Doenças Crônicas Não Transmissiveis - DCNT

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Módulo de Acolhimento e Avaliação

Projeto Mais Médicos para o Brasil


31° Ciclo do PMMB

DOENÇAS CRÔNICAS NÃO


TRANSMISSÍVEIS (DCNT)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Compreender a Carga das DCNT no Brasil e discutir a epidemiologia
• Apresentar e discutir o cuidado efetivo, promoção de saúde e prevenção
de eventos cardiovasculares às pessoas com DCNT
• Conhecer a discutir a abordagem na hipertensão arterial sistêmica (HAS),
dislipidemia, diabetes mellitus (DM), obesidade, doença renal crônica
(DRC), doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT)
• As DCNT são responsáveis pela maior carga de morbimortalidade no mundo,
acarretando perda de qualidade de vida, limitações, incapacidades, além de alta taxa
de mortalidade prematura (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2011.
• As DCNT foram responsáveis por cerca de 70% das mortes ocorridas globalmente em
2019.
• Esse grupo de doenças crônicas têm quatro fatores de risco modificáveis em comum:
Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT)
• As taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas estão
diminuindo
CONTROLE DO AUMENTO DA
TABAGISMO COBERTURA DA ESF

• A prevalência de diabetes e hipertensão está aumentando, junto com a prevalência de


obesidade

MUDANÇAS DESFAVORÁVEIS NA
DIETA E NA ATIVIDADE FÍSICA.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não
Transmissíveis. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das
Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030
[recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em
Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças
Não Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021
Conhecer a carga das DCNTs no Brasil
• Em 2016, doença cardíaca isquêmica foi a principal causa de anos de vida perdidos,
seguido de violência interpessoal.

• Os principais fatores de risco para anos vividos com incapacidades foram: uso de
álcool e outras drogas, HAS e obesidade.
Compreender o modelo efetivo de cuidado às pessoas com DCNT
Promover saúde, prevenir, tratar e reabilitar pessoas com
HAS, Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus tipo 2
Prevenção primária
• É a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema de
saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição
clínica.
ü Melhores condições socioeconômicas gerais;
ü Leis contra tabagismo, alcoolismo, fast-food e consumismo infantil;
ü Mais espaços públicos para a prática de atividades físicas e lazer (ex.: parques e
praças verdes, ciclovias, quadras poliesportivas);
ü Mais opções culturais variadas (teatro, cinema, biblioteca, exposições, feiras, festivais,
shows) e acessíveis em todas as partes das cidades;
ü Mais acesso a alimentos in natura a preços acessíves em toda a cidade;
ü Mais segurança cidadã em toda a cidade.
Prevenção primária

• Hábitos de vida saudáveis são a base do tratamento das DCNT, sobre a


qual pode ser acrescido – ou não – o tratamento farmacológico
ü Perder peso;
ü Usar dieta DASH;
ü Reduzir uso de sal;
ü Praticar atividade física;
ü Reduzir uso do álcool;
ü Cessar tabagismo.
Prevenção primária
• Orientações alimentares: Regras de ouro
ü Faça de alimentos in natura ou minimamente processados a base da

Fonte: Guia Alimentar para a População Brasileira (2014)


sua alimentação
ü Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao
temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias
ü Limite o uso de alimentos processados, consumindo-os em pequenas
quantidades
ü Evite alimentos ultraprocessados

Trabalhe colaborativamente com o/a nutricionista de sua UBS!


Prevenção primária - orientações alimentares e
competência cultural

Fonte: Guia Alimentar para a População Brasileira (2014)


Prevenção primária
Incentivo para atividade física

Fonte: Guia de Atividade Física para a População Brasileira


ü Antes de iniciar a prática de atividade física, é necessário avaliar as
condições atuais do paciente, o controle metabólico, o potencial para o
autocuidado e avaliar complicações.
ü Para que o exercício aeróbico reflita na melhora do controle glicêmico,
mantenha ou diminua o peso e reduza os riscos de doença
cardiovascular, deve ser realizado de forma regular, com um total de
150 minutos/semana, distribuídos em três dias por semana, não mais
de dois dias consecutivos [Grau de Recomendação B].

Trabalhe colaborativamente com o Educador Físico do NASF de sua UBS


Prevenção primária
Incentivo para atividade física

“É importante que você lembre que a prática de atividade física não depende somente
de uma decisão pessoal. Existem diversos fatores individuais, coletivos, ambientais,
culturais, econômicos e políticos que facilitam ou dificultam que você tenha uma vida
mais ativa. Você já refletiu sobre como esses fatores podem afetar a sua comunidade?”

Fonte: Guia de Atividade Física para a População Brasileira


Prevenção primária
Incentivo para atividade física

ü Segundo a SBC "Indivíduos assintomáticos e sem fatores de risco


cardiovascular podem ser liberados sem a necessidade de exame."

ü Sugere-se que pacientes hipertensos com níveis de PA mais elevados ou


que tenham mais de 3 fatores de risco cardiovascular, diabetes, lesão de
órgão-alvo ou cardiopatias façam um teste ergométrico antes de realizar
exercícios físicos em intensidade moderada.
Linha de Cuidado do ADULTO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, 2021
Prevenção primária
Incentivo para atividade física
• Abordagens dos 5 As para promoção da atividade física

Acordar / Apoiar
Avaliar Aconselhar Acompanhar
negociar

• Indicação de teste ergométrico prévio:

ü Mulheres > 55 anos e homens > 45 anos com fatores de risco para DCV;
ü DM tipo 1 de duração > 15 anos, DM tipo 2 > 10 anos ou pessoa > 35 anos;
ü Doença vascular periférica; neuropatia autonômica.
Prevenção secundária - Rastreamento
Ações para detecção e tratamento precoce das doenças, muitas vezes antes
de os sintomas surgirem, reduzindo assim as consequências sérias
Hipertensão Arterial Sistêmica
Adultos de baixo RCV acima de 18 anos, após uma medida normal, rastrear a cada 3 ou 5 anos.
Adultos maiores de 40 anos e/ou com medida de pré-hipertensão, e/ou com risco cardiovascular
intermediário ou alto, rastrear anualmente.
Adulto com idade ≥ 18 anos, quando presente na Unidade de Atenção Primária para consulta, atividades
educativas, procedimentos, entre outros; se não houver registro no prontuário de ao menos uma
verificação da PA nos últimos dois anos, verificar e registrar a PA.
O rastreamento deve ser realizado por toda a equipe multidisciplinar.
A USPSTF recomenda a obtenção de medidas de pressão arterial fora do ambiente clínico para
confirmação diagnóstica antes de iniciar o tratamento.
Prevenção secundária - Rastreamento

