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ORDEM ROSACRUZ

EXPERIMENTOS ROSACRUZES

LOJAS – CAPÍTULOS - PRONAOI


INTRODUÇÃO

Os experimentos constantes desse classificador se destinam às Lojas,


Capítulos, Pronaoi e também aos Pronaoi de Lojas e de Capítulos. Eles
procedem diretamente da Grande Loja e estão plenamente conformes à
Ontologia rosacruz. Eles refletem, portanto, o pensamento oficial da Antiga e
Mística Ordem Rosacruz.

Este classificador é confiado à inteira responsabilidade do Mestre, que


deve restituí-lo à Grande Loja após um simples pedido. É estritamente proibido
fotocopiar os experimentos daqui constantes ou emprestá-los a membros que
possam desejar lê-los em casa ou no Organismo.

Antes de apresentar um experimento aos membros reunidos no Templo,


o Mestre deve:

1) Lê-lo atentamente em casa e se familiarizar bem com seu


desenvolvimento.
2) Prever o material necessário, se for o caso.

Nenhum experimento além daqueles que figuram nesse classificador


deve ser efetuado numa convocação. Além disso, o ideal é apresentá-los aos
membros alternadamente com as mensagens, a fim de variar a natureza e o
conteúdo dos trabalhos efetuados nos Organismos Afiliados.

O índice de conteúdos contém campos nos quais o Mestre deverá anotar


a cada vez a data (mês e ano) em que o experimento foi apresentado aos
membros. Isso evitará que ele seja repetido de um ano a outro.

A Grande Loja da AMORC


ÍNDICE DE CONTEÚDOS

EXPERIMENTOS DATAS DE
LEITURA
N°1: A concentração
N°2: A visualização
N°3: A criação mental
N°4: A meditação
N°5: As respirações profundas
N°6: A terapêutica rosacruz
N°7: A telepatia (por harmonização mental)
N°8: A telepatia (por projeção mental)
N°9: O despertar da consciência psíquica
N°10: O despertar dos centros psíquicos
N°11: A percepção da aura
N°12: A estimulação da aura
N°13: A lembrança das encarnações
(por estimulação da memória)
N°14: A lembrança das encarnações
(por estimulação das emoções)
N°15: O Sanctum celestial
N°16: O auxílio espiritual
N°17: Os sons vocálicos
N°18: A vocoterapia
N°19: A harmonização com os quatro
princípios
N°20: A vibroturgia
N°21: A telecinésia
N°22: A alquimia espiritual
N°23: A regeneração mística
N°24: Viagem no tempo
N°25: Viagem no espaço
N°26: A prece
N°27: O auxílio postmortem
N°28: A assistência pré-natal
N°29: De uma vida para outra
N°30: A utopia rosacruz
EXPERIMENTO Nº 01

A CONCENTRAÇÃO

MATERIAL

- Uma música de meditação de aproximadamente dois minutos, para a


segunda parte do experimento (página 4).

- Uma música para meditação de aproximadamente três minutos, para a


última parte do experimento (página 5).

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, entre as faculdades mentais que


devemos aprender a dominar, a concentração merece especial
atenção, pois ela é a base não apenas dos experimentos místicos que
somos incentivados a efetuar em nossos estudos rosacruzes como
também do sucesso, seja aplicado às atividades esportivas, escolares,
profissionais, sociais ou mesmo familiares. De fato, os indivíduos
mais capazes de se concentrar são os geralmente melhor sucedidos
na vida. Se assim é, isto deve-se ao fato que essa faculdade exige
grande força de vontade. Ora, a vontade é o fundamento de toda ação
empreendida para se atingir um objetivo específico. É por isso que é
tão importante desenvolvermos nosso poder de concentração, ao
menos para resolvermos os problemas da vida cotidiana e sermos o
mais eficientes possível nas coisas que empreendemos.

Um dos flagelos dos tempos modernos é a inaptidão para se


concentrar. Por exemplo, quando se considera o poder de
assimilação de alunos e estudantes, percebe-se que ele tende a
diminuir. Uma análise desse problema mostra que essa diminuição
não se deve ao fato de os escolares ou estudantes de hoje serem
menos inteligentes que os de gerações passadas. Isso resulta, antes,
do fato de eles serem cada vez mais distraídos e sentirem crescente
dificuldade para se concentrar naquilo que lhes é dito ou mostrado.
Isso acontece porque a época em que vivemos solicita cada vez mais
os sentidos físicos do indivíduo e mantém em constante atividade as
diversas funções de sua consciência objetiva. Tal solicitação tem
como efeito distrair a atenção e dispersar o interesse. Paralelamente
a esse fenômeno de dispersão, a cultura e a informação tendem a
chegar até nós principalmente por meios audiovisuais e da internet.
Essa abertura para a imagem e para o som oferece muitas vantagens,
mas é importante termos o cuidado de não ficarmos passivos em
relação ao que nos é comunicado dessa maneira. Nesse sentido, a
leitura deve continuar sendo para nós um meio privilegiado para
desenvolvermos nosso poder de concentração ao mesmo tempo em
que temos acesso a uma forma de conhecimento.

Estas observações não devem ser consideradas como uma


crítica aos meios modernos que a cultura e a informação utilizam
para alcançar um número maior de indivíduos, sejam eles crianças
ou adultos. Porém, sem querer descreditar os progressos
consideráveis que a tecnologia permitiu serem feitos, devemos
salientar o perigo que ela pode apresentar caso substitua
demasiadamente a atividade mental que cabe ao ser humano
realizar. A longo prazo, esta substituição teria efetivamente como
consequência a aniquilação de algumas das nossas faculdades de
raciocínio, que são absolutamente indispensáveis para a consecução
da nossa evolução espiritual. Como rosacruzes, deveis pois evitar
cair na armadilha da dispersão e da facilidade em qualquer atividade
que seja. Para isso, o melhor é desenvolver regularmente vossa
aptidão de concentração.

Muitos livros já foram dedicados à concentração. Contudo,


na maioria das vezes ela é tratada por um ângulo psicológico. Ora, é
igualmente importante considerar sua aplicação mística, pois é esta
aplicação que constitui a base da maior parte dos experimentos
propostos nas monografias. Do ponto de vista rosacruz, essa
faculdade consiste em canalizar nossa energia física, mental ou
psíquica para atingir determinado objetivo. Como o próprio nome
indica, a concentração física visa focalizar toda nossa energia
muscular na parte do corpo a ser solicitada. Podem ser os ombros,
os braços, as costas, as pernas etc. Assim, quando um atleta se
concentra antes de uma prova, grande porcentagem de seu potencial
energético é dirigida a uma área específica de seu corpo, o que tem
como efeito o aumento considerável dos desempenhos fisiológicos
dessa área. Por sua vez, a concentração mental pode se voltar para o
mundo externo ou se referir a ideias abstratas que se originam em
nosso interior. Quanto à concentração psíquica, essa consiste em
canalizar nossa energia psíquica para uma parte do nosso ser ou
para algum ponto do nosso ambiente imediato.
Quando nossa concentração mental se volta para o mundo
exterior, ela relaciona-se com coisas que percebemos por meio de
nossos cinco sentidos objetivos. Seu propósito então é dar a maior
atenção ao que vemos, ouvimos, tocamos, cheiramos ou degustamos.
O importante nesse caso é que toda nossa energia mental seja
dirigida unicamente para o ponto da nossa concentração. Assim, se
nos concentramos num objeto que vemos, somente o sentido da
visão deve ser solicitado, com exclusão dos demais, e somente esse
objeto deve ser o centro da nossa atenção visual e mental. Se nossa
concentração se dirige a um som ou ruído que ouvimos, devemos ter
o cuidado de ficar sensíveis apenas às impressões sonoras
transmitidas por nossos ouvidos. O princípio é o mesmo se nos
concentramos num cheiro, num sabor ou na forma de um objeto. De
modo geral, podemos dizer que a concentração consiste em
formarmos uma unidade com a coisa para a qual dirigimos nossa
atenção. Quando essa unidade é perfeitamente realizada, chega um
momento em que perdemos totalmente a consciência do que somos,
do lugar onde estamos e de todas as impressões sensoriais, exceto
daquelas que provêm daquilo em que nos concentramos.

Fratres e sorores, para que possais compreender bem os


pontos que acabamos de considerar, vamos realizar agora alguns
experimentos com o objetivo de estimular nossa concentração
mental. Em outros experimentos teremos oportunidade de nos
dedicarmos mais particularmente à concentração psíquica. Não nos
preocuparemos então com isso nesta ocasião.

EXPERIMENTO

Primeiro, acomodai-vos confortavelmente, se possível


com as costas bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as
pernas e os pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente
separados um do outro.

Pausa curta

Mantendo essa posição, fechai os olhos e relaxai por alguns


instantes fazendo respirações profundas. ___________________
Pausa de cerca de 30 segundos

Fratres e sorores, para darmos início ao nosso


experimento, vamos primeiro nos concentrar num apoio visual.
Para isso, peço-vos que dirijai vossos olhares para a Shekinah —
(„para o Altar”, se for um Pronaos) — e escolhais uma vela. Depois
concentrai-vos na chama da vela que escolhestes. Na medida do
possível, evitai piscar demasiadamente os olhos e mantende vossa
concentração até terdes a sensação de estar em unidade com a
chama da vela. Se tiverdes êxito, chegará um momento em que não
tereis mais consciência de quem sois nem do lugar em que vos
encontrais, mas tereis o sentimento de serdes a própria chama, ou
seja, calor e luz. Esse sentimento de unidade será a própria prova do
vosso êxito.

Se necessário, o Mestre pede que os membros


que não estiverem vendo bem a Shekinah (o Altar)
mudem-se de lugar, para a realização deste experimento.

Agora, concentrai-vos na vela escolhida.

Período de concentração na vela (cerca de dois minutos)

Fratres e sorores, vamos agora nos concentrar num apoio


sonoro, que consistirá num trecho de música. Permanecei portanto
sentados na mesma posição, mas desta vez fechai os olhos, a fim de
que vossa visão não seja atraída pelo ambiente. (Pausa curta) Durante
toda essa concentração, procurai vos sentir em unidade com a
música, do mesmo modo como fizestes antes com a chama da vela.
Para isso, focalizai toda vossa atenção nos sons que ouvireis e não
vos deixeis distrair por nenhum tipo de pensamento. Se
conseguirdes vos concentrar devidamente, chegará um momento em
que tereis a impressão de serdes a própria música. Na maioria dos
casos, essa sensação se traduzirá por um sentimento de leveza e
pureza.

Começai agora vossa concentração.


Período de concentração na música (cerca de dois minutos)

Fratres e sorores, nas duas primeiras fases deste


experimento, nossa concentração mental foi dirigida para apoios
concretos, isto é, para sensações provindas do nosso meio e que
exigiam nossas faculdades sensoriais da visão e da audição.
Contudo, conforme indicamos na introdução, pode-se perfeitamente
concentrar numa ideia abstrata cuja origem esteja unicamente em
nossos processos mentais. Para testar esse princípio, vamos agora
focalizar toda nossa atividade mental num símbolo: a Rosacruz.
Durante os próximos minutos, devereis todos visualizar a Rosacruz
com todo o realismo possível, até terdes o sentimento de formar
uma unidade com ela. Se tiverdes êxito, sentireis então uma grande
paz interior, pois a visualização desse símbolo vos colocará em
ressonância com a Egrégora de nossa Ordem.

Começai pois esta concentração.

Período de concentração na Rosacruz (cerca dois minutos)

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o fórum

Fratres e sorores, para encerrar o experimento de hoje,


proponho agora que nos concentremos não num símbolo, mas num
tema específico: a paz. Para tanto, fechai os olhos e focalizai toda a
vossa consciência em cenas, circunstâncias ou eventos que
expressem por si a fraternidade entre os homens. Vede pessoas se
ajudando mutuamente, sorrindo umas para as outras, saudando-se
fraternalmente, unindo-se em obras comunitárias e compartilhando
as mesmas alegrias, independentemente de suas crenças religiosas,
raças ou opiniões políticas. Se preferirdes, podeis também visualizar
intensamente a palavra „Paz” escrita em letras de luz. O simples fato
de vos sentirdes bem depois desse experimento será a prova de
vosso sucesso e de seu efeito positivo. Essa parte do experimento não
será seguida do fórum, a fim de preservar seu caráter puramente
místico.

Começai agora essa concentração especial.

Período de concentração na paz (música de cerca de três minutos)

O Mestre não realiza o fórum após essa parte do experimento

Fratres e Sorores, a concentração, como todas as


faculdades místicas, deve ser objeto de prática regular, pois é
impossível dominá-la sem desenvolver os processos mentais e
psíquicos que estão relacionados com ela. Os experimentos que
realizamos hoje são apenas alguns exemplos do trabalho pessoal que
podeis efetuar nesse campo. Para isso, as monografias de nossa
Ordem contêm grande número de exercícios simples mas eficazes,
que visam estimular nossa capacidade de concentração, tanto nas
sensações externas como nas impressões internas. Assim sendo,
recomendamos que volteis regularmente a esses exercícios e lhes
deis toda a atenção possível. Lembrai-vos sempre de que a
concentração constitui a chave para a solução de muitos problemas,
pois o pensamento, quando focalizado num objetivo harmonizado
com as leis cósmicas, tem um poder criador tão vasto quanto o
campo de ação a que a consciência humana pode ser aplicada.
EXPERIMENTO Nº 02

A VISUALIZAÇÃO

MATERIAL

Nenhum.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, a visualização é uma faculdade que tem


lugar importantíssimo nos ensinamentos de nossa Ordem, pois é ela
que torna possível grande número de experimentos místicos. Além
disso, constitui o fundamento de uma prática muito importante: a
criação mental. Há alguns anos essa faculdade vem sendo utilizada
em alguns cursos de Psicologia e muitos livros foram dedicados a
ela. Contudo, como no caso da concentração, a maneira como
geralmente tratam esse assunto não leva em consideração o
conjunto dos processos implicados. Além disso, quase sempre ela é
apresentada como um meio de relaxar, o que é muito limitativo.
Assim, antes de efetuarmos nosso experimento de hoje, vamos rever
juntos o que os ensinamentos rosacruzes nos ensinam sobre a
visualização.

Do ponto de vista místico, essa faculdade consiste em se


concentrar na representação mental de um objeto, um lugar, uma
pessoa, uma situação, um acontecimento ou uma ideia puramente
abstrata. Em sua aplicação mais simples, consiste em fechar os olhos
e ver mentalmente uma imagem dessa coisa com o mesmo realismo,
a mesma clareza e a mesma vivacidade com que a veríamos se ela
estivesse realmente diante de nós. A visualização, porém, não se
limita a criarmos em nossa consciência uma imagem mental
recorrendo apenas ao sentido da visão. Na verdade, ao contrário do
que o termo “visualizar” pode levar a supor, essa faculdade inclui
igualmente o processo que permite ouvir, tocar, cheirar ou degustar
mentalmente sons, formas, odores ou sabores com tanto realismo
como se os ouvíssemos, tocássemos, cheirássemos ou
degustássemos na realidade. A visualização, portanto, diz respeito à
criação mental de todas as impressões sensoriais que o ser humano
pode ter no estado de vigília.

Evidentemente, a visualização está ligada à memória, pois


só se pode visualizar uma imagem mental utilizando sensações
memorizadas, sejam de natureza visual, auditiva, tátil, olfativa ou
degustativa. Por exemplo, se quisermos visualizar o interior de uma
igreja ou de qualquer outra construção religiosa, isto só será
possível se formos capazes de recordar o que vimos ao visitar esse
local. Do mesmo modo, se quisermos visualizar uma pessoa, seja
para lhe enviar uma mensagem mental ou para auxiliá-la no plano
espiritual, isto só será possível se tivermos memorizado a fisionomia
e a aparência geral dessa pessoa. Caso contrário, é impossível vê-la
com clareza na tela de nossa consciência.

Posto que a visualização depende das sensações que


memorizamos, é importante prestarmos toda atenção ao que vemos,
ouvimos, tocamos, cheiramos e degustamos na vida cotidiana. Essa é
a condição para assimilarmos as impressões que, em seguida,
poderemos utilizar para visualizar determinada imagem mental.
Isso significa que a primeira coisa a fazer para tirarmos proveito de
uma boa visualização consiste em nos concentrarmos regularmente
nos estímulos que nos chegam do nosso ambiente, a fim de que esses
estímulos se tornem parte integrante da nossa memória. A
visualização, portanto, está diretamente ligada ao nosso poder de
concentração, faculdade que é igualmente útil desenvolvermos.

Como prova a experiência, entre nós há os que visualizam


mais facilmente as impressões visuais que as impressões auditivas,
ou o contrário. Por exemplo, alguns não sentem nenhuma
dificuldade em visualizar o rosto de uma pessoa que conhecem, mas
dificilmente conseguem visualizar sua voz. Com outros acontece o
contrário. O mesmo princípio se aplica às sensações olfativas e
gustativas, no sentido de ser mais difícil para alguns visualizar um
sabor que um odor, ou vice-versa. Nessa ordem de ideias, muitas
pessoas não conseguem visualizar as impressões fornecidas pelo
sentido do tato. Seja como for, todos temos algum ponto fraco nesse
campo e devemos remediá-lo se quisermos que nossa visualização
seja o mais eficaz possível.

Uma observação se faz necessária. De fato, para dominar a


visualização, não basta criar mentalmente uma combinação de
impressões sensoriais, por mais nítidas que sejam. É igualmente
preciso que essas impressões sejam plenas de vida, condição
absoluta para que sejam verdadeiramente criadoras. Caso contrário
elas se limitam a um quadro mental que por si mesmo não tem
nenhum poder criador. Para visualizarmos com eficácia, devemos,
portanto, sentir interiormente as impressões em que nos
concentramos. Em outras palavras, devemos vivê-las intensamente
no plano emocional, a fim de que elas dêem lugar a uma criação,
não apenas mental, mas também espiritual.

Fratres e sorores, hoje vamos realizar dois experimentos


que terão cada qual dois objetivos principais: por um lado, permitir
que avalieis vosso próprio poder de visualização; por outro, dar-vos
um meio de trabalho para desenvolver essa faculdade. Assim sendo,
peço-vos que se dediquem a eles com toda vossa atenção.

EXPERIMENTO

Primeiro, acomodai-vos confortavelmente, se possível com


as costas bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as
pernas e os pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados
um do outro.

Pausa curta

Mantendo essa posição, fechai os olhos e relaxai por alguns


instantes efetuando respirações profundas.

Pausa de cerca de 30 segundos

Para iniciarmos, vou enumerar um série de palavras, cada


uma delas representando uma ideia, um princípio, uma pessoa, um
animal ou um objeto, que todos deverão visualizar o mais
rapidamente que vos seja possível, na medida em que eu os for
dizendo. Como constatareis, esse experimento é particularmente útil
para avaliar e suscitar vosso poder de visualização.

Comecemos então esse trabalho especial:

O céu (pausa de cerca de 10 segundos) . O mar (pausa de cerca de


10 segundos). Uma rosa (pausa de cerca de 10 segundos). Um golfinho
(pausa de cerca de 10 segundos). A Terra vista do espaço (pausa de cerca de
10 segundos). A Rosacruz (pausa de cerca de 10 segundos). Um perfume de
incenso (pausa de cerca de 10 segundos). Um canto de pássaro (pausa de
cerca de 10 segundos). O gosto da água (pausa de cerca de 10 segundos).
Uma estrela (pausa de cerca de 10 segundos). Areia (pausa de cerca de 10
segundos). Um ente querido (pausa de cerca de 10 segundos).

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo de 10 minutos)

Fratres e sorores, a seguir faremos um segundo


experimento. Para tanto, peço que fecheis os olhos e visualizeis o
mais vividamente possível a situação que passarei a descrever.

- Imaginai que estais andando na beira do mar (pausa de cerca de


10 segundos). A água está particularmente calma e se confunde
no horizonte com o azul do céu (pausa de cerca de 10 segundos). A
praia se estende a perder de vista, mas podem-se ver dunas ao
longe (pausa de cerca de 10 segundos). Enquanto caminhais por
essa praia, gaivotas passam bem perto de vós antes de se
elevarem bem alto no céu, lá onde o Sol começa a declinar na
direção do mar (pausa de cerca de 10 segundos).

- Enquanto continuais com vossa caminhada ao longo da orla


marítima, diferentes sons chegam aos vossos ouvidos (pausa de
cerca de 10 segundos): o murmúrio das ondas que vêm morrer
lentamente na areia (pausa de cerca de 10 segundos), o grito das
gaivotas voando sobre o mar (pausa de cerca de 10 segundos), o
apito de um navio que cruza ao largo (pausa de cerca de 10
segundos), as vozes de pessoas que passam aqui e ali (pausa de
cerca de 10 segundos), os latidos de dois cachorros que brincam na
beira da água (pausa de cerca de 10 segundos).

- Imaginai agora que estais entrando na água para se refrescar


um pouco (pausa de cerca de 10 segundos). Agora, voltais à praia e
sentis a areia que adere aos vossos pés (pausa de cerca de 10
segundos). Enquanto caminhais tranquilamente, vedes uma
estrela-do-mar bem à vossa frente e, pegando-a, a lançais
docemente de volta ao mar (pausa de cerca de 10 segundos). Então
vos sentais a alguns metros da beira da água e contemplais a
paisagem ao longe (pausa de cerca de 10 segundos).

- Agora são os cheiros que atraem mais especialmente vossa


atenção. Sentis alternadamente o aroma do iodo (pausa de cerca
de 10 segundos), as algas trazidas pelas ondas que se quebram na
praia (pausa de cerca de 10 segundos), o cheiro da maré crescente
(pausa de cerca de 10 segundos). Outros odores chegam da terra,
misturando o aroma das árvores ao das flores que crescem
junto ao mar (pausa de cerca de 10 segundos).

- Vossa caminhada está chegando ao fim. Antes de partir, porém,


voltais à beira da água e pegais um pouco de água com as mãos
(pausa de cerca de 10 segundos). Passai essa água no rosto e bebai
algumas gotas (pausa de cerca de 10 segundos). Seu sabor salgado
contrasta-se com o da água doce que estai acostumados a
beber, mas esse sabor revela a alquimia do mar e vos faz
lembrar que foi nele que a vida começou (pausa de cerca de 10
segundos).

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo de 10 minutos)

Fratres e Sorores, embora possamos ter consciência da


importância de que se reveste a visualização como faculdade mística,
nem sempre lhe damos toda a atenção que ela merece. No entanto,
essa faculdade é fundamental, não apenas em nossa busca espiritual,
mas igualmente para tornar a nossa vida material mais consoante
com nossas esperanças. Na verdade, é ela que nos permite obter a
realização dos nossos desejos mais legítimos. É por isso que não
devemos negligenciá-la, mas, ao contrário, fazer tudo o que estiver
ao nosso alcance para desenvolvê-la. Para isso, os experimentos que
realizamos juntos hoje podem vos servir de fonte de inspiração, sem
esquecer, é claro, dos exercícios contidos nas monografias.
EXPERIMENTO Nº 03

A CRIAÇÃO MENTAL

MATERIAL

Nenhum.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, a criação mental é uma das faculdades


mais úteis que Deus concedeu ao ser humano. Do modo como é
empregada pelo rosacruzes, ela tem por objetivo principal criar a
contrapartida espiritual de um desejo que gostaríamos de realizar
no plano material. Quanto a isso, podemos afirmar que, se nenhum
decreto cármico se opuser, essa faculdade nos permite obter a
realização dos nossos desejos mais caros. Essa afirmação nada tem
de especulativa, pois baseia-se na aplicação de leis místicas
comprovadas. De fato, o Cósmico está sempre pronto a favorecer a
materialização dos desejos que contribuam para a felicidade do ser
humano, pois a felicidade constitui, a um só tempo, a meta da nossa
existência e o estado ideal a que nossa alma aspira. Assim, quando
visualizamos um desejo que está em perfeita harmonia com o Bem,
ele recebe automaticamente a aprovação do Cósmico e torna-se,
então, uma forma-pensamento, isto é, um pensamento que cedo ou
tarde ganhará forma no plano terreno.

Devemos lembrar sempre que o visível emana do invisível e


que o finito procede do infinito. Como a maior parte das religiões
afirma e como confirmam todas as tradições místicas, a Criação
universal foi primeiro concebida no Pensamento divino, pois foi
somente depois de ter estabelecido um plano geral, que Deus, o
Grande Arquiteto do Universo, tornou-a manifesta, utilizando o
poder criador do Verbo. Foi então que o que era somente uma Ideia
espiritual tornou-se uma realidade material. Assim, tudo o que faz
parte da natureza, seja a própria Terra ou as incontáveis espécies
vegetais e animais que a povoam, inclusive a espécie humana, nasceu
na Inteligência divina antes de se materializar. O mesmo princípio se
aplica ao que fazemos, pois tudo o que é criado pelo ser humano é
simplesmente a manifestação do que ele pensa. Um exemplo simples
é o de uma casa: ela é a concretização de um projeto sobre o qual um
ou mais indivíduos refletiram. Em outras palavras, é a
materialização de certo número de ideias.

Ao visualizarmos um acontecimento cuja realização


desejamos intensamente, criamos no Cósmico as condições
espirituais de sua manifestação. Em outras palavras, nós o tornamos
uma criação mental que, sob o impulso das leis divinas, receberá o
influxo necessário à sua materialização. Nesse sentido, toda forma-
pensamento positiva, tanto individual como coletiva, manifesta-se
algum dia no plano terreno. Se às vezes temos a impressão do
contrário, é unicamente por raciocinarmos em escala humana e por
não termos a necessária paciência. Voltando ao exemplo anterior, é
impossível construir uma casa em uma semana, mesmo que
saibamos com toda exatidão como será sua aparência quando estiver
pronta. Na verdade, um mínimo de tempo é sempre necessário entre
o momento da concepção do plano e o da sua consecução. Do mesmo
modo, a concretização de um desejo que confiamos ao Cósmico
requer às vezes muitos anos, antes de tomar forma em nossa vida.
Ou pode ser até que ele se realize dentro de alguns dias ou algumas
horas. Na verdade, o tempo não tem importância real no nível
cósmico, pois a realização de um desejo sempre acontece no
momento mais oportuno de nossa vida, ou seja, quando estiverem
reunidas todas as condições para usufruirmos dele plenamente e
quando isso puder ser verdadeiramente útil à nossa evolução
espiritual.

É certo que algumas vezes acontece de um ou outro desejo


nosso não se realizar. Nesse caso, pode ser que nossa visualização
não tenha sido suficientemente eficaz ou então que a Inteligência
divina tenha julgado que a concretização desse desejo teria de
esperar até estarmos em perfeita condição de apreciá-lo. É possível
também que decretos cármicos se oponham a ele, principalmente se
não o merecermos em função de um comportamento negativo que
possamos ter tido num passado mais ou menos distante. Enfim,
pode ser ainda que o Cósmico não nos ajude a realizar um desejo por
saber muito bem que sua concretização seria afinal, para nós, uma
fonte de aborrecimentos, de problemas e penas inúteis.
Analogamente, nenhum pai responsável daria uma faca a uma
criancinha, mesmo que ela a desejasse e insistisse muito nesse
desejo. Do mesmo modo, Deus algumas vezes se opõe a certos
desejos nossos quando Ele sabe que sua realização, num prazo curto
ou longo, irá contra nossa felicidade ou a dos nossos próximos.
Assim, quando não conseguimos obter a concretização de um desejo,
depois de o termos visualizado durante vários dias ou mesmo várias
semanas e anos, não devemos nos deixar invadir pela dúvida, pela
decepção ou pelo rancor, mas, ao contrário, devemos dar prova de
absoluta confiança no Divino.

Fratres e sorores, faremos hoje um experimento cujo


objetivo é utilizar a visualização para a realização de um desejo
particularmente querido para nós. Mas antes, é importante
lembrarmos os cinco pontos fundamentais que devem ser
respeitados para que nossa criação mental esteja em conformidade
com as leis que regem toda manifestação desse tipo.

1) Inicialmente, é importante selecionar um único desejo e


cuidar para que ele não abranja vários pedidos. De fato, toda
visualização que diga respeito à realização de desejos múltiplos
acaba sempre em fracasso, pois a dispersão é incompatível com a
concentração exigida nesse tipo de experimento. Por analogia, é
impossível compreender várias pessoas falando ao mesmo tempo,
pois desta forma só conseguimos perceber um conjunto de sons
ininteligíveis. Da mesma forma, o Cósmico não pode registrar a
visualização de vários desejos, pois as imagens mentais que lhe
transmitimos formam somente um todo confuso e quase sempre
incoerente. Assim sendo, devemos formular apenas um único desejo
durante um período de criação mental.

2) Após haver escolhido o desejo que quereis ver realizado,


tomai um tempo para analisar, em vossa alma e consciência, os
motivos profundos que vos levam a pedir sua realização ao Cósmico.
É imperativo que esse desejo não seja egoísta e nem se limite
exclusivamente aos vossos interesses pessoais. Isso não quer dizer
que não tendes o direito de visualizar a realização de uma coisa para
vós mesmos; muito pelo contrário. Significa simplesmente que
deveis escolher um desejo que, direta ou indiretamente, contribua
para a felicidade alheia. Além disso, é óbvio que se aquilo que
desejais se opuser ao bem-estar de uma pessoa ou de um grupo de
pessoas, não vai se realizar. É preciso de fato compreender bem que
todas as leis divinas operam em prol do Bem e que o ser humano não
pode em nenhum caso torná-las eficientes a serviço do mal.

3) Quando tiverdes analisado atentamente a natureza de


vosso desejo, avaliai vosso merecimento. Em outras palavras,
perguntai a vós mesmos se mereceis sua realização. Nessa avaliação,
procurai definir se fizestes tudo, no plano humano, para merecer
essa satisfação. Estai certos de que o Cósmico não deixa nenhum
pedido nosso sem resposta, contanto que tenhamos feito os esforços
necessários para obter aquilo que desejamos concretizar em nossa
vida. O famoso ditado “Deus ajuda quem se ajuda” esclarece
perfeitamente essa questão. Todavia, não sejais excessivamente
severos em vossa análise, pois todos nós sempre temos alguma coisa
reprovável. Se formos pensar de modo absoluto, nosso merecimento
nunca seria suficiente para justificar a realização de um desejo que
precisasse da intervenção direta do Cósmico.

4) Depois de considerar um por um esses três pontos,


fechai os olhos e visualizai intensamente, mas sem ansiedade, o
desejo que quereis ver realizado. Fazei com que vossa visualização
seja clara, nítida e cheia de vida. Procurai também ver a vós mesmos
dentro da situação que imaginais, pois é absolutamente necessário
que as imagens mentais em que estejais vos concentrando
despertem vosso entusiasmo e vossas emoções. Além disso, e isto é
muito importante, o conjunto de vossa visualização deve
corresponder a como seria se vosso desejo já estivesse realizado. Em
outras palavras, não o visualizeis com a esperança de que ele venha a
se concretizar, mas sim com a certeza de que, no plano cósmico, ele
já está feito. Nesse sentido, é preciso que tenhais absoluta confiança
nas leis espirituais que contribuirão para a sua materialização.

5) Quando vossa visualização estiver perfeitamente nítida,


incluindo a certeza da realização de vosso desejo, inspirai
profundamente pelo nariz, retende o ar por alguns segundos, expirai
lentamente pelo nariz e dizei mentalmente ou em voz baixa: “Se é da
vontade do Cósmico, está feito!”. Em seguida, esqueçai-vos
totalmente de vossa visualização e não pensai mais no desejo por
cuja realização esperais. Nas horas ou dias que se seguirem,
naturalmente podereis repetir esse processo, a fim de reforçá-lo.

EXPERIMENTO

Fratres e Sorores, faremos agora nosso experimento de


criação mental. Para tanto, acomodai-vos confortavelmente, se
possível com as costas bem eretas, as mãos colocadas naturalmente
sobre as pernas e os pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente
afastados um do outro.

Pausa curta
Mantendo essa posição, fechai os olhos e relaxai por alguns
instantes efetuando respirações profundas. _________________

Pausa de cerca de 30 segundos

Escolhei agora aquilo que desejais intensamente ver


realizado, cuidando para que não inclua vários pedidos.

Pausa de cerca de 30 segundos

Escolhido o desejo, analisai os motivos profundos que vos


levam a desejar sua realização, com o intuito de definir, em vossa
alma e consciência, se ele é essencialmente egoísta ou não.

Pausa de cerca de 30 segundos

Avaliai então vosso merecimento, sem serdes indulgentes


demais nem demasiadamente severos convosco. Em outras palavras,
perguntai a vós mesmos se fizestes tudo o que estava ao vosso
alcance para merecer sua realização.

Pausa de cerca de 30 segundos

Visualizai agora vosso desejo com o máximo possível de


vida, emoção e realismo, não como uma possibilidade, mas como
uma certeza. Imaginai que ele já está realizado e que estais vos
beneficiando dele em todos os planos.

Pausa de cerca de 30 segundos

Mantendo essa visualização, inspirai profundamente pelo


nariz, retende vossa respiração por alguns instantes e expirai
devagar pelo nariz, dizendo mentalmente: “Se é da vontade do
Cósmico, está feito!”.
Pausa de cerca de 15 segundos

Agora, esquecei-vos totalmente de vossa criação mental e


voltai ao plano objetivo, abrindo os olhos e tomando consciência de
vosso corpo físico.

Pausa de cerca de 15 segundos

Fratres e Sorores, se o desejo que visualizastes estiver em


consonância com o Bem e se nada se lhe opuser, ele se realizará cedo
ou tarde. Naturalmente, isso não quer dizer que ele vá se
materializar como que por encanto, sem nenhuma ação de vossa
parte. Sua realização poderá efetivamente se apresentar como um
“presente do céu”. Contudo, na maioria das vezes, isso costuma se
seguir a uma série de circunstâncias que, embora favoráveis,
exigirão sempre uma intervenção direta ou indireta de vossa parte.
Nesse sentido, é importante que, ao longo dos próximos dias,
presteis muita atenção às vossas intuições, pois elas poderão vos dar
indicações precisas sobre o caminho a seguir para concretizar vosso
desejo. Levai pois em conta essas indicações e, se for o caso, executai
as ações necessárias.
_______________________________________________________
__

Pausa curta

Fratres e sorores, é evidente que não devemos limitar a


criação mental exclusivamente ao nosso bem-estar ou ao de nossos
próximos. É preciso também utilizá-lo a serviço de outrem. Ora,
dentre os votos que só podemos desejar que se realizem está a paz no
mundo. Assim, proponho-vos agora que façamos dela objeto de
nossa visualização. Para tanto, vamos imaginar por alguns minutos
cenas, situações e acontecimentos que exprimam por si sós a
fraternidade entre todos os homens. O melhor é imaginar que eles se
ajudam mutuamente, sorriem, saúdam-se, unem-se em realizações
comuns e partilham as mesmas alegrias e as mesmas esperanças
independentemente de suas crenças religiosas, de suas raças e de
suas opiniões políticas. Ao término dessa visualização, dizei
mentalmente, com confiança e convicção: “Se é da vontade do
Cósmico, está feito!”.

Comecemos pois esse trabalho de criação mental.

Pausa de cerca de três minutos

Fratres e sorores, se alguns dentre vós tiver questões a


formular ou comentários a fazer sobre os dois experimentos que
acabamos de efetuar, podeis agora fazer uso da palavra.

Pausa para o fórum (máximo de 10 minutos)

Fratres e sorores, como lembramos na introdução, a criação


mental é uma faculdade particularmente útil para se obter a
realização de nossos desejos mais caros e para deixar nossa vida o
mais conforme possível às nossas esperanças. Além disso, ela
permite que trabalhemos a serviço da humanidade e contribuamos
positivamente para sua evolução. É por essa razão que não devemos
negligenciá-la, fazendo dela uma prática regular no âmbito de nossa
busca mística e da vida corrente.
EXPERIMENTO Nº 04

A MEDITAÇÃO

MATERIAL

- Duas músicas para meditação, de aproximadamente cinco minutos cada


uma.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, hoje vamos realizar um experimento que


visa nos levar a compreender melhor o método que temos de seguir
para que nossas meditações sejam comunhões cósmicas
verdadeiramente úteis. Mas antes de passarmos a esse experimento,
parece-nos útil recordar alguns pontos fundamentais que devemos
sempre ter em mente quando vamos meditar. Assim fazendo,
disporemos do conhecimento necessário para usufruirmos em todos
os planos dessa arte a que os místicos sempre dedicaram muita
atenção. Em primeiro lugar, é importante entender que meditação
não tem nada a ver com devaneio. Em outras palavras, não
corresponde a um estado subjetivo em que damos livre curso à
fantasia. Nesse sentido, sua meta não é escaparmos do mundo
material nem fugirmos às contingências terrenas, mas sim
harmonizarmo-nos volitivamente com o mundo espiritual, para
termos acesso à sua luz e ao conhecimento que dela resulta.

Do ponto de vista rosacruz, a meditação constitui uma


harmonização cósmica que visa obtermos resposta para uma
pergunta específica ou a solução de certo problema, ou ainda,
ficarmos receptivos às inspirações que a Consciência cósmica queira
nos proporcionar. Em todos os casos, isso implica colocarmos nossa
consciência em ressonância com o plano espiritual. Para meditar,
não é necessário ir a um templo, uma sinagoga, um mosteiro ou
qualquer outro lugar que os homens consagraram à vida religiosa. É
perfeitamente possível fazê-lo em qualquer lugar, dentro de nossa
casa ou fora dela, contanto, naturalmente, que possamos dispor da
necessária tranquilidade. Como explicam as monografias de nossa
Ordem, o verdadeiro templo do homem não é de pedra, pois é no
mais profundo de si mesmo que se encontram a chave de todos os
mistérios e o conhecimento a que ele aspira. Assim sendo, onde quer
que ele esteja, pode se recolher e entrar em harmonia com o Deus
que consegue conceber e amar, qualquer que seja sua crença
religiosa. Quando se consegue estabelecer essa comunhão, recebe-se
a inspiração da Sabedoria divina ou até mesmo a Iluminação, meta
suprema de nossa busca mística.

Antes de lembrar-vos a técnica que deveis seguir para


meditar com eficiência, queremos insistir no fato de que toda
meditação deveria ocorrer no nível do Sanctum Celestial. Em outras
palavras, é para esse local simbólico que o rosacruz deveria se dirigir
toda vez que desejasse se harmonizar com o Cósmico, pois o método
indicado para isso no “Liber 777” é particularmente eficaz para
produzir o estado interior necessário. Além disso, todo experimento
místico efetuado nesse nível faz parte de um ritual que é aberto e
encerrado por duas invocações muito significativas na Tradição
Rosacruz. Essas duas invocações veiculam por si mesmas uma
intenção que reflete nosso desejo de servir à Inteligência divina e de
colocar esse trabalho sob os auspícios da Rosacruz. Simbolizam
também o quadro alegórico dentro do qual colocamos nosso período
de harmonização cósmica. É por isso que deveríamos sempre utilizá-
las para começar e finalizar nossas meditações. Mas, naturalmente,
podeis meditar sem vos sentirdes obrigados a vos elevar
previamente ao nível do Sanctum Celestial. Entretanto, vossa
comunhão com o Cósmico será bem mais significativa se vos
dirigirdes em consciência a esse Altíssimo Local espiritual.

