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Serviço Público Federal

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR


INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA-INMETRO

Portaria n.º 26, de 14 de janeiro de 2016.

CONSULTA PÚBLICA

OBJETO: Proposta de Regulamento Técnico da Qualidade para Aquecedores Instantâneos de Água


Elétricos estabelecendo os requisitos obrigatórios de segurança e classificação de consumo para a
disponibilização de aquecedores no mercado nacional.

ORIGEM: Inmetro / MDIC.

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E


TECNOLOGIA - INMETRO, no uso de suas atribuições, conferidas no § 3º do art. 4º da Lei n.º
5.966, de 11 de dezembro de 1973, nos incisos I e IV do art. 3º da Lei n.º 9.933, de 20 de dezembro
de 1999, e no inciso V do art. 18 da Estrutura Regimental da Autarquia, aprovada pelo Decreto n.º
6.275, de 28 de novembro de 2007, resolve:

Art. 1º Disponibilizar, no sítio www.inmetro.gov.br, a proposta de texto da Portaria


Definitiva e a do Regulamento Técnico da Qualidade para Aquecedores Instantâneos de Água
Elétricos.

Art. 2º Declarar aberto, a partir da data da publicação desta Portaria no Diário Oficial da
União, o prazo de 60 (sessenta) dias para apresentação de críticas e sugestões relativas aos textos
propostos.

Art. 3º Informar que as críticas e sugestões deverão ser encaminhadas no formato da


planilha modelo, contida na página http://www.inmetro.gov.br/legislacao/, preferencialmente em
meio eletrônico, e para os seguintes endereços:

Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro


Diretoria de Avaliação da Conformidade - Dconf
Divisão de Regulamentação Técnica e Programas de Avaliação da Conformidade – Dipac
Rua da Estrela n.º 67 - 3º andar – Rio Comprido
CEP 20.251-021– Rio de Janeiro – RJ, ou
E-mail: [email protected]

§ 1º As críticas e sugestões que não forem encaminhadas de acordo com o modelo citado no
caput serão consideradas inválidas para efeito da consulta pública e devolvidas ao demandante.

§ 2º O demandante que tiver dificuldade em obter a planilha no endereço eletrônico


mencionado acima, poderá solicitá-la no endereço físico ou no e-mail elencados no caput.

Art. 4º Estabelecer que, findo o prazo fixado no art. 2º, o Inmetro se articulará com as
entidades que tenham manifestado interesse na matéria, para que indiquem representantes nas
discussões posteriores, visando à consolidação do texto final.
Fl.2 da Portaria n° 26//Presi, de 14/01/2016

Art. 5º Publicar esta Portaria de Consulta Pública no Diário Oficial da União, quando
iniciará a sua vigência.

LUIS FERNANDO PANELLI CESAR


Serviço Público Federal
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA-INMETRO

PROPOSTA DE TEXTO DE PORTARIA DEFINITIVA

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E


TECNOLOGIA - INMETRO, no uso de suas atribuições, conferidas no § 3º do art. 4º da Lei n.º
5.966, de 11 de dezembro de 1973, nos incisos Ie IV do art. 3º da Lei n.º 9.933, de 20 de dezembro
de 1999, e no inciso V do art. 18 da Estrutura Regimental da Autarquia, aprovada pelo Decreto n.º
6.275, de 28 de novembro de 2007;

Considerando a alínea f do subitem 4.2 do Termo de Referência do Sistema Brasileiro de


Avaliação da Conformidade, aprovado pela Resolução Conmetro n.º 04, de 02 de dezembro de
2002, que outorga ao Inmetro competência para estabelecer diretrizes e critérios para a atividade de
avaliação da conformidade;

Considerando o art. 5º da Lei n.º 9.933/1999 que determina às pessoas naturais e jurídicas que
atuem no mercado a observância e o cumprimento dos atos normativos e Regulamentos Técnicos
expedidos pelo Conmetro e pelo Inmetro;

Considerando a necessidade de atender à Lei n.º 10.295, de 17 de outubro de 2001, que


estabelece a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia, e ao Decreto n.º 4.059,
de 19 de dezembro de 2001, que a regulamenta;

Considerando a Portaria Inmetro nº 164, de 5 de abril de 2012, que cientifica que os objetos
sujeitos à avaliação da conformidade, no âmbito do Programa Brasileiro de Etiquetagem -
PBE,deverão ostentar, no ponto de venda, de forma claramente visível ao consumidor, a Etiqueta
Nacional de Conservação de Energia -ENCE, publicada no Diário Oficial da União 10 de abril de
2012, seção01, páginas 54 a 55.

Considerando a necessidade de acompanhar a evolução da base normativa internacional


existente, o Inmetro deverá apresentar estudo, no prazo de 36 meses, para avaliar a pertinência de
adotar a mesma como base da regulamentação técnica para os aquecedores instantâneos de água
elétricos produzidos no Brasil, bem como considerar a possibilidade de classificar o consumo de
água destes aparelhos.

Considerando que é dever de todo fornecedor oferecer produtos seguros no mercado nacional,
cumprindo com o que determina a Lei no. 8.078, de 11 de setembro de 1990, independentemente do
atendimento integral aos requisitos mínimos estabelecidos pela autoridade regulamentadora, e que a
certificação conduzida por um organismo acreditado pelo Inmetro não afasta esta responsabilidade;

Considerando a necessidade de zelar pela segurança dos consumidores visando à prevenção


de acidentes;

Considerando a importância de os Aquecedores Instantâneos de Água Elétricos,


comercializados no país, atenderem a requisitos mínimos de segurança, resolve baixar as seguintes
disposições:

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico da Qualidade para Aquecedores Instantâneos de


Água Elétricos, inserto no Anexo I desta Portaria, que determina os requisitos de cumprimento
obrigatório referentes à segurança do produto, disponível em http://www.inmetro.gov.br/legislacao.
Fl.2 da Portaria n° /Presi, de / / 2016

Art. 2º Determinar que os fornecedores de aquecedores instantâneos de água elétricos


deverão atender ao disposto no Regulamento ora aprovado.

Art. 3º Determinar que todo aquecedor instantâneo de água elétrico, abrangido pelo
Regulamento ora aprovado, deverá ser fabricado, importado, distribuído e comercializado, de forma
a não oferecer riscos que comprometam a segurança, independentemente do atendimento integral
aos requisitos estabelecidos neste Regulamento.

§ 1º O Regulamento ora aprovado se aplica aos aquecedores instantâneos de água elétricos


residenciais e similares disponibilizados no mercado nacional, incluindo os seguintes tipos:
chuveiros, duchas e duchas higiênicas; torneiras; aquecedores de água de passagem; e, aquecedores
de banheiras de hidromassagem.

§ 2º Excluem-se do Regulamento ora aprovado os aquecedores de água de acumulação,


banheiras de hidromassagem, ebulidores elétricos (mergulhão) e aparelhos para aquecimento de
água por eletrodos e os produtos citados no § 1º projetados exclusivamente para uso no processo
produtivo industrial e/ou em locais com a presença de atmosfera corrosiva ou explosiva, como
poeira, vapor, gás, entre outros.

Art. 4º Determinar que as exigências do Regulamento ora aprovado não se aplicarão aos
aquecedores instantâneos de água elétricos que se destinem exclusivamente à exportação.

Parágrafo único. Os produtos acabados destinados exclusivamente à exportação deverão estar


embalados e identificados inequivocamente, com documentação comprobatória da sua destinação.

Art. 5º Determinar que o Regulamento ora aprovado se aplicará aos seguintes entes da
cadeia produtiva de aquecedores instantâneos de água elétricos, com as seguintes
obrigações/responsabilidades:

§ 1º Ao fabricante nacional caberá somente fabricar e disponibilizar, a título gratuito ou


oneroso, aquecedores instantâneos de água elétricos conforme os requisitos do Regulamento ora
aprovado.

§ 2º Ao importador caberá somente importar e disponibilizar, a título gratuito ou oneroso,


aquecedores instantâneos de água elétricos conforme os requisitos do Regulamento ora aprovado.

§ 3º Todos os entes da cadeia produtiva e de fornecimento de aquecedores instantâneos de


água elétricos, incluindo o comércio em estabelecimentos físicos ou virtuais, deverão manter a
integridade do produto, das suas marcações obrigatórias, instruções de uso, advertências,
recomendações e embalagens, preservando o atendimento aos requisitos do Regulamento ora
aprovado.

§ 4º Caso um ente exerça mais de uma função na cadeia produtiva e de fornecimento, entre as
anteriormente listadas, suas responsabilidades serão acumuladas.

Art. 6º Determinar que os aquecedores instantâneos de água elétricos fabricados,


importados, distribuídos e comercializados, a título gratuito ou oneroso, em território nacional
deverão ser submetidos, compulsoriamente, à avaliação da conformidade, por meio do mecanismo
de certificação, observado o prazo fixado no art. 14 desta Portaria.

§ 1º Os Requisitos de Avaliação da Conformidade para Aquecedores Instantâneos de Água


Elétricos estão fixados no Anexo II desta Portaria, disponível em
http://www.inmetro.gov.br/legislacao.
Fl.3 da Portaria n° /Presi, de / / 2016

§ 2º A certificação não exime o fornecedor da responsabilidade exclusiva pela segurança do


produto.

Art. 7º Determinar que, após a certificação, os aquecedores instantâneos de água elétricos


fabricados, importados, distribuídos e comercializados, a título gratuito ou oneroso, em território
nacional, deverão ser registrados no Inmetro, considerando a Portaria Inmetro n.º 491, de 13 de
dezembro de 2010, ou substitutivas, observado o prazo fixado no art. 14 desta Portaria.