Dislipidemia
Homens com 35 anos ou mais Grau A // Homens de 20 a 35 anos com alto risco
Grau B;
Mulheres com 45 anos ou mais Grau A // Mulheres de 20 a 45 anos com alto risco
Grau B;
Intervalo de 5 anos para pessoas com resultados normais a depender do risco
cardiovascular.
Prevenção secundária – Rastreamento Diretriz SBD 2023
• Diabetes Mellitus tipo 2 e pré-diabetes em adultos assintomáticos
Idade a partir de 45 anos
Sobrepeso ou obesidade.
Mais um fator de risco dentre os seguintes:

DM e pré-diabetes DEVE SER CONSIDERADO


rastreio em intervalos de, no mínimo, três anos

Em adultos com exames normais, porém mais de um


fator de risco para DM2, DEVE SER CONSIDERADO
repetir o rastreamento laboratorial em intervalo não
superior a 12 meses
Promover, prevenir, tratar e reabilitar pessoas com HAS,
Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus tipo 2
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Rastreamento do Risco Cardiovascular

• O objetivo é determinar o risco global de um indivíduo entre 30 e 74 anos


de desenvolver DCV em geral nos próximos 10 anos

Esteja ciente de que todas as ferramentas de avaliação de risco de DCV podem fornecer
apenas um valor aproximado para o risco de DCV.
A interpretação dos escores deve sempre refletir o julgamento clínico individualizado
Risco Cardiovascular
• Anamnese, exame clínico e exames complementares quando indicados
Rastreamento do Risco Cardiovascular (RCV)
• Tem como objetivo identificar indivíduos que estão em maior risco de desenvolver
doenças cardíacas e, assim, direcionar estratégias de prevenção e tratamento
adequadas.
• A estratificação do risco cardiovascular pelo escore de Framingham, serve como uma
ferramenta para definir os parâmetros de cuidado e também os critérios relacionados à
periodicidade de acompanhamento das pessoas com HAS pela equipe
• Avalia-se:

Idade, Sexo, Colesterol Total, Tabagismo, HDL–C, PAS


Rastreamento do RCV - Framingham

:
Rastreamento do Risco Cardiovascular (RCV)
Estratificação de risco global do paciente hipertenso
HAS – Impactos na saúde da população brasileira
ü Os números que definem a HAS são arbitrários, mas se caracterizam como valores em
que os benefícios do tratamento (não medicamentoso e/ou medicamentoso) superam
os riscos.
ü A HAS é uma condição multifatorial (genética, meio ambiente, hábitos de vida e fatores
socioeconômicos).
ü A HAS é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e renais.
ü A HAS tem alta prevalência, é de fácil diagnóstico e possui tratamento adequado, mas é
de difícil controle pela baixa adesão.
ü A prevenção da HAS é custo-efetiva e o melhor caminho para a diminuição da
morbimortalidade cardiovascular.
HAS - Diagnóstico em adultos com mais de 18 anos
• Elevação persistente da PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA
diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, medida com a técnica correta, em pelo
menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti-hipertensiva
v Atentar para estresse físico e emocional
• MRPA (Medida Residencial da Pressão Arterial)
• 3 medidas pela manhã, antes do desjejum e da tomada de medicamento, e 3 à
noite, antes do jantar, durante 5 dias, ou
• 2 medidas pela manhã e à noite durante 7 dias.
• MAPA (Medida Ambulatorial da Pressão Arterial)
HAS - Diagnóstico em adultos com mais de 18 anos

Sempre que possível, o diagnóstico de HAS deve ser estabelecido em


mais de uma visita médica:
• de 2 a 3 visitas, com intervalos de 1 a 4 semanas entre elas (dependendo
do nível de pressão);
• o diagnóstico pode ser definido em uma única visita se a PA do paciente
estiver maior ou igual a 180/110 mmHg e houver evidência de doença
cardiovascular.
Observar técnica correta para mensuração da PA

• O paciente deve sentar-se confortavelmente em um ambiente silencioso por 5 minutos,


antes de iniciar as medições da PA. Explique o procedimento ao indivíduo e oriente a não
conversar durante a medição. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois
do procedimento.

• Certifique-se de que o paciente NÃO:


ü Está com a bexiga cheia;
ü Praticou exercícios físicos há, pelo menos, 60 minutos;
ü Ingeriu bebidas alcoólicas, e/ou café;
ü Fumou nos 30 minutos anteriores.
HAS – Classificação da PA de acordo com a medição
no consultório a partir de 18 anos de idade

HA: hipertensão arterial; PA: pressão arterial; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica. *A classificação é definida de acordo com a
PA no consultório e pelo nível mais elevado de PA, sistólica ou diastólica. **A HA sistólica isolada, caracterizada pela PAS ≥ 140 mmHg e PAD <90 mmHg, é
classificada em 1, 2 ou 3, de acordo com os valores da PAS nos intervalos indicados. ***A HA diastólica isolada, caracterizada pela PAS < 140 mmHg e PAD
≥ 90mmHg, é classificada em 1, 2 ou 3, de acordo com os valores da PAD nos intervalos indicados.
HAS – Diagnóstico em adultos com mais de 18 anos
HAS – Diagnóstico em adultos com mais de 18 anos
HAS – Classificação e Diagnóstico

• Hipertensão primária;

• Hipertensão secundária;

ü Suspeitar de HAS com início em pessoas com menos de 30 ou mais de 50 anos;


ü Prevalência: 5-10% da população com diagnóstico de Hipertensão;
ü Na suspeita, sempre investigar.
HAS - Avaliação individualizada

v História clínica
• Dispnéia, dor torácica, palpitações, acuidade visual;
• Hábitos de vida: uso de sal, álcool, tabaco, sedentarismo;
• História familiar: antecedentes de IAM (infarto agudo do miocárdio) e AVE
(acidente vascular encefálico);
• Aspectos socioeconômicos;
• Uso medicamentos (ex.: anti-inflamatórios, ACO, anorexígenos
[sibutramina], descongestionantes nasais).
HAS - Avaliação individualizada
v Exame físico
• Antropometria: IMC, circunferência abdominal - 88 cm para mulheres e 102 cm para homens;
• Dados vitais –PA nos dois membros superiores na primeira avaliação e FC (frequência cardíaca);
• Inspeção: fácies e aspectos sugestivos de hipertensão secundária;
• Pescoço: palpação e ausculta das artérias carótidas, verificação de turgência jugular e palpação de
tireoide. Exame do precórdio e ausculta cardíaca: arritmia, sopros, B3, B4.
• Exame do pulmão: ausculta de estertores, roncos e sibilos.
• Exame do abdome: a ausculta de sopros em área renal objetivam detectar hipertensão secundária a
obstrução de artérias renais.
• Extremidades: avaliar pulsos.
HAS - Avaliação individualizada
v Rotina complementar mínima
• Glicemia;
• Colesterol total, HDL, LDL,
triglicérides;
• Creatinina / Urina tipo I;
• Potássio;
• ECG (eletrocardiograma);
• Fundoscopia (encaminhar ao
oftalmologista).
• * FREQUÊNCIA ANUAL
Lesões de órgãos-alvo - parâmetros

