Filosofia Gr.1

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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA DO SEGUNDO CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO
LICEU Nº5114

CIÊNCIAS FÍSICAS E BIOLÓGICAS

FILOSOFIA

PAN-AFRICANISMO

Integrantes do grupo Nº1


Antónia Cala nº3
Antónia Simão nº4
Bibiana Mbala nº5
Arleth Duarte nº6
Benjamin Dala nº7

DOCENTE
…………………………

2023/2024
TRABALHO DE FILOSOFIA
GRUPO:01
SALA:12
CLASSE:12ª
TURNO:MANHÃ
CURSO:CIÊNCIAS FÍSICAS E BIOLÓGICAS

INTEGRANTES DO GRUPO

Nº NOME NOTA

3 ANTÓNIA CALA

4 ANTÓNIA SIMÃO

5 ARLETH DUARTE

6 BIBIANA MBALA

7 BENJAMIN DALA

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AGRADECIMENTO

Nós, alunos do curso de ciências físicas e biológicas, gostaríamos de expressar nossa


gratidão ao docente da cadeira, pela orientação, apoio e incentivo que nos foi dado
durante a realização deste trabalho sobre o tema Pan-africanismo. Agradecemos
também aos nossos colegas de turma, pela colaboração, troca de ideias e ajuda
mútua. Por fim, agradecemos a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para
o sucesso deste trabalho, que foi uma oportunidade de aprendizagem e crescimento
acadêmico.

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SUMÁRIO
● INTRODUÇÃO…………………………………………………………………...5
● PAN-AFRICANISMO:ORIGEM E SEUS REPRESENTANTES…………….6
● PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO
PAN-AFRICANISMO…………………………………………………………….7
● PRINCIPAIS IDEALIZADORES
DO PAN-AFRICANISMO………………………………………………………..7
● CONSEQUÊNCIAS DO PAN-AFRICANISMO………………………………..8
● CONCLUSÃO……………………………………………………………………..9
● REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …………………………………………..10

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1.INTRODUÇÃO
O pan-africanismo é uma ideologia que transcende fronteiras geográficas e culturais, unindo
os povos da África e seus descendentes em uma busca comum por identidade, liberdade e
justiça. Neste trabalho, exploraremos o pan-africanismo sob uma lente filosófica, examinando
suas origens, princípios e impacto na história e na consciência africana.

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PAN-AFRICANISMO-ORIGEM E SEUS REPRESENTANTES

O termo “pan-africanismo” combina as palavras gregas “pan” (que significa “toda”) e


“africanismo” (referindo-se a elementos africanos).
O Pan-africanismo é um complexo movimento de idéias, teorias, arranjos e visões do mundo
surgido na primeira metade do século XIX, a partir dos contactos entre negros da
Grã-Bretanha, Antilhas, EUA e lideranças do continente africano, que emergiu como uma
resposta à opressão colonial e à diáspora africana.

Seu objetivo primordial era a unidade política dos Estados africanos, buscando fortalecer a
voz do continente no cenário internacional. A primeira conferência pan-africana ocorreu em
Londres, em 1900, com oobjetivo de proteger os africanos contra agressões imperialistas e
reivindicar seus direitos à terra e à identidade.

No sentido amplo, estão integrados dois sentidos básicos e complementares do termo


negritude, conforme abordados por Kabengele Munanga em seu livro intitulado “Negritude:
Usos e Sentidos” (1988, p. 44):

● O primeiro era a noção que dominava antes da Segunda Guerra Mundial,


desenvolvida principalmente por Césaire (1939). Aí, a negritude era o simples
reconhecimento do facto de ser negro. Uma aceitação de seu destino, história e
cultura, enquanto principais formadores de uma identidade negra positiva e orgulhosa.
Posteriormente, Césaire sintetizou tal ideia no conceito de “personalidade cultural
africana”, cujos aspectos primordiais seriam, a fidelidade e a solidariedade para com
os povos negros de todo o mundo.
● O segundo sentido da negritude, segundo Munanga, resultou de um processo que aos
poucos alterou este significado inicial até ganhar uma dimensão política próxima
àquela do Pan-africanismo: como luta pela emancipação dos povos negros contra o
colonialismo e assimilação ocidental. Afinal, só com tal emancipação poder-se-ia de
facto falar em assunção da negritude.

De um modo geral, o primeiro sentido da negritude é mais comum até 1955, enquanto que o
segundo sentido, mais próximo de um Pan-africanismo mais programático, torna-se
dominante posteriormente.

Um grupo de intelectuais negros, entre eles o jamaicano Marcus Garvey e o norte-americano


William. Du Bois, criou as bases do pan-africanismo. Garvey defendia a segregação entre
afrodescendentes e descendentes de europeus, com esses grupos vivendo separados, pois
acreditava que a opressão de um grupo sobre o outro sempre existiria.

