
• sistemas de coordenadas cartesianas e
• sistemas de coordenadas esféricas.
• Sistemas de Coordenadas Cartesianas
• Quando se posiciona um ponto nada mais está se
fazendo do que atribuindo coordenadas ao
mesmo. Estas coordenadas por sua vez deverão
estar referenciadas a um sistema de
coordenadas.
• Existem diversos sistemas de coordenadas,
alguns amplamente empregados em Geometria e
Trigonometria. Normalmente representam um
ponto no espaço bidimensional ou
tridimensional.
• No espaço bidimensional, um sistema
bastante utilizado é o sistema de coordenadas
retangulares ou cartesianas. Este é um sistema
de eixos ortogonais no plano, constituído de
duas retas orientadas X e Y, perpendiculares
entre si (figura 1.2). A origem deste sistema é
o cruzamento dos eixos X e Y.
• Um ponto é definido neste sistema através de
uma coordenada denominada abscissa
(coordenada X) e outra denominada ordenada
(coordenada Y). Uma das notações P(x, y) ou P=
(x, y) é utilizada para denominar um ponto P com
abscissa x e ordenada y.
• Na figura 1.3 apresenta-se um sistema de
coordenadas, cujas coordenadas da origem são O
(0,0). Nele estão representados os pontos
A(10,10), B(15,25) e C(20,-15).
• Um sistema de coordenadas cartesianas
retangulares no espaço tridimensional é
caracterizado por um conjunto de três retas
(X, Y, Z) denominadas de eixos coordenados,
mutuamente perpendiculares, as quais se
interceptam em um único ponto, denominado
de origem. A posição de um ponto neste
sistema de coordenadas é definida pelas
coordenadas cartesianas retangulares (x, y, z).
• Conforme a posição da direção positiva dos
eixos, um sistema de coordenadas cartesianas
pode ser dextrógiro ou levógiro. Um sistema
dextrógiro é aquele onde um observador
situado no semi-eixo OZ vê o semi-eixo OX
coincidir com o semi-eixo OY através de um
giro de 90° no sentido anti-horário. Um
sistema levógiro é aquele em que o semi-eixo
OX coincide com o semieixo OY através de um
giro de 90° no sentido horário (figura 1.4).
• Sistemas de Coordenadas Esféricas
• Um ponto do espaço tridimensional pode ser
determinado de forma única, conforme a figura
1.5, pelo afastamento r entre a origem do sistema
e o ponto R considerado, pelo ângulo β formado
entre o segmento OR e a projeção ortogonal
deste sobre o plano xy e pelo ângulo α que a
projeção do segmento OR sobre o plano xy forma
com o semi-eixo OX. As coordenadas esféricas de
um ponto R são dadas por (r, α, β).
• Supõe-se o sistema de coordenadas esféricas
sobreposto a um sistema de coordenadas
cartesianas
• O ponto R, determinado pelo terno cartesiano
(x, y, z) pode ser expresso pelas coordenadas
esféricas (r, α, β), sendo o relacionamento
entre os dois sistemas obtido pelo vetor
posicional:
• Superfícies de Referência
• Devido às irregularidades da superfície
terrestre, utilizam-se modelos para a sua
representação, mais simples, regulares e
geométricos e que mais se aproximam da
forma real para efetuar os cálculos.
• Medida Angular
• Radiano
• Um radiano é o ângulo central que
subentende um arco de circunferência de
comprimento igual ao raio da mesma. É uma
unidade suplementar do SI para ângulos
planos.
2πR — 360º arco = R = raio
Unidade Sexagesimal
Grau
1 grau = 1/360 da circunferência
grau 1 = (π /180) rad
Minuto 1’ = 1 /60= (π/10800)rad
Segundo 1” = 1 /3600 =(π/648000)rad
Unidade Decimal
Grado
1 grado =1/400 da circunferência
Um grado é dividido em 100’ e cada
minuto tem 100”.
Exercícios
1) Transformação de ângulos:
Transforme os seguintes ângulos em graus,
minutos e segundos para graus e frações
decimais de grau.
a) 32º 28’ 59” = 32, 48305556º
b) 17º 34’ 18,3” = 17,57175º
c) 125º 59’ 57” = 125,9991667º
d) 200º 08’ 06” = 200,135º
2) Soma e subtração de ângulos:
30º20’ + 20º 52’ =
30º20’
+20º52’ → 51º 12’
50º72’
28º41’ + 39 39’ =
28º41’
+39º39’ → 68º 20’
67º80’
42º30’ - 20 40’ = 41º90’
-20º40
→ 21º 50’
Já para a transformação de graus
decimais para graus,
minutos e segundos, é necessário
manter um mínimo de 6 casas
decimais para obter o décimo do
segundo com segurança.
ESCALAS
• É comum em levantamentos topográficos a
necessidade de representar no papel certa
porção da superfície terrestre.
• Para isto, tem-se que representar as distancias
levantadas em uma escala adequada para os
fins do projeto. De forma simples, podemos
definir escala com sendo a relação entre o
valor de uma distância medida no desenho e
sua correspondente no terreno.
• A NBR 8196 (Emprego de escalas em desenho
técnico: procedimentos) define escala como
sendo a relação da dimensão linear de um
elemento e/ou um objeto apresentado no
desenho original para a dimensão real do
mesmo e/ou do próprio objeto.
• Normalmente são empregados três tipos de
notação para a
• representação da escala:
• Por exemplo, se uma feição é representada no
desenho com um centímetro de comprimento
e sabe-se que seu comprimento no terreno é
de 100 metros, então a escala de
representação utilizada é de 1:10.000. Ao
utilizar a fórmula (3.2) para o cálculo da escala
deve-se ter o cuidado
de transformar as distâncias para a mesma
unidade.
• Por exemplo, se uma feição é representada no
desenho com um centímetro de comprimento
e sabe-se que seu comprimento no terreno é
de 100 metros, então a escala de
representação utilizada é de 1:10.000. (cm)
• Ao utilizar a fórmula (3.2) para o cálculo da
escala deve-se ter o cuidado de transformar as
distâncias para a mesma unidade.
• Uma escala é dita grande quando apresenta o
denominador pequeno (por exemplo, 1:100,
1:200, 1:50, etc.). Já uma escala pequena
possui o denominador grande (1:10.000,
1:500.000, etc.).
• O valor da escala é adimensional, ou seja, não
tem dimensão (unidade). Escrever 1:200
significa que uma unidade no desenho
equivale a 200 unidades no terreno.
• Assim, 1 cm no desenho corresponde a 200
cm no terreno ou 1 milímetro do desenho
corresponde a 200 milímetros no terreno.
Como as medidas no desenho são realizadas
com uma régua, é comum estabelecer esta
relação em centímetros:
• É comum medir-se uma área em um desenho
e calcular-se sua correspondente no terreno.
Isto pode ser feito da seguinte forma:
Imagina-se um desenho na escala 1:50.
Utilizando esta escala faz-se um desenho de
um quadrado de 2 x 2 unidades (u), não
interessa qual é esta unidade. A figura 3.1
apresenta este desenho.
• A área do quadrado no desenho (Ad) será:
Ad = 2u × 2u
Ad = 4u² (3.4)
• A área do quadrado no terreno (At) será
então:
At = 50( × 2u)× 50( × 2u)
At = (2 × 2) × (50×50).u²
At = 4u² x (50x 50) (3.5)
• Substituindo a equação (3.4) na (3.5) e
lembrando que M=50 é o denominador da
escala, a área do terreno, em função da área
medida no desenho e da escala é dada pela
equação (3.6).
At = Ad X M² (3.6)
• Exercícios
• 1) Qual das escalas é maior 1:1 000 000 ou
1:1000?
• 2) Qual das escalas é menor 1:10 ou 1:1000?
• 3) Determinar o comprimento de um rio onde
a escala do desenho é de 1:18000 e o rio foi
representado por uma linha com 17,5 cm de
comprimento.
• 4) Determinar qual a escala de uma carta
sabendo-se que distâncias homólogas na carta
e no terreno são, respectivamente, 225 mm e
4,5 km.
• 5) Com qual comprimento uma estrada de
2500 m será representada na escala 1:10000?
• 7) Um lote urbano tem a forma de um retângulo,
sendo que o seu comprimento é duas vezes
maior que a sua altura e sua área é de 16.722,54
m². Calcular os comprimentos dos lados se esta
área fosse representada na escala 1:10 560.
• 8) As dimensões de um terreno foram medidas
em uma carta e os valores obtidos foram 250 mm
de comprimento por 175 mm de largura.
Sabendo-se que a escala do desenho é de 1:2000,
qual é a área do terreno em m²?
• 9) Se a avaliação de uma área resultou em
2575 cm2 para uma escala de 1:500, a
quantos metros quadrados corresponderá a
área no terreno?
• Erro de Graficismo (eg)
• O erro de graficismo (eg) é uma função da
acuidade visual, habilidade manual e qualidade
do equipamento de desenho. De acordo com a
NBR 13133 (Execução de Levantamentos
Topográficos), o erro de graficismo admissível na
elaboração do desenho topográfico para
lançamento de pontos e traçados de linhas é de
0,2 mm e equivale a duas vezes a acuidade visual.
• Em função deste valor é possível definir o
valor da precisão da escala (pe), ou seja, o
menor valor representável em verdadeira
grandeza, em uma escala.
pe = eg × M (3.7)
• A Escala Gráfica
• A escala gráfica é utilizada para facilitar a
leitura de um mapa, consistindo-se em um
segmento de reta dividido de modo a mostrar
graficamente a relação entre as dimensões de
um objeto no desenho e no terreno.
• Para a construção de uma escala gráfica a
primeira coisa a fazer é conhecer a escala do
mapa. Por exemplo, seja um mapa na escala
1:4000. Deseja-se desenhar um retângulo no
mapa que corresponda a 100 metros no
terreno. Deve-se desenhar um retângulo com
2,5 centímetros de comprimento:
Isto já seria uma escala gráfica, embora
bastante simples. É comum desenhar-se
mais que um segmento (retângulo), bem
como indicar qual o comprimento no
terreno que este segmento representa,
conforme mostra a figura a seguir.
• MEDIÇÃO DE DISTÂNCIAS
• Piquetes
Os piquetes são necessários para marcar
convenientemente os extremos do alinhamento a
ser medido. Estes apresentam as seguintes
características:
– fabricados de madeira roliça ou de seção quadrada
com a superfície no topo plana;
– assinalados (marcados) na sua parte superior com
tachinhas de cobre, pregos ou outras formas de
marcações que sejam permanentes;
– comprimento variável de 15 a 30 cm (depende do
tipo de terreno em que será realizada a medição);
– diâmetro variando de 3 a 5 cm;
– é cravado no solo, porém, parte dele (cerca de 3 a
5 cm) deve permanecer visível, sendo que sua
principal função é a materialização de um ponto
topográfico no terreno.
• Estacas Testemunhas
• São utilizadas para facilitar a localização dos
piquetes, indicando a sua posição aproximada.
Estas normalmente obedecem as seguintes
características:
– cravadas próximas ao piquete, cerca de 30 a 50 cm;
– comprimento variável de 15 a 40 cm;
– diâmetro variável de 3 a 5 cm;
– chanfradas na parte superior para permitir uma
inscrição, indicando o nome ou número do piquete.
• Balizas
• São utilizadas para manter o alinhamento, na
medição entre pontos, quando há necessidade de
se executar vários lances, figura 5.3.
• Características:
– construídas em madeira ou ferro, arredondado,
sextavado ou oitavado;
– terminadas em ponta guarnecida de ferro;
– comprimento de 2 m;
– diâmetro variável de 16 a 20 mm;
– pintadas em cores contrastantes (branco e
vermelho ou branco e preto) para permitir que
sejam facilmente visualizadas à distância;
• Devem ser mantidas na posição vertical, sobre
o ponto marcado no piquete, com auxílio de
um nível de cantoneira.
• Nível de Cantoneira
• Equipamento em forma de cantoneira e
dotado de bolha circular que permite ao
auxiliar segurar a baliza na posição vertical
sobre o piquete ou sobre o alinhamento a
medir.
• Cuidados na Medida Direta de Distâncias
• A qualidade com que as distâncias são obtidas
depende, principalmente de:
– acessórios;
– cuidados tomados durante a operação, tais como:
– manutenção do alinhamento a medir;
– horizontalidade da trena;
– tensão uniforme nas extremidades.
• A tabela apresenta a precisão que é obtida
quando se utiliza trena em um levantamento,
considerando-se os efeitos da tensão,
temperatura, horizontalidade e alinhamento.
• Métodos de Medida com Trena
– Lance Único
• Na medição da distância horizontal entre os
pontos A e B, procura-se, na realidade, medir
a projeção de AB no plano horizontal,
resultando na medição de A’B’, figura 5.5.
• Vários Lances - Pontos Visíveis
• Quando não é possível medir a distância entre
dois pontos utilizando somente uma medição
com a trena (quando a distância entre os dois
pontos é maior que o comprimento da trena),
costuma-se dividir a distância a ser medida em
partes, chamadas de lances. A distância final
entre os dois pontos será a somatória das
distâncias de cada lance.
• Analisando a figura 5.7, o balizeiro de ré
(posicionado em A) orienta o balizeiro
intermediário, cuja posição coincide com o
final da trena, para que este se mantenha no
alinhamento AB.
• Erros na Medida Direta de Distâncias
• Dentre os erros que podem ser cometidos na
medida direta de distância, destacam-se:
– erro relativo ao comprimento nominal da trena;
– erro de catenária;
– falta de verticalidade da baliza quando
posicionada sobre o ponto do alinhamento a ser
medido. Este erro é evitado utilizando-se um nível
de cantoneira.
TÉCNICAS DE LEVANTAMENTO
PLANIMÉTRICO
• O levantamento de uma poligonal é realizado
através do método de caminhamento,
percorrendo-se o contorno de um itinerário,
medindo-se todos os ângulos, lados e uma
orientação inicial (figura 9.1)
• Utilizando-se uma poligonal é possível definir
uma série de pontos de apoio ao
levantamento topográfico,
• A NBR 13133 (ABNT, 1994) classifica as
poligonais em principal, secundária e auxiliar:
– Poligonal principal: poligonal que determina os
pontos de apoio topográfico de primeira ordem;
– Poligonal secundária: aquela que, apoiada nos
vértice da poligonal principal determina os pontos
de apoio topográfico de segunda ordem;
– Poligonal auxiliar: poligonal que, baseada nos
pontos de apoio topográfico planimétrico, tem
seus vértices distribuídos na área ou faixa a ser
levantada, de tal forma que seja possível coletar,
direta ou indiretamente, por irradiação, interseção
ou ordenadas sobre uma linha de base, os pontos
de detalhes julgados importantes, que devem ser
estabelecidos pela escala ou nível de
detalhamento do levantamento.
• As poligonais levantadas em campo poderão ser
fechadas, enquadradas ou abertas.
– Poligonal fechada: parte de um ponto com
coordenadas conhecidas e retorna ao mesmo ponto
(figura 9.2). Sua principal vantagem é permitir a
verificação de erro de fechamento angular e linear.
– Poligonal enquadrada: parte de dois pontos com
coordenadas conhecidas e acaba em outros dois
pontos com coordenadas conhecidas (figura 9.3).
Permite a verificação do erro de fechamento angular e
linear.
• Poligonal aberta: parte de um ponto com
coordenadas conhecidas e acaba em um
ponto cujas coordenadas deseja-se
determinar. Não é possível determinar erros
de fechamento, portanto devem-se tomar
todos os cuidados necessários durante o
levantamento de campo para evitá-los.
• Para o levantamento de uma poligonal é
necessário ter no mínimo um ponto com
coordenadas conhecidas e uma orientação.
• Segundo a NBR 13133, na hipótese do apoio
topográfico vincular-se à rede geodésica (Sistema
Geodésico Brasileiro - SGB), a situação ideal é que
pelo menos dois pontos de coordenadas
conhecidas sejam comuns (figura 9.5). Neste caso
é possível, a partir dos dois pontos determinar
um azimute de partida para o levantamento da
poligonal.
Estes dois pontos não necessitam ser os primeiros de uma
poligonal, conforme é ilustrado na figura 9.6.
• Levantamento da Poligonal
• Um dos elementos necessários para a definição
de uma poligonal são os ângulos formados por
seus lados. A medição destes ângulos pode ser
feita utilizando técnicas como pares conjugados,
repetição ou outra forma de medição de ângulos.
• Normalmente são determinados os ângulos
externos ou internos da poligonal (figura 9.12). É
possível ainda realizar a medida dos ângulos de
deflexão dos lados da poligonal (figura 9.13).
• No texto a seguir, o sentido de caminhamento
para o levantamento da poligonal será
considerado como sendo o sentido horário.
Dois conceitos importantes, a saber: estação
ré e estação vante. No sentido de
caminhamento da poligonal, a estação
anterior a estação ocupada denomina-se de
estação RÉ e a estação seguinte de VANTE
(figura 9.14).
• CÁLCULO DE ÁREAS
• A avaliação de áreas é uma atividade comum
na Topografia.
• Por exemplo, na compra e venda de imóveis
rurais e urbanos esta informação se reveste de
grande importância.
• Basicamente os processos para determinação
de áreas podem ser definidos como analíticos,
gráficos, computacionais e mecânicos.
• Neste processo a área a ser avaliada é dividida
em figuras geométricas, como triângulos,
quadrados ou outras figuras, e a área final
será determinada pela somatória de todas as
áreas das figuras geométricas.
• Processos Analíticos
• Neste método a área é avaliada utilizando
fórmulas matemáticas que permitem, a partir
das coordenadas dos pontos que definem a
feição, realizar os cálculos desejados. O
cálculo da área de poligonais, por exemplo,
pode ser realizado a partir do cálculo da área
de trapézios formados pelos vértices da
poligonal (fórmula de Gauss).
• Através da figura 10.3 é possível perceber que
a área da poligonal definida pelos pontos 1, 2,
3 e 4 pode ser determinada pela diferença
entre as áreas 1 e 2.
• A área 1 pode ser calculada a partir das áreas
dos trapézios formados pelos pontos 2', 2, 1,
1´ e 1', 1, 4, 4'. Na figura 10.4 é apresentada a
fórmula de cálculo da área de um trapézio
qualquer.