§ 1º A obtenção do Registro é condicionante para a autorização do uso do Selo de


Identificação da Conformidade nos produtos certificados e para sua disponibilização no mercado
nacional.

§ 2º O modelo de Selo de Identificação da Conformidade aplicável para aquecedores


instantâneos de água elétricos encontra-se no Anexo III desta Portaria, disponível em
http://www.inmetro.gov.br/legislacao.

Art. 8º Determinar que os aquecedores instantâneos de água elétricos importados abrangidos


pelo Regulamento ora aprovado estarão sujeitos ao regime de licenciamento de importação não
automático, devendo o importador obter anuência junto ao Inmetro, considerando a Portaria Inmetro
n.º 548, de 25 de outubro de 2012, ou substitutivas, observado o prazo fixado no art. 14 desta
Portaria.

Art. 9º Determinar que todos os aquecedores instantâneos de água elétricos abrangidos pelo
Regulamento ora aprovado estarão sujeitos, em todo o território nacional, às ações de
acompanhamento no mercado executadas pelo Inmetro e entidades de direito público a ele
vinculadas por convênio de delegação.

Art. 10. Determinar que as infrações ao disposto nesta Portaria serão analisadas, podendo
ensejar as penalidades previstas na Lei n.º 9.933/1999.

Parágrafo único. A fiscalização observará os prazos fixados nos artigos 14 e 15 desta Portaria.

Art. 11. Determinar que as ações de acompanhamento no mercado poderão ser realizadas
através de metodologias e amostragens diferentes das utilizadas para a certificação do produto,
mantidas as possibilidades de defesa e recurso, previstas na legislação específica.

§ 1º Todas as unidades de aquecedores instantâneos de água elétricos fabricadas, importadas,


distribuídas e comercializadas em território nacional deverão ser seguras e atender, integralmente,
ao Regulamento ora aprovado.

§ 2º O fornecedor detentor do registro será responsável por repor as amostras do produto,


eventualmente retiradas do mercado pelo Inmetro ou por seus órgãos delegados, para fins de
acompanhamento.

§ 3º O fornecedor detentor do registro que tiver amostras submetidas ao acompanhamento no


mercado deverá prestar ao Inmetro, quando solicitado, ou notificado administrativamente, todas as
informações requeridas em um prazo máximo de 10 (dez) dias úteis.

Art. 12. Cientificar que caso o Inmetro identifique não conformidades nos produtos durante as
ações de acompanhamento no mercado, notificará o fornecedor detentor do registro, determinando a
necessidade de providências e respectivos prazos.
Fl.4 da Portaria n° /Presi, de / / 2016

Parágrafo único. A notificação mencionada no caput não possui relação com o processo
administrativo decorrente da irregularidade constatada e não interferirá na aplicação de penalidades.

Art. 13. Determinar que, caso seja encontrada não conformidade de risco potencial à saúde ou
à segurança do consumidor ou ao meio ambiente, o Inmetro poderá determinar, ao fornecedor
detentor do registro, a retirada do produto do mercado, bem como informar o fato aos órgãos de
defesa do consumidor competentes.

Art. 14. Determinar que, a partir de 18 (dezoito) meses, contados da data de publicação desta
Portaria, os fabricantes nacionais e importadores deverão fabricar ou importar, para o mercado
nacional, somente aquecedores instantâneos de água elétricos em conformidade com as disposições
contidas nesta Portaria.

Parágrafo único. A partir de 6 (seis) meses, contados do término do prazo fixado no caput, os
fabricantes e importadores deverão comercializar, no mercado nacional, somente aquecedores
instantâneos de água elétricos em conformidade com as disposições contidas nesta Portaria.

Art. 15. Determinar que, a partir de 36 (trinta e seis) meses, contados da data de publicação
desta Portaria, os estabelecimentos que exercerem atividade de distribuição ou de comércio deverão
vender, no mercado nacional, somente aquecedores instantâneos de água elétricos em conformidade
com as disposições contidas neste Regulamento.

Parágrafo único. A determinação contida no caput não deverá ser aplicável aos fabricantes e
importadores, que observarão os prazos fixados no art.14.

Art. 16. Cientificar que, mesmo durante os prazos de adequação estabelecidos, os fabricantes
nacionais e importadores permanecerão responsáveis pela segurança dos aquecedores instantâneos
de água elétricos disponibilizados no mercado nacional e responderão por qualquer acidente ou
incidente com o usuário, em função dos riscos oferecidos pelo produto.

Parágrafo único. A responsabilidade descrita no caput não terminará e nem será transferida
para o Organismo de Avaliação da Conformidade ou para o Inmetro, em qualquer hipótese, com o
vencimento dos prazos fixados nos art. 14 e 15 desta Portaria.

Art. 17. Cientificar que a Consulta Pública que colheu contribuições da sociedade em geral
para a elaboração do Regulamento ora aprovado foi divulgada pela Portaria Inmetro n.º xx, de xx de
xxxxxxxxx de xxxx, publicada no Diário Oficial da União de xx de xxxxxxxxx de xxxx, seção xx,
página xx.

Art. 18. Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.

LUIS FERNANDO PANELLI CESAR


ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

ANEXO I
REGULAMENTO TÉCNICO DA QUALIDADE PARA AQUECEDORES
INSTANTÂNEOS DE ÁGUA ELÉTRICOS

1. OBJETIVO
Este Regulamento Técnico da Qualidade estabelece os requisitos obrigatórios para Aquecedores
Instantâneos de Água Elétricos a serem atendidos por toda cadeia fornecedora do produto no
mercado nacional.

Nota: Para simplicidade de texto, os ―aquecedores instantâneos de água elétricos‖ de que trata este
Regulamento doravante podem ser referenciados apenas como ―aparelhos‖ ou ―aquecedores‖.

2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Para fins deste RTQ, são adotados os seguintes documentos complementares.

Norma ABNT NBR IEC Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos
60529:2005 e Erratas:2005 (código IP)
Norma ABNT NBR NM 247- Cabos isolados com policloreto de vinila (PVC) para tensões
3:2002 nominais até 450/750 V, inclusiveParte 3: Condutores
isolados (sem cobertura) para instalações fixas
Norma ABNT NBR NM 287- Cabos isolados com compostos elastoméricos termofixos, para
1:2009 tensões nominais até 450/750 V, inclusive
Parte 1: Requisitos gerais (IEC 60245-1, MOD)
Norma NBR 9117:2006 Condutores flexíveis ou não, isolados com policloreto de
vinila (PVC/EB), para 105° C e tensões até 750 V, usados em
ligações internas de aparelhos elétricos
Norma IEC 60245-1:2007 Rubber insulated cables - Rated voltages up to and including
450/750 V - Part 1: General requirements
Norma IEC 60384-14:2013 Fixed capacitors for use in electronic equipment - Part 14:
Sectional specification - Fixed capacitors for electromagnetic
interference suppression and connection to the supply mains
Norma IEC 60417 Graphical symbols for use on equipment. Overview and
application

3. DEFINIÇÕES
Para fins deste RTQ, adota-se a definição abaixo e as contidas nos documentos complementares
citados no item 2.

3.1. Eficiência energética de aquecedores


Razão entre a energia térmica fornecida à água, medida na saída do aparelho, e a energia elétrica
consumida.

4. REQUISITOS DE SEGURANÇA E DESEMPENHO


Os aparelhos devem atender aos requisitos aplicáveis estabelecidos neste RTQ.

4.1. Valores nominais

4.1.1. As tensões nominais devem ser de 127 V ou 220 V.

1
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.1.2. O aparelho deve apresentar um valor máximo de potência nominal de:


a) 5500 W para tensão nominal de 127 V;
b) 5500 W para tensão nominal de 220 V nos Aparelhos com até 2 posições na chave seletora
de potência, excluindo-se a potência nula; ou 7800 W para tensão nominal de 220 V nos
demais aparelhos.

4.2. Classificação

4.2.1. Os aparelhos com elemento de aquecimento nu devem ser Classe I ou Classe III.

4.2.1.1. Outros aparelhos devem ser Classe I, Classe II ou Classe III.

4.2.2. Os aquecedores de hidromassagem devem ser aparelhos pelo menos IPX5 com elemento de
aquecimento blindado.

4.2.3. Os aparelhos devem possuir pelo menos o grau de proteção IP24 contra a penetração de
objetos sólidos estranhos e os efeitos prejudiciais devido à penetração de água.

4.3. Marcação e Instruções

4.3.1. As marcações, as instruções e outros textos devem ser redigidos em português e devem ser
claramente legíveis.

4.3.2. Todos os aparelhos disponibilizados no mercado nacional devem ser permanentemente


marcados, tanto no produto, como na embalagem, com as seguintes informações mínimas, em
língua portuguesa:
a) Nome, razão social e identificação fiscal (CNPJ ou CPF) do fabricante nacional ou do
importador;
b) Nome, razão social e identificação fiscal (CNPJ ou CPF)do fornecedor detentor do Registro;
c) Selo de Identificação da Conformidade com o número de Registro;
c1) O Selo de Identificação da Conformidade não pode ser aposto em acessórios ou partes
removíveis do produto.
c2) Na embalagem do produto, a aposição do Selo de Identificação da Conformidade pode
ser feita por impressão, clichê ou colagem.
d) Designação comercial do produto;
e) Data de fabricação (dia, mês e ano, nesta ordem);
f) Identificação do lote ou outra identificação que permita a rastreabilidade do produto;
g) País de origem, não sendo aceitas designações através de blocos econômicos, nem indicações
por bandeiras de países, somente na embalagem;
h) Código de barras comercial, para identificação da marca, modelo e versões do produto,
quando existente, somente na embalagem.