Segundo os ensinamentos de nossa Ordem, a consciência,


na forma como se manifesta no homem, opera segundo fases
diferentes mas dependentes umas da outras. Uma vez que a
meditação visa à harmonização com a Consciência cósmica,
consequentemente ela requer que transcendamos o nível objetivo
em que nos situamos no estado de vigília. Nesse sentido, é
impossível meditar se nossas faculdades sensoriais estiverem em
plena atividade ou se nossa mente estiver ocupada raciocinando
sobre múltiplos fatos. Para realizar uma boa meditação, é portanto
necessário que, por um lado, percamos consciência do nosso
ambiente terreno e, por outro, entremos num estado subjetivo o
mais calmo possível, bem no limiar do nosso subconsciente. Essas
são as duas condições principais para que possamos estabelecer uma
comunhão com a Consciência cósmica que impregna tanto o
universo quanto todo nosso ser. Feitas essas observações
preliminares, vejamos agora o método de meditação que os Mestres
da nossa Tradição nos transmitiram através dos séculos:

- Quando quiserdes meditar, começai retirando-vos


para um local calmo e tranquilo, de preferência o seu Sanctum
pessoal. Se quiserdes fazê-lo noutro local, assegurai-vos de que
tereis a necessária tranquilidade, pois é muito desagradável, tanto
no plano físico como no psíquico, ser perturbado durante uma
meditação. Cuidai também para que a temperatura desse local seja
moderada, de modo a vos sentirdes bem à vontade. Igualmente
cuidai para que a iluminação seja tênue, a fim de que vossa visão não
sofra nenhuma influência externa. Em poucas palavras, cuidai para
que o local que escolheis para meditar estimule o mínimo possível
vossos cinco sentidos físicos e as faculdade objetivas que lhes
correspondem.

- Satisfeitas essas condições, acomodai-vos


confortavelmente, se possível com as costas bem eretas, as mãos
naturalmente repousadas sobre as pernas e os pés totalmente
apoiados no chão, ligeiramente separados um do outro. Se
estiverdes a fazer vossa meditação ao ar livre, adotai a posição mais
confortável possível, pois o corpo não deve ser objeto de nenhum
desconforto ou incômodo.

- Quando estiverdes na posição adequada, fechai os olhos


e passai alguns instantes efetuando respirações profundas neutras.
Para isso, inspirai e expirai profundamente pelo nariz, sem fazer
pausa entre o inspirar e o expirar.

- Quando vos sentirdes em completo relaxamento, voltai


ao ritmo normal da respiração e elevai-vos ao plano de consciência
simbolizado pelo Sanctum Celestial, lembrando-vos de proferir
primeiro a invocação de abertura. Quando tiverdes o sentimento de
ter alcançado esse plano, concentrai-vos no objetivo de vossa
meditação. Se vosso objetivo for uma pergunta cuja resposta
buscais, repeti essa pergunta várias vezes, mentalmente, ou
visualizai-a da forma mais clara e concisa que puderem. Caso se
trate de um problema que vos preocupa e para o qual não estais
conseguindo encontrar uma solução, fazei um resumo dele,
mentalmente, procurando fazer isso também do modo mais claro e
conciso possível. Se quiserdes meditar unicamente para receber os
benefícios da Paz Profunda e da inspiração geral que toda comunhão
cósmica pode proporcionar, então não é preciso que vos concentreis
num objetivo. Nesse caso, simplesmente mantende uma atitude
perfeitamente calma e receptiva, a fim de que a Consciência cósmica
possa imprimir em vossa mente as revelações que ela vos destina.

- Depois de vos concentrardes por alguns minutos na


pergunta ou no problema que é o objeto de vossa meditação,
permanecei em estado de absoluta passividade. Em outras palavras,
não penseis mais nessa pergunta ou nesse problema, mas
abandonai-vos a um sentimento de fusão perfeita com a Consciência
cósmica. Esse estado de passividade é uma necessidade absoluta
quando meditamos com um objetivo específico, pois é ele que
permite que nossa pergunta ou nosso problema seja transferido
para a Consciência cósmica, por intermédio do nosso subconsciente.
Sem essa transferência, o objeto da nossa meditação fica preso em
nossa consciência subjetiva e, consequentemente, não pode receber
a resposta do Cósmico.

- Quando sentirdes necessidade ou vontade de


interromper vosso período de meditação, voltai lentamente à
consciência objetiva, abri os olhos e proferi a invocação de
encerramento do Sanctum Celestial. Em seguida, retornai aos vossos
afazeres.

Do que foi dito, pode-se deduzir que a meditação visa


utilizar o subconsciente para operar uma transferência mental. Com
relação a isso, notai que essa transferência é feita, num primeiro
momento, da consciência objetiva para a Consciência cósmica, e
num segundo momento da Consciência cósmica para a consciência
objetiva. Via de regra, a resposta ou a solução procurada nos é dada
durante a fase passiva da meditação, isto é, quando estamos em
estado de receptividade. Entretanto, às vezes acontece de sentirmos
uma necessidade interna de encerrar nossa meditação antes mesmo
de termos recebido essa resposta ou solução. Nesse caso, ela nos
será dada, na maioria das vezes, na forma de uma intuição
marcante, depois de termos voltado aos nossos afazeres. Em alguns
casos, ela nos chega através de sonhos. Seja como for, toda
meditação efetuada segundo o método tradicional que acabamos de
comentar é eficaz e nunca nos deixa sem uma solução ou uma
resposta.
EXPERIMENTO

Fratres e Sorores, a fim de pormos em prática os pontos


importantes de que falamos, vamos realizar dois períodos de
meditação. O primeiro será dirigido e terá como objetivo
meditarmos todos juntos sobre um mesmo tema. O segundo será
inteiramente livre. Em outras palavras, cada qual poderá dedicá-lo a
um tema que o interesse particularmente ou a um problema cuja
solução deseje obter ou, ainda, a uma comunhão cósmica visando
simplesmente desfrutar de certa paz interior. Cada um desses dois
períodos durará aproximadamente cinco minutos e será
acompanhado de música apropriada.

- Comecemos então nosso primeiro período de meditação.


Para tanto, fechai os olhos, sentai-vos confortavelmente, se possível
com as costas bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as
pernas e os pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente
separados um do outro.

Pausa curta

- Permanecendo nessa posição, relaxai por alguns


instantes efetuando respirações profundas. __________________

Pausa de cerca de 30 segundos

- Voltai agora ao ritmo normal da respiração e unai-vos a


mim, mentalmente, na invocação do Sanctum Celestial: “Que a
sublime essência cósmica se infunda em nosso ser e nos purifique
de toda impureza da mente e do corpo, para que possamos entrar
no Sanctum Celestial e ali comungar com toda pureza e em perfeita
dignidade. Assim seja!”

- Elevai-vos agora ao Sanctum Celestial, na forma como


cada um prefere visualizá-lo, e permanecei na quietude desse local
simbólico.

Pausa de cerca de um minuto


- Enquanto vos encontrais no Sanctum Celestial, meditai
sobre .................... (o Mestre diz um dos seguintes temas: Deus; a Alma
universal; a Consciência cósmica; a alma humana; a evolução; o livre-arbítrio; o
tempo; o espaço; a prece; o bem; o carma; a reencarnação; a lei do triângulo; a
felicidade; a paz; a tolerância; a humildade; o altruísmo), sem esquecer a
fase de passividade que deve absolutamente ser respeitada para que
vossa meditação seja bem sucedida. Durante essa fase, estai atentos
a todas as revelações e impressões que recebereis, pois este
experimento será seguido de um fórum durante o qual cada um
poderá compartilhar sua experiência com os demais.

Período de meditação sobre o tema escolhido (música de cerca de cinco


minutos)
Ao término dessa meditação, o Mestre diz:

“Que o Cósmico santifique nosso contato com o Sanctum


Celestial. Assim seja!”

Fratres e Sorores, neste momento a palavra está livre para


quem desejar contar as impressões ou revelações que essa
meditação sobre ................... (dizer o tema escolhido) possa ter
proporcionado. Por favor, não hesitai em fazer perguntas ou
comentários sobre esse experimento.

Pausa para o Fórum (máximo de 10 minutos)

Agora, efetuaremos uma meditação livre, seguindo o


mesmo método. Durante os próximos cinco minutos, cada qual
poderá meditar sobre um tema de sua escolha, buscar a solução de
um problema ou simplesmente deixar-se impregnar pelas
impressões que o Cósmico possa lhe transmitir enquanto estiver
nesse estado de comunhão. Como na meditação anterior, lembrai-
vos da fase de receptividade e ficai atentos às ideias que ela possa
fazer surgir em vossa mente. Desde já, avisamos que essa meditação
não será seguida de fórum, a fim de conservar seu caráter
puramente místico.
Período de meditação livre (música de cerca de cinco minutos de duração)
O Mestre não realiza fórum após esse experimento

Fratres e Sorores, há séculos a meditação constitui uma


arte que os místicos utilizam diariamente para penetrar os mistérios
do desconhecido. A propósito, grande parte do conhecimento
tradicional é composta das revelações que os Iniciados do passado
obtiveram através da aplicação dessa arte. Como rosacruzes, temos o
dever de meditar regularmente sobre tudo o que tenha relação
direta com o misticismo e a espiritualidade. Essas meditações têm
efeitos muito positivos sobre nós, pois não apenas podem nos
proporcionar acesso direto a uma sabedoria que de outro modo não
poderíamos adquirir, como também contribuem para regenerar
eficazmente os aspectos físico e psíquico do nosso ser. De fato, nem
um único dia deveria se passar sem que sentíssemos o desejo e a
necessidade de meditar.
EXPERIMENTO Nº 05

RESPIRAÇÕES PROFUNDAS

MATERIAL

Nenhum.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, os místicos sabem há muito tempo que a


respiração é uma função muito importante e que sua utilidade não se
limita às trocas gasosas que se produzem nos pulmões. Ninguém
sabe dizer exatamente como foi que eles descobriram os efeitos que
alguns ritmos respiratórios específicos produzem no corpo, mas
sabemos que a respiração era uma verdadeira arte nas escolas de
mistérios do Egito Antigo. Nessa mesma época, era também parte
integrante de práticas religiosas que os Brâmanes realizavam e das
quais nasceram as formas atuais da yoga. Essa arte baseava-se no
emprego de três ritmos respiratórios fundamentais: respirações
profundas neutras, respirações profundas positivas e respirações
profundas negativas. Antes de procedermos ao experimento de hoje,
parece-nos útil recordar a definição desses ritmos respiratórios e
examinar os efeitos que eles têm sobre o nosso ser.

As respirações profundas neutras são feitas inspirando e


expirando profundamente pelo nariz, de maneira regular e contínua.
Como o próprio nome faz pressupor, elas estimulam com a mesma
intensidade as polaridades negativa e positiva da Força vital,
estando a primeira, a polaridade negativa, ligada aos alimentos e
líquidos que absorvemos e a segunda, a positiva, ao oxigênio e à
essência cósmica que respiramos. Em função de sua neutralidade,
essas respirações são particularmente eficientes para o relaxamento
e o repouso, tanto depois de uma atividade física ou mental contínua
como para a pessoa se preparar para uma meditação. A própria
ciência reconhece as virtudes de relaxação e repouso desse ritmo
respiratório, já que alguns especialistas fazem dela a base dos seus
tratamentos terapêuticos, principalmente nos casos de doenças
nervosas provocadas pelo estresse. As respirações profundas neutras
são igualmente muito eficientes para neutralizar o “nervosismo” que
a pessoa pode sentir em algumas circunstâncias, especialmente
quando se prepara para uma prova ou para se encontrar com alguém
que por diversas razões a impressiona e, naturalmente, quando está
prestes a falar em público. Essa forma de medo incontrolável resulta,
na verdade, de determinadas secreções provenientes de uma
estimulação inconsciente do sistema nervoso autônomo. Ao adotar
um ritmo respiratório neutro, a pessoa neutraliza
momentaneamente essa estimulação e normaliza a produção dessas
secreções.

As respirações profundas positivas estimulam unicamente a


polaridade positiva da Força vital. Uma vez que essa polaridade está
mais particularmente concentrada no núcleo de nossas células e que
é no nível desse núcleo que a consciência psíquica é mais ativa, disso
resulta que esse tipo de respiração estimula nosso corpo psíquico e
reforça a sua vitalidade, o que contribui para nosso bem-estar físico.
Conforme explicado nas monografias de nossa Ordem, as
respirações profundas positivas são feitas inspirando-se
profundamente pelo nariz, retendo-se a respiração pelo máximo de
tempo possível, sem desconforto, e expirando-se profundamente,
sempre pelo nariz. No plano fisiológico, elas são muito eficientes
quando a pessoa está cansada e sente necessidade de se regenerar
física ou mentalmente. Além disso, aconselha-se realizá-las toda
manhã, ao acordar, pois elas aumentam nossa tonicidade e nos
deixam com boa disposição para começarmos a jornada diária.

As respirações profundas negativas, por sua vez, estimulam a


polaridade negativa da Força vital. Portanto, é no nível da
membrana celular que ela é mais marcante. Além disso, elas agem
indiretamente sobre a energia Espírito, ou seja, a energia que dá ao
nosso corpo o aspecto material e tangível que conhecemos. De
maneira geral, elas tornam mais lentas as funções fisiológicas do
nosso ser e provocam uma baixa passageira em nosso metabolismo.
É muito importante compreender que elas têm tanta importância
quanto as respirações profundas positivas. É claro que dizem mais
respeito à dimensão física de nosso ser. Essa dimensão, porém, é tão
essencial para nossa existência quanto a nossa natureza psíquica e
espiritual. Para fazer respirações profundas negativas, deve-se
inspirar profundamente pelo nariz, expirar também pelo nariz e,
quando os pulmões estiverem vazios, reter a respiração pelo máximo
de tempo possível, sem desconforto.

Além dos efeitos físicos e psíquicos que produzem sobre nós, as


respirações profundas exercem influência também no magnetismo
que emana continuamente das nossas mãos. É por isso que os
rosacruzes as utilizam de determinada maneira ao aplicarem
tratamentos curativos em si mesmos e nos outros. Para sermos mais
exatos, lembremos que num destro as respirações profundas
positivas aumentam a energia positiva que se irradia dos dedos
polegar, indicador e médio da nossa mão direita, ao passo que as
respirações profundas negativas aumentam a energia negativa que
emana dos dedos polegar, indicador e médio da nossa mão
esquerda. Com um canhoto ocorre o inverso. Já as respirações
profundas neutras reforçam igualmente nosso magnetismo positivo
e negativo, só que em proporções mais baixas que quando efetuamos
unicamente respirações profundas positivas ou negativas.

Antes de encerrarmos estes comentários preliminares, devemos


ressaltar um ponto muito importante: tanto na terapêutica rosacruz
como na prática de certos experimentos místicos, devemos adaptar
as respirações profundas às possibilidades de cada um de nós. Em
outras palavras, devemos imprimir às nossas inspirações e
expirações uma intensidade que não nos cause desconforto ou mal-
estar. Quanto à retenção da respiração, seja depois de inspirar, como
no caso das respirações profundas positivas, ou depois de expirar,
como nas respirações profundas negativas, devemos mantê-la
apenas nos limites do razoável. Isso significa que não devemos reter
a respiração ao ponto de nos sentirmos incomodados. Isso não teria
nenhuma utilidade, pois a sensação de mal-estar que sentiríamos
então acabaria afetando de modo negativo os efeitos que estaríamos
buscando obter. Assim sendo, devemos ser moderados na prática
das respirações profundas, principalmente se sofremos de
problemas respiratórios ou cardíacos. Além disso, caso tenhais
dificuldades em respirar pelo nariz, fazei-o pela boca.

Como todos sabem, algumas pessoas são capazes de reter a


respiração durante um minuto sem qualquer desconforto. Outras
não conseguem fazê-lo por mais de quinze a vinte segundos. A
capacidade de reter a respiração é geralmente proporcional ao
tamanho e às necessidades do corpo. Não é, portanto, a duração de
tempo em que conseguimos reter a respiração que é importante, pois
isso é relativo e depende de cada indivíduo. Entretanto, é possível
desenvolvermos nosso desempenho e aumentarmos, não apenas
nossa capacidade de reter a respiração, mas também nossa aptidão
para prolongar o mais possível nossas inspirações e expirações
profundas. Naturalmente, é preciso procedermos por etapas, pois
não se trata, repetimos, de irmos contra nosso próprio equilíbrio e
provocarmos efeitos secundários negativos.

Fratres e Sorores, vamos agora fazer três experimentos que visam


pôr em evidência alguns efeitos fisiológicos produzidos pelas
respirações profundas neutras, positivas e negativas.

EXPERIMENTO

Começaremos com um experimento baseado nas respirações


profundas negativas. Queiram sentar-se confortavelmente, se
possível com as costas bem eretas e os pés totalmente apoiados no
chão, ligeiramente afastados um do outro. — (pausa curta) —.
Agora, segurem o polegar de sua mão direita entre os dedos polegar,
indicador e médio de sua mão esquerda. — (pausa curta) —.
Mantendo seus dedos nessa posição, fechem os olhos e façam
respirações profundas negativas. Inspirem profundamente pelo
nariz, expirem lentamente pelo nariz e prendam a respiração quando
seus pulmões estiverem vazios. Depois de alguns momentos, notarão
uma sensação de calor no braço direito. Essa sensação resulta do
fato de esse tipo de respiração aumentar a intensidade do
magnetismo negativo que emana de sua mão esquerda e porque esse
magnetismo, passando pelo braço direito, provoca temporariamente
nele uma sobrecarga negativa que se traduz numa sensação de calor.
Paralelamente, notarão uma diminuição do ritmo cardíaco e terão a
impressão de que seu corpo físico estará mais denso.

Comecemos.

Respirações profundas negativas (no máximo três minutos)


Se algum dos Fratres e Sorores quer fazer perguntas ou
comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o fórum (máximo de 10 minutos)

Em seguida faremos um experimento que põe em evidência os


efeitos fisiológicos produzidos pelas respirações profundas positivas.
Como antes, acomodem-se confortavelmente, com as costas o mais
eretas possível, e coloquem os pés totalmente apoiados no chão,
ligeiramente afastados um do outro. —(pausa curta)—. Segurem o
polegar de sua esquerda com os dedos polegar, indicador e médio de
sua mão direita. — (pausa curta)—. Mantendo seus dedos nessa
posição, fechem os olhos e procedam às respirações profundas
positivas. Inspirem profundamente pelo nariz, retenham o ar pelo
tempo que puderem, sem sentirem desconforto, depois expirem,
também pelo nariz. Ao contrário do experimento anterior, notarão
que esse ritmo respiratório provoca uma sensação de calor no braço
esquerdo, devido à sobrecarga positiva produzida pelo magnetismo
positivo que emana de sua mão direita. Paralelamente, observarão
uma aceleração do ritmo cardíaco e experimentarão uma sensação
geral de revitalização.

Comecemos.

Respirações profundas positivas (no máximo três minutos)

Se algum dos Fratres e Sorores quer fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.
Pausa para o Fórum (máximo de 10 minutos)

Experimentaremos agora os efeitos produzidos pelas respirações


profundas neutras. Para tanto, sentem-se novamente de modo
confortável, se possível com as costas bem eretas e os pés totalmente
apoiados no chão, ligeiramente afastados um do outro. — (pausa
curta)—. Agora, cruzem as mãos sobre o plexo solar — (pausa
curta)—. Fechem os olhos e façam respirações profundas neutras.
Inspirem e expirem profundamente pelo nariz, sem reter o ar entre
as inspirações e as expirações. Depois de alguns minutos, notarão
uma sensação de relaxamento e terão uma agradável impressão de
calor na área do plexo solar. Essa impressão corresponderá ao fluxo
negativo e positivo que transitará por essa área e que, por seu
intermédio, gerará uma verdadeira descontração e certa regeneração
em todas as partes de seu corpo.

Comecemos.

Respirações profundas neutras (no máximo três minutos)

Se algum dos Fratres e Sorores quer fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo de 10 minutos)

Levando em conta tudo o que dissemos e detalhamos sobre as


respirações profundas negativas, positivas e neutras, queiram agora
escolher uma delas para depois efetuá-la, em função de seu estado
físico e mental neste momento. Ao fazê-las, concentrem-se no
principal efeito que visam obter. Avisamos que esse experimento não
será seguido de fórum, a fim de conservar seu caráter puramente
místico.

Comecemos agora a fazer o tipo de respiração profunda que cada


um de nós escolheu.

Pausa de no máximo 3 minutos

O Mestre não realiza o Fórum depois desse experimento


Fratres e Sorores, sejam negativas, positivas ou neutras, as
respirações profundas agem de maneira precisa na atividade física e
psíquica do nosso ser. Os experimentos que acabamos de fazer
constituem apenas um exemplo dos efeitos benéficos que elas
produzem em nós. Uma vez que temos o privilégio de conhecer esses
efeitos e de saber como proceder para usufruí-los, devemos dar uma
atenção toda especial à arte mística da respiração. Dessa forma,
podemos não somente fazer dessa arte o suporte para uma vida feliz,
mas também tirar bom proveito das virtudes materiais e espirituais
que a Força vital nos proporciona, quando bem controlada. Quanto a
isso, não há nenhuma dúvida de que o domínio da respiração faz
parte das faculdades que devemos aprender a desenvolver para
nosso próprio bem-estar.
EXPERIMENTO Nº 06

TERAPÊUTICA ROSACRUZ

MATERIAL

Nenhum

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, como sabemos, a saúde é o bem mais precioso


que existe, porque é fonte de bem-estar e de felicidade. É por isso
que os místicos sempre deram muita atenção ao que se deve ou não
se deve fazer para conservá-la. Paralelamente, eles sempre se
interessaram por métodos que permitissem curar as doenças e
minorar os sofrimentos, tanto para si mesmos como para os outros.
Os rosacruzes possuem grande conhecimento nesse campo e são
depositários de uma terapêutica particularmente eficaz. Essa
terapêutica é a herança que nos foi transmitida pelos Essênios, que
dedicavam grande parte de seu tempo ao tratamento de enfermos.
Não foi por acaso que o Mestre Jesus, membro eminente da
Fraternidade essênia, ficou conhecido por suas curas ditas
“milagrosas”.

Em que se baseia a terapêutica rosacruz? Sem revelar aquilo que é


ensinado sobre isso no Sexto Grau de nossa Ordem, diremos apenas
que todas as funções e todos os órgãos do nosso corpo físico recebem
permanentemente uma energia negativa e positiva, sendo essa
energia gerada pelos centros psíquicos e propagada em todo o nosso
ser pela divisão ortossimpática do sistema nervoso autônomo.
Quando as duas polaridades dessa energia estão perfeitamente
equilibradas, estamos em boa saúde. Quando, ao contrário, há um
desequilíbrio entre elas, quer num plano local ou geral, instala-se
uma enfermidade de maior ou menor gravidade e de maior ou
menor duração. A terapêutica rosacruz visa exatamente restabelecer
o equilíbrio psíquico que falta à função ou ao órgão em questão.

De acordo com essas explicações, o melhor meio de tratar as


doenças não consiste em agir no corpo físico, mas no corpo psíquico.
Naturalmente, isso não quer dizer que a medicina não tenha
nenhuma utilidade e que o rosacruz possa prescindir dela quando
adoeça. É claro que devemos recorrer a ela quando as circunstâncias
exigem. A esse respeito, insistimos no fato de que a terapêutica
rosacruz não é um substituto dos tratamentos que os médicos
possam prescrever.
Devemos, antes, considerá-la como um complemento. Entretanto,
não se pode negar que a alopatia tem seus limites e que muitos
medicamentos produzem efeitos colaterais indesejáveis. É isso, aliás,
que explica por que cada vez mais pessoas se voltam para medicinas
mais brandas, como a homeopatia, a acupuntura, etc.

Antes de passarmos ao experimento de hoje, parece-nos útil


recordar a forma de aplicar os tratamentos rosacruzes. Pelas razões
que explicamos antes, esses tratamentos podem ser negativos ou
positivos, conforme estejamos sofrendo de falta de energia negativa
ou positiva num órgão ou numa parte do corpo. Para um tratamento
negativo, e caso sejamos destros, devemos utilizar os três primeiros
dedos da mão esquerda, colocá-los sobre o cordão ortossimpático
situado do lado direito da coluna vertebral e fazer respirações
profundas negativas. Para um tratamento positivo, devemos utilizar
os três primeiros dedos da mão direita, colocá-los sobre o cordão
ortossimpático situado do lado esquerdo da coluna vertebral e fazer
respirações profundas positivas. Se formos canhotos, fazemos
exatamente o inverso quanto às mãos e ao posicionamento dos
dedos na coluna vertebral. Pode também acontecer que precisemos
aplicar um tratamento neutro. Usamos, então, os três primeiros
dedos das duas mãos e fazemos respirações profundas neutras.

Dadas essas explicações gerais, resta-nos explicitar em que ponto,


à esquerda ou à direita, do cordão ortossimpático devemos colocar
os dedos. Para responder essa pergunta, lembremos primeiro que
esses dois cordões comportam vários gânglios, situados de um lado e
do outro da coluna vertebral. Cada um desses gânglios está em
relação direta ou indireta com um órgão do nosso corpo, ao qual
fornece a energia negativa ou positiva de que ele precisa para
funcionar corretamente. No Sexto Grau, várias monografias
fornecem a lista das enfermidades mais comuns, o local exato do
gânglio ou gânglios que devem ser utilizados para tratá-las, bem
como o tipo de tratamento a ser aplicado. Àqueles que ainda não
chegaram a esse Grau pedimos que sejam pacientes, pois o
estudarão no momento certo e terão uma compreensão perfeita dos
diferentes aspectos da terapêutica rosacruz.

Independentemente das explicações detalhadas fornecidas no


Sexto Grau, há uma regra geral que pode ser aplicada em todas as
circunstâncias, e esta regra diz que há duas categorias principais de
enfermidades: as que provocam febre e as que não provocam. No
primeiro caso, deve-se fazer um tratamento negativo. No segundo,
deve-se fazer um tratamento positivo. Quando não se conhece o
gânglio ou gânglios concernentes, pode-se obter resultados muito
bons utilizando o terceiro gânglio cervical, que se situa na base do
pescoço, de cada lado da coluna vertebral. Esse gânglio tem relação
direta com aproximadamente 70% dos nossos órgãos e funções.
Igualmente, é possível tratar com eficiência alguns problemas
aplicando os dedos diretamente sobre o órgão ou a parte do corpo
que está enferma.
Fratres e Sorores, a terapêutica rosacruz não serve, todavia,
unicamente para tratar as enfermidades. Ela também nos permite
preveni-las e nos mantermos em boa saúde. Isso pressupõe que é
possível manter a harmonia que deve prevalecer em todo nosso ser.
Como? Agindo sobre as funções físicas e psíquicas que
desempenham papel predominante em nosso equilíbrio vital. É
exatamente esse princípio que vamos pôr em prática hoje.

EXPERIMENTO

Em primeiro lugar, muitas enfermidades são devidas ao fato de


faltar consistência e resistência aos nossos órgãos, quase sempre por
causa de carências de sais minerais e oligo-elementos. Para começar,
faremos um exercício que visa compensar essas eventuais carências
e reforçar a estrutura puramente material do nosso corpo físico.

Sentem-se confortavelmente, se possível com as costas bem


eretas, e os pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados
um do outro.

(Pausa curta)

Mantendo essa posição, juntem as pontas dos dedos polegar,


indicador e médio da mão esquerda e os coloquem sobre o plexo
solar. Desta maneira: — (O Mestre faz uma demonstração)—. Os
canhotos devem usar os dedos da mão direita.

(Pausa curta)

Agora, fechem os olhos e façam respirações profundas negativas.


Inspirem profundamente pelo nariz, expirem pelo nariz até esvaziar
os pulmões e prendam a respiração pelo máximo de tempo possível,
sem desconforto. Enquanto executam essas respirações, imaginem
que seu plexo solar irradia para todo seu corpo uma energia que os
acalma e relaxa física e mentalmente.

(Pausa de aprox. três minutos)

Se algum dos Fratres e Sorores quer fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo de 10 minutos)


Outra causa importante de enfermidades reside no fato de nossas
defesas imunológicas não estarem suficientemente ativas. Quando
isso acontece, nosso corpo não consegue combater eficazmente os
agentes patogênicos, sejam estes bactérias, micróbios ou vírus. Isso
se traduz então em problemas ou infecções de maior ou menor
gravidade. É por isso que proponho agora realizarmos um exercício
visando estimular nosso sistema imunológico.

Sentem-se como antes, com as costas o mais eretas possível e os


pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados um do
outro.

(Pausa curta)

Juntai agora as pontas dos dedos polegar, indicador e médio da


mão direita e coloquem sobre o timo, que se localiza
aproximadamente na base do pescoço. Desta maneira: — (O Mestre
faz uma demonstração)—. Os canhotos devem usar os dedos da mão
esquerda.

(Pausa curta)

Agora, fechem os olhos e façam respirações profundas positivas.


Inspirem profundamente pelo nariz, retenham o ar pelo máximo de
tempo possível, sem desconforto, e expirem lentamente pelo nariz.
Enquanto executam essas respirações, imaginem que seu timo
irradia uma energia que neutraliza todos os agentes patogênicos que
possam entrar em seu corpo.

(Pausa de aprox. três minutos)

Se algum dos Fratres e Sorores quer fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo de 10 minutos)

Fratres e Sorores, muitas doenças se devem também a uma


hiperatividade ou uma hipoatividade de nossas glândulas
endócrinas. Essas glândulas são controladas, no conjunto, pela
glândula pituitária, também chamada de “hipófise”, situada no
centro da nossa cabeça, no mesmo plano da raiz do nariz. Para
encerrar o experimento de hoje, vamos então agir sobre essa
glândula, a fim de que ela regularize as secreções endócrinas e
proporcione ao nosso corpo um equilíbrio perfeito no aspecto
hormonal.
Sentem-se com as costas o mais eretas possível, mas com os pés
colocados um do lado do outro e totalmente apoiados no chão.

(Pausa curta)

Juntai agora as pontas dos dedos polegar, indicador e médio da


mão direita na têmpora direita, e as pontas dos dedos polegar,
indicador e médio da mão esquerda na têmpora esquerda. Desta
maneira: — (O Mestre faz uma demonstração)—. Desta vez, os
canhotos devem fazer exatamente a mesma coisa.

(Pausa curta)

Agora, fechem os olhos e façam respirações profundas neutras.


Inspirem e expirem profundamente pelo nariz, sem fazer pausa
entre o inspirar e o expirar. Enquanto executam essas respirações,
imaginem que sua glândula pituitária irradia para todo seu corpo
uma energia que regulariza a atividade das glândulas endócrinas e
harmoniza suas respectivas secreções.

(Pausa de aprox. três minutos)

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.

(Pausa para o Fórum)


Fratres e Sorores, os exercícios que efetuamos hoje são
particularmente simples. Entretanto, são muito eficazes na
prevenção de diversos distúrbios ou doenças. Aconselhamos,
portanto, que todos se baseiem neles para estimular as funções
físicas e psíquicas que operam em prol de sua saúde. Fazendo-os
regularmente, não apenas reforçarão as defesas imunológicas de seu
corpo, como também contribuirão para manter o equilíbrio vital
indispensável ao seu bem-estar. Nesse sentido, não é uma
banalidade dizer que o melhor meio de estar em boa saúde consiste
em não ficar doente. Ao contrário, trata-se de um princípio que põe
em evidência o papel fundamental da prevenção.

EXPERIMENTO Nº 07

TELEPATIA
(Por harmonização mental)

MATERIAL

Algumas folhas de papel e diversos lápis.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, entre as faculdades inerentes à consciência


humana, a telepatia talvez seja a que desperte mais interesse nas
conversas usuais, por ser uma das mais conhecidas. É quase
impossível definir o número de livros ou palestras que já foram
feitos a seu respeito, principalmente a partir do início do século
vinte. De modo geral, essa faculdade designa a possibilidade de
comunicação a distância por meio do pensamento. A maioria dos
cientistas considera que essa comunicação mental baseia-se numa
harmonização perfeita entre a atividade cerebral do emissor e a do
receptor. Em outras palavras, pensam tratar-se de uma transmissão
de pensamento que se opera entre a consciência objetiva de cada um
desses indivíduos.

Do ponto de vista rosacruz, a telepatia não se limita a uma simples


transmissão de pensamento, no sentido em que os cientistas em
geral a entendem. Se assim fosse, ela só poderia ocorrer entre dois
indivíduos que combinassem previamente essa comunicação mental.
Em outras palavras e usando uma expressão meio metafórica, seria
necessário que um e outro se colocassem voluntariamente no mesmo
“comprimento de onda”. Mas a experiência prova que é possível
comunicar-se telepaticamente sem prévia combinação, utilizando a
Consciência cósmica para projetar uma mensagem mental para a
pessoa destinada. Isso significa que não se deve reduzir essa
faculdade a um processo puramente cerebral.

EXPERIMENTO

Estas observações preliminares nos permitem compreender por


que os rosacruzes usam, há séculos, duas formas de telepatia. A
primeira pode ser qualificada como “telepatia por harmonização
mental” e, a segunda, como “telepatia por projeção mental”. Nosso
experimento de hoje será dedicado à primeira dessas duas formas de
transmissão de pensamento. Vamos praticar juntos a técnica que
consiste em ficarmos no mesmo “comprimento de onda” cerebral,
para nos comunicarmos num plano puramente objetivo. Para isso,
peço que ......... membros — (no máximo oito pessoas; se possível,
equilibrando o número de fratres e sorores)— se apresentem como
voluntários para esse experimento. Os que quiserem participar, por
favor, levantem-se. — (Pausa para permitir que os voluntários se
levantem).

(O Mestre se dirige aos voluntários:)

Os Fratres e as Sorores — (adaptar o tratamento, se necessário)—


desempenharão, durante todo o experimento, o papel de receptores.
Dentro de alguns instantes, o Guardião Externo — (o Guardião, no
Pronaos) — os levará até a Recepção e retornará à sua estação. Ali
estando, acomodem-se confortavelmente, se possível com as costas
bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as pernas e os
pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados um do
outro. Mantendo sempre essa posição, visualizem uma tela branca
ou negra, como preferirem e, enquanto estiverem entregues a essa
visualização, nós lhes enviaremos mentalmente a idéia de uma cor.
Quando captarem essa cor em sua tela mental, escrevam-na na folha
de papel que o Guardião (Externo) vai lhes entregar, para esse fim.

(O Mestre, dirigindo-se ao Guardião (Externo):)

Digno Guardião (Externo), queira acompanhar os membros até a


Recepção e entregar a cada um deles uma folha de papel e um lápis.
Em seguida, retorne à sua estação.

(O Mestre, dirigindo-se aos membros, depois


que o Guardião (Externo) houver retornado à sua estação:)

Na qualidade de emissores, vamos agora nos concentrar durante


um minuto na cor ............... — (o Mestre escolhe uma cor e a diz aos
membros) —. Durante essa concentração, visualizem não um objeto
.......... —(repetir a cor escolhida)—, porque nossos Fratres e Sorores
correriam o risco de captar esse objeto, mas, sim, uma tela dessa cor,
visto que a tela constitui uma forma relativamente neutra.

Comecemos agora nosso período de visualização.

Período de visualização (aprox. um minuto)


Digno Guardião (Externo), queira informar nossos Fratres e
Sorores que nosso período de visualização está encerrado e que, caso
não o tenham feito ainda, devem anotar a cor que perceberam. Diga-
lhes também que, dentro de aproximadamente um minuto,
repetiremos esse experimento com uma figura geométrica simples,
como, por exemplo, um círculo, um retângulo, um quadrado, um
triângulo, uma cruz, etc. Em seguida, retorne à sua estação.

O Mestre, dirigindo-se aos membros


depois do retorno do Guardião (Externo)

Repetiremos o mesmo experimento, mas, desta vez, vamos nos


concentrar num(a) .......................—(o Mestre escolhe uma figura
geométrica e a indica aos membros: um círculo, um retângulo, um
quadrado, um triângulo, uma cruz etc.)—. Para isso, visualizem-
no(a) em traços negros sobre uma tela branca ou, se preferirem, em
traços brancos sobre uma tela negra. Dessa forma, criaremos uma
unidade na relação das cores usadas em nossa visualização.

Comecemos então nosso período de visualização.

Período de visualização (aprox. um minuto)

Digno Guardião (Externo), queira pedir aos nossos Fratres e


Sorores para anotarem a figura geométrica que perceberam.
Informe-os também que, dentro de aproximadamente um minuto,
efetuaremos uma terceira e última harmonização mental. Diga-lhes
também que desta vez lhes transmitiremos telepaticamente uma
figura geométrica colorida. Eles deverão tentar captar a forma e a
cor dessa figura.

O Mestre, dirigindo-se aos membros


depois do retorno do Guardião (Externo)

Visualizemos agora um(a)........ de cor....... — (o Mestre escolhe


uma figura colorida e a indica aos membros; um círculo azul, um
retângulo amarelo, um quadrado vermelho, uma cruz dourada
etc.)—. Durante nossa concentração, procuremos sentir como se nós
e essa figura fôssemos uma só coisa, uma unidade, a fim de que
nossa atividade mental fique toda focalizada nela.

Comecemos nosso período de visualização.

Período de visualização (aprox. um minuto)


Digno Guardião (Externo), queira pedir aos nossos Fratres e
Sorores para anotarem a figura colorida que perceberam. Em
seguida, traga-os até o Oeste do nosso Templo.

Quando os voluntários estiverem no Oeste do Templo,


o Mestre dirige-se a eles:

Queiram agora nos dizer, um de cada vez, que cor perceberam na


primeira fase do nosso experimento.

(Pausa para as respostas e avaliação da percentagem de sucesso)

Podem nos dizer que figura geométrica perceberam na segunda


fase?

(Pausa para as respostas e avaliação da percentagem de sucesso)

Por último, qual a figura colorida que lhes veio à mente?

(Pausa para as respostas e avaliação da percentagem de sucesso)

Agradecemos aos Fratres e Sorores o auxílio que nos prestaram.


Podem agora voltar aos seus lugares.

(Pausa enquanto os voluntários voltam aos seus lugares)

Continuaremos nosso experimento com outros ......... voluntários


— (no máximo oito)—. Aqueles que quiserem desempenhar o papel
de receptor nessa segunda fase do nosso experimento, queiram se
levantar.

(Pausa para dar tempo aos voluntários de se levantarem)


(O Mestre, dirigindo-se aos voluntários:)

O Guardião (Externo) os acompanhará até a Recepção. Ali,


acomodem-se confortavelmente, se possível com as costas bem
eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as pernas e os pés
totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados um do outro.
Mantendo sempre essa posição, visualizem uma tela negra ou
branca, como preferirem e, enquanto estiverem entregues a essa
visualização, procuraremos lhes transmitir um número
compreendido entre 0 e 9. Quando perceberem um número em sua
tela mental, anotem-no na folha que o Guardião (Externo) lhes
entregará para esse fim.
(O Mestre, dirigindo-se ao Guardião (Externo):)

Digno Guardião (Externo), queira acompanhar os voluntários até


a Recepção e entregar a cada um deles uma folha de papel e um
lápis. Retorne, em seguida, à sua estação.

(O Mestre, dirigindo-se aos membros, depois do retorno do


Guardião:)

Na qualidade de emissores, vamos nos concentrar durante um


minuto no número ...... —(o Mestre escolhe um número entre 0 e 9 e
o diz aos membros)—. Durante essa concentração, vejam-no escrito
em traços brancos numa tela negra ou em traços negros numa tela
branca, mantendo essa visualização com toda a intensidade que
puderem.

Comecemos.

Período de visualização (aprox. um minuto)

Digno Guardião (Externo), informe nossos Fratres e Sorores que


nosso período de harmonização mental está encerrado e que, se
ainda não o fizeram, devem anotar o número que perceberam. Diga-
lhes também que, dentro de mais um minuto, continuaremos nosso
experimento com uma letra do alfabeto.

O Mestre, dirigindo-se aos membros, depois do retorno do Guardião


(Externo)

Repetiremos o mesmo experimento, mas, desta vez, vamos nos


concentrar na letra ....................... —(o Mestre escolhe uma letra do
alfabeto e a indica aos membros)—. Como fizemos em todas os
outros períodos de concentração, visualizaremos essa letra escrita
em traços negros sobre uma tela branca ou em traços brancos sobre
uma tela negra. Isso, lembrem-se, visa criar uma unidade na relação
das cores utilizadas.

Comecemos.