• NIVELAMENTO
• Os conceitos de cota e altitude podem ser assim
definidos:
• Cota: é a distância medida ao longo da vertical de
um ponto até um plano de referência qualquer
(figura12.1).
• Altitude ortométrica: é a distância medida na
vertical entre um ponto da superfície física da
Terra e a superfície de referência altimétrica
(nível médio dos mares). A figura 12.1 ilustra este
conceito.
• Basicamente três métodos são empregados para
a determinação dos desníveis: nivelamento
geométrico, trigonométrico e taqueométrico.
• Nivelamento geométrico ou nivelamento direto:
“nivelamento que realiza a medida da diferença
de nível entre pontos no terreno por intermédio
de leituras correspondentes a visadas horizontais,
obtidas com um nível, em miras colocadas
verticalmente nos referidos pontos.”
• Nivelamento trigonométrico:
• “nivelamento que realiza a medição da diferença
de nível entre pontos no terreno, indiretamente,
a partir da determinação do ângulo vertical da
direção que os une e da distância entre estes,
fundamentando-se na relação trigonométrica
entre o ângulo e a distância medidos, levando em
consideração a altura do centro do limbo vertical
do teodolito ao terreno e a altura sobre o terreno
do sinal visado.”
• Nivelamento taqueométrico:
• “nivelamento trigonométrico em que as
distâncias são obtidas taqueometricamente e
a altura do sinal visado é obtida pela visada do
fio médio do retículo da luneta do teodolito
sobre uma mira colocada verticalmente no
ponto cuja diferença de nível em relação à
estação do teodolito é objeto
dedeterminação.”
• A NBR 13133 estabelece, em seu item 6.4,
quatro classes de nivelamento de linhas ou
circuitos e de seções, abrangendo métodos de
medida, aparelhagem, procedimentos,
desenvolvimentos e materialização
a) Classe IN - nivelamento geométrico para
implantação de referências de nível (RN) de
apoio altimétrico.
b) Classe IIN - nivelamento geométrico para a
determinação de altitudes ou cotas em pontos
de segurança (Ps) e vértices de poligonais para
levantamentos topográficos destinados a
projetos básicos executivos e obras de
engenharia.
c) Classe IIIN - Nivelamento trigonométrico
para a determinação de altitudes ou cotas em
poligonais de levantamento, levantamento de
perfis para estudos preliminares e/ou de
viabilidade de projetos.
d) Classe IVN - Nivelamento taqueométrico
destinado a levantamento de perfis para
estudos expeditos.
• Nivelamento Geométrico
• O nivelamento geométrico é a operação que visa
a determinação do desnível entre dois pontos a
partir da leitura em miras, efetuadas com níveis
ópticos ou digitais. Este pode ser executado para
fins geodésicos ou topográficos. A diferença entre
eles está na precisão que é maior no caso do
nivelamento para fins geodésicos, e no
instrumental utilizado.
• Níveis
• Os níveis são equipamentos que permitem
definir com precisão um plano horizontal
ortogonal à vertical definida pelo eixo
principal do equipamento. Classificam-se
• Miras
• Durante a leitura em uma mira convencional
devem ser lidos quatro algarismos, que
corresponderão aos valores do metro,
decímetro, centímetro e milímetro, sendo que
este último é obtido por uma estimativa e os
demais por leitura direta dos valores indicados
na mira.
• Visadas Iguais
• É o método mais preciso e de larga aplicação
em engenharia. Nele as duas miras são
colocadas à mesma distância do nível, sobre
os pontos que deseja-se determinar o
desnível, sendo então efetuadas as leituras
(figura 12.9). É um processo bastante simples,
onde o desnível será determinado pela
diferença entre a leitura de ré e a de vante.
• A grande vantagem deste método é a
minimização de erros causados pela curvatura
terrestre, refração atmosférica e colimação do
nível (figura 12.12). Cabe salientar que os dois
primeiros erros (curvatura e refração) são
significativos no nivelamento geométrico
aplicado em Geodésia.
• Alguns conceitos importantes para o
nivelamento geométrico:
– Visada: leitura efetuada sobre a mira.
– Lance: é a medida direta do desnível entre duas
miras verticais (figura 12.13).
– Seção: é a medida do desnível entre duas
referências de nível e é obtida pela soma algébrica
dos desníveis dos lances (figura 12.14).
• Linha de nivelamento: é o conjunto das
seções compreendidas entres duas RN
chamadas principais (figura 12.15).
– Circuito de nivelamento: é a poligonal fechada
constituída de várias linhas justapostas. Pontos
nodais são as RN principais, às quais concorrem
duas ou mais linhas de nivelamento
– Rede de nivelamento: é a malha formada por
vários circuitos justapostos (figura 12.15).
• O nivelamento geométrico poderá ser simples ou
composto. No primeiro caso o desnível entre os
pontos de interesse é determinado com apenas
uma única instalação do equipamento, ou seja,
um único lance (figura 12.16-a).
• No nivelamento geométrico composto, o desnível
entre os pontos será determinado a partir de
vários lances, sendo o desnível final calculado
pela somatória dos desníveis de cada lance
(figura 12.16-b).
• Cuidados a Serem Tomados na Execução do
Nivelamento
• Quando a mira de vante do lance anterior for
reposicionada para a leitura do lance seguinte
passando então a ser a mira ré, deve-se tomar
o cuidado de que esta permaneça sobre o
mesmo ponto, para evitar erros na
determinação do desnível.
• É possível empregar neste caso um
equipamento denominado de sapata sobre o
qual a mira é apoiada.
• A NBR 13133 no seu item 5.17 estabelece
alguns cuidados para a implantação de
referências de nível, a fim de evitar a
ocorrência e propagação de erros
sistemáticos, que são:
• “5.17.1 - Os comprimentos das visadas de ré e
de vante devem ser aproximadamente iguais e
de, no máximo, 80 m, sendo o ideal o
comprimento de 60m, de modo a compensar
os efeitos da curvatura terrestre e da refração
atmosférica, além de melhorar a exatidão do
levantamento por facilitar a leitura da mira.”
• “5.17.2 - Para evitar os efeitos do fenômeno de
reverberação, as visadas devem situar-se acima
de 50 cm do solo.”
• “5.17.3 - As miras devem ser posicionadas aos
pares, com alternância a vante e a ré, de modo
que a mira posicionada no ponto de partida (lida
a ré) seja posicionada, em seguida, no ponto de
chegada (lida a vante), sendo conveniente que o
número de lances seja par.”
• O procedimento descrito anteriormente visa
eliminar o chamado erro de índice (i). Este é
definido como a distância entre a base inferior
da mira até a primeira graduação da escala da
mesma.
• O número par faz a eliminação do erro de
índice com o reposicionamento da mira
anterior.
• “5.17.5 - A qualidade dos trabalhos deve ser
controlada através das diferenças entre o
nivelamento e o contranivelamento, seção a
seção, e acumulada na linha, observando os
valores limites prescritos em 6.4.”
• Este item trata de estabelecer as tolerâncias
para os levantamentos
TERMOS TÉCNICOS UTILIZADOS EM
INSTRUMENTAÇÃO TOPOGRÁFICA E GEODÉSICA
• METROLOGIA - Ciência das medições.
• METROLOGIA CIENTÍFICA - Parte da metrologia que
trata da pesquisa e manutenção dos padrões
primários. No Brasil o Instituto Nacional de Metrologia
(INMETRO) é o órgão que detém os padrões nacionais
• METROLOGIA LEGAL - Parte da metrologia que trata
das unidades de medida, métodos de medição e
instrumentos de medição em relação às exigências
técnicas e legais obrigatórias, as quais têm o objetivo
de assegurar uma garantia pública do ponto de vista da
segurança e da acurácia das medições.
• AMBIGÜIDADE EM TEMPO - Condição em que se
tenha mais do que um valor possível.
• ACURÁCIA ou EXATIDÃO - Grau de conformidade
de um valor medido ou calculado em relação à
sua definição ou com respeito a uma referência
padrão.
• ACURÁCIA DE MEDIÇÃO - Grau de concordância
entre o resultado de uma medição e um valor
verdadeiro do mensurando.
• ACURÁCIA DE UM INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO -
Aptidão de um instrumento de medição para dar
respostas próximas a um valor verdadeiro.
• CLASSIFICAR - consiste em distribuir em classes
ou grupos segundo um sistema de classificação. A
norma brasileira NBR13133 (Execução de
levantamentos topográficos), define as classes
que devem ser enquadrados os instrumentos
baseando-se no desvio padrão de um conjunto de
observações obtidas seguindo uma metodologia
própria.
• AJUSTABILIDADE - Capacidade de um dispositivo em
reproduzir o mesmo valor quando parâmetros
específicos são ajustados independentemente sob
condições estabelecidas de uso.
• CALIBRAÇÃO - conjunto de operações que estabelece,
em condições especificadas, a correlação entre valores
de quantidades indicados por um instrumento de
medida, ou sistema de medida, ou uma medida
materializada e os verdadeiros convencionais da
grandeza medida.
• CERTIFICAÇÃO - Procedimento pelo qual um
organismo imparcial credenciado atesta por
escrito que o sistema ou pessoas são
competentes para realizar tarefas específicas.
• CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO - Documento que
atesta e fornece ao proprietário do equipamento
as informações necessárias para a interpretação
dos resultados da calibração, e a metodologia
utilizada no processo de calibração.
• ENVELHECIMENTO - Mudança sistemática em
freqüência, ao longo do tempo, devido a
mudanças internas em um oscilador.
• FAIXA NOMINAL - Faixa de indicação que se pode
obter em uma posição específica dos controles de
um instrumento de medição.
• FAIXA DE MEDIÇÃO - Conjunto de valores de um
mensurando, para o qual se admite que o erro de
um instrumento de medição mantenha-se dentro
dos limites especificados.
• INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO - dispositivo
utilizado para uma medição, sozinho ou em
conjunto com dispositivo(s)
complementar(es).
• INCERTEZA DE MEDIÇÃO - Parâmetro
associado ao resultado de uma medição, que
caracteriza a dispersão dos valores que podem
ser fundamentalmente atribuídos a um
mensurando.
• FASE - Medida de uma fração do período de um
fenômeno repetitivo, em relação a alguma
característica bem definida do fenômeno em si.
• FREQÜÊNCIA - Razão de variação temporal de um
fenômeno periódico.
• PADRÃO - Medida materializada, instrumento de
medição, material de referência ou sistema de
medição destinado a definir, realizar, conservar
ou reproduzir uma unidade ou um ou mais
valores de uma grandeza para servir como
referência.
• PADRÃO PRIMÁRIO - Padrão que é designado
ou amplamente reconhecido como tendo as
mais altas qualidades metrológicas e cujo
valor é aceito sem referência a outros padrões
de mesma grandeza.
• PADRÃO SECUNDÁRIO - Padrão cujo valor é
estabelecido por comparação a um padrão
primário da mesma grandeza.
• PADRÃO DE REFERÊNCIA - Padrão, geralmente
tendo a mais alta qualidade metrológica
disponível em um dado local ou em uma dada
organização, a partir do qual as medições lá
executadas são derivadas.
• PADRÃO DE TRABALHO - Padrão utilizado
rotineiramente para calibrar ou controlar
medidas materializadas, instrumentos de
medição ou materiais de referência.
• PRECISÃO - O grau de concordância mútua entre
uma série de medidas individuais. A precisão é
muitas vezes, mas não necessariamente, expressa
pelo desvio padrão das medidas.
• RASTREABILIDADE - Propriedade do resultado de
uma medição ou do valor de um padrão estar
relacionado a referências estabelecidas,
geralmente padrões nacionais ou internacionais,
através de uma cadeia contínua de comparações,
todas tendo incertezas estabelecidas.
• REPRODUTIBILIDADE - Quando se refere às
medidas realizadas por um conjunto
independente de dispositivos semelhantes, a
reprodutibilidade constitui a habilidade desses
dispositivos em reproduzir os mesmos
resultados.
• RESOLUÇÃO - Resolução de uma medida é o
algarismo menos significativo que pode ser
medido, e depende do instrumento utilizado para
realizar a medida.
• VERIFICAÇÃO - Conjunto de operações,
compreendendo o exame, a marcação ou
selagem (ou) emissão de um certificado e que
constate que o instrumento de medir ou medida
materializada satisfaz às exigências
regulamentares.
• REPRESENTAÇÃO DO RELEVO
• Ponto Cotado: é a forma mais simples de
representação do relevo; as projeções dos
pontos no terreno têm representado ao seu
lado as suas cotas ou altitudes (figura 15.2).
• Perfis transversais: são cortes verticais do
terreno ao longo de uma determinada linha.
Um perfil transversal é obtido a partir da
interseção de um plano vertical com o terreno
(figura 15.3). É de grande utilidade em
engenharia, principalmente no estudo do
traçado de estradas.
• Durante a representação de um perfil,
costuma-se empregar escalas diferentes para
os eixos X e Y, buscando enfatizar o desnível
entre os pontos, uma vez que a variação em Y
(cota ou altitude) é menor. Por exemplo,
pode-se utilizar uma escala de 1:100 em X e
1:10 em Y.
• Curvas de nível: forma mais tradicional para a
representação do relevo. Podem ser definidas
como linhas que unem pontos com a mesma
cota ou altitude. Representam em projeção
ortogonal a interseção da superfície do
terreno com planos horizontais (figura 15.5).
• A diferença de cota ou altitude entre duas curvas
de nível é denominada de eqüidistância vertical,
obtida em função da escala da carta, tipo do
terreno e precisão das medidas altimétricas.
• As curvas de nível devem ser numeradas para
que seja possível a sua leitura
• As curvas de nível podem ser classificadas em
curvas mestras ou principais e secundárias. As
mestras são representadas com traços diferentes
das demais (mais espessos, por exemplo), sendo
todas numeradas
• As curvas de nível podem ser classificadas em
curvas mestras ou principais e secundárias. As
mestras são representadas com traços
diferentes das demais (mais espessos, por
exemplo), sendo todas numeradas.
• Algumas regras básicas a serem observadas no
traçado das curvas de nível:
• Métodos para a Interpolação e Traçado das Curvas de
Nível
• Com o levantamento topográfico altimétrico são
obtidos diversos pontos com cotas/altitudes
conhecidas
• O número de pontos e sua posição no terreno
influenciarão no desenho final das curvas de nível.
• O que se faz na prática é, a partir de dois pontos com
cotas conhecidas, interpolar a posição referente a um
ponto com cota igual a cota da curva de nível que será
representada
• Método Gráfico
• A interpolação das curvas baseia-se em
diagramas de paralelas e divisão de segmentos.
São processos lentos e atualmente pouco
aplicados.
a) Diagramas de paralelas
• Neste método traça-se um diagrama de linhas
paralelas eqüidistantes (figura 15) em papel
transparente, correspondendo as cotas das
curvas de nível.
• Rotaciona-se o diagrama de forma que as
cotas dos pontos extremos da linha a ser
interpolada coincidam com os valores das
cotas indicadas no diagrama. Uma vez
concluída esta etapa, basta marcar sobre a
linha que une os pontos, as posições de
interseção das linhas do diagrama com a
mesma.
b) Divisão de segmentos.
• O processo de interpolação empregando-se
esta técnica pode ser resumido por:
– Inicialmente, toma-se o segmento AB que se
deseja interpolar as curvas. Pelo ponto A traça-se
uma reta r qualquer, com comprimento igual ao
desnível entre os pontos A e B, definido-se B’
• Marcam-se os valores das cotas sobre esta
reta e une-se o ponto B´ ao ponto B. São
traçadas então retas paralelas à reta B´B
passando pelas cotas cheias marcadas na reta
r (figura 15.18). A interseção destas retas com
o segmento AB é a posição das curvas
interpoladas.
• Método Numérico
• Utiliza-se uma regra de três para a interpolação
das curvas de nível. Devem ser conhecidas as
cotas dos pontos, a distância entre eles e a
eqüidistância das curvas de nível.
• Tomando-se como exemplo os dados
apresentados na figura 15.19, sabe-se que a
distância entre os pontos A e B no desenho é de
7,5 cm e que o desnível entre eles é de 12,9 m.
Deseja-se interpolar a posição por onde passaria
a curva com cota 75 m.
Concreto pre moldado

NBR 9062
• 1.1
• Esta Norma fixa as condições exigíveis no projeto,
e no controle de estruturas pré-moldadas de
concreto armado ou protendido, excluídas
aquelas em que se empreguem concreto leve ou
outros especiais
• aplica-se também em estruturas mistas,ou seja,
aquelas constituídas parcialmente de
elementospré-moldados e elementos moldados
no local
• O objetivo imediato da Norma é o uso de
estruturas pré-moldadas em edifícios; porém,
suas prescrições podem ser utilizadas, quando
pertinentes, no projeto e execução de
estruturas para fundações, obras viárias e
demais elementos de utilização isolada
• DEFINIÇÕES DA NBR
• Ajuste
• Diferença entre a medida nominal de
dimensão de projeto reservado para a
colocação de um elemento e a medida
nominal da dimensão correspondente do
elemento. O ajuste pode ser positivo ou
negativo (ver Figura 1).
• Colarinho
• Conjunto de paredes salientes do elemento de
fundação,que contornam a cavidade
destinada ao encaixe dos pilares.
• Desvio
• Diferença entre a dimensão básica e a
correspondente executada
• Dimensão básica
• Dimensão do elemento pré-moldado
estabelecida no projeto, consideradas as
folgas necessárias para possibilitara
montagem.
• Elemento pré-moldado
• Elemento que é executado fora do local de
utilização definitiva na estrutura, com controle
de qualidade, conforme 12.3.
• Elemento pré-fabricado
• Elemento pré-moldado, executado
industrialmente, mesmo em instalações
temporárias em canteiros de obra,sob
condições rigorosas de controle de qualidade,
conforme 12.2.
• Folga para ajuste negativo
• Diferença entre a medida máxima da
dimensão de projeto reservada para a
colocação de um ele mento e a medida
mínima da dimensão correspondente do
elemento. Equivale à menor extensão possível
do apoio (ver Figura 1)
• Folga para ajuste positivo
• Diferença entre a medida mínima da
dimensão de projeto reservada para a
colocação de um elemento e a medida
máxima da dimensão correspondente do
elemento. Equivale ao espaço mínimo para
viabilizar a montagem (ver Figura 1)
• Inserto
• Qualquer peça incorporada ao concreto na
fase de produção, para atender a uma finalidade
de ligação estrutural ou para permitir fixações de
outra natureza.