4.3.3. Os Aparelhos devem ser marcados ainda com:


a) Tensão nominal ou faixa de tensão nominal em Volts;
b) Símbolo da natureza da fonte, a menos que seja marcada a frequência nominal;
c) Potência nominal em Watts ou corrente nominal em Amperes;
d) Nome, marca comercial ou marca de identificação do fabricante ou do fornecedor;
e) Seção transversal ou fiação mínima dos condutores de alimentação, em mm², e capacidade
do disjuntor, em A, conforme a Tabela 1;
f) Distância máxima do quadro de distribuição para o circuito com a fiação indicada, conforme
a Tabela 2;
g) Pressão mínima, em kPa e em mca;
h) Pressão máxima, em kPa e em mca, para aparelhos de saída fechada;

2
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

i) Referência do modelo ou tipo;


j) Símbolo 5172 da IEC 60417, somente para aparelhos classe II;
k) Número IP de acordo com o grau de proteção contra penetração de água, quando diferente
do mínimo IPX4.

Tabela 1 - Disjuntores e seção dos condutores em função da potência

Intervalo da potência
Tensão Disjuntor Seção do condutor
nominal
V A mm
W

> ≤
0 2500 20 2,5
2500 4000 32 4

DIN
4000 5000 40 6
5000 5500 50 10
127
0 2500 20 2,5

NEMA
2500 3800 30 4
3800 5000 40 6
5000 5500 50 10
0 4400 20 2,5
4400 7000 32 4
DIN

7000 8800 40 6
8800 11000 50 10
220
0 4400 20 2,5
NEMA

4400 6600 30 4
6600 8800 40 6
8800 11000 50 10

Tabela 2 - Distâncias máximas do quadro de distribuição em função da corrente e seção


transversal do cabo
Distâncias máximas do quadro de distribuição
Corrente m
A Cabo 2,5 mm² Cabo 4 mm² Cabo 6 mm² Cabo 10 mm² Cabo 16 mm²
127 V 220 V 127 V 220 V 127 V 220 V 127 V 220 V 127 V 220 V
10 28,2 48,9 46,2 80 69,6 120,5 115,5 200 181,4 314,3
11 25,7 44,4 42 72,7 63,3 109,6 105 181,8 164,9 285,7
12 23,5 40,7 38,5 66,7 58 100,5 96,2 166,7 151,2 261,9
13 21,7 37,6 35,5 61,5 53,5 92,7 88,8 153,8 139,6 241,8
14 20,2 34,9 33 57,1 49,7 86,1 82,5 142,9 129,6 224,5
15 18,8 32,6 30,8 53,3 46,4 80,4 77 133,3 121 209,5
16 17,6 30,6 28,9 50 43,5 75,3 72,2 125 113,4 196,4
17 16,6 28,8 27,2 47,1 40,9 70,9 67,9 117,6 106,7 184,9
18 15,7 27,2 25,7 44,4 38,7 67 64,1 111,1 100,8 174,6
19 14,9 25,7 24,3 42,1 36,6 63,4 60,8 105,3 95,5 165,4
20 14,1 24,4 23,1 40 34,8 60,3 57,7 100 90,7 157,1
21 22 38,1 33,1 57,4 55 95,2 86,4 149,7

3
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

22 21 36,4 31,6 54,8 52,5 90,9 82,5 142,9


23 20,1 34,8 30,3 52,4 50,2 87 78,9 136,6
24 19,2 33,3 29 50,2 48,1 83,3 75,6 131
25 18,5 32 27,8 48,2 46,2 80 72,6 125,7
26 17,8 30,8 26,8 46,4 44,4 76,9 69,8 120,9
27 17,1 29,6 25,8 44,6 42,8 74,1 67,2 116,4
28 16,5 28,6 24,9 43,1 41,2 71,4 64,8 112,2
29 15,9 27,6 24 41,6 39,8 69 62,6 108,4
30 15,4 26,7 23,2 40,2 38,5 66,7 60,5 104,8
31 14,9 25,8 22,4 38,9 37,2 64,5 58,5 101,4
32 14,4 25 21,7 37,7 36,1 62,5 56,7 98,2
33 21,1 36,5 35 60,6 55 95,2
34 20,5 35,5 34 58,8 53,4 92,4
35 19,9 34,4 33 57,1 51,8 89,8
36 19,3 33,5 32,1 55,6 50,4 87,3
37 18,8 32,6 31,2 54,1 49 84,9
38 18,3 31,7 30,4 52,6 47,7 82,7
39 17,8 30,9 29,6 51,3 46,5 80,6
40 17,4 30,1 28,9 50 45,4 78,6
41 28,2 48,8 44,3 76,7
42 27,5 47,6 43,2 74,8
43 26,8 46,5 42,2 73,1
44 26,2 45,5 41,2 71,4
45 25,7 44,4 40,3 69,8
46 25,1 43,5 39,4 68,3
47 24,6 42,6 38,6 66,9
48 24,1 41,7 37,8 65,5
49 23,6 40,8 37 64,1
50 23,1 40 36,3 62,9

4.3.4. As marcações devem ser duráveis, claramente discerníveis, aplicadas sobre uma parte não
destacável, e estarem visíveis quando da instalação do aparelho.

Nota: Nas considerações sobre a durabilidade da marcação, o efeito da utilização normal deve ser
levado em conta. Assim, por exemplo, marcação por pintura ou esmalte, diferente de esmalte vítreo,
em recipientes que possam sofrer limpeza frequente, não é considerada como durável.

4.3.4.1. A informação da necessidade da utilização do dispositivo redutor é obrigatória para


aparelhos de saída aberta recomendados para instalações hidráulicas com pressão máxima de
serviço superior a 80 kPa (8 mca).

4.3.4.2. O valor da pressão estática da instalação hidráulica é aquela recomendada pelo fabricante.

4.3.4.3. Esta informação pode estar disposta em uma etiqueta removível.Deve ser impressa na cor
vermelha sobre fundo branco ou na cor branca ou preta sobre fundo vermelho e estar disposta em
uma etiqueta removível a ser fixada ao terminal ou Fio Terra do aparelho e que deve estar
disponível no momento da instalação.

4
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

“IMPORTANTE PARA SUA SEGURANÇA: para evitar riscos de choques elétricos, este Fio Terra
deve ser conectado a um sistema de aterramento.”

4.3.5. Se os terminais de conexão da alimentação elétrica do aparelho forem do tipo Y eles devem
ser indicados como segue:

a) Os terminais destinados exclusivamente ao condutor de neutro devem ser indicados pela


letra N;
b) Os terminais de aterramento devem ser indicados pelo símbolo .

4.3.5.1. Estas indicações não podem ser colocadas sobre parafusos, arruelas removíveis ou outras
partes que possam ser retiradas quando da ligação dos condutores.

4.3.5.2. Caso um dispositivo de proteção seja inserido no circuito do condutor de fase no interior de
aparelhos classe I monofásicos, destinados a ligação permanente à fiação, o terminal correspondente
deve ser claramente indicado.

4.3.5.3. Para aparelhos fornecidos com cordão de alimentação, a identificação poderá ser realizada
através da cor da isolação dos condutores:

a) Verde ou verde/amarelo para Terra;


b) Azul claro para Neutro;
c) Qualquer outra cor para Fase.

4.3.6. As chaves cuja operação possa causar riscos devem ser marcadas ou posicionadas de modo a
indicar claramente qual parte do aparelho elas controlam.

4.3.7. As diferentes posições de chaves ou controles nos aparelhos devem ser indicadas por
algarismos, letras ou outros meios visuais. As indicações para estas chaves e controles devem ser
colocadas sobre ou próximas destes componentes.

4.3.8. Caso sejam utilizados algarismos para indicar asdiversas posições, a posição ―desligada‖
deve serindicada pelo algarismo ―0‖ e a posição para uma maior potência, temperatura, etc., deve
ser indicada por umalgarismo de maior valor.

4.3.9. O algarismo ―0‖ não pode ser utilizado paraqualquer outra indicação, salvo se
estiverposicionado e associado com outros números, deforma a não causar confusão com a
indicação daposição desligada.

4.3.10. Controles destinados a serem ajustados durante a instalação ou em utilização normal devem
ter uma indicação para o sentido de ajuste.

4.3.11. A entrada de água e a saída de água devem ser identificadas. Essas marcações não podem
ser colocadas em partes destacáveis. Se cores forem usadas, azul deve ser usado para a entrada e
vermelho para a saída.

4.3.12. A embalagem dos aparelhos deve conter, de forma visível:

a) consumo mensal mínimo de energia elétrica para um banho diário de 8 min, em kWh,
informando ainda:
- elevação de temperatura: ... º C;
- vazão: .... L/min;

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ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

b) consumo mensal máximo de energia elétrica para um banho diário de 8 min, em kWh,
informando ainda:
- elevação de temperatura: .... º C;
- vazão: 3 L/min.
c) que a eficiência energética do aparelho é superior a 95%.

4.3.13. No momento da instalação, o Aparelho deve apresentar informações que


contenhamsubstancialmente as advertências a seguir:

“IMPORTANTE PARA SUA SEGURANÇA: a temperatura máxima da água indicada para este
aparelho com uma vazão de 3 l/min na entrada é ...ºC”,com o aparelho na posição “desligada”.