Período de visualização (aprox. um minuto)

Digno Guardião (Externo), queira pedir aos nossos Fratres e


Sorores para anotarem a letra que viram mentalmente. Informe-os
também que, dentro de mais um minuto, efetuaremos um último
período de harmonização mental e que este visará transmitir-lhes a
idéia de uma fruta.

O Mestre, dirigindo-se aos membros, depois do retorno do Guardião


(Externo)
Em nossa última tentativa de telepatia por harmonização mental,
visualizemos um(a)........ — (o Mestre escolhe uma fruta comum e a
indica aos membros: pêra, maçã, uva, banana, pêssego, abacaxi
etc.)—. Durante essa concentração, não se limitem a ver
mentalmente a forma e a cor da fruta, mas imaginem que a estão
segurando e também comendo, pois isto permitirá transmitir aos
nossos Fratres e Sorores a vibração correspondente ao seu sabor.

Comecemos.
Período de visualização (aprox. um minuto)

Digno Guardião (Externo), queira pedir aos nossos Fratres e


Sorores para anotarem o nome da fruta que perceberam. Em
seguida, traga-os até o Oeste do nosso Templo.

Quando os voluntários estiverem no Oeste do Templo,


o Mestre dirige-se a eles:

Fratres e Sorores, queiram agora nos dizer, um de cada vez, o


número que perceberam na primeira fase desse experimento.

(Pausa para as respostas e avaliação


da percentagem de sucesso)

Podem nos dizer que letra do alfabeto perceberam?

(Pausa para as respostas e avaliação da percentagem de sucesso)

Por último, que fruta lhes veio à mente?

(Pausa para as respostas e avaliação da percentagem de sucesso)

Agradecemos aos Fratres e Sorores o auxílio que nos prestaram.


Podem agora voltar aos seus lugares.

(Pausa enquanto os voluntários voltam aos seus lugares)


Se algum dos Fratres e Sorores quer fazer perguntas ou
comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.
(Pausa para o Fórum)

Fratres e Sorores, o tipo de telepatia que exercitamos hoje baseia-se no fato de


que todo pensamento é de natureza vibratória. Assim, ao nos concentrarmos na
visualização de uma idéia, fazemos com que ela se torne um conjunto de vibrações que
se irradiam do nosso cérebro para o de outra pessoa. Quando essa pessoa está
informada da nossa intenção de lhe transmitirmos uma impressão ou um pensamento,
as faculdades mentais dessa pessoa tendem então a se harmonizar com o comprimento
de onda dessas vibrações. Quando essa harmonização se estabelece, o emissor e o
receptor ficam unidos pelo pensamento e se comunicam mentalmente. Sugerimos que
se dediquem regularmente a exercícios como os que realizamos hoje, pois,
independentemente dos resultados que se possam obter, eles são muito eficazes para o
desenvolvimento da nossa capacidade de concentração e visualização. Isso constitui por
si mesmo um valioso trunfo no plano místico.

EXPERIMENTO Nº 08

TELEPATIA
(por Projeção Mental)

MATERIAL

Nenhum.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, ao contrário do que afirma a maioria dos


cientistas que se interessam pelo estudo da telepatia, esta faculdade
não consiste unicamente em se colocar no mesmo “comprimento de
onda” para se comunicar mentalmente com um outro indivíduo. É
verdade que esta é a definição mais usual que se dá para a
transmissão do pensamento, mas os rosacruzes sabem há muito
tempo que existe um método mais eficaz para se transmitir uma
mensagem mental a uma outra pessoa. Ao invés de se limitarem a
harmonizar sua consciência objetiva com a da pessoa que querem
contatar pelo pensamento, eles preferem utilizar a Consciência
cósmica a fim de projetarem sua mensagem mental para o
inconsciente dessa pessoa. É exatamente por essa razão que
podemos qualificar essa forma como “telepatia por projeção
mental”.

Conforme explicado nas monografias, o ser humano não é uma


individualidade verdadeiramente separada das outras, pois todos os
homens são animados por uma parcela da Alma universal e possuem
em si um mesmo e único fluxo de consciência, o da Consciência
cósmica. Por conseguinte, todos estão unidos por sua natureza
espiritual e, quer se dêem conta disso ou não, são afetados pelas
emoções e pelos pensamentos uns dos outros. Inversamente, cada
qual pode utilizar essa relação para se comunicar com um outro,
independentemente das distâncias. Isso significa que todos temos o
poder de utilizar a Consciência cósmica para transmitir uma
mensagem mental a uma outra pessoa. Isso, é claro, requer o
domínio de alguma técnica. Assim, antes de efetuarmos o
experimento de hoje, vamos revisar juntos os pontos principais da
técnica apresentada nos ensinamentos rosacruzes.

Primeiro: se queremos transmitir uma mensagem a uma outra


pessoa, a primeira regra que devemos observar é definir claramente
a natureza dessa mensagem. É necessário que ela seja simples e
concisa. Em outras palavras, é imperativo que contenha o mínimo de
palavras e que essas palavras sejam bem significativas. Trata-se,
enfim, de dar-lhe a forma de um telegrama mental, resumindo nele
somente o essencial das idéias que queremos transmitir.

Segundo: Depois de definirmos claramente nossa mensagem,


devemos visualizar a pessoa para quem queremos transmiti-la. A fim
de dar o máximo de eficiência à nossa visualização, é importante que
vejamos essa pessoa como se estivéssemos de fato em sua presença.
Em outras palavras, devemos ver mentalmente sua figura geral e sua
fisionomia, com todas as características que esta apresenta. Temos
de visualizar também sua voz, seu riso, o perfume que talvez
costume usar, etc. É necessário, enfim, imaginá-la com tanto
realismo como se estivéssemos fisicamente junto dela.
Terceiro: Desde que nossa visualização esteja bem nítida e que
tenhamos a impressão de estar de fato na presença dessa pessoa,
devemos repetir três vezes nossa mensagem, mentalmente ou em
voz baixa, como se estivéssemos falando com ela. Ao fazer isso,
temos de imaginar que a própria pessoa está nos vendo e que está
ouvindo com toda clareza o que dizemos mentalmente. Podemos
também vê-la sorrindo para nós ou fazendo um gesto demonstrando
que compreendeu nossa mensagem.

Quarto: Depois de repetir três vezes a mensagem, visualizando a


pessoa para quem a transmitimos, devemos inspirar profundamente
pelo nariz, reter o ar nos pulmões por alguns segundos, expirar
lentamente pelo nariz e dizer mentalmente ou em voz baixa: “Essa
mensagem foi projetada no Cósmico para ....................” . Devemos
dizer o nome completo da pessoa, e em seguida: “Se é da vontade do
Cósmico, está feito!”

Quinto: Tendo cumprido esta última instrução, é muito


importante nos esquecermos totalmente da nossa mensagem e da
pessoa a quem a destinamos, confiando plenamente no Cósmico.
Esse esquecimento é a condição primordial para que as impressões
mentais que visualizamos sejam projetadas na Consciência cósmica
e possam, por seu intermédio, atingir o subconsciente dessa pessoa.
Para isso, o melhor é voltarmos naturalmente aos nossos afazeres.

Quando uma mensagem mental é projetada no Cósmico conforme


as instruções que acabamos de recordar, ela atinge o subconsciente
da pessoa destinatária. Na maioria das vezes nossa mensagem se
apresenta para ela na forma de uma intuição que a impele a entrar
em contato conosco. Se ela for uma pessoa particularmente
receptiva, vai ouvi-la interiormente com tanto realismo como se a
tivéssemos dito verbalmente e terá realmente a impressão de que
falamos com ela. Nossa mensagem pode também ser transmitida em
sonho. Se ela costuma se lembrar facilmente daquilo com que
sonha, acordará pensando em nós e na mensagem que lhe
transmitimos. A esse respeito, devemos salientar que um dos
melhores momentos para contatar mentalmente uma pessoa é
quando ela está em repouso ou dormindo, porque seu subconsciente
acha-se então muito receptivo e não sofre nenhuma oposição por
parte da consciência objetiva. De qualquer modo, essa forma de
telepatia mística pode ser efetuada independentemente da hora. Na
realidade, há sempre um intervalo de tempo, nem que seja de alguns
segundos, no qual toda pessoa se torna receptiva às vibrações do
pensamento de uma outra.

Talvez os Fratres e Sorores estejam se perguntando como a pessoa


contatada pode saber que fomos nós que enviamos a mensagem que
ela recebeu. A resposta é relativamente simples. Como explicamos, a
telepatia por projeção mental baseia-se no fato de que é possível
utilizar a Consciência cósmica como suporte para imprimirmos
idéias no subconsciente de uma pessoa que conhecemos bem o
suficiente para poder visualizá-la. O subconsciente, ao contrário da
consciência objetiva, é capaz de definir a origem de todas as
impressões que chegam até ele. Não é limitado nem pelo tempo nem
pelo espaço e percebe instantaneamente a identidade de qualquer
pessoa que busque fazer contato mentalmente. Nesse nível, o
problema não é determinar a pessoa emissora ou mesmo o conteúdo
da mensagem mental, mas transmitir essa dupla informação à
consciência objetiva. Daí a necessidade de desenvolvermos nossa
intuição e, de modo geral, nossa capacidade de estabelecer uma
comunicação constante entre nosso Eu objetivo e nosso Eu
espiritual. Nesse particular, quanto mais o indivíduo for intuitivo e
apto a se comunicar com seu subconsciente, mais será capaz de
captar os pensamentos que lhe forem destinados com um propósito
positivo.

EXPERIMENTO

Fratres e Sorores, agora que já revisamos os pontos fundamentais


da telepatia por projeção mental, estamos prontos para efetuar um
experimento visando praticá-la. Para isso, peço-lhes que escolham
uma pessoa que conheçam bem e com a qual mantenham contatos
relativamente freqüentes. Pode ser alguém de sua família, um amigo
ou um colega de trabalho. Feita essa escolha, o objetivo de sua
projeção mental será transmitir para ela a idéia de que ela precisa
lhes telefonar ou fazer uma visita ou, então, escrever-lhes o quanto
antes, para lhes dizer como vai indo e quais são as novidades; enfim,
para lhes dar notícias. Se, nas próximas horas ou nos próximos dias,
essa pessoa lhes telefonar, lhes fizer uma visita ou enviar uma carta
ou email, terão a prova cabal do sucesso que obtiveram nesse
experimento de telepatia. Naturalmente, ao voltarem às suas casas,
os Fratres e Sorores poderão repetir uma ou duas vezes o
experimento, aumentando assim suas chances de sucesso.

Acomodem-se, então, confortavelmente, se possível com as costas


bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as pernas e os
pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados um do
outro.

(Pausa curta)

Mantendo essa posição, façam, por alguns instantes, respirações


profundas neutras. _________________________

(Pausa de aprox. 30 segundos)

Procedam ao experimento de telepatia, seguindo as orientações


que revisamos há pouco. Projetem sua imagem mental somente
depois que tiverem realmente a impressão de estar fisicamente na
presença da pessoa que escolheram. Após havê-lo repetido três vezes
mentalmente, lembrem-se de também dizer interiormente: “Essa
mensagem foi projetada no Cósmico para Fulano de Tal. Se é da
vontade do Cósmico, está feito!” Em seguida, esqueçam-se
completamente da mensagem e da pessoa. O melhor será meditarem
num tema de natureza elevada, enquanto aguardam o final do
experimento.

Comecemos nosso experimento de telepatia por projeção mental.

Período de projeção mental (aprox. dois minutos)

Se algum dos Fratres e Sorores quer fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.
(Pausa para o Fórum)

A humanidade tem uma consciência coletiva que é sensível aos


pensamentos que os seres humanos nutrem individualmente. Por
isso, proponho-lhes agora projetarmos para essa consciência coletiva
a seguinte mensagem mental: “Humanidade, aprenda a viver em
paz!” Repetindo: “Humanidade, aprenda a viver em paz!”
Utilizaremos, para isso, o mesmo método de antes, visualizando essa
mensagem como se fosse escrita em letras de luz, pairando acima da
Terra. Isso feito, encerremos esse trabalho especial dizendo
mentalmente: “Essa mensagem foi projetada no Cósmico para toda
a humanidade. Se é da vontade do Cósmico, está feito!” Avisamos
que não realizaremos o fórum após esse experimento, a fim de
conservar seu caráter puramente místico.

Comecemos.

Período de projeção mental (aprox. dois minutos)

(O Mestre não realiza o fórum depois desse experimento)


Fratres e sorores, independente de seu aspecto prático, a
telepatia por projeção mental ilustra a unidade espiritual que existe
entre todos os seres humanos e prova que todos são ligados pela
Consciência cósmica. Além disso, ela é um meio privilegiado de
imprimir ideias positivas na consciência coletiva da humanidade e
assim contribuir com sua evolução. É por essa razão que ela faz
parte das faculdades que devemos aprender a dominar.
EXPERIMENTO Nº 09

ATIVAÇÃO DA CONSCIÊNCIA PSÍQUICA

MATERIAL

Uma música para meditação, de aproximadamente três minutos


para a última fase do experimento.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, os ensinamentos rosacruzes sempre deram


grande importância à ativação da consciência psíquica, porque é esta
forma de consciência que torna possível, não somente a percepção
de fenômenos que transcendem os sentidos objetivos, mas também
o uso de faculdades como a projeção, a cura a distância, a
vibroturgia, a radiestesia, etc. É ela que nos permite apreender o
mundo invisível e ser sensíveis às vibrações mais sutis do nosso
meio. Assim, antes de procedermos ao experimento de hoje, é
importante que revisemos sumariamente os pontos essenciais que
devemos ter em mente sobre a natureza e a atividade do nosso ser
psíquico.

Em primeiro lugar, precisamos entender que a palavra “psíquico”,


do modo como é usada nos ensinamentos de nossa Ordem, não é
sinônima da palavra “psicológico”. Essa observação é necessária
porque é muito freqüente esses termos serem usados
indiferentemente, não apenas no vocabulário popular, mas
igualmente na terminologia própria de algumas linhas de
pensamento. No entanto, do ponto de vista místico, esses dois
termos se referem a noções diferentes e não têm o mesmo
significado. De maneira geral, a psicologia de um indivíduo concerne
a sua estrutura mental e emocional. Ela representa o conjunto das
características marcantes da personalidade, seu temperamento e seu
caráter. Nesse sentido, aplica-se essencialmente ao que a pessoa é
como indivíduo. Já a dimensão psíquica do ser humano está
diretamente ligada à sua natureza espiritual, ou seja, aos atributos
de sua alma.

Para os rosacruzes, o ser humano é dual. Tem um corpo físico


mortal e uma alma imortal. Segundo a Ontologia Rosacruz, no
momento em que a criança inspira pela primeira vez produz-se uma
fusão entre os dois aspectos da natureza humana. Enquanto essa
fusão não acontece, o feto deve ser considerado como um órgão que
extrai sua vitalidade da vitalidade da mãe. Isso significa que é
somente com a primeira inalação que o bebê se torna uma entidade
autônoma, não apenas no plano fisiológico, mas igualmente no
plano anímico. No momento em que o ser humano expira pela
última vez, sua alma separa-se do corpo físico e se eleva
gradualmente ao plano cósmico correspondente ao nível de evolução
que ela atingiu ao sair de sua vida terrena e onde ela fica à espera de
reencarnar.

Conforme explicam os ensinamentos de nossa Ordem, a alma é


uma energia espiritual predominantemente positiva. Quanto ao
corpo físico, deve sua existência a uma energia predominantemente
negativa. Sabemos que a interação de duas condições opostas é
regida pela lei do triângulo. Por conseguinte, quando a alma se
encarna no corpo físico, suas respectivas vibrações se interpenetram
e produzem uma terceira condição, que é o corpo psíquico. Este
último, portanto, é simplesmente a resultante de duas energias que
existem independentemente uma ou da outra antes de se fundirem
no momento da encarnação. É por isso que ele se desintegra algum
tempo depois da transição, ao passo que a alma perdura e prossegue
no plano cósmico uma forma de evolução adaptada à sua nova
condição. Por sua vez, o corpo físico se decompõe e, como dizem os
textos sagrados, retorna ao pó. Esta é a razão pela qual ele deve ser
enterrado ou cremado.

Em função de sua própria natureza, o corpo psíquico é um corpo


energético que segue a forma geral do corpo físico. É por isso que ele
é percebido como uma silhueta luminosa quando se encontra em
estado de projeção, seja durante um experimento místico voluntário
ou quando dormimos. Sendo o corpo físico de certo modo o molde
dentro do qual o corpo psíquico se mantém durante o estado de
vigília, disso decorre que todas as partes do nosso ser e todos os seus
órgãos têm uma réplica psíquica. Assim sendo, temos cabeça, tronco
e membros psíquicos, e também coração, pulmões, estômago,
fígado, baço, intestinos psíquicos, e assim por diante. No caso de
uma amputação ou de uma extração cirúrgica, a parte psíquica
correspondente permanece. Por isso, uma pessoa amputada de um
braço, por exemplo, continua sentindo sua existência,
principalmente em determinados períodos do ano ou em certas fases
da Lua. Do mesmo modo, um órgão retirado deixa sua contraparte
psíquica e de tempos a tempos pode se tornar objeto de diversas
impressões.

Como dissemos, o corpo psíquico resulta da união da alma e do


corpo físico. A alma é dotada de uma consciência espiritual e o corpo
físico de uma consciência que, por oposição, pode ser qualificada
como “material”. Disso decorre que o corpo psíquico tem também
uma consciência que, por motivos evidentes, é de natureza
intermediária. É por isso que a designamos pela expressão
“consciência psíquica”, nos ensinamentos rosacruzes. Essa
consciência acha-se concentrada no núcleo de cada uma de nossas
células. Na verdade, ela é responsável pela vida celular de nosso ser e
assume o controle geral do nosso metabolismo. Pois bem, é possível
estimular sua atividade através da respiração profunda positiva, uma
vez que esta forma de respiração aumenta o potencial da essência
cósmica contida no ar que respiramos. É exatamente este ponto que
vamos experimentar hoje.

EXPERIMENTO

Dando início ao nosso experimento, queiram sentar-se


confortavelmente, se possível com as costas bem eretas, colocar as
mãos naturalmente sobre as pernas e os pés totalmente apoiados no
chão, ligeiramente afastados um do outro.

(Pausa curta)

Fechem os olhos e concentrem-se nos pés, procurando sentir a


vida que os anima, desde os dedos até o calcanhar. Enquanto isso,
façam respirações profundas positivas. Inspirem profundamente
pelo nariz, prendam o ar nos pulmões por alguns segundos, e
expirem lentamente pelo nariz.

Período de concentração (aprox. trinta segundos)

Prossigam agora com os tornozelos, a barriga das pernas, as


pernas e os joelhos e as coxas. Concentrem-se em cada área, sempre
efetuando respirações profundas positivas. Ao fazê-lo, procurem
visualizar também os ossos, os músculos, os tendões e os tecidos que
compõem cada parte do seu corpo.

Período de concentração (aprox. trinta segundos)

Agora, prossigam o mesmo processo de concentração, visualização


e respiração, subindo até o abdômen. Continuando a fazer
respirações profundas positivas, procurem sentir a vitalidade que
anima todos os órgãos dessa parte do corpo.
Período de concentração (aprox. trinta segundos)

Dirijam agora a concentração para o tórax. Mantendo o mesmo


ritmo de respiração, prestem atenção às batidas do seu coração e
visualizem o fluxo sangüíneo que irriga essa parte do corpo. Quando
estiverem totalmente conscientes do seu ritmo cardíaco, procedam
do mesmo modo com os pulmões e, aos poucos, tomem consciência
de suas inspirações e expirações. Tentem mesmo sentir o ar dentro
dos alvéolos pulmonares e visualizem as trocas gasosas que se
produzem nesse nível.

Período de concentração (aprox. trinta segundos)

Agora, concentrem-se nas costas, começando por baixo e


terminando na base do pescoço. Continuem seguindo o mesmo
método; o importante é ativar gradualmente a consciência psíquica
dessa parte do corpo.

Período de concentração (aprox. trinta segundos)

Passem agora para as mãos, os antebraços, os cotovelos, os braços


e os ombros. Procedam da mesma forma como fizeram com os
membros inferiores. Concentrem-se em cada uma dessas áreas e
imaginem os ossos, os músculos e os tecidos que as compõem.

Período de concentração (aprox. trinta segundos)

Prossigam agora com o pescoço, indo até a parte inferior da


cabeça. Tentem sentir as gengivas e os dentes, mas sem pressionar
os maxilares um contra o outro. Depois, concentrem-se nas faces,
orelhas, nariz, olhos e testa. Tomem consciência da vitalidade dessas
áreas.
Período de concentração (aprox. trinta segundos)

Continuando com as respirações profundas positivas, concentrem-


se na área que corresponde ao centro de sua cabeça.

Período de concentração (trinta segundos)

Imaginai agora que sua consciência psíquica está concentrada no


centro de sua cabeça e que ela se expande gradualmente ao seu
redor, como luz brilhando no espaço.
__________________________

Período de concentração (cerca de trinta segundos)


Agora, cessai toda concentração e abandonai-vos à
comunhão cósmica com a ideia de vos regenerar física e
psiquicamente.

Música de cerca de três minutos


Fratres e sorores, se alguns dentre vós tiverem questões
a formular ou comentários a fazer sobre o experimento que
acabamos de efetuar, podeis agora fazer uso da palavra.

Pausa para o fórum

Fratres e Sorores, o experimento que fizemos hoje é


muito importante, por duas razões principais. Em primeiro lugar,
porque, como dissemos, ele permite ativar a consciência psíquica do
nosso ser e aumentar nossa sensibilidade às vibrações que
transcendem nossas faculdades puramente objetivas, o que constitui
a base da percepção extra-sensorial. Em segundo lugar, porque é
muito eficaz para reforçar nossa vitalidade e aumentar nosso
potencial de saúde. Ele é portanto muito útil para nosso bem-estar
físico e psíquico. É por isso que recomendamos que os Fratres e
Sorores o pratiquem tão regularmente quanto possível, o ideal sendo
fazê-lo uma vez por dia, preferencialmente pela manhã, antes de
começarem suas atividades profissionais ou outras.
EXPERIMENTO Nº 10

ATIVAÇÃO DOS CENTROS PSÍQUICOS

MATERIAL
Uma música para meditação, de aproximadamente dois minutos e
meio, para a última fase do experimento.

NOTA:

Está indicado no experimento que o Cantor — (o Guardião, no


Pronaos) —guiará os membros na entoação dos sons vocálicos.
Naturalmente, isso poderá ser feito também pela Cantora.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, conforme explicado nos ensinamentos de nossa


Ordem, o ser humano tem um corpo psíquico, que constitui um
corpo intermediário entre o corpo físico e a alma, por vezes chamada
de “corpo espiritual”, em alguns manuscritos. Esse corpo psíquico,
que outras tradições designam pelo nome de “corpo astral”, “corpo
fluídico” ou “corpo etérico”, tem duas funções principais. Em
primeiro lugar, serve de veículo para a Força vital e anima as funções
involuntárias de nosso ser, como a circulação sanguínea, a
respiração, a digestão etc. Para isso ele usa o sistema nervoso
autônomo e age por intermédio do hipotálamo. Em segundo lugar, o
corpo psíquico tem centros de percepção graças aos quais os
fenômenos que transcendem nossas faculdades sensoriais podem ser
apreendidos. Estamos nos referindo, é claro, aos centros psíquicos.

_________A Tradição Rosacruz afirma que o homem tem doze


centros psíquicos, cada qual correspondendo à contraparte psíquica
de uma glândula, um plexo ou um órgão específico do corpo físico.
Sete desses centros são considerados principais. Entre eles, a pineal
e a pituitária desempenham papel predominante na percepção dos
fenômenos extra-sensoriais. Não é por acaso, aliás, que essas duas
glândulas estão situadas no centro da cabeça e guardam relação
direta com o hipotálamo, sede do nosso sistema nervoso autônomo.
Na realidade, a ação conjugada dessas duas glândulas equivale a 75%
dessa percepção e constitui a “visão psíquica”. Assim, ao contrário
do que se pode ler em certos livros, essa visão não corresponde de
modo algum à atividade de um terceiro olho, no sentido usual do
termo. Do mesmo modo, é importante compreender que os contos
mitológicos que aludem aos ciclopes são alegóricos e não devem ser
interpretados de modo literal.

De acordo com essas explicações, o único meio de percebermos os


fenômenos extra-sensoriais, como a aura, um corpo psíquico em
estado de projeção, a alma em vias de transição, etc., consiste em
ativarmos nossos centros psíquicos, especialmente os sete
principais, que são objeto de um estudo aprofundado em um dos
Graus de nossa Ordem. Sem entrarmos em detalhes, digamos
apenas que essa ativação baseia-se em três princípios fundamentais:
a entoação do som vocálico correspondente ao centro que queremos
ativar, o uso de respirações profundas positivas e o emprego da
visualização. Notem que esse método não recorre a nenhuma
intervenção externa e, sim, que está inteiramente em nossas mãos.
Com relação a isso, parece-nos importante salientar o fato de que
nenhum guru ou instrutor pode ativar nossos centros psíquicos.
Qualquer pessoa que pretenda poder fazer isso, seja lá quais forem
os poderes de que ela se julgue investida, está mentindo para si
mesma e abusando da credulidade alheia.

Antes de procedermos ao experimento de hoje, queremos fazer


ainda mais uma observação. Os indivíduos que pretendem ter o
poder de ativar os centros psíquicos dos outros geralmente se
referem a esse poder dizendo que eles podem “abrir os chacras”.
Ora, embora seja verdade que alguns chacras coincidam com alguns
centros psíquicos, eles não têm, na realidade, a mesma função.
Segundo o parecer dos próprios e autênticos Mestres orientais, um
chacra é sobretudo um centro de energia vital, enquanto que um
centro psíquico é um centro de percepção psíquica. Isso significa que
a “abertura dos chacras”, como dizem alguns, não resulta na
aquisição de poderes paranormais ou de faculdades extra-sensoriais.
No melhor dos casos, ela pode estimular algumas energias do corpo
e atuar sobre nosso equilíbrio vital, o que, aliás, nem sempre se
traduz em efeitos positivos. Em contrapartida, a estimulação ou
ativação de um centro psíquico, na forma como se ensina em nossa
Ordem, produz obrigatoriamente uma estimulação positiva no
chacra que lhe corresponda.

Conforme dissemos antes, os rosacruzes têm seu próprio método


para ativar os centros psíquicos. Vamos hoje, portanto, realizar um
experimento que visa estimular três desses centros psíquicos: o
coração, a tireóide e a glândula pineal ou, mais exatamente, os
centros cardíaco, tireoidiano e pineal.

EXPERIMENTO

Para começar, acomodem-se confortavelmente, se possível com as


costas bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as pernas
e os pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados um do
outro.

(Pausa curta)

Fechem os olhos e, por alguns instantes, relaxai e fazei respirações


profundas. ____________________________

(Pausa de cerca de 30 segundos)

Iniciaremos o experimento de hoje pela ativação do centro


cardíaco, situado no meio do tórax — (O Mestre deve mostrar esta
localização aos membros)—. Para isso, vamos fazer uso do som EH,
entoado no Dó central. Guiados pelo Cantor — (o Guardião, no
Pronaos)—, entoaremos esse som sete vezes, retendo o ar por alguns
instantes antes de cada entoação. Durante a entoação, visualizem
seu coração na forma de uma esfera luminosa de cor amarela. Ao
término das sete entoações, permaneçam receptivos por alguns
momentos e fiquem atentos às impressões que possam receber.

O Cantor (Guardião) entoa o som EH uma vez


e depois diz aos membros:

Pela primeira vez, inspirar................................................ ÊÊÊêêê

Pela segunda vez, inspirar................................................. ÊÊÊêêê


Pela terceira vez, inspirar ................................................. ÊÊÊêêê

Pela quarta vez, inspirar ................................................... ÊÊÊêêê

Pela quinta vez, inspirar ................................................... ÊÊÊêêê

Pela sexta vez, inspirar...................................................... ÊÊÊêêê

Pela sétima vez, inspirar ................................................... ÊÊÊêêê

Período de receptividade (aprox. um minuto)


Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou
comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo de 10 minutos)

Vamos agora aplicar o mesmo processo para ativar o centro


tireoidiano, que se encontra na base do pescoço, abaixo do pomo de
Adão —(O Mestre deve mostrar esta localização aos membros)—.
Para isso, utilizaremos o som THO — (pronuncia-se ZÔ)—, entoado
em Fá sustenido acima do Dó central. Enquanto entoam esse som,
conduzidos pelo Cantor —(pelo Guardião,no Pronaos)—, visualizem
a glândula tireóide na forma de uma esfera luminosa de cor verde.
Como antes, as sete entoações serão seguidas por um período de
receptividade.

O Cantor (Guardião) entoa o som THO uma vez


e depois diz aos membros:
Pela primeira vez, inspirar............................................. ZZÔÔÔÔ

Pela segunda vez, inspirar.............................................. ZZÔÔÔÔ

Pela terceira vez, inspirar .............................................. ZZÔÔÔÔ

Pela quarta vez, inspirar ................................................ ZZÔÔÔÔ

Pela quinta vez, inspirar ................................................ ZZÔÔÔÔ

Pela sexta vez, inspirar................................................... ZZÔÔÔÔ

Pela sétima vez, inspirar ................................................ ZZÔÔÔÔ

Período de receptividade (aprox. um minuto)

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo de 10 minutos)


Vamos agora nos concentrar no centro pineal. Esse centro situa-se
no meio da cabeça, ao nível do meio da testa. Para isso, usaremos
sete vezes o som OM, entoado em Ré acima do Dó central. Ao fazê-
lo, visualizem sua glândula pineal na forma de uma esfera luminosa
de cor azul-anil. Novamente, permaneçam receptivos por alguns
momentos, após as sete entoações.

O Cantor (Guardião) entoa o som OM uma vez


e diz aos membros:
Pela primeira vez, inspirar.......................................... OOMMmm

Pela segunda vez, inspirar........................................... OOMMmm

Pela terceira vez, inspirar ........................................... OOMMmm

Pela quarta vez, inspirar ............................................. OOMMmm

Pela quinta vez, inspirar ............................................. OOMMmm

Pela sexta vez, inspirar................................................ OOMMmm

Pela sétima vez, inspirar ............................................. OOMMmm

Período de receptividade (aprox. um minuto)

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo de 10 minutos)


Para encerrar esse experimento, vamos agora efetuar um exercício
especial que não será seguido de fórum, a fim de conservar seu
caráter puramente místico. Sentem-se como antes, fechem os olhos
e, por alguns instantes, façam respirações profundas.
_______________

(Pausa de cerca de 30 segundos)


Agora, imaginem que um raio de luz, vindo do Cósmico, desce
lentamente sobre seu ser — (pausa de cerca de 15 segundos) —,
penetra em seu corpo pelo alto da cabeça — (pausa de cerca de 15
segundos) —, atravessa sua glândula pineal — (pausa de cerca de 15
segundos) —, propaga-se para sua tireóide — (pausa de cerca de 15
segundos) — e desce até seu coração.
(Pausa de cerca de 15 segundos)

No coração, esse raio de luz se amplifica e aos poucos se


transforma num centro de energia que, como um sol interior, irradia
vibrações positivas para todo o ser.

(Pausa de cerca de 15 segundos)

À medida que esse centro de energia difunde sua luz em todo o seu
ser, percebam um calor agradável que os purifica e regenera em
todos os planos.

Música (aprox. dois minutos e meio)

Fratres e Sorores, voltem ao plano objetivo e tomem consciência


do ambiente em que se encontram.

(O Mestre não realiza o Fórum depois desse experimento)

Fratres e Sorores, a ativação dos centros psíquicos é prática


fundamental para nós, rosacruzes. Como dissemos no início dos
experimentos que efetuamos hoje, essa ativação produz dois efeitos
principais nada negligenciáveis. Em primeiro lugar, ela nos permite
desenvolver a percepção psíquica e apreender fenômenos que nossas
faculdades objetivas são incapazes de perceber. Em segundo lugar,
aumenta nosso potencial de vitalidade e contribui, portanto, para
nossa saúde. Por isso, recomendamos aos Fratres e Sorores que
sejam aplicados nesse aspecto importante de seus estudos
rosacruzes.

EXPERIMENTO Nº 11

PERCEPÇÃO DA AURA

MATERIAL
Primeira fase: Na medida do possível, providenciar uma
iluminação azulada e que possa ser atenuada, de modo
que o Templo fique em suave penumbra.

Segunda fase: Colocar uma cadeira no Oeste do Templo, para os


voluntários que nela se sentarão nos momentos
indicados no experimento. Atrás dessa cadeira, colocar
uma lâmpada azul, a fim de criar um fundo azulado.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, há séculos os rosacruzes sabem que todas as


substâncias, orgânicas ou minerais, emitem uma irradiação
eletromagnética, à qual deram o nome de “aura”. Por não poder
fotografar essa radiação nem medir sua intensidade, a ciência oficial
por muito tempo negou sua existência. Mas hoje, cada vez mais
cientistas se interessam pelo estudo desse fenômeno, posto que
algumas experiências de laboratório deram-lhes a prova de que há
efetivamente interferências eletromagnéticas nas proximidades de
todos os corpos materiais. Além disso, eles não podem mais ignorar
aquilo que alguns eminentes místicos do passado, que também
foram grandes cientistas, disseram e escreveram a respeito da aura.

Nas monografias de nossa Ordem, explica-se que a aura dos


objetos resulta da interferência que se produz constantemente entre
as vibrações que os compõem e as vibrações que os rodeiam, todas
elas tendo origem numa única e mesma energia cósmica, que é a
energia Espírito. Dado que essa energia está presente em todo o
universo e em todas as coisas materiais, não existe um único corpo
terreno, por minúsculo que seja, que não tenha uma irradiação
eletromagnética em torno de si. Isso significa que todas as formas de
matéria, do menor grão de areia aos planetas mais volumosos, têm
uma aura cuja intensidade varia em função de sua massa e de sua
natureza vibratória.
O próprio corpo do ser humano, sendo substância material, deve
sua existência à energia Espírito. E é essa energia que lhe confere
seu aspecto sólido e tangível. Por conseguinte, cada ser humano é
rodeado por uma aura relativa ao seu ser físico, sendo que essa aura
é de natureza praticamente idêntica em todos os indivíduos. Mas o
ser humano não está limitado a um corpo material. Ele é animado
pela Força vital e possui uma Alma, e é isto que faz dele um ser vivo
e consciente. Ora, a vida e a consciência, do mesmo modo que a
matéria, são energias que vibram em nós numa freqüência própria.
Portanto, elas participam do campo eletromagnético que emana
continuamente do ser humano.

De acordo com o que acabamos de explicar, a aura do ser humano


resulta da combinação de três energias principais que a compõem e
que chamamos de Espírito, Força vital e Alma. Isso nos faz supor
que a intensidade de sua irradiação está ligada, de um lado, ao nosso
estado de saúde geral e, do outro, ao nosso grau de evolução
espiritual. Via de regra ela se apresenta em forma de um halo
luminoso que circunda o corpo e cuja coloração é mais
particularmente perceptível em torno da cabeça e dos ombros. É isso
que explica por que os Santos, na iconografia cristã, são quase
sempre representados com uma auréola. O mesmo acontece com os
Mestres e os Iniciados das altas hierarquias.

Antes de passarmos ao experimento de hoje, devemos salientar


um ponto importante. A aura, sendo um campo eletromagnético,
não pode ser vista no sentido habitual do termo, pois as vibrações
que ela emite não deixam nenhuma impressão significativa em nossa
visão física. Por analogia, é impossível discernir o magnetismo que
emana de um ímã, por meio de nossos olhos. Por conseguinte, é
mais correto dizer que a aura pode ser percebida e que essa
percepção corresponde àquilo que os ensinamentos rosacruzes
designam pelo nome de “visão psíquica”. Essa visão baseia-se na
estimulação de dois grandes centros psíquicos, que são as glândulas
pineal e a pituitária, situadas aproximadamente no centro da cabeça.

EXPERIMENTO

Fratres e Sorores, o experimento que vamos realizar hoje


comporta duas fases. A primeira terá como objetivo a percepção de
sua própria aura; a segunda será destinada à percepção da aura de
uma outra pessoa.
Para começar, acomodem-se confortavelmente, se possível com as
costas bem eretas, e os pés completamente apoiados no chão,
ligeiramente separados um do outro.
(Pausa curta)

- Fechem os olhos e, por alguns instantes, façam respirações


profundas neutras. __________________

(Pausa de cerca de 30 segundos)

- Agora, coloquem as mãos sobre as coxas, com as palmas voltadas


uma para a outra e separadas alguns centímetros.

(Pausa curta)

- Com as mãos nessa posição e os olhos fechados, concentrem-se


na consciência psíquica de suas mãos. Para isso, procurem sentir a
vida que anima as células de seus ossos, músculos e tecidos. Ao
mesmo tempo, façam respirações profundas positivas. Inspirem
profundamente pelo nariz, retenham o ar por alguns instantes e
expirem lentamente pelo nariz.

Período de concentração (aprox. 1 minuto e 30)

- Abram agora os olhos e, sem piscar, dirijam o olhar para suas


mãos, sem se esforçar para ver objetivamente a aura que as rodeia.
Ao invés disso, contemplem passivamente a área compreendida
entre as duas palmas.

Período de contemplação (aprox. um minuto)


(Se possível colocar uma luz suave no Templo)
Os Fratres e Sorores podem agora comentar o que perceberam
durante o experimento ou nos informar as impressões que tiveram
ao efetuá-lo.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Vamos agora tentar perceber a aura de algum dos presentes. Para


esse experimento, precisamos de alguém como voluntário. Que esse
Frater ou essa Soror se levante.

O Mestre, dirigindo-se ao Guardião Interno — (Guardião, no


Pronaos) —,
após o(a) voluntário(a) ter-se levantado:

Digno Guardião (Interno), queira acompanhar nosso Frater (Soror)


até a cadeira situada no Oeste deste Templo. Em seguida, retorne à
sua estação.
O Mestre dirigindo-se ao voluntário,
após o retorno do Guardião (Interno) à sua estação:

Frater (Soror), queira sentar-se confortavelmente, se possível com


as costas bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as
pernas e os pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados
um do outro.

(O Mestre, dirigindo-se a todos os membros:)

Antes de tentarmos perceber a aura do nosso Frater —(da nossa


Soror) —, efetuaremos algumas respirações profundas positivas, de
modo a estimular nossa percepção psíquica. Nosso Frater — (nossa
Soror) — deve fazer o mesmo, para aumentar a intensidade do brilho
de sua aura. Em seguida, voltaremos ao ritmo normal da respiração.

Se necessário, o Mestre deve pedir aos membros


que não estiverem conseguindo ver bem o Frater — (a Soror) —
para mudar de lugar.

- Fechemos os olhos e comecemos nossa preparação psíquica.

Período de respirações profundas positivas (cerca de 1 minuto e 30)

Agora que estamos devidamente preparados, voltemos nosso


olhar para o nosso Frater — (a nossa Soror) —, sem fixar os olhos
nele(a), mas contemplando passivamente a área situada ao redor de
seus ombros e de sua cabeça. Se seus olhos se embaçarem
ligeiramente ou se tenderem a se desviar numa direção particular,
não tentem centrá-lo novamente. Deixem-nos livres e observem as
impressões que vierem à sua consciência.

Período de contemplação (aprox. um minuto)

O Mestre, dirigindo-se ao Guardião (Interno):

Digno Guardião (Interno), queira ir até nosso Frater (Soror) e


acompanhá-lo(a) de volta ao seu lugar. Depois, retorne à sua
estação.

O Mestre, dirigindo-se a todos os membros,


após o retorno do Guardião (Interno) à sua estação:
Podem agora comentar o que perceberam durante o experimento
ou nos informar as impressões que sentiram ao efetuá-lo.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)


Fratres e Sorores, repetiremos o mesmo experimento com outro
voluntário. Que esse Frater ou essa Soror se levante.

