E4 Sico
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E4 Sico
COMPUTACIONAIS
Rosana Ressa
E-book 4
Neste E-Book:
Introdução���������������������������������������������������� 3
Conceitos de processamento de
dados massivos (Big Data)��������������������� 5
Fundamentos da transformação
digital������������������������������������������������������������15
Pilares que sustentam a realidade
digital������������������������������������������������������������19
Considerações finais������������������������������30
Síntese��������������������������������������������������������� 33
2
INTRODUÇÃO
Anteriormente, abordamos vários temas relacionados
à organização e arquitetura de computadores, que
são efetivos para a compreensão dos sistemas com-
putacionais. Neste módulo, estudaremos algumas
tendências que começam a vislumbrar um futuro no
qual os sistemas computacionais darão suporte para
escolhas mais simples da sua vida. Abordaremos,
ainda, conceitos de processamento de dados massi-
vos, com o objetivo de que você possa identificar os
conceitos e os elementos principais por trás de big
data e entender que a grande massa de dados pro-
duzida nos dias atuais é processada por arquiteturas
paralelas e infraestrutura de computação em nuvem.
3
laçadas. A intenção desse tópico é que, ao final do
texto, você apresente os seguintes aprendizados:
reconhecimento dos conceitos, identificação dos
pilares e elementos que contemplem uma solução
envolvendo IoT, IA e robótica. Por fim, que seja capaz
de definir possibilidades de uso dessas tecnologias
na automação de processos.
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CONCEITOS DE
PROCESSAMENTO DE DADOS
MASSIVOS (BIG DATA)
Nos módulos anteriores, fizemos uma exposição
dos aspectos técnicos da arquitetura e organização
de computadores. Se buscar na memória, lembrará
que o computador era visto tradicionalmente como
uma máquina sequencial e, à medida que a tecno-
logia evoluiu e o custo do hardware diminuiu, foram
vislumbradas outras oportunidades de melhorar
o desempenho de um sistema computacional via
paralelismo. É disso que falaremos mais à frente.
Antes, porém, é importante discorrer sobre alguns
conceitos.
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FIQUE ATENTO
A Terceira Revolução Industrial é também cha-
mada de Revolução Informacional. Destacou-se
a partir dos avanços tecnológicos na ciência e
na indústria, em meados do século 20. Uma pon-
te foi criada entre o conhecimento científico e o
sistema produtivo, o que trouxe mudanças para a
produção, pois passou-se a produzir-se mais em
menos tempo, e ainda passou a produzir bens e
produtos antes não imaginados.
FIQUE ATENTO
O ciberespaço abrange todo o conjunto de rede
de computadores no qual circula todo tipo de
informação. É um espaço não físico compos-
to pelas redes digitais, onde é permitido manter
um processo de interação e comunicação virtu-
al. Nesse ambiente, as informações movem-se,
sucedem-se, transformam-se e excluem-se.
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de serviços fornecidos pela internet e os diferentes
tipos de conteúdo gerados pelos usuários da web,
proporcionam novos desafios e possibilidades.
FIQUE ATENTO
Log é uma expressão empregada para represen-
tar o processo de registro de eventos importan-
tes em um sistema computacional.
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encontrada, analisada e aproveitada em tempo
hábil (MORAIS et al., 2018, p. 14).
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cada minuto durante a transmissão de eventos ao
vivo. Diante disso, o desafio é processar o volume de
dados produzido ao longo do tempo e em tempo há-
bil, o que é chamado de processamento de streams.
SAIBA MAIS
Depois de sua popularização inicial, o Big Data ga-
nhou dois Vs indicativos dos conceitos de Valor e
Veracidade dos dados. Esse movimento, em sua
“composição”, se deu por conta do amadurecimen-
to da tecnologia. Leia Os 5 Vs do Big Data para sa-
ber mais sobre eles: https://culturaanalitica.com.br/
os-5-vs-big-data/. Acesso em: 30 ago. 2019.