• 3.10 Ligações
• Dispositivos utilizados para compor um
conjunto estrutural a partir de seus elementos,
com a finalidade de transmitir os esforços
solicitantes, em todas as fases de
utilização,dentro das condições de projeto.
• Peças compostas
• Elementos de concreto executados em
moldagens distintas e interligados de forma a
atuar em conjunto sob o efeito das ações
aplicadas após a sua junção. A seção
transversal de tal peça é denominada
“seção composta”.
• Rugosidade
• Saliências e reentrâncias conseguidas através de
apicoamento do concreto endurecido ou de
dispositivos, ou processos especiais por ocasião
da moldagem do concreto,de maneira a criar
irregularidade na superfície do elemento. Para os
efeitos desta Norma, a rugosidade é medida pela
relação entre as alturas das saliências ou
reentrâncias e sua extensão
• Tolerância (desvio permitido)
• Valor máximo aceito para o desvio, prescrito
obrigatoriamente no projeto.
• Tolerância global do elemento
• Soma estatística das tolerâncias positivas e
negativas,em módulo, constatadas na fabricação e no
posiciona-mento do elemento, somada com a
tolerância de locação em módulo.
• Variação inerente
• Variação de dimensões, correspondente a fenômenos
físicos, como dilatação térmica, retração e fluência
• Projeto de estruturas pré-moldadas
• Processos de cálculo
De modo geral, aplicam-se às estruturas de
concreto pré-moldado as regras e processos
de cálculo relativos às estruturas moldadas no
local, conforme a NBR 6118, complementados
pelo prescrito nos Capítulos 5,6 e 7 desta
norma
• As estruturas pré-moldadas devem ser verificadas
em relação aos graus de liberdade adicionais,
completos ou parciais,introduzidos pelos
elementos pré-moldados.
• Consideração especial deve ser dada às
incertezas que podem afetar as reações mútuas
dos elementos e de suas ligações.
• Devem ser tomados cuidados especiais na
organização geral da estrutura e nos detalhes
construtivos, de forma a minimizar a
possibilidade de colapso progressivo
• Análise da estabilidade
• A estabilidade das estruturas constituídas de
elementos pré-moldados deve ser verificada
tanto para os elementos constituintes isolados
como para o conjunto. Deve ser levada em conta
a diminuição de rigidez das peças para a situação
de carga de projeto, adotando-se para os
coeficientes de majoração das ações os mesmos
valores γ f prescritos na NBR 6118.
O valor do comprimento de flambagem que se
deve usar na determinação de γf deve ser
analisado em cada caso particular, em função das
condições de vínculo do elemento isolado. Nos
casos em que essas condições de vínculo são
difíceis de determinar previamente, variando do
engastamento perfeito à articulação fixa, deve-se
determinar diretamente a carga de flambagem e
deduzir o comprimento de flambagem a partir da
carga crítica de Euler, Lfl.
• A carga crítica Fcrit,E de cada elemento
considerado isoladamente é determinada a partir
da carga crítica do conjunto, mantendo as
proporções da carga de serviço na situação mais
desfavorável para o elemento em estudo.
• A carga crítica do conjunto é determinada por
qualquer processo em regime elástico, aplicável
às estruturas de concreto armado ou protendido,
consideradas as condições de vínculo mais
desfavoráveis.
• A rigidez EI a ser adotada é a rigidez efetiva
que pode ser obtida a partir do produto Ec.Ic
da seção bruta com os coeficiente de
redução, aplicáveis a pilares de pórticos com
armadura simétrica
• A ligação viga-pilar é geralmente executada
com chumbadores verticais e almofada de
elastômero agindo como uma rótula. A figura
3.2 mostra a deformada aproximada de uma
estrutura com três pavimentos com pilares
contínuos engastados na base e ligações viga-
pilar articuladas.
• Na realidade, ligações viga-pilar com
chumbadores não são completamente
rotuladas, mas semi-rígidas, por causa da
capacidade de rotação limitada no estado
limite último. Contudo, os métodos de cálculo
para estruturas pré-moldadas no regime pós
elástico ainda não são inteiramente
compreendidos para seremconsiderados nos
projetos estrutura.
• Efeito de pórtico
• Quando o engastamento dos pilares nas
fundações não fornecem a rigidez necessária
para a estrutura, como por exemplo no caso
de estruturas esbeltas em esqueleto ou em
traves planas, ou para efeitos horizontais
excessivos em terremotos, a rigidez horizontal
adicional pode ser obtida por meio de ligações
viga-pilar rígidas.
• Essas ligações não precisam ser posicionadas
sistematicamente em todas asinterseções
viga–pilar, mas devem ser colocadas em locais
adequadamente escolhidos. Outra solução
seria utilizar diagonais metálicas de
contraventamento em um número limitado de
aberturas na fachada da estrutura.
• Estruturas Pré-Moldadas Contraventadas
• Em construções com mais de três pavimentos,
os deslocamentos horizontais podem ser
excessivos, sendo necessário empregar
sistemas adicionais de contraventamento.
Assim, paredes de contraventamento, núcleos
centrais ou outras formas de enrigecimento
são empregados..
• A prática usual é conferir a função de
estabilidade para os poços de elevadores,
caixas de escada ou paredes internas de
cisalhamento, e interligar o resto da estrutura
através da ação de diafragma das lajes de piso
e cobertura. Neste caso, a estrutura pode ser
classificada como contraventada (com nós
fixos) (fig. 3.4), e as fundações podem ser
articuladas
• Ação de parede de cisalhamento
(contraventamento)
• As paredes de concreto são muito rígidas no
seu plano. Por esta razão, elas são muito
empregadas tanto para estruturas pré-
moldadas como para estruturas de concreto
moldadas no local, para enrigecer a estrutura
contra as ações horizontais.
• Paredes de contraventamento para edifícios
com múltiplos pavimentos são formadas por
painéis que são conectados de forma que a
parede toda atue como uma única viga rígida
em balanço. A interação entre os painéis é
assegurada pelas ligações e sistemas de
tirantes que transferem as forças de
cisalhamento, de tração e de compressão.
• Núcleos centrais e Poços de Elevadores
• Os núcleos centrais promovem a estabilidade
lateral para estruturas com múltiplos pavimentos,
podendo ser combinados com as paredes de
cisalhamento. Podem ser moldados no local ou
pré-moldados sendo a mais comum, compor o
núcleo com quatro ou mais elementos da painéis
(fig. 3.6) conectados entre si por meio de juntas
verticais capazes de resistir as forças de
cisalhamento.
• Determinação aproximada do efeito de 2ª
ordem
• Na ausência de um cálculo rigoroso, permite-
se substituir o efeito de 2ª ordem por um
acréscimo nas ações horizontais de vento
• As expressões devem ser aplicadas nas duas
direções principais determinadas na planta no
nível das fundações.
• Para edifícios de planta retangular, podem ser
consideradas direções principais as que
correspondem à atuação de vento
perpendicularmente a cada fachada
• A análise dos elementos componentes da
estrutura pré-moldada deve partir da
definição do comportamento efetivo das
ligações, sob o ponto de vista dos graus de
liberdade existentes.
• As dimensões dos elementos, inclusive a
geometria das seções transversais, devem ser
fixadas levando em conta as tolerâncias globais
compatíveis com o processo construtivo
(fabricação e montagem) conforme estabelecido
em 5.2.2
• A análise da estrutura deve levar em conta as
retrações e as eventuais deformações diferenciais
entre concretos de diferentes idades,
composições e propriedades mecânicas.
• A análise deve ser efetuada considerando
todas as fases por que possam passar os
elementos, susceptíveis de apresentarem
condições desfavoráveis quanto aos estados
limites último e de utilização. As fases
freqüentes que exigem dimensionamento e
verificação dos elementos são:
a) de fabricação;
b) de manuseio;
c) de armazenamento;
d) de transporte;
e) de montagem;
f) de serviço (preliminar e final)
• A fase final de serviço não se considera
encerrada,senão quando houver a ligação
definitiva do elemento com os outros elementos
da estrutura.
• As zonas dos elementos que serão ligadas aos
demais elementos da estrutura constituem
trechos singulares, devendo ser dimensionadas e
ter sua segurança demonstrada através dos
requisitos do específicos.
• Tolerâncias
• No projeto de estruturas compostas de
elementos pré-moldados, é necessário
estabelecer folgas e tolerâncias e dimensionar
os elementos e as ligações, levando-se em
conta os desvios de produção, de locação e
verticalidade da obra e de montagem dos
elementos, conforme definido no Capítulo 3.
De acordo com as definições,o ajuste é igual à
tolerância global somada com as variações
inerentes e a folga. A partir do ajuste são
determinadas as dimensões nominais de
fabricação.
• A tolerância para a dimensão longitudinal dos
elementos é a indicada na Tabela 1.
• A tolerância para as dimensões transversais e
a altura dos elementos é de ± 0,5 cm para
peças isoladas. Na montagem de elementos
que tenham um contorno justaposto a um
contorno semelhante, de outro elemento,a
tolerância de justaposição é de 2,0 cm.
• O desvio em relação à linearidade da peça é
de no máximo L/1000.
• A tolerância para montagem em planta é de
±1,0 cm entre apoio consecutivos, não
podendo exceder o valor acumulado de 0,1%
do comprimento da estrutura.
• A tolerância em relação à verticalidade é de
±1/300 da altura até o máximo de 2,5 cm.
• A tolerância em relação ao nível dos apoios é
de ± 1,0 cm, não podendo exceder o valor
acumulado de3,0 cm, quaisquer que sejam as
dimensões longitudinal e transversal da
estrutura, exceto para caminhos de
rolamento, quando este valor é de 2,0 cm.
• No caso de as fundações terem sido
executadas com desvio em relação ao projeto
que impeça a montagem conforme as
diretrizes expressas em 5.2.2.5, exige-se a
execução de uma estrutura intermediária de
transição que possibilite a montagem dentro
das especificações definidas.
• A tolerância em planta e em elevação para
montagem dos pilares é de ± 1,0 cm
• A tolerância em planta para montagem dos
blocos pré-moldados sobre a fundação é de ±
5,0 cm.
• A tolerância em planta para a posição final das
estacas ou tubulões é de ± 10,0 cm.
• No cálculo e dimensionamento de todos os
elementos pré-moldados, de suas ligações e da
estrutura resultante, devem ser levados em conta
os efeitos desfavoráveis dos ajustes sobre as
ações e solicitações
• Esforços solicitantes
• Ações a considerar
• Ações em geral:
• a) no cálculo dos esforços solicitantes, deve ser
considerada a influência das ações constituídas
pela carga permanente, carga acidental, vento,
variação de temperatura, choques, vibrações,
esforços repetidos e deslocamentos de apoio
conforme prescrito na NBR 6118
• b) a determinação dos esforços solicitantes
deve ser feita considerando-se as combinações
desfavoráveis das ações e respectivos
coeficientes de ponderação, de acordo com o
prescrito na NBR 6118,e na NBR 7197
• Fluência e retração do concreto e relaxação do
aço:
- ao levar em conta a fluência, a retração e a
relaxação, na determinação dos esforços
solicitantes, devem ser obedecidas as prescrições
da NBR 7197
• Influência do processo de execução:
a) os esforços provenientes das fases de
fabricação,manuseio, armazenamento,
transporte e montagem devem ser considerados
de acordo com os programas de execução
previstos;
b) os efeitos dinâmicos devidos ao
manuseio, transporte e montagem dos
elementos, devem ser levados em conta de
acordo com o item 5.2.3.6;
c) devem ser considerados os esforços
aplicados nos elementos pelos dispositivos de
manuseio, trans-porte e montagem
• Estado limite de deformação
• As flechas e contra flechas limites permitidas
dependem da utilização do elemento
estrutural, considerando separadamente os
casos descritos de 5.2.5.1 a 5.2.5.4.
• Elementos estruturais de cobertura sem
contato, fora dos apoios, com outros
elementos, estruturais ou não
As limitações exigidas são:
a)de contra flechas, iniciais ou a longo prazo,
incluído o efeito das seções permanentes:
a ≤ l/250
b) de flechas positivas (considerada
carga eventual de empoçamento de água
a ≤ L400
• c) de flechas positivas, desde que o elemento
tenha inclinação que evite o empoçamento de
água;
a≤L/200
• Elementos estruturais de cobertura em contato,
fora dos apoios, com outros elementos,
estruturais ou não
• A variação da flecha, proveniente de ações a
longo prazo e carga acidental,deve atender a:
∆a ≤ L/250
• Na Nota do item está especificado que: Exceções
devem ser estudadas em cada caso
particular,quando os elementos em contato
possam sofrer danos
• Elementos de piso não suportando ou sem
contato com elementos não estruturais5.2.5.3.1
• As limitações exigidas são que a flecha positiva
máxima, sob ação da carga total, não deva
ultrapassar a:
- flecha inicial:
ao ≤ L/500
- flecha a longo prazo:
a∞ ≤ L/300
• A variação da flecha ∆a, proveniente de ações a
longo prazo e carga acidental, deve atender a:
∆a ≤ L/250
• Elementos de piso suportando ou em contato,
fora dos apoios, com elementos estruturais ou
não
• Devem ser verificados os efeitos de flechas
excessivas sobre os elementos suportados ou em
contato, estabelecendo-se os limites de acordo
com as conseqüências em cada caso. Os limites
devem ser os estabelecidos em 5.2.5.3
• Projeto de elementos pré-moldados
• Elementos em flexão simples - Vigas e lajes
• Estabilidade lateral de vigas
• Nas vigas de concreto armado, biapoiadas,
carregadas no plano médio da peça, o
espaçamento entre travamentos transversais
efetivos não deve exceder
L/bf ≥ 50
• No caso da existência de uma excentricidade da
carga ou inclinação da mesma em relação ao
plano médio, o referido espaçamento deve ser
reduzido.
• Pode-se adotar, no caso de vigas biapoiadas,
como valor de referência, que o estado limite por
instabilidade será atingido antes do estado limite
por ruptura,na flexão, se
Lh/bf² ≥ 500
conforme a Figura 2
• Recomenda-se que, de acordo com a nomenclatura
indicada na Figura 3, seja obedecido que:
hm/a ≥ 2
• Onde:
h = dimensão paralela ao plano de ação do
momento M
N=força normal atuante no pilar

• Nota: Permite-se interpolar linearmente para valores


intermediários da relação M/N.h.
• Para superfícies de contato com rugosidade
mínima de 1 cm, em 10 cm, os valores
anteriores de L de engastamento podem ser
multiplicados por 0,8.
• A adoção destes valores não exclui
a necessidade de comprovar a resistência e o
comportamento em serviço da base do pilar,
da superfície de contato e do colarinho do
elemento de fundação
• O comprimento de engastamento não deve ser
inferior a 40 cm e deve ser compatível com o
comprimento de ancoragem da armadura do
pilar
• Reforço no topo do pilar
• A armadura transversal no topo do pilar é
dimensionada para resistir aos esforços internos
provenientes do efeito de bloco parcialmente
carregado, adicionando-se uma armadura
complementar calculada por
• A armadura transversal é distribuída na altura
• H1 ≤ b, com 2/3 da seção disposta no terço
superior de h1,sendo b a menor dimensão do
pilar (ver Figura 4)
• Elementos de fundação
• Os elementos de fundação devem ser calculados para
resistir à totalidade das forças normais e horizontais e
dos momentos transmitidos pelos pilares.
• As paredes internas dos encaixes, nos casos em que o
engastamento dos pilares for realizado por penetração
da respectiva base no elemento de fundação, devem
ter pelo menos a mesma característica superficial que
a dos pilares, conforme 6.2.2 e Figura 5. Entende-se
por base a região do pilar correspondente ao
comprimento de engastamento (Leng).
• Quando as paredes externas da base do pilar e
internas do encaixe tiverem rugosidade
mínima de 1 cm,em 10 cm, permite-se
considerar a totalidade da carga normal, Nd,
transmitida pela interface, sendo o elemento
de fundação calculado como monolítico para
as condições de serviço
• Quando as paredes externas da base do pilar e
in-terna do encaixe do elemento de fundação
forem lisas,permite-se considerar o valor
0,7Nd da carga normal transmitida pela
interface, desde que exista armadura de
suspensão disposta em toda a volta do
encaixe e de valor:
As= 0,7Nd/fyd
• Nota: Para predominância de cargas verticais
permanentes de até 300 kN, permite-se
executar as superfícies da base do pilar e do
encaixe simplesmente com a rugosidade da
madeira não aplainada.
• A parte do elemento de fundação abaixo do
plano da superfície inferior do pilar deve ser
verificada à punção
• a altura dessa parte será inferior a 20 cm
• As paredes do encaixe em pedestal ou colarinho
devem ser armadas para os efeitos dos esforços
de montagem, e devem ter espessura não inferior
a 10 cm.
• Cargas aplicadas na superfície dos elementos
pré-moldados
• Quando a carga aplicada na superfície do
elemento tiver componente normal ao eixo e a
sua transmissão se efetuar por parafuso ou
chumbadores,
a ancoragem deve obedecer às limitações da
NBR 6118 (punção), para uma placa de
espessura igual à profundidade do
parafuso,submetida à mesma carga atuante,
com área igual à da seção do dispositivo de
ancoragem, conforme a Figura 6.
• Tipos de ligações
• Ligações solicitadas predominantemente por
compressão
• Os elementos pré-moldados podem ser assentados nos
seus apoios definitivos:
a)com junta a seco;
b)com intercalação de uma camada de argamassa;
c)com concretagem local;
d)com rótulas metálicas;
e)com almofadas de elastômero
• Com juntas a seco
• Só é permitido no caso de elementos de
pequenas dimensões, cuja pressão de contato
sobre os apoios não ultrapasse o valor de
0,03fck.
Nota: fck refere-se à menor das resistências
características dos materiais em contato. Não
são adotadas tensões de contato superiores a
1 MPa.
• Com juntas de argamassa de assentamento
• Permite-se o uso de argamassa de
assentamento entre elementos com a
finalidade de corrigir pequenas imperfeições e
para evitar a transmissão de cargas por
poucos pontos de contato.
• O assentamento não pode ser executado após
o início de pega da argamassa.