1. Sobrecarga de ventrículo E em ECG;


2. Ecocardiograma com índice de massa ventricular ≥ 116 g/m2 nos homens ou ≥
96 g/m2 nas mulheres;
3. Índice tornozelo-braqual > 0,9;
4. Doença renal crônica estágio 3;
5. Albuminúria entre 30 e 300mg/24h ou relação albumina/creatinina urinária
entre 30 e 300mg/g.
Lesões de órgãos-alvo
1. AVE (acidente vascular encefálico) e AIT (ataque isquêmico transitório);
2. IAM (infarto agudo do miocárdio), DAC (doença arterial coronariana), DAOP
(doença arterial obstrutiva periférica);
3. HVE (hipertrofia do ventrículo esquerdo);
4. Nefropatia;
5. Retinopatia;
6. Aneurisma de aorta abdominal;
7. Estenose de carótica sintomática.
Manejo Terapêutico – metas pressóricas

LEMBRE: em idosos hígidos, a meta pressórica é determinada pela funcionalidade. Em idosos


saudáveis, PAS entre 130 e 139 e a PAD entre 70 e 79mmHG. Em idosos frágeis, PAS entre 140 e 149
e a PAD entre 70 e 79mmHg.
Manejo Terapêutico

Linha de Cuidado do ADULTO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, 2021


Manejo Terapêutico
v Medidas não farmacológicas
Manejo Terapêutico

Linha de Cuidado do ADULTO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, 2021


Manejo Terapêutico

Linha de Cuidado do ADULTO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, 2021


Manejo Terapêutico

Linha de Cuidado do ADULTO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, 2021


Manejo Terapêutico
v Medidas farmacológicas

• Todos os medicamentos anti-hipertensivos disponíveis podem ser utilizados


desde que sejam observadas as indicações e contraindicações específicas;
• Em estágios menos avançados de hipertensão, quase metade dos pacientes
respondem à monoterapia;
• Se paciente não atingir as metas terapêuticas, aumentar a dose do fármaco ou
associar outro anti-hipertensivo;
• Em pacientes que apresentam efeitos colaterais intoleráveis, trocar a medicação
ou a combinação dos fármacos.
Manejo Terapêutico
v Para indicar a medicação anti HAS prefira:

• medicação que demonstre redução de morbi mortalidade;


• seja efetiva VO;
• seja bem tolerada;
• necessite ser tomada o menor número de vezes por dia;
• possa ser iniciada por doses baixas;
• possa ser utilizada em associação;
• possa ser usada até 4 semana sem mudança, exceto situações especiais;
• ter qualidade controlada em sua produção;
• ter disponibilidade na rede do SUS.
Manejo Terapêutico
Manejo Terapêutico
Manejo Terapêutico
Manejo Terapêutico

Linha de Cuidado do ADULTO


COM HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA, 2021
Fluxograma para tratamento da HAS
Indicações das classes medicamentosas
Acompanhamento
Depois de iniciar tratamento medicamentoso:
ü Verificação semanal da PA até a consulta médica de reavaliação com 30 dias

Caso não tenha atingido a meta, deve-se:


ü Avaliar adesão terapêutica/ observar a técnica de verificação da PA e equipamento;
ü Aumentar a dose do fármaco já usado;
ü OU adicionar outro fármaco;
ü OU substituir o fármaco, se não houver efeito ou haja efeitos indesejados.
Acompanhamento

Linha de Cuidado do ADULTO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA, 2021


Adesão medicamentosa
Critérios de encaminhamento
Nefrologia e/ou Cardiologia:
• Suspeita de hipertensão secundária;
• Hipertensão refratária (= uso de três antihipertensivos, sendo um deles
diurético, sem controle da PA).

O que escrever no relatório de encaminhamento:


• Sinais e sintomas, medicações em uso com dose, medida da PA, alterações
dos exames complementares, se houver, avaliação da adesão, número da
teleconsultoria (se caso tiver sido discutido no Telessaúde);
• Classificar o risco adequadamente.
Telessaúde: 0800 6446543
Título
• Texto
Caso clínico

Dona Maria, preta, 55 anos, hipertensa há 6 anos, chega à unidade


sendo acolhida pela enfermeira, relatando estar ansiosa e preocupada
com a pressão, que acredita estar elevada pois está sentindo dor de
cabeça leve a moderada. Refere uso regular do anti-hipertensivo
Enalapril 20mg de 12/12hs. Cefaléia sem sinais de alarme, nega outros
sintomas associados. Medida de PA: 180 x 90mmHg. A enfermagem
solicita atendimento da médica devido ao fato da pressão estar alta.
Caso clínico
1 Lista de problemas 3 Qual seu plano?
• Hipótese diagnóstica;
• Exames complementares;
• doenças crônicas;
• Tratamento farmacológico; e não-
• e problemas.
farmacológico (orientações);
2 Qual a Abordagem? • Atestado?
• Anamnese dirigida;
• Exame físico dirigido;
Urgências e emergências hipertensivas
Pseudocrises hipertensivas:
• São situações nas quais o aumento acentuado da PA é desencadeado por dor
(cefaléia, cólica), desconforto (tonturas, mal-estar), ansiedade ou por
associação desses fatores
• Grupo de pessoas responsável pela maior procura por um atendimento de
urgência com PA acentuadamente elevada.

Crises hipertensivas:
• Quando há risco de desenvolvimento de alguma complicação clínica
associada ao aumento abrupto dos níveis pressóricos.
Urgências e emergências hipertensivas
Urgências hipertensivas:

• Quando há elevação importante da pressão arterial, em geral PAD> ou = 120 mmHg, com
condição clinica estável , sem compromesmento de órgãos alvo, mas que existe risco
potencial de lesão aguda de órgão alvo. Deve proceder o controle pressórico de forma
menos intensa que nas emergências, podendo se estabelecer esse controle em até 24h,
com medicações por via oral.

Emergências hipertensivas:
• São situações em que ocorre progressiva lesão aguda de órgãos alvo e risco iminente de
morte, que necessitam de redução imediata da PA (não necessariamente para níveis
normais). Tais emergências devem ser tratadas preferencialmente com agentes
anshipertensivos parenterais em unidades de urgência.
Urgências e emergências hipertensivas – manejo inicial
Pacientes COM lesão em órgão-alvo
• Definida a necessidade de tratamento endovenoso e monitorização contínua, acionar
o Serviço de Atendimento Móvel/SAMU (192) para transferência até a Unidade de
Pronto Atendimento (UPA)/emergência de unidade hospitalar, conforme regulação
local.