O Mestre, dirigindo-se ao Guardião (Interno),


após o(a) voluntário(a) ter-se levantado:

Digno Guardião (Interno), queira acompanhar nosso Frater —


(nossa Soror) — até a cadeira situada no Oeste deste Templo. Em
seguida, retorne à sua estação.

O Mestre dirigindo-se a todos os membros,


após o retorno do Guardião (Interno):

Como fizemos antes, efetuaremos algumas respirações profundas


positivas, como preparação para o experimento. Como dissemos,
isso estimulará nossa percepção psíquica e intensificará a aura do
nosso Frater — (da nossa Soror).

Período de respirações profundas positivas (cerca de 1 minuto e 30)

Agora, tentemos perceber a aura do nosso Frater — (da nossa


Soror) —, tendo em mente as instruções que foram dadas
anteriormente. Não forcem os olhos e fiquem bem relaxados.

Período de contemplação (aprox. um minuto)

O Mestre, dirigindo-se ao Guardião (Interno):

Digno Guardião (Interno), queira ir até nosso Frater — (nossa


Soror) — e acompanhá-lo(a) de volta ao seu lugar. Depois, retorne à
sua estação.

O Mestre, dirigindo-se a todos os membros,


após o retorno do Guardião (Interno) à sua estação:

Podem agora comentar o que perceberam durante o experimento


ou nos informar as impressões que sentiram ao efetuá-lo.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Vamos realizar esse experimento uma terceira e última vez, com


um outro voluntário. Que esse Frater ou essa Soror se levante.

O Mestre, dirigindo-se ao Guardião (Interno),


após o(a) voluntário(a) ter-se levantado:

Digno Guardião (Interno), queira acompanhar nosso Frater —


(nossa Soror) — até a cadeira situada no Oeste deste Templo. Em
seguida, retorne à sua estação.

O Mestre dirigindo-se a todos os membros,


após o retorno do Guardião (Interno) à sua estação:

Como das outras vezes, preparemo-nos efetuando algumas


respirações profundas positivas.

Período de respirações profundas positivas (cerca de 1 minuto e 30)

Agora, tentemos perceber a aura do nosso Frater — (da nossa


Soror) —. Contemplem a área situada ao redor de seus ombros e de
sua cabeça e lembrem-se de que seus olhos não precisam ficar fixos,
pois não é sua visão física que deve ser requisitada e, sim, sua visão
psíquica.

Período de contemplação (aprox. um minuto)


Guardião, peço-te que vá até nosso frater (nossa soror) e o(a)
acompanhe até seu lugar. Feito isso, regressarás à tua estação.

O Mestre, dirigindo-se a todos os membros,


após o retorno do Guardião (Interno) à sua estação:

Podem agora comentar o que perceberam durante o experimento


ou nos informar as impressões que sentiram ao efetuá-lo.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)


Fratres e Sorores, o objetivo principal dos experimentos que
acabamos de efetuar foi estimular nossa visão psíquica e vivenciar a
existência da aura humana. Essa vivência é muito enriquecedora,
pois prova que nosso ser é uma combinação de energias que podem
ser percebidas sob condições especiais e seguindo-se um método
apropriado. Além disso, ela demonstra que é anormal negar-se a
realidade de certos fenômenos sob o pretexto de que eles não podem
ser apreendidos por meio das faculdades objetivas do ser humano
nem medidos com o auxílio de aparelhos científicos. Nesse sentido, é
muito importante compreender que os campos psíquicos abrangem
uma dimensão mais importante que a das manifestações físicas, e
que a aura constitui, de certo modo, um fenômeno intermediário.
Por isso, seu estudo merece tanto a atenção dos cientistas quanto a
dos místicos, pois ela é um reflexo dos mistérios que o homem tem
de aprender a conhecer e dominar.

EXPERIMENTO Nº 12

ESTIMULAÇÃO DA AURA

MATERIAL
Uma música para meditação, de aproximadamente dois minutos e
meio.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, conforme explicado detalhadamente em nossos


ensinamentos, a aura do ser humano é uma irradiação que resulta
das três energias principais que a compõem, isto é, Espírito, Força
vital e Alma. Posto que essa irradiação é de natureza
eletromagnética, é impossível vê-la por meio dos olhos. Somente a
visão psíquica nos permite percebê-la, o que implica naturalmente
que ela seja suficientemente desenvolvida. Nesse caso, a aura se
apresenta na forma de um halo luminoso que circunda todo o corpo,
mas que é mais particularmente perceptível ao redor da cabeça e dos
ombros. Esse halo aparece sempre com uma cor predominante,
sendo esta por si mesma uma indicação da saúde e do nível de
evolução espiritual da pessoa em questão.

________O espectro da aura humana comporta dezoito cores,


indo do preto ao branco mais puro. Sem entrar em detalhes que são
dados num dos Graus de nossa Ordem, a saber, o sétimo, digamos
apenas que cada uma dessas cores traduz uma personalidade de
maior ou menor positividade. Por exemplo, o cinza é indicativo de
uma pessoa muito antipática, fundamentalmente perversa e imoral.
O marrom revela um indivíduo supersticioso, pouco evoluído e
primitivo no comportamento geral. Inversamente, o azul-claro
demonstra uma pessoa evoluída interiormente e possuidora de
grande sensibilidade psíquica. Do mesmo modo, o violeta-claro
revela uma alma muito evoluída e profundamente engajada na senda
religiosa ou mística. A cor branca, por sua vez, aparece unicamente
na aura dos Mestres e reflete seu estado de Perfeição.

Conforme dissemos antes, a cor que predomina na aura não revela


apenas o grau de evolução espiritual atingido pela pessoa; traduz
igualmente seu estado de saúde. Por exemplo, as cores verde-escuro
ou amarelo-escuro são indicativas de uma enfermidade de maior ou
menor gravidade. Inversamente, uma aura vermelho-claro ou verde-
claro denota um ótimo equilíbrio vital. Assim, portanto, a aura é um
meio valioso para saber se uma pessoa está ou não em boa saúde. No
Sétimo Grau explica-se como utilizar a irradiação áurica para se
fazer um diagnóstico psíquico e determinar se a pessoa precisa de
um tratamento negativo ou positivo.

Já que acabamos de evocar o fato de a aura traduzir nosso estado


de saúde do momento, é importante também explicar que sua
irradiação tem uma utilidade vital para nós. Na realidade, ela
constitui um anteparo eletromagnético contra os agentes
patogênicos que se encontram em nosso meio ambiente, quer sejam
bactérias, micróbios ou vírus. Por motivos óbvios, compreende-se
que quanto mais potente ela for no plano vibratório, mais eficaz será
nesse papel de proteção. É aliás devido à potência de sua aura que
algumas pessoas, trabalhando em contato direto com doentes, não
são, no entanto, contaminadas. Naturalmente, isso não quer dizer
que nossa irradiação áurica seja, apenas por si mesma, suficiente
para nos preservar de toda e qualquer doença. Contudo, é inegável
que uma pessoa cuja aura é fraca é mais vulnerável aos agentes
patogênicos.

EXPERIMENTO

Dadas essas explicações preliminares, vamos agora efetuar um


experimento visando reforçar a irradiação de nossa aura, a fim de
que ela contribua mais eficazmente para o nosso bem-estar físico,
psíquico e espiritual.

Em primeiro lugar, acomodem-se confortavelmente, se possível


com as costas bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as
pernas e os pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados
um do outro.

(Pausa curta)

Mantendo essa posição, fechem os olhos e, por alguns instantes,


façam respirações profundas neutras. __________
Pausa de cerca de 30 segundos

Agora, visualizem a si mesmos sentados neste Templo, envolvidos


numa aura de cor violeta-claro. Vejam essa cor em forma de um halo
brilhante, principalmente em torno de sua cabeça e de seus ombros.
Pausa de cerca de 1 minuto

Mantendo essa visualização, entoem mentalmente o som vocálico


RA, cujo efeito será aumentar e reforçar a irradiação da aura.

Pausa de cerca de 1 minuto

À medida que sua aura se intensifica, sintam a potência de suas


vibrações e o efeito protetor que ela produz em seu ser e ao seu
redor.

Pausa de cerca de 1 minuto

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento que acabamos de efetuar, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)


_______________________________________________
_____

Fratres e sorores, como havíamos lembrado anteriormente, a aura


está ligada ao estado de saúde de cada um. Assim sendo, proponho-
vos agora utilizá-la para ajudar uma pessoa conhecida que esteja
sofrendo com uma doença mais ou menos grave. Devo desde já
avisar-vos que este experimento não será seguido de fórum.

Pausa curta

- Sentai-vos como anteriormente, fechai os olhos e relaxai por


alguns instantes efetuando respirações profundas.

Pausa de cerca de 30 segundos

- Agora escolhei uma pessoa enferma que conheceis e imaginai


que ela está sentada bem diante de vós, com os olhos fechados.

Pausa de cerca de 30 segundos

- Vede-a agora envolta por uma aura vermelho clara, indicando


um ótimo equilíbrio vital.

Pausa de cerca de 30 segundos

- Ao visualizá-la assim, entoai mentalmente o som vocálico RA e


imaginai que, sob efeito deste som, a aura vermelho clara que a
envolve intensifica-se gradualmente e contribui para a sua
cura.

Pausa de cerca de 30 segundos

- Agora, vede essa pessoa, se não curada, ao menos em via de


restabelecimento. No mais profundo de vós mesmos, sentis que
ela está bem melhor física e moralmente.

Pausa de cerca de 30 segundos


Fratres e sorores, como sabem, a própria Terra possui uma aura.
Podemos dizer, de modo geral, que essa aura é uma combinação das
auras de todos os seres humanos que povoam nosso planeta. Daí ser
ela a expressão do nível de consciência que a humanidade alcançou
no atual estágio de sua evolução coletiva. Infelizmente, esse nível é
ainda relativamente pouco elevado, pois os homens continuam sob o
domínio de instintos primitivos e, na grande maioria, agem sob a
influência dos aspectos mais negativos de seu ego, como o orgulho, a
inveja, o egoísmo, a agressividade etc. É isso que explica por que o
mundo atual está cheio de problemas, provações e desordens. Mas
nós, como místicos que somos, devemos ter confiança e partir do
princípio de que chegará o dia em que a humanidade encarnará na
Terra a Sabedoria divina e viverá em perfeita harmonia com as leis
cósmicas.

Em relação ao que acabamos de expor, proponho fazermos agora


um experimento com o objetivo de purificar e regenerar a aura
coletiva da humanidade. Avisamos que esse experimento não será
seguido de fórum, a fim de conservar seu caráter puramente místico.

Acomodem-se confortavelmente como antes, fechem os olhos e,


por alguns instantes, façam respirações profundas. __________

Pausa de cerca de 30 segundos

Agora, visualizem a Terra como se a estivessem vendo desde um


ponto situado no espaço.

Pausa de cerca de 30 segundos


Imaginem então que um facho de luz vindo do Cósmico desce
lentamente para a Terra.

Pausa de cerca de 30 segundos


Ao entrar em contato com a Terra, esse facho se alarga e
gradualmente a envolve, dando-lhe aos poucos o aspecto de uma
esfera muito luminosa, girando lentamente no espaço.

Pausa de cerca de 30 segundos

Enquanto nosso planeta é banhado nessa aura imensamente


luminosa, sintam o quanto a consciência coletiva da humanidade se
purifica e se regenera em todos os planos e se beneficia das mais
positivas forças do universo.

Pausa de cerca de 30 segundos

Cessem agora sua visualização e fiquem em estado de


receptividade, a fim de entrarem em comunhão com o Cósmico e
receberem o influxo espiritual que ele possa lhes enviar nesse
momento.

(Música, aprox. dois minutos e meio)

O Mestre não realiza o Fórum após esse experimento

Fratres e Sorores, resumindo os experimentos de hoje,


podemos dizer que nossa aura é reveladora do nosso estado geral do
momento. Disso decorre que o único meio de torná-la pura e
brilhante consiste em trabalharmos sobre nós mesmos e cuidarmos
para que nossos pensamentos, palavras e atos sejam o mais benignos
possível. Isso representa toda a questão da alquimia espiritual a que
devemos nos dedicar, para nos aperfeiçoarmos e nos tornarmos
agentes das leis divinas. Acrescentemos ainda que, quando a maioria
dos homens tiver alcançado um nível significativo nesse campo, a
aura da Terra será muito mais pura e traduzirá uma consciência
coletiva desperta para a espiritualidade. Daí por diante ela estará no
bom caminho para a sua reintegração final.
EXPERIMENTO Nº 13

RECORDAÇÃO DAS ENCARNAÇÕES


(por estimulação da memória)

MATERIAL

Música para meditação, de aproximadamente cinco minutos.


INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, embora a reencarnação nunca tenha sido


apresentada como um dogma nos ensinamentos de nossa Ordem, a
maioria dos rosacruzes considera que ela constitui a única lei que
permite compreender como o homem poderá alcançar um dia a
Perfeição, meta suprema de sua busca espiritual. Realmente, quando
se admite que a alma humana se reencarna regularmente, torna-se
fácil conceber que ela evolui de vida em vida e que, desse modo,
acumula uma sabedoria que será, a longo prazo, tão perfeita quanto
a Sabedoria divina. Quanto a isso, ninguém pode negar que o
homem aprende muitas lições na grande escola da vida. É essa
evidência, aliás, que está na base do ditado popular: “Ah, se a
juventude soubesse; se a velhice pudesse”. Como esse ditado traduz
perfeitamente, o tempo faz nascer experiências que necessariamente
contribuem para a nossa evolução e que, quando perfeitamente
compreendidas e assimiladas, elevam-nos na compreensão das leis
cósmicas.

Assim sendo, uma única vida não basta para que o homem se
torne perfeito em seus julgamentos e em seu comportamento. É
exatamente por essa razão que ele tem de conhecer várias vidas para
atingir a Sabedoria, cada uma delas contribuindo para o desabrochar
de sua alma. Naturalmente, isso pressupõe que ele conserve a
memória das experiências que viveu em suas encarnações passadas.
E isso é efetivamente o que acontece, pois sua consciência anímica é
dotada de um atributo que desempenha o papel de registrar as lições
marcantes que ele não deve esquecer. Esse atributo é nada mais
nada menos que o subconsciente, que, durante toda nossa
existência, dirige as funções involuntárias do nosso ser e serve de
intermediário entre a Consciência cósmica e nossa consciência
objetiva. É ainda na memória que lhe é própria que está impressa a
trama das nossas vidas passadas.
Antes de procedermos ao experimento de hoje, parece-nos útil
explicitar que, ao contrário da nossa memória objetiva, que seria
mais correto chamar de “lembrança”, a memória do nosso
subconsciente não está limitada à recordação de nosso passado
imediato. Na realidade, ela contém o registro de todos os fatos que
chamaram nossa atenção desde o início da nossa presente
encarnação. É isso que explica o fato de que às vezes, quando
sonhamos, revivemos situações que pensávamos ter esquecido
totalmente. Por exemplo, certamente já lhes aconteceu reverem em
sonho pessoas que conheceram muito tempo atrás, ouvirem uma
música ou uma canção que os embalou quando eram bebês, ou
ainda, sentirem um aroma ou um perfume que, em algum momento
de sua vida, chamou sua atenção. Fenômenos como esses são
explicados pelo fato de nosso subconsciente manter em arquivo o
filme completo de todos os acontecimentos que marcaram nossa
vida atual, desde o exato instante em que encarnamos.

O que acabamos de dizer nos leva, naturalmente, a nos perguntar


por que não nos lembramos permanentemente de todos os
acontecimentos que vivemos até agora e por que nem sempre
conseguimos nos lembrar de determinados fatos aos quais, no
entanto, demos toda nossa atenção. À primeira dessas duas
perguntas, podemos responder dizendo que é uma coisa muito boa o
fato de não estarmos conscientes de tudo aquilo que nosso
subconsciente registrou desde o início da nossa presente
encarnação. Imaginem o que seria da nossa vida se o tempo todo
ficássemos submersos numa incessante lembrança de todos os fatos
e gestos que marcaram nosso passado! É fácil entender que
inevitavelmente mergulharíamos na loucura, pois seríamos
incapazes de ter uma compreensão clara do momento presente.
Nossa mente seria invadida por uma multidão de pensamentos
esparsos, fugidios e, na maior parte do tempo, sem interesse
imediato. A natureza, portanto, fez as coisas muito bem, pois ao criar
uma barreira entre nosso subconsciente e nossa consciência objetiva
ela nos impede de sermos invadidos por todas as impressões que
registramos. Essa barreira, porém, é móvel, o que significa que
podemos abri-la voluntariamente para termos acesso aos arquivos
simbólicos que compõem a memória do nosso subconsciente.

Para responder à segunda pergunta, isto é, por que às vezes


achamos difícil lembrar acontecimentos passados, as explicações
precedentes nos permitem compreender que essa dificuldade não se
deve ao fato de não os termos memorizado, mas ao fato de quase
sempre agirmos de modo errado na tentativa de cruzar a barreira
que dá acesso ao subconsciente. Com efeito, na maioria das vezes
usamos nossa vontade objetiva para nos lembrarmos do passado.
Isso é um erro, pois, procedendo dessa maneira, limitamos nossa
busca das recordações que foram registradas por nossa memória
objetiva e não cruzamos o portal de nossa memória subconsciente.
Paralelamente, é importante compreendermos que os fatos de que
nos recordamos mais facilmente são aqueles a que demos atenção
por mais tempo. Disso resulta que aquilo que chamamos de “falta de
memória” provém quase sempre de duas causas principais. Em
primeiro lugar, falta-nos concentração e não damos a devida atenção
às informações que procuramos memorizar; em segundo lugar, o
mais das vezes teimamos em recorrer à nossa memória objetiva para
nos lembrarmos do passado, ao passo que deveríamos fazer a
demanda ao nosso subconsciente.

Até aqui nos limitamos a ver que o nosso subconsciente contém o


registro de tudo o que suscitou nossa atenção desde o início da nossa
vida atual. Para sermos mais completos, devemos agora acrescentar
que ele encerra também as lições marcantes que vivenciamos em
nossas encarnações passadas. Dissemos especificamente
“marcantes” porque ele não mantém a memória de todos os
acontecimentos que vivenciamos desde nossa primeira vida terrena.
Mesmo porque isso não teria nenhuma utilidade. Do mesmo modo,
quando passarmos pela transição, nem todos os fatos referentes à
nossa vida atual serão transferidos para a memória de nossa alma.
Somente o serão as experiências que marcaram verdadeiramente
nossa presente encarnação. Entre essas experiências estarão,
naturalmente, o registro daquilo que somos, do país e da cidade
onde moramos, de nossos pais, nossa família, nossos amigos, a
profissão que exercemos, a religião ou a filosofia que seguimos, as
grandes alegrias e as grandes tristezas pelas quais passamos, eventos
que nos fizeram refletir profundamente sobre o sentido da vida, etc.
Pois aquilo que terá valor para nossa próxima encarnação já o tem
para esta. Isto significa que a trama de cada uma de nossas vidas
passadas está gravada nos níveis superiores do nosso subconsciente.
Por isso é possível termos acesso às nossas encarnações anteriores
estimulando nossa memória subconsciente.

EXPERIMENTO

O experimento que vamos efetuar hoje visa exatamente estimular


nossa memória subconsciente, a fim de liberar alguns dos fatos
marcantes que ela registrou ao longo de nossas encarnações
passadas. Para produzir essa estimulação, o melhor meio consiste
em voltarmos no tempo em nossa vida atual e chegarmos o mais
perto possível dos anos que se seguiram ao nosso nascimento. Em
outras palavras, trata-se de recordarmos o máximo possível de
acontecimentos que marcaram nossa primeira infância. Essa
recordação, quando realizada de modo natural e progressivo, muitas
vezes vem acompanhada de impressões que têm ligação direta com
nossa última encarnação ou mesmo com as que a precederam. Assim
sendo, por mais estranhas que elas possam lhes parecer, prestem
muita atenção a todas as impressões que receberem no curso desse
experimento e procurem memorizá-las objetivamente. Conforme o
caso, poderá se tratar de cenas diversas, paisagens, visões, cantos,
vozes, músicas, perfumes ou qualquer outra imagem mental que
despertará suas emoções e que, em seu íntimo, terá ressonâncias de
coisas já vividas.

Primeiro, acomodem-se confortavelmente, se possível com as


costas bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as pernas
e os pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente separados um do
outro.

(Pausa curta)

Concentrem-se agora no primeiro gânglio cervical, que se


encontra na raiz da nuca. Esse gânglio está em estreita relação não
apenas com a zona cervical que é especializada na recordação das
lembranças, como também com as glândulas pineal e pituitária, que
têm papel essencial na objetivação das impressões psíquicas. Ao se
concentrarem, visualizem-no na forma de uma esfera luminosa e
efetuem respirações profundas positivas. Inspirem profundamente
pelo nariz, retenham o ar por alguns segundos e expirem lentamente
pelo nariz.

(Período de concentração no primeiro gânglio cervical, aprox. um


minuto)
Voltem agora ao ritmo normal da respiração e procurem recordar
seu passado imediato. Lembrem-se dos eventos importantes que
viveram ou que presenciaram nos últimos dias.

(Pausa de aprox. dois minutos)

Continuando essa retrogressão, procurem se lembrar de situações


ou circunstâncias específicas, reportando-se ao que fizeram nas
últimas semanas, nos últimos meses e nos últimos anos.

(Pausa de aprox. dois minutos)

Mantendo-se numa atitude mental e emocional o mais


descontraída possível, prossigam com essa análise retrospectiva até
sua adolescência e revivam esse período de sua vida.

(Pausa de aprox. dois minutos)


Gradualmente, voltem à sua infância e revivam mentalmente
cenas referentes aos primeiros anos de sua vida, quando tinham dois
ou três anos, talvez menos.

(Pausa de aprox. dois minutos)

Quando tiverem o sentimento de não mais poderem regredir no


tempo, concentrem-se na última imagem mental que viram. Depois,
permaneçam em estado de perfeita receptividade e fiquem atentos
às impressões que vierem à sua consciência. Conforme o caso, verão
aparecer na tela de sua consciência a fisionomia que tiveram em
alguma de suas encarnações passadas ou o país em que viveram, a
religião que seguiram ou qualquer outra visão marcante.

(Música, aprox. cinco minutos)


Se algum dos Fratres e Sorores quiser comentar as impressões que
sentiu durante esse experimento, poderá fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Fratres e Sorores, para encerrar o experimento que realizamos hoje, parece-nos


importante salientar um ponto particular. Existem hoje em dia escolas pseudomísticas
que pretendem possuir o método certo a ser seguido para se voltar às encarnações
passadas. Ainda que nossa Ordem tenha sempre dado prova de muita tolerância com
relação a todos os movimentos, temos de alertá-los em que essas regressões podem ser
perigosas, pois o operador, mesmo sem querer, pode ultrapassar os limites psicológicos
e psíquicos do paciente. Por esse motivo, desaconselhamos os Fratres e Sorores a
recorrerem a essas práticas, até porque é impossível a uma outra pessoa interpretar
corretamente os resultados obtidos. Exatamente como no caso dos sonhos, só aquele
que passa pela experiência do retorno a uma vida anterior pode compreender seu
sentido e associá-la à suas experiências pessoais. Além disso, o principal interesse desse
tipo de experiência não é saber quem ou o que fomos em vidas passadas, pois é na vida
presente que devemos construir as bases da nossa evolução futura. O interesse dessa
experiência situa-se, antes, no fato de nos permitir entrar em comunhão com nossa
alma e sentir os laços que sempre nos uniram a ela.

EXPERIMENTO Nº 14

RECORDAÇÃO DAS ENCARNAÇÕES


(por estimulação das emoções)

MATERIAL

Preparar três CDs, contendo cada qual um trecho de música


militar (trompetes, gaitas de fole, tambores, gongo etc.), um trecho
de música sacra (liturgia cristã, cantos muçulmanos ou hebraicos,
música indiana, música tradicional etc.) e um trecho de música
suave (música romântica, música clássica, música de meditação
etc...). Essas peças devem se encadear sem intervalo e não
ultrapassar um minuto cada uma. Além disso, a sequência da
gravação pode variar de um CD para outro.
Colocar uma cadeira no Oeste do Templo, para os membros que
serão voluntários nesse experimento. À frente dessa cadeira, colocar
um spot de luz branca, destinado a iluminar o rosto da pessoa. Deve-
se cuidar que essa luz não seja ofuscante, mas suave.

As luzes do Templo deverão ser atenuadas ao máximo durante


todo o experimento.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, a partir do momento em que reconhecemos a


existência da alma e acreditamos que ela evolui gradualmente para a
Perfeição, é difícil não aceitarmos como uma evidência a doutrina da
reencarnação. De fato, como imaginar que essa meta possa ser
atingida numa única vida? Quando consideramos que a natureza
levou milhões ou mesmo bilhões de anos para fazer do nosso planeta
e do ser humano o que eles são hoje, como pensar que a alma
humana, nessa dimensão de eternidade, possa viver apenas uma
única existência? Para que serviria isso? Qual seria a vantagem das
experiências terrenas se seu propósito não fosse o de serem
reaplicadas numa nova existência e de servirem de suporte para uma
evolução sem limites de tempo? Se os homens estão condenados a
viver uma única encarnação, como explicar então que alguns sejam
bem providos em todos os aspectos desde seu nascimento, enquanto
outros sofram inúmeras provações e infortúnios? Como conciliar
essa flagrante injustiça com o Deus de Amor de que tanto falam as
religiões?
Há ainda outro fator que evidencia a reencarnação; trata-se da
importante diferença que se pode notar na maneira como as pessoas
encaram as experiências da vida. O fato de alguns indivíduos serem
mais inteligentes que outros não é um argumento válido para se
confirmar essa doutrina, pois um ateu ou um materialista
responderá que a inteligência é a expressão de um potencial cerebral
maior ou menor devido a fatores puramente fisiológicos. Contudo,
isso não explica nem o bom senso nem a maturidade que algumas
pessoas demonstram ter, mesmo sem terem um intelecto
particularmente desenvolvido. Ora, esse bom senso e essa
maturidade não vêm de seu cérebro, mas de sua alma. Eles são
explicados pela experiência adquirida no curso de encarnações
anteriores, isto é, pelo fato de elas serem “almas velhas”. É por isso
que os ensinamentos rosacruzes insistem tanto no fato de que é
sobretudo e antes de mais nada na inteligência do coração que se
deve buscar o indicador da evolução interior.

Todos os Grandes Iniciados do passado ensinaram que a alma


humana precisa conhecer grande número de vidas terrenas para
alcançar a meta fixada por Deus, no sentido místico do termo. Mas
seus ensinamentos foram deturpados no decurso dos séculos e o que
eles disseram sobre a reencarnação foi transformado em dogmas
sem nenhum fundamento ontológico, e pensamos especialmente no
dogma da ressurreição dos corpos. Tal estado de coisa é lamentável,
pois é uma ofensa à verdade e explica o porquê de tantas pessoas
estarem ainda na ignorância das leis fundamentais que regem a
existência humana. Por razões tanto lógicas como intuitivas, a
maioria dos rosacruzes está convencida de que a alma reencarna
diversas vezes no plano terreno antes de alcançar o estado de
Sabedoria. Dito de outro modo, consideram eles que somente a
reencarnação explica o sentido da vida e justifica a evolução
espiritual do ser humano. Naturalmente, todos são livres para
aceitar ou não essa doutrina, posto que os ensinamentos de nossa
Ordem não buscam impor nenhuma crença. Ao contrário, visam nos
fazer refletir sobre os diferentes aspectos do Conhecimento.
Entretanto, tem-se de admitir que a reencarnação nos permite
compreender muitos fatos que a razão não consegue explicar.

O experimento que vamos efetuar hoje visa pôr em evidência o


próprio princípio da reencarnação. Para isso, utilizaremos o
poderoso elo que une a consciência da alma às emoções que
sentimos em determinadas circunstâncias. Com efeito, se o Eu
intelectual do homem está associado sobretudo ao seu Eu físico, seu
Eu emocional é, de algum modo, uma emanação de seu Eu
espiritual. Segue-se que toda estimulação produzida em nossos
sentimentos mais profundos afeta nossa consciência anímica e faz
ressurgir do passado algumas experiências marcantes que ela viveu.
Quando essas experiências são particularmente fortes, podem
modificar por alguns instantes a nossa aparência e deixar
transparecer os traços fisionômicos de uma personalidade que foi
nossa numa encarnação passada. Em outras palavras, a fisionomia
que tínhamos numa vida anterior pode aparecer por alguns
segundos, numa espécie de sobreposição.
EXPERIMENTO

Antes de lhes explicar como iremos proceder durante o


experimento, pedirei a um Frater ou a uma Soror para se apresentar
como voluntário. Que esse Frater ou essa Soror se levante. (Pausa)

O Mestre, dirigindo-se ao Guardião Interno – (ou Guardião, no


Pronaos) –
depois que o voluntário tiver se levantado:

Digno Guardião – (ou Guardião Interno) – queira acompanhar


nosso Frater (Soror) até a cadeira situada no Oeste deste Templo.
Em seguida, retorne à sua estação.

O Mestre, dirigindo-se a todos os membros,


após o retorno do Guardião à sua estação:

Fratres e sorores, no período em que nosso Frater – (ou nossa


Soror) – estiver ali sentado(a), em meditação, tocaremos três peças
musicais que foram escolhidos devido ao impacto que podem
provocar em nossas emoções. Durante toda a escuta, contemplem a
fisionomia dele(a), procurando perceber as transformações que
possam ocorrer em seus traços ou em sua expressão. Empregamos o
verbo “perceber” para salientar o fato de que essas transformações
não podem ser vistas por meio dos olhos físicos. Portanto, de nada
lhes servirá concentrarem-se nelas e tentarem discerni-las de modo
objetivo. Ao invés disso, olhem passivamente para o rosto do nosso
Frater – (ou da nossa Soror) – permanecendo interiormente
receptivos o máximo possível. Se preferirem, podem ficar de olhos
fechados e se harmonizar com ele (ela), a fim de entrarem em
comunhão com as emoção que ele (ela) possa sentir em referência a
alguma encarnação passada.
Se necessário, o Mestre pede para que mudem de lugar
aqueles que não estiverem vendo bem o Frater ou a Soror, no Oeste.

Para realizarmos esse experimento em condição apropriada,


faremos primeiro, por alguns instantes, algumas respirações
profundas positivas. Essa preparação permitirá que o nosso Frater –
(ou a nossa Soror) – amplie sua sensibilidade emocional e que nós
estimulemos nossa sensibilidade psíquica, o que nos ajudará a
perceber melhor as transformações sutis que possam ocorrer em sua
fisionomia.

Sentem-se confortavelmente, se possível com as costas bem


eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as pernas e os pés
totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados um do outro.
Nessa posição, inspirem e expirem profundamente pelo nariz,
retendo o ar por alguns segundos após cada inspiração. Façam esse
exercício preparatório em seu próprio ritmo e não forcem a
respiração profunda.

Respirações profundas positivas (aprox. um minuto e meio)

Comecemos agora nosso experimento e procuremos registrar


todas as impressões que possamos perceber na fisionomia do nosso
Frater – (ou da nossa Soror).

O Sonoplasta (Arquivista, no Pronaos) põe para tocar


um dos três CDs.

Período de observação (aprox. três minutos de música)

Digno Guardião – (ou Guardião Interno) – queira acompanhar


nosso Frater – (ou nossa Soror) – de volta ao seu lugar. Isso feito,
retorne à sua estação.
O Mestre, dirigindo-se a todos os membros,
após o retorno do Guardião (Interno) à sua estação:

Antes de lhes passar a palavra, pedirei que nosso Frater – (ou


nossa Soror) – nos relate as impressões que tenha sentido durante o
experimento.

Pausa para que o Frater ou a Soror relate suas impressões

Fratres e Sorores, passo-lhes agora a palavra, para que possam


relatar o que perceberam ou sentiram enquanto fitavam a fisionomia
do nosso Frater – (ou da nossa Soror).

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Repetiremos esse experimento com um outro Frater ou uma outra


Soror, a quem pedimos que se levante. (Pausa)

O Mestre, dirigindo-se ao Guardião (Interno)


depois que o voluntário tiver se levantado:

Digno Guardião – (ou Guardião Interno) – queira acompanhar


nosso Frater – (ou nossa Soror) – até a cadeira situada no Oeste
deste Templo. Em seguida, retorne à sua estação.
O Mestre, dirigindo-se a todos os membros,
após o retorno do Guardião à sua estação:

Como fizemos antes, preparemo-nos para o nosso experimento. Para


isso, façamos algumas respirações profundas positivas.
Respirações profundas positivas (aprox. um minuto e meio)

Da mesma forma que antes, observem passivamente a fisionomia


do nosso Frater – (ou da nossa Soror) – e, enquanto suas emoções
estiverem sendo estimuladas pelas músicas que ouvirá, procuremos
perceber uma ou mais personalidades que ele(ela) possa ter tido em
encarnações passadas.

O Sonoplasta (Arquivista) põe para tocar o segundo CD

Período de observação (aprox. três minutos de música)

Digno Guardião (Interno), queira acompanhar nosso Frater – (ou


nossa Soror) – de volta ao seu lugar. Isso feito, retorne à sua estação.

O Mestre, dirigindo-se a todos os membros,


após o retorno do Guardião (Interno) à sua estação:

Antes de procedermos ao fórum, peço que nosso Frater – (ou


nossa Soror) – nos relate as impressões sentidas durante o
experimento.

Pausa para que o Frater ou a Soror relate suas impressões

Fratres e Sorores, queiram agora nos relatar o que perceberam ou


sentiram durante o experimento.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)


Pela terceira e última vez, poderia um outro Frater ou uma outra
Soror se apresentar para esse experimento? (Pausa)

O Mestre, dirigindo-se ao Guardião (Interno)


depois que o voluntário tiver se levantado:
Digno Guardião (Interno), queira acompanhar nosso Frater – (ou
nossa Soror) – até a cadeira situada no Oeste deste Templo. Em
seguida, retorne à sua estação.

O Mestre, dirigindo-se a todos os membros,


após o retorno do Guardião à sua estação:

Mais uma vez , façamos algumas respirações profundas positivas a


fim de nos colocarmos na condição apropriada para esse último
experimento.

Respirações profundas positivas (aprox. um minuto e meio)

Procederemos pela última vez da mesma forma que antes. À


medida que nosso Frater – (ou nossa Soror) – reagir
emocionalmente à música, fiquemos atentos a todas as expressões
que sua fisionomia possa assumir, referentes às suas encarnações
passadas.

O Sonoplasta (Arquivista) põe para tocar o terceiro e último CD

Período de observação (aprox. três minutos de música)

Digno Guardião – (ou Guardião Interno) – queira acompanhar


nosso Frater – (ou nossa Soror) – de volta ao seu lugar. Isso feito,
retorne à sua estação.
O Mestre, dirigindo-se a todos os membros,
após o retorno do Guardião à sua estação:

Como fizemos das outras vezes, primeiro daremos a palavra ao


nosso Frater – (ou à nossa Soror) – antes de relatarmos o que
sentimos ou percebemos contemplando sua fisionomia.

Pausa para que o Frater ou a Soror relate suas impressões

Fratres e Sorores, o que foi que perceberam ou sentiram durante


essa terceira e última fase do nosso experimento?

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Fratres e Sorores, o experimento que realizamos hoje teve por


objetivo demonstrar que somos uma combinação de múltiplas
personalidades que predominaram, cada uma a seu turno, em
nossas encarnações passadas. Se fizemos uso da música militar, é
por ser infelizmente muito provável que tenhamos passado pela
experiência da guerra em alguma de nossas vidas anteriores. Do
mesmo modo, a escolha da música religiosa não foi arbitrária, pois
há fortes chances de que alguma religião nos tenha marcado em pelo
menos uma vida. Quanto à música suave, foi destinada a fazer
aflorarem períodos felizes que possamos ter vivido. Naturalmente,
podem-se variar indefinidamente os elementos passíveis de
estimular nossas emoções e despertar lembranças relativas às nossas
vidas passadas. Contudo, os que foram escolhidos para nosso
experimento eram suficientes para produzir os efeitos desejados.
Para finalizar, diremos que a reencarnação constitui uma das
doutrinas mais difíceis de se demonstrar objetivamente, mas uma
das mais fáceis de se viver interiormente. É por isso que os
encorajamos a sondar, por si mesmos e sob os auspícios de nossa
Ordem, as profundezas de seu ser e tomar consciência da eternidade
adormecida em seu âmago.

EXPERIMENTO Nº 15

O SANCTUM CELESTIAL

MATERIAL

Uma música para meditação, de aproximadamente três minutos.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, no início de sua afiliação rosacruz foi-lhes


pedido para lerem atentamente a brochura intitulada “Liber 777” e
aplicarem a técnica proposta para entrar em contato com o Sanctum
Celestial. Infelizmente, essa brochura nem sempre recebe a devida
atenção e muitos membros se privam dos benefícios que poderiam
extrair dessa forma de comunhão cósmica. No entanto ela constitui a
base da harmonização que cada um de nós deveria efetuar
diariamente, para receber o influxo das mais positivas forças
espirituais. Quanto a isso, podemos afirmar que, se todos os homens
tirassem ao menos alguns minutos por dia para se elevarem ao plano
de consciência simbolizado pelo Sanctum Celestial, eles seriam
inspirados a agir melhor e muitos das provações que a humanidade
conhece desapareceriam por si mesmas.

Embora cada um dos presentes já tenha tido ocasião de estudar e


pôr em prática o “Liber 777”, dedicaremos nosso experimento desta
ocasião a um contato coletivo com o Sanctum Celestial. Assim
viveremos juntos uma experiência nesse Altíssimo Local místico, e
poderemos avaliar toda a importância que esse contato pode ter em
nosso bem-estar físico, mental, emocional e espiritual. Mas, antes
disso, parece-nos útil recordar alguns pontos relativos a essa forma
de comunhão cósmica. Em primeiro lugar, é importante
compreender que o Sanctum Celestial não é um lugar real. Devemos,
antes, considerá-lo como o plano de consciência mais elevado que
um Rosacruz pode alcançar ao se harmonizar com o Cósmico. Esse
plano de consciência assemelha-se a uma pirâmide de
conhecimentos e virtudes, e é no topo dessa pirâmide simbólica que
estão situados os Mestres Invisíveis que zelam pela pureza e pelo
poder da Egrégora Rosacruz. O Sanctum Celestial é portanto o
campo privilegiado da purificação, da regeneração, da revelação e da
iluminação a que todos aspiramos.
Posto que o Sanctum Celestial não é um lugar material mas um
plano de consciência, transcende ele totalmente os limites de tempo
e espaço. Isso significa que é possível elevar-se até ele a qualquer
momento do dia e em qualquer lugar.

Ou seja, não há uma hora exata para se ir ao Sanctum Celestial.


Desde que queiramos fazê-lo e nada nos impeça no plano humano,
suas portas estão sempre abertas para nós, dia e noite. Também não
é necessário irmos a um templo, uma igreja, um mosteiro ou
qualquer outro local especial, para vivermos essa experiência. A
única condição que tem de ser cumprida é de se dispor de um local
calmo e tranqüilo. Pode-se também efetuar esse experimento à
noite, antes de adormecer, depois de se estar deitado. Nesse caso, a
experiência prova que essa comunhão cósmica é sempre seguida de
um sono de ótima qualidade, pontuado muitas vezes por sonhos
místicos.

É evidente que não devemos nos elevar ao Sanctum Celestial


unicamente quando nos defrontamos com algum problema de saúde
ou com dificuldades de ordem material. Sempre que soubermos que
alguém esteja precisando de auxílio, devemos ir a esse Sanctum em
consciência, para pedir ao Cósmico que conceda a essa pessoa Seu
amparo e Sua inspiração. Se fizermos isso com toda humildade e
numa atitude de perfeita sinceridade, essa forma de auxiliar o
próximo se revelará muito eficaz. Fora desse contexto, podemos
ainda realizar esse experimento pela simples satisfação interior que
ele proporciona. Isso significa que podemos nos elevar ao Sanctum
Celestial sem nenhum motivo específico. Nesse caso, o Cósmico nos
dispensa as bênçãos que ele julgue por bem nos conceder. Na
verdade, temos sempre pelo menos um bom motivo para querermos
alcançar esse estado de consciência especial: orar pela felicidade
alheia e pela paz na Terra.