“Necessidade da utilização do dispositivo redutor em aparelhos abertos, nas instalações


hidráulicas com pressão acima de .... kPa (.... mca.).”

4.3.14. Os aparelhos devem estar acompanhados de instruções de instalação e uso de tal modo que
sejam corretamente instalados e utilizados com segurança. As instruções devem conter:
a) Distância máxima permissível do disjuntor ao aparelho, devido à queda de tensão, conforme
tabela 2, devendo-se, ainda, informar que, caso a distância seja ultrapassada, a seção
transversal dos condutores utilizados deve ser superior à recomendada como mínimo;
b) Pressão estática máxima da instalação> 40 kPa (40 mca);
c) Além das orientações para a correta instalação, deve-se salientar que a instalação do
aparelho deve ser feita por pessoas qualificadas.

4.3.15. Os requisitos mínimos sobre a instalação elétrica que devem constar nas instruções de
instalação e uso são os seguintes:
a) O desligamento da alimentação elétrica do aparelho deve ser feito através da incorporação
de disjuntor à fiação fixa;
b) O aparelho deve ser alimentado através de um dispositivo de corrente diferencial residual
(DR) com uma corrente de operação residual nominal não excedendo 30 mA;
c) Necessidade de circuito elétrico independente para cada aparelho;
d) Proibição quanto ao uso de plugues e tomadas na instalação elétrica dos aparelhos;
e) Necessidade de aterramento, contendo substancialmente a advertência a seguir:
―IMPORTANTE PARA SUA SEGURANÇA: para evitar riscos de choques elétricos, o Fio
Terra deste produto deve ser conectado a um sistema de aterramento conforme norma NBR
5410. A instalação elétrica e o sistema de aterramento para este produto devem ser
executados por pessoa qualificada.‖
f) Altura ou posição ideal da caixa de ligação e passagem do ponto de alimentação específico
do aparelho;
g) Que as partes de aquecedores de hidromassagem contendo partes vivas, exceto as partes
alimentadas por extra baixa tensão de segurança não excedendo 12 V, deverão estar
inacessíveis à pessoa dentro da banheira;
h) Que as partes de aquecedores de hidromassagem incorporando componentes elétricos,
exceto dispositivos de controle remoto, devem estar localizados ou fixados de tal forma que
não possam cair dentro da banheira;
i) Que o aquecedor de hidromassagem deve ser alimentado por circuito elétrico protegido por
dispositivo diferencial residual de alta sensibilidade (DR) com uma corrente de operação
residual nominal não excedendo 30 mA;
j) Que deve ser feita a ligação equipotencial entre o aquecedor de hidromassagem e o motor da
bomba hidráulica da banheira.

6
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.3.16. Os requisitos mínimos, da instalação hidráulica, que devem constar das instruções são os
seguintes:
a) Diâmetro da conexão ou rosca da entrada de água do Aparelho e outros aspectos da
instalação hidráulica necessários à correta instalação do Aparelho;
b) Altura ou posição ideal do ponto de utilização do Aparelho na instalação hidráulica predial;
c) Para aparelhos com elemento de aquecimento nu, indicar que a resistividade da água que
pode ser fornecida ao Aparelho, não pode ser inferior a ..... .cm;
d) Que a saída dos Aparelhos abertos não pode ser conectada a qualquer tipo de registro ou
dispositivo acessório não indicado pelo fabricante;
e) Necessidade da utilização do dispositivo redutor em aparelhos de saída aberta, nas
instalações hidráulicas com pressão acima de 80 kPa (8 mca.);
f) Cuidados a serem tomados durante a instalação hidráulica, tais como, limpeza da tubulação,
utilização de fita veda rosca, para se evitar vazamentos, etc.;
g) A temperatura máxima da água na tubulação que alimenta o Aparelho.

4.3.16.1. O valor da resistividade da água a 22 C, indicado pelo Fornecedor, não pode ser inferior a
1300 cm.

4.3.17. As instruções devem conter as informações necessárias para que o Aparelho funcione
adequadamente, sem riscos para o usuário. Os requisitos mínimos são os seguintes:
a) Procedimento adequado na mudança de potência, destacando o correto uso do seletor de
forma a economizar energia elétrica;
b) Outros procedimentos adequados ao correto uso do Aparelho ou acessório que acompanha o
Aparelho.
c) As instruções devem conter avisos com substancialmente os seguintes teores:
"Este aparelho pode aquecer a água a uma temperatura acima daquela adequada ao uso podendo
causar queimaduras. As crianças e as pessoas de idade, doentes ou com necessidades especiais
devem ser supervisionadas quando da utilização do aparelho. Para tanto, antes e durante o uso
deve-se tomar precauções especiais de forma a regular adequadamente a temperatura da água.”
d) Para aparelhos com elemento de aquecimento blindado, os dizeres com o seguinte teor:
"Este aparelho é equipado com resistência blindada que devido a sua construção acumula calor
após o registro ter sido fechado e o aparelho desligado. Assim, os primeiros jatos de água poderão
estar a uma temperatura acima daquela adequada ao uso, podendo causar queimaduras. Portanto,
deixe correr um pouco de água antes do uso."
e) Quando necessário, outros avisos adequados ao correto uso do aparelho ou acessório que
acompanha o aparelho;
f) Para aquecedor de hidromassagem, os dizeres com o seguinte teor:
"É importante o controle da temperatura da água para que atinja no máximo 38º C, pois um banho
de imersão acima de 40ºC é perigoso à saúde. Para regular/verificar a temperatura da água da
banheira, use um termômetro."
"Não ingira bebidas alcoólicas, drogas ou medicamentos antes ou durante o banho de
hidromassagem. Isto pode levar o usuário ao estado de inconsciência com perigo de vida."
"Mulheres grávidas, pessoas obesas ou com histórico de problemas cardíacos, problemas no
sistema circulatório, alta e baixa pressão sanguínea ou diabetes devem consultar um médico antes
de utilizar o sistema de hidromassagem."

4.3.18. As instruções devem conter as informações necessárias à correta manutenção do Aparelho.


Os requisitos mínimos são os seguintes:
a) Lista de supostos problemas, suas causas prováveis e possíveis intervenções do usuário;
b) Instruções para limpeza do Aparelho;
c) Aparelhos onde a troca do cordão de alimentação é possível , aparelhos com ligação tipo Y,
advertência para que o cordão de alimentação bem como os demais componentes do

7
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

aparelho devam ser substituídos pelo fabricante ou agente autorizado ou pessoa qualificada,
afim de se evitar riscos;
d) Aparelhos que não permitem a troca do cordão de alimentação, ligação tipo Z, devem ter
uma advertência indicando que o cordão não pode ser substituído e que caso ele seja
danificado o aparelho deve ser descartado.
e) Outras informações pertinentes à manutenção e à assistência técnica do Aparelho.

4.3.19. Se a conformidade com os requisitos depende da operação de um fusível térmico ou fusível


substituível, o número de referência ou outro meio para identificar o fusível deve ser marcado em
um lugar tal que ele seja claramente visível quando o aparelho tiver sido desmontado na extensão
necessária para substituir o fusível.

4.3.20. O símbolo da natureza da alimentação deve ser colocado próximo à marcação da tensão
nominal.

4.3.21. O símbolo para aparelhos classe II deve ser colocado de modo que seja evidente que é parte
da informação técnica e que seja improvável de ser confundido com qualquer outra marcação.

4.3.22. As unidades de grandezas físicas e seus símbolos devem ser do sistema internacional de
medidas.Outras unidades são admitidas desde que estejam acompanhadas da unidade do sistema
internacional.

4.3.22.1. Múltiplos ou submúltiplos das unidades também são permitidos.

4.3.22.2. Símbolos adicionais são permitidos contanto que eles não causem equívocos.

4.4. Proteção Contra o Acesso às Partes Vivas

4.4.1. Os aparelhos devem ser construídos em invólucros com grau de proteção no mínimo IP2X de
modo a proporcionar proteção adequada contra penetração de objetos sólidos e contato acidental
com partes vivas.

4.4.1.1. Uma parte acessível não é considerada como sendo viva se:
a) A parte é alimentada em extrabaixa tensão de segurança;
b) A parte atende aos requisitos de tensão suportável e corrente de fuga.

4.4.1.2. Nos aquecedores de hidromassagem, qualquer parte energizada é considerada como sendo
parte viva independente da voltagem. Isto exclui o uso da impedância de segurança nos controles
acessíveis ao usuário.

4.4.1.3. Nos aquecedores de hidromassagem, partes de construção classe III acessíveis a uma
pessoa dentro da banheira poderá somente ser alimentada em extra baixa tensão de segurança não
excedendo 12 V.

4.4.2. As construções classe II devem estar contidas em invólucros de modo que haja proteção
adequada contra contatos acidentais com a isolação básica e com as partes metálicas separadas das
partes vivas somente por isolação básica. Somente deve ser possível tocar as partes que são
separadas das partes vivas por isolação dupla ou por isolação reforçada.

4.4.3. Em aparelhos com elemento de aquecimento blindado, os líquidos condutores, que são ou
podem tornar-se acessíveis em uso normal, não podem estar em contato direto com partes vivas, a
menos que sejam operadas em extrabaixa tensão de segurança.

8
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.4.3.1. Nos aquecedores de hidromassagem, a água não pode estar em contato direto com partes
vivas, incluindo aquelas alimentadas em extra baixa tensão da segurança.