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são aqueles registrados em bancos de dados, se-
quenciados em tabelas, que têm forma e tamanho
definidos, por exemplo: números, datas e grupos de
palavras. Já os dados não estruturados (maioria)
seguem um padrão heterogêneo, como imagens de
satélite, fotografias e vídeos, mensagens instantâne-
as, documentos eletrônicos, entre outros. Esse tipo
de dados demanda dispositivos de armazenamento
e processamento que suportem seu formato e garan-
tam mais eficiência em suas análises. Por sua vez, os
dados semiestruturados são uma mistura de dados
com fontes diversificadas que possuem estrutura,
porém uma estrutura flexível (MORAIS et al., 2018).
REFLITA
Quando você usa o cartão de crédito para pagar
uma conta, qual das três dimensões é emprega-
da para a aprovação de sua compra? Pense nisto!
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princípio básico “é dividir o problema em subpro-
blemas e solucioná-los individualmente, agrupando
as soluções, até compor a solução do problema”
(CORMEN et al., 2012 apud RICARDO et al., 2015).
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fraestrutura. Cada parte desta infraestrutu-
ra é provida como um serviço e, estes são
normalmente alocados em centros de dados,
utilizando hardware compartilhado para com-
putação e armazenamento (BUYA, 2009 apud
BESERRA; BECHER, 2011).
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configurações de software, porém pode haver diferen-
ças na capacidade de hardware no que diz respeito
à CPU, à memória e ao armazenamento em disco.
Cada máquina física possui uma quantidade variável
de máquinas virtuais em execução, em conformidade
com a capacidade de hardware disponibilizada por
cada máquina física (MENDONÇA; ANDRADE; SOUSA
NETO, 2018).
Computação
em nuvem
Software de Dados/
Servidores plataforma armazenamento
Máquinas
Aplicações
virtuais
Roteador Switch
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soluções computacionais são disponibilizadas na
nuvem e, para isso, as máquinas dos usuários não
necessitam ter altos recursos computacionais, o que
diminui o custo na aquisição de computadores. A
intenção é fornecer abstração e facilidade de acesso
aos usuários desses serviços e, neste caso, não há
necessidade de os usuários saberem dos aspectos
de localização física e entrega dos resultados dos
serviços.
Podcast 1
14
FUNDAMENTOS DA
TRANSFORMAÇÃO
DIGITAL
Você provavelmente já deve ter ouvido falar em trans-
formação digital e, se ainda não, chegou a hora. A
indústria computacional avança como nenhuma ou-
tra e, como abordamos no tópico anterior, algumas
tecnologias podem ser inovadoras e disjuntivas.
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operações e entrega de valor (DIOGO; KOLBE JUNIOR;
SANTOS, 2019). Em suma, pode-se determiná-la pelo
uso da tecnologia cujo objetivo é melhorar o desem-
penho e os resultados alcançados por empresas.
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organizações. É razoável dizer que pode resultar na
modificação de estruturas socioeconômicas e pa-
drões organizacionais ou até mesmo transpor as
barreiras culturais.
SAIBA MAIS
Para entender a Transformação Digital sobre um
outro olhar, assista a Afinal, o que significa trans-
formação digital?, vídeo que se encontra dispo-
nível em: https://www.youtube.com/watch?time_
continue=1&v=B7N5vcksW8se. Acesso em: 03
ago. 2019.
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zação, otimização de recursos e maior agilidade no
desenvolvimento de novos produtos. Contudo, não são
apenas os CPS que marcam a 4ª Revolução Industrial.
A Transformação Digital é suportada por alguns pila-
res, apresentados no tópico seguinte.
SAIBA MAIS
Saiba mais sobre os Sistemas Ciberfísicos, lendo
o artigo Sistemas ciberfísicos: o futuro da Manu-
tenção Industrial?, de Luís Miguel Pires, que está
disponível em: https://bit.ly/2OO4gFq. Acesso
em: 05 ago. 2019.
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PILARES QUE
SUSTENTAM A
REALIDADE DIGITAL
O ambiente virtual está em constante evolução, por
isso, era de se esperar que a Transformação Digital
se adaptasse a essas mudanças. No entanto, há
pilares em que as tecnologias se amparam, isto é,
servem como alicerce e habilitadores de avanços
(apresentados mais adiante). Esses pilares são difun-
didos pela Terceira Plataforma. Para o International
Data Corporation (IDC), é possível determinar que o
uso da tecnologia da informação e comunicação foi
assinalado por três grandes marcos: primeira plata-
forma, segunda plataforma e terceira plataforma.