Cada Rosacruz tem o seu próprio Sanctum Celestial, pois a


compreensão que se tem desse Altíssimo Local cósmico é pessoal.
Entretanto, é importante compreender que, falando de modo
absoluto, o plano de consciência em que ele se situa é o mesmo para
todos. Isso significa que a maneira de se elevar até ele é individual,
mas que todos os que vão até ele se encontram efetivamente no
mesmo campo de energia cósmica. Por conseguinte, quer tenhamos
ou não consciência disso, nunca estamos sozinhos no Sanctum
Celestial, pois entre os milhares de pessoas que conhecem sua
existência, principalmente entre os rosacruzes do mundo inteiro,
sempre há, a todo momento do dia, os que estão se elevando às suas
alturas para orar, meditar ou pedir o auxílio do Cósmico. É isso que
explica que muitos encontros se realizem no nível do Sanctum
Celestial e que esse Local simbólico seja utilizado por muitos
membros da AMORC para entrarem em comunhão mútua.
Antes de passarmos ao experimento de hoje, resta-nos lembrar-
lhes um ponto importante, ou seja, que o uso da visualização é
indispensável para nos elevarmos em consciência ao Sanctum
Celestial. As formas de concebê-lo, porém, são múltiplas. Alguns o
visualizam sob forma de uma catedral, um mosteiro, uma sinagoga
ou qualquer outra edificação religiosa. Outros preferem imaginá-lo
na forma de uma bela paisagem. Por motivos óbvios, muitos de nós
preferimos visualizá-lo com o aspecto de um Templo Rosacruz. Em
última análise, o mais importante não é a forma como concebemos o
Sanctum Celestial, mas aquilo que sentimos ao visualizá-lo. Assim,
devemos agir de tal modo que nossa visualização suscite em nós as
mais belas emoções em relação ao Ser Divino, condição absoluta
para nos elevarmos no plano interior.

EXPERIMENTO

Vamos agora nos elevar em conjunto ao Sanctum Celestial e,


quando ali estivermos em consciência, uniremos nossas mentes para
enviar pensamentos positivos para a Terra e todos os seres que a
povoam. Para o bom andamento desse experimento, eu os guiarei
em cada etapa da visualização que temos de efetuar para nos
dirigirmos a esse Altíssimo Local cósmico.

Primeiro, acomodem-se confortavelmente, se possível com as


costas bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as pernas
e os pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados um do
outro.

(Pausa curta)

Mantendo essa posição, fechem os olhos e, por alguns instantes,


façam respirações profundas neutras. Inspirem e expirem
profundamente pelo nariz, sem fazer pausa entre o inspirar e o
expirar.

Pausa de cerca de 30 segundos

Unamo-nos em invocação:
“Que a sublime essência do Cósmico se infunda em nosso ser e
nos purifique de todas as impurezas de corpo e mente, para que
possamos entrar no Sanctum Celestial e ali comungar com pureza e
dignidade.
Assim seja.”
Imaginem agora que estão se elevando em consciência acima
deste Templo – (pausa de cerca de 15 segundos) – da cidade em que
estamos – (pausa de cerca de 15 segundos) – do estado – (pausa de
cerca de 15 segundos) – do país – (pausa de cerca de 15 segundos) –
da Terra...

(Pausa de cerca de 15 segundos)

Afastando-se cada vez mais da Terra, podem vê-la agora na forma


de uma esfera, girando lentamente ao redor de si mesma.

(Pausa de cerca de 15 segundos)

Agora, dirijam o olhar para o Infinito cósmico e continuem


mentalmente sua ascensão, até verem surgir seu Sanctum Celestial,
na forma como escolheram visualizá-lo. O simples fato de vê-lo
erigido no cosmo, banhado pela luz astral, enche-os de grande
alegria interior.

(Pausa de cerca de 15 segundos)

Imaginem então que estão imersos na aura sagrada, inspiradora e


reconfortante que reina em seu Sanctum Celestial. Tudo é beleza,
pureza e harmonia.

(Pausa de cerca de 15 segundos)


Olhando em volta, constatam a presença de todos os Fratres e
Sorores que juntos se elevaram a esse Local situado fora do tempo e
do espaço. Cada um deles irradia Paz Profunda e sente-se bem na
companhia dos demais.

(Pausa de cerca de 15 segundos)

Unidos no mesmo sentimento místico, contemplamos a Terra e


dirigimos para ela um fluxo de vibrações que, devido à sua pureza e
ao seu poder positivo, concentram-se gradualmente num facho de
luz.

(Pausa de cerca de 15 segundos)

Em contato com a Terra, o facho de luz se alarga e


progressivamente a envolve, dando-lhe aos poucos o aspecto de uma
esfera luminosa, girando lentamente em seu eixo.

(Pausa de cerca de 15 segundos)

A visão desse espetáculo nos arrebata, pois daqui, onde nos


encontramos em consciência, tem ele uma dimensão indescritível.
Enfim, sabemos que a aura da Terra se purifica sob o efeito da luz
que a envolve e que toda a humanidade se beneficia dessa
purificação.

(Pausa de cerca de 15 segundos)

Felizes e conscientes das forças positivas que se exercem sobre


nosso planeta e os seres que o povoam, cessamos nossa visualização
e nos colocamos em estado de receptividade, a fim de comungarmos
com o Deus de nosso coração e receber o influxo espiritual que Ele
haverá de nos conceder. Se um problema particular vos preocupar
ou se desejardes a realização de um desejo particular, não hesitai em
confiá-lo a Ele. Sem dúvida ele vos inspirará e vos auxiliará segundo
Suas vias.

Música (aprox. três minutos)

É hora de deixarmos o Sanctum Celestial e retornarmos ao plano


físico. Gradualmente, refaçam em consciência o trajeto inverso que
fizeram para se elevar ao Sanctum Celestial e voltem à consciência
objetiva.

(Pausa)

O Mestre encerra esse contato dizendo a seguinte invocação:

“Que o Cósmico santifique nosso contato com o Sanctum


Celestial.
Assim seja!”

(Pausa)

Fratres e Sorores, tomem consciência de seu corpo físico e do


ambiente em que se encontram.

(Pausa)

O Mestre não realiza o Fórum após esse experimento

Fratres e Sorores, não realizaremos o fórum após esse


experimento porque, em função de sua natureza, ele deve ter caráter
puramente místico. Quaisquer comentários a seu respeito nos
obrigaria a recorrer à mente e traduzir em palavras aquilo que
vivenciamos no plano emocional. Por isso, é preferível mantermos
em nosso íntimo os benefícios místicos que ele possa nos ter
proporcionado. Esperamos, de todo coração, que esse contato
coletivo com o Sanctum Celestial tenha permitido que os Fratres e
Sorores avaliem, se ainda não o fizeram, toda a importância dessa
forma de comunhão cósmica, e que assumam, ante sua própria
consciência, o compromisso de torná-lo uma prática individual tão
regular quanto possível. Lembrem-se sempre de que esses contatos
contribuem eficazmente para a paz mundial e a felicidade da
humanidade. Sejamos sempre conscientes do dever que nos
incumbe nessa tarefa.

EXPERIMENTO Nº 16

AUXÍLIO ESPIRITUAL

MATERIAL

Uma música para meditação, de aproximadamente três minutos.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, na qualidade de membros de uma Fraternidade


como a AMORC, o auxílio espiritual é parte integrante do trabalho
místico que deveríamos cumprir diariamente, em prol de todas as
pessoas que estejam precisando de auxílio. Para isso dispomos de
uma técnica de validade devidamente comprovada e que cada um de
nós pode aprender estudando a brochura intitulada “Liber 888”.
Entretanto, qualquer técnica só é eficiente se for objeto de constante
aplicação, pois o mero fato de se conhecer o método a ser seguido
para prestar um auxílio espiritual a outrem não é suficiente. Sem a
prática correspondente, esse conhecimento fica limitado a um saber
intelectual de muito pouca utilidade. Com relação a isso, é
importante lembrar que o rosacrucianismo é uma filosofia cujo valor
repousa essencialmente no bem que ela nos permite realizar em prol
dos nossos semelhantes.

Muitos são os rosacruzes que, diariamente, em seu Sanctum


pessoal ou qualquer outro local propício ao recolhimento e à
meditação, retiram-se por alguns minutos para se dedicar ao auxílio
espiritual. Depois de anos ou meses, cada qual elaborou um ritual
pessoal, com o único propósito de prestar ajuda diária a todos os que
sofrem física ou moralmente. Em nossa Ordem, o conjunto desses
membros constitui o que se denomina “Comissão Silenciosa”. Antes,
porém, de realizarmos o experimento de hoje, parece-nos
importante relembrar o que é essa Comissão e como ela opera para
levar a cabo sua ação. Desse modo os Fratres e Sorores avaliarão
melhor a importância e a amplitude desse trabalho místico.

Como sabem, um dos objetivos de nossa Ordem sempre foi o de


servir a todos os que estão passando por momentos de aflição. Não
podendo prestar esse serviço intervindo no plano puramente
material, ela o faz agindo no plano espiritual. Com esse fim, um
ritual específico é efetuado todos os dias no Templo da Grande Loja,
entre 08h00 e 08h15, horário oficial de Brasília. Esse ritual visa
acionar energias positivas de que se beneficiam todos os que
solicitaram o auxílio do Cósmico. Ele é realizado por uma comissão
denominada “Comissão de Auxílio Espiritual”. Essa comissão é
constituída majoritariamente por rosacruzes da Grande Loja e age
sob a autoridade do Grande Mestre. Além disso, sua ação situa-se no
nível do Sanctum Celestial e, por isto, está inteiramente colocada sob
os auspícios da Rosa-Cruz e dos Mestres de nossa Tradição.

A Comissão Silenciosa, por sua vez, é formada por todos os


membros que, em seus respectivos países, harmonizam-se
diariamente com a Comissão de Auxílio Espiritual e se associam
mentalmente ao ritual que se desenrola no Grande Templo. Embora
esse ritual seja realizado entre 08h00 e 08h15, horário de Brasília,
sua ação é efetiva nas vinte e quatro horas do dia, pois transcende os
limites de tempo e espaço. Portanto, se um membro da AMORC
desejar participar no trabalho da Comissão de Auxílio Espiritual,
poderá fazê-lo a qualquer momento do dia ou da noite. Para isso,
bastará que ele se retire a um local calmo, de preferência em seu
Sanctum pessoal, e disponha de alguns minutos de tranqüilidade. Na
verdade, Fratres e Sorores, não temos nenhuma desculpa se não nos
unimos o mais regularmente possível ao trabalho humanitário que
constitui o auxílio espiritual.

Para nos harmonizarmos com a Comissão de Auxílio Espiritual da


Grande Loja, o melhor meio consiste em seguirmos as instruções do
“Liber 777” e, quando tivermos atingido o plano de consciência
simbolizado pelo Sanctum Celestial, visualizarmos a Terra, dirigindo
para ela nossos melhores pensamentos. Fazendo isso, irradiamos no
espaço vibrações positivas que realizam sua obra em prol de todos os
que estejam sofrendo física ou moralmente, ou que estejam
precisando de algum tipo de auxílio. Graças à ação conjugada da
Comissão de Auxílio Espiritual e da Comissão Silenciosa, eles
recebem então um influxo cósmico que contribui para sua cura,
reconforta-os ou lhes dá a necessária inspiração para resolverem
seus problemas. Num plano mais geral, essa ação permite
igualmente elevar a consciência coletiva da humanidade e
neutralizar algumas formas que a maldade pode assumir em nosso
mundo.

Quando queremos auxiliar uma pessoa em particular, seja ela


membro ou não de nossa Ordem, temos duas possibilidades:
podemos escrever ou telefonar para a Grande Loja e pedir o auxílio
da Comissão de Auxílio Espiritual, ou podemos participar no
trabalho da Comissão Silenciosa com a intenção específica de servir
de ponte entre a pessoa em questão e a Comissão de Auxílio
Espiritual. Caso conheçamos bem essa pessoa, podemos visualizar
sua fisionomia durante todo o período do nosso contato cósmico e
imaginá-la envolta numa luz geradora de força, saúde e harmonia.
Naturalmente, nada se opõe a que combinemos a ação de ambas as
Comissões. Em outras palavras, nada nos impede de entregarmos o
caso dessa pessoa à Comissão de Auxílio Espiritual da Grande Loja,
enquanto também trabalhamos por ela em nome da Comissão
Silenciosa.

Na medida do possível, o ideal é que a pessoa a quem desejamos


ajudar, através da ação da Comissão de Auxílio Espiritual ou do
trabalho da Comissão Silenciosa, seja informada sobre o auxílio
metafísico que irá receber. Assim ela se harmonizará mais ou menos
conscientemente com o influxo espiritual que será dirigido para ela e
aproveitará bem mais a sua atuação. Sem dúvida, nem sempre é
possível dar essa informação, seja porque achamos que a pessoa não
conseguirá compreendê-la ou porque preferimos guardar silêncio a
respeito do auxílio que lhe queremos prestar. Nesse caso, a ação
combinada das duas Comissões realizará na pessoa, à sua revelia,
seu trabalho positivo, mas com resultados menos marcantes do que
se ela tivesse conhecimento dessa ação.

EXPERIMENTO

Feitas essas observações preliminares, vamos agora realizar um


experimento visando exatamente prestar um auxílio metafísico a
alguém que conhecemos e que esteja passando por momentos
difíceis, seja de que natureza for. Escolham, portanto, essa pessoa.
Pode tratar-se de alguém de sua família, um amigo, um vizinho ou
um conhecido, que esteja sofrendo uma provação física, moral ou
material.

(Pausa curta)

Tendo escolhido a pessoa, fechem os olhos e acomodem-se


confortavelmente, se possível com as costas bem eretas, as mãos
colocadas naturalmente sobre as pernas e o pés totalmente apoiados
no chão, ligeiramente afastados um do outro.

(Pausa curta)
Mantendo essa posição, façam, por alguns instantes, respirações
profundas. _______________

Pausa de cerca de 30 segundos

Fratres e Sorores, unamo-nos na invocação do Sanctum Celestial:

“Que a sublime essência do Cósmico se infunda em nosso ser e


nos purifique de todas as impurezas de corpo e mente, para que
possamos entrar no Sanctum Celestial e ali comungar com pureza e
dignidade.
Assim seja.”

Elevemo-nos às alturas simbólicas do Sanctum Celestial e ali


permaneçamos em paz.

Pausa de cerca de 30 segundos


Agora, visualizem com todo realismo possível a pessoa que precisa
do auxílio da Comissão de Auxílio Espiritual. Vejam mentalmente
sua fisionomia e imaginem que ela está sentada à sua frente, numa
atitude de perfeita receptividade.

Pausa de cerca de 30 segundos

Enquanto ela se encontra nesse estado de receptividade,


visualizem uma luz descendo lentamente do Cósmico e envolvendo-a
gradualmente.

Pausa de cerca de 30 segundos


À medida que a luz vai se condensando em torno dessa pessoa,
imaginem que todo o seu ser vai se impregnando de vibrações de
força, saúde, consolo e harmonia.

Pausa de cerca de 30 segundos

Se essa pessoa estiver doente, visualizem-na curada. Se estiver


sofrendo, vejam-na feliz e serena. Se tiver algum problema grave a
resolver, imaginem que ela já encontrou a solução.

Pausa de cerca de 30 segundos

Mantendo essa visualização, digam mentalmente, com toda


convicção:

“A lei cósmica se cumpriu em todo o seu ser. Está feito!”

Pausa de cerca de 30 segundos


Agora, tirem de sua mente a imagem dessa pessoa e coloquem-se
em estado de receptividade, para que o Cósmico possa agir também
em seu próprio ser e lhes conceder seu influxo benéfico. Se vós
mesmos sofreis com uma enfermidade ou se não vos sentis bem
fisica ou moralmente, sem dúvida sereis beneficiados por sua ação
em todos os planos.

Música (aprox. três minutos)

Fratres e Sorores, unamo-nos em invocação:

“Que o Cósmico santifique nosso contato com o Sanctum Celestial


e a Comissão de Auxílio Espiritual.
Assim Seja!”

(Pausa curta)

Voltem agora à consciência de seu corpo físico e do local em que se


encontram.

(Pausa curta)

O Mestre não realiza o fórum após este experimento

Fratres e Sorores, o trabalho que acabamos de efetuar deve


guardar todo seu impacto espiritual. Por isso ele não será seguido de
fórum. Apenas insistiremos no fato de que, sempre que quiserem
auxiliar uma pessoa, em nome da Comissão de Auxílio Espiritual e
da Comissão Silenciosa, poderão se basear no experimento de hoje,
pois ele constitui um ritual simples que pode ser feito a qualquer
hora do dia ou da noite. Naturalmente, cada um pode adaptá-lo à
sua personalidade, acrescentando-lhe outros elementos passíveis de
ajudá-lo a se harmonizar melhor com o Cósmico. Seja como for, na
medida em que estamos plenamente conscientes dos benefícios que
desse modo podemos levar a todos os que sofrem ou que necessitam
de algum amparo espiritual, nem um só dia deveria se passar sem
que tomássemos um tempo para participar no trabalho
empreendido diariamente pela Comissão Silenciosa de nossa
Ordem.
EXPERIMENTO Nº 17

SONS VOCÁLICOS

MATERIAL

A escaleta ou mini-teclado usado habitualmente pelo Cantor.

NOTA

Indica-se no experimento que o Cantor —(o Guardião no Pronaos)


dirige os membros na entoação dos sons vocálicos. Naturalmente,
também poderá ser a Cantora .
O Mestre deve escolher para o ritual uma série de sons vocálicos
tão diferentes quanto possível daqueles que são utilizados nesse
experimento (séries II e III).

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, os rosacruzes sempre deram grande


importância ao uso dos sons vocálicos, pois os benefícios produzidos
por sua entoação são múltiplos. Como o próprio nome indica, eles
são produzidos pela voz humana. Ou seja, não provêm de um
fenômeno natural, de um instrumento musical nem de qualquer
procedimento mecânico. Essa observação pode parecer óbvia, mas a
fizemos para destacar o fato de seu valor místico estar ligado, em
grande parte, aos órgãos fonadores que usamos para entoá-los. Com
relação a isso, podemos afirmar que nenhum som artificial, seja
instrumental ou de qualquer outra natureza, tem tanta influência no
corpo e na alma do que um som produzido pela voz humana. Isso se
explica pelo fato de que as vibrações que ela emite afetam
diretamente os aspectos físico, psíquico e espiritual do nosso ser. É
evidente, porém, que nem todos os sons vocálicos têm valor místico.
Se assim fosse, teríamos de admitir que tudo o que a voz humana é
capaz de emitir, desde os balbucios do bebê aos gritos de raiva do
adulto, tem uma conotação e um poder metafísicos. Haveria então
milhares de sons capazes de produzir efeitos místicos sobre nós, o
que não é verdade.

A Tradição rosacruz ensina que todo som vocálico de valor místico


encerra três elementos principais: a ideia-força que ele veicula, os
órgãos necessários para produzi-lo e a nota em que ele é entoado. É
no primeiro elemento que se encontra o poder potencial do som
vocálico. Na verdade, ainda que seja difícil entender
intelectualmente, os sons vocálicos contêm em essência um grande
poder, independentemente de serem entoados ou não. E assim é por
eles corresponderem a princípios e leis místicos. Pois bem, esses
princípios e leis acham-se eternamente inscritos nos níveis mais
elevados da consciência humana. Por isso, quando o rosacruz lê com
toda atenção um som vocálico, mesmo que apenas mentalmente, dá-
se uma ressonância específica entre ele e o Cósmico, sendo esta
tanto maior quanto mais ele conheça o significado exato daquilo que
está lendo. Podemos mesmo acrescentar que o mero fato de
visualizarmos a escrita ou a grafia de um som vocálico nos
harmoniza com sua idéia-força, isto é, com o princípio ou a lei
mística que ele representa.

O segundo elemento que encontramos nos sons vocálicos está


ligado aos órgãos fonadores que usamos para produzi-los. Na
verdade, os mecanismos acionados para entoá-los diferem em
função das consoantes e vogais que os compõem. Segundo o caso, as
modificações da cavidade bucal, os movimentos da língua, a posição
dos lábios, a oclusão ou constrição do canal bucal, não são os
mesmos e produzem sonoridades diferentes. É portanto fácil
compreender que grande parte de seu poder se acha na expressão
que a voz humana lhes dá. Por isso, é sempre preferível entoar os
sons vocálicos ou, pelo menos, pronunciá-los. Ninguém ignora que o
verbo humano, à imagem do Verbo divino, seja criador, pois a
palavra permite exprimir de maneira tangível uma idéia, que é
intangível. A melhor prova disso é que ela é o suporte principal da
comunicação entre os indivíduos e o meio mais fácil de eles criarem
laços entres si. Aplicada aos sons vocálicos, a palavra ou, mais
exatamente, a voz humana permite liberar seu poder potencial, isto
é, a idéia-força a que já nos referimos.

A nota em que os sons vocálicos devem ser entoados constitui o


terceiro elemento principal que devemos levar em conta quando
fazemos uso deles. É claro que eles não correspondem todos à
mesma nota musical. Com relação aos que usamos em nossa Ordem,
devemos salientar, porém, que esse não é o elemento de maior
importância. Em outras palavras, não é pelo fato de um som vocálico
não ser entoado exatamente na nota musical requerida que ele pode
perder suas propriedades místicas. Se, como se costuma dizer,
alguém for desafinado, não deve deduzir disso que não possa então
se beneficiar da entoação dos sons vocálicos. Nesse campo, o mais
importante continua sendo a idéia-força que eles veiculam, pois sua
natureza é metafísica e transcende a expressão sonora. De qualquer
modo, como já dissemos, é preferível entoá-los a plena voz.

EXPERIMENTO
Fratres e Sorores, proponho que efetuemos agora um experimento
com o objetivo de nos beneficiarmos da idéia-força transmitida pelos
sons vocálicos perpetuados por nossa Ordem, correspondendo essa
idéia-força a uma lei ou um princípio místico fundamental. Para
isso, peço que se acomodem confortavelmente, se possível com as
costas bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as pernas
e os pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados um do
outro.

(Pausa curta)

Mantendo essa posição, fechem os olhos e, por alguns instantes,


façam respirações profundas. _____________________

Pausa de cerca de 30 segundos

Fratres e Sorores, começaremos esse experimento pelo som MA.


Este som nos coloca em harmonia com o magnetismo terrestre, isto
é, com a energia vibratória que a Terra emite como planeta. Ao
entoá-lo nos beneficiamos dos efeitos específicos dessa energia, que
em geral se traduz por uma impressão de relaxamento e uma
sensação de regeneração física.

O som MA é entoado em Lá natural acima do Dó central. Vamos


entoá-lo sete vezes, conduzidos pelo Cantor —(Guardião, no
Pronaos). Enquanto o entoam, visualizem que ele está atraindo em
sua direção o magnetismo terrestre e o expandindo no interior de
todo o seu ser. Em seguida, ficaremos por alguns instantes em
estado de receptividade, a fim de observarmos os efeitos obtidos.

O Mestre, dirigindo-se ao Cantor (Guardião):

Digno Cantor —(Guardião)— queira entoar sozinho, uma vez, o


som MA. Depois nós o entoaremos, em uníssono, sete vezes, sob sua
direção.
O Cantor (Guardião) entoa o som MA uma vez, com o auxílio da
escaleta ou mini-teclado e em seguida diz aos membros:

Pela primeira vez, inspirar ............................................................... MMAAaa


Pela segunda vez, inspirar................................................................ MMAAaa
Pela terceira vez, inspirar................................................................. MMAAaa
Pela quarta vez inspirar ................................................................... MMAAaa
Pela quinta vez, inspirar .................................................................. MMAAaa
Pela sexta vez, inspirar ..................................................................... MMAAaa
Pela sétima vez, inspirar .................................................................. MMAAaa

Pausa de cerca de 30 segundos

Se algum dos Fratres e Sorores quiser comentar as impressões que


sentiu nesse experimento, poderá fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Procederemos agora da mesma maneira com o som RA. Este som


é particularmente eficaz para nos harmonizar com a irradiação solar
e, mais importante ainda, com a essência cósmica que ela transmite.
A entoação deste som nos permite harmonizar com a energia vital e
psíquica que emana constantemente do Sol, mesmo quando este está
oculto aos nossos olhos.

O som RA é entoado em Lá acima do Dó central. Ao entoá-lo junto


com o Cantor —(Guardião)— façam-no, novamente, a plena voz e
imaginem que todo o seu ser se impregna da vitalidade e da essência
cósmica que o Sol irradia continuamente para a Terra.
O Mestre, dirigindo-se ao Cantor (Guardião):

Digno Cantor —(Guardião)— queira entoar sozinho, uma vez, o


som RA. Depois nós o entoaremos, em uníssono, sete vezes, sob sua
direção.

O Cantor (Guardião) entoa o som RA uma vez, com o auxílio da


escaleta ou mini-teclado e em seguida diz aos membros:

Pela primeira vez, inspirar ................................................................. RRAAaa


Pela segunda vez, inspirar.................................................................. RRAAaa
Pela terceira vez, inspirar................................................................... RRAAaa
Pela quarta vez inspirar ..................................................................... RRAAaa
Pela quinta vez, inspirar .................................................................... RRAAaa
Pela sexta vez, inspirar ....................................................................... RRAAaa
Pela sétima vez, inspirar .................................................................... RRAAaa

Pausa de aprox. trinta segundos

Se algum dos Fratres e Sorores quiser comentar as impressões que


sentiu nesse experimento, poderá fazê-lo agora.
Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)
Para nossa terceira entoação, utilizaremos o som OM. Do ponto de
vista rosacruz, esse som é o mais poderoso e o mais sagrado de
todos, pois representa a Onipotência, a Onisciência e a Inteligência
divina. Os efeitos que ele produz no ser humano são múltiplos, uma
vez que estimula simultaneamente as funções físicas, psíquicas e
espirituais de seu ser.

O som OM é geralmente entoado em Ré abaixo do Dó central. Mas


como essa nota é muito grave, nós o entoaremos em Ré acima do dó
central. Guiados pelo Cantor —(Guardião)— entoaremos esse som
sete vezes, em uníssono. Ao entoá-lo, sintam-se em unidade com o
Infinito cósmico e imaginem que todo o seu ser se funde na
Onipresença divina.

O Mestre, dirigindo-se ao Cantor (Guardião):

Digno Cantor —(Guardião)— queira entoar sozinho, uma vez, o


som OM. Em seguida nós o entoaremos, em uníssono, sete vezes,
sob sua direção.

O Cantor (Guardião) entoa o som OM uma vez, com o auxílio da


escaleta ou mini-teclado e em seguida diz aos membros:

Pela primeira vez, inspirar ............................................................ OOMMmm


Pela segunda vez, inspirar............................................................. OOMMmm
Pela terceira vez, inspirar.............................................................. OOMMmm
Pela quarta vez inspirar ................................................................ OOMMmm
Pela quinta vez, inspirar ............................................................... OOMMmm
Pela sexta vez, inspirar .................................................................. OOMMmm
Pela sétima vez, inspirar ............................................................... OOMMmm

Pausa de aprox. trinta segundos

Se algum dos Fratres e Sorores quiser comentar as impressões


que sentiu nesse experimento, poderá fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)


Para encerrar o experimento deste dia, entoaremos, em uníssono e
mentalmente, ou o som MA ou o som RA ou o som OM, podendo
cada qual escolher um deles, à sua vontade. Dessa maneira,
criaremos neste Templo uma combinação dos seus respectivos
efeitos e assim nos beneficiaremos tanto no aspecto individual como
no coletivo.

Ao entoarem mentalmente o som que escolherem, procurem se


concentrar na idéia-força que ele veicula e sobre a qual falamos
antes. Avisamos que essa entoação não será seguida de fórum, a fim
de conservar seu caráter puramente místico.

Comecemos.

Entoação mental coletiva (aprox. dois minutos)

O Mestre não realiza o Fórum depois desse experimento

Fratres e Sorores, originalmente, a entoação dos sons vocálicos era


uma prática fundamental em todas as religiões. Correspondia então
a um processo místico, encontrado tanto no Judaísmo como no
Cristianismo, no Hinduísmo, no Budismo ou no Islamismo.
Infelizmente, essa prática foi deturpada ou negligenciada ao longo
dos séculos e, hoje, subsiste quando muito em forma de salmos, isto
é, de cânticos litúrgicos. Por ser uma Ordem tradicional, a Antiga e
Mística Ordem Rosae Crucis conservou o conhecimento dos sons
vocálicos e perpetua seu uso místico em seus ensinamentos. Não
temos, portanto, nenhuma desculpa para nos privarmos dos efeitos
físicos, psíquicos e espirituais que eles produzem quando entoados
regularmente.
EXPERIMENTO Nº 18

TERAPIA POR SONS VOCÁLICOS

MATERIAL

A escaleta ou mini-teclado usado habitualmente pelo Cantor.

NOTA

Indica-se no experimento que o Cantor —(o Guardião no Pronaos)


dirige os membros na entoação dos sons vocálicos. Naturalmente,
também poderá ser a Cantora .
O Mestre deve escolher para o ritual uma série de sons vocálicos
tão diferentes quanto possível daqueles que são utilizados nesse
experimento (série I).
INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, nossa Ordem sempre dedicou muita atenção à


questão da saúde, pois esta é uma condição fundamental para a vida
feliz e harmoniosa a que todo ser humano aspira. É isso que explica
por que os ensinamentos rosacruzes contêm todo um Grau
consagrado à cura, a saber, o sexto Grau. Esse Grau aborda os
métodos que os rosacruzes empregam há séculos para tratar e curar
diversas enfermidades das quais podemos padecer. Posto que, em
sua maioria, devem-se elas a um desequilíbrio entre as polaridades
negativa e positiva da Força vital, a terapêutica rosacruz tem como
objetivo neutralizar esse desequilíbrio, na medida em que ele se
produza num órgão ou em todo o nosso corpo. De que forma?
Aplicando-se um tratamento negativo ou positivo, conforme o caso.

Independentemente dos tratamentos ensinados no sexto Grau, os


rosacruzes utilizam ainda um outro método para se manterem em
boa saúde e para a cura. Trata-se da terapia por sons vocálicos.
Como o próprio nome indica, esse método baseia-se no uso de sons
vocálicos, na forma como são perpetuados em nossa Ordem.
Conforme explicado no sétimo Grau, cada som vocálico produz
efeitos físicos, psíquicos e espirituais específicos, não somente sobre
nós mesmos, mas igualmente no ambiente que nos cerca. É fácil
portanto compreender que eles podem ser utilizados com o objetivo
específico de agir sobre algum órgão ou alguma função do nosso
corpo físico. Em grau menor, também a música pode ter virtudes
terapêuticas, o que justifica o uso da musicoterapia. Entretanto,
deve-se ter muito cuidado nesse campo, porque ninguém deveria se
improvisar de musicoterapeuta, como infelizmente o fazem alguns
indivíduos inescrupulosos. Do mesmo modo, não basta o indivíduo
se dizer curador para que efetivamente o seja.

De acordo com as explicações precedentes, a terapia por sons


vocálicos está baseada na entoação do som vocálico correspondente
ao problema ou à doença que se deseja curar. Por exemplo, uma
pessoa que sofre de hipertensão pode obter bons resultados
entoando regularmente o som MEH – (pronuncia-se “mé”) – pois
este som tem como efeito precisamente diminuir o ritmo cardíaco.
Outro exemplo: a entoação do som EHR – (pronuncia-se “êr”) – é
muito eficaz em caso de problemas digestivos. É evidente, porém,
que não podemos curar todas as doenças limitando-nos a entoar os
sons vocálicos apropriados e nem apenas aplicando os tratamentos
apresentados no sexto Grau. Quanto a isso, é importante
compreender que os métodos ensinados em nossa Ordem em
matéria de cura não constituem substitutos da medicina oficial.
Devemos, antes, considerá-los como um complemento, um aliado,
por sinal muito eficiente, mas que também tem suas próprias
limitações.

Por motivos óbvios, a terapia por sons vocálicos baseia-se nas


vibrações produzidas pela entoação dos sons vocálicos empregados,
agindo essas vibrações direta ou indiretamente nos órgãos ou nas
funções correspondentes. A experiência, contudo, prova que podem-
se obter bons resultados entoando-os em voz baixa ou mesmo
mentalmente. Por quê? Simplesmente porque o fato de nos
concentrarmos neles aciona sua idéia-força caraterística e dá vida
aos seus efeitos terapêuticos. Isso naturalmente implica conhecer
esses efeitos, que estão detalhadamente definidos no sétimo Grau.
Assim sendo, a eficácia da terapia por sons vocálicos reside não
somente no poder intrínseco dos sons utilizados, mas também no de
nossa própria mente. Nem poderia ser de outra forma, pois é
inegável que o pensamento desempenha um papel importantíssimo
em qualquer processo de cura.

Fratres e Sorores, a terapia por sons vocálicos não deve ser


empregada unicamente visando curar enfermidades. Podemos
igualmente utilizá-la como recurso de prevenção, ou seja, para nos
mantermos em boa saúde. É exatamente esse princípio que vamos
experimentar hoje.

EXPERIMENTO

Primeiro, acomodem-se confortavelmente, se possível com as


costas bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as pernas
e os pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados um do
outro.
(Pausa curta)
Mantendo essa posição, fechem os olhos e, por alguns instantes,
façam respirações profundas. _______________

Pausa de cerca de 30 segundos

Para dar início ao nosso experimento, empregaremos a terapia por


sons vocálicos visando purificar e regenerar os compostos líquidos
do nosso corpo, especialmente o sangue e a linfa. Para isso,
utilizaremos o som EH – (pronuncia-se “ê”) – que é entoado em Dó
central. O Cantor – (Guardião, no Pronaos) – o entoará primeiro,
uma vez. Depois, sob sua direção, nós o entoaremos sete vezes, em
uníssono, concentrando-nos em seu poder de purificação e
regeneração. Depois de entoá-lo, ficaremos alguns instantes em
estado de receptividade, a fim de observarmos os efeitos obtidos.

Comecemos.

O Cantor (Guardião) entoa o som EH uma vez, com o auxílio da


escaleta ou mini-teclado e em seguida, diz aos membros:

Pela primeira vez, inspirar .................................................................... ÊÊêêê


Pela segunda vez, inspirar..................................................................... ÊÊêêê
Pela terceira vez, inspirar...................................................................... ÊÊêêê
Pela quarta vez, inspirar ....................................................................... ÊÊêêê
Pela quinta vez, inspirar ....................................................................... ÊÊêêê
Pela sexta vez, inspirar .......................................................................... ÊÊêêê
Pela sétima vez, inspirar ....................................................................... ÊÊêêê

Pausa de aprox. trinta segundos


Se algum dos Fratres e Sorores quiser comentar as impressões que
sentiu durante ou após as entoações do som EH, poderá fazê-lo
agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Prosseguiremos com o nosso experimento e agiremos agora sobre


todas as células do nosso corpo, a fim de estimular a atividade que
lhes é própria e, desse modo, torná-las mais dinâmicas.
Empregaremos para isso o som THA – (pronuncia-se “ZÁ”) – que é
entoado em Lá natural. Depois que o Cantor – (ou o Guardião) – o
tiver entoado uma vez, nós o entoaremos sete vezes, em uníssono,
concentrando-nos em seu poder de estimulação.

Comecemos.

O Cantor (Guardião) entoa o som THA uma vez, com o auxílio da


escaleta ou mini-teclado e em seguida, diz aos membros:

Pela primeira vez, inspirar ................................................................. ZZAAaa


Pela segunda vez, inspirar.................................................................. ZZAAaa
Pela terceira vez, inspirar................................................................... ZZAAaa
Pela quarta vez, inspirar .................................................................... ZZAAaa
Pela quinta vez, inspirar .................................................................... ZZAAaa
Pela sexta vez, inspirar ....................................................................... ZZAAaa
Pela sétima vez, inspirar .................................................................... ZZAAaa

Pausa de aprox. trinta segundos


Se algum dos Fratres e Sorores quiser comentar as impressões que
sentiu durante ou após as entoações do som THA, poderá fazê-lo
agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Vamos agora harmonizar as funções físicas, psíquicas e espirituais


do nosso ser. É evidente que nossa saúde depende em grande parte
da harmonia que reina entre essas funções. Para esse efeito,
utilizaremos o som AUM, que, conduzidos pelo Cantor – (ou pelo
Guardião) – entoaremos sete vezes, em uníssono, em Ré acima do
Dó central.

O Cantor (Guardião) entoa o som AUM uma vez, com o auxílio da


escaleta ou mini-teclado e em seguida, diz aos membros:

Pela primeira vez, inspirar ....................................................... AAUUMMmm


Pela segunda vez, inspirar........................................................ AAUUMMmm
Pela terceira vez, inspirar......................................................... AAUUMMmm
Pela quarta vez, inspirar .......................................................... AAUUMMmm
Pela quinta vez, inspirar .......................................................... AAUUMMmm
Pela sexta vez, inspirar ............................................................. AAUUMMmm
Pela sétima vez, inspirar .......................................................... AAUUMMmm
Pausa de aprox. trinta segundos

Se algum dos Fratres e Sorores quiser comentar as impressões que


sentiu durante ou após as entoações do som AUM, poderá fazê-lo
agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)


Para encerrar o experimento desta ocasião, efetuaremos um
exercício especial. Como sabem, muitos de nossos irmãos humanos
sofrem de diversos males, a maioria devido a doenças. Durante os
próximos minutos, dirigiremos para eles vibrações tranqüilizadoras.
Para isso, empregaremos o som KHEI, cujo efeito é exatamente o de
abrandar os sofrimentos. É, aliás, por esse motivo, que os essênios o
utilizavam prioritariamente em seus métodos de cura.

Depois que o Cantor —(ou o Guardião)— tiver entoado uma vez o


som KHEI, em Mi acima do Dó central, nós o entoaremos sete vezes,
em uníssono. Ao entoá-lo, concentrem-se na idéia de que a entoação
desse som lança no espaço vibrações que abrandam e aliviam os que
sofrem. Avisamos que esse experimento não será seguido de fórum,
a fim de conservar seu caráter puramente místico.

O Cantor (Guardião) entoa o som KHEI uma vez, com o auxílio da


escaleta ou mini-teclado e em seguida, diz aos membros:

Pela primeira vez, inspirar ............................................................... KHÊÊIIii


Pela segunda vez, inspirar................................................................ KHÊÊIIii
Pela terceira vez, inspirar................................................................. KHÊÊIIii
Pela quarta vez, inspirar .................................................................. KHÊÊIIii
Pela quinta vez, inspirar .................................................................. KHÊÊIIii
Pela sexta vez, inspirar ..................................................................... KHÊÊIIii
Pela sétima vez, inspirar .................................................................. KHÊÊIIii

Pausa de aprox. trinta segundos

O Mestre não realiza o Fórum após esse experimento

Fratres e Sorores, como demonstra o experimento que fizemos


hoje, a aplicação dos sons vocálicos perpetuados em nossa Ordem é
múltipla. Quando empregados no campo específico da terapia, eles
podem ajudar na cura de enfermidades e abrandar os sofrimentos
que elas causam ou, melhor ainda, preveni-las. Nesse sentido
constituem um método privilegiado para a manutenção da boa
saúde. Mas nisso como em tudo o mais que concerne nossos
ensinamentos, é na prática que residem seu valor e sua eficácia.
Portanto, é nosso dever agir em consonância com esses
ensinamentos, a fim de que o conhecimento que a Ordem nos
dispensa contribua efetivamente para o nosso próprio bem-estar e o
dos nossos semelhantes.