4.5. Tensão suportável

4.5.1. O aparelho deve suportar a tensão aplicada conforme a tabela 3.

Tabela 3 - Valores das tensões de ensaio


Tensão de ensaio (V)
Pontos de aplicação da tensão de ensaio Aparelhos classe Construções Construções
I classe II classe III
a) Entre partes vivas e partes acessíveis separadas
das partes vivas:
somente por isolação básica 1250 - 500
por isolação reforçada 3750 3750 -
b) Para partes com isolação dupla, entre partes
metálicas separadas de partes vivas somente por
isolação básica e
partes vivas 1250 125 0 -
partes acessíveis 2500 2500 -
c) Entre invólucros ou tampas metálicas revestidas
com material isolante e folha metálica em contato
com a superfície interna do revestimento, se a
distância entre partes vivas e os invólucros ou
tampas metálicas, medida através do revestimento, é
menor do que a distância de separação apropriada
conforme especificado. 1250 2500 -
d) Entre folha metálica em contato com
empunhaduras, botões rotativos, manetes e similares
e seus eixos, se tais eixos podem se tornar vivos no
caso de falha de isolação 2500 2500 -
e) Entre as partes acessíveis e uma folha metálica
enrolada em torno do cordão de alimentação, no
lugar onde o cordão passa dentro de buchas de
entrada de material isolante, dentro de dispositivos
de retenção de cordões e dispositivos similares 1250 2500 -
f) Entre o ponto em que um enrolamento e um
capacitor são ligados juntos, se a tensão de
ressonância U ocorre entre este ponto e: -
qualquer terminal para condutores externos, e as
partes acessíveis 2U+1000 - -
- as partes metálicas separadas de partes vivas
somente por isolação básica - 2U+1000 -

4.6. Corrente de fuga


Na temperatura de operação, a corrente de fuga do aparelho não pode exceder os seguintes valores:
a) Para aparelhos classe I: 5 mA;
b) Para aparelhos classe II: 0,25 mA;
c) Para duchas manuais de aparelhos classe I: 0,25 mA.

4.7. Potência absorvida, consumo de energia e eficiência energética

4.7.1. A potência absorvida e a corrente de operação, na tensão nominal e na temperatura de


operação normal, não podem diferir em mais ou menos 10% dos valores nominais.

4.7.2. A potência absorvida deve ser calculada e utilizada para classificar o aparelho, conforme os
critérios definidos no Anexo I A.

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ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.7.3. Os consumos mensais devem ser calculados da seguinte forma:


a) Consumo mensal mínimo de energia elétrica por minuto de utilização diária, em kWh, para
elevação da temperatura em 10 (dez) ºC, para uma determinada vazão.
b) Consumo mensal máximo de energia elétrica por minuto de utilização diária, em kWh, para
uma vazão de 3 (três) L/min, para uma determinada elevação da temperatura.

Nota: A referência para o cálculo do consumo mensal para chuveiros deve ser de 1 (um) banho
diário de 8 (oito) minutos.

4.7.4. O consumo mensal mínimo e máximo de energia elétrica do aparelho na tensão nominal e na
temperatura de operação normal não pode diferir do consumo mensal mínimo e máximo marcados
na embalagem por mais ou menos 10% (dez por cento).

4.7.5. A eficiência energética do aparelho, referida à tensão nominal e à potência elétrica máxima,
deve ser superior a 95%.

4.8. Pressão de acionamento, pressão mínima de funcionamento e incremento máximo de


temperatura

4.8.1. A pressão de acionamento não pode ser superior àquela atribuída pelo fabricante ao aparelho.

4.8.2. A pressão mínima de funcionamento deve ser superior a 90% daquela atribuída pelo
fabricante ao aparelho.

4.8.3. A água não pode atingir uma temperatura excessiva em utilização normal. O incremento
máximo de temperatura da água observado no aparelho não pode exceder 60 K.

4.8.3.1. O incremento máximo de temperatura da água observado na torneira elétrica não pode
exceder:
a) 50K; ou
b) 55K, para aparelhos com protetor térmico incorporado.

4.8.3.2. O incremento máximo de temperatura da água observado no aquecedor individual ou


aquecedor central não pode exceder:
a) 55K, para aparelhos com potência nominal de até e inclusive 5500 Watts; ou
b) 75K, para aparelhos com potência nominal superior a 5500 Watts.

4.9. Aquecimento

4.9.1. O aparelho e o ambiente ao redor do mesmo não podem atingir temperaturas excessivas em
utilização normal.

4.9.2. O aparelho não pode sofrer alteração em seu funcionamento nem em suas condições de
segurança devido à temperatura da água que o alimenta.

4.9.2.1. A temperatura máxima da água na entrada suportada pelo aparelho é a determinada pelo
fabricante.

4.10. Resistência à Umidade

4.10.1. O invólucro do aparelho deve proporcionar o grau de proteção contra umidade IPX4.

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ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.10.2. Os aparelhos devem resistir às condições de umidade que possam ocorrer em utilização
normal.

4.11. Proteção contra sobrecarga de transformadores e circuitos associados


Os aparelhos que incorporam circuitos alimentados por um transformador devem ser construídos de
modo que, no caso de curto-circuito que pode ocorrer em utilização normal, não sobrevenham
temperaturas excessivas no transformador ou em circuitos associados com o transformador.

4.12. Sobretensões transitórias


Os aparelhos devem suportar as sobretensões transitórias às quais podem estar submetidos.

4.13. Funcionamento em condição anormal

4.13.1. Os aparelhos e seus circuitos eletrônicos devem ser projetados de modo que riscos de
incêndio e danos mecânicos que prejudiquem a segurança ou a proteção contra choque elétrico, em
consequência de funcionamento anormal ou descuidado, sejam evitados tanto quanto o possível.

4.13.1.1. Os circuitos eletrônicos devem ser projetados e aplicados de modo que uma condição de
defeito não torne o aparelho inseguro em relação a choque elétrico, risco de incêndio, perigos
mecânicos ou funcionamento anormal perigoso.

4.14. Resistência mecânica

4.14.1. Os aparelhos devem ter resistência mecânica suficiente e ser construídos de modo a suportar
as solicitações susceptíveis de ocorrerem em utilização normal.

4.14.2. Partes acessíveis da isolação sólida devem ser suficientemente resistentes para evitar a
penetração por instrumentos cortantes.

4.15. Construção

4.15.1. Os aparelhos devem atender pelo menos à condição do primeiro numeral 2 da ABNT NBR
IEC 60529.

4.15.2. A instalação dos aparelhos deve ser provida de meios para assegurar o desligamento total da
alimentação assegurando uma abertura completa nas condições da categoria de sobretensão III.

4.15.2.1. Deve constar uma informação nas instruções de instalação, para que um meio de conexão
apropriado e um dispositivo de desligamento, por exemplo, um disjuntor, seja incorporado à fiação
fixa.

4.15.2.2. Se um aparelho Classe I monofásico, destinado a ser ligado permanentemente à fiação


fixa, incorpora interruptor unipolar ou dispositivo de proteção unipolar previsto para desligar o
elemento de aquecimento da alimentação, estes devem ser inseridos no condutor fase.

4.15.3. Os aparelhos não podem ser providos de pinos a serem introduzidos diretamente em
tomadas, nem previstos para serem ligados à rede de alimentação por meio de um plugue.

11
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.15.4. Os aparelhos devem ser construídos de modo que sua isolação elétrica não seja afetada pela
água que possa se condensar sobre superfícies frias, ou pelo líquido que possa vazar de recipientes,
mangueiras, acoplamentos e peças similares do aparelho. A isolação elétrica de construções classe
II não pode ser afetada, mesmo no caso de ruptura de uma mangueira ou vazamento de uma
vedação.

4.15.5. O invólucro deve ser provido com um furo de dreno, a menos que não possa haver
acumulação de água condensada dentro do aparelho, durante sua utilização normal. Qualquer furo
de dreno, pode ter 5 mm de diâmetro, no mínimo, ou 20 mm² de área com uma largura mínima de 3
mm, e deve ser posicionado de modo que a água possa escoar para fora sem prejudicar a isolação
elétrica.

4.15.6. Aparelhos com capacidade superior a 1 L contendo líquidos ou gases em utilização normal
ou providos de dispositivos que produzem vapor devem incorporar proteção adequada contra o
risco de pressão excessiva.

4.15.7. Para aparelhos que possuem compartimentos aos quais o acesso é possível sem o auxílio de
uma ferramenta e que possam ser limpos em utilização normal, as ligações elétricas devem ser
dispostas de modo a não estarem sujeitas a tração durante a limpeza.

4.15.8. Os aparelhos devem ser construídos de modo que partes como isolação, fiação interna,
enrolamentos, comutadores e anéis coletores não sejam expostos a óleo, graxa ou substâncias
similares.Entretanto, se a construção é tal que a isolação é exposta a substâncias tais como óleo ou
graxa, a substância deve ter propriedades isolantes adequadas de modo que a conformidade com
esta Norma não seja prejudicada.

4.15.9. Não pode ser possível rearmar um protetor térmico não autorreligável mantido pela tensão,
por meio de atuação de um dispositivo de chaveamento automático incorporado no aparelho.

4.15.10. Protetores térmicos não autorreligáveis de motor devem ter uma ação de disparo livre salvo
se os mesmos forem mantidos pela tensão.

4.15.11. Os botões de rearme de controles sem rearme automático, devem ser localizados ou
protegidos de modo que seu rearme acidental seja improvável de ocorrer se o rearme resultar em
risco.