• A pressão de contato não deve ultrapassar
0,10fck nem 50% da resistência característica
da argamassa, nem 2 MPa
• Nota: fck refere-se à menor das resistências
características dos concretos da região
da ligação. Excluem-se dessas restrições as
pressões de contato dos painéis portantes.
• Com juntas de concreto local
• Situam-se neste caso as emendas de pilares,
pórticos e arcos submetidas a esforços de
flexão e de cisalhamento, sem tensões de
tração, realizando uma ligação monolítica em
que, além de esforços de compressão,há
outros esforços a considerar.
• No projeto devem ser previstas ligações das
armaduras capazes de garantir a integridade
da seção com os vínculos resultantes de
comportamento monolítico.
• Com rótulas metálicas
• As partes das rótulas metálicas ligadas ao
concreto dos elementos pré-moldados devem
ser fixadas por grapas ou parafusos
devidamente ancorados.
• Desde que os detalhes construtivos permitam
execução controlada na obra,a fixação pode ser
executada por solda do dispositivo metálico em
chapa aparente, devidamente ancorada no
elemento pré-moldado durante sua execução.
• Devem ser cuidadosamente verificados os efeitos
do aquecimento sobre o concreto e os elementos
de fixação, particularmente quanto à aderência.
Os detalhes construtivos devem prevenir
deformações localizadas, excessivas das partes
metálicas.
• Almofadas de elastômero
• O elastômero deve satisfazer às prescrições
das Normas Brasileiras quanto à resistência à
ação dos óleos,das intempéries, do ozona
atmosférico e das temperaturas externas as
quais estará sujeita a almofada deapoio.
• O elastômero utilizado nas almofadas de
apoio deve ter suas propriedades mecânicas
demonstradas através de ensaios apropriados,
em particular a resistência à tração, à
deformação permanente, à compressão eo
valor da dureza superficia
• As almofadas de apoio podem ser simples,
quando constituídas de uma única camada de
elastômero, e cintadas, quando constituídas
de camadas de elastômero intercaladas com
chapas metálicas solidarizadas por
vulcanização ou colagem especial.
• As chapas metálicas devem ser de aço
inoxidável; quando a utilização dos apoios se
der em ambiente protegido e não agressivo,
permite-se a utilização de chapas de aço-
carbono, desde que as faces laterais das
chapas estejam revestidas com elastômero,
com cobrimento mínimo de 0,5 cm e as
demais com cobrimento mínimo de 0,3 cm
• As chapas de aço que constituem o
cintamento devem estar em contato com a
placa de elastômero em toda sua superfície e
ter espessura mínima de 1 mm; a espessura
das camadas de elastômero deve ser no
mínimo de 0,2 cm.
• Tolerâncias:
a)em relação às dimensões, largura e
comprimento: ± 0,5 cm;
b)em relação à espessura das camadas nos
aparelhos cintados: ± 0,05 cm por elemento e
não acumulável;
c)em relação à espessura total h da almofada de
apoio:
h ≤ 0,1 cm e ± 0,1 h
• Na falta de ensaios conclusivos, permite-se
adotar os seguintes valores indicativos de
correspondência entre a dureza Shore A e o
módulo G, à temperatura de 20°C:
• Para utilização em temperaturas inferiores a 0°C, deve-
se considerar o módulo de deformação transversal
igual ao dobro do determinado a 20°C.
• Nas estruturas sujeitas a incêndio, devem ser tomados
cuidados especiais para proteger as almofadas de
apoio contra temperaturas superiores a 80°C ou devem
ser utilizados detalhes que permitam a substituição da
almofada de apoio eventualmente danificada.
• Devem ser levados em conta no cálculo os esforços
decorrentes de danos na almofada de apoio, enquanto
não ocorrer a sua substituição, tolerando-se nessa
emergência γ f = 1(NBR 6118)
• A superfície de contato entre a almofada de
elastômero e o apoio deve ser lisa e
horizontal. Caso existam imperfeições, exige-
se a regularização com argamassa que
satisfaça o disposto em 8.6, ou outro material
adequado.
• Não é permitida a utilização de duas ou mais
almofadas de elastômero, colocadas
superpostas ou encostadas lado a lado sob a
mesma peça a ser apoiada.
• Se o projeto prevê inclinação do fundo do
elemento a ser apoiado, deve ser utilizado
detalhe que permita a colocação da almofada
de apoio na horizontal.
• Se ocorrerem deformações transversais
importantes (vento, esconsidade, etc.), devem ser
adotados dispositivos que limitem os
deslocamentos laterais à metade da espessura da
almofada.
• No caso de elementos protendidos com previsão
de encurtamentos importantes, decorrentes da
retração e da fluência, permite-se prever no
projeto e detalhamento a possibilidade de
levantar os elementos para aliviar a almofada,
recarregando-a a seguir.
• Os limites para as pressões de contato das
almofadas simples e cintadas são,
respectivamente, 7 MPa e11 MPa.
• A deformação por compressão em serviço
deve ser limitada a 5%, devendo-se utilizar
nessa verificação valores experimentais em
função da dureza e do fator deforma.
• Tirantes
• A força de tração deve ser resistida
exclusivamente pela armadura, devendo ser
adotado um coeficiente de redução da tensão
mínima de escoamento do aço γf ≥,2,0.
• No caso de ser utilizada a solda como
elemento de ligação, deve ser evitada a sua
realização em distâncias inferiores a 20 cm de
qualquer dobramento a frio.
• No caso de utilização de perfis de aço para
transmissão da força de tração, deve ser dada
atenção especial ao modo de transferir a
tração no perfil para o concreto, não se
adotando tensões de aderência superiores a
0,5 MPa.
• Alças de levantamento
• As alças e pinos de levantamento são
considerados ligações temporárias com o
equipamento de manuseio e montagem das
peças. Na sua parte externa funcionam
predominantemente à tração e na parte imersa
no concreto ao cisalhamento (aderência). O
cálculo de dimensionamento das alças deve
obedecer dispositivos da norma e a Figura 8
• Ligação de vigas e lajes
• A solidarização de elementos resistentes à
flexão deve ser feita preferencialmente em
seções afastadas das de máximo momento
fletor de uma distância não inferior ao
comprimento de ancoragem ou a 1,5 vez a
altura útil na seção de emenda.
• Pode-se dispensar esta exigência nos
seguintes casos:
a)quando a seção de emenda for atravessada por
cabos de protensão;
b)quando forem utilizadas luvas rosqueadas;
c)quando ensaios conclusivos comprovarem a
eficiência da emenda com γ f ≥ 2.
• Ligação de vigas ou lajes com seus apoios
• A solidarização resistente à flexão é normalmente
feita em seções de máximo momento fletor
(negativo),
• Ligações de pilares, pórticos e arcos em
região de momento nulo
• Podem ser realizadas por uma das seguintes
alternativas:
a)redução da área de contato e aplicação de
protensão centrada, capaz de desenvolver
uma força de atrito pelo menos 50% acima da
força cortante existente, conforme a Figura
12(a)
c) encaixe de armaduras salientes em um
elemento em cavidades no outro elemento e
preenchimento dos vazios com resina adesiva
ou argamassa que também cubra
inteiramente as superfícies em contato,
conforme a Figura 12(c)
b) terminação dos topos dos elementos com
chapa metálica com pino e furos de
centralização, junta macho e fêmea ou
dispositivo equivalente, possibilitando aplicar-
se solda em todo o contorno das chapas em
contato; essas chapas devem estar
convenientemente ancoradas na massa de
concreto, conforme a Figura 12(b)
d) dispositivos metálicos rotulados;
e) qualquer outro processo de
comprovada eficácia e durabilidade nos ensaios
conclusivos com γf ≥ 2.
• Dimensionamento dos consolos e esforços
resistentes
• Hipóteses de cálculo:
a)para 1,0 <ad ≤ 2,0, o dimensionamento se faz
como viga em balanço,
b)para 0,5 < ad ≤ 1,0 (consolos curtos), o
dimensionamento se faz segundo o modelo
matemático de uma treliça de duas barras,
uma tracionada ou tirante e outra comprimida
ou biela;
– são estabelecidas limitações para as solicitações
dos materiais constitutivos das barras (aço no
tirante e concreto na biela)
c) para a/d ≤ 0,5 (consolos muito curtos), o
dimensionamento se faz supondo a ruptura ao
longo do plano de ligação do consolo com seu
suporte, podendo-se considerar o efeito favorável
de engrenamento dos agregados desde que a
interface seja atravessada por barras de aço
perpendiculares à mesma e satisfazendo itens
dispostos na NBR e adotando-se:
τwu ≤ 0,3 f, ou
τwu ≤ 6 MPa
d) despreza-se o eventual efeito favorável de
cargas horizontais que comprimam o plano de
ligação entre o consolo e o elemento de
sustentação;
e)considera-se que deva ser absorvido
integralmente pelo tirante o efeito de cargas
horizontais que tracionem o plano de ligação
entre o consolo e o elemento de sustentação.
• Disposições construtivas
• A altura da face externa do consolo não deve
ser menor que metade da altura do consolo
no engastamento, deduzido o afastamento da
almofada de apoio à borda externa, conforme
a Figura 13(a)
• O comprimento a1 e a largura b do consolo
devem ser fixados levando em conta o ajuste,
conforme a Figura 13(c).
• Quando o afastamento lateral da almofada de
apoio for superior ao cobrimento da
armadura, deve-se armar para a força de
fendilhamento, podendo-se para tal utilizara
teoria dos blocos parcialmente carregados.
Cargas diretas e indiretas. Bielas
• Ligações por meio de apoios em abas das vigas
• Sendo b a largura do elemento apoiado na aba e
h1
• a altura desta, a largura de cálculo para
dimensionamento é (b + h1).
• A largura da aba não deve ser inferior a 15 cm, a
menos que a região de contato do elemento
apoiado na aba seja protegida por cantoneira
metálica de largura ou iguala b
Produção de elementos pré-moldados
• No caso das armaduras pré-tracionadas, o
cobrimento mínimo do fio ou cordoalhas é de
2φ ou o disposto em 9.2.1.1, adotando-se o
maior valor. O espaçamento entre os fios ou
cordoalhas é, no mínimo, igual a:
• a) 2 x φ;
• b) 1,2 x (tamanho máximo do agregado);
• c) 2,0 cm
• Cobrimento
• Nos elementos de concreto pré-fabricados,,
com resistência característica fck não inferior a
25 MPa e consumo mínimo de 400 kg de
cimento por metro cúbico e fator
água/cimento menor ou igual a 0,45, qualquer
barra da armadura, inclusive de distribuição,
de montagem, de ligação e estribos, deve ter
cobrimento de concreto não menor que
• a) para elementos em meio não agressivo, os
valores da Tabela 3;
• b) para elementos em meio
medianamente agressivo e em meio muito
úmido, como, por exemplo: cozinhas,
lavanderias, estabelecimentos de banhos e
piscinas cobertas, os cobrimentos
especificados na Tabela 3 devem ser
aumentados em 0,5 cm;
• c) para elementos em contato com o solo, 2,5
cm,sendo que:-se o solo não for rochoso, sob
a estrutura deve ser interposta uma camada
de concreto simples, não considerada no
cálculo, com o consumo mínimo de 250 kg de
cimento por metro cúbico e espessura de pelo
menos 5 cm;
d) para concreto em meio fortemente
agressivo, 3,5 cm, sendo que:
- para cobrimento maior que 6 cm, deve-se
colocar uma armadura de pele complementar,
em rede, cujo cobrimento não deve ser
inferior aos limites especificados nesta alínea
e) no caso de estacas, admite-se como
suficiente o cobrimento necessário para a
situação anterior à cravação;
• Caso haja previsão de revestimento posterior do
concreto com argamassa de espessura mínima de
1 cm,os cobrimentos indicados em podem ser
reduzidos em 0,5 cm
• Caso haja previsão de revestimento posterior do
concreto com pintura protetora, com eficácia
comprovada em laboratório nacional
especializado,os cobrimentos podem ser
reduzidos até o limite dos valores indicados na
Tabela 3, diminuídos em 0,5 cm
Adequação aos sistemas pré-
moldados
• Tipologias com planos ortogonais são ideais ao
concreto pre moldado, pois apresentam um grau
de regularidade e repetição em sua malha
estrutural, nos vãos, no tamanho dos membros,
facilitando a modulação.
• Durante o projeto de uma edificação, seria
sempre interessante conseguir padronização e
repetição de soluções no sentido de se conseguir
uma maior economia na construção, não apenas
em relação ao concreto pré-moldado.
• A pré-moldagem oferece recursos consideráveis
para melhorar a sua eficiência estrutural. Vãos
grandes e redução da altura efetiva podem ser
obtidos usando concreto protendido para
elementos de vigas e de lajes.
• Para construções industriais e comerciais, os vãos
do piso podem chegar a mais de 40 m. Para
estacionamentos, o pré-fabricado permite que
mais carros sejam colocados na mesma área, por
causa dos grandes vãos e das seções de pilares
mais esbeltas.
• Princípios básicos do projeto
• Os projetos devem considerar as possibilidades,
as restrições e vantagens da utilização do
concreto pré-moldado, antes de completar o
projeto da estrutura pré-moldada.
• As maiores vantagens em soluções pré-moldadas
serão obtidas quando no estágio da concepção
do projeto forem considerados os seguintes
pontos:
a) Respeito à filosofia específica de projeto
Deve-se analisar a filosofia específica de
projeto de estruturas pré-moldadas, pois esta
é a chave para se conseguir uma construção
eficaz e econômica.
– utilizar um sistema de contraventamento próprio;
– utilizar grandes vãos;
– assegurar a integridade estrutural.
b) Usar soluções padronizadas sempre que
possível
• É um fator importante no processo de pré
fabricação, possibilitando a repetição com
custos mais baixos, melhor qualidade e
confiabilidade, assim como uma execução
mais rápida. A Padronização é aplicável nas
seguintes áreas:
– modulação de projeto;
– padronização de produtos entre fabricantes;
– padronização interna para detalhes construtivos e
padronização de procedimentos para produção e ou
montagem
c) Os detalhes devem ser simples
Um bom projeto em concreto pré-moldado deve
envolver detalhes o mais simples possível,
evitando detalhes muito complicados ou
vulneráveis.
d) Considerar as tolerâncias dimensionais
Produtos de concreto pré-moldados apresentam
diferenças entre as dimensões especificadas e as
executadas. Essas variações devem ser admitidas
e previstas no projeto desde o inicio, por
exemplo:
• possibilidade de tolerâncias de absorção nas
ligações (entre dois elementos pré-moldados, e
entre os elementos pré-moldados e as partes
moldadas no local)
– necessidade de almofadas (aparelhos) de apoio
– conseqüências causadas por curvaturas e diferenças
em curvaturas
– tolerância de movimentação, causada por retração,
expansão térmica, etc
e) Obter as vantagem do processo de
industrialização
A produção de concreto pré-moldado deve se
basear na industrialização. Isso é parcialmente
influenciada pelo projeto, por exemplo:
– a pré-tração permite a produção de elementos em
longas pistas de protensão;
– a padronização de componentes e de detalhes típicos
garante a padronização do processo;
– a posição adequada dos detalhes, por exemplo: barras
de espera etc., diminui o tempo dos serviços;
– simplicidade na descrição do projeto ajuda a evitar
erros;
– modificações imprevistas no projeto prejudicam o
planejamento da produção, etc.
• Modulação
• Ffator econômico muito importante no projeto e
construção de edifícios, tanto para o trabalho
estrutural como para o acabamento. Em pré-
fabricação, isso é ainda mais marcante,
especialmente em relação à padronização e
economia na produção e execução. Modulação é
geralmente bem estabelecida para componentes
estruturais em construções pré-moldadas.
• Geralmente, o módulo básico é 3M (M= 100
mm), 12 M é uma medida muito usada.
• Os pilares internos são posicionados no centro
do eixo modular. Os pilares de canto podem
ser posicionados com a grade de eixo paralela
à direção da face do pilar, mas essa solução é
menos recomendada que a anterior.
• Na primeira solução, todas as vigas são do
mesmo comprimento e a folga deixada no
canto do elemento de piso pode ser
preenchida com concreto moldado no local ou
com placas de fechamento.
• O comprimento dos elementos do piso é a
princípio completamente livre. A modulação é
certamente recomendada, mas terá pouco
impacto no custo dos assoalhos.
• Terá conseqüências na modulação das
unidades da fachada. Núcleos centrais e poços
de elevadores são posicionados de tal maneira
que a modulação axial na direção do vão do
piso coincida com a parte externa do núcleo.
• Na outra direção, a implantação deve ser
semelhante a todos os elementos do assoalho
do compartimento que têm o mesmo
comprimento.
• Para elementos da fachada, o ponto de vista é
bem diferente. A modulação é desejável, mas não
deve constituir um obstáculo para o conceito da
arquitetura do edifício.
• Cada projeto é desenhado individualmente e,
sempre, novos moldes têm que ser feitos. A
modulação em conexão com a produção
industrial não é obrigatória, mas influencia no
custo dos elementos.
• A modulação deve ser considerada como uma
ajuda, não como uma obrigação.
• Padronização
• A padronização é amplamente difundida na
pré-fabricação. Fabricantes de pré-moldados
têm padronizado seus componentes adotando
uma variação de sessões transversais
apropriadas para cada tipo de componente.
• Geralmente, se limita a detalhes, dimensões e
geometria das seções transversais, mas
raramente ao comprimento das unidades.
• Produtos típicos padronizados são: pilares,
vigas e lajes de piso.
• Produtos padronizados são produzidos em
formas pre estabelecidas. O projetista pode
selecionar o comprimento, dimensões e
capacidade de carga dentro de certos limites,
que pode encontrar em catálogos dos
fabricantes.
• Geralmente, os elementos de painéis têm
espessura padronizada, mas a altura e largura
são livres dentro de certos limites. Aberturas
para as janelas e portas são, normalmente,
livres. As fachadas são projetadas
individualmente para cada projeto. Algumas
vezes, os painéis de fechamento para edifícios
de uso geral são disponíveis nas dimensões
padronizadas.
• A pré-fabricação também pode ser aplicada
para componentes não padronizados. A
indústria de pré-moldados também está
produzindo componentes para outras
finalidades, por exemplo: escadas, rampas;
sacadas;elementos de formato especiais, etc.
• Tolerâncias dimensionais
• Sempre haverá diferenças inevitáveis entre as
dimensões especificadas e as dimensões reais
dos componentes e da construção final. Essas
variações devem ser examinadas e permitidas.