EXPERIMENTO Nº 19

HARMONIZAÇÃO COM OS QUATRO PRINCÍPIOS

MATERIAL

Música para aproximadamente três minutos, para o final do


experimento.

NOTA

O Mestre deve escolher para o ritual uma série de sons vocálicos


tão diferentes quanto possível daqueles que são utilizados nesse
experimento (série I).
INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, ao considerarmos a constituição do nosso


planeta, constatamos que ela é uma combinação de quatro
princípios – terra, ar, água e fogo. Evidentemente, o solo em que
pisamos é feito de todos os materiais sólidos que constituem a crosta
terrestre. A atmosfera que envolve a terra é uma realidade físico-
química que os cientistas estão conhecendo cada vez melhor. Dois
terços do nosso globo são formados por mares e oceanos, e lagoas,
lagos e rios estão presentes em todos os continentes. Quanto ao fogo,
manifesta-se através do Sol, mas também pelo magma em fusão, que
ferve no próprio interior do nosso planeta. Assim, tudo o que se acha
acima, na superfície, ou embaixo do solo, está submetido a duas
grandes fontes de calor, sendo uma nitidamente perceptível e, a
outra, bem menos. Tanto do ponto de vista científico como do
místico, todos os seres vivos que povoam a Terra devem sua
existência à combinação de terra, ar, água e fogo, pois é nessa
combinação que residem os germes da vida.

Seguramente, não podemos jamais esquecer que nosso próprio


planeta é um ser vivo. De fato, por ser algo vivo é que a Terra pode
gerar e sustentar a vida. Por ignorância ou por interesses, os homens
foram aos poucos esquecendo essa verdade elementar. Crendo-se
investidos em todos os poderes eles a desvirtuaram e a submeteram
a toda espécie de males. O resultado desse comportamento
irresponsável tornou-se agora preocupante. Claro que não se pode
negar que muitas pessoas já tomaram consciência desse problema e
estão se esforçando para remediá-lo. Contudo, a vontade de agir
dessas pessoas ainda sofre forte oposição dos egoísmos individuais e
coletivos. No entanto, se nada for feito para preservar nosso meio
ambiente, grande parte da humanidade vai desaparecer a um prazo
mais ou menos longo . Entre os reinos existentes atualmente na
superfície da Terra, a espécie humana pertence ao que surgiu por
último. Em outras palavras, ele é tão somente o desabrochar de uma
evolução natural e não passa de um elo na corrente da vida terrestre.
E é o mais frágil de todos. É por isso que, no caso de um cataclismo
planetário, ele seria o primeiro a desaparecer, antes que os outros
animais, os vegetais e os minerais.
É muito importante que se compreenda bem que a Evolução
cósmica opera numa esfera universal. Isso significa que a Terra
constitui apenas um dos suportes dessa Evolução. Por conseguinte,
se ela se tornasse inóspita, no sentido próprio do termo, a
Inteligência divina escolheria um outro veículo para a Alma coletiva
da humanidade. A esse respeito, pesquisas científicas deixam supor
que Marte teria abrigado vida num passado distante e que Vênus
estaria pronta para fazê-lo num futuro impossível de se determinar.
Seja como for, não resta dúvida de que outros planetas de nossa
galáxia e do universo são capazes de acolher as personalidades-alma
encarnadas atualmente em nosso globo. Voltando ao ponto de nossa
análise, a Terra é uma síntese das mais elevadas leis cósmicas e
constitui verdadeiramente uma obra-prima da Criação. Devemos
pois preservar sua beleza para as futuras gerações e considerá-la
como um presente precioso. Se assim não o fizermos, a humanidade
terá fracassado na sua missão cósmica e carregará por muito tempo
a responsabilidade cármica desse fracasso, com todas as
conseqüências decorrentes para sua evolução futura.

De acordo com o adágio hermético “Assim como em cima, é em


baixo”, o homem é um microcosmo da natureza. Como tal ele
também é uma síntese dos quatro princípios. De fato, seu corpo é
constituído pelos elementos minerais que se encontram na terra,
sendo os mesmos levados a ele pelo alimento que ele absorve. Ele
precisa respirar continuamente a fim de extrair do ar o oxigênio e a
essência cósmica necessários à sua vitalidade física e psíquica. 70%
de seu organismo são compostos de água, 90% dos quais contidos no
sangue. É por isso que não podemos sobreviver mais que uns poucos
dias sem beber água. Por último, nosso metabolismo produz um
calor constante em todas as células e em todos os órgãos do nosso
ser, sendo esse calor uma manifestação da vida que nos anima. Por
oposição, a morte de um ser vivo se traduz num resfriamento do
organismo e este é conseqüência da cessação das funções vitais.
Depois disso, ele se decompõe gradualmente e, como diz a maioria
dos textos sagrados, „retorna ao pó”.

O experimento que faremos a seguir visa nos harmonizar com a


terra, o ar, a água e o fogo, tal como se manifestam em nós e à nossa
volta. Dessa maneira ficaremos em ressonância com a natureza
vibratória desses quatro princípios e nos beneficiaremos
momentaneamente dos efeitos que eles exercem continuamente em
nossos corpos físico e psíquico.
EXPERIMENTO

Queiram se acomodar confortavelmente, se possível com as costas


bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as pernas e os
pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados um do
outro.

(Pausa curta)

Mantendo essa posição, fechem os olhos e, por alguns instantes,


efetuem respirações profundas. ______________

Pausa de cerca de 30 segundos


Voltem agora ao ritmo normal da respiração e concentrem-se nos
ossos de seu esqueleto, seus músculos, seus tecidos e seus órgãos,
pensando neles como substâncias saídas da terra. Durante essa
concentração, entoem mentalmente o som MA.

Pausa de cerca de 1 minuto

Concentrem-se agora no ritmo de sua respiração e no vaivém


contínuo do ar em seus pulmões. Durante essa concentração,
entoem mentalmente o som EHM.

Pausa de cerca de 1 minuto

Imaginem agora que estão dentro de uma célula sanguínea e a


visualizem como uma esfera avermelhada, composta em sua maior
parte de água e mantida pelo influxo eletromagnético que se exerce
continuamente entre o núcleo e sua membrana externa. Durante
essa visualização, entoem mentalmente o som MEH.

Pausa de cerca de 1 minuto

Agora, concentrem todo o calor do seu corpo no nível da glândula


pituitária, que se situa no centro da cabeça, na altura da raiz do
nariz. Vejam essa glândula como uma pequena bola de fogo que não
queima e a partir da qual se irradia uma luz tranqüilizante e
regeneradora. Durante essa visualização, entoem mentalmente o
som RA.

Pausa de cerca de 1 minuto


Se algum dos Fratres e Sorores quiser comentar as impressões que
sentiu nesse experimento, poderá fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum

Fratres e Sorores, depois de termos nos harmonizado com a


presença em nós da terra, do ar, da água e do fogo, vamos agora nos
harmonizar com sua expressão macrocósmica, ou seja, com a
dimensão que esses quatro princípios apresentam na natureza.
Dessa forma, nosso experimento será completo e trará benefícios a
todos os planos do nosso ser. Avisamos que esse experimento não
será seguido de fórum, a fim de conservar seu caráter puramente
místico.

Sentem-se da mesma forma que antes, fechem os olhos e, por


alguns instantes, efetuem respirações profundas. _____________

Pausa de cerca de 30 segundos


Agora, imaginem-se sentados numa praia, a alguns metros da
água. Contemplem a extensão da areia que os cerca e pensem na
história do nosso planeta, desde a época em que ele era apenas uma
bola de gás girando no espaço até o aparecimento dos continentes e
a emergência das terras.

Pausa de cerca de 1 minuto

Dirijam então o olhar para longe, onde o céu e o mar se


encontram. Uma brisa suave, vinda do alto mar, acaricia seu rosto e
lhe dá o poder vivificante do ar. Seus olhos se fecham, levando-os a
sentir quanto esse princípio transporta em si o sopro da vida.

Pausa de cerca de 1 minuto

Olhem para o mar. Ele está calmo e de um azul límpido. Em suas


profundezas, a vida apareceu há milhões de anos, dando nascimento
a todas as criaturas que povoam nosso planeta. Enquanto assim o
contemplam, avaliem o poder e a beleza dessa extensão de água.

Pausa de cerca de 1 minuto


O olhar perdido na distância depara-se com o Sol, que começa a
declinar lentamente no horizonte. Ele sempre foi a manifestação
natural do fogo. Nessa qualidade ele fornece calor e luz à nossa
Terra. Pensando nisso, a sensação de um poder regenerador
impregna todo o seu ser. —(Pausa curta)—. Entreguem-se agora à
comunhão cósmica.

Comunhão cósmica (aprox. três minutos de música)

O Mestre encerra o experimento dizendo:


Todo o nosso ser está fortalecido pela terra, vivificado pelo ar,
purificado pela água e regenerado pelo fogo. Assim seja!

Pausa curta

Fratres e Sorores, a terra, o ar, a água e o fogo adquiriram enorme importância


no estudo do misticismo porque os homens sábios que nos precederam sabiam que eles
são a base da Criação e que a existência de todos os seres vivos depende deles. É
importante ter sempre em mente que o homem é um reflexo microcósmico do
macrocosmo. Nessa qualidade ele é regido pelas mesmas leis que regulam os corpos
celestes e a própria Terra. Isso significa que todo ser humano é uma combinação
química e alquímica dos quatro princípios da natureza. Por isso, sugerimos que os
Fratres e Sorores repitam o mais regularmente possível o experimento que acabamos
de efetuar. Isso lhes permitirá não apenas se harmonizar com a expressão natural dos
quatro princípios, como também entrar em ressonância com a influência que eles
exercem nas funções físicas e psíquicas do seu ser.

EXPERIMENTO Nº 20

VIBROTURGIA

MATERIAL

Uma cadeira suplementar, colocada no Oeste do Templo de frente


para o Leste.

Antes do ritual de convocação, o Mestre ou alguém designado por


ele deve pedir a três membros para lhe emprestarem um objeto
pessoal (anel, corrente de pescoço ou de punho, relógio, etc.) que
estejam usando, cuidando que esses objetos não dêem nenhuma
indicação do sexo dessas pessoas. Depois de anotar qual objeto
pertence a qual membro, o Mestre os colocará numa caixa que
deverá ser posta em seu atril, no Leste do Templo.
NOTA
Uma vez que o objetivo desse experimento é praticar a vibroturgia,
a fim de determinar a qual Frater ou Soror pertence cada um dos
objetos, o Mestre deve avisar aos três membros que os emprestaram
para serem discretos e não comentarem nada sobre isso com os
outros. É importante também informá-los que lhes será pedido para
confirmarem se as impressões sentidas pelos voluntários, que
segurarão nas mãos esses objetos, são verdadeiras ou não. É claro
que esses três membros não poderão se apresentar como voluntários
no experimento.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, hoje vamos realizar um experimento de


vibroturgia. Mas primeiro, parece-nos útil recordar sumariamente
em que consiste essa faculdade e como ela funciona. Conforme
ensinado nas monografias de nossa Ordem, todas as formas de
matéria se impregnam com as vibrações emitidas pelos seres vivos
com os quais estão em contato. É por isso que toda casa ou
apartamento possui um ambiente geral que reflete o estado de
espírito e a maneira de viver de seus ocupantes. Certamente já lhes
deve ter ocorrido entrar em alguma residência e,
independentemente do mobiliário ou da decoração, sentirem-se bem
ou mal dentro dela. Muitos são os exemplos que provam que lugares
que foram habitados são afetados pela natureza física, mental,
emocional e espiritual dos indivíduos que neles vivem ou viveram.
Uma pessoa cuja sensibilidade psíquica seja suficientemente
desenvolvida pode definir a natureza das personalidades que moram
ou moraram numa determinada residência, simplesmente ficando
receptiva às vibrações que emanam das paredes, dos móveis e dos
objetos. Assim, sem nada conhecer dos seus ocupantes, o sensitivo é
capaz de dizer se eles são ou foram pessoas pacíficas, místicas e
refinadas ou, ao contrário, agressivas, pouco evoluídas e grosseiras.
Algumas vezes, a sensibilidade psíquica do indivíduo é tão
desenvolvida que ele consegue perceber até mesmo acontecimentos
que ocorreram em certos locais. Por exemplo, algumas pessoas, ao
visitarem castelos, fortalezas, cidadelas ou qualquer outro sítio que
tenha sido palco de acontecimentos particularmente marcantes,
reviveram interiormente as cenas que ali se desenrolaram. Em
muitos casos, ao se comparar esses relatos com a história desses
locais, confirmou-se o fundamento das impressões recebidas.

Para os místicos, não há dúvida de que as habitações de qualquer


natureza estão impregnadas das impressões emitidas pelas pessoas
que nelas vivem ou viveram. Não é por acaso, aliás, que às vezes
fazemos referência à “alma” de certos locais ou à “memória” das
pedras. Isso se explica pelo fato de nossos pensamentos afetarem
continuamente nosso ambiente material. É em virtude dessa lei que
os rosacruzes nunca estabeleceram uma diferença essencial entre a
matéria e a consciência. Consideram eles que uma e outra
constituem as duas fases complementares do Divino e que elas se
diferenciam apenas por sua capacidade de manifestar um número
maior ou menor dos atributos da Consciência cósmica.

De modo geral, a vibroturgia é a faculdade que consiste em se


harmonizar com a “memória” de um lugar ou de um objeto. O único
meio de realizarmos essa harmonização consiste em ficarmos
receptivo às vibrações que emanam deles. Quando conseguimos isso,
essas vibrações afetam nossa sensibilidade psíquica e produzem em
nós impressões referentes às pessoas que estiveram durante muito
tempo em contato com esse lugar ou objeto. É óbvio que tal
habilidade exige longa prática antes de ser verdadeiramente eficaz,
pois é muito raro uma pessoa ser bem sucedida nesse campo sem
um longo preparo. A mesma coisa é válida para todas as faculdades
latentes que possuímos e que podemos despertar.

A menos que tenhamos uma sensibilidade particularmente bem


desenvolvida, para obtermos bons resultados é necessário tocarmos
o suporte material que submetemos a um experimento de
vibroturgia. Como sabem, os três primeiros dedos de nossas mãos
contêm as terminações nervosas dos nervos radiais. Esses nervos
percorrem os braços e terminam num gânglio cervical que está em
relação direta com as glândulas pineal e pituitária. Essas duas
glândulas, além de suas funções fisiológicas, são a sede de uma
atividade psíquica muito importante. Com efeito, elas mantêm
constantes trocas com o hipotálamo, cujo papel, entre outros, é
exatamente o de interpretar as vibrações sutis que emanam de
objetos que tocamos ou de lugares com que entramos em contato
direto.
Uma questão que se pode levantar é o porquê de não recebermos
sistematicamente impressões vibrotúrgicas, sempre que tocamos um
objeto. Em primeiro lugar, salientamos que somente as vibrações
psíquicas irradiadas por uma coisa é que são transmitidas pelos
nervos radiais. Isso significa que as vibrações “materiais” das coisas
que tocamos não podem provocar percepções extra-sensoriais. Elas
se limitam a dar origem às diversas impressões sensoriais que
experimentamos comumente. Em segundo lugar, é óbvio que, se a
atividade psíquica das nossas glândulas pineal e pituitária for
insuficiente, elas serão incapazes de retransmitir para o hipotálamo
as vibrações sutis que receberam por intermédio dos nervos radiais.
Em outras palavras, as vibrações sutis chegam muito bem até essas
duas glândulas, mas depois não chegam a ser submetidas às funções
do hipotálamo e, por isto, não se tornam objeto de interpretação em
nossa consciência. É por isso que os ensinamentos insistem tantas
vezes na importância do desenvolvimento dos centros psíquicos.

Estas explicações sumárias são suficientes para que todos


compreendam que a vibroturgia não tem nada a ver com um tipo de
prática oculta ou mágica baseada em fenômenos do tipo miraculoso.
Seu fundamento repousa simplesmente no fato de todos os objetos
pertencentes a uma pessoa ou portados por tempo suficientemente
longo por ela carregarem-se com seu magnetismo. Ao pegarmos um
desses objetos entre os três primeiros dedos das mãos, esse
magnetismo se propaga em forma de vibrações ao longo dos nervos
radiais, percorrendo nossos braços e chegando até as glândulas
pineal e pituitária. Conforme nossa sensibilidade psíquica, os
estímulos criados nesses dois centros psíquicos são transmitidos ao
hipotálamo, que os interpreta em termos de impressões
compreensíveis para nossa consciência.

EXPERIMENTO

Passaremos agora ao experimento de vibroturgia. Tenho comigo


três objetos que três pessoas aqui presentes nos emprestaram, antes
desta Convocação. – (O Mestre pega a caixa onde foram colocados
os objetos) –. O objetivo desse experimento é que uma pessoa
voluntária, segurando um desses objetos, tente perceber o máximo
de impressões referentes ao Frater ou à Soror a quem ele pertence,
talvez até mesmo ao ponto de poder identificar a pessoa. Em
seguida, verificaremos se essas impressões têm fundamento ou não.
O Mestre, dirigindo-se aos membros:

O Frater ou a Soror que quiser participar como voluntário nesse


experimento, queira se levantar.

O Mestre, dirigindo-se ao Guardião Interno (Guardião, no Pronaos):

Digno Guardião, queira acompanhar nosso Frater – (ou nossa


Soror) – até a cadeira situada no Oeste deste Templo. Em seguida,
venha pegar um desses três objetos que deverá ser entregue a ele –
(ou a ela) –. Isso feito, retorne à sua estação.

O Mestre, dirigindo-se ao voluntário


após o retorno do Guardião (Interno) à sua estação:

Frater – (ou Soror) – queira pegar esse objeto entre os três


primeiros dedos de cada mão e fechar os olhos. Procure relaxar o
máximo possível e ficar receptivo(a) a todas as impressões que possa
receber. Durante essa fase de receptividade, é possível que o Frater –
(ou a Soror)– perceba a fisionomia do Frater ou da Soror a quem ele
pertence ou um acontecimento particular ligado à vida dele ou dela,
vozes diversas, etc. Pode ser também que experimente um
sentimento de alegria ou de tristeza, uma apreensão, uma
premonição ou qualquer outra emoção marcante. Procure guardar
essas impressões, para relatá-las depois.

O Mestre, dirigindo-se a todos os membros:

Enquanto nosso Frater – (ou nossa Soror) – estiver em


receptividade, devemos procurar fazer com que nossos pensamentos
fiquem o mais neutros possível, a fim de não gerarmos nenhuma
interferência com a consciência dele(a). Para isso, sugiro entoarmos
mentalmente o som OM durante todo o período em que ele(a)
estiver se harmonizando com as vibrações emanantes do objeto.

Comecemos.

Período de vibroturgia (aprox. 1 minuto e 30)

O Mestre, dirigindo-se ao voluntário:

Frater – (ou Soror) – queira nos relatar as impressões que recebeu


durante o experimento.
Pausa para o voluntário fazer seu relato.

O Mestre pede então a quem emprestou o objeto em questão


para se levantar e comentar o que foi dito.

O Mestre, dirigindo-se ao Guardião —(ou Guardião Interno):

Digno Guardião — (ou Guardião Interno) — queira acompanhar


nosso Frater — (ou nossa Soror) — de volta ao seu lugar e retornar à
sua estação.

O Mestre, dirigindo-se a todos os membros


após o retorno do Guardião (Interno) à sua estação:

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento, poderá fazê-lo agora.
Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Se mais alguém quiser ser voluntário para fazer o mesmo


experimento com um segundo objeto, por favor, levante-se.

O Mestre, dirigindo-se ao Guardião — (ou Guardião Interno):

Digno Guardião — (ou Guardião Interno) — queira acompanhar


nosso Frater —(ou nossa Soror) — até a cadeira situada no Oeste
deste Templo. Em seguida, venha pegar um desses dois objetos, que
deverá ser entregue a ele (ou ela). Isso feito, retorne à sua estação.

O Mestre, dirigindo-se ao voluntário


após o retorno do Guardião (Interno) à sua estação:

Frater — (ou Soror) — queira pegar esse objeto entre os três


primeiros dedos de cada mão e fechar os olhos. Como antes, procure
relaxar o máximo possível e ficar receptivo(a) a todas as impressões
que possa receber. Enquanto isso, entoaremos mentalmente o som
OM, a fim de não gerarmos nenhuma interferência passível de
prejudicar sua harmonização psíquica. Observe atentamente tudo o
que sentir durante esse período de vibroturgia.

Comecemos.
Período de vibroturgia (aprox. 1 minuto e 30)

O Mestre, dirigindo-se ao voluntário:

Frater — (ou Soror) — queira nos relatar as impressões que


recebeu durante o experimento.

Pausa para o voluntário fazer seu relato.


O Mestre pede então a quem emprestou o objeto em questão
para se levantar e comentar o que foi dito.

O Mestre, dirigindo-se ao Guardião — (ou Guardião Interno):

Digno Guardião, queira acompanhar nosso Frater — (ou nossa


Soror) — de volta ao seu lugar e retornar à sua estação.

O Mestre, dirigindo-se a todos os membros


após o retorno do Guardião à sua estação:

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento feito, poderá fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Precisamos que uma terceira pessoa se apresente como


voluntário, para realizarmos o mesmo experimento com o último
objeto. Queira o voluntário se levantar.

O Mestre, dirigindo-se ao Guardião (ou Guardião Interno):

Digno Guardião — (ou Guardião Interno) — queira acompanhar


nosso Frater — (ou nossa Soror) — até a cadeira situada no Oeste
deste Templo. Em seguida, venha pegar o último objeto, que deverá
ser entregue a ele (ou a ela). Isso feito, retorne à sua estação.

O Mestre, dirigindo-se a todos os membros


após o retorno do Guardião (Interno) à sua estação:
Nesta última fase do nosso experimento de vibroturgia,
seguiremos os mesmos passos das duas fases anteriores.
Relembrando, enquanto nosso Frater — (ou nossa Soror) —
segurando o objeto entre os três primeiros dedos das duas mãos e
estiver se harmonizando com as vibrações emanantes desse objeto,
nós ficaremos entoando mentalmente o som OM, gerando uma
atitude interior o mais neutra possível.

Comecemos.

Período de vibroturgia (aprox. 1 minuto e 30)

O Mestre, dirigindo-se ao voluntário:

Frater — (ou Soror) — queira nos relatar as impressões que


recebeu durante o experimento.

Pausa para o voluntário fazer seu relato.

O Mestre pede então a quem emprestou o objeto em questão


para se levantar e comentar o que foi dito.

O Mestre, dirigindo-se ao Guardião (ou Guardião Interno):

Digno Guardião — (ou Guardião Interno) — queira acompanhar


nosso Frater —(ou nossa Soror) — de volta ao seu lugar e retornar à
sua estação.

O Mestre, dirigindo-se a todos os membros


após o retorno do Guardião à sua estação:

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento feito, poderá fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Fratres e Sorores, procurem fazer em sua casa exercícios


semelhantes a esses que efetuamos hoje. Dessa maneira irão
desenvolver gradualmente sua sensibilidade vibrotúrgica e poderão
verificar por si mesmos que os objetos conservam a memória das
vibrações com que se impregnaram no contato com as pessoas que
os usam ou usaram. O melhor para isso é utilizar objetos pessoais
que foram usados por muito tempo, anos talvez, e devido a isto já
guardam muitas impressões. Quando adquirirem um bom
desenvolvimento psíquico, conseguirão se harmonizar com a alma
dos lugares que visitarem e sentir a vida de que eles são eternas
testemunhas silenciosas. E então compreenderão por que os
rosacruzes sempre afirmaram que o ser humano é um conjunto de
vibrações mergulhado num oceano vibratório.
EXPERIMENTO Nº 21

TELECINÉSIA

MATERIAL

Providenciar uma bola de ping-pong (ou qualquer outra bolinha) e


um recipiente transparente, de aproximadamente 20 centímetros de
diâmetro, cheio de água. Essa bola e esse recipiente deverão ser
colocados na estante do Guardião Interno — (próximo ao Guardião,
no Pronaos) —. No momento indicado neste experimento, ele deverá
colocá-los sobre o Shekinah — (Altar, no Pronaos) —.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, dentre as faculdades consideradas paranormais,


a telecinésia é uma das que mais despertam interesse no público.
Isto se deve ao fato de ela ser um tanto ou quanto espetacular e por
nenhum cientista ter ainda conseguido explicar seu funcionamento.
Antes de procedermos ao experimento desta ocasião, vamos
examinar sumariamente o que os ensinamentos rosacruzes nos
ensinam sobre essa faculdade, a fim de assegurarmos que todos
tenham uma boa compreensão das leis envolvidas.

Em primeiro lugar, não se deve confundir a telecinésia com a


vibroturgia, pois a primeira não está baseada na percepção das
vibrações emitidas pelos objetos, mas, ao contrário, na ação que o
pensamento pode exercer sobre eles. Isto significa que é impossível
sermos bem sucedidos num experimento de telecinésia se ficarmos
em estado receptivo. Devemos, ao contrário, utilizar toda a força da
nossa concentração no sentido de agirmos sobre os objetos. Mas é
claro que nem todas as pessoas são capazes de se concentrar numa
coisa ao ponto de afetá-la através do poder mental. Em segundo
lugar, também não se deve confundir a telecinésia com a telepatia.
De fato, ela não consiste em transmitir um pensamento a uma outra
pessoa, mas em agir sobre uma coisa material destituída de
consciência. Esse mero detalhe explica o porquê de ser tão mais
difícil ter sucesso num experimento de telecinésia do que num de
telepatia. Realmente, muitas são as pessoas que já vivenciaram, à
sua revelia, a transmissão de pensamento, ao passo que raras são as
que já conseguiram agir a distância sobre os objetos.
Sob a ótica dos ensinamentos de nossa Ordem, o efeito da
telecinésia se traduz em geral em três tipos principais de
manifestação. Em primeiro lugar, alguns indivíduos são capazes de
agir, pelo poder do pensamento, sobre a estrutura atômica de uma
coisa e mudar seu aspecto externo ou sua forma. É o caso das
pessoas que conseguem entortar barras de ferro ou objetos metálicos
a distância. Nessa espécie de experiência, constata-se que essas
barras ou esses objetos emitem sempre certa quantidade de calor no
momento em que o operador se concentra neles. Essa constatação
pressupõe que sua concentração produza neles um aumento da
temperatura interna e que é sob o efeito desse aumento térmico que
eles se entortam.

Na segunda categoria de manifestações produzidas pela


telecinésia, encontram-se aquelas que se caracterizam por um
movimento nítido do objeto submetido à experimentação. Assim,
alguns operadores conseguiram fazer rolar um lápis sobre uma mesa
situada a vários metros de distância. Outros conseguiram fazer uma
bola girar sobre si mesma. Quando se analisa atentamente esse tipo
de demonstração, naturalmente fazendo-se abstração de qualquer
truque baseado na ilusão ou em qualquer procedimento mecânico,
constata-se que os movimentos adquiridos pelos objetos precisam
mais de um impulso inicial do que da sustentação da força mental
aplicada sobre eles.

Voltando aos dois exemplos que acabamos de dar, é fácil


compreender que quando um lápis começa a rolar sob o efeito do
pensamento, ele continua a fazê-lo por algum tempo sob a ação de
seu próprio movimento. A mesma coisa é válida para uma bola,
quando se tenta fazê-la girar sobre si mesma. Tal constatação parece
indicar que o mais difícil, em matéria de telecinésia, é produzir o
impulso inicial para pôr o objeto em movimento, quer o movimento
seja linear ou circular. Parece também que esse impulso é impossível
de ser dado a um corpo material cujo peso ultrapasse determinada
quantidade. Assim, ninguém nunca conseguiu deslocar um bloco de
várias toneladas utilizando unicamente o poder do pensamento. Não
queremos dizer que isso seja impossível, mas até hoje nenhuma
experiência verificável provou o contrário. É verdade que alguns
Iniciados desenvolveram poderes notáveis nesse campo, mas suas
proezas ultrapassam longe o âmbito da telecinésia.

As observações precedentes nos levam a considerar agora a


terceira categoria de efeitos obtidos através da telecinésia; efeitos
que somente os Mestres e os Iniciados podem produzir. Trata-se da
ação que eles são capazes de exercer sobre a própria matéria,
especialmente sobre o movimento e a natureza das partículas
subatômicas que a compõem. Em outras palavras, eles têm o poder
de mudar a natureza vibratória de determinados objetos e
transformá-los à sua vontade, com ou sem movimento aparente. Isso
significa que eles podem transmutar um objeto de ferro num objeto
de pedra, vidro ou metal, igual ou não na forma externa. É óbvio que
esses Mestres e Iniciados só adquiriram esse poder depois de terem
estudado muito e posto em prática as leis cósmicas pertinentes.
Além disso eles o empregavam unicamente para realizar coisas úteis
para a humanidade ou levar a cabo uma missão em que estivessem
investidos. Isso pressupõe que nós mesmos só conseguiremos chegar
a essa maestria quando tivermos alcançado um altíssimo grau de
evolução.

EXPERIMENTO

Feitas estas observações preliminares, faremos agora um


experimento de telecinésia. Primeiro, acomodem-se
confortavelmente, se possível com as costas bem eretas, as mãos
colocadas naturalmente sobre as pernas e os pés totalmente
apoiados no chão, ligeiramente afastados um do outro.
(Pausa curta)

Mantendo essa posição, efetuem por alguns instantes respirações


profundas neutras. _________________

Pausa de cerca de 1 minuto


O Mestre, dirigindo-se ao Guardião Interno (Guardião, no Pronaos):

Digno Guardião —(ou Guardião Interno)— queira colocar a bola


no centro do Shekinah —(Altar, no Pronaos)—. Isso feito, retorne à
sua estação.

O Mestre, dirigindo-se aos membros


após o retorno do Guardião (ou Guardião Interno) à sua estação:

Para darmos início ao nosso experimento de telecinésia, vamos


tentar provocar um movimento na bola colocada no centro do
Shekinah —(ou do Altar)—. Para isso, concentrem o olhar sobre ela e
usem todo o poder de sua vontade para fazê-la mover-se . Se
preferirem, podem fechar os olhos e visualizar esse deslocamento
com toda intensidade possível.
Comecemos.

Período de telecinésia (aprox. dois minutos)


O Mestre faz o balanço desse experimento. Depois prossegue:

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre essa primeira fase do nosso experimento, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)


O Mestre, dirigindo-se ao Guardião (Interno):

Digno Guardião — (ou Guardião Interno) — queira agora colocar


sobre o Shekinah — (ou o Altar) — o recipiente previamente
preparado. Depois, coloque a bola sobre a água, no centro do
recipiente. Isso feito, retorne à sua estação.

O Mestre, dirigindo-se aos membros


após o retorno do Guardião (Interno) à sua estação:

Como antes, vamos nos concentrar na bola por cerca de dois


minutos, tentando fazê-la mover-se sobre a água, através do poder
combinado dos nossos pensamentos. Novamente, se preferirem,
podem fechar os olhos e visualizar intensamente que ela se desloque
em alguma direção.

Comecemos.

Período de telecinésia (aprox. dois minutos)


O Mestre faz o balanço desse experimento. Depois prossegue:

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre essa fase do nosso experimento, poderá fazê-lo
agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Nesta última fase desse experimento de telecinésia, tentaremos


agir diretamente sobre a água, com o intuito de produzir nela uma
perturbação suficientemente forte para provocar um movimento ou
um deslocamento na bola. Dessa forma, poderemos comparar os
resultados com os que obtivemos anteriormente. Com os olhos
abertos ou fechados, concentrem toda sua energia mental na água do
recipiente, com a intenção de agir sobre ela.
Comecemos.

Período de Telecinésia (aprox. dois minutos)


O Mestre faz o balanço desse experimento. Depois prossegue:

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre essa última fase do nosso experimento, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)


Caso nenhuma fase desse experimento tenha sido bem sucedida, o
Mestre diz:

Fratres e sorores, por razões evidentes, toda experiência de


telecinésia é difícil de ser realizada e é raro obter-se resultados
comprobatórios quando é praticada de maneira pontual, como
fizemos hoje. Todavia, não é menos verdade que ela corresponde a
uma faculdade que possuímos em estado latente. O despertar ou não
desta faculdade é pois uma questão de escolha e de paciência...

Fratres e Sorores, para muitas pessoas é difícil conceber que o


pensamento seja capaz de agir sobre a matéria. No entanto, isso é
efetivamente possível. Todos os grandes Iniciados que marcaram a
história da humanidade são a prova viva dos poderes que o homem
pode desenvolver, atingindo o necessário grau de maestria. A maior
parte dos chamados “milagres” realizados por esses Iniciados não
era senão o reflexo de sua aptidão para controlar o mundo infinito
das vibrações. A partir do momento em que se admite que, por um
lado, a consciência humana possui em potencial os atributos da
Consciência Cósmica e que, por outro lado, esses atributos se
manifestam sob forma de vibrações por intermédio do pensamento,
fica fácil compreender que a mente pode agir sobre a matéria. A
questão que se nos apresenta não é, portanto, a de pôr em dúvida a
existência dessas faculdades, mas a de desenvolver os poderes
mentais e psíquicos que tornam possível sua aplicação.
EXPERIMENTO Nº 22

ALQUIMIA ESPIRITUAL

MATERIAL

Música para meditação de aproximadamente três minutos.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, alguns séculos atrás os alquimistas trabalhavam


em seus laboratórios pela transmutação de metais comuns em ouro.
Essa transmutação era feita em várias etapas e numa seqüência de
operações que iam se tornando cada vez mais difíceis quanto mais se
aproximavam da fase final. O elemento de base era geralmente o
chumbo, o agente purificador o fogo e o suporte um vaso de barro.
Entretanto, como sabem, essa alquimia material, que deu origem à
química moderna, nada mais era que a contraparte de uma alquimia
espiritual, baseada na purificação gradual da alma humana. Na
verdade, os verdadeiros alquimistas sabiam perfeitamente que a
meta da vida é evoluir até a Perfeição e que essa evolução exige que o
ser humano se purifique de seus defeitos e os transmute em suas
qualidades opostas. Além disso eles tinham compreendido que uma
tal purificação e uma tal transmutação só poderia ser feita no
contato com o mundo terreno, pois só ele fornece as experiências
necessárias à nossa regeneração física, mental, emocional e
espiritual.

Do ponto de vista rosacruz, o elemento de base da alquimia


espiritual é portanto a personalidade do ser humano ou, mais
exatamente, seu ego. O agente purificador dessa forma de alquimia
corresponde ao Fogo divino que ilumina o altar do nosso Templo
interior, isto é, a voz de nossa consciência. Quanto ao suporte que
devemos utilizar para a consecução dessa transmutação alquímica,
trata-se do vaso ou cadinho constituído pelas experiências da vida
terrena. Assim, ao contrário do que muitos acreditavam ou crêem
ainda hoje, a verdadeira Grande Obra não consiste em transformar
chumbo material em ouro material, mas em realizar a Perfeição de
nossa natureza. Isso significa que a Pedra filosofal a que os
alquimistas aludiam em seus escritos não designa nem nunca
designou uma pedra de natureza material mas, antes, a divina
Essência que anima nosso ser e cujo brilho e cujas virtudes devemos
aprender a expressar em cada um de nossos pensamentos, palavras e
atos. Ela é, pois, a jóia mais preciosa que temos a descobrir.
Conforme é explicado nas primeiras monografias de nossa Ordem,
os ensinamentos rosacruzes constituem em si mesmos uma alquimia
espiritual que deve nos permitir evoluir para uma expressão melhor
de nossa personalidade. Em outras palavras, seu principal objetivo é
nos ajudar a tomar consciência de nossa natureza divina e a aplicar
essa conscientização em nosso comportamento cotidiano. Seu papel,
portanto, não é o de nos transmitir um saber puramente intelectual,
pois a aquisição de um saber é coisa relativa e se limita, no mais das
vezes, a noções cujo valor é limitado no tempo. Antes, seu papel é
nos proporcionar um suporte a partir do qual devemos meditar
sobre as verdades eternas e criar uma comunicação ou comunhão
cada vez mais estreita entre nosso Eu objetivo e nosso Eu espiritual.
É exatamente nessa comunhão que repousa a transmutação
alquímica que verdadeiramente nos elevará à condição de Iniciados.

Como seres encarnados, todos nós somos imperfeitos. Dito de


outro modo e usando uma linguagem mais familiar, todos nós temos
defeitos. Ora, são esses defeitos que fazem a nossa fraqueza e que
nos impedem de refletir a Sabedoria que possuímos em estado
latente. É preciso portanto que os neutralizemos, se queremos
progredir para a Luz Maior que procuramos. Para isso, há dois
métodos. O primeiro consiste em combatê-los e o segundo em
transmutá-los. Do ponto de vista rosacruz, é este segundo método
que se verifica ser mais eficaz para atingirmos nosso objetivo. Na
verdade, o chamado defeito não tem realidade em si mesmo. Ele
corresponde simplesmente à ausência de uma qualidade. Segue-se
que de nada serve nos opormos a ele diretamente, pois dessa forma
apenas criamos uma relação de força com nosso ego e lhe damos
chance de se manifestar mais ainda. É preferível trabalharmos sobre
nós mesmos e cultivarmos a virtude correspondente. Para darmos
um exemplo concreto, não se combate o orgulho tentando ser menos
orgulhoso. Para neutralizar esse defeito, é infinitamente mais eficaz
aprender a ser humilde. Por analogia, o único modo de vencer as
trevas é levando luz até elas.

EXPERIMENTO

Fratres e Sorores, o experimento que vamos fazer hoje visa


pormos em prática o que acabamos de falar sobre a alquimia
espiritual. Para isso consideraremos três principais defeitos da
natureza humana, os quais procuraremos transmutar mentalmente
em suas qualidades opostas. Para consegui-lo, recorreremos à
visualização, a fim de tornarmos nossa transmutação mental mais
eficaz.

Queiram se acomodar confortavelmente, se possível com as costas


bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as pernas e os
pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente separados um do
outro.
Pausa curta

Mantendo essa posição, fechem os olhos e, por alguns instantes,


efetuem respirações profundas neutras. ________________

Pausa de cerca de 30 segundos

Recordem agora uma situação em que o orgulho tenha aparecido


em seu comportamento ou no de alguém que conheçam, e analisem
em que medida essa situação tenha sido negativa, não apenas no
plano humano, mas também no plano místico.

Pausa para recordação (aprox. um minuto e meio)

Agora, visualizem o comportamento apropriado para que essa


mesma situação possa ser um exemplo de humildade. Imaginem o
que poderia ter sido dito ou deixado de dizer, ter sido feito ou
deixado de fazer, para que a atitude adotada fosse consoante com a
idéia que em geral temos da modéstia. Depois de manter essa
visualização por alguns segundos, concentrem-se na palavra
“humildade” e fiquem receptivos às impressões que possam receber.

Período de visualização e concentração (aprox. um minuto e meio)

Vamos agora aplicar a alquimia espiritual à inveja. Para isso, da


mesma maneira que antes, procurem recordar uma situação em que
tenham visto refletido, em seu próprio comportamento ou no de
alguém que conheçam, uma atitude reveladora de pessoa invejosa.
Enquanto recordam essa situação, vejam em que medida esse tipo
de comportamento tenha tido conseqüências negativas.

Período de recordação (aprox. um minuto e meio)

Visualizem então a mesma situação, mas substituindo a atitude


que exprimia certa dose de inveja por um comportamento que
traduza a alegria que toda pessoa deveria sentir ante a felicidade
alheia. Depois de ter imaginado esse comportamento ideal,
concentrem-se na palavra “desapego” e fiquem receptivos às
impressões que possam surgir em sua consciência.

Período de visualização e concentração (aprox. um minuto e meio)


Pela última vez, procederemos da mesma maneira com uma
situação em que o egoísmo tenha surgido em seu próprio
comportamento ou no de alguém que conheçam. Recordem essa
situação, tentando definir a razão de esse comportamento ser
prejudicial.