4.15.12. Partes não destacáveis que proporcionam o grau necessário de proteção contra acesso às
partes vivas, umidade ou em contato com partes móveis, devem ser fixadas de uma maneira
confiável e devem resistir a solicitações mecânicas que ocorrem em utilização normal.Dispositivos
de encaixe rápido utilizados para fixação destas partes, devem ter uma posição evidentemente
travada. As características de fixação dos dispositivos de encaixe rápido, utilizado em partes que
são prováveis de serem removidas durante a instalação ou manutenção, não podem se deteriorar.

4.15.13. Empunhaduras, botões rotativos, manoplas, alavancas e peças similares devem ser fixados
de maneira confiável de modo a não se afrouxarem em utilização normal, se o afrouxamento puder
resultar em perigo. Se empunhaduras, botões rotativos e peças similares são utilizados para indicar a
posição de interruptores ou componentes similares, não pode ser possível fixá-los em posição
incorreta se isto resultar em perigo.

4.15.13.1. Nos aquecedores de hidromassagem, empunhaduras, alavancas, botões e controles


acessíveis ao usuário de dentro da banheira devem somente ser conectados a circuitos alimentados
com extrabaixa tensão de segurança não excedendo 12 V.

12
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.15.14. As empunhaduras devem ser construídas de modo que, quando manuseadas como em
utilização normal, seja improvável o contato entre a mão do usuário e partes com uma elevação de
temperatura superior ao valor permitido para empunhaduras que, em utilização normal, sejam
seguradas somente por curtos períodos.

4.15.15. Os aparelhos não podem ter arestas cortantes ou irregulares, que possam vir a causar um
risco para o usuário em utilização normal ou durante a manutenção pelo usuário, salvo aquelas
necessárias à função do aparelho ou do acessório.Não podem existir extremidades pontiagudas
expostas de parafusos auto-atarraxantes ou de outros elementos de fixação que são prováveis de
serem tocados pelo usuário em utilização normal ou durante a manutenção pelo usuário.

4.15.16. Os espaçadores destinados a impedir que o aparelho aqueça excessivamente paredes e


divisórias devem ser fixados de modo que não seja possível remove-los pelo lado externo do
aparelho, com a mão ou mesmo com o auxílio de chave de fenda ou chave de boca.

4.15.17. Partes que conduzem corrente e outras partes metálicas, cuja corrosão possa resultar em
risco, devem ser resistentes à corrosão sob condições normais de utilização.

4.15.18. O contato direto entre partes vivas e isolação térmica deve ser evitado de forma efetiva,
salvo se o material é não corrosivo, não higroscópico e não combustível.

4.15.19. Madeira, algodão, seda, papel comum e material similar fibroso ou higroscópico não
podem ser utilizados como isolação, salvo quando impregnados.

4.15.20. O amianto não pode ser utilizado na construção de aparelhos.

4.15.21. Óleos contendo bifenil policlorinatado (PCB) não podem ser utilizados em aparelhos.

4.15.22. Elementos de aquecimento nus devem ser suportados de modo que, se eles romperem, seja
improvável que o condutor de aquecimento venha a entrar em contato com partes metálicas
aterradas ou partes metálicas acessíveis.

4.15.23. Os aparelhos devem ser construídos de modo que os condutores de aquecimento


deformados não possam vir a entrar em contato com partes metálicas acessíveis.

4.15.24. Os aparelhos com partes de construção classe III devem ser construídos de modo que a
isolação entre partes operando em extrabaixa tensão de segurança e outras partes vivas estejam em
conformidade com os requisitos para isolação dupla ou isolação reforçada.

4.15.25. Partes ligadas por impedância de proteção devem ser separadas por isolação dupla ou
isolação reforçada.

4.15.26. Para aparelhos classe II ligados em utilização normal a redes de fornecimento de gás ou de
água, as partes metálicas ligadas condutivamente à tubulação de gás ou em contato com água devem
ser separadas das partes vivas por isolação dupla ou por isolação reforçada.

4.15.27. Os aparelhos classe II destinados a serem ligados permanentemente à fiação fixa devem ser
construídos de modo que o grau exigido de proteção contra acesso às partes vivas seja mantido após
a instalação.

4.15.28. Partes de aparelhos classe II que servem como isolação suplementar ou isolação reforçada
e que possam ser omitidas durante a remontagem após a manutenção devem:
a) Ser fixadas de modo tal que não possam ser retiradas sem serem danificadas seriamente; ou

13
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

b) Ser projetadas de modo que não possam ser recolocadas em posição incorreta e de modo
que, se omitidas, o aparelho se torne inoperante ou evidentemente incompleto.

4.15.29. As distâncias de escoamento e distâncias de separação sobre isolação suplementar e


isolação reforçada não podem ser reduzidas abaixo dos valores especificados como um resultado de
desgaste.Se qualquer condutor, parafuso, porca, arruela, mola ou peça similar se afrouxar ou se
deslocar de sua posição, as distâncias de escoamento e distâncias de separação sobre a isolação
suplementar ou isolação reforçada não podem ser reduzidas para menos de 50% do valor
especificado.

Nota: Para os efeitos deste requisito:


a) Admite-se que duas fixações independentes não se afrouxem ao mesmo tempo;
b) As partes fixadas por meio de parafuso ou porcas com arruelas de pressão são consideradas
como não sujeitas a se afrouxar desde que estes parafusos ou porcas não precisem ser
retirados durante a substituição do cordão de alimentação ou outra manutenção de rotina;
c) Os condutores ligados só por soldagem não são considerados como adequadamente fixados,
a menos que sejam mantidos em posição próxima ao terminal através, por exemplo, de uma
ligação prensada independentemente da solda. Entretanto, enganchar o condutor antes da
soldagem é considerado como meio adequado para manter em posição os condutores desde
que o furo através do qual o condutor é passado não seja excessivamente grande.
d) Os condutores ligados aos terminais não são considerados como adequadamente fixados,
salvo se uma fixação adicional é proporcionada em local próximo ao terminal, de modo que
no caso de condutores encordoados esta fixação prenda tanto a isolação como o condutor;
e) Condutores rígidos curtos não são considerados como sujeitos a escapar de um terminal se
permanecem em posição quando o parafuso do terminal é afrouxado.

4.15.30. A isolação suplementar e a isolação reforçada devem ser projetadas ou protegidas de


modo que a deposição de sujeira ou de poeira resultantes do desgaste de partes internas do aparelho
não reduza as distâncias de escoamento ou distância de separação abaixo dos valores especificados.

4.15.30.1. Peças em borracha natural ou sintética utilizadas como isolação suplementar devem ser
resistentes ao envelhecimento ou serem dispostas e dimensionadas de modo que as distâncias
de escoamento não sejam reduzidas abaixo dos valores especificados, mesmo que ocorram
rachaduras.

4.15.30.2. Material cerâmico não fortemente sinterizado e materiais semelhantes, bem como
buchas isolantes sem proteção, não podem ser utilizados como isolação suplementar ou como
isolação reforçada.

4.15.30.3. Material isolante no qual são embutidos condutores de aquecimento é considerado como
uma isolação básica e não como uma isolação reforçada.

4.15.31. Líquidos condutivos que são ou podem tornar-se acessíveis, em utilização normal, não
podem estar em contato direto com partes vivas. Eletrodos não podem ser utilizados para aquecer
líquidos. O requisito não se aplica a aquecedores de água com elemento de aquecimento nu.

4.15.32. Para construções classe II, líquidos condutivos que são ou podem tornar-se acessíveis, em
utilização normal, não podem estar em contato direto com a isolação básica ou com a isolação
reforçada.O requisito não se aplica a aquecedores de água com elemento de aquecimento nu.

4.15.33. Para construções classe II, líquidos condutivos que estão em contato com partes vivas não
podem estar em contato direto com a isolação reforçada.O requisito não se aplica a aquecedores de
água com elemento de aquecimento nu.

14
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.15.34. Eixos de botões rotativos, empunhaduras, alavancas e peças similares não podem ser
vivos, a menos que o eixo não seja acessível quando a peça é removida.

4.15.35. Para construções não pertencentes à classe III, nos casos em que as empunhaduras,
alavancas e botões rotativos que, em utilização normal, são segurados ou manuseados não podem
tornar-se vivos na eventual falha de uma isolação. Se tais empunhaduras, alavancas ou botões
rotativos forem de metal e se seus eixos ou meios de fixação puderem tornar-se vivos numa
eventual falha da isolação, devem também ser adequadamente cobertos por material isolante, ou ter
suas partes acessíveis separadas de seus eixos ou de seus meios de fixação por isolação
suplementar.Este requisito não é aplicável à empunhaduras, alavancas e botões rotativos, com
exceção daqueles pertencentes a componentes elétricos, desde que sejam confiavelmente ligados a
um terminal ou contato de aterramento ou separados de partes vivas por partes metálicas aterradas.

4.15.36. Para construções não pertencentes à classe III, nos casos em que as empunhaduras são
continuamente seguradas na mão em utilização normal, elas devem ser construídas de modo que
quando segurados como em utilização normal, a mão do usuário seja improvável de tocar as partes
metálicas a menos que elas sejam separadas de partes vivas por isolação dupla ou por isolação
reforçada. No caso específico de mangueiras para ducha manual, esta mangueira deverá ser de
material isolante elétrico.

4.15.37. Os capacitores não podem ser ligados entre os contatos de protetores térmicos.

4.15.38. Os porta-lâmpadas devem ser utilizados somente para a ligação de lâmpadas.

4.15.39. Para aparelhos classe II, os capacitores não podem ser ligados a partes metálicas acessíveis
e seus invólucros, se forem de metal, devem ser separados das partes metálicas acessíveis por
isolação suplementar.