Du Bois, o primeiro negro a se tornar doutor em Harvard, defendia a integração entre negros
e brancos, convivendo nos mesmos espaços e sem diferenças sociais ou racismo de qualquer
espécie.

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A realização dos congressos pan-africanos foi importante para a difusão do pan-africanismo,
das ideias anticoloniais e antirracistas. Os primeiros congressos ocorreram em território
europeu, organizados por intelectuais negros do continente, e contaram com representantes de
diversos países africanos.

O primeiro Congresso Pan-Africano ocorreu em 1919, em Paris. Seguido pelos congressos de


1921 (Bruxelas, Londres e Paris), 1923 (Lisboa), 1927 (Nova Iorque), 1945 (Manchester),
1974 (Tanzânia), 1994 (Uganda) e 2014 (África do Sul).

O congresso realizado em Manchester, em 1945, é considerado um marco na luta dos povos


africanos pela autonomia política. Do congresso de Manchester participaram Kwame
Nkrumah, líder da independência de Gana; Jomo Kenyatta, líder da independência do
Quênia; e Hastings Banda, líder da independência do Malaui.

Principais características do pan-africanismo

A principal característica do pan-africanismo é de ser um movimento pan-nacionalista, esse


tipo de movimento defende a união em um mesmo território de pessoas que possuem uma
história comum e uma identidade cultural. Também reivindicam um território que não
corresponde a territórios até então estabelecidos.

A ideologia pan-africana influenciou os movimentos de independência dos países africanos


que se fortaleceram após o fim da Segunda Guerra. Também foi uma das referências para o
movimento dos direitos civis nos Estados Unidos que culminou na revogação do conjunto de
leis segregacionistas nos estados do Sul conhecido como Jim Crown.

Principais idealizadores do pan-africanismo

● Marcus Mosiah Garvey: ativista político jamaicano, fundou em 1914 a


Associação Universal para o Progresso Negro. Defendia que os negros deveriam
ter independência econômica dos brancos, para isso, criou diversas empresas que
só contratavam pessoas negras. Também defendia o retorno da população
afro-americana para a África, chegou a criar uma empresa de transporte marítimo
para tal fim, a Black Star Line.
● William Edward Burghardt du Bois: foi um intelectual norte-americano e
considerado um dos principais autores do pan-africanismo. Durante sua vida,
publicou mais de 20 publicações acadêmicas. Suas obras criticavam as leis Jim
Crown, o racismo, o colonialismo no continente africano, e defendiam o
pan-africanismo, a maior representatividade da população negra na política, o
maior acesso dessa população à educação e a melhoria da sua condição de vida.
Ele ajudou na organização de diversos congressos pan-africanos, nos quais
sempre defendeu a independência dos países africanos.
● Amy Ashwood Garvey: jamaicana casada com Marcus Garvey, foi uma
importante militante pan-africanista e feminista. Ela lutou para que as mulheres

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tivessem mais representatividade nos congressos pan-africanos e para que as
pautas das mulheres fossem inseridas em suas discussões. Participou do
Congresso de Manchester com Alma la Badie, as únicas duas mulheres
participantes.

Consequências do pan-africanismo

Embora tenha ocorrido em um relativo curto espaço de tempo e dentro de um mesmo


contexto histórico, marcado pelo mundo pós-guerra e a Guerra Fria, o processo de
independência da África foi fortemente marcado pelo pan-africanismo.

Em 1963, foi criada a Organização da Unidade Africana, com sede na Etiópia e composta
por 32 países africanos independentes. O objetivo da instituição era o de proteger os
interesses dos países do continente. Essa instituição existiu até 2002, quando foi substituída
pela União Africana, associação que atualmente possui 55 países-membros. A União
Africana mostra como o pan-africanismo continua influenciando o mundo atual.

O cantor jamaicano Robert Nesta Marley, conhecido como Bob Marley, foi responsável pela
difusão do pan-africanismo no mundo por meio de suas canções. Sua música, “Africa Unite”
é considerada um hino do pan-africanismo. Durante sua carreira, ele vendeu
aproximadamente 100 milhões de discos.

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CONCLUSÃO
Em resumo, o pan-africanismo é uma filosofia que transcende fronteiras geográficas e busca
a unidade, a dignidade e os direitos dos povos africanos, tanto em seu continente natal quanto
além dele.
A teoria pan-africanista continua a inspirar movimentos e discussões sobre identidade, cultura
e soberania na África e na diáspora.

Pelo que, encerramos o nosso trabalho com a frase de Delany“África para os africanos”.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/pan-africanismo.htm

https://www.filotchila.com/blogs/50465/Pan-africanismo-origem-e-seus-representantes

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pan-africanismo

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