Pacientes SEM lesão de órgão-alvo


• Reduzir gradualmente a PA;
• Realizar acompanhamento ambulatorial precoce (em até 7 dias).
Urgências e emergências hipertensivas – manejo inicial

Linha de Cuidado do
ADULTO COM
HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA, 2021
Urgências e emergências hipertensivas – manejo inicial
Metas TerapêuGcas
• Objesvo de redução a PA de pelo menos 20 mmHg na PA sistólica e 10 mmHg na PA
diastólica, idealmente reduzir a PA para menos de 140/90 mmHg.

Ó\mo
• < 65 anos: Objesvo de PA < 130/80 mmHg se tolerado (manter PA > 120/70 mmHg);
• ≥ 65 anos: Objesvo de PA < 140/90 mmHg se tolerado, considerer individualmente o
contexto de fragilidade individual, grau de independência e tolerabilidade (manter
PA > 120/70 mmHg).
Promover, prevenir, tratar e reabilitar pessoas com HAS,
Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus tipo 2
Dislipidemias
Rastreio de Dislipidemia
Indicações:
• Homens com 35 anos ou mais – Grau A;
• Homens de 20 a 35 anos com alto risco – Grau B;
• Mulheres com 45 anos ou mais – Grau A;
• Mulheres de 20 a 45 quando se enquadrarem como alto risco – Grau B.

Periodicidade:
O intervalo adequado para rastreamento é incerto. Recomenda-se a cada 5 anos
para pessoas com resultados normais; podendo ser em um intervalo maior ou
menor, a depender do risco cardiovascular.
Rastreio de Dislipidemia
• Devem ser rastreados os níveis de colesterol de todos os pacientes com DAC,
bem como os equivalentes coronarianos (outras formas clínicas de
aterosclerose), tais como:
Diagnóstico

• LDL-c ≥ 160mg/dL – Hipercolesterolemia Isolada

• TG ≥ 150mg/dL– Hipertrigliceridemia isolada

• LDL-c ≥ 160mg/dL + TG ≥ 150mg/dL – Hiperlipidemia mista

• HDL-c ≤ 50mg/dL (mulheres) ou 40mg/dL (homens) – HDL baixo


Diagnóstico
Medicações que interferem na avaliação do perfil lipídico
• Ansagregantes plaquetários e anscoagulants (clopidogrel)
• Ans-hipertensivos (diuréscos, betabloqueadores e iECA)
• Glicocorscoides (prednisone e prednisolona)
• Ansmicrobianos (cetoconazol, neomicina)
• Ansepilépscos (carbamazepina)
• Anspsicóscos (clorpromazina, olanzapina, clozapina, risperidona)
• Hormônios (levosroxina e contracepsvos orais)
• Imunossupressor (ciclosporina)
• Isotresnoína
• Hipoglicemiantes (linaglipsna)
• Ansrretrovirais (lopinavir, ritonavir)
Manejo Clínico Dislipidemias

v Sempre de acordo com


a avaliação de risco
cardiovascular
Manejo Clínico na Atenção Básica

Sinvastatina – 40 a 80mg/dia, em 1 tomada à noite;


Hipertrigliceridemia: 500mg/dL (se não resposta à MEV) ou >1000mg/dL;
Considerar fibrato se TG > 500mg/dl, pelo risco de pancreatite aguda.
• Benzafibrato–400 a 600mg/dia;
• Ciprofibrato–100mg/dia;

Solicitar TGO, TGP e CPK de forma regular enquanto se usar estatina;


Até entrar na meta, solicitar novo lipidograma a cada 3 meses enquanto se ajusta
dose e se orienta MEV.
Caso Clínico

Seu José 57 anos, hipertenso há 10 anos e diabésco há 1 ano. Vem à consulta


médica para entrega de curva de pressão realizada no posto de saúde durante as
úlsmas 4 semanas e também para entrega de exames laboratoriais recentes. Vem
sem queixas cardiovasculares. Não é sedentário ou tabagista. Vem em uso regular
das medicações e com dieta hipossódica.
• Medicações em uso: losartana 100mg/dia e meyormina 850mg (0–1–1).
• Curva de PA: 150x90mmHg; 140x90mmHg; 150x80mmHg e 140x90mmHg.
• Glicemia jejum= 94mg/dl; Hb glicada= 6,0%; CT= 243mg/dl; LDL= 160mg/dl; HDL=
55mg/dl; TGL= 140mg/dl.
Caso clínico
1 Lista de problemas? 3 Qual seu plano?
• Hipótese diagnóstica;
• Exames complementares;
• doenças crônicas;
• Tratamento farmacológico; e não-
• e problemas.
farmacológico (orientações);
2 Qual a Abordagem? • Atestado?
• Anamnese dirigida;
• Exame físico dirigido;
Promover, prevenir, tratar e reabilitar pessoas com HAS,
Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus tipo 2
Diabetes Mellitus
Diabetes Mellitus - classificação

• DM tipo 1 - aproximadamente 8% dos casos;

• DM tipo 2 - cerca de 90% dos casos de diabetes na população;

• DM gestacional;

• LADA – Diabete autoimune com início tardio;

• Outras causas: pancreatite, diabetes monogênico, secundária a


medicações, endocrinopatias.
Distúrbio glicêmico Critério diagnóstico
Diabete Melito Glicemia de jejum ≥ 126mg/dL OU
TTG ≥ 200mg/dL OU
Hb glicada ≥ 6,5% OU
Sinais/sintomas de hiperglicemia + glicemia
plasmática ≥ 200mg/dL
Tolerância a glicose diminuída TTG ≥ 140 mg/dL e < 200mg/dL
Glicemia de jejum alterada Glicemia de jejum ≥ 110 e < 126 (OMS)
Glicemia de jejum ≥ 100 e < 126 (ADA)
Hb glicada elevada Hb glicada entre 5,7 – 6,4% (ADA)
Hb glicada entre 6 – 6,4%
“Na ausência de sintomas de diabetes, o diagnóstico requer 2 resultados anormais
de exames diagnósticos diferentes da mesma amostra, ou do mesmo exame em
duas amostras distintas.”
DM- Diagnóstico e exames de glicemia
• Glicemia de jejum: 8 a 14 horas de jejum
• Teste de tolerância a glicose: glicemia 2h após 75 de glicose anidra.
• Paciente deve permanecer sem restrição
de carboidratos por 3 dias;
• Hb glicada: não necessita jejum.
DM- Diagnóstico e elementos clínicos

• Sinais e sintomas clássicos: • Sintomas menos específicos:


• poliúria, • fadiga,
• polidipsia, • fraqueza,
• perda de peso inexplicada, • letargia,
• polifagia, • visão turva,
• prurido vulvar/balanopostite.
Título
• Texto
Título
• Texto
DM - Avaliação inicial e acompanhamento

• História da pessoa - anamnese;


• Considerar comprometimento psicológico, rede de apoio e
vulnerabilidade social.