4.15.40. Os aparelhos não podem conter componentes contendo mercúrio.

4.15.41. Os aparelhos não podem ter invólucro que tenha forma de brinquedo ou que seja decorado
como brinquedo.

4.15.42. Quando o ar é utilizado como isolação reforçada, o aparelho deve ser construído de modo
que as distâncias de separação não possam ser reduzidas abaixo dos valores especificados devido a
uma deformação provocada por uma força externa aplicada a seu invólucro.

4.15.43. Um software usado em circuitos de proteção eletrônica deve ser um software classe B ou
software classe C.

4.15.44. Os aparelhos devem ser construídos, de modo a permitir conexão permanente com a
tubulação de abastecimento de água.

4.15.45. Os aparelhos devem suportar a pressão da água que ocorre em uso normal. Não pode
ocorrer vazamento de água que possa resultar em risco.Não pode ocorrer deformação permanente
que possa resultar em risco.

4.15.46. Os aparelhos destinados a ser conectados à rede de água devem ser construídos de modo a
impedir retrosinfonagem de água não potável na rede de água.

4.15.47. Os aparelhos fechados que têm uma capacidade que excede a 3 L devem ser fornecidos
com um dispositivo de alívio da pressão que previna o excesso de pressão.

15
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.15.48. A saída do aparelho de um aparelho de aquecimento de água aberto deve ser construída de
modo que a vazão não seja limitada a tal ponto que o interior do aparelho seja submetido à
excessiva pressão de água.

4.15.49. Aparelhos de aquecimento de água fechados devem possuir um Protetor térmico que opera
independentemente de um termostato ou chave de fluxo. O rearme do Protetor térmico deve ser
possível apenas após a remoção de uma cobertura não destacável.

4.15.50. Se a capacidade não exceder 1 L e o aparelho contiver uma chave de fluxo, um dispositivo
de proteção alternativo como uma chave de pressão pode ser usado no lugar do protetor térmico.

4.15.51. O corpo da câmara de aquecimento do aparelho de saída aberta, que pode ter sua saída
fechada por um registro ou bloqueada, por exemplo, por uma mangueira dobrada, não pode romper
devido à pressão interna excessiva.

4.15.52. Os aparelhos providos com uma chave de fluxo devem ser construídos de modo que o
elemento de aquecimento não possa ser ligado e seja desligado se não houver fluxo de água. A
chave de fluxo de um aparelho com elemento de aquecimento nu deve ser provida de meios para
assegurar o desligamento total da alimentação.

4.16. Fiação Interna

4.16.1. Os percursos da fiação interna devem ser lisos e livres de cantos pontiagudos.

4.16.1.1. A fiação deve ser protegida de modo a não entrar em contato com rebarbas, aletas de
resfriamento ou cantos similares, que possam causar danos a sua isolação.

4.16.1.2. Furos em metal através dos quais passam fios isolados devem ter superfícies lisas, bem
arredondadas ou serem providos de buchas.

4.16.1.3. A fiação deve ser eficazmente impedida de entrar em contato com partes móveis que
possam vir a danificar a isolação.

4.16.2. Miçangas e isoladores cerâmicos similares sobre fios vivos devem ser fixados ou suportados
de modo que não possam mudar a sua posição; eles não podem ficar apoiados sobre arestas ou
cantos pontiagudos. Se as miçangas estão no interior de eletrodutos metálicos flexíveis, elas devem
estar alojadas em luvas isolantes, salvo se o eletroduto não pode se mover em utilização normal.

4.16.3. Diferentes partes de um aparelho, que em utilização normal podem mover-se uma em
relação as outras, não podem causar solicitações excessivas às ligações elétricas e aos condutores
internos, inclusive àquelas que proporcionam a continuidade de aterramento. Tubos metálicos
flexíveis não podem causar danos à isolação dos condutores contidos no seu interior. Não podem
ser utilizadas molas de espiras separadas para proteger os condutores. Se for utilizada para este fim
uma mola cujas espiras se tocam entre si, deve ser empregado um revestimento isolante adequado
em adição à isolação dos condutores.

4.16.4. As partes vivas nuas e os condutores nus internos devem ser fixados de modo que, em
utilização normal, as distâncias de escoamento e distâncias de separação não possam ser reduzidas
abaixo dos valores especificados.

4.16.5. A isolação da fiação interna deve resistir as solicitações elétricas prováveis de ocorrer em
utilização normal.

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ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.16.6. Quando luvas são utilizadas como isolação suplementar sobre a fiação interna, elas devem
ser mantidas em posição por meios eficazes.

4.16.7. Os condutores identificados pela combinação de cores verde ou verde/amarelo somente


devem ser utilizados para condutores de aterramento.

4.16.8. Não podem ser utilizados condutores de alumínio para a fiação interna.

4.16.9. Os condutores encordoados não podem ser consolidados por solda a estanho/chumbo se
submetidos a pressão de contato, salvo se o dispositivo de fixação for projetado de modo a
eliminar todo e qualquer risco de mau contato devido ao escoamento a frio da solda (deformação
plástica).

4.17. Componentes

4.17.1. Os componentes devem estar em conformidade com os requisitos de segurança


especificados nas normas NBR e IEC pertinentes, na medida em que as mesmas sejam
razoavelmente aplicáveis.

4.17.1.1. As chaves de fluxo incorporadas nos aparelhos devem ser para operação frequente.

4.17.1.2. Capacitores fixos para supressão de radiointerferência devem estar em conformidade com
a IEC 60384-14.

4.17.1.3. Se os componentes são marcados com suas características de operação, as condições sob
as quais eles são utilizados no aparelho devem estar de acordo com estas marcações, salvo
especificação em contrário.

4.17.1.4. Para capacitores ligados em série com o enrolamento do motor, é verificado que, quando o
aparelho estiver alimentado a 1,1 vez a tensão nominal e sob carga mínima, a tensão através do
capacitor não pode exceder 1,1 vez a tensão nominal.

4.17.2. Os aparelhos não podem ser providos de:


a) Interruptores ou controles automáticos em cordões flexíveis;
b) Dispositivos que, em caso de defeito no aparelho, provocam a operação do dispositivo de
proteção da instalação fixa;
c) Protetores térmicos que possam ser restabelecidos por uma operação de soldagem.

4.17.3. Plugues e tomadas utilizados como dispositivos terminais para elementos de aquecimento e
plugues e tomadas para circuitos de extrabaixa tensão, não podem ser intercambiáveis com plugues
e tomadas indicados na NBR 14136, IEC 60083 ou IEC 60906-1, ou com conectores e dispositivos
de entrada de aparelhos em conformidade com a IEC 60320-1.

4.17.4. Plugues e tomadas e outros dispositivos de conexão de cordões de interligação não podem
ser intercambiáveis com plugues etomadas indicados na NBR 14136 ou IEC 60083 ou com
conectores edispositivos de entrada de aparelhos em conformidade com a IEC 60320-1.

4.18. Ligação de Alimentação e Cordões Externos

4.18.1. Os aparelhos não podem ser providos com plugues no cordão de alimentação.

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ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.18.2. Os aparelhos devem permitir a ligação de condutores de alimentação, após o aparelho ter
sido montado e instalado na rede hidráulica conforme as instruções do Fornecedor, e devem ser
dotados de um dos seguintes meios de ligação à alimentação:
a) Para aparelhos que são instalados diretamente no ponto de utilização da instalação
hidráulica, um cordão de alimentação de comprimento tal que permita a sua ligação a fiação
fixa no interior da caixa de derivação e passagem do ponto de alimentação específico do
aparelho;
b) Para aparelhos que não são instalados diretamente no ponto de utilização da instalação
hidráulica ou que não sejam providos de partes ou peças que permitam a instalação direta
ao ponto de utilização, um cordão de alimentação com um comprimento mínimo de 0,5 m,
medido a partir do plano vertical formado pelo final da rosca da conexão de entrada de água
do aparelho;
c) Um conjunto de terminais ou um conjunto de lides de alimentação, alojados em um
compartimento adequado do aparelho, e entradas para cordões, entrada para condutores da
fiação fixa, entrada para eletroduto, furos semi-estampados ou prensa-cabos, que permitam
a ligação de tipos apropriados de cordões, condutores da fiação fixa ou eletrodutos.

4.18.3. Os cordões de alimentação devem ser montados no aparelho por um dos seguintes métodos:
a) Ligação tipo Y;
b) Ligação tipo Z.

4.18.4. Cordões de alimentação não podem ser inferiores a:


a) Cordões com cobertura de PVC constituídos de fios e/ou cabos isolados cumprindo os
requisitos da ABNT NBR 9117 ou ABNT NBR NM 247-3;
b) Cordões com isolação e cobertura de borracha ABNT NBR NM 287-1: 2009
c) Cordões com isolação e cobertura de PVC cumprindo os requisitos da ABNT NBR NM
243:2009
d) Cabos com isolação de policloropreno, cumprindo os requisitos da ABNT NBR NM 287-1;
e) Cordões com isolação e cobertura de cloreto de polivinila ABNT NBR 8661, para aparelhos
cuja massa não exceda 3 kg.

4.18.4.1. Cordões com isolação e/ou cobertura de cloreto de polivinila não podem ser utilizados
para aparelhos onde a elevação de temperatura das partes externas de metal ultrapasse 75 oC durante
os ensaios, porém eles podem ser utilizados se:
a) O aparelho for projetado de modo que o cordão de alimentação não seja provável de tocar
tais partes metálicas em utilização normal;
b) O cordão de alimentação for apropriado para temperaturas mais altas.