SAIBA MAIS
A IDC, presente em mais de 100 países, é a empre-
sa líder em inteligência de mercado, serviços e con-
sultoria em tecnologia da informação, telecomu-
nicações e mercados de consumo em massa de
tecnologia. Saiba mais acessando http://br.idclatin.
com ou a página corporativa: https://www.idc.com.
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rias aplicações. A IBM foi a empresa precursora e
mais influente nessa fase.
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to da primeira plataforma, onde as redes de
computadores consistiam de grandes mainfra-
mes. Todos os funcionários de uma empresa
tinham acesso aos dados no mainframe, mas
só podiam acessá-los através de seus com-
putadores de mesa. Na segunda plataforma,
os funcionários de uma empresa poderiam
acessar os dados no mainframe, bem como
dados externos, através de uma conexão com
a Internet. A terceira plataforma permite que
todas as soluções de TI da empresa estejam
disponíveis através da nuvem, acessível atra-
vés de uma variedade de dispositivos móveis.
O armazenamento de dados, os servidores e
muitas soluções de TI, que estão no local, agora
podem ser baseados na nuvem.
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mobilidade que realmente define a terceira
plataforma. Por exemplo, um representante
de uma empresa na estrada ou trabalhando
a partir de casa terá acesso instantâneo aos
dados através de seu dispositivo móvel sem-
pre que, e onde eles precisam.
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O conceito de IoT é uma rede de objetos físicos com
sensores e conexão à internet, que são aptos à coleta
e transmissão de dados (ALECRIM, 2017). O termo
IoT é empregado para transmitir a ideia de que a
internet pode estar presente em qualquer coisa e
que há fusão do mundo real com o mundo digital,
fazendo com que os indivíduos estejam em constan-
te comunicação e interação com outras pessoas e
objetos. Sob essa ótica, é comum a conexão entre
pessoas por smartphones, mas também de pesso-
as com sistemas computacionais (DIOGO; KOLBE
JUNIOR; SANTOS, 2019).
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(ALECRIM, 2017). Em todo caso, a implementação de
soluções IoT é composta por redes heterogêneas e
largamente distribuídas. Uma propriedade essencial
dessas redes é a identificação por sensores e tecno-
logias inteligentes que permitem a existência de um
grande número de serviços, incluindo elementos de
softwares, hardware e serviços, usados para apoiar
redes de comunicação.
FIQUE ATENTO
A oneM2M é uma empresa que cria requisitos, ar-
quitetura, especificações de API, soluções de se-
gurança e interoperabilidade para as tecnologias
Machine-to-Machine (M2M, ou máquina a máqui-
na) e IoT. O M2M faz referência à comunicação
direta entre dispositivos, utilizando qualquer ca-
nal de comunicação, abrangendo com fio e sem
fio. O modelo oneM2M emprega uma arquitetura
de plataforma horizontal simples, encaixando-
-se em um padrão de três camadas que abarcam
aplicativos, serviços e redes.
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individuais, mas de ordem coletiva. Um exemplo dis-
so é o semáforo que, na ocorrência de falhas, pode
causar problemas de congestionamentos e caos
nas cidades. Por isso, um aspecto que não pode ser
deixado de lado no contexto de IoT é a transparência,
sendo importante deixar claro para as empresas e os
usuários os riscos relacionados à IoT. Além disso,
orientações associadas às questões de segurança
também devem ser realizadas.
SAIBA MAIS
Complemente este tópico ao assistir a Inter-
net das Coisas - Tecmundo Explica, vídeo que
está disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=O8-oiSsZl1Y. Acesso em: 04 ago. 2019.
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derem as regras recebendo inputs de informação e
cheguem a resultados de independentemente. O foco
é treinar os computadores a pensar por si mesmos
e a improvisar resoluções para problemas comuns,
então a IA não apenas aplica decisões pré-progra-
madas, mas também demostra algumas habilidades
de aprendizado.
FIQUE ATENTO
Machine learning reflete a capacidade de siste-
mas computacionais de aprender sem serem
programados. O sistema usa técnicas estatísti-
cas para avaliar uma variedade de algoritmos e
descobrir padrões em bancos de dados, usados
para fazer determinações ou predições. Atual-
mente, esses sistemas analisam nosso compor-
tamento digital (buscas, geolocalização, uso de
aplicativos etc.) e estabelecem respostas antes
que façamos as perguntas.