• O concreto pré-moldado é geralmente fabricado
com variações relativamente pequenas, mas os
projetistas devem ter conhecimento da real
variabilidade dimensional.
• É essencial considerar a forma desde o início do
projeto preliminar e discutir as tolerâncias o mais
cedo possível com os fabricantes de pré-
moldados.
• As tolerâncias de produção na fábrica incluem
variações dimensionais dos produtos, superfícies
não lineares ou não planas, falta de
ortogonalidade da seção transversal, variações na
curvatura dos elementos protendidos, posição de
incertos, etc.
• As tolerâncias no canteiro dizem respeito aos
desvios dos eixos e dos níveis no início da
construção.
• Os desvios de montagem durante o
levantamento da estrutura ocorrerão com
relação à posição e ao alinhamento entre os
elementos.
• Instalações Prediais
• As instalações podem ser parcialmente
integradas nas unidades pré-moldadas.
• Dutos, caixas ou aberturas para adaptação
elétrica podem ser moldadas nos elementos
de painéis. Outro exemplo são os tubos de
água pluvial que são moldados dentro das
colunas ou nos elementos de fachada.
• Grandes conduítes pré-fabricados para
ventilação e outras tubulações podem ser
instaladas dentro dos forros duplos ou ao
longo de elementos em arco para fachada
durante a montagem das unidades pré-
moldadas.
• Os elementos podem ser fornecidos com uma
variedade de nichos, as fixações podem ser
moldadas nos componentes, e outras formas
adicionais ainda estão disponíveis no canteiro
depois da montagem da construção pré-
moldada.
• No caso da pré-moldagem todos os
componentes e subsistemas que devem ser
moldados dentro dos elementos pré-
moldados devem ser planejados em estágios
anteriores. Ambos, os serviços de engenharia
e arquitetura devem estar prontos para definir
os requisitos de projeto a fim de que os
fabricantes possam preparar os seus projetos
de produção.
• O processo de pré-moldagem também oferece
certas vantagens em relação às técnicas de
construção. Por exemplo: a massa térmica do
concreto tem sido usada satisfatoriamente
para armazenar energia térmica em pisos de
laje alveolar, resultando em economia
substancial em relação a equipamentos de
aquecimento. Os alvéolos das placas de piso
são utilizados para ventilação antes que o ar
entre no ambiente.
• No inverno, o excesso de energia que vem das
máquinas, da luz elétrica, da luz solar e dos
usuários é estocada durante o dia e
recuperada durante a noite. No verão, os pisos
são resfriados durante a noite pelo ar de fora.
Esse sistema permite uma economia de
energia superior a 30 %. Esses alvéolos
também podem ser utilizados para incorporar
dutos e tubulações na parte interior dos pisos.
Sistemas Construtivos Pré-moldados
• Os tipos mais comuns de sistemas estruturais de
concreto pré-moldados são:
– Estruturas consistuidas de pilares e vigas de
fechamento, que são utilizadas para construções
industriais, armazéns, construções comerciais, etc.
– Estruturas em esqueleto, consistindo de pilares, vigas
e lajes, para edificações de alturas médias e baixas, e
com um número pequeno de paredes de
contraventamento para estruturas altas. As estruturas
em esqueletos são utilizadas principalmente para
construções de escritórios, escolas, hospitais,
estacionamentos, etc.
– Estruturas em painéis estruturais, consistindo de
componentes de painéis portantes verticais e de
painéis de lajes, as quais são usadas extensivamente
para a construção de casas e apartamentos, hotéis,
escolas, etc.
– Estruturas para pisos, consistindo de vários tipos de
elementos de laje montados para formar uma
estrutura do piso capaz de distribuir a carga
concentrada e transferir as forças horizontais para os
sistemas de contraventamento. Os pisos pré-
moldados são muito usados em conjunto com todos
os tipos de sistemas construtivos e materiais.
– Sistemas para fachadas, consistindo de painéis
maciços ou painéis sanduíche, com ou sem função
estrutural. Apresentam-se em todos os tipos de
formato e execuções, desde o simples fechamento
até os mais requintados painéis em concreto
arquitetônico para escritórios e fachadas
importantes.
– Sistemas celulares, consistindo de células de
concreto pré-moldado e, algumas vezes, utilizados
para blocos de banheiros, cozinhas, garagens, etc.
Sistemas Estruturais em Esqueleto e
Sistemas Aporticados
• Estes sistemas são apropriados para
construções que precisam de alta flexibilidade
na arquitetura. Isto ocorre pela possibilidade
do uso de grandes vãos e para alcançar
espaços abertos sem a interferência de
paredes. Isto é muito importante para
construções industriais, shopping centres,
estacionamentos, centros esportivos e,
também, para construções de escritórios
grandes.
• O conceito da estrutura em esqueleto oferece maior
liberdade no planejamento e disposição das áreas do
piso, sem obstrução de paredes portantes internas ou
por um grande número de pilares internos.
• Pelo fato de que nas estruturas em esqueleto o sistema
portante ser normalmente independente dos
subsistemas complementares da edificação, como os
sistemas de fechamento, sistemas hidráulicos e
elétricos, etc., é fácil adaptar as edificações para
mudanças no seu uso, com novas funções e inovações
técnicas.
Estruturas de painéis estruturais
• Painéis pré-fabricados são utilizados para
fechamentos internos e externos, para caixas de
elevadores, núcleos centrais, etc. Os sistemas de
painéis pré-fabricados são muito utilizados em
construções residenciais, tanto para casas quanto
para apartamentos. Essa solução pode ser
considerada como uma forma industrializada de
paredes moldadas no local, tijolos convencionais
ou paredes de alvenaria. Os painéis pré-
fabricados podem ser portantes ou de
fechamento.
Fachadas de concreto
• Fachadas pré-fabricadas são adequadas para qualquer
tipo de construção. Podem ser executadas em diversas
cores, além do concreto cinza, e podem ser projetadas
como elementos estruturais ou somente de
fechamento. As fachadas que suportam carga têm
função dupla, decorativa e estrutural. Estas suportam
as cargas verticais dos pavimentos e dos painéis
superiores. Os sistemas de fachadas com painéis
estruturais constituem uma solução econômica, uma
vez que isto dispensa o uso de pilares nas bordas e as
vigas para apoio de pisos. Outra vantagem dos painéis
estruturais o fato de que a construção fica protegida
internamente num estágio bastante inicial da obra.
• As fachadas arquitetônicas de concreto são
geralmente empregadas em combinação com as
estruturas de esqueleto, onde a estrutura interna
é composta de pilares e vigas (figura 2.4).
• Uma tendência moderna é construir escritórios
sem pilares internos, onde painéis alveolares
protendidos para piso cobrem vãos de uma
fachada para outra, acima de 16 a 18 m de
comprimento.
• Sistemas pré-moldados para pisos
• Os elementos pré-moldados para pisos são um
dos produtos pré-moldados mais antigos. O
mercado oferece uma variedade de sistemas para
piso e cobertura pré-moldados, dos quais
podemos distinguir cinco tipos principais:
sistemas de painéis alveolares protendidos;
sistemas de painéis com nervuras protendidas
(seções T ou duplo T); sistemas de painéis
maciços de concreto; sistemas de lajes mistas;
sistemas de laje com vigotas pré-moldadas.
• As vantagens principais dos sistemas pré-
moldados para pavimentos são a rapidez da
construção, a ausência de escoramento, a
diversidade de tipos, a alta capacidade de vencer
vãos e a sua economia.
• Os pisos pré-moldados são utilizados
extensivamente para todos os tipos de
construção, não somente para estruturas pré-
moldadas, mas também em combinação com
outros materiais, por exemplo em estruturas
metálicas, de concreto moldado no local, etc.
a) capacidade portante para o vão
– Sistemas de lajes com nervuras protendidas são bastante
apropriados para grandes vãos e cargas em construções
industriais, armazéns, centros de distribuição, etc.;
– Sistemas de lajes alveolares protendidas são apropriadas
para grandes vãos com cargas moderadas, para
apartamentos, escritórios, estacionamentos etc.
– Sistemas de lajes com placas pré-moldadas são utilizadas
para vãos menores com cargas moderadas, como por
exemplo, residências, apartamentos, hotéis, etc.
– sistemas de lajes com vigotas pré-moldadas são
principalmente utilizados para vãos e cargas menores,
principalmente para residências
• Tipologias das faces inferiores dos elementos de laje
• As faces inferiores dos elementos pré-fabricados para
lajes de piso podem ser nervuradas ou planas, lisas ou
rugosas para revestimento, com ou sem isolamento
térmico. Os elementos com nervuras aparentes
inferiores oferecem a possibilidade da embutimento de
dutos e tubos entre essas nervuras. No caso das lajes
alveolares protendidas, com faces planas, o uso
combinado da protensão com as nervuras internas
possibilita uma menor altura dos painéis.
• Entretanto, as juntas longitudinais aparentes
entre os painéis alveolares nem sempre aceitável
em construções residenciais. Sistemas de lajes
com vigotas pré-moldadas necessitam de
revestimento para acabamento.
• Finalmente, as lajes alveolares protendidas
podem ter uma camada de isolamento térmico
na face inferior. Essa solução é muito aplicada em
regiões mais frias, onde se utiliza em residências
com pisos elevados acima do solo sobre espaços
abertos.
• c) Peso Próprio
• O peso próprio dos elementos para piso pode
variar entre menos de 100 kg, como no caso
das lajes com vigotas, para algumas toneladas,
como no caso dos painéis em duplo T para
grandes vãos. Assim, a escolha do sistema
para piso depende das dimensões dos vãos no
projeto e da capacidade dos equipamentos de
montagem que estão disponíveis no mercado.
• d) Isolamento acústico
• A propriedade acústica é um critério muito
importante na escolha do tipo de piso,
especialmente em construções residenciais. A
capacidade de isolamento de ruídos propagados
no ar depende da massa dos painéis por m².
• Assim, os pisos de concreto podem facilmente
atender aos requisitos mínimos de desempenho
para isolamento de ruídos com propagação
atmosférica.
• A situação é diferente na transmissão para
ruídos causados por impactos, onde
geralmente medidas adicionais devem ser
consideradas, por exemplo no caso de
mezaninos suspensos, etc.
• e) Resistência ao fogo
• Normalmente, os pisos pré-moldados de
concreto armado ou protendido conseguem
resistir ao fogo durante 60 a 120 minutos ou
mais. Assim, todos os tipos de pavimentos de
concreto podem resistir até 60 minutos, sem
nenhuma medida especial. Para uma proteção de
incêndio acima de 90 minutos é necessário
aumentar o recobrimento de concreto das
armaduras.
• Sistemas celulares
• As unidades celulares são algumas vezes
utilizadas para algumas partes das construções,
como por exemplo para os banheiros, cozinhas,
garagens, etc. Esse sistema é vantajoso pois é
rápido, a fabricação é industrializada até o
término, e os equipamentos celulares podem ser
montados completamente na fábrica. Entretanto,
estes sistemas apresentam maiores dificuldades
para transporte e menor flexibilidade
arquitetônica.
• Edifícios para Escritórios
• Os edifícios para escritórios requerem alto
grau de flexibilidade e adaptabilidade, onde o
espaço interior deve ser livre. Geralmente, os
edifícios de escritório são concebidos como
sistemas de estruturas com núcleos de
contraventamento. As fachadas podem ser
executadas em qualquer material. As fachadas
pré-fabricadas em concreto arquitetônico
podem ou não ser portadores de carga. No
Concreto protendido
• Protensão é um artifício utilizado para
submeter uma estrutura a um conveniente
estado prévio de tensões.
• A norma brasileira NBR 7197 (1989), por
exemplo, se aplica apenas a elementos de
concreto protendidos por armadura e define
peça de concreto protendido como
sendo “aquela que é submetida a um sistema
de forças especialmente e permanentemente
aplicadas, chamadas forças de protensão e
tais que, em condições de utilização, quando
agirem simultaneamente com as demais
ações, impeçam ou limitem a fissuração.”
• Armadura de protensão ou armadura ativa ou,
ainda, cabo de protensão, é o elemento que
será tracionado e, quando devidamente
ancorado, transmitirá a força de protensão ao
concreto. Pode ser constituída por fios, barras,
cordoalhas ou feixes (de fios ou de
cordoalhas).
• Armadura passiva é qualquer armadura que não
seja utilizada para produzir forças de protensão, e
são normalmente constituídas por barras ou fios
de aço para concreto armado (CA-50 e CA-60).
• Macaco de protensão é o equipamento usado
para tracionamento da armadura ativa. Em geral
os macacos são hidráulicos. Os macacos podem,
também ser utilizados aplicando uma
compressão diretamente ao concreto (caso não
previsto pela norma brasileira).
• Protensão para transformar o concreto num
material elástico
• Este é o conceito mais evidente ao se pensar
em concreto protendido: aplicar ao concreto
uma pré-compressão, de forma que ao ser
carregado (em serviço) não apareçam tensões
de tração, evitando-se a fissuração, e
transformando-o em um material elástico.
• O elemento de concreto está submetido a dois
sistemas de forças: um interno, a protensão, e
outro externo, as cargas aplicadas, sendo que
as tensões de tração geradas pelo
carregamento extensão contrabalançadas pela
compressão originada da protensão.
Conseqüentemente, a fissuração devida à
tração é evitada (ou, pelo menos, retardada).
• Protensão para combinar aço de alta resistência
com concreto
• Este conceito é muito similar ao já conhecido e
utilizado para concreto armado, onde o momento
externo é resistido por um binário formado pela
força de compressão no concreto e pela força de
tração no aço. Desta maneira é possível enxergar
o dimensionamento do concreto protendido de
uma forma simples, baseando-se em princípios já
conhecidos.
• É imprescindível a utilização de aço de alta
resistência em concreto protendido.
• Protensão para obter um balanceamento das
cargas externas
• Consiste em considerar o efeito da protensão
para contrabalançar o efeito das cargas externas.
É muito utilizado no cálculo de lajes e vigas para
contrapor o efeito da flexão gerado pelas cargas
gravitacionais, de forma que a peça fique sujeita
apenas a tensões diretas de compressão.
• Qualquer das maneiras chega-se ao mesmo final,
não havendo alteração de características, mas de
forma de análise.
• CLASSIFICAÇÕES E TIPOS
• Algumas definições são importantes para análise
do problema:
• Protensão interna ou externa
• Uma peça está submetida à protensão interna
quando a armadura ativa está embutida no
concreto.
• No caso das vigas caixão, normalmente utilizadas
na construção de pontes, os cabos são colocados
na parte vazada da seção (figura 2.4), sendo que
a protensão é transferida para o concreto através
de dispositivos especiais de fixação. Diz-se, então,
que a protensão é externa ou com cabos
externos. Em obras deste tipo, se a armadura de
protensão apresentar algum tipo de patologia
após um certo período de uso, fica mais fácil
substituí-la, por se tratarem de cabos externos
não aderentes.
• Há, ainda, a protensão externa à peça de
concreto, não aplicada por cabos. Para este tipo
de protensão são colocados macacos externos às
peças, comprimindo-as, como pode ser
observado na figura 2.5.
• Este caso não é muito comum, visto que a
protensão é perdida ao longo do tempo devido à
fluência e à retração do concreto, sendo
necessário prover um meio de se restaurar a
protensão ao longo da vida da estrutura.
• Protensão linear ou circular
• A protensão circular é normalmente utilizada em
reservatórios e silos cilíndricos. Nestes casos, a
armadura ativa envolve a estrutura, produzindo
um cintamento.
• A protensão linear utilizada em vigas e lajes.
Ressalta-se que os cabos não são
necessariamente retos; podem ser, por exemplo,
poligonais ou parabólicos. A diferença está no
fato de que na protensão linear os cabos não
circundam o elemento protendido.
• Pré-tração ou pós-tração
• Pré-tração é o método de protensão pelo qual o
concreto é lançado após o tracionamento da armadura.
Os cabos são protendidos e fixados temporariamente
em encontros externos à forma da peça.
Posteriormente, o concreto é lançado e, atingindo
certa resistência, dá condição para que os cabos sejam
cortados. Assim os esforços são transferidos da
armadura para o concreto. A pré-tração é utilizada,
principalmente, na fabricação de peças pré-moldadas.
• Um elemento é pós-tracionado quando a
protensão é aplicada após o endurecimento do
concreto. O procedimento mais comum para
vigas e lajes consiste em posicionar, durante a
montagem da forma, as bainhas de protensão.
• Após o endurecimento do concreto os cabos são
passados pelo interior das bainhas e a protensão
é aplicada. O próprio concreto serve como reação
(apoio) para o macaco hidráulico, e por isto é
necessário que já tenha atingido uma resistência
suficiente quando do tracionamento dos cabos.
• Posteriormente deve-se injetar nas bainhas um
material com a função de proteger a armadura,
podendo ser calda de cimento, no caso de armaduras
aderentes, ou graxa, no caso de armaduras não
aderentes.
• Cabos aderentes e não aderentes
• Os cabos de protensão são ditos aderentes quando
mantêm aderência ao concreto em toda sua
extensão, ou seja, a transferência de esforço é feita
em todo o comprimento dos cabos. As peças
protendidas com cabos aderentes podem ser
subdivididas em dois grupos: com aderência inicial e
com aderência posterior.
• Os cabos não aderentes, são aqueles em que não
há transferência de esforços entre a armadura e o
concreto ao longo do seu comprimento. A
protensão é passada do cabo para o concreto
exclusivamente por dispositivos mecânicos.
• Podem ficar externos ao concreto ou passantes
pelas bainhas. Neste segundo caso é injetada
graxa no interior da bainha proporcionando
maior proteção à armadura.
• Cabos aderentes podem ser deixados não
aderentes em alguns trechos do seu
comprimento, quando for conveniente.
• A existência ou não de aderência se refere à
armadura ativa, visto que a armadura passiva
sempre deve estar aderente ao concreto.
• Protensão total ou parcial
• Tem-se protensão total quando uma peça é
projetada de forma que não apareçam
tensões de tração mesmo sob as solicitações
em serviço. Por outro lado, se no projeto é
admitida a existência de alguma tensão de
tração tem-se, então, a protensão parcial.
• Elementos pré-moldados ou moldados “in loco”
• Os elementos são fabricados nas pistas de protensão
(figura 2.7), que normalmente têm de 60 a 200m de
comprimento.
• Geralmente, os elementos pré- moldados são pré-
tracionados, sendo que a protensão é aplicada
utilizando como reação blocos especialmente
construídos para este fim ou a própria forma, desde
que seja projetada para tal. Nos elementos pré-
moldados, é mais comum a utilização de cabos retos,
sendo possível também utilizarem-se cabos poligonais.
• No Brasil, as estruturas moldadas no local da
obra ainda são muito mais empregadas do
que as estruturas pré-moldadas. Com relação
à protensão, nas peças moldadas “in loco”
normalmente se utiliza a pós-tração com
cabos aderentes (aderência posteriormente
desenvolvida) ou não aderentes.
Materiais
• Nas obras de concreto protendido em geral
existe um maior nível de controle tecnológico,
sendo comum o uso de concretos de
resistência mais altas (30 a 40MPa) do que em
obras de concreto armado (20 a 25MPa).
• Três motivos mostram a necessidade de
utilização de concretos de resistências mais
elevadas para o concreto protendido:
• A introdução das forças de protensão podem
causar solicitações prévias muito elevadas,
sendo necessário que o concreto atinja um
certo nível de resistência a pouca idade.
• Com o concreto de alta resistência é possível
diminuir a seção transversal das peças,
diminuindo, assim, o seu peso próprio, o que é
primordial no caso de elementos pré-
moldados (transporte e içamento)
• Concretos com resistência mais altas possuem
módulos de deformação mais elevados,
diminuindo tanto as deformações imediatas
como as deformações devidas a fluência e
retração.
• Isto é importante, principalmente, por reduzir
as perdas de protensão.
• ARMADURA ATIVA
• Armadura ativa faz lembrar imediatamente as
cordoalhas, fios e barras de aço utilizadas na
protensão.
• Cabos de outros tipos de materiais, no
entanto, estão sendo desenvolvidos para
serem utilizados como armadura,
principalmente como armadura ativa.
• Tem sido produzidas cordoalhas metálica,
engraxadas e plastificadas.
CABOS DE AÇO
• Estes aços recebem tratamentos térmicos e se
caracterizam pela ausência de patamar de
escoamento. A depender do tratamento térmico
empregado, podem ser: aliviados ou de relaxação
normal (RN); e estabilizados ou de baixa
relaxação (RB). Nestes, o tratamento empregado
reduz a relaxação do aço, diminuindo as perdas
de protensão
• Os aços para armadura ativa podem se
apresentar das seguintes formas:
• Fios trefilados de aço carbono, com diâmetros
variando entre 3 e 8mm, fornecidos em rolos ou
em bobinas;
• Cordoalhas constituídas por dois, três ou sete fios
trefilados, enrolados em forma de hélice,
fornecidas em bobinas;
• Barras de aço-liga de alta resistência, laminadas a
quente, com diâmetros maiores do que 12mm, e
com comprimento limitado.
• Os aços mais comuns têm resistência
característica à ruptura por tração variando de
150kN/cm2 a 190 kN/cm2. No caso dos fios e
barras, essa resistência é dita efetiva, e no caso
das cordoalhas, convencional.
• Nas cordoalhas, a tensão não se distribui
uniformemente por todos os fios. Os aços para
protensão são designados pela sigla CP, seguido
da sua resistência característica à ruptura em
kN/cm2 e da identificação em relação ao tipo de
tratamento empregado (RN ou RB).
• CABOS NÃO METÁLICOS
• Recentemente vêm sendo desenvolvidas
muitas pesquisas sobre o uso de fibras
sintéticas na construção civil, especialmente
como armadura ativa ou passiva.
• As armaduras são constituídas de fibras,
embebidas em uma resina tomando a forma
de barras, fios ou cordoalhas (fios trançados).
• As fibras de vidro inorgânicas, as fibras de
carbono e as fibras de kevlar são as propostas
para o CP. Quanto às resinas, podem ser
epoxídicas, vinílicas ou de poliéster.
• Os cabos de FRP (fiber reinforced plastic)
possuem alta resistência à tração (da ordem
de 1900MPa), alto módulo de elasticidade (da
ordem de 130000MPa), baixo peso específico
e excelente resistência à corrosão.
• Estas quatro características associadas
viabilizam o uso destes cabos em elementos
protendidos, principalmente como cabos
externos. Nestes casos, a resistência à
corrosão é um fator determinante. O uso de
cabos externos é prática frequente em
recuperação e reforço de estruturas.
• CORDOALHAS ENGRAXADAS
• Estas cordoalhas são utilizadas para pós-
tração, dispensando o uso das bainhas
comuns, pois cada cordoalha já vem envolvida
em sua própria “bainha” plástica.
• O processo de fabricação é contínuo e
consiste em aplicar uma graxa em torno da
cordoalha de aço e em seguida um
revestimento plástico .
• A graxa, além de proteger a armadura inibindo a
corrosão, promove a lubrificação entre o
revestimento e a cordoalha. O atrito entre a
bainha e a armadura passa de 0,24, no caso de
bainhas metálicas, para 0,07 nas cordoalhas
engraxadas.
• O revestimento plástico, feito de polietileno de
alta densidade, é extrudado diretamente sobre a
cordoalha já engraxada, em toda sua extensão. As
características mecânicas destas cordoalhas são
idênticas às das cordoalhas sem revestimento.
• As cordoalhas engraxadas têm grande
potencial de aplicação nas lajes planas
protendidas. É usual a utilização de um
sistema denominado monocordoalha, em que
cada ancoragem fixa apenas uma única
cordoalha.
• Sem a necessidade da bainha metálica a
espessura da laje diminui bastante,
melhorando o desempenho.
• DISPOSITIVOS E EQUIPAMENTOS ADICIONAIS
• Os dispositivos e equipamentos usados nos
elementos de concreto protendido podem ser
divididos em dois grupos: os que são usados na
pré-tração e os que são usados na pós-tração.
• Na pré-tração, são utilizados os encontros, onde a
armadura fica fixada temporariamente antes da
protensão ser transferida para o concreto e, no
caso de cabos poligonais, são utilizados
dispositivos para mudança de direção das
armaduras protendidas.
• A pós tração, em geral, requer um maior número
de dispositivos, podendo-se citar as bainhas e os
dispositivos de ancoragem.
• As ancoragens ativas (figura 3.2) são instaladas
nas extremidades em que se aplica a protensão.
Geralmente são metálicas e compostas por uma
placa, que fica diretamente em contato com o
concreto, seguida de um bloco com furos por
onde passam as cordoalhas e onde são fixadas as
cunhas.
• As ancoragens passivas (figura 3.3) são
normalmente em forma de laço e possuem
uma chapa metálica curva na extremidade
para permitir uma ancoragem mais eficiente.
Nos dois casos (armaduras ativas ou passivas),
são utilizadas armaduras adicionais de
fretagem, em forma de hélice, garantindo um
melhor comportamento das zonas de
ancoragem.
• Existe, ainda, um elemento de transição entre
a bainha e a placa, chamada de trombeta. No
interior da trombeta se dá a bifurcação das
cordoalhas, a fim de que passem
individualmente pelos furos da placa de
distribuição.
• No caso de armaduras em barras de aço o
dispositivo de ancoragem é bastante
diferente, sendo constituído
fundamentalmente por um sistema de rosca e
porca.
NOÇÕES SOBRE DIMENSIONAMENTO

• ESTÁGIOS DE CARREGAMENTO
• Em geral, uma peça de concreto armado está
submetida a duas situações de carregamento:
uma na fase de construção e outra em serviço.
Normalmente, isto ainda é simplificado pela
consideração de que as cargas durante a
construção são inferiores às cargas em serviço,
calculando a estrutura apenas para as cargas
em serviço.
• Um elemento em concreto protendido, por sua
vez, passa por outros estágios de carregamento,
decorrentes da aplicação da protensão e do
processo executivo, que devem ser considerados
no cálculo.
• Nas estruturas pré-moldadas, além do estágio
final, devem ser considerados um estágio inicial
durante a protensão e um estágio intermediário
durante o transporte e o içamento.
• No estágio inicial ou estado em vazio, as
peças ainda não estão submetidas às cargas
de serviço, (com exceção do peso próprio) e
geralmente o concreto ainda não atingiu a sua
resistência final de projeto. É neste estágio
que se aplica a protensão. Podem ser divididas
em:
• Durante a protensão. Provavelmente nesta etapa
estarão submetidos à maior carga de toda sua vida útil.
É muito comum a aplicação de uma força um pouco
maior para compensar as perdas decorrentes da
acomodação das ancoragens.
• O concreto da região das ancoragens também recebe
grandes esforços pois ainda não atingiu uma resistência
plena, e no ato da protensão, pode ocorrer o
esmagamento desta região. Deve-se estar atento,
também, para a ordem de protensão dos cabos para
que não ocorra uma flexão não esperada na peça
devida a uma protensão assimétrica.
• Durante a transferência da protensão.
Durante a transferência da protensão, atuam
no elemento apenas o peso próprio e a força
de protensão. As tensões causadas neste
estágio devem ser cuidadosamente verificadas
pois pode ocorrer uma inversão de esforços
ou esforços com valores significativamente
superiores aos esperados em serviço.
• Nesta fase a maioria das perdas de protensão
ainda não ocorreram, e a força atua, portanto,
com um valor quase igual ao inicial.
• Em algumas estruturas é importante também
analisar o processo de desforma e a
necessidade de se re-protender o elemento.
• O estágio intermediário ocorre exclusivamente para
estruturas pré-moldadas, e engloba as etapas de
transporte e içamento. É essencial determinar
previamente os pontos para apoio das peças e fixação
dos cabos para içamento, de forma que o elemento
seja verificado com o esquema estático adequado.
• Para ficar mais claro: uma viga calculada como
biapoiada, por exemplo, não pode ser içada pelo meio
do vão nem transportada apoiada em toda sua
extensão, o que no mínimo causaria uma intensa
fissuração, podendo até ocasionar a ruína.
• No estágio final estão atuando sobre a
estrutura todas as cargas de serviço. É
importante considerar corretamente as
combinações de cargas variáveis e
permanentes nas diversas partes da estrutura.
Quando for o caso, deve-se levar em conta as
ações horizontais de vento e os esforços
causados por recalque diferencial e variação
de temperatura, dentre outras situações
particulares.
• ESTADOS LIMITES A CONSIDERAR
• A diferença no dimensionamento do concreto
protendido em relação ao concreto armado
está no fato de as estruturas protendidas
serem dimensionadas para atender aos
estados limites de serviço e são verificadas
quanto aos estados limites últimos.
• Inicialmente a armadura de protensão é
calculada para que a peça respeite as
limitações impostas pelos estados limites de
serviço e posteriormente é verificado o
atendimento aos estados limites últimos.
• Dentre os estados limites de serviço tem-se:
• Estado limite de descompressão, que a NBR-
7197 define como sendo “o estado no qual em
um ou mais pontos da seção transversal a
tensão normal é nula, não havendo tração no
restante da seção”.
• Estado limite de formação de fissuras. É o
estado limite de serviço correspondente ao
início da fissuração do concreto devido aos
esforços de flexão.
• Estado limite de abertura de fissuras. Para
verificação deste estado limite são
especificados valores máximos característicos
para a abertura de fissuras. A verificação é
feita no estádio II, ou seja, admite-se o
concreto já fissurado na região tracionada,
mas com comportamento elástico linear na
zona comprimida.
• Estado limite de compressão excessiva. É
definido como o estado em que as tensões de
compressão na seção transversal das peças
fletidas atingem um limite convencional. No
caso destas peças, este limite vale 0,7fckj tem a
finalidade de evitar micro fissuras no concreto
• Estado limite de deformações excessivas.
Corresponde à deformações da estrutura que
prejudiquem o uso normal da construção. A
verificação da segurança quanto a este estado
limite pode ser feita nos estádios I ou II, a
depender da situação considerada.
• NOÇÕES SOBRE PERDAS DE PROTENSÃO
• As forças de protensão, variam em intensidade
devido às perdas de protensão. Estas perdas são
inerentes ao processo construtivo e às
características mecânicas dos materiais, e podem
ser subdivididas em perdas imediatas, quando
ocorrem durante a operação de esticamento e
ancoragem dos cabos, e perdas retardadas ou
progressivas, quando acontecem gradualmente
ao longo do tempo.
• As principais causas das perdas de protensão são as
seguintes:
• Retração e fluência do concreto. A retração é um
fenômeno intrínseco ao concreto, causada
principalmente pelas reações de hidratação do cimento
e pelo equilíbrio higrotérmico do concreto. A fluência é
a contração do concreto devida à aplicação de forças
de longa duração, como a protensão.
• Os dois fenômenos causam o encurtamento do
concreto, fazendo com que haja uma diminuição da
força de protensão
• Relaxação e fluência do aço de protensão.
• A relaxação é o fenômeno da diminuição da
tensão no aço, quando a armadura pré-
tracionada é mantida sob comprimento
constante. A fluência do aço, analogamente ao
que acontece com o concreto, corresponde ao
alongamento do cabo ao longo do tempo, sob
tensão constante
• Estes dois fenômenos causam perdas de
protensão que se processam durante a vida
útil da estrutura.
• A relaxação é mais significativa do que a
fluência, uma vez que o comprimento da
armadura é mantido aproximadamente
constante. Para minimizar os efeitos da
relaxação são utilizados os aços do tipo RB, de
baixa relaxação.
• Atrito dos cabos. Nas peças pré-tracionadas as
perdas por atrito ocorrem nos macacos, nas
ancoragens provisórias e nos pontos de
mudança de direção de armaduras poligonais.
Estas perdas são normalmente controladas
nas fábricas através do aumento da força de
protensão e dispositivos para reduzir o atrito.
• Deformação imediata do concreto. Esta perda
é inerente ao processo de execução, pois para
haver transferência da protensão é necessário
que haja o encurtamento do concreto. No
caso da pós-tração, como os macacos se
apoiam na própria peça, o concreto se
deforma durante o esticamento dos cabos.
• Acomodação das ancoragens. Nas peças pré-
tracionadas, como a ancoragem se dá por
aderência do cabo ao concreto, não há perdas
por acomodação das ancoragens.
• Nas peças pós-tracionadas, quando é usado
um sistema de porca e rosca (armadura em
barras), estas perdas também não existem.
Elas são mais significativas nas ancoragens
com sistema de cunhas.
Pontes em concreto armado e
protendido
NBR 7187
• Esta Norma fixa os requisitos que devem ser
obedecidos no projeto, na execução e no controle das
pontes de concreto armado e de concreto protendido,
excluídas aquelas em que se empregue concreto leve
ou outros concretos especiais.
• Além das condições desta Norma, devem ser
obedecidas as de outras normas específicas e as
exigências peculiares a cada caso, principalmente
quando se tratar de estruturas com características
excepcionais, onde as verificações de segurança
necessitam de considerações adicionais, não previstas
nesta Norma.
• Estados limites e durabilidade
• Os estados limites a serem considerados estão
definidos e relacionados nas seções 3 e 10 da
NBR 6118.Os estados limites últimos (ELU)
representam o colapso ou qualquer outra forma
de ruína que determine a paralisação do uso da
estrutura.
• Os estados limites de serviço (ELS) estão
relacionados com a durabilidade e a boa
utilização funcional das estruturas, sua aparência
e o conforto dos usuários.
• Ações a considerar
• Conforme definição constante na NBR 8681,
ações são as causas que provocam o
aparecimento de esforços ou deformações nas
estruturas. Classificam-se, segundo a referida
norma, em:
a) permanentes;
b) variáveis;
c) excepcionais.
• Ações permanentes
• Ações cujas intensidades podem ser consideradas
como constantes ao longo da vida útil da
construção. Também são consideradas
permanentes as que crescem no tempo,
tendendo a um valor limite constante. As ações
permanentes compreendem, entre outras:
a) as cargas provenientes do peso próprio dos
elementos estruturais;
b) as cargas provenientes do peso da
pavimentação, dos trilhos, dos dormentes, dos
lastros, dos revestimentos, das barreiras, dos
guarda-rodas, dos guarda-corpos e de
dispositivos de sinalização;
c) os empuxos de terra e de líquidos;
d) as forças de protensão;
e) as deformações impostas, isto é, provocadas
por fluência e retração do concreto, por variações
de temperatura e por deslocamentos de apoios
• Peso próprio dos elementos estruturais
• Na avaliação das cargas devidas ao peso próprio dos
elementos estruturais, o peso específico deve ser tomado
no mínimo igual a 24 kN/m³ para o concreto simples e 25
kN/m³ para o concreto armado ou protendido.
• Pavimentação
• Na avaliação da carga devida ao peso da pavimentação,
deve ser adotado para peso específico do material
empregado o valor mínimo de 24 kN/m³, prevendo-se uma
carga adicional de 2 kN/m² para atender a um possível
recapeamento. A consideração desta carga adicional pode
ser dispensada, a critério do proprietário da obra, no caso
de pontes de grandes vãos.
• Lastro ferroviário, trilhos e dormentes
• As cargas correspondentes ao lastro ferroviário
devem ser determinadas considerando um peso
específico aparente de 18 kN/m³. Deve ser
suposto que o lastro atinja o nível superior dos
dormentes e preencha completamente o espaço
limitado pelos guarda-lastros, até o seu bordo
superior, mesmo se na seção transversal do
projeto assim não for indicado.
• Na ausência de indicações precisas, a carga
referente aos dormentes, trilhos e acessórios
deve ser considerada no mínimo igual a 8 kN/m
por via.
• Empuxo de terra
• O empuxo de terra nas estruturas é determinado
de acordo com os princípios da mecânica dos
solos, em função de sua natureza (ativo, passivo
ou de repouso), das características do terreno,
assim como das inclinações dos taludes e dos
paramentos.
• Como simplificação, pode ser suposto que o
solo não tenha coesão e que não haja atrito
entre o terreno e a estrutura, desde que as
solicitações assim determinadas estejam a
favor da segurança.
• O peso específico do solo úmido deve ser
considerado no mínimo igual a 18 kN/m³ e o
ângulo de atrito interno no máximo igual a
30º.
• Os empuxos ativo e de repouso devem ser
considerados nas situações mais desfavoráveis. A
atuação do empuxo passivo só pode ser levada
em conta quando sua ocorrência puder ser
garantida ao longo de toda a vida útil da obra.
• Quando a superestrutura funciona como arrimo
dos aterros de acesso, a ação do empuxo de terra
proveniente desses aterros pode ser considerada
simultaneamente em ambas as extremidades
somente no caso em que não haja juntas
intermediárias do tabuleiro
e desde que seja feita a verificação também
para a hipótese de existir a ação em apenas
uma das extremidades, agindo isoladamente
(sem outras forças horizontais) e para o caso
de estrutura em construção.
• Nos casos de tabuleiro em curva ou esconso,
deve ser considerada a atuação simultânea
dos empuxos em ambas as extremidades,
quando for mais desfavorável.
• No caso de pilares implantados em taludes de
aterro, deve ser adotada, para o cálculo do
empuxo de terra, uma largura fictícia igual a três
vezes a largura do pilar, devendo este valor ficar
limitado à largura da plataforma do aterro.
• Para grupo de pilares alinhados
transversalmente, quando a largura fictícia,
obtida de acordo com o critério de 7.1.4.1, for
superior à distância transversal entre eixos de
pilares, a nova largura fictícia a considerar deve
ser:
a) para os pilares externos, a semi distância entre eixos
acrescida de uma vez e meia a largura do pilar;
b) para os pilares intermediários a distância entre
eixos.
Empuxo d’água
O empuxo d´água e a sub pressão devem ser
considerados nas situações mais desfavoráveis para a
verificação dos estados limites, sendo dada especial
atenção ao estudo dos níveis máximo e mínimo dos
cursos d’água e do lençol freático.
• No caso de utilização de contrapeso
enterrado, é obrigatória, na avaliação de seu
peso, a consideração da hipótese de
submersão total do mesmo, salvo se
comprovada a impossibilidade de ocorrência
dessa situação.
• Nos muros de arrimo deve ser prevista, em
toda a altura da estrutura, uma camada
filtrante contínua, na face em contato com o
solo contido, associada a um sistema de
drenos, de modo a evitar a situação de
pressões hidrostáticas. Caso contrário, deve
ser considerado nos cálculos o empuxo d´água
resultante
• Toda estrutura celular deve ser projetada,
quando for o caso, para resistir ao empuxo
d’água proveniente do lençol freático, da água
livre ou da água acumulada de chuva. Caso a
estrutura seja provida de aberturas com
dimensões adequadas, esta ação não precisa
ser levada em consideração.
• Ações variáveis
Ações de caráter transitório que compreendem, entre
outras:
a) as cargas móveis;
b) as cargas de construção;
c) as cargas de vento;
d) o empuxo de terra provocado por cargas móveis;
e) a pressão da água em movimento;
f) o efeito dinâmico do movimento das águas;
g) as variações de temperatura.
• Efeito dinâmico das cargas móveis
• O efeito dinâmico das cargas móveis deve ser
analisado pela teoria da dinâmica das
estruturas. É permitido, no entanto, assimilar
as cargas móveis a cargas estáticas, através de
sua multiplicação pelos coeficientes de
impacto definidos a seguir:
• No caso de vãos desiguais, em que o menor vão
seja igual ou superior a 70% do maior, permite-se
considerar um vão ideal equivalente à média
aritmética dos vãos teóricos. No caso de vigas em
balanço, L é tomado igual a duas vezes o seu
comprimento. Não deve ser considerado o
impacto na determinação do empuxo de terra
provocado pelas cargas móveis, no cálculo de
fundações e nos passeios das pontes rodoviárias.
• Força centrífuga
• Nas pontes rodoviárias em curva, a força
centrífuga normal ao seu eixo deve ser
considerada atuando na superfície de rolamento,
sendo seu valor característico determinado como
uma fração C do peso do veículo tipo.
• Para pontes em curva com raio inferior a 300 m, C
= 0,25 e para raios superiores a 300 m, C = 75/R,
sendo R o raio da curva, em metros. Os fatores
acima já incluem o efeito dinâmico das cargas
móveis.
• Nas pontes ferroviárias em curva, a força
centrífuga deve ser considerada atuando no
centro de gravidade do trem, suposto a 1,60
m acima da superfície definida pelo topo dos
trilhos, sendo seu valor característico tomado
como uma fração C da carga móvel, com os
valores a seguir indicados:
• Choque lateral
• O choque lateral das rodas, considerado
apenas em pontes ferroviárias, é equiparado a
uma força horizontal móvel, aplicada na altura
do topo do trilho, normal ao eixo da linha,
com um valor característico igual a 20% da
carga do eixo mais pesado.
• Em pontes curvas em planta, não se deve somar o
efeito do choque lateral ao da força centrífuga,
considerando-se entre os dois apenas o que produzir
maiores solicitações. Em pontes com mais de uma
linha, esta ação só é considerada em uma delas.
• Efeitos da frenação e da aceleração
• O valor característico da força longitudinal provocada
pela frenação ou pela aceleração de veículos sobre
aspontes deve ser tomado como uma fração das cargas
móveis, consideradas sem impacto.
• Nas pontes rodoviárias, a força longitudinal
devida à frenação ou à aceleração dos veículos
deve ser considerada aplicada na superfície de
rolamento e igual ao maior dos seguintes
valores: 5% do peso do carregamento do
tabuleiro com as cargas móveis distribuídas,
excluídos os passeios, ou 30% do peso do
veículo tipo
• Nas pontes ferroviárias, a força longitudinal
devida à frenação ou à aceleração deve ser
considerada aplicada no topo dos trilhos e
igual ao maior dos seguintes valores: 15% da
carga móvel para a frenação ou 25% do peso
dos eixos motores para a aceleração.
• No caso de pontes com mais de uma linha,
considera-se a força longitudinal em apenas
duas delas: numa considera-se a força de
frenação e na outra a força de aceleração ou
metade da força de frenação, adotando-se a
maior das duas. Estas forças são consideradas
atuando no mesmo sentido, nas duas linhas
que correspondam à situação mais
desfavorável para o dimensionamento.
• Cargas de construção
• No projeto e cálculo estrutural devem ser
consideradas as ações das cargas passíveis de
ocorrer durante o período da construção,
notadamente aquelas devidas ao peso de
equipamentos e estruturas auxiliares de
montagem e de lançamento de elementos
estruturais e seus efeitos em cada etapa
executiva da obra.
• Empuxo de terra provocado por cargas móveis
• Deve ser calculado com os mesmos critérios
apresentados em 7.1.4, transformando-se as
cargas móveis no terrapleno em altura de terra
equivalente.
• Quando a superestrutura funciona como arrimo
dos aterros de acesso, a ação deve ser
considerada em apenas uma das extremidades, a
menos que seja mais desfavorável considerá-la
simultaneamente nas duas, nos casos de
tabuleiros em curva horizontal ou esconsos.
• Pressão da água em movimento
• A pressão da água em movimento sobre os pilares e
elementos das fundações pode ser determinada através da
expressão:
p= k va² ⋅
onde:
– p é a pressão estática equivalente, em quilo newtons por metro²
– va é a velocidade da água, em metros por segundo;
– k é um coeficiente dimensional, cujo valor é 0,34 para
elementos com seção transversal circular. Para elementos com
seção transversal retangular, o valor de k é função do ângulo de
incidência do movimento das águas em relação ao plano da face
do elemento, conforme a tabela 1.
• Disposições construtivas
• Dimensões das peças
• Lajes maciças
• As espessuras h das lajes maciças devem
respeitar os valores mínimos a seguir indicados:
a) lajes destinadas à passagem de tráfego
ferroviário: h ≥ 20 cm;
b) lajes destinadas à passagem de tráfego
rodoviário: h ≥ 15 cm;
c) demais casos: h ≥ 12 cm.
• Lajes nervuradas
• Nas lajes nervuradas destinadas às estruturas de
que trata esta Norma, devem ser observados os
limites mínimos a seguir especificados:
• a) espessura da mesa:
hf ≥ 10 cm ou hf ≥ a/12
• onde:
a é a distância entre eixos das nervuras;
b) distância entre eixos das nervuras: a ≤ 150 cm;
c) espessura da alma das nervuras: b ≥ 12 cm.
• Lajes ocas
• Nas lajes ocas, com fôrmas perdidas na forma
de tubos ou dutos de seção retangular,
destinadas às estruturas de que trata esta
Norma, devem ser observados os mesmos
limites especificados em 9.1.2, admitindo-se
para a mesa inferior uma espessura mínima
de 8 cm
• Vigas
• As vigas de seção retangular e as nervuras das
vigas de seção T, duplo T ou celular concretadas
no local, nas estruturas de que trata esta Norma,
não devem ter largura de alma bw menor do que
20 cm.
• Em vigas pré-moldadas de seção T ou duplo T,
fabricadas em usina, com a utilização de técnicas
adequadas e controle da qualidade rigoroso, a
largura da alma bw pode ser reduzida até o limite
mínimo de 12 cm.
• Pilares
• A menor dimensão transversal dos pilares
maciços, nas estruturas de que trata esta
Norma, não deve ser inferior a 40 cm, nem a
1/25 de sua altura livre. No caso de pilares
com seção transversal celular, a espessura das
paredes não deve ser inferior a 20 cm.
• Quando a execução desses pilares for prevista
com a utilização do sistema de fôrmas
deslizantes, deve-se aumentar a espessura
mínima das paredes para 25 cm, através de
acréscimos nos cobrimentos de 2,5 cm, não
sendo permitido considerar tais acréscimos no
dimensionamento.
• Paredes estruturais
• A espessura das paredes estruturais, nas
estruturas de que trata esta Norma, não deve
ser inferior a 20 cm nem a 1/25 de sua altura
livre.
• Drenagem
• Devem ser previstos nos projetos sistemas de
drenagem que garantam o perfeito escoamento
das águas pluviais que incidem sobre os
tabuleiros das pontes. Além disso, nos casos de
obras com vigas ou pilares de seção celular,
devem ser previstos, em cada um dos diversos
compartimentos, drenos para o caso de eventual
infiltração de águas pluviais, devendo sua locação
e detalhamento constar obrigatoriamente nos
projetos.
• Canalizações embutidas
• Podem ser embutidas canalizações em elementos da
estrutura, desde que sejam obedecidas as seguintes
prescrições:
a) os efeitos causados na resistência e na
deformabilidade da estrutura por essas canalizações
devem ser considerados no seu dimensionamento;
b) todos os detalhes referentes às canalizações
embutidas, tais como locação, diâmetro, qualidade do
material, juntas, caixas de passagem ou inspeção etc.,
devem constar obrigatoriamente no projeto;
c) as canalizações destinadas à passagem
de fluidos submetidos a temperaturas que
se afastem mais de 15°C da temperatura
ambiente devem ser isoladas
termicamente;
d) as canalizações destinadas a suportar
pressões internas superiores a 0,3MPa
devem ter esse efeito considerado na
verificação da segurança da estrutura;
• e) quando uma canalização atravessa dois
elementos da estrutura separados por uma junta
de dilatação, devem ser previstos no projeto
dispositivos, que permitam os movimentos
relativos entre os elementos, sem danificar a
estrutura nem a canalização.
Distribuição da armadura longitudinal de tração
do vigamento principal nas mesas das vigas de
seção T, L ou celular
• Quando as mesas das vigas de seção T, L ou
celular estão situadas em zona tracionada,
40% a 60% da armadura longitudinal de tração
calculada para o vigamento principal deve ser
disposta na laje, de um ou de ambos os lados
da alma, quando for o caso, respeitadas as
seguintes condições:
a) devem ser dispostas, no mínimo, duas barras na
largura da alma, com espaçamento e ≤ 20 cm;
b) não devem ser dispostas na laje barras cujo
diâmetro seja superior a 1/10 da espessura dessa laje;
c) a extremidade de uma barra longitudinal tracionada
disposta na mesa, determinada com a consideração do
deslocamento do diagrama de forças de tração e do
comprimento de ancoragem necessário, deve ser
prolongada de um comprimento igual à distância
horizontal existente entre a barra em questão e a face
mais próxima da alma;
d) deve ser verificada a ligação mesa-alma,
conforme o disposto na seção 18 da NBR
6118:2003;
e) as barras longitudinais da armadura de
tração dispostas nas mesas não devem distar
da face mais próxima da alma mais do que
0,25 bf, sendo bf a largura efetiva da mesa,
conforme a NBR 6118.
• Armadura mínima em lajes
Qualquer das armaduras devem ser observado o
disposto na seção 19 da NBR 6118:2003.
• Aparelhos de apoio
O projeto estrutural deve conter todos os elementos
necessários para garantir o correto funcionamento dos
aparelhos de apoio, tais como suas dimensões,
posicionamento, tipo e características do material de
constituição, instruções de montagem e colocação,
detalhe do berço de assentamento, eventuais
dispositivos de proteção etc.
• Devem ser observadas, para os diversos tipos de
aparelhos de apoio existentes, as normas
brasileiras pertinentes ou, se for o caso, os
regulamentos internacionais que versem sobre a
matéria
• A substituição eventual dos aparelhos de apoio
deve também ser prevista no projeto estrutural.
Para tanto, devem constar nos desenhos e no
memorial de cálculo o detalhamento e a
descrição da operação de soerguimento,
desmontagem, se for o caso, e substituição.
MESO E INFRAESTRUTURAS DE
PONTES
• A meso e infraestruturas das pontes são as
responsáveis pelo suporte da superestrutura e
pela sua fixação ao terreno, transmitindo a ele os
esforços correspondentes a essa fixação. A
transmissão de esforços se dá por articulações
• Essas articulações podem ser metálicas, de
concreto e até mesmo de borracha, como
veremos mais adiante.
• Rótulas podem ser obtidas com superfícies
esféricas no lugar das cilíndricas.
Tipos de aparelhos de apoio –
vinculação super x meso
Concepção dos apoios da ponte (da
vinculação super x mesoestrutura)
• Aparelhos de vinculação rígida
• Nestes casos, a super é rigidamente vinculada
à mesoestrutura relativamente a alguns
movimentos e a outros são praticamente
livres.
• Numa articulação fixa, por exemplo, são
impedidas translações e rotações, a menos
daquela liberada pela articulação. Numa
móvel, uma translação também foi liberada.
• Aparelhos metálicos
• As articulações mais antigas se baseavam num
cilindro metálico para liberar rotações
(articulação fixa) e deslocamentos unidirecionais
(articulação móvel).
• As articulações mais modernas usam apenas uma
parte do cilindro para liberar rotações e contato,
teflon x inox, para liberar deslocamento
unidirecional ou multidirecional. Em lugar do
rolamento do cilindro, liberam-se os
deslocamentos por escorregamento teflon x inox.
• Rótulas podem ser obtidas de forma análoga
substituindo-se as superfícies cilíndricas por
superfícies esféricas.
• Aparelhos de elastômero
• Esses aparelhos são constituídos por uma
“panela” de aço espessa, cheia de elastômero e
tampada.
• O princípio de funcionamento é a capacidade de
rotação em todas as direções é proporcionada
pela deformação por cisalhamento da massa de
borracha incompressível dentro da panela.
Aparelhos de apoio cilindricos
Aparelho de apoio
• Articulação Freyssinet ou fixa de concreto
• Freyssinet criou uma articulação de concreto
liberando as rotações através de um
estrangulamento da seção onde as altas
tensões, em estado múltiplo de compressão,
plastificam o concreto, permitindo rotações
significativas.
• Aparelhos de vinculação flexível
• Nestes casos a superestrutura é vinculada
elasticamente à mesoestrutura, em todas as
direções, até na vertical. Essa flexibilidade de
corre do fato desses aparelhos serem feitos de
borracha.
• A borracha especial utilizada na fabricação desses
aparelhos é um elastômero, mais precisamente o
policloroprene, um polímero sintético. O nome
neoprene normalmente usado no lugar de
elastômero é o nome dado pela DuPont ao
policloroprene que ela fabrica.
• A fretagem foi criada para melhorar a resistência
e rigidez desses aparelhos. Numa placa de
elastômero não fretada as deformações
transversais provocadas por efeito de Poisson são
quase livres, permitindo grandes abatimentos ∆t.
• Mesmo reduzindo o atrito com os pratos da
prensa, há um aumento pequeno na rigidez e
na resistência em relação às placas não
fretadas .
• As chapas de fretagem inibem muito as
deformações transversais, reduzindo bastante
∆h, isto é, aumentam muito a rigidez e a
resistência dos aparelhos fretados
Segurança e manutenção nas
edificações
Nbr 15575
• A norma de desempenho NBR 15575 estabelece
parâmetros, objetivos e quantitativos que podem
ser medidos. Dessa forma, buscam-se o
disciplinamento das relações entre os elos da
cadeia econômica, a diminuição das incertezas
dos critérios subjetivos (perícias), a
instrumentação do Código de Defesa do
Consumidor, o estímulo à redução da
concorrência predatória e um instrumento de
diferenciação das empresas.
• O Comportamento em uso de uma edificação e
de seus sistemas, poderá variar de um local para
outro e de um ocupante para outro (cuidados
diferentes no uso e na manutenção, por
exemplo). Ou seja, variará em função das
condições de exposição.
• CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO;
• Conjunto de ações atuantes sobre a edificação
habitacional, incluindo cargas gravitacionais,
ações externas e ações resultantes da ocupação.
• A norma 15575 aplica-se a edificações
habitacionais com qualquer número de
pavimentos. O texto normativo apresenta as
ressalvas necessárias no caso de exigências
aplicáveis somente para edifcações de até
cinco pavimentos.
• A norma não se aplica a:
– obras já concluídas / construções pré-existentes;
REQUISITOS GERAIS DE DESEMPENHO
• IMPLANTAÇÃO DA OBRA
• A NBR 15575 estabelece que, para edificações
ou conjuntos habitacionais com local de
implantação definido, os projetos devem ser
desenvolvidos com base nas características
geomorfológicas do local, avaliando-se
convenientemente os riscos de deslizamentos,
enchentes, erosões e outros.
• Os projetos devem ainda prever as interações com
construções existentes nas proximidades,
considerando-se as eventuais sobreposições de bulbos
de pressão, efeitos de grupo de estacas, rebaixamento
do lençol freático e desconfinamento do solo em
função dos cortes.
• Do ponto de vista da segurança e estabilidade ao longo
da vida útil da estrutura, devem ser consideradas as
condições de agressividade do solo, do ar e da água na
época do projeto, prevendo-se, quando necessário, as
proteções pertinentes à estrutura e suas partes.
• CONDIÇÕES GERAIS DE SALUBRIDADE /
ATENDIMENTO A CÓDIGO SANITÁRIO
• A construção habitacional deve prover
condições adequadas de salubridade aos seus
usuários, dificultando o acesso de insetos e
roedores e propiciando níveis aceitáveis de
material particulado em suspensão, micro-
organismos, bactérias, gases tóxicos e outros.
• Na ausência de normas ou código sanitário
estadual ou municipal no local da obra, ou
sempre que o sistema construtivo inovador
destinar-se a localidades não definidas,
sugere-se obedecer no projeto e na
construção, dentre outros, ao Código Sanitário
do Estado de São Paulo (Lei N.º 10.083, de 23
de setembro de 1998
• Verificar particularmente que:
– A construção deve ser executada com materiais
que não favoreçam a retenção de umidade e a
proliferação de fungos, algas, bactérias etc. A
implantação da obra no terreno, a localização, tipo
e dimensões das aberturas de portas e janelas
devem favorecer a insolação, a ventilação e a
renovação de ar dos ambientes;
– O sistema de exaustão ou ventilação de garagens
internas deve permitir a saída dos gases poluentes
gerados por veículos e equipamentos sem
contaminar os ambientes internos;
– Coberturas, fachadas e janelas devem propiciar
estanqueidade a poeiras e aerodispersóides, de
forma que sua concentração não exceda aquela
verificada no ambiente externo;
– Os ambientes internos não devem apresentar
umidade anormal que favoreça o
desenvolvimento de fungos e a ocorrência de
doenças bronco respiratórias;
– Coberturas, pisos externos e outros não devem
propiciar empoçamentos de água que favoreçam
o desenvolvimento de larvas, moscas, mosquito
da dengue ou outros;
– Depósitos de lixo devem apresentar pisos e
paredes estanques e laváveis, com portas
ventiladas e trancadas
• Pisos, paredes, áticos de coberturas e outros
elementos da construção não devem
apresentar frestas ou nichos que facilitem
infestação por insetos, aves e roedores;
• Áreas molhadas devem ser providas de pisos
laváveis, com caimentos adequados aos ralos
ou ambientes externos.
• Pisos laváveis, peças sanitárias, tampos de pias de
cozinha ou banheiro, tanques de lavar roupa e
outros não devem apresentar poros ou frestas
que propiciem desenvolvimento de germes ou
bactérias.
• Instalações de água potável devem obedecer
respectivas normas técnicas, trabalhando sempre
com pressão positiva. Tubulações enterradas
devem sempre trabalhar em cota superior a
eventuais tubulações de esgoto.
• Instalações de esgôto devem ser projetadas e
executadas de acordo com as normas
técnicas brasileiras correspondentes, com
sistemas de ventilação e selos hídricos,
disposição de caixas de gordura é inspeção.
• Nas localidades sem redes públicas de esgoto,
os conjuntos habitacionais deve-se adotar
mini estações de tratamento.
• O Manual de Uso, Operação e Manutenção do
imóvel deve indicar as periodicidades e
formas de limpeza ou manutenção de pisos,
ralos depósitos, etc.
• ADEQUAÇÃO AMBIENTAL
• 3.3.1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
• Em função do estado da arte do conhecimento na
área, e da própria disponibilidade de legislações
específicas, a NBR 15575 não estabelece
requisitos e critérios específicos de adequação
ambiental, observando que “os
empreendimentos e sua infraestrutura, devem
ser projetados, construídos e mantidos de forma
a minimizar as alterações no ambiente”.
• RACIONALIZAÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA
• Recomenda-se dispor os sistemas hidro
sanitários com aparelhos economizadores de
água, ou seja, torneiras com crivos e/ou com
fechamento automático e outros. As bacias
sanitárias devem ser de volume de descarga
reduzido (VDR), de acordo com as
especificações da norma NBR 15097-1.
• RISCO DE CONTAMINAÇÃO DO SOLO E DO
LENÇOL FREÁTICO
• A norma estabelece que não deve haver risco de
os sistemas prediais de esgotos contaminarem o
solo ou o lençol freático, sendo que os sistemas
prediais de esgoto sanitário devem estar ligados à
rede pública ou a um sistema localizado de
tratamento e disposição de efluentes, atendendo
às normas NBR 8160, NBR 7229 e NBR 13969.
• UTILIZAÇÃO E REUSO DE ÁGUA
• A norma estabelece que “as águas servidas
provenientes dos sistemas hidrossanitários
devem ser encaminhadas às redes públicas de
coleta e, na indisponibilidade dessas, deve-se
utilizar sistemas que evitem a contaminação
do ambiente local”
• Recomenda ainda que as instalações hidro
sanitárias privilegiem a adoção de soluções que
minimizem o consumo de água e possibilitem o
seu reuso, reduzindo a demanda e minimizando o
volume para tratamento.
• Com relação ao reuso de água para destinação
não potável, a norma estabelece que sejam
atendidos os parâmetros indicados na Tabela 2 a
seguir.
• ESTABILIDADE E RESISTÊNCIA DO SISTEMA ESTRUTURAL
• Com relação ao projeto e à execução das estruturas
convencionais, incluindo estruturas das coberturas, a NBR
15575 remete às normas brasileiras correspondentes, NBR
6122 (fundações), NBR 6118 (Projeto de estruturas de
concreto), NBR 14931 (Execução de estruturas de concreto),
NBR 9062 (Projeto e execução de estruturas de concreto pré
moldado), NBR 8800 (Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto de edifícios), NBR 7190
(Projeto de estruturas de madeira), NBR 15961 (Alvenaria
estrutural — Blocos de concreto), NBR15812 (Alvenaria
estrutural — Blocos cerâmicos),
Impactos de corpo mole
• Conforme Figura 4, nos ensaios os impactos
são aplicados por um saco cilíndrico de couro,
com diâmetro de 35cm, altura de 70cm e
massa de 400 ± 4N, produzindo-se por
exemplo impactos de 480J pelo movimento
pendular do corpo a partir de H = 1,20m (480J
= 400N x 1,2m; 480J = 40kgf x 12dm).
• Sob ação de impactos progressivos de corpo
mole, elementos impactados não podem:
a) Ser transpassados, sofrer ruptura ou
instabilidade sob ação de impactos de segurança
com energias indicadas nas tabelas a seguir;
b) falha que possa comprometer o estado de
utilização (impactos de utilização), observando-se
ainda os limites de deslocamentos instantâneos e
residuais indicados nas tabelas
• RESISTÊNCIA A IMPACTOS DE CORPO MOLE DE
TUBULAÇÕES APARENTES
• Tubulações fixadas até 1,5 m do piso devem
resistir a impactos sem sofrer perda de
funcionalidade ou ruína.
• IMPACTOS DE CORPO DURO
• Impactos de corpo duro procuram representar
choques acidentais gerados pela utilização do
imóvel, vandalismo, etc.
• São aplicados por esferas de aço com
diâmetro de 5cm / massa de 5N e diâmetro de
6,25cm / massa de10N, sendo que os
elementos impactados não podem:
• Ser transpassados, sofrer ruptura ou
instabilidade sob ação de impactos de
segurança com energias indicadas nas tabelas
a seguir;
• Apresentar fissuras, delaminações, etc., que
comprometam o estado de utilização, sob
ação dos impactos de utilização indicadas nas
tabelas a seguir;
• IMPACTOS DE CORPO DURO - TELHADOS
• A NBR 15575-5 estabelece que os telhados
devam resistir a chuvas de granizo e outras
pequenas cargas acidentais (pedradas, por
exemplo). Tal situação deve ser simulada por
meio de ensaios de impactos de corpo duro,
conforme critérios indicados na Tabela 15.
• AÇÕES ATUANTES EM PARAPEITOS E GUARDA-
CORPOS
• Os parapeitos de janelas devem atender às
mesmas solicitações mecânicas anteriormente
apresentadas para as partes cegas das
paredes, incluindo impactos de corpos mole
ou duro.
• As solicitações a serem atendidas:
• Esforço estático horizontal:
– sob ação de carga horizontal
uniformemente distribuída de 200 N/m,
aplicada na altura do peitoril e nos dois
sentidos (de dentro para fora e de fora para
dentro), o deslocamento horizontal do
guarda-corpo na região de aplicação da
carga não deve superar 7mm;
– sob cargas nos dois sentidos, de 400 N/m (recintos
de uso privativo) ou 1000 N/m (recintos de uso
coletivo), o deslocamento horizontal não deve
superar 20mm e, após retirada da carga, o
deslocamento residual não deve superar 3mm;
– sob cargas nos dois sentidos, de 680 N/m (recintos
de uso privativo) ou 1700 N/m (recintos de uso
coletivo), o deslocamento horizontal sob carga
não deve superar 150mm.
• De acordo com a NBR 14718, é obrigatória a
instalação de guarda-corpos sempre que
houver possibilidade de acesso de pessoas a
patamares com cota ≥ 1m acima do piso
inferior, ou sempre que houver uma rampa
com declividade ≥ 30° entre o patamar e o
piso inferior.
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
• NECESSIDADE DE DIFICULTAR O PRINCÍPIO DO
INCÊNDIO
• O princípio de incêndio nas habitações deve ser
evitado ou dificultado ao máximo, devendo-se
verificar as proteções previstas pelas normas que
tratam do assunto
• A propagação de incêndio para unidades
contíguas deve ser evitada ou dificultada ao
máximo, devendo-se verificar as seguintes
condições:
• A distância entre edifícios deve atender à
condição de isolamento, considerando-se
todas as interferências previstas na legislação
vigente;
• As medidas de proteção, incluindo no sistema
construtivo o uso de portas ou selos corta-
fogo, devem possibilitar que o edifício seja
considerado uma unidade independente.
RESISTÊNCIA AO FOGO DE
ENTREPISOS
• Os entrepisos e suas estruturas devem
atender aos critérios de resistência ao fogo
conforme definido a seguir:
• a) Unidades habitacionais assobradadas,
isoladas ou geminadas: 30 minutos;
• b) Edificações multifamiliares até 12 m de
altura: 30 minutos;
• c) Edificações multifamiliares com altura
acima de 12 m e até 23 m: 60 minutos;
– d)Edificações multifamiliares com altura acima de 23
m e até 30 m: 90 minutos;
– e) Edificações multifamiliares com altura acima de 30
m e até 120 m: 120 minutos;
– f) Edificações multifamiliares com altura acima de 120
m: 180 minutos;
– g) Subsolos: no mínimo igual ao dos pisos elevados da
edi!cação e não menos que 60 minutos para alturas
descendentes até 10 m e não menos que 90 minutos
para alturas descendentes superiores a 10 m.
• SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE PISOS
• Em áreas internas molhadas (lavanderia, box
de chuveiro, etc) e em quaisquer áreas
externas sujeitas a chuvas ou respingos de
água, devem ser em pregados pisos
“antiderrapantes”, ou seja, com coeficiente de
atrito dinâmco ≥ 0,4 de acordo com o Anexo N
da norma NBR 13818.
• Com relação às escadas, quando houver mais
de 14 degraus no mesmo lance deve ser
introduzido um patamar intermediário,
contendo corrimão na altura de 80 a 90cm e
guarda-corpo sempre que houver lateral livre.
Deve ser mantida mesma altura E (espelho) e
mesma largura P (piso ou pisada) para todos
os degraus de uma mesma escada, Figura 12.
• ATERRAMENTO DAS INSTALAÇÕES
• A NBR 5410 obriga o aterramento (3° pino) de
todas as tomadas, independentemente da tensão
e da localização (áreas molháveis e áreas secas).
• Deve haver aterramento de coberturas metálicas.
• Independentemente do atendimento ao critério
acima, as instalações elétricas prediais devem ser
providas de disjuntor diferencial residual, DR
• TEMPERATURA DE UTILIZAÇÃO NAS
INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE
• Nas instalações de água quente, a temperatura
da água na saída dos pontos de utilização deve
ser limitada. O dimensionamento das instalações
de água fria e água quente (bitolas, perdas de
carga etc), dispositivos de regulagem de vazão e
misturadores devem permitir que a temperatura
da água na saída do ponto de utilização atinja
valores de até 50°C.
• DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA EM
AQUECEDORES ELÉTRICOS DE ACUMULAÇÃO
• Os aparelhos elétricos de acumulação
utilizados para o aquecimento de água devem
ser providos de dispositivo de alívio para o
caso de sobrepressão e também de dispositivo
de segurança que corte a alimentação de
energia em caso de superaquecimento.
• DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA EM
AQUECEDORES DE ACUMULAÇÃO A GÁS
• Os aparelhos de acumulação a gás, utilizados
para o aquecimento de água devem ser
providos de dispositivo de alívio para o caso
de sobrepressão e também de dispositivo de
segurança que corte a alimentação do gás em
caso de superaquecimento
• Lavatórios e tanques de lavar roupa, com ou
sem pedestal, vasos sanitários, pias e outras
louças sanitárias devem apresentar resistência
mecânica compatível com a utilização
prevista, sem a ocorrência de cantos v vos,
superfícies ásperas, partes contundentes e
eventuais imperfeições que possam causar
cortes e outros ferimentos nos usuários.
FUNCIONALIDADE E
ACESSIBILIDADE
• PÉ DIREITO MÍNIMO
• O pé direito mínimo deve ser de 2,50m,
admitindo-se redução para 2,30m em vestíbulos,
halls, corredores, instalações sanitárias e
despensas. Nos tetos inclinados, abobadados,
com presença de vigas salientes e outros, pelo
menos em 80% do teto sua distância até o piso
deve ser ≥ 2,50m, permitindo-se nos 20%
restantes que o pé-direito livre possa ser ≥
2,30m.
• Os ambientes da habitação devem apresentar
espaços compatíveis com as necessidades
humanas (cozinhar, estudar, repousar, etc),
recomendando-se que sejam projetados para
acomodar os móveis e equipamentos-padrão
relacionados na Tabela 21.
• Mobiliário mínimo, dimensões orientativas de
cômodos e espaços mínimos para circulação de
pessoas são apresentados na Tabela F.2 da NBR
15575 – Parte 1.
• FUNCIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES DE ÁGUA
• Registros, torneiras e outros devem ser instalados
de forma a possibilitar livre acionamento das
manoplas, acoplamento de mangueiras, aplicação
de ferramentas para serviços de manutenção e
outros. Fluxos de duchas e chuveiros devem ser
reguláveis, sendo que no caso das torneiras a
dispersão do jato não deverá atingir o usuário.
CONFORTO TÁTIL E
ANTROPODINÂMICO
• Com relação às irregularidades abruptas,
recomenda-se que não seja ultrapassado o valor
de 1mm (dentes entre placas ou tábuas contíguas
dos pisos, empenamentos ou torções em relação
à régua com 50cm de comprimento).
Irregularidades mais pronunciadas, graduais ou
abruptas, podem implicar em prejuízos estéticos,
empoçamento de água em pisos laváveis, etc. Os
pisos executados com placas cerâmicas devem
atender às disposições da norma NBR 13753.
DESEMPENHO ACÚSTICO
• Relativamente ao som aéreo, a isolação
acústica das paredes maciças é regida pela Lei
das Massas. Quanto mais pesada uma parede,
maior será sua isolação acústica, sendo que,
para massas a partir de 120kg/ m2, ao se
dobrar a massa da parede ocorre aumento de
6dB na isolaçãoi
• A presença de frestas nas coberturas e nas
fachadas altera substancialmente no isolamento
acústico, (em até 30%)
• Fatores podem influir nestas perdas:
– Adoção de juntas secas nas alvenarias
– Irregularidades ou falta de adensamento do material
das juntas de assentamento
– Vedações irregulares em janelas
– Falhas de rejuntamento nos encontros entre paredes
e caixilhos
DESEMPENHO LUMÍNICO
• O desempenho lumínico pode ser obtido ou
melhorado mediante recursos, como aplicação
de cores claras nos tetos/paredes internas e
adoção de caixilhos com áreas envidraçadas
relativamente grandes. Neste caso,
entretanto, o vidro comum permitirá não só a
passagem de luz como também de grande
quantidade de radiação podendo
comprometer o desempenho térmico.
ESTANQUEIDADE À ÁGUA
• A ascenção de umidade do solo ocorre com
intensidade bem maior nos solos
predominantemente argilosos
• É impedida com a impermeabilização das
fundações e interposição de manta plástica ou
camada de brita entre o solo e o contrapiso
logo acima dele.
DURABILIDADE
• VIDA ÚTIL DE PROJETO DA EDIFICAÇÃO
HABITACIONAL E DE SUAS PARTES
• O projeto deve especificar o valor teórico da Vida
Útil de Projeto (VUP) previsto para cada um dos
sistemas que o compõem, não inferior ao limite
Mínimo correspondente estabelecido na Tabela
49. Deve ser elaborado para que os sistemas
tenham durabilidade potencial compatível com a
correspondente VUP especificada. Na ausência
de indicação em projeto da VUP dos sistemas,
serão adotados os prazos da Tabela 49
MANUTENÇÃO PREDIAL
• A NBR 15575 – Partes 1 a 6 – estabelece que
todos os componentes, elementos e sistemas
devem manter a capacidade funcional durante
a vida útil de projeto.
• É necessário que sejam procedidas
intervenções periódicas de manutenção es
pecificadas pelos respectivos fornecedores
• Devem ser realizadas manutenções preventivas e,
sempre que necessário, manutenções corretivas,
realizadas assim que algum problema se
manifestar, a !m de impedir que pequenas falhas
progridam às vezes rapidamente para extensas
patologias.
• As manutenções devem ser realizadas em
obediência ao Manual de Uso, Operação e
Manutenção fornecido pelo incorporador e/ou
pela construtora.
• O documento deve ser elaborado em
obediência à norma NBR 14037, que
apresenta disposições relativas à linguagem
utilizada, registro das manutenções, perdas de
garantia, recomendações para situações de
emergência e outras.
• GESTÃO DA MANUTENÇÃO PREDIAL
• Entregue a unidade habitacional, a vida útil da
construção prevista no projeto só se reverterá
em realidade caso sejam realizadas
manutenções preventivas sistemáticas, de
acordo com os materiais e processos
indicados no Manual de Uso, Operação e
Manutenção (preparado de acordo com a NBR
14037).
Resolução de provas

Bloco 3

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