Avaliar as várias dimensões que afetam o DM e seu manejo e considerá-las


periodicamente nas decisões compartilhadas sobre o manejo do DM e seu
autocuidado.
DM-Avaliação inicial e acompanhamento
• Exame físico
• IMC, avaliação de crescimento puberal em adolescentes, PA, palpação de
tireóide, circunferência abdominal;
• exame da cavidade oral: avaliar presença de gengivite, problemas odontológicos
e candidíase;
• exame dos pés: lesões cutâneas, estado das unhas, calos e deformidades,
avaliação dos pulsos arteriais periféricos e edema; teste de sensibilidade
• exame neurológico sumário;
• exame de fundo de olho.
DM - Avaliação inicial e acompanhamento

• Avaliação laboratorial:
ü Glicemia de jejum;
ü Hb glicada;
ü Colesterol total, HDL, LDL e triglicéride;
ü Creatinina;
ü TSH (DM tipo 1);
ü ECG.
• Estratificação do risco cardiovascular.
Avaliação
Multidimensional
Idade de início Em menores de 40 anos tratamento mais intensivo, acima de 70
anos, menos intensivo

Grau de hiperglicemia e duração da doença Hiperglicemia grave e aguda: descartar infecção, considerar
insulinização ainda que temporária
Risco de hipoglicemia Atenção aos idosos, pessoas que moram só ou que já tiveram
hipoglicemia grave
Presença de complicações Lembrar de fármacos com proteção cardiorrenal

Excesso de peso Evitar sulfoniureias e insulina

Vulnerabilidade social considerar outras prioridades de vida que competem com o plano
terapêutico
Manejo Terapêutico - Principais drogas
• A Metformina é a droga de primeira escolha para o tratamento da DM tipo 2;
• Se Hb glicada acima do alvo e metformina em dose alta, considerar escalonamento.
Sem DCV aterosclerócca, ICC ou DRC Com DCV aterosclerótica, ICC ou DRC

● Perda de peso, a^vidade _sica, redução ● ISGLT2;


carboidratos; ● arGLP1.
● Sulfoniureias;
● iDDP4;
● Pioglitazona; INSULINA QUANDO INDICADA
● Glinidinas; REAVALIAR HB GLICADA EM 3-6 MESES
● ISGLT2;
● arGLP1.
Manejo Terapêutico – drogas do RENAME
Fármaco Concentração Forma farmacêutica Componente
Metformina 500 e 850mg comprimidos Básico
Glibenclamida 5mg comprimidos Básico
Glicazida 30, 60 E 80mg comprimidos Básico
Dapaglifozina 10mg comprimidos Especializado
insulina análoga de ação 100UI/ml e 300UI/ml Solução injetável com Especializado
prolongada sistema de aplicação

insulina análoga de ação 100UI/ml Solução injetável com Especializado


rápida sistema de aplicação

insulina humana NPH 100UI/ml Suspensão injetável Básico

insulina humana regular 100UI/ml Solução injetável Básico


Manejo Terapêutico
Manejo Terapêutico - detalhes

• A Metformina é a droga de escolha para o tratamento da DM tipo 2;


• Se glicemia de jejum estiver muito alta (>ou=300mg/dL) o uso da
insulina está indicado, mesmo que por curtos periodos de tempo, até
normalizar a glicemia;
• Pacientes obesos (IMC>30) se beneficiam da Metformina desde o
início do tratamento.
Manejo Terapêutico
Plano terapêusco envolve apoio para mudança de esclo de vida (MEV), controle
metabólico e prevenção das complicações crônicas.
Manejo Terapêutico
Manejo Terapêutico
Manejo Terapêutico – indicações de insulinoterapia

• Se o controle não for alcançado após o uso de metformina em associação com uma
sulfoniluréia por três a seis meses;
• Quando os níveis de glicemia em jejum estiverem >300mg/dL, na primeira
avaliação ou no momento do diagnóstico, principalmente se acompanhado de
perda de peso, cetonúria e cetonemia;
• Diabetes gestacional;
• Situações de estresse agudo metabólico (cirurgias, infecções graves, AVE,
politrauma, IAM).
Manejo Terapêutico - Insulinas
Manejo Terapêutico - Insulinas
• A dose inicial costuma ser de 10 UI de insulina NPH, ou 0,2UI/kg para as pessoas
obesas, podendo ser reajustada em 2 UI a 4 UI, conforme média de três glicemias
capilares de jejum consecutivas, até atingir meta glicêmica
• Insulina regular é útil no tratamento da hiperglicemia pós-prandial – a administrar
30 minutos antes da refeição.
• A pessoa em uso de insulina deve ser instruída sobre a detecção e o manejo da
hipoglicemia;
• Na ocorrência de hipoglicemia, reduzir a dose em 4UI ou 10% da dose;
• A metformina pode ser mantida após o início do uso de insulina.
Insulinização progressiva na pessoa com DM Zpo 2
Protocolos de Encaminhamento - Endocrinologia

• Uso de insulina em dose ormizada (mais de uma unidade por quilograma


de peso) e com boa adesão ao tratamento; OU
• Insuficiência renal cronica (crearnina 1 5 mg/dl); OU
• DM rpo1 (uso de insulina como medicação principal antes dos 40 anos).
Protocolos de Encaminhamento - Nefrologia

• Taxa de filtração glomerular 30 min 1,73 m2 (estágio 4 e 5);


• Proteinúria (macroalbuminúria);
• Perda rápida da função renal 5 min 1,73 m2 em um período de seis
meses, com uma TFG 60 / 1,73 m2 confirmado em dois exames);
• Suspeita de nefropara por outras causas.