Período de recordação
(aprox. um minuto e meio)
Visualizem agora a atitude inversa da que acabaram de recordar.
Imaginem a mesma situação em que seu comportamento ou o da
pessoa conhecida seja pleno de generosidade. Mantenham essa
visualização por uns trinta segundos. Em seguida concentrem-se na
palavra “altruísmo”, depois fiquem receptivos às impressões que
possam ter.

Período de visualização e concentração


(aprox. um minuto e meio)

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre o experimento que acabamos de realizar, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Para encerrar o experimento de hoje, queiram agora reviver


interiormente um evento em que tenham agido com humildade,
desapego, altruísmo ou qualquer outra virtude. Por alguns
momentos, reforcem e dêem ainda mais vida às emoções que
sentiram nessa situação, visualizando que todas essas emoções
positivas que sentimos todos juntos estão se reunindo numa
egrégora poderosa, que os Mestres poderão utilizar em prol da
humanidade. Essa fase do experimento não será seguida de fórum, a
fim de conservar seu caráter puramente místico.

Comecemos.

Música (aprox. três minutos)

Fratres e Sorores, o experimento que fizemos hoje teve por


objetivo demonstrar em que consiste a alquimia espiritual e pôr em
prática os princípios concernentes. Posto que todos nós temos
fraquezas a corrigir, esse experimento deveria ser objeto de uma
aplicação regular, até mesmo para defeitos menores em comparação
com o orgulho, a inveja e o egoísmo. Por isso, recomendamos que
usem sempre um tempo de seu período de Sanctum para proceder
interiormente à transmutação de suas imperfeições. Esse exercício
lhes permitirá não apenas substituírem atitudes mentais negativas
por atitudes mentais positivas, como também se libertarem de
determinadas inibições e neutralizarem o impacto que alguma
lembrança ruim possa ter em sua personalidade profunda.
EXPERIMENTO Nº 23

REGENERAÇÃO MÍSTICA

MATERIAL

Música para meditação de aproximadamente três minutos, para o


final do experimento.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, todos os Iniciados do passado ensinaram que a


meta do ser humano é alcançar a Perfeição por meio de uma
regeneração integral de seu ser físico, mental, emocional e espiritual.
É evidente que essa regeneração só pode ser realizada a longo termo,
pois exige uma purificação que é impossível de se realizar numa
única vida terrena. É por isso que os místicos sempre recorreram à
reencarnação para explicar a evolução gradual do ser humano. Com
efeito, essa doutrina é a única que nos permite compreender como
podemos nos elevar da nossa atual condição ao estado que, em nossa
Ordem, qualificamos como “estado Rosacruz”, mas que também
pode ser chamado de “estado Crístico” ou “estado Búdico”.

Os rosacruzes sempre consideraram o corpo físico do homem


como o templo onde sua alma reside no curso de uma vida terrena.
Como tal ele deve ser objeto do nosso maior respeito, pois é o
suporte material por meio do qual nossa evolução espiritual se
realiza. Com muita freqüência não lhe damos a devida atenção e, por
negligência, infligimo-lhe uma prematura degenerescência. A
primeira regra a ser observada para nos regenerarmos fisicamente
consiste, portanto, em não fazermos oposição às leis naturais que
regem o funcionamento fisiológico do nosso corpo. Para isso, o
importante é levarmos uma vida o mais equilibrada possível e
zelarmos por não comprometermos a saúde através de excessos
prejudiciais ao organismo.
De modo geral, podemos afirmar que todas as enfermidades têm
origem humana e não divina, e que a grande maioria se deve ao fato
de violarmos as leis naturais ou ao fato de nossos antepassados as
terem violado num passado longínquo, de onde as doenças ditas
„genéticas”. Isso significa que se os homens tivessem sempre vivido
em perfeita harmonia com a natureza e continuassem a fazê-lo, não
precisaríamos temer as doenças, pois o Cósmico nos dotou dos
meios naturais que permitem neutralizar os germes patogênicos
provindos do meio ambiente. Do ponto de vista místico, podemos
considerar que a regeneração física da humanidade começará a se
produzir a partir do momento em que todos os homens renovarem
laços estreitos com a natureza e reaprenderem a viver em harmonia
total com seu meio. A partir daí, assistiremos a mutações fisiológicas
que, de geração em geração, permitirão à espécie humana se
purificar gradativamente de todos os seus defeitos hereditários.
Finalmente, ao término dessa gradual purificação, toda criança
herdará um corpo sadio. ____________

Seja individual ou coletiva, nenhuma regeneração física pode se


produzir sem que o ser humano aprenda a pensar de maneira
positiva e construtiva. Na verdade, além das doenças provocadas
pela violação das leis naturais, muitas delas são conseqüência de um
comportamento mental negativo. Assim, pensamentos movidos pelo
ódio, pelo ciúme, pela cólera, pelo rancor, etc., perturbam
consideravelmente nosso equilíbrio psíquico e geram vibrações
muitos negativas que afetam nossa saúde. Sem chegar a esses
extremos, o pessimismo, a angústia e os medos de toda ordem são
igualmente nocivos ao nosso bem-estar físico. É então importante
zelarmos pela natureza do nosso estado mental e alimentarmos, com
a maior freqüência possível, pensamentos baseados no amor, na
amizade, na tolerância, no perdão, na generosidade, no altruísmo,
etc., e, de modo geral, todas as virtudes que devemos aprender a
manifestar em nosso comportamento diário. Dessa maneira
contribuiremos ativamente para nossa própria regeneração mental e
purificaremos nosso subconsciente dos elementos indesejáveis de
que ele pode estar impregnado.

Tenhamos ou não consciência disso, a maioria dos nossos


pensamentos induz emoções que agem sobre nosso sistema nervoso
autônomo e, por seu intermédio, sobre os centros psíquicos. Por
exemplo, todos já devem ter notado que quando nosso estado mental
e emocional está negativo sentimos muitas vezes uma espécie de
pressão desagradável no nível do plexo solar. Essa sensação é devida
a uma reação do centro psíquico situado nessa parte do corpo, a
saber, o centro solar, que está em estreita relação com diversos
órgãos. Inversamente, quando alimentamos pensamentos e emoções
altamente positivos, sentimos uma sensação agradável no nível do
coração. Isso ocorre porque esse órgão corresponde a um centro
psíquico que reage a esses estímulos.

Cada um dos centros psíquicos do nosso corpo corresponde a uma


glândula, um órgão ou um plexo que secreta um hormônio. Disso
decorre que os pensamentos e emoções negativos afetam nosso
equilíbrio psíquico e perturbam essa secreção hormonal. Por
exemplo, a adrenalina é produzida pelas glândulas supra-renais.
Normalmente, ela é secretada em caso de infecção ou quando
efetuamos uma atividade física que exige certo esforço da nossa
parte. Ela provoca uma aceleração do ritmo cardíaco e uma
estimulação da atividade muscular, o que, nesse caso, é
indispensável. Mas quando ficamos encolerizados, nosso estado
mental e emocional afeta nosso sistema nervoso autônomo que, por
uma reação de defesa, incita igualmente as glândulas supra-renais a
verterem no sangue uma quantidade extra de adrenalina. Segue-se
um aumento da tensão arterial que, neste caso, é prejudicial ao
nosso organismo. O único modo de nos regenerarmos no plano
emocional consiste então em transcendermos toda emoção negativa,
a fim de não perturbarmos a atividade de nossas glândulas
endócrinas.

Já a nossa regeneração espiritual, repousa em nossa aptidão para


viver plenamente o misticismo rosacruz e pôr em prática os
experimentos propostos nas monografias, a fim de estimularmos
nosso Eu Interior. Essa estimulação é importante porque permite
criar um laço cada vez mais estreito entre nosso Eu físico e nosso Eu
anímico. É desse laço que depende em grande parte nossa evolução,
pois quanto mais pensarmos, falarmos e agirmos em ressonância
com os impulsos de nossa alma, mais refletiremos sua natureza
divina em nosso comportamento. Chega afinal um momento em que
essa ressonância se torna tão forte que nos tornamos um canal da
Inteligência cósmica. A partir daí nos beneficiamos de uma
Iluminação que se traduz por uma regeneração não somente
espiritual, mas também emocional, mental e física.
EXPERIMENTO

Faremos agora um experimento visando nos regenerar momen-


taneamente em todos os planos do nosso ser.

Começaremos primeiro por um período de regeneração física.


Queiram se acomodar confortavelmente, se possível com as costas
bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as pernas e os
pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados um do
outro. (Pausa curta) Mantendo essa posição, fechem os olhos e, por
alguns instantes, efetuem respirações profundas neutras. Inspirem e
expirem profundamente pelo nariz, sem fazer pausa entre o inspirar
e o expirar. Ao fazê-lo, concentrem-se no fato de que esse tipo de
respiração estimula as duas polaridades da Força vital e reforça o
magnetismo que emana de suas mãos.
Pausa de aproximadamente dois minutos

Agora, coloquem as mãos entrelaçadas sobre o plexo solar e


juntem os pés. —(Pausa curta) —. Mantendo essa posição, façam
novamente respirações profundas neutras e concentrem-se na
energia que se irradia de suas mãos e que, por intermédio do plexo
solar, espalha-se por todo o seu corpo. Visualizem o mais
intensamente possível esse fluxo de energia e a regeneração que ele
transmite a todos os órgãos e funções de seu corpo físico.

Pausa de aproximadamente dois minutos

Se algum dos fratres e sorores quiser comentar as impressões que


sentiu ao fazer esse experimento, poderá fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Fratres e Sorores, procederemos agora a uma forma de


regeneração mental e emocional. Primeiro, coloquem as mãos sobre
as pernas e afastem ligeiramente os pés. — (Pausa curta) —.
Mantendo essa posição, respirem normalmente e concentrem-se no
coração. Ao fazê-lo, tenham em mente que esse órgão ou, mais
exatamente, o centro psíquico que lhe corresponde, é de certo modo
a sede dos pensamentos e emoções positivos.

Pausa de aproximadamente dois minutos

Continuando na mesma posição, lembrem-se agora de


acontecimentos em que tenham predominado a alegria, a
fraternidade, a amizade e o amor, e revivam esses acontecimentos
com toda intensidade possível. Sintam o quanto eles os regeneram
nos planos mental e emocional.

Pausa de aproximadamente dois minutos

Se algum dos Fratres e Sorores quiser comentar as impressões que


sentiu nessa segunda fase do nosso experimento, poderá fazê-lo
agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Procederemos agora a uma forma de regeneração espiritual, que


não será seguida de fórum, a fim de conservar seu caráter puramente
místico. Novamente, queiram colocar as mãos naturalmente sobre as
pernas e separar ligeiramente os pés. — (Pausa curta) —. Mantendo
essa posição, concentrem-se na glândula pineal, situada no centro da
cabeça, tendo em mente que a contraparte psíquica dessa glândula é
a sede não somente da alma, mas também da consciência que lhe é
própria. Durante toda essa concentração, efetuem respirações
profundas positivas. Inspirem profundamente pelo nariz, retenham
o ar por alguns segundos e expirem lentamente pelo nariz.

Pausa de aproximadamente dois minutos.


Imaginem que estão neste momento em puro estado de alma e
que dirigem a Deus as seguintes palavras:

“Deus do meu coração,


Sabes o quanto sou imperfeito
mas que é sincera minha aspiração de me aperfeiçoar.
Humildemente, rogo que me inspires na senda do Bem
e que me eleves na compreensão de Tuas leis.
Ajuda-me a transcender os defeitos que maculam minha
personalidade,
a fim de me tornar tão puro quanto no momento em que
minha alma emanou de Ti.
Concede-me a graça da regeneração em todos os planos e
torna-me uma expressão viva de Tua perfeição.”

Pausa curta

Tendo entregue essa prece ao Deus de seu coração, entreguem-se


agora à comunhão cósmica.

Música (aprox. três minutos)

O Mestre não realiza o Fórum após esse experimento

Fratres e Sorores, os Iniciados sempre afirmaram que o


primeiro dever do ser humano é trabalhar por sua própria
regeneração, condição absoluta para que ele se reintegre à sua divina
condição. Além disso, posto que cada ser humano constitui uma
célula do grande corpo da humanidade, disso resulta que toda ação
empreendida no sentido de se regenerar individualmente produz
uma regeneração coletiva da espécie humana. Como rosacruzes,
temos o dever de multiplicar nossos esforços para manifestar nosso
ideal de pureza nos planos físico, mental emocional e espiritual.
Fazendo isso, daremos o exemplo do comportamento que todo
místico deve ter e levaremos a bom termo a busca que
empreendemos sob os auspícios da Rosacruz.

EXPERIMENTO Nº 24

VIAGEM NO TEMPO
MATERIAL

Música para meditação, de dois a quatro minutos, cuja duração


exata deve ser verificada antes do ritual e deve ser de conhecimento
do Mestre.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, constata-se que, desde a aurora da civilização, o


homem sempre tentou compreender a natureza do tempo. Segundo
os antropólogos, o primeiro ponto de referência que ele usou para
isso foi a alternância do dia e da noite. Em outras palavras, ele
começou associando a passagem das horas a manifestações naturais
como a luz e a escuridão. Essa primeira abordagem do tempo foi de
natureza positiva, pois permitiu-lhe compreender que se tratava de
um fenômeno que acontecia com regularidade, mas contra o qual ele
nada podia fazer. Além disso, fez nascer em sua consciência uma
primitiva idéia de cronologia, isto é, da sucessão das horas e dos
eventos. Ninguém sabe dizer a partir de que momento o homem
apreendeu o sentido que damos hoje às palavras “ontem”, “hoje” e
“amanhã”, mas ao ter acesso a essas três dimensões principais do
tempo, sua vida consciente foi radicalmente transformada, pois viu-
se dividida entre passado, presente e futuro. Dando importância
cada vez maior ao fracionamento do tempo, o homem concebeu
instrumentos sempre mais precisos para medi-lo, a fim de poder
dispor de um quadro referencial para planejar melhor suas
atividades diárias. O tempo tornou-se, assim, um elemento
fundamental para a vida do homem, tanto quanto o alimento de que
ele precisa para sobreviver.

Quando observamos o ritmo desenfreado em que vivemos


atualmente, somos forçados a admitir que a corrida contra o tempo,
na qual os homens se engajaram há séculos, não pára de se acelerar.
Esse estado de coisas é prejudicial, pois é a prova da nossa
incapacidade de termos domínio sobre um elemento que deveria nos
servir e não nos escravizar. Se todos os seres humanos colocassem
esse elemento em seu devido lugar, compreenderiam que, enquanto
tentarem se adaptar à idéia objetiva que fazem dele, estarão se
afastando dos princípios e leis que deveriam guiar sua vida. Na
realidade, o tempo não é uma condição material, mas tão-somente
um produto da consciência humana. Por isso, é impossível dominá-
lo por qualquer outro meio que não recorrendo às nossas faculdades
mentais e espirituais mais elevadas. O homem busca continuamente
vencer o tempo mediante dados puramente terrenos e, portanto,
limitados. Procedendo dessa forma, tudo o que ele consegue é
reforçar ainda mais o poder de suas próprias ilusões e o caos que
delas resultam.

Dissemos que o tempo não é uma condição material, mas um


produto da consciência humana. Essa afirmação merece maiores
explicações, visto que levanta um problema filosófico. Tomemos
então alguns exemplos, para ilustrar sumariamente esse ponto.
Quando temos de fazer uma coisa que não nos agrada, temos a
impressão de que as horas custam a passar. Como se costuma dizer,
“o dia parece arrastar-se”. Inversamente, quando estamos ocupados
numa atividade que adoramos, “não vemos o tempo passar” e
lamentamos ter de interromper o que estamos fazendo. No entanto,
nos dois casos as horas têm a mesma duração matemática. Ou seja,
cada uma equivale sempre a sessenta minutos. Isso prova bem que é
somente a nossa consciência que dá ao tempo um valor relativo.
Assim, quando nos aborrecemos ou quando não somos motivados
pelo que fazemos, nosso estado interior é tal que nos sentimos
escravos das horas que passam. Em contrapartida, quando nossa
atividade mental e emocional está concentrada em algo que nos
agrada, perdemos toda noção de duração e vivenciamos o
intemporal.

Quando dormimos, a natureza arbitrária do tempo fica ainda mais


evidente, porque não temos nenhum referencial para medi-lo. É isso
que explica por que, depois de termos dormido uma noite inteira,
podemos ter a impressão de ter dormido apenas umas poucas horas.
Muitas pessoas, ao saírem de um coma profundo, que durou vários
meses, têm a impressão de que seu estado durou somente alguns
dias. Algumas delas nem ao menos se dão conta de que perderam
todo contato com o mundo material. Assim, certa duração, conforme
seja vivida em estado de vigília, de sono ou de coma profundo, não é
interpretada do mesmo modo por nossa consciência. Esse fenômeno
é ainda mais marcante quando sonhamos. Nesse caso, sabemos que
podemos muito bem viver num sonho acontecimentos que, no plano
objetivo, corresponderiam a horas, dias ou mesmo anos. No entanto,
está cientificamente provado que sonhamos apenas por períodos que
não excedem um ou dois minutos. Esses exemplos simples nos
mostram bem que a noção de tempo é arbitrária e que nem sempre
corresponde ao sentido habitual que damos a ele.

De tudo isso resulta que o tempo, na forma como o concebemos


habitualmente, é um estado de consciência objetiva. A partir do
momento em que transpomos esse estado e cruzamos os limites da
objetividade consciente, perdemos toda e qualquer apreciação de
duração. É exatamente isso o que acontece quando dormimos ou
quando, por alguma outra razão, não estamos conscientes do mundo
terreno. Nesse sentido, a meditação profunda pode igualmente nos
fazer perder toda noção de tempo. Isso se explica pelo fato de nossa
atividade mental ficar situada no nível do subconsciente que, por
definição, constitui o mundo do inconsciente. E podemos
perfeitamente nos elevar à vontade a esse nível e, desse modo, ter a
experiência do intemporal. Essa experiência permite transcender
momentaneamente os limites do tempo e ter acesso ao passado e ao
futuro da história humana. Na realidade, no plano cósmico tudo é
uma simultaneidade e se reduz a um eterno presente.

EXPERIMENTO

Realizaremos agora um experimento visando demonstrar que o


tempo é uma noção puramente objetiva e que é possível transcender
os limites que ele nos impõe no estado de vigília.

Queiram se acomodar confortavelmente, se possível com as costas


bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as pernas e os
pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados um do
outro.

(Pausa curta)

Mantendo essa posição, fechem os olhos e, por alguns instantes,


façam respirações profundas neutras. ___________________
Pausa de cerca de 30 segundos

Abram os olhos. —(Pausa curta)—. Nesta primeira fase do nosso


experimento, vamos avaliar objetivamente um período de tempo que
escolherei. Esse período começará com um primeiro toque de sineta
e terminará com um segundo toque. Depois, pedirei aos Fratres e
Sorores para me dizerem quanto tempo estimam que tenha passado
entre os dois toques de sineta e, em seguida, faremos uma avaliação.
Naturalmente, esse exercício deverá ser feito sem que ninguém
recorra ao relógio nem tente contar mentalmente os segundos que
estejam passando.

O Mestre escolhe um período de tempo entre 1 e 3 minutos,


depois diz: “Atenção...” e dá um toque de sineta.
Após passar o tempo escolhido,
o Mestre dá o segundo toque de sineta e diz:

Fratres e Sorores, em sua opinião, quanto tempo se passou entre


os dois toques de sineta?

Depois que os membros que assim quiserem


tiverem dado sua opinião, o Mestre diz o tempo exato
e faz a avaliação dessa primeira fase do experimento. Depois diz:

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre essa primeira fase do nosso experimento, poderá
fazê-lo agora.

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)


Convido-os agora a fecharem os olhos e meditarem sobre a noção
de tempo. Na primeira fase dessa meditação, pensem objetivamente
nessa noção, isto é, de um ponto de vista totalmente intelectual. Em
seguida, na segunda fase, fiquem completamente receptivos e
observem as impressões que possam receber em relação à noção de
tempo.

Comecemos.

O Sonoplasta (Arquivista, no Pronaos) coloca a música de


meditação.
Antes do ritual e sem que os membros saibam, o Mestre e o
Sonoplasta (Arquivista)
verificam a duração exata da música escolhida (entre 2 e 4 minutos)

Período de meditação (2 a 4 minutos de música)

Quem é capaz de nos dizer a duração total desse período de


meditação que acabamos de efetuar?

Pausa para que os membros expressem sua opinião

Em seguida, o Mestre revela a duração exata dessa meditação


e faz a avaliação dessa segunda fase do experimento. Diz aos
membros então:

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer perguntas ou


comentários sobre essa segunda fase do nosso experimento, poderá
fazê-lo agora.
Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Nesta última fase do experimento de hoje, citarei algumas


palavras ou expressões. Após cada uma delas faremos uma pausa,
durante a qual vocês deverão observar as impressões que essa
palavra ou expressão suscite em sua consciência. Em seguida,
faremos uma análise dessas impressões e procuraremos definir de
que maneira elas se enquadram em sua própria definição do tempo.

Queiram fechar os olhos, relaxar e prestar atenção...

O Mestre diz as seguintes palavras e expressões,


fazendo uma pausa de aprox. 15 segundos entre elas

Amanhã.

Hoje.

Ontem.

Uma semana atrás.

Um mês atrás.

Um ano atrás.

Quando eu era adolescente.

Quando eu era criança.


Em meu nascimento.

Em minha vida anterior.

Numa encarnação distante.

Quais as impressões que sentiram ao longo desse experimento? O


que foi que surgiu em sua consciência: um sentimento de cronologia
ou de desordem? Será que algumas expressões, embora relativas a
um passado distante, conseguiram evocar lembranças que lhes
pareceram recentes?

Pausa para o Fórum (máximo 10 minutos)

Fratres e Sorores, a principal faculdade que nos permite ter


consciência da passagem do tempo é nada mais nada menos que a
memória. Graças a essa faculdade, podemos voltar no curso da nossa
vida e avaliar as etapas que marcaram nossa vida pregressa. A priori
poderíamos pensar que quanto mais um acontecimento estivesse
próximo do momento atual mais facilmente ele viria à nossa
lembrança. Na verdade, a experiência usual comprova que não é isso
o que acontece, porque a lembrança de uma dada situação está
relacionada, sim, ao interesse que tivemos por ela e esse interesse,
por sua vez, depende da nossa concentração naquele momento.
Assim, podemos ser capazes de recordar fatos que remontam à nossa
mais tenra infância e ser totalmente incapazes de nos lembrar de um
acontecimento até bem recente. Essa constatação prova
simplesmente que nossa memória retém unicamente os momentos
marcantes de nossa vida. Do ponto de vista filosófico, esse fato é
muito significativo, pois confirma que o tempo é mesmo um estado
de consciência e que o importante não é sua passagem, mas as
experiências que ela nos permita conhecer e reter.
EXPERIMENTO Nº 25

VIAGEM NO ESPAÇO

MATERIAL
Música para meditação, de aproximadamente três minutos.

INTRODUÇÃO

Fratres e Sorores, o espaço, conforme definido pela maioria dos


dicionários, é a extensão que separa e circunda os objetos. Essa
extensão, ainda de acordo com as definições correntes, é a origem
das três dimensões que o homem pode perceber, a saber, o
comprimento, a altura e a largura, algumas vezes também chamada
de espessura. É claro que essa definição é incompleta no plano
místico, pois leva em conta apenas o espaço visível. Ora, acontece
que há também planos invisíveis que, para certas faculdades da
nossa consciência, são tão perceptíveis e tão reais quanto o meio
físico. Além disso, mesmo no plano científico, essa maneira de
definir o espaço não corresponde a uma descrição suficientemente
precisa do mundo material e de tudo aquilo que o constitui. De fato,
é fácil mostrar que o mero fato de se conhecer o comprimento, a
altura e a largura ou espessura de um objeto não nos permite saber
de que material ele é feito. Por exemplo, podemos visualizar uma
régua com vinte centímetros de comprimento, três centímetros de
altura e dois milímetros de espessura, não vamos poder ter uma
visão mental bem nítida dessa régua. Essas dimensões não nos
permitirão saber se ela é feita de madeira, de plástico ou de aço. É
por isso que os rosacruzes consideram que as diferentes formas de
matéria que se integram ao espaço não ocupam três mas, sim,
quatro dimensões, sendo a quarta definida por sua natureza
vibratória.

Independentemente dessas observações, devemos salientar agora


um princípio ao qual não damos suficiente atenção, ou seja, o fato de
nossa visão desempenhar um papel essencial na percepção do
espaço. Assim, se fechamos os olhos dentro de um local que não nos
é familiar, perdemos quase totalmente a noção daquilo que nos
cerca. Isso porque nossa compreensão do espaço se faz sobretudo
através das distâncias que percebemos entre as coisas e nós. Isso
significa que, se não fôssemos capazes de avaliar o vazio que nos
separa dos objetos, quer mediante a visão, o tato ou a audição, não
poderíamos ter nenhuma idéia a respeito do espaço. É isso que
explica por que temos constante necessidade de referenciais visuais,
como também táteis e auditivos, a fim de avaliarmos a extensão que
existe entre nós e as coisas que percebemos.

Como os Fratres e Sorores sabem, somos constantemente


enganados pela percepção do nosso ambiente. Para nos
convencermos disso, basta pensarmos naquilo que se costuma
chamar de “efeito de perspectiva”. Assim, quando olhamos para
longe, temos a impressão de que as coisas são menores e mais
próximas. Esse efeito por si mesmo prova que os objetos que vemos
no espaço não são necessariamente o que parecem ser. Por exemplo,
uma árvore a uma distância de dois quilômetros parecerá pequena,
quando na realidade poderá medir até dez ou quinze vezes a nossa
altura. Essa ilusão sensorial se deve ao fato de que não vemos as
coisas como elas na realidade são, mas apenas do modo como as
nossas faculdades mentais as percebem e interpretam. Isso significa
que o espaço, da mesma forma que o tempo, é um estado de
consciência objetivo. De onde se conclui que ele é arbitrário e não
constitui uma realidade em que podemos confiar plenamente.

Uma vez que a consciência é imaterial, disso decorre que o espaço,


falando de modo absoluto, também o é. Um erro que os homens
cometem é justamente querer vencê-lo apenas por meio de
instrumentos materiais. Assim, para explorar o espaço estelar, eles
inventaram telescópios cada vez mais poderosos. Para penetrar no
espaço celular, inventaram microscópios eletrônicos. Para vencer o
espaço terrestre, conceberam meios de transporte cada vez mais
velozes. No entanto, nem o mais poderoso dos telescópios
conseguiria cobrir todo o universo. Do mesmo modo, nem o mais
sofisticado microscópio poderia revelar a essência imaterial que
impregna cada célula; no máximo, ele permitiria observar alguns de
seus efeitos. Quanto aos meios de transporte que o homem concebeu
para se deslocar, todos têm suas limitações próprias. Notem também
que eles são utilizados tanto para vencer o espaço como para
dominar o tempo. É exatamente por essa razão que as distâncias
astronômicas são medidas em anos-luz e a velocidade da luz em
quilômetros por segundo, ou seja, em unidades de espaço-tempo.

Há séculos o homem entrou numa verdadeira corrida contra o


tempo. Ora, é claro que isso constitui igualmente um desafio ao
domínio do espaço, pois uma de suas maiores preocupações é
percorrer um máximo de espaço num mínimo de tempo. Assim,
quando tem de ir a um determinado lugar, ele não consegue evitar
pensar na duração de seu deslocamento, pois em geral o que lhe
importa é chegar o mais rápido possível, a fim de fazer o quanto
antes aquilo que decidiu fazer. Por causa dessa pressa, ele adquiriu o
hábito de não mais viver o momento presente, mas de sempre
antecipar o futuro. Sua obsessão de criar automóveis, trens, aviões e
jatos cada vez mais velozes é uma prova óbvia disso. Chegará o dia
em que ele conseguirá se deslocar a velocidades vertiginosas e
exercer grande controle sobre a dualidade espaço-tempo. Todavia,
do ponto de vista místico, ele jamais conseguirá dominar o espaço-
tempo recorrendo unicamente à ciência e à tecnologia, porque,
repetimos, somente a consciência pode transcender os limites que o
tempo e o espaço sempre haverão de impor ao corpo físico do
homem.

EXPERIMENTO

O experimento que realizaremos hoje visa mostrar que a


consciência humana é capaz de viajar no espaço e se harmonizar
com o mundo do infinitamente pequeno e do infinitamente grande.
Através dessa harmonização, a pessoa pode efetivamente se pôr em
ressonância com o microcosmo e o macrocosmo e realizar assim
uma comunhão cósmica que máquina nenhuma, por mais
sofisticada que fosse, poderia nos permitir vivenciar.

(Pausa curta)

Primeiro, acomodem-se confortavelmente, se possível com as


costas bem eretas, as mãos colocadas naturalmente sobre as pernas
e os pés totalmente apoiados no chão, ligeiramente afastados um do
outro.

(Pausa curta)
Mantendo essa posição, fechem os olhos e, por alguns instantes,
façam respirações profundas. _________________

Pausa de cerca de 30 segundos

Visualizem agora uma bola de cristal e contemplem-na por alguns


instantes na tela de sua consciência.

Pausa de cerca de 30 segundos

Agora, imaginem que estão entrando nessa bola.

Pausa de cerca de 30 segundos

Olhando ao seu redor, vocês vislumbram milhões de corpúsculos


luminosos: são os núcleos dos átomos que compõem a bola de cristal
dentro da qual se encontram.

Pausa de cerca de 30 segundos

Aproximando-se de um desses núcleos, percebem agora dezenas


de pontos, igualmente luminosos, que gravitam ao seu redor a
velocidades vertiginosas: são os elétrons de um dos átomos que
formam a bola.

Pausa de cerca de 30 segundos

Dirijam-se agora para o centro da bola de cristal. Nesse


movimento em direção ao centro, os elétrons dos átomos que a
compõem atravessam seu corpo, mas isso não lhes causa nenhum
mal. O contato com eles provoca até mesmo uma sensação
agradável.

Pausa de cerca de 30 segundos

Vocês estão agora no centro da bola de cristal. Desse ponto têm


uma visão magnífica da prodigiosa atividade que se desenrola a toda
sua volta, uma atividade em que realmente reinam ordem e
harmonia.

Pausa de cerca de 30 segundos

Sentem-se e olhem para a frente, o mais longe possível, até os


limites da bola em cujo centro se encontram.

Pausa de cerca de 30 segundos

Para além desses limites, notem uma esfera luminosa


particularmente grande e brilhante. É o Sol do nosso sistema
planetário.

Pausa de cerca de 30 segundos

Projetem sua consciência para esse Sol e o contemplem


calmamente. Sua luz e seu calor não lhes causam nenhum
desconforto; ao contrário, produzem uma sensação agradável em
seu ser.

Pausa de cerca de 30 segundos


A certa distância do Sol vocês percebem a Terra, cercada de uma
aura luminosa e girando lentamente em seu eixo. Do lugar onde
estão em consciência, ela lhes parece especialmente bela.

Lancem o olhar para além da Terra e do Sol. Sua visão se perde


nos bilhões de estrelas e galáxias que iluminam o universo, e vocês
sentem então a presença de uma força infinita, eterna e divina.

Pausa de cerca de 30 segundos

Livres na imensidão do espaço estelar, todo seu ser está em


comunhão com o Oceano cósmico dentro do qual se banham em
corpo e alma, regenerando-se em todos os planos e vibrando no
ritmo da Harmonia universal.

Música (aprox. três minutos)

Calmamente, retornem ao plano objetivo e tomem consciência de


seu corpo e do local onde se encontram.

(Pausa)

Se algum dos Fratres e Sorores quiser fazer comentários ou relatar


as impressões que sentiu durante esse experimento, poderá fazê-lo
agora.

Pausa para o Fórum

Fratres e Sorores, o ser humano gasta tanta energia mental


para vencer o espaço porque sua maneira de conceber esse elemento
está errada. Em larga medida é também porque ele ignora que seu
potencial de inteligência poderia ser empregado para fins mais úteis,
para si mesmo e para a humanidade. Seria muito importante ele
compreender que o espaço é antes de tudo um produto da nossa
consciência objetiva e que não constitui um obstáculo material
insuperável. Isso naturalmente não quer dizer que ele não exerça
nenhuma influência em nossa vida. Significa simplesmente que é
possível transcendermos a compreensão objetiva que temos dele e
assim nos libertarmos de muitas limitações materiais que só existem
em função da importância que damos a elas. Se procurarem
vivenciar regularmente essa transcendência, darão à sua vida um
direcionamento mais consoante com o que ela deveria ser, pois
compreenderão em profundidade que a consciência humana
abrange um campo infinito e eterno.

ORDEM ROSACRUZ
EXPERIMENTO N°26
A prece

LOJAS – CAPÍTULOS – PRONAOI


A PRECE

MATERIAL

- Uma música de cerca de três minutos.


INTRODUÇÃO

Fratres e sorores, por definição, o misticismo é o estudo e a


prática do elo espiritual que une o homem a Deus. Ora, a prece é um
meio privilegiado de tomar consciência desse elo e reforçá-lo, pois
permite que nossa alma se eleve a planos superiores e coloque-se em
ressonância mais estreita com sua fonte, no caso a Alma universal.
Independentemente de qualquer consideração religiosa, orar
consiste portanto em criar um diálogo íntimo entre nós mesmos e o
Deus de nosso coração. Uma vez que Ele está presente tanto no mais
profundo de nosso ser quanto nas galáxias mais longínquas do
universo, toda prece pode ser endereçada ao nosso Mestre interior
ou dirigida aos confins do cosmos. Em ambos os casos, ela produz o
mesmo efeito, ou seja, uma fusão momentânea entre nossa própria
consciência e a Consciência cósmica. Na sua última fase, esta fusão
se traduz por um êxtase no decurso do qual experimenta-se a
Unidade divina. Logo, toda noção de espaço-tempo desaparece para
dar lugar a um sentimento indescritível de infinidade e de
eternidade.

Em todas as religiões e tradições místicas, faz-se referência a


três tipos de prece: a prece de intercessão, a prece de confissão e a
prece de reconhecimento. A prece de intercessão objetiva pedir a
Deus a realização de um desejo relativo ao nosso bem ou ao de
outrem. A maioria dos que crêem a empregam unicamente em caso
de doença, aflição moral ou problemas puramente materiais. Um
rosacruz deve também utilizá-la para solicitar do Cósmico a
inspiração e a força interior necessárias à sua busca mística. Se não
o fizer, privar-se-á do apoio e da proteção que a Inteligência divina
está sempre pronta a conceder a quem quer que se esforce para se
aprimorar e viver em harmonia com as leis cósmicas. Não deixai
portanto de orar para obter Sua ajuda no plano espiritual, pois é em
nossa aptidão para comungar com essa Inteligência que se situam a
fonte da felicidade e a chave de nossa evolução anímica.

É evidente que a prece de intercessão não é suficiente por si


mesma para obter a realização de nossos desejos, sejam eles
relativos ao nosso bem estar material ou à nossa evolução espiritual.
Infelizmente, muitas pessoas consideram que o fato único de pedir a
ajuda de Deus permite recebê-la. Em virtude desse princípio, elas
imploram Sua graça e aguardam passivamente que seu desejo se
realize. Do ponto de vista rosacruz, tal súplica isoladamente não
permite que se obtenha satisfação. De fato, se é verdade que a
Inteligência divina é fundamentalmente construtiva e tende sempre
a agir em nosso interesse, devemos contudo tomar parte ativa na
resolução de nossos problemas e não nos resignarmos ao sermos
confrontados com uma provação. A esse respeito, lembrai-vos
constantemente do antigo adágio: „Ajuda a ti mesmo e o Céu te
ajudará”.

Como seu nome indica, a prece de confissão é destinada a


confessar os erros que tenhamos cometido. Em certas religiões, essa
prece só é tida como válida se for feita a um membro do clero, sendo
este considerado como um mediador entre o pecador e a Divindade.
Do ponto de vista místico, nenhuma pessoa está habilitada a julgar
nossas faltas e nem possui a autoridade requerida para absolvê-las.
Com efeito, todo ser humano deve assumir as consequências
cármicas de suas faltas e compensá-las em uma de suas encarnações.
Em última análise, apenas Deus pode fazer um julgamento imparcial
sobre nosso comportamento e julgar com perfeito conhecimento de
causa o bem e o mal que houvermos feito. É por essa razão que a
maioria dos rosacruzes se reporta diretamente à Sua justiça e à Sua
clemência quando sentem necessidade de se confessar.

Por razões evidentes, não basta confessar nossos erros para


que eles nos sejam cosmicamente perdoados. Certamente, o fato de
reconhecê-los e de se arrepender deles é uma etapa importante na
tomada de consciência dos efeitos negativos que eles podem ter
sobre nós mesmos ou sobre os outros. Todavia, essa tomada de
consciência deve ser acompanhada de uma compensação adequada
de nossa parte. Em outras palavras, é preciso também agir para
reparar o mal que tenhamos feito. Neste sentido, as religiões não
insistem o suficiente na importância dessa reparação e se limitam no
mais das vezes a exigir do pecador uma penitência moral,
geralmente na forma de uma ou mais preces de contrição. Ora, tal
penitência, por mais sincera que seja, não é suficiente para anular as
consequências cármicas de nossos erros e compensar o mal que
tenhamos feito a outrem.

A prece de reconhecimento, chamada por vezes de „prece de


gratidão”, objetiva agradecer a Deus por todas as alegrias que Ele
nos oferece nesse plano terrestre. É certamente esse tipo de prece a
mais negligenciada, pois o homem tende a ser ingrato, tanto para
com seus semelhantes quanto para com a Divindade. Contudo, a
alegria e os prazeres diversos que conhecemos em nossa existência
não são uma dívida, e sim o efeito das leis humanas e cósmicas.
Assim sendo, deveríamos sempre nos rejubilar com o impacto
positivo que essas leis têm sobre nossa vida quando permitimos que
elas se cumpram. A cada vez que as circunstãncias nos forem
favoráveis, é importante pois orar para mostrar que estamos
conscientes desse privilégio. Além disso, o melhor meio de obter os
favores do Cósmico consiste em saber reconhecer da forma devida
as benesses de que fruimos.

Por mais surpreendente que possa parecer, deveríamos


também agradecer a Deus quando formos confrontados a problemas
ou provações. De fato, cada uma delas é a expressão da Justiça
divina e contrinui para nossa evolução interior, pois nos permitem
que tomemos consciência dos recursos físicos, mentais e espirituais
de que dispomos. Ora, o simples fato de viver e evoluir é por si um
grande privilégio. É verdade que certos infortúnios são muito
angustiantes e exigem muita coragem para que os confrontemos.
Porém, toda pessoa que conserva a fé, a despeito dos sofrimentos
físicos ou morais que possa vir a conhecer, cria um carma muito
positivo. Além disso, nessa encarnação ou na próxima, ela conhecerá
a felicidade a que aspirava.

PROCEDIMENTO

Fratres e sorores, para nosso experimento de hoje, eu vos lerei


três preces. A primeira será uma prece de confissão, a segunda uma
prece de reconhecimento e a terceira uma prece de intercessão.
Durante a leitura, colocai-vos em harmonia com seu conteúdo e fazei
delas uma comunhão íntima com o Deus de vossos corações. Cada
uma delas será seguida de um breve período de silêncio e de
introspecção.

- Inicialmente, sentai-vos confortavelmente, se possível


com as costas bem eretas, as mãos colocadas sobre os joelhos e os
pés repousados inteiramente no chão e ligeiramente separados um
do outro.

Pausa curta

- Permanecendo nessa posição, fechai os olhos e relaxai


por alguns instantes efetuando respirações profundas.

Pausa de cerca de 30 segundos

O Mestre lê a primeira prece:

Prece de confissão

„Deus do meu coração; Deus da minha compreensão,


Embora aspire a me tornar melhor, tenho consciência de que
sou imperfeito e que cometo erros de julgamento e de
comportamento. Muitas vezes meus pensamento ainda são
impuros, minhas palavras injustas e minhas ações
insuficientemente boas. Possas Tu perdoar minha ignorância e
minha falta de sabedoria e sabe que lamento de toda minha alma o
mal que acabo cometendo”.