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Com sua popularização, é possível afirmar que a IA
se encontra em um novo estágio evolutivo, citando
alguns exemplos discutidos por Pan (2016), pode-
mos visualizar tais evoluções. Desenvolvido pela
Microsoft, o IA de bate-papo Xiaobing, orienta a trans-
formação de uma interface gráfica clássica para uma
interface interativa com percepção natural e emocio-
nal. Já o sistema Watson da IBM foi empregado de
forma operacional em hospitais, com a finalidade de
identificar, entre milhões de registros de pacientes,
alternativas de diagnóstico de câncer.
SAIBA MAIS
A história da Inteligência Artificial - TecMundo é
um vídeo no qual se aprofundam um pouco a histó-
ria da IA, os principais pesquisadores, além de apre-
sentar exemplos de aplicação. Disponível em: ht-
tps://www.youtube.com/watch?v=Lhu8bdmkMCM.
Acesso em: 04 ago. 2019.
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Outra tendência importante é a Robótica, ramo que
utiliza tecnologias da mecânica, eletrônica, compu-
tação, inteligência artificial e microeletrônica para
construir dispositivos eletromecânicos ou biomecâni-
cos capazes de realizar tarefas de forma autônoma,
pré-programada ou com controle humano. É cada dia
mais comum o uso desses dispositivos, os robôs,
na realização de trabalhos de risco, industriais e da
medicina, entre outras.
SAIBA MAIS
História da Robótica relata brevemente a história da
robótica. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=8jV0JADp7Vs. Acesso em: 04 ago. 2019.
28
O segundo tipo de robô, para contexto da
Transformação Digital, é o autônomo. Antes, esses
robôs eram controlados por uma central de operação.
Os atuais possuem controle embarcado e inteligência
o suficiente para se localizarem em fábricas sem o
uso das “linhas”, bem como se desviarem de barrei-
ras nas rotas e identificarem automaticamente os
destinos. Seu funcionamento é baseado na estrutura
física usada para executar movimentos e no sistema
sensorial responsável por receber estímulos. Além
de um circuito eletrônico encarregado por alimentar
e ativar suas funções por meio de um processador
programável responsável pelos comandos. Atreladas
à robótica, temos a IA e o machine learning, que per-
mitem que os robôs aprendam a resolver problemas
independentemente, trocando informações entre
máquinas em rede. É uma ciência em crescimento
cuja definição foi evoluindo ao longo do tempo, jun-
tamente com o próprio área.
Podcast 2
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CONSIDERAÇÕES
FINAIS
No processo de Transformação Digital, há várias ini-
ciativas e em quase todos os setores para a explora-
ção das novas tecnologias digitais e seus benefícios.
As tecnologias envolvidas são proporcionadas pelos
grandes avanços nas conexões em rede. Algumas
ainda estão caminhando e outras são mais difundi-
das; contudo, já podemos ter uma visão de como se
comportará nosso futuro.
30
Na sequência, falamos da Transformação Digital.
Aprendemos algumas definições e observamos
que estamos vivenciando a 4ª Revolução Industrial.
Foi exposto que a Transformação Digital pertence
a um movimento, denominado progresso tecnoló-
gico, que é composto por três etapas: Digilização,
Digitalização e Transformação Digital, que pode ser
entendida como a consequência geral da digitaliza-
ção na sociedade. Outro ponto importante foi que
algumas mudanças estão sendo marcadas pelo em-
prego de automatização e de Sistemas Ciberfísicos.
A intenção aqui foi você conhecer os aspectos mais
importantes sobre o assunto e poder descrever os
conceitos.
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ceitos estão atrelados, como big data e computação
em nuvem. O objetivo de aprendizagem desse tópico
foi você ser capaz de definir os conceitos, relacionar
pilares e elementos que contemplam uma solução
que envolva IoT, IA e robótica e, por fim, ser capaz
de discutir possibilidades de uso dessas tecnologias
na automação de processos.
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Síntese
SISTEMAS
COMPUTACIONAIS
1ª plataforma.
2ª plataforma.