Agentes Pùblicos

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Prof.

Romulo Quenehen
DIREITO ADMINISTRATIVO
AULA 3
Aluno: BRUNO CURTIS WEBER
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TEMA 1 – ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1.1 Conceitos Básicos

 Pessoas jurídicas estatais: são entidades integrantes da estrutura do


Estado dotadas de personalidade. Ex.: União.
 Orgãos: são centros de competência integrantes de pessoas estatais.
Ex.: Ministério da Defesa.

Quanto à posição, os órgãos podem ser:

o Independentes: Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.


o Autônomos: Ministérios, Secretarias, MP.
o Superiores: departamentos, procuradorias.
o Subalternos: portarias, seções.

 Desconcentração: é a distribuição interna de competências ou


atribuições (dá-se de órgão para órgão). Exemplo: criação de uma nova
Secretaria.

 Descentralização: é a distribuição externa de competências ou


atribuições (dá-se de PJ para PJ). Exemplo: criação de nova autarquia. A
descentralização pode ser:

o por serviço: lei atribui titularidade do serviço.

o por colaboração: contrato atribui execução do serviço.

 Administração Direta: compreende os órgãos das pessoas políticas.


Exemplos: órgãos dos Poderes, MP, Tribunal de Contas.

 Administração Indireta: compreende as pessoas jurídicas criadas pelos


entes políticos. São exemplos: as autarquias e empresas estatais.

 Hierarquia: tem o poder de fiscalização de órgão para órgão. Seu poder é


amplo.

 Controle: tem o poder de fiscalização finalística de pessoa jurídica para


pessoa jurídica. Seu poder é reduzido.

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TEMA 2 – PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO

São os entes políticos e as pessoas criadas para o exercício de atividades


típicas do Estado.

2.1 Pessoas de direito público da Administração Indireta

 Autarquias
 Fundações públicas
 Agências reguladoras
 Consórcios públicos de direito público

2.2 Regime jurídico geral das Pessoa Jurídica Direito Público da


Administração Indireta

A doutrina enumera inúmeras características próprias das entidades


administrativas (Di Pietro, 2010):

 São criadas ou autorizadas por lei específica;


 Possuem personalidade jurídica;
 Possuem patrimônio próprio;
 Fazem parte da Administração Indireta;
 São vinculadas aos entes da Administração Direta;
 São influenciadas pelo princípio da especialidade. Possuem capacidade
administrativa: podem regulamentar, fiscalizar e fazer concessões;
 Expedem ato administrativo e têm regime jurídico administrativo;
 Possuem imunidade de impostos quanto ao patrimônio, renda e serviços
vinculados às suas finalidades essenciais (art. 150, § 2º, da CF);
 Possuem bens públicos;
 Submetem agentes a regime estatutário, como regra;
 Respondem objetivamente (art. 37, § 6º, da CF);
 Possuem vantagens processuais.

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2.3 Especificidades das fundações públicas

As principais especificidades das fundações públicas se referem ao


patrimônio personalizado para alguns autores. Estas fundações não são criadas
por lei específica, pois esta apenas autoriza sua criação.

2.4 Especificidades dos consórcios (Lei 11.107/05)

Os consórcios são a reunião de entes políticos para a gestão associada


de serviços públicos.

TEMA 3 – PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO

3.1 Pessoas Jurídicas de Direito Privado Estatal

Segundo o jurista Wander Garcia as Pessoas Jurídicas de Direito Privado


Estatal:

São as pessoas criadas para o exercício de atividades não típicas de


Estado, tais como a mera execução de serviço público e a exploração de
atividade econômica. Quanto a atividade econômica o Estado só pode
agir nela em caso de relevante interesse público ou de imperativo de
segurança nacional.