Telessaúde 0800 6446543


Caso clínico
Joana, mulher de 60 anos, confeiteira, diabética há 8 anos, usa
Metformina 850 mg três vezes por dia após as refeições e
Glibenclamida 5mg antes do café e jantar. Ela confidencia que às vezes
come doces no trabalho porque fica ansiosa. Seus exames: Glicose
jejum 300mg/dl, Hemoglobina glicada 8,7%.
No exame físico, apresenta PA 130x90mmHg, peso 82Kn e estatura de
1,58m. Ausculta cardiopulmonar normal. Pulsos periféricos presentes e
simétricos
Caso clínico
1 Lista de problemas? 3 Qual seu plano?
• Hipótese diagnóstica;
• Exames complementares;
• doenças crônicas;
• Tratamento farmacológico; e não-
• e problemas.
farmacológico (orientações);
2 Qual a Abordagem? • Atestado?
• Anamnese dirigida;
• Exame físico dirigido;
Promover, prevenir, tratar e reabilitar pessoas com HAS,
Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus ?po 2
Obesidade
Obesidade – diagnóstico
Avaliação pelo Índice de Massa Corporal (IMC): Kg/m2
IMC Classificação
< 18,5 Baixo peso

18,5 – 24,99 Eutrófico

25 – 29,99 Sobrepeso ou pré-obeso

30 – 34,99 Obesidade peso grau I

35 – 39,99 Obesidade peso grau II

>40 Obesidade peso grau III


Obesidade - diagnóstico
• Obesidade em crianças, adolescentes e gestantes – observar curva
antropométrica específica por idade.
• Obesidade em idosos:
Obesidade - tratamento
• Terapia nutricional.
• Terapia comportamental
ü Abordar crenças
ü Controle de estímulos, automonitoramento
ü Reestruturação cognitiva
ü Avaliar pensamento supersticioso, dicotômico, idealizações
ü Tratamento em grupo
Obesidade - tratamento

• Terapia medicamentosa
ü Orlistat
ü Liraglutida
ü Sibutramina
ü Bupropiona
ü Metformina
ü Topiramato
ü Lorcaserina
Obesidade - tratamento

• Cirurgia bariátrica
• Indicações: IMV ≥ 40 ou ≥35 com comorbidades, tratamento
adequado ≥ 2 anos sem sucesso
• Critérios de exclusão: endocrinopatias reversíveis, abuso de álcool ou
outras drogas, doença psiquiátrica grave ou descontrolada,
incapacidade de reconhecer riscos e benefícios
Obesidade - acompanhamento

• Acompanhamento ambulatorial
ü Monitorar ingesta nutricional
ü Monitorar comorbidades
ü Revisar medicações
ü Avaliar suporte nutricional
ü Dar suporte para atividade física
ü Manejar condições psicológicas
Caso Clínico

Flora, 60 anos, iletrada, dona de casa, mora na sua área de cobertura.


Vem para consulta médica agendada com queixa de dor no ombro
direito há 2 meses. Relata início da dor “depois de ter começado a
fazer salgadinhos para vender na porta da fábrica”. A dor melhora com
uso de Diclofenaco, que faz uso diário há 15 dias. Tem diagnósrco de
HAS e DM rpo 2 há 20 anos. Sem outras comorbidades. Na consulta,
solicita laudo para levar ao advogado que está a ajudando a conseguir
um benezcio.
Caso Clínico
Está em uso regular de:
• Enalapril 20mg de 12 em 12h;
• Hidroclorotiazida 25mg, pela manhã;
• Metformina 850mg, antes do almoço e do jantar;

Triagem (realizada pela Técnica de Enfermagem):


• PA –160x90; Peso; 78kg; Altura: 1,60m
• Glicemia de jejum : 220

Como você manejaria esta paciente?


Critérios de encaminhamento
• Endocrinologia:
Pacientes com suspeita de obesidade secundária (provocada por problemas
endocrinológicos).
• Cirurgia bariátrica:
Pacientes com IMC acima de 35 kg/m2 e alguma comorbidade1 ou IMC acima de
40 kg/m2 com ou sem comorbidades.

v Não é necessário encaminhar ao endocrinologista pacientes com obesidade


secundária a medicamentos (glicocorticóide, antipsicóticos (tioridazina,
risperidona, olanzapina, quetiapina, clozapina), estabilizadores do humor (lítio,
carbamazepina), entre outros
Promover, prevenir, tratar e reabilitar pessoas com HAS,
Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus tipo 2
Doença Renal Crônica
Doença Renal Crônica - DRC
A Atenção Primária à Saúde (APS) tem papel central no reconhecimento dos indivíduos
sob risco de desenvolver a doença renal crônica (DRC).

• Prevalência de 1,35-13,63% na atenção primária (2010-2012)


• Causas mais comuns:
• HAS 34%;
• Diabete melito 32%;
• Glomerulopasa 9%.

Cad. Saúde Colet., 2017, Rio de Janeiro, 25 (3): 379-388


Doença Renal Crônica – Fatores de risco

ü hipertensão,
ü No Brasil e no
ü diabetes,
ü obesidade, mundo as
ü tabagismo, principais causas
ü cardiopatia, de DRC são
ü vasculopatia, hipertensão (33%),
ü doença renal policística, diabetes (30%),
ü uropatia obstrutiva,
ü glomerulopatias,
ü neoplasias
ü histórico familiar positivo para DRC.
Doença Renal Crônica - diagnóstico

v Quando se considera DRC?


• Maiores de 18 anos que mantém, por mais de 3 meses, a taxa de filtração
glomerular (TFG) < 60ml/min/1,73m ou <60ml/min/1,73m e com lesão renal
estrutural.
a) albuminúria (≥ 30 mg/24h ou razão albuminúria/creatinúria ≥ 30 mg/g;
b) anormalidades do sedimento urinário;
c) anormalidades eletrolíticas ou outras devido a doenças tubulares;
d) anormalidades detectadas por histologia;
e) anormalidades estruturais detectadas por exames de imagem
f) história de transplante renal
Classificação de DRC - estágios

Linha de Cuidado DOENÇA RENAL CRÔNICA, 2022


DRC – prognósZco de acordo com a TFG
Manejo terapêutico
● Tratar e acompanhar doenças de base;
● Todo paciente portador de DRC é alto RCV – prescrever estatina e avaliar AAS;
● Prescrever iECA ou BRA e monitorar Cr e K – suspender se aumento de 30% da
Cr ou K>6;
● A partir do estágio 3A – avaliar eritropoietina;
● Monitorar vitamina D e fazer reposição se abaixo de 30ng/dL;
● Monitorar taxas de fósforo e cálcio;
● Estágio 4 e 5: observar restrições dietéticas. Evitar AINEs. Se indicado o uso de
insulina, controle rigoroso da glicemia pelo risco de hipoglicemia.
ATENÇÃO - ERROS COMUNS
• Deixar de estimar a TFG diante de níveis séricos de creatinina dentro dos
parâmetros da feixa de referências, em pessoas com indicação de
rastreamento;
• Diagnosticar DRC sem um segundo exame, 3 meses depois do primeiro;
• Deixar de ajustar a posologia de medicamento com excreção renal, como
antibióticos e insulina;
• Deixar de monitorar creatinina e potássio após introdução ou aumento de
iECA ou BRA2;
• Suspender metformina antes da TFG estar abaixo de 30.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC
DPOC – impacto da doença