4.18.5. Os condutores de cordões de alimentação devem ter uma seção nominal tal que a elevação
de temperatura da isolação dos condutores não ultrapasse os valores especificados. O comprimento
não pode ultrapassar 1 metro.

4.18.6. O cordão de alimentação de aparelhos Classe I deve ter um condutor com isolação na cor
verde ou verde e amarela que é ligado ao terminal de aterramento do aparelho e ao condutor de
aterramento da instalação.

4.18.7. Os condutores de cordões de alimentação não podem ser consolidados por solda a
estanho/chumbo onde estiverem sujeitos a pressão de contato, salvo se os meios de fixação forem
construídos de forma tal que não haja risco de um mau contato devido ao escoamento a frio da solda
(deformação plástica).

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ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.18.8. A isolação do cordão de alimentação não pode ser danificada quando da moldagem do
cordão à parte do invólucro do aparelho.

4.18.9. Os orifícios de entrada para cordões de alimentação devem ser providos com uma bucha ou
devem ser construídos de modo tal que a cobertura do cordão de alimentação possa ser introduzido
sem risco de dano. A menos que o invólucro junto da abertura de entrada seja de material isolante,
um revestimento não destacável ou uma bucha não destacável para isolação suplementar deve ser
previsto.

4.18.10. As buchas de entrada, quando existirem, devem:


a) Ter forma tal que seja evitado dano ao cordão de alimentação;
b) Não ter partes destacáveis.

4.18.11. Nos orifícios de entrada, a isolação entre o condutor de um cordão de alimentação e o


invólucro do aparelho deve consistir de uma isolação do condutor e em adição, no mínimo duas
isolações separadas.
Somente uma isolação separada é exigida se o invólucro for de material isolante junto ao orifício de
entrada.
Uma isolação separada deve consistir de:
a) Cobertura de um cordão de alimentação pelo menos equivalente àquela de um cordão
cumprindo os requisitos da NBR NM 247-3 ou IEC 60245-1;
b) Um revestimento ou bucha de material isolante para isolação suplementar.

4.18.12. A ancoragem do cordão de alimentação deve ser adequada. Os aparelhos providos de um


cordão de alimentação devem ter ancoragem de cordão tais que os condutores sejam protegidos,
contra esforços de tração, inclusive torção, no ponto em que eles são ligados internamente no
aparelho, e tais que a isolação dos condutores seja protegida de abrasão. Estes requisitos também se
aplicam para aparelhos ligados permanentemente a fiação fixa por meio de um cordão flexível.
Não pode ser possível empurrar o cordão para dentro do aparelho de tal modo que possam ser
danificadas partes internas do aparelho ou o próprio cordão.

4.18.13. As ancoragens de cordão devem ser dispostas de modo que somente sejam acessíveis com
a ajuda de uma ferramenta ou protegidas por uma parte não destacável ou ser projetadas de modo
que o cordão somente possa ser instalado com a ajuda de uma ferramenta.

4.18.14. Os condutores isolados do cordão de alimentação devem ser adicionalmente isolados das
partes metálicas acessíveis por isolação básica para aparelhos Classe I.
Essa isolação pode ser assegurada pela cobertura do cordão de alimentação ou por outros meios.

4.18.15. Cordões de interligação devem estar em conformidade com os requisitos para cordão de
alimentação com as seguintes exceções:
a) A área da seção dos condutores do cordão de interligação é determinada com base na
corrente máxima conduzida pelo condutor durante o ensaio e não pela corrente nominal do
aparelho;
b) A espessura da isolação dos condutores pode ser reduzida se a tensão do condutor for
inferior à tensão nominal.

4.18.16. Cordões de interligação destacáveis não podem ser dotados de meios para ligação tais que
partes metálicas acessíveis estejam vivas quando a ligação é desfeita devido ao desacoplamento de
um dos meios de ligação.

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ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.18.17. Cordões de interligação não podem ser destacáveis sem o auxílio de uma ferramenta se a
conformidade com este regulamento for prejudicada quando eles forem desligados.

4.19. Terminais para Condutores Externos ou Fiação Fixa

4.19.1. Os aparelhos para ligação à fiação fixa podem ser dotados de terminais ou dispositivos
igualmente efetivos e devem ser acessíveis apenas após a remoção de uma cobertura ou tampa não
destacável. Estes requisitos não são aplicados para aparelhos dotados de lides de alimentação ou
que não são dotados de terminais.

4.19.1.1. Porcas e parafusos não podem servir para fixar qualquer outro componente, podendo,
porém, fixar condutores internos, se estes são dispostos de modo a ser improvável seu deslocamento
quando da ligação dos condutores de alimentação.

4.19.1.2. Para aparelhos com ligação tipo Y ou ligação tipo Z podem ser utilizadas conexões
soldadas, prensadas, e similares para a ligação de condutores externos ou da fiação fixa. Entretanto,
somente a soldagem ou prensagem podem ser utilizadas se há presença de barreiras impedindo que
as distâncias de escoamento e distâncias de separação entre partes vivas e outras partes metálicas
sejam reduzidas a menos de 50% dos valores especificados no caso do condutor se soltar da ligação
soldada ou escapar da ligação prensada.

4.19.2. Os terminais para a ligação do aparelho à fiação fixa devem permitir a ligação dos
condutores da fiação fixa nas seções nominais de acordo com o recomendado pelo fabricante nas
instruções.

4.19.3. Terminais para cordão de alimentação devem ser adequados para sua finalidade.

4.19.4. Terminais para ligação à fiação fixa devem ser fixados de modo que quando os meios de
fixação sejam apertados ou desapertados:

a) Os terminais não se soltem;


b) A fiação interna não seja submetida a esforços;
c) As distâncias de escoamento e distâncias de separação não sejam reduzidas abaixo dos
valores especificados.

4.19.5. Terminais para ligação à fiação fixa devem ser projetados de modo que fixem o condutor
entre superfícies metálicas com pressão de contato suficiente e sem danos para o condutor.

4.19.6. Terminais do tipo pilar devem ser projetados e posicionados de modo que a extremidade de
um condutor introduzida no furo seja visível ou possa passar além do furo rosqueado por uma
distância ao menos igual à metade do Diâmetro nominal do parafuso ou 2,5 mm, o que for maior.

4.19.7. Terminais, incluindo o terminal de aterramento, para a ligação a fiação fixa devem estar
posicionados próximos um do outro.

4.19.8. Os terminais não podem ser acessíveis sem a ajuda de uma ferramenta, mesmo que suas
partes vivas não sejam acessíveis

4.20. Disposição para Aterramento

20
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.20.1. Partes metálicas acessíveis de aparelhos Classe I que podem tornar-se vivas no caso de uma
falha da isolação devem ser permanente e seguramente ligadas a um terminal de aterramento no
interior do aparelho, ou a um contato de aterramento do dispositivo de entrada do aparelho.

4.20.2. Os terminais de aterramento e contatos de aterramento não podem ser ligados eletricamente
ao terminal do neutro.

4.20.3. Para Aparelhos classe I as câmaras de aquecimento e outras partes metálicas que estão em
contato com a água devem estar conectadas ao terminal de aterramento de forma permanente e
confiável, a menos que os tubos ou outros dispositivos de entrada e saída sejam condutores elétricos
e estejam conectados ao terminal de aterramento de forma permanente e confiável.

4.20.3.1. Para aparelhos com elemento de aquecimento nu classe I, a água deve entrar e sair por
tubos metálicos ou outros dispositivos em materiais condutores elétricos, que são conectados ao
terminal de aterramento de forma permanente e confiável.

4.20.3.2. Os terminais para conexão de condutores de ligação equipotencial externa devem permitir
a ligação de condutores com seção nominal de 2,5 mm2 a 6 mm2 e não podem ser utilizados para
proporcionar continuidade de aterramento entre partes diferentes do aparelho.

4.20.3.3. Não pode ser possível soltar os condutores sem a ajuda de uma ferramenta.Os meios
utilizados para fixar os terminais de aterramento devem ser adequadamente travados contra
afrouxamento acidental.

4.20.3.4. Se uma parte destacável é ligada a outra parte do aparelho e tem ligação de terra, esta
ligação deve ser feita antes das ligações de partes vivas serem estabelecidas, quando estas partes
forem colocadas em posição; as ligações de partes vivas devem ser separadas antes da ligação de
terra ser rompida ao ser retirada a parte.

4.20.3.5. Para aparelhos com cordões de alimentação, a disposição dos terminais ou o comprimento
dos condutores entre a ancoragem do cordão e os terminais, devem ser tal que os condutores vivos
se tornem esticados antes do condutor de aterramento, no caso do cordão escapar da sua ancoragem.

4.20.3.6. Todas as partes do terminal de aterramento destinadas à ligação de condutores externos


devem ser tais que não haja risco de corrosão resultante do contato entre tais partes e o cobre do
condutor de aterramento ou outro metal em contato com estas partes.

4.20.3.7. As partes que proporcionam a continuidade de aterramento, exceto aquelas partes da


carcaça ou invólucro metálico, devem ser de metal revestido ou não, com adequada resistência a
corrosão. Se tais partes forem de aço, elas devem ser dotadas nas áreas essenciais de revestimento
por eletrodeposição de espessura mínima de 5 μm.

4.20.3.8. As partes de aço, revestidas ou não, que se destinam somente a assegurar ou transmitir
pressão de contato, devem ter adequada proteção contra ferrugem.

4.20.3.9. Se o corpo do terminal de aterramento é uma parte da