Direitos Fundiarios
Direitos Fundiarios
Direitos Fundiarios
LUANDA
2024
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO ZANGO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
COORDENAÇÃO DO CURSO DE GESTÃO EMPRESARIAL
Nº DO GRUPO: 4
ANO ACADÉMICO: 2º ano
SALA: 2
PERIODO: Noite
DISCIPLINA: Direito
Docente
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Dr. António Olim
LUANDA
2024
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO ZANGO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
COORDENAÇÃO DO CURSO DE GESTÃO EMPRESARIAL
INTEGRANTES DO GRUPO
ANTÓNIO CUCU
ARGENTINA DE CARVALHO
CELESTINO KISSUPA
JÉSSICA DE SOUSA
LUANDA
2024
AGRADECIMENTOS
Angola tem legislação específica sobre terras e direitos sobre as terras. Embora
a actual legislação careça de aperfeiçoamento para torná-la mais condizente com a
realidade presente e a previsível do país, é um avanço considerável,
comparativamente há duas décadas. Mas ainda assim, está longe de satisfazer por se
considerar desfasada da realidade. O Estado, proprietário originário da terra, o
primeiro gestor e autoridade que concede direitos sobre ela, não a conhece
devidamente, não tem capacidade de resposta à demanda dos solicitantes de direitos e,
quando responde, raramente fá-lo cumprindo adequadamente a lei.
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1. OS DIREITOS FUNDIARIOS EM ANGOLA E O SEU IMPACTO NA
VIDA DOS MUNÍCIPES
Geraldo da Cruz Almeida (In Código da Terra, Livraria Saber, Lda, Edição
2002), acha mesmo que a terra deve ser encarada como um bem público e, como tal,
pertença de todos, em geral, mas não peertença de ninguém em particular. Neste
sentido, diz ele, somos todos enfiteutas da terra. Dela só temos o domínio útil; o
domínio directo pertence a todas as gerações presentes e futuras.
Face à escassez de qualquer recurso, os homens, por via das superiores formas
de organização social nas quais se incluem os Estados, sempre buscaram as melhores
e mais adequadas soluções, mormente por via da regulação jurídica de acesso e uso
aos recursos naturais, em busca da sua optimização.
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campo, por este oferecer melhores condições para as guerrilhas e outros movimentos,
mesmo terroristas.
Para fazer face a tal situação, o poder colonizador não ficou indiferente. É
claro que mesmo em Portugal ainda se desconheciam referências do planeamento
territorial. Todavia, em 21 de Novembro de 1970, o Governo Português aprovou o
Decreto-Lei nº 576/70 que se tornou extensivo às Províncias Ultramarinas (colónias)
através da Portaria nº 421/72 de 1 de Agosto.
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do Estado (elaboração de projecto de Planos municipais), ii) o nº 1 do artigo 57º e
o artigo 59º ambos da Lei nº 3/04 de 25 de Junho, Lei do Ordenamento do Território e
do Urbanismo ( Elaboração de planos municipais pelos Municípios e aprovação do
Governador Provincial e ractificação pelo Governo Central), iii) o nº 2 do artigo 88º
do REPTUR (os planos municipais são elaborados ... pelos órgãos técnicos
municipais que prestarão os serviços relativos a caracterização dos elementos
relativos ao município e perspectivas evolutivas da ocupação dos solos municipais,
sob coordenação do órgão técnico provincial) e iv) o artigo 19º do Decreto
Presidencial nº 6/10 de 17 de Agosto (... compete a Administração Municipal... a
elaboração e aprovação dos planos municipais de ordenamento do território...).
Como se vê a interpretação conjugada destes diplomas no que a elaboração e
aprovação dos planos territoriais municipais diz respeito, cria dificuldades na sua
aplicação.
2. DIREITOS FUNDIARIOS
José Guerra define os direitos fundiários como “todos que incidem sobre os
terrenos, sem contudo se referir se o proprietário do mesmo é uma pessoa colectiva ou
um particular”.
a) direito de propriedade;
b) domínio útil consuetudinário;
c) domínio útil civil;
d) direito de superfície;
e) direito de ocupação precária.
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Se seguirmos o conceito amplo, também, serão direitos fundiários o direito de
propriedade privada, o direito de superfície e o direito do domínio útil civil, todos
estes regulados no código civil quando incidem sobre terrenos que não sejam
propriedade originária do Estado.
I. Este direito não se pode aplicar nos terrenos das comunidades rurais mas
sim nos terrenos urbanos onde existe plano urbanístico
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O objecto do domínio útil consuetudinário são os terrenos rurais comunitários
ocupados pelas comunidades rurais (Artigo 37.º, nº1 da Lei nº 9/04).
O domínio útil civil é integrado pelo conjunto de poderes que o Código Civil
reconhece ao enfiteuta. O emprazamento, aforamento ou enfiteuse consiste no
desmembramento do direito de propriedade em dois domínios, denominados directo e
útil. O titular do domínio directo é designado por senhorio; o do domínio útil: foreiro
ou enfiteuta. O prédio sujeito a enfiteuse diz-se prazo e pode ser rústico ou urbano.
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O Estado aceita os direitos sobre terra do domínio privado do Estado a
qualquer pessoa quer na zona rural quer na zona urbana. (Artigo 38º da Lei nº 9/04).
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dadas a ninguém, ao menos que por vontade própria as comunidades que as ocupavam
venham a abandoná-las.
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O Conselho de Ministros pode, porém, autorizar a transmissão ou a
constituição de direitos fundiários sobre terrenos de áreas superiores ao limite
máximo indicado no número anterior.
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Os terrenos de que o Estado e proprietário classificam-se em concedíveis e
ocupáveis e não-concedíveis (Artigo 19º da Lei nº 9/04 - Lei de Terras).
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De acordo com o Artigo 42.º da Lei de Terras podem adquirir direitos
fundiários sobre terrenos concedíveis integrados no domínio privado do Estado ou das
autarquias locais:
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5.1.1. Terros Urbanos
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São terrenos que o Estado não pode transmitir a um particular para fazer uso
próprio, porque são de interesse público para a construção de estradas, aeroportos,
caminho-de-ferro, pontes, escolas, hospitais etc.
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Terrenos Totalmente Reservados: Nesta classe estão incluídos os terrenos do
domínio público do Estado que são reservados para fins de interesse público, tendo
em conta:
CONCLUSÃO
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Pelo debitado nos parágrafos supra, apraz-nos concluir nos seguintes termos:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1. CHALHUB, Melhim Namem, Curso de Direito Civil – Direitos Reais, Saraiva
Editora, ano de 2003.
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