• Prevalência em torno de 15% nas Américas;

• Taxa de mortalidade – redução de 28,2% comparando 1996 com 2007 – medidas


de controle do tabagismo, à ampliação ao acesso à APS, à novas terapêuscas
medicamentosas e à vacinação contra Influenza a Pneumococo.
DPOC – fatores de risco

• Tabagismo é responsável por 80- 90% e 15% dos tabagistas terão DPOC;
• Exposição ambiental – poeiras e produtos químicos, fogão a lenha, poluição
extradomiciliar;
• Tuberculose pode ser fator de risco – monitorar;
• Portadores de HIV tem risco aumentado para DPOC;
• Mais prevalente em populações economicamente vulneráveis.
DPOC – diagnóstico

• É uma condição pulmonar heterogênea caracterizada por sintomas respiratórios


crônicos (dispneia, tosse, produção de escarro e/ou exacerbações) devido a
anormalidades das vias aéreas (bronquite, bronquiolite) e/ou alvéolos (enfisema)
que causam obstrução persistente e muitas vezes progressiva, do fluxo aéreo;

• Presença de limitação do fluxo aéreo não totalmente reversível (ou seja, VEF1/FVC <
0,7 pós-broncodilatação) medido por a espirometria é mandatória para diagnóssco
de DPOC.
DPOC – diagnóstico
• Sintomas:
ü Dispneia progressiva ao longo do tempo, piora aos esforços e persistente;
ü Limitação de atividades e/ou tosse com ou sem produção de escarro;
ü Sibilos recorrentes;
ü Tosse crônica –pode ser intermitente, produtiva ou não;
ü Tosse produtiva – pode ser critério diagnóstico, mas ainda subjetiva.

• Diagnóstico diferencial de tosse crônica – asma, câncer de pulmão, tuberculose,


bronquiectasia, ICC, fibrose cística, doença intersticial pulmonar, rinite, síndrome do
gotejamento pós-nasal crônico, RGE, medicamentos.
DPOC – critérios diagnósticos
DPOC – critérios diagnósticos
DPOC – Anamnese
• Exposição do paciente a fatores de risco;
• História médica pregressa, incluindo eventos do início da vida (prematuridade,
baixo peso ao nascer, tabagismo materno durante gravidez, exposição passiva ao
fumo durante a infância), asma, alergia, sinusite ou pólipos nasais; infecções
respiratórias na infância; HIV; tuberculose;
• Histórico familiar de DPOC ou outra doença respiratória crônica;
• Padrão de desenvolvimento dos sintomas;
• Histórico de exacerbações ou internações prévias por distúrbio respiratório.
DPOC – Anamnese
• Histórico de exacerbações ou internações prévias por distúrbio respiratório;
• Presença de comorbidades, como cardiopatias, osteoporose, distúrbios
musculoesqueléticos, ansiedade e depressão e malignidades que também podem
contribuir para a restrição da atividade;
• Impacto da doença na vida do paciente, incluindo limitação da atividade, falta ao
trabalho e impacto econômico, efeito nas rotinas familiares, sentimentos de
depressão ou ansiedade, bem-estar e atividade sexual;
• Apoio social e familiar disponível para o paciente.
Teste de Avaliação da
DPOC (COPD Assessment
Test™– CAT)

Avalia o impacto dos


sintomas da DPOC na vida
dos pacientes. Dividido em
quatro categorias:
Pequeno: 1-10
Médio: 11-20
Grande: 21-30
Muito grande: 31-40
DPOC – Manejo terapêutico
• Reabilitação pulmonar: diagnósrco preciso e avaliação de comorbidades +
tratamento farmacológico, nutricional e fisioterápico + recondicionamento
zsico.
• Imunização
• Vacina influenza: De aplicação anual, é indicada a todos os pacientes com DPOC
• Vacinas pneumocócicas 13 - conjugada e polivalente (23-valente) - Pacientes com DPOC
sintomá^cos e exacerbadores; pacientes de qualquer grupo de risco da doença com
comorbidades associadas a maior risco de doença pneumocóccica grave (diabetes mellitus,
insuficiência renal, insuficiência cardíaca, etc.)
• Aplicar as duas vacinas com intervalo de seis meses, iniciando pela 13 conjugada
• Recomendado reforço em cinco anos ou, se iniciada após os 65 anos, em dose única
• A vacinação para COVID deve ser orientada conforme protocolo vigente.
DPOC – Manejo terapêutico não farmacológico
• Oxigenioterapia
ü Se PaO2 ≤55mmHg ou SatO2 ≤ 89% em repouso;
ü PaO2 entre 56 e 59mmHg se policitemia ou cor pulmonale.

• Flebotomia (sangria)
ü Cor pulmonale descompensado e Ht > 55%.

• Apoio psicossocial – educação em saúde para otimizar autonomia;


abordagem das exacerbações.

• Abordar cuidados paliativos quando indicado.


DPOC – Manejo terapêutico farmacológico

SABA – B2 agonistas de curta ação Fenoterol, salbutamol, terbutalina


LABA - agonistas de longa ação Formoterol, Salmeterol

LAMA - anticolinérgicos de longa ação Tiotrópio, aclidionio, glicopirrônio

SAMA – anticolinérgicos de curta ação ipratrópio


DPOC – Manejo terapêutico farmacológico
SAMA + SABA Fenoterol + ipratrópio
Salemeterol+ ipratrópio
LABA + LAMA Formoterol + aclidínio; Formoterol + glicopirrônio

LABA + LAMA + ICS Fluticasona + umeclidinio + vilanterol;


Beclometasona+formoterol+glicopirrônio (esse
disponível no Brasil)
LABA + ICS Formoterol + beclometasona; Formoterol +
budesonida; Salmeterol + fluticasona

METILXANTINAS Aminofilina, teofilina

MUCOLÍTICOS Carbocisteína, N-acetilcisteína


DPOC – Manejo terapêutico farmacológico
DPOC – Manejo terapêutico farmacológico
≥ 2 exacerbações moderadas ou ≥1 GRUPO E:
hospitalização por exacerbação LABA + LAMA
Considerar LABA + LAMA + CE se
eosinofilia > 300
0 -1 exacerbação moderada sem GRUPO A (mMRC 0-1; CAT<10):
hospitalização Broncodilatador