Pausa de cerca de 30 segundos

Prece de reconhecimento

„Deus do meu coração; Deus da minha compreensão,

Sê agradecido por todas as alegrias que tenho a felicidade de


vivenciar em minha existência. Certamente conheci também penas
e sofrimentos, mas sei que eles fazem parte da comdição humana e
que contribuem para minha evolução espiritual. Rendo-Te graças
também pela felicidade que os outros conhecem, pois meu desejo
mais caro é que todos os homens sejam felizes e vivam na Paz
Profunda”.

Pausa de cerca de 30 segundos

Prece de intercessão

„Deus do meu coração; Deus da minha compreensão,

Tu, que lês os corações, Tu sabes o quanto aspiro a me


aperfeiçoar e a me tornar um agente de Tua sabedoria. Porém eu
não poderia chegar a isso sem Tua ajuda. Eis porque peço
humildemente Tua inspiração. Concede-me também Teu auxílio nos
aspectos materiais de minha existência a fim de que eu seja feliz em
todos os planos de meu ser. Possas Tu também assistir toda a
humanidade e guiá-la na senda de sua evolução”.

Pausa de cerca de 30 segundos


Fratres e sorores, se alguns de vós tiverem perguntas ou
comentários a fazer quanto às três preces que acabo de ler, podeis
agora tomar a palavra.

Pausa para o fórum (máximo de 10 minutos)

Fratres e sorores, para encerrar este experimento, proponho-


vos fazer vossa própria prece ao Deus de vossos corações. Pode ser
uma prece de confissão, de reconhecimento, de intercessão ou de
tudo ao mesmo tempo. O essencial é ser sincero e fazer dela uma
comunhão espiritual entre vós e Ele. Sem dúvida Ele responderá
então segundo Suas vias e no momento mais oportuno. A fim de
conservar todo o seu aspecto místico, não haverá fórum em seguida.

Música de cerca de três minutos

Fratres e sorores, quando se admite a existência de Deus e a


possibilidade para a alma humana de comungtar com aquilo que Ele
é enquanto Inteligência absoluta, parece evidente que a prece é uma
das práticas mais eficazes para realizar tal comunhão. Enquanto
rosacruzes, sabemos como proceder nesse objetivo e não temos
portanto nenhuma desculpa se viermos a ser negligentes nesse
ponto, seja por outrem ou por nós mesmos. Além disso, tenhamos o
cuidado de fazer dela uma prática regular em nossa vida.

ORDEM ROSACRUZ
EXPERIMENTO N°27
O auxílio postmortem

LOJAS – CAPÍTULOS – PRONAOI


O AUXÍLIO POSTMORTEM

MATERIAL

- Uma música de cerca de dois minutos e meio.


INTRODUÇÃO

Fratres e sorores, como todos os fenômenos que não estamos


aptos a compreender intelectualmente ou a explicar de modo
racional, a morte faz parte dos acontecimentos que mais pessoas
temem e receiam. Para se convencer disso, basta observar o medo
que nossos contemporâneos manifestam diante dela. Este
sentimento de medo é acentuado pelo fato que ela é inevitável e
marca um prazo derradeiro do qual nenhum indivíduo pode
escapar. Além disso, ela é muitas vezes precedida de sofrimentos
físicos ou morais, o que contribui para deixá-la ainda mais
angustiante. Por certo, estamos todos condenados a morrer e deixar
esse mundo algum dia. Entretanto, essa partida para o além não é
tão atemorizante quanto se crê geralmente e deveria ser abordada
com serenidade. Se ela desperta tanto temor é porque os homens
ignoram o fato que ela conduz na verdade a um estado
transcendental que os aproxima de sua condição divina. Neste
sentido, as religiões não insistem o suficiente no aspecto iniciático
da morte. Ademais, muitas desvirtuaram seu sentido, de tal modo
que ela se tornou um tabu ou objeto de apreensão para muitos fiéis.

Para as pessoas que negam a existência da alma, a morte é um


retorno ao nada e se traduz por um não-ser absoluto. Considerando
que o ser humano se limita a um corpo físico dotado de uma
consciência puramente cerebral, elas consideram que a morte
acarreta a aniquilação total e inelutável de todo ser humano. Num
sentido, não podemos negar que, quando uma pessoa morre, sua
individualidade terrestre desaparece para sempre e se apaga
progressivamente das memórias. De fato, seu aspecto geral, sua
morfologia, seu rosto e sua voz formavam um todo único que a
natureza provavelmente não reproduzirá jamais. Para os
materialistas e ateus, a morte é portanto um acontecimento que os
priva para sempre dos bens desse mundo e das alegrias que eles
conheceram em contato com os seus. É por essa razão que eles
geralmente têm uma abordagem negativa dela e a concebem como o
cessar definitivo da vida. Em virtude desse princípio, eles não dão
nenhum interesse à espiritualidade e não se preocupam com sua
evolução anímica, pois sua filosofia os incita antes a aproveitar o
máximo o instante presente e os prazeres inerentes ao mundo
material.

Como sabeis, a maioria das religiões rejeitam a doutrina da


reencarnação e afirmam que vivemos apenas uma vez nessa Terra.
Segundo elas, o corpo do homem retorna ao pó após a morte e sua
alma vai ou para o paraíso ou para o inferno, no aguardo do
„julgamento final”. Ora, al concepção do além está em contradição
com os ensinamentos que os Mestre e os Iniciados transmitiram a
respeito. De fato, todos proclamaram que o objetivo de nossa
evolução é tornarmo-nos perfeitos e que esse objetivo só pode ser
atingido ao termo de muitas vidas terrestres. A esse respeito, a „Vida
eterna” à qual faz-se alusão em certos credos religiosos designa de
fato e estado espiritual ao qual ascenderemos quando tivermos
atingido a Perfeição, pois não mais estaremos obrigados a
reencarnar e permaneceremos no plano cósmico enquanto almas.
Em outras palavras, viveremos eternamente e em plena consciência
no Mundo divino.

Regra geral, a morte de um ser humano se produz no instante


preciso em que seu coração cessa de bater, pois todas as funções e
todas as células de seu organismo são então privadas da energia vital
que as mantinha em atividade. Essa parada cardíaca pode ser a
consequência de uma doença prolongada, da velhice, de um choque
violento ou de um infarto. Não sendo mais irrigado pelo sangue, o
cérebro pára de funcionar também, o que se traduz por uma linha
reta horizontal e contínua num eletroencefalograma. Do ponto de
vista médico, é essa „morte cerebral” que atesta oficialmente que a
pessoa em questão está morta. Considera-se efetivamente que ela
perdeu definitivamente o uso de suas faculdades mentais e físicas.
Progressivamente, seu corpo se resfria, endurece e toma uma
coloração acinzentada. Esses três efeitos perceptíveis resultam do
fato que a Força Vital o abandonou. Logo, ele começa a se decompor,
pois os átomos que o constituiam se dissociam gradualmente sob a
ação das forças repulsivas do Espírito.

Do ponto de vista místico, a morte não se limita ao cessar de


todas as nossas funções orgânicas e ao desaparecimento do corpo
físico. Ela integra também uma dimensão mística. Sem entrar em
explicações detalhadas quanto a isso, que são dadas num dos graus
de nossa Ordem, lembremo-nos que no momento em que o homem
exala seu último suspiro, sua alma o deixa gradualmente e se
reintegra no Cósmico ao plano correspondente ao grau de evolução
que atingiu ao término de sua vida terrestre. Lá, à luz da Onisciência
divina, ela faz o balanço cármico de sua encarnação e aguarda o
momento de se reencarnar, na presença de outras almas, dentre as
quais as de seres caros que a haviam precedido no além. Assim
então, a morte não marca o fim daquilo que somos enquanto
personalidade consciente; ela constitui uma transição – uma
passagem para o mundo espiritual.
O fato de saber que a morte é uma transição não impede que
um rosacruz seja afetado pela morte de um membro de sua família
ou de uma pessoa de seu meio, pois isso não pode suprimir-lhe a
tristeza legítima que se sente em tais circunstâncias. De fato, a perda
de um ser caro constitui uma provação inegável e cria
necessariamente uma falta à qual é difícil se resignar, mesmo
quando se é um místico. Como dissemos anteriormente, não mais
vê-lo, ouvi-lo e falar com ele engendra um vazio afetivo que não se
cobre facilmente. Contudo, se formos convictos de que ele continua a
viver num outro plano e que o encontraremos no além, a morte
assume então a forma de um afastamento provisório, e não de uma
separação definitiva. É importante pois compreender que ela não
existe no absoluto e que constitui simplesmente uma das duas fases
da Vida.

PROCEDIMENTO

Fratres e sorores, como sabeis, milhares de seres


humanos morrem a cada dia. Enquanto eu vos falo, muitos deles
estão a ponto de fazer a transição e não estão preparados para ela.
Esse é o caso sobretudo daqueles que são ateus ou que, ainda que
sigam uma religião, têm uma falsa ideia do que seja a morte e do
estado a que ela conduz. É por essa razão que vos proponho hoje
efetuarmos juntos um experimento particular a fim de ajudá-los a
cruzar o umbral do além com confiança e serenidade. Para
conservar todo o seu caráter místico, o experimento não será
seguido de fórum.

- Inicialmente, sentai-vos confortavelmente, se


possível com as costas bem eretas, as mãos colocadas sobre os
joelhos e os pés repousados inteiramente no chão e ligeiramente
separados um do outro.
- Permanecendo nessa posição, fechai os olhos e
relaxai por alguns instantes efetuando respirações profundas.

Pausa de cerca de 30 segundos

- Visualizai agora um caminho de luz que se eleva no


espaço longínquo diante de vós.

Pausa de cerca de 15 segundos

- No final desse caminho vide uma porta, que marca


o umbral do além e dá acesso ao pós-vida.
Pausa de cerca de 15 segundos

- Vós vos aproximais dessa porta e vos colocais ao


lado dela, como um guardião. Feito isso, olhai para a Terra e
convocai todos aqueles que acabam de morrer:

„Irmãos e irmãs, não temei pelo que vos acontece, pois a


morte é ao mesmo tempo uma libertação e um renascimento. Vossa
vida terrestre se termina, mas uma nova existência começa para
cada um de vós. Tende fé na Divina Providência e segui esse
caminho de luz com confiança”.

Pausa de cerca de 15 segundos

- Do lugar onde estais, vedes vir a vós uma multidão


de corpos etéreos, cada um deles representando a alma de um
finado. Ao contemplar-lhes, enviai-lhes pensamentos de amor, de
paz e de conforto.

Pausa de cerca de 15 segundos

- Na medida em que essas almas se aproximam de


vós, experimentai o sentimento de que elas estão felizes e que estão
perfeitamente conscientes de seguir o caminho que leva para o além.
Vós as sentis libertadas de toda angústia, de toda mágoa e de toda
trsiteza.

Pausa de cerca de 30 segundos

- Por fim, as primeiras almas chegam ao vosso nível.


Abris a porta com doçura e fazeis com que compreendam que devem
atravessá-la sem temor. Ao vos ver, elas sabem que podem confiar
em vós e que lá estais unicamente para ajudá-las a cruzar o umbral
do pós-vida.

Pausa de cerca de 30 segundos

- Uma a uma, todas essas almas cruzam a porta do


além sob vosso olhar benevolente e vós sentis uma grande alegria
interior com a ideia de saber que elas doravante estão banhadas na
luz maior, na presença das hostes cósmicas e de todos os seres
queridos que as haviam precedido.
Música de cerca de 2 minutos e 30

Fratres e sorores, antes de nos separarmos, proponho-


vos agora que penseis num ser querido que vos tenha deixado mais
ou menos recentemente. Para tanto, visualizai seu rosto e vede-o
feliz, sereno e brilhante. Se o desejais, enviai-lhe uma breve
mensagem e colocai-vos então em estado de receptividade. Depois,
encerraremos este experimento particular.

Pausa de cerca de 2 minutos

Fratres e sorores, se por um lado a morte continua sendo


um dos maiores mistérios, não devemos por isso temê-la. Enquanto
místicos, sabemos que ela é apenas uma passagem entre dois
mundos. Certamente, ela nos afasta temporariamente dos seres
queridos ao lado dos quais vivemos aqui nesse plano, mas nos
aproxima de outros seres que nos são também caros e que nos
haviam precedido no além. É nessa perspectiva que devemos nos
dedicar a viver aqui, tão feliz e dignamente quanto possível.

ORDEM ROSACRUZ
EXPERIMENTO N°28
A assistência pré-natal

LOJAS – CAPÍTULOS – PRONAOI


A ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL

MATERIAL

- Uma música de cerca de dois minutos e meio.


INTRODUÇÃO

Fratres e sorores, na maior parte dos dicionários e


enciclopédiasm a palavra „nascimento” é definida como sendo o
„momento em que o feto se liberta do ventre materno”. Ainda que
essa definição seja fundamentalmente correta, ela não traduz a
dimensão mística de tal acontecimento. Certamente, é verdade que o
nascimento de um ser humano é o ápice de um processo fisiológico e
se manifesta pela vinda ao mundo de uma nova criança. Regra geral,
ela se produz cerca de nove meses após a concepção do ovo humano,
o qual resulta da fusão de uma célula macho com uma célula fêmea,
no caso um espermatozóide e um óvulo. Nesse particular, a
fecundação é uma das mais belas expressões da lei do triângulo.

Se não se pode negar que a medicina fez grandes


progressos no conhecimento do desenvolvimento embrionário e
fetal, nenhum cientista é capaz de explicar por qual „milagre” um
ovo tendo um milímetro de diâmetro contém em potencial as
características fisiológicas e morfológicas de um ser humano adulto.
O que quer que pensemos disso, jamais chegaremos a dominar todas
as leis relativas à procriação, pois tal domínio não é de nossa
competência e transcende os limites de nossa compreensão. Essa é a
razão pela qual os biológos devem dar prova de prudência e
sabedoria em todas as suas pesquisas, sobretudo naquelas que
dizem respeito às manipulações genéticas. Por razões evidentes, tais
manipulações trazem sempre riscos e poderiam culminar a longo
prazo numa degenerescência da espécie humana. Neste sentido, é
necessário que tais pesquisas sejam efetuadas no respeito a um
código de ética particularmente rigoroso.

Para os místicos, o nascimento não se limita a um


fenômeno físico, por mais admirável que ele seja. Em outras
palavras, ele não se reduz ao momento em que o feto se liberta do
ventre materno e adquire sua autonomia. Ele corresponde também
ao último instante em que a alma penetra o feto e toma posse de seu
novo veículo terrestre. Para ser mais preciso, é quando a criança
respira pela primeira vez que ela se encarna em seu corpo e lhe
confere a consciência. Enquanto o feto não recebe esse sopro por
meio da respiração, ele depende totalmente de sua mãe no plano
vital e não tem consciência nem de si mesmo, nem de seu estado,
nem de seu meio. Assim, ao contrário do que afirma a maioria das
religiões e certas escolas de psicologia, ele é incapaz de pensar e
interpretar com conhecimento de causa os estímulos aos quais é
submetido durante a gravidez. Com efeito, todas as suas reações são
involuntárias e provêm de influxo nervoso ou de impulsos
orgânicos.

Conforme acabamos de lembrar, a alma não se encarna


no momento da concepção, e sim quando a criança sai do ventre de
sua mãe e inspira pela primeira vez, fazendo dela um ser vivo e
consciente autônomo. De fato, é sob o impulso dessa primeira
inspiração que ela penetra nele e toma posse de todo o seu ser. Regra
geral, a expiração que se segue é acompanhada de um grito que se
identifica com o nascimento propriamente dito. De qualquer forma,
é no momento em que nasce, e não no da concepção, que o recém-
nascido recebe seu Eu espiritual e começa de fato sua encarnação.
Enquanto está no seio materno, ele está desprovido de consciência
anímica e não possui nenhuma autonomia vital. Em virtude desse
princípio, o embrião pode ser comparado a um órgão cuja
particularidade é se desenvolver de acordo com um processo
admirável e num objetivo que não poderia ser mais nobre: tornar-se
receptáculo e veículo de uma alma.

Se a alma não existe no feto, isso não quer dizer que ela
não tenha nenhuma relação com ele antes do nascimento. Ao
contrário: há séculos a Tradição rosacruz ensina que ela própria
escolhe a família, e por conseguinte o corpo no qual vai se
reencarnar, sendo essa escolha condicionada por seu carma e pelas
experiências que ela deseja conhecer para perfazer sua evolução. De
fato, podemos considerar que é a partir do quarto mês de gravidez
que a alma estabelece laços definitivos com ele, sendo estes laços de
natureza espiritual. Logo, ela começa uma „descida” cósmica e se
„aproxima” de sua mãe até o momento derradeiro no qual ela se
encarna. Do plano em que se encontra, ela segue atentamente a
evolução do feto e memoriza as diferentes fases de seu
desenvolvimento. É por isso que podemos ter reminiscências de
eventos que „nós” vivemos em estado fetal.

Nenhum de nós é capaz de se lembrar onde estava e o que


fazia naquilo que podemos chamar de „pré-vida”, ou seja, antes
mesmo de ser concebido fisicamente. Além disso, é muito difícil ter
reminiscências precisas sobre as relações pré-natais que
mantivemos, não apenas com nossa mãe, mas também com o feto
que se tornou nosso corpo físico no momento do nascimento.
Independentemente da hipnose, que apresenta riscos nos planos
psíquico e psicológico, o único meio de obter tais reminiscências
consiste em recorrer à meditação profunda com o objetivo preciso
de acessar a memória de nossa própria alma. É certo que todos
vivemos uma pré-vida e uma vida fetal e todos novamente as
experimentaremos quando chegar o momento de passarmos pela
transição e preparar nossa próxima encarnação.

Conforme as explicações precedentes, o nascimento não


marca apenas o momento em que a mãe liberta de si o recém-
nascido. Ele corresponde também ao instante preciso em que ele
recebe sua alma. Ora, antes de se encarnar, essa alma se encontrava
no plano cósmico, em companhia de outras almas que constituiam
para ela uma família comparável àquela que temos na Terra. Desta
feita, sua encarnação constitui uma morte com relação ao „lugar”
em que ela residia e ao estado em que estava. Além disso, isto
representa uma provação difícil para ela, pois ela perde sua
liberdade espiritual para se encerrar num corpo de matéria,
submetendo-se assim a múltiplas contingências, sobretudo as que
dizem respeito à sua própria sobrevida. Assim, ainda que não
tenhamos consciência disso objetivamente, o nascimento é um
acontecimento penoso tanto para a mãe quanto para a alma que se
encarna. É por isso que tudo deve ser feito para torná-lo o mais
suave possível, tanto no plano físico quanto no anímico.

PROCEDIMENTO

Fratres e sorores, como sabeis, milhares de crianças


nascem a cada dia no mundo. Assim, enquanto estamos reunidos
nesse Templo, muitas almas estão se preparando para deixar o
mundo espiritual e se incarnar no plano terrestre na família que
escolheram para prosseguir com sua evolução. Pelas razões que
havíamos explicado antes, isso constitui uma provação para a
maioria delas. É por essa razão que vos proponho efetuar um
experimento cujo objetivo é assisti-las e fazer com que sua
encarnação se produza nas melhores condições possíveis. Para
conservar todo o seu caráter místico, o experimento não será
seguido de fórum.

- Inicialmente, sentai-vos confortavelmente, se


possível com as costas bem eretas, as mãos colocadas sobre os
joelhos e os pés repousados inteiramente no chão e ligeiramente
separados um do outro.

- Permanecendo nessa posição, fechai os olhos e


relaxai por alguns instantes efetuando respirações profundas.

Pausa de cerca de 30 segundos


- Visualizai agora a Terra, como se a olhásseis do
espaço. Vede-a girar lentamente sobre si mesma, envolta numa aura
luminosa.

Pausa de cerca de 15 segundos

- Agora imaginai que um grande feixe de luz desce


lentamente do Cósmico na direção da Terra.

Pausa de cerca de 15 segundos

- Ao contato com esse feixe de luz, a Terra se


transforma gradualmente numa imensa rosa de beleza
incomparável.

Pausa de cerca de 15 segundos

- Elevando o olhar acima dessa rosa, vedes aparecer


uma multidão de rostos de crianças, cada qual correspondendo a
uma alma a ponto de se encarnar.

Pausa de cerca de 15 segundos

- Atraídas pela beleza e pelo esplendor da rosa, todas


essas almas de crianças descem até ela e deslizam para o seu interior
alegre e confiantemente.

Pausa de cerca de 15 segundos

- Esta visão vos enche de alegria e faz nascer em vós


a necessidade de orar por todas essas almas que se encarnam sob o
vosso olhar:
„Deus do meu coração,
Em nome de Tua Luz, concede a essas crianças as
bênçãos de Tua Vida e dá-lhes a dádiva de Teu Amor, a fim de que
essa nova encarnação lhes traga a paz do corpo, do coração e da
alma. Que essa vida que começa para elas se desenvolva sob os
melhores auspícios e as preserve tanto quanto possível das
provações da existência a fim de que possam evoluir para a
Sabedoria em plena serenidade e conhecer a Paz Profunda.”
Pausa de cerca de 15 segundos

- Tendo feito essa invocação, contemplai uma última


vez a rosa e dirigi para ela todos os vossos pensamentos de amor e de
benevolência.

Música de cerca de 2 minutos e 30

- Fratres e sorores, antes de nos separarmos,


proponho-vos agora que enviai todos os vossos pensamentos de
afeto para as crianças que conheceis, seja as de vossas famílias ou as
de pessoas conhecidas. Vede-as felizes por viver e formulai para elas
todos os vossos votos de felicidade e de sucesso. Depois, pensai em
todas aquelas que sofrem ao redor do mundo, seja em razão de
guerras, fome, epidemias ou por diversas formas de maus tratos e
pedi ao Cósmico que interceda em favor delas.

Pausa de cerca de 2 minutos

- Fratres e sorores, enquanto rosacruzes, temos o


privilégio de saber precisamente aquilo que encerra a noção de
nascimento. Com efeito, sabemos que ele corresponde, à parte a
óbvia vinda de uma criança ao mundo, também e talvez sobretudo à
encarnação de uma alma num novo corpo. Portanto, é por esse
ângulo místico que devemos interpretá-lo. Isso redunda em ver nele
o ponto de partida de uma nova vida na Terra com tudo o que isso
implica em termos de experiências felizes e infelizes – todas no
objetivo único de evoluir espiritualmente e de tomar consciência de
nossa natureza divina.

ORDEM ROSACRUZ
EXPERIMENTO N°29
De uma vida para outra

LOJAS – CAPÍTULOS – PRONAOI


DE UMA VIDA PARA OUTRA

MATERIAL

- Nenhum.
INTRODUÇÃO

Fratres e sorores, como sabemos enquanto rosacruzes, o


objetivo último de todo ser humano é evoluir gradualmente para o
estado de Perfeição ao qual chamamos „estado de Rosacruz” em
nossa Tradição. Em outras palavras, é atingir o domínio de si e
aplicar essa mestria não apenas à própria vida, mas também à dos
outros a fim d contribuir para o seu bem-estar. Tal meta pode
parecer inacessível, pois temos consciência de ser imperfeitos e
podemos ter dúvidas quanto a dominar algum dia todos os fatores
que estão na origem de nossa imperfeição. Tal é, contudo, o obejtivo
final que devemos atingir e que certos Grandes Iniciados já
realizaram, dentre os quais os Profetas, Messias e Avatares que
balizaram a história da humanidade.

Em que consiste o estado de Perfeição que o homem deve


alcançar ao cabo de sua evolução espiritual? É difícil responder essa
questão, pois no estado atual de nossa condição só podemos
umaginar o conjunto das virtudes que caracterizam esse estado.
Contudo, à luz dos nossos ensinamentos, sabemos que ele
corresponde a uma fusão entre nossa própria consciência e a
Consciência cósmica. Quando um ser humano realiza tal fusão, seu
comportamento físico, mental, emocional e espiritual está então
totalmente conforme às leis divinas e reflete plenamente a grandeza,
a beleza e a sabedoria da Inteligência universal. No absoluto, quem
quer que tenha atingido esse estado não está mais sujeito a nenhum
desejo egoista e não conhece mais o orgulho, ociúme, a hipocrisia e
todos esses defeitos que confuguram a falibilidade do homem
ordinário. Então, ele focaliza todo o seu ser para o bem e emprega
toda a sua vontade para servir o Deus de seu coração.

Se é possível imaginar a existência ideal que levaremos


quando houvermos atingido a Perfeição, por outro lado é muito mais
difícil compreender como proceder para alcançar essa Perfeição
numa única vida terrestre. De fato, uma vez tendo-nos dedicado a
essa reflexão, como conceber que seja possível, ao cabo de algumas
dezenas de anos apenas, tornarmo-nos perfeitos em todos os
planos? Do ponto de vista puramente lógico, tal coisa é impossível. É
por isso que a maioria dos rosacruzes adere à reencarnação. De fato,
se se admitir que nossa alma se reencarna regularmente, é fácil
conceber que ela evolua de uma vida para outra e que acumule assim
uma sabedoria que, a longo prazo, se tornará tão perfeita quanto a
Sabedoria cósmica.

Ninguém pode negar que aprendemos muitas lições no


decurso de nossa existência. É além disso essa evidência que está na
origem do adágio „Se os jovens soubessem; se os velhos pudessem”.
Conforme esse adágio traduz, a passagem do tempo faz nascer
experiências que contribuem para nossa evolução e que, uma vez
integradas, nos elevam na compreensão das Verdades divinas. Como
uma só vida não é suficiente para dominar todos os aspectos
negativos de nossa personalidade, são necessárias muitas para
atingir a Perfeição, cada uma delas contribuindo diretamente para o
desabrochar de nossa „consciência anímica”, expressão rosacruz
que designa a consciência da alma. Dito isso, como é o caso para toda
doutrina relativa ao aspecto espiritual da existência, é impossível
provar tangivelmente a reencarnação. Compete pois a cada um
moldar sua própria opinião a esse respeito.

Segundo a Tradição rosacruz, transcorrem-se em média 144


anos entre duas encarnações sucessivas. Ao término desse período, a
alma se reencarna num novo corpo físico, recomeçando assim uma
vida terrestre que, como as precedentes, contribuirá para o
aprimoramento de sua tomada de consciência da Perfeição divina.
Nesse sentido, é importante compreender que nossa encarnação
atual é a síntese resultante de todas as nossas encarnações
pregressas. Ao analisar nossa personalidade atual e levando-se em
consideração as impressões que por vezes nos vêm durante nossas
meditações, podemos obter informações interessantes sobre o que
fomos em nossas encarnações anteriores. É portanto no mais
profundo de nós mesmos que está a história de nossa própria
evolução espiritual.

Disso podemos deduzir que a alma do homem não vai nem


para o paraíso e nem para o inferno após a morte. Tais „lugares” são
puramente simbólicos, para não dizer imaginários, e não
correspondem a nenhuma realidade cósmica. Após haver transitado
para o além, nossa alma se eleva gradualmente no mundo espiritual
para sua nova morada. Lá, ela reencontra outras almas, das quais
algums que estavam entre os seres que lhe eram queridos, e faz o
balanço das experiências marcantes da encarnação que acaba de
viver. Durante o período em que estiver no Cósmico - período o qual
corresponde à duração que deve transcorrer na Terra para que o
ciclo de 144 anos seja completado - , ela medita sobre os erros
cometidos e sobre o modo como poderá compensá-los em sua
encarnação futura. Em outras palavras, ela prepara sua próxima
vida terrestre.

Fratres e sorores, proponho-vos agora efetuar um


experimento relativo às observações gerais que acabo de fazer a
propósito do próprio objetivo da vida e da necessidade de se
reencarnar para cumprir nossa evolução espiritual.

PROCEDIMENTO

- Inicialmente, sentai-vos confortavelmente, se


possível com as costas bem eretas, as mãos colocadas sobre os
joelhos e os pés repousados inteiramente no chão e ligeiramente
separados um do outro.

Curta pausa

- Agora, fechai os olhos e relaxai por alguns


instantes efetuando respirações profundas.

Pausa de cerca de 30 segundos

- Para começar, proponho-vos fazer o balanço de


vossa vida presente. Independentemente de vossa idade, percorrei o
curso de vossa existência atual o máximo que possais e revivei os
acontecimentos marcantes que viveram. Naqueles felizes ou
positivos, detenham-se para aproveitá-los novamente. Nos infelizes
ou negativos, perguntai a vós mesmos, sem vos culpar e sem sentir
remorso ou mágoa, se tivestes uma parte de responsabilidade. Nesse
caso, vede o que deveríeis ter dito ou não dito, feito ou não ter feito,
para que as coisas fossem diferentes.

Pausa de cerca de 4 minutos

- Fratres e sorores, uma vez que o objetivo de toda


vida é evoluir no plano interior e, por conseguinte, aprimorar-se,
proponho-vos agora abandonar-vos a uma análise daquilo que sois
atualmente enquanto pessoas, entendido que progredistes
necessariamente na senda da evolução. Em outras palavras, sem ser
nem muito severos nem demasiado indulgentes, vede em que
melhorastes de um ano para outro em vossos julgamentos e em
vosso comportamento. Feito isso, considerai os pontos que ainda
carecem de reflexão.

Pausa de cerca de 4 minutos

- Fratres e sorores, pelas razões que evoquei a título


de introdução, a maioria de nós adere à reencarnação. Se é fato que
nossa próxima vida na Terra será condicionada em grande parte por
aquilo que tenhamos feito na presente, não é por outro lado proibido
ter desejos a esse respeito. É por isso que vos proponho agora
meditar sobre aquilo que desejaríeis para vossa próxima
encarnação: homem ou mulher, país, família, profissão, religião etc.
Mais uma vez fazei de vossos desejos uma criação mental, sabendo
naturalmente que também serão feitos conforme a vontade do
Cósmico.

Pausa de cerca de 4 minutos

- Fratres e sorores, se alguns de vós tiverem


questões a formular ou comentários a fazer sobre alguma das fases
desse experimento, podeis agora fazer uso da palavra.

Pausa para o fórum (máximo de 20 minutos)

- Fratres e sorores, enquanto rosacruzes, sabemos


não apenas o porquê de vivermos na Terra como também sabemos
orientar nossa vida para torná-la ao mesmo tempo feliz e útil para
nossa evolução espiritual. Em consequência, cabe a nós colocar em
prática nosso ensinamento e conformarmo-nos tanto quanto
possível à nossa filosofia. Assim, sem dúvida alguma progrediremos
no plano interior e conheceremos grandes momentos de felicidade.

ORDEM ROSACRUZ
EXPERIMENTO N°30
A utopia rosacruz

LOJAS – CAPÍTULOS – PRONAOI


A UTOPIA ROSACRUZ

MATERIAL

- Uma música de meditação de cerca de 2 minutos e 30.


INTRODUÇÃO

Fratres e sorores, como sabeis, a maioria dos rosacruzes são


utopistas, no sentido de que trabalham para o advento de um mundo
melhor ao mesmo tempo em que sabem que talvez não o conhecerão
jamais. Na maior parte dos livros de referência, a palavra „utopia” é
definida como „uma sociedade ideal porém imaginária, tal como
um determinado autor a concebe e a descreve”, ou ainda como „um
projeto social cuja realização é impossível”. No decurso dos séculos
passados, muitos filósofos e pensadores imaginaram utopias e
descreveram a sociedade ideal tal como a concebiam. Dentre eles
citamos notadamente Homero, Plutarco, Ovídio, Virgílio, Santo
Agostinho, Platão, Thomas More, Campanella, Rabelais, Jean-
Valentin Andreae, Francis Bacon, John Harrington, Voltaire,
Charles Fournier, Aldous Huxley etc.

De maneira geral, as utopias se classificam em três


categorias: as utopias de conotação religiosa, as utopias de
conotação política e as utopias de conotação filosófica. Por razões
compreensíveis, as primeiras refletem as concepções religiosas do
autor, as quais diferem se ele for cristão, judeu, muçulmano etc. A
título de exemplo, a utopia de Jean-Valentin Andreae, intitulada
„Reipublicae christianopolitanae descriptio”, publicada em 1619,
partia do princípio que a sociedade ideal devia ter por fundamento a
doutrina e a moral cristãs. Conforme indica seu nome, as utopias
políticas se fundam sobre uma abordagem política, quando não
ideológica, do Estado ideal. Regra geral, elas são mais materialistas,
como o „marxismo”, derivado do nome de Karl Marx, seu fundador.
Quanto às utopias filosóficas, estas têm como evidência a existência
de Deus e da alma humana mas são despidas de qualquer conotação
dogmática, como a „República” de Platão. No segundo caso, elas
evocam aquilo que há de melhor no homem, sem aludir à presença
de uma alma nele, e portanto sem se referir a Deus. A esse respeito
podemos dizer que elas são humanistas.

À luz das observações precedentes, as utopias religiosas têm


frequentemente o inconveniente de privilegiar a doutrina e a moral
de uma religião em particular. Assim, elas são geralmente rejeitadas
por aqueles e aquelas que seguem outro credo. Em certos casos, elas
são dogmáticas, ou mesmo integralistas. Por sua vez, a maioria das
utopias políticas são marcadas por uma ideologia sectária, de modo
que nutrem planificações entre os cidadãos com tudo aquilo que
disso resulta em termos de oposições e conflitos. Pior ainda, elas são
por vezes totalitárias. Do ponto de vista místico, são as utopias
filosóficas do tipo espiritualista que apresentam maior interesse,
pois elas não são em geral nem dogmáticas, nem sectárias, nem
exclusivas. Em outras palavras, não são a expressão nem de um
credo religioso particular e nem de uma ideologia política específica.

De maneira geral, podemos dizer que a utopia ideal é aquela


que pode agremiar todos os homens em torno de um mesmo projeto
de sociedade independentemente de suas raças, nacionalidades,
crenças religiosas, opiniões políticas, classe social etc. É muito difícil
para uma única pessoa imaginar e exprimir por escrito tal utopia,
pois isso implica em ter uma visão universal e intemporal da
condição humana, o que é praticamente impossível. Para que ela
seja verdadeiramente ideal, é portanto preferível que ela seja a obra
não apenas de um indivíduo, por mais inspirado que seja, mas de um
colégio de pensadores representativos de todas as culturas, todas as
tradições, todas as religiões etc.

Dado que uma utopia tem em geral relação com uma


sociedade ideal cuja realização é a priori impossível, podemo-nos
perguntar em que ela é útil aos homens. De fato, tudo depende de
seu conteúdo: se os princípios sobre os quais ela repousa são
verdadeiramente humanistas e visam efetivamente a felicidade de
todos os cidadão, ela é então um vetor de esperança e cultiva ideia
segundo a qual é possível criar um mundo melhor ao qual todos os
homens aspiram mais ou menos conscientemente. Se além disso ela
incitar todo indivíduo a se aprimorar para que ele próprio se torne
melhor no plano individual, ela contribui paralelamente com a
elevação das consciências, o que deveria ser o objetivo de todo
projeto de sociedade.

Conforme as explicações precedentes, o valor de uma utopia


reside tanto na nobreza dos ideais que ela traz em si quanto no fato
de saber se é ou não possível realizá-la, o que levou Platão a dizer: „A
utopia é a forma de sociedade ideal. Talvez seja impossível realizá-
la na Terra, mas é nela que um sábio deve depositar todas as suas
esperanças”. É precisamente por essa razão que os rosacruzes são
inclinados a se voltar para as utopias filosóficas do tipo
espiritualista, sobretudo porque a filosofia, no sentido literal do
termo, é o „amor pela sabedoria”. Nesse particular, uma utopia só
pode ser válida se propõe a fazer a felicidade dos homens com eles, e
não apesar deles, como foi e ainda é o caso de certas ideologias
religiosas e políticas. Isso pressupõe de fato que ela seja imaginada e
posta em prática, se não por sábios ao menos por pensadores
animados pela sabedoria.
Fratres e sorores, como certamente sabeis, a AMORC
publicou, em 2001, um Manifesto no qual seus dirigentes expõe sua
posição quanto à situação geral do mundo, de onde seu título
„Positio Fraternitatis Rosae Crucis”. Esse Manifesto, traduzido em
mais de vinte línguas, é encerrado com uma utopia cujos autores têm
portanto nacionalidades, opiniões políticas, crenças religiosas e
culturas diferentes. Se para além dessas diferenças eles se puseram
de acordo quanto a uma visão comum da sociedade ideal é
precisamente porque a filosofia rosacruz traz em si um desejo de
universalidade que privilegia a unidade na diversidade.
Evidentemente, essa utopia ainda não se tornou uma realidade. É
por essa razão que eu vos proponho hoje servirmo-nos dessa utopia
para fazermos uma criação mental coletiva.

PROCEDIMENTO

- Inicialmente, sentai-vos confortavelmente, se


possível com as costas bem eretas, as mãos colocadas sobre os
joelhos e os pés repousados inteiramente no chão e ligeiramente
separados um do outro.

Curta pausa

- Agora, fechai os olhos e relaxai por alguns


instantes efetuando respirações profundas.

Pausa de cerca de 30 segundos

- Eu vos lerei agora o texto da „Utopia rosacruz” tal


como ele figura no „Positio Fraternitatis Rosae Crucis”. Farei uma
pausa entre cada tópico dessa utopia a fim de que tenhais tempo
para meditar sobre o modo como eles podem se traduzir na
realidade.

- Eis então o texto da utopia rosacruz:

„Deus de todos os seres humanos, Deus de toda vida. Na


Humanidade com que sonhamos:

Os políticos são profundamente humanistas e


trabalham a serviço do bem comum,

Pausa de cerca de 30 segundos


Os economistas gerem as finanças dos Estados
com discernimento e no interesse de todos,

Pausa de cerca de 30 segundos

Os sábios são espiritualistas e buscam sua inspiração


no Livro da Natureza,

Pausa de cerca de 30 segundos

Os artistas são inspirados e expressam em suas obras a


beleza e a pureza do Plano Divino,

Pausa de cerca de 30 segundos

Os médicos são motivados pelo amor ao próximo e


cuidam tanto das almas quanto dos corpos,

Pausa de cerca de 30 segundos

Não há mais miséria nem pobreza, pois cada qual tem


aquilo de que precisa para viver feliz,

Pausa de cerca de 30 segundos

O trabalho não é mais vivenciado como uma


coerção, mas como uma fonte do desabrochar e de bem-estar,

Pausa de cerca de 30 segundos

A natureza é considerada como o mais belo dos templos


e os animais como nossos irmãos em via de evolução,

Pausa de cerca de 30 segundos

Há um Governo mundial, formado pelos dirigentes


de todas as nações, trabalhando no interesse de toda a
Humanidade,

Pausa de cerca de 30 segundos


A Espiritualidade é um ideal e um modo de vida que têm
sua fonte numa Religião universal, baseada mais no conhecimento
das leis divinas do que na crença em Deus,

Pausa de cerca de 30 segundos

As relações humanas são fundadas no amor, na


amizade e na fraternidade, de modo que o mundo inteiro vive
em paz e harmonia.”

Pausa de cerca de 30 segundos

- Agora para finalizar, imaginai aquilo que seria para


vós a sociedade ideal e projetai-vos em consciência nessa criação
mental.
Música de cerca de 2 minutos e 30

- Fratres e sorores, se alguns dentre vós tiver


questões a formular ou comentários a fazer sobre o experimento que
acabamos de efetuar, podeis agora fazer uso da palavra.

Pausa para o fórum (máximo de 15 minutos)

- Fratres e sorores, enquanto rosacruzes devemos


ser utopistas, o que naturalmente não exclui ser realistas. Neste
sentido, o texto da Utopia Rosacruz dá uma visão geral daquilo que
poderia ser a sociedade ideal se a humanidade evoluir como se deve.
Todavia, não basta visualizá-la para que ela se torne uma realidade.
Evidentemente, devemos agir de acordo e despertar nos outros o
desejo de fazer o mesmo, no interesse de todos e de cada um.

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