O jurista Wander Garcia (2015), em síntese, indica o Regime jurídico das


pessoas privadas estatais:

 são criadas mediante autorização de lei específica;


 são reguladas pelo direito civil, empresarial, trabalhista; porém
obedecem aos princípios da Administração, e devem fazer licitação e
concursos públicos;
 não possuem imunidade de impostos, salvo Correios;
 não possuem bens públicos, salvo Correios;
 submetem agentes a regime celetista;
 respondem subjetivamente, salvo se prestadora de serviço público
(art. 37, § 6º, da CF);
 não possuem vantagens processuais;
 agentes cometem improbidade administrativa;
 são fiscalizadas pelos Tribunais de Contas.

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3.2 Entidades de Cooperação (Paraestatais/3o Setor)

Segundo Wander Garcia (2015) entidades de cooperação “são pessoas


de direito privado não estatais, sem fins lucrativos, e que exercem atividades de
interesse público não exclusivas do Estado”.

3.3 Espécies

Quanto às espécies, podem ser classificadas como:

 Serviços Sociais Autônomos.


 Organização Sociais – OS (Lei 9.637/98).
 Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIPs (Lei
9.790/99).

TEMA 4 – AGENTES PÚBLICOS

O nome “agente público” é a designação mais genérica possível para


fazer referência a todas as pessoas que se relacionam profissionalmente com o
Estado. A utilidade prática em identificar o grande gênero dos agentes públicos
reside em saber quem pode figurar como autoridade coatora em eventual
mandado de segurança (art. 1º da Lei n. 12.016/2009).
Podemos conceituar agentes públicos como “todos aqueles que têm uma
vinculação profissional com o Estado, mesmo que em caráter temporário ou sem
remuneração” (art. 2º da Lei n. 8.429/92).
A Constituição Federal de 1988 tem duas seções especificamente
dedicadas ao tema dos agentes públicos: Seções I e II do Capítulo VII do Título
III, tratando respectivamente dos “servidores públicos civis” (arts. 37 e 38) e dos
“militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios” (art. 42).
A legislação consolidada brasileira para o Servidor Público traz ainda:

 Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990 – Estatuto do Servidor Público;


 Lei n. 8.429, de 2 de junho de 1992 – Improbidade Administrativa;
 Decreto n. 7.133, de 19 de março de 2010 – Avaliação De Desempenho;
 Decreto n. 5.707, de 23 de fevereiro de 2006, que “Institui a Política e as
Diretrizes para o Desenvolvimento de Pessoal da administração pública

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federal direta, autárquica e fundacional”, e regula dispositivos da Lei n.


8.112, de 11 de dezembro de 1990;
 Decreto n. 3.298, de 20 de dezembro de 1999 - Política Nacional para a
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência;
 Decreto n. 1.171, de 22 de junho de 1994 - Código de Ética Profissional
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal;
 Súmula Vinculante 13 – Vedação ao Nepotismo;

4.1 Classificação

 Agentes políticos.
 Agentes administrativos.
 Agentes honoríficos.
 Agentes delegados.
 Agentes credenciados.

4.2 Vínculos

 Cargo efetivo.
 Cargo vitalício.
 Cargo em comissão (art. 37, V, CF).

4.2 Função pública

a) Função de confiança: de direção, chefia e assessoramento, preenchida


por servidor ocupante de cargo efetivo (art. 37, V, CF);
b) Outros: estágio, contratação temporária (37, IX, CF) e agentes de saúde e
de combate a endemias (art. 198, parágrafo 4º, CF).

4.3 Emprego público

Contratado pela CLT


Regra Estatais (direito privado)
Exceção Estatais (direito público), apenas para atribuições
subalternas.

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4.4 Formas de provimento (Lei n. 8.112/Estatuto do Servidor)

 Nomeação: designação inicial para cargo público.