0 -1 exacerbação moderada sem GRUPO B (mMRC ≥2; CAT>10):


hospitalização LABA + LAMA
DPOC – Manejo terapêutico farmacológico
O tratamento das exacerbações deve ser feito com:
• aumento das doses de broncodilatadores adrenérgicos (SABA e/ou
LABA) e/ou acréscimo de anticolinérgicos (SAMA e/ou LAMA);
• cursos de curta duração de corticosteroides sistêmicos nas
exacerbações moderadas e graves: prednisona 20 mg, 2
comprimidos, 1x/dia ou 1 comprimido, 2x/dia por 5 dias, por
exemplo;
• antibióticos, caso haja infecção respiratória bacteriana presumida,
por 5 a 7 dias.
DPOC – Manejo terapêutico farmacológico
• Antibioticoterapia
ü uso profilático e contínuo de antibióticos não reduz exacerbações;
ü Azitromicina (250 mg/dia ou 500 mg três vezes por semana) ou eritromicina
(250 mg duas vezes por dia) por um ano em pacientes propensos a
exacerbações reduziu o risco de exacerbações em comparação com o
tratamento usual;
Pulsoterapia não tem efeito benéfico sobre a taxa de exacerbação em
geral.
DPOC – Técnica Inalatória
• A utilização de dispositivos inalatórios é uma habilidade que deve ser aprendida e
mantida para que as medicações sejam administradas com eficácia.
• Uma técnica inalatória inadequada leva a um controle insatisfatório da asma,
aumento do risco de exacerbações e aumento dos efeitos adversos.
• A escolha do dispositivo deve ser individualizada e dinâmica, considerando o acesso
a terapêutica e a habilidade com a técnica de uso.
• Para inaladores dosimetrados pressurizados, o uso de um espaçador melhora a
distribuição e (para Corticoide Inalatório (CI)) reduz o potencial de efeitos colaterais
locais, como disfonia e candidíase oral. Com CI, o risco de candidíase também pode
ser reduzido por enxaguar e cuspir após o uso.
DPOC – Técnica Inalatória
• Em crianças pré-escolares é indispensável o uso de espaçadores.
• É importante avaliar a necessidade do uso de máscara.
• Realize o treinamento do paciente ou familiares/responsáveis preferencialmente
com demonstração física.
• Verifique e corrija a técnica com o paciente.

Reavalie em todas as consultas e re-treine regularmente.


DPOC – Medicações
disponíveis no
RENAME 2022
DPOC – Medicações
disponíveis no
RENAME 2022
ATENÇÃO
O aconselhamento para a CESSAÇÃO DO TABAGISMO deve ser
realizado em todas as consultas. A suspensão do tabagismo é a única
medida eficaz para reduzir a progressão da DPOC.
Materiais complementares
• Video indígena preparando alimento: https://www.youtube.com/watch?v=abnJCvOWVjE

• Pé diabético. Diário de um Posto de Saúde. 2017. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=Y5K2O0WMPzo

• Vídeo “Bicha Braba” - Como é conviver com um problema de pressão ou com açúcar no

sangue? Como é cuidar de distúrbios tidos como crônicos e incuráveis para o resto da

vida? E naqueles dias em que a bicha fica braba?

https://www.youtube.com/watch?v=ZPyiRylth2M
Referências
BARROSO, W. K. S. et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol., v. 116, n. 3, p. 516-658, 2021. Disponível em:
https://abccardiol.org/wp-content/uploads/articles_xml/0066-782X-abc-116-03-0516/0066-782X-abc-116-03-0516.x55156.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica :
diabetes mellitus. Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 160 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36). Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mellitus_cab36.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira – 2. ed., 1. reimpr.
– Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 156 p. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/publicacoes-para-promocao-a-
saude/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf/view

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica:
hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 128 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 37). Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hipertensao_arterial_sistemica_cab37.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica :
obesidade. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 212 p. : il. – (Cadernos de Atenção Básica, n. 38) Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_doenca_cronica_obesidade_cab38.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. Endocrinologia e nefrologia / Ministério da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Protocolos de encaminhamento da
atenção básica para a atenção especializada; v. 1. Brasília : Ministério da Saúde, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Endocrinologia e nefrologia. Protocolos de encaminhamento da atenção básica para
a atenção especializada; v. 1. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 20 p.: il. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_atencao_especializada_endocrinologia.pdf
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Cardiologia [recurso eletrônico]. Protocolos de encaminhamento da
atenção básica para a atenção especializada; v. 2. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 23 p.: il. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_especializada_cardiologia_v_II.pdf
BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Manual de atenção às pessoas
com sobrepeso e obesidade no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) do Sistema Único de Saúde [recurso eletrônico]. Brasília:
Ministério da Saúde, 2022. 55 p.

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978-65-5941-622-6. Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/classificacao-do-diabetes/

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Plano de Ações
Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030 [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021. 118 p. : il. Modo de
acesso: World Wide Web: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_enfrentamento_doencas_cronicas_ agravos_2021_2030.pdf
“Uma diretriz assistencial é uma trilha,
não um trilho.”
Eugênio Vilaça Mendes
OBRIGADO(A)!
COORDENAÇÃO GERAL
FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES
NILSON MASSAKAZU ANDO

POLO SÃO PAULO


COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
GUSTAVO EMANUEL FARIAS GONÇALVES
MARIANA TOMASI SCARDUA

SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
MARIZÉLIA GOIS MONTEIRO
DANIEL DE MEDEIROS GONZAGA

APOIO INSTITUCIONAL DO MEC


MÁRCIA CRISTINA NÉSPOLI ANDO
JONAS NERIS FILHO
POLO SALVADOR
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
MARINA ABREU CORRADI CRUZ
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
CLARISSA SANTOS LAGES
APOIO INTITUCIONAL DO MEC
JOÃO PEREIRA DE LIMA NETO

POLO BELO HORIZONTE


COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
CAMILA ZAMBAN DE MIRANDA
FRANTCHESCA FRIPP DOS SANTOS
SUBCOORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
JULIANA MACHADO DE CARVALHO
AUGUSTO CEZAR DAL CHIAVÓN
APOIO INTITUCIONAL DO MEC
LILIAN PATRÍCIA SILVA DE SOUZA
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
CAMILO SOBREIRA DE SANTANA
SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR
DENISE PIRES DE CARVALHO
DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
GISELE VIANA PIRES
COORDENADOR GERAL DE EXPANSÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
FRANCISCO DE ASSIS ROCHA NEVES
REFERÊNCIAS CENTRAIS DO MEC/PMMB
ANA LUÍSA DOS SANTOS AZEVEDO
ANA LUIZA FEITOZA NEVES SANTOS COSTA
GABRIELA CARVALHO DA ROCHA
HUMBERTO BATISTA BORGES DA SILVEIRA
LEONARDO SOUSA ARAÚJO
LUCAS DE SOUZA PORFIRIO
MAÉZIA MARIA MEDEIROS COSTA MIGUEL
TATIANA RIBEIRO

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