 Promoção: designação para cargo superior na carreira (art. 17).
 Readaptação: designação para cargo compatível com limitação
superveniente de servidor (art. 24).
 Reversão: designação do aposentado para retornar ao serviço; cabe em 2
casos (art. 25): na aposentadoria por invalidez, cessados os motivos
desta; e na aposentadoria voluntária, havendo interesse da
administração, a pedido do aposentado, e desde que se dê em até 5 anos
da aposentadoria.
 Aproveitamento: designação do servidor em disponibilidade para retornar
a cargo equivalente (art. 30).
 Reintegração: reinvestidura do servidor estável quando invalidada a sua
demissão por decisão administrativa ou judicial (art. 28).
 Deste modo, um programa de treinamento de força deve ser um
componente integral de atividades de condicionamento físico, seja ela
específica ou geral. A supervisão e a instrução devem ser fornecidas por
profissionais qualificados que tenham treinamento e experiência em
técnicas de exercícios de força, além da compreensão das necessidades
físicas e psicológicas de jovens durante a puberdade.

4.5 Vacância

Ocorre com:

a) falecimento, promoção, posse em cargo não cumulável;


b) aposentadoria;
c) perda do cargo, emprego ou função: por sentença em ação penal ou de
improbidade;
d) demissão;
e) exoneração: a pedido ou de ofício:

 avaliação insatisfatória de desempenho (art. 41, CF);


 especial (comissão específica);
 periódica (lei complementar e ampla defesa) limites de despesa com
pessoal (art. 169, parágrafo 4º, cf).

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4.6 Concurso

Os cargos empregos e funções públicas dependem de aprovação prévia


em concurso público.

4.6.1 Direitos aprovados

a) de não ser preterido na ordem de classificação


o se for, tem direito de ser nomeado
b) de não ser preterido em relação a novos concursados
o se for, tem direito de ser nomeado
c) de ser nomeado no limite das vagas do edital
o se não for, pode ingressar com ação judicial para exigir nomeação
o devem ser descontadas as vagas dos nomeados desistentes
o a Administração só não terá de nomear se provar, mediante ato
fundamentado, fato novo que inviabilize a nomeação.

TEMA 5 – AGENTES PÚBLICOS (II)

5.1 Acumulação de cargos, empregos e funções

Regra: em regra, é proibida a acumulação remunerada de cargos,


empregos e funções, em toda a Administração Direta e Indireta.
Exceções:

a) se oriundas de dois cargos acumuláveis na atividade


b) 1 provento + 1 remuneração de cargo em comissão
c) 1 provento + 1 subsídio de mandato eletivo

5.2 Estabilidade

Conceito: garantia de permanência, salvo:

 Processo disciplinar com ampla defesa


 Sentença transitada em julgado
 Não aprovação em avaliação periódica de desempenho (lei
complementar + proc. adm. com ampla defesa).
 Atendimento a limites de despesa com pessoal.

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5.3 Requisitos

a) nomeação para cargo efetivo mediante concurso

(Súmula/TST 390: celetista de P. D. Público tem direito)

b) 3 anos de efetivo exercício

(STJ: estágio probatório dura 3 anos)

c) aprovação em avaliação especial de desempenho

(Se não houver avaliação até 3 anos, fica estável direto)

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REFERÊNCIAS

DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

_____. Discricionariedade Administrativa na Constituição de 1988. 2. ed.


São Paulo: Atlas, 2001.

DINIZ, M. H. Curso de Direito Civil Brasileiro – v. 2. Teoria Geral das


Obrigações. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

GARCIA, W. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2015

MAZZA, A. Manual de Direito Administrativo. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.

MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo Brasileiro. 16. ed. atual. São Paulo:


Revista Dos Tribunais, 1991.

MELLO, C. A. B. de. Ato Administrativo e Direitos dos Administrados. São


Paulo: Revista dos Tribunais, 1981.

_____. Curso de Direito Administrativo. 14. ed. ref. ampl. e atual. São Paulo:
Malheiros, 2002.

_____. Eficácia das Normas Constitucionais. Revista de Direito Público, São


Paulo, n. 57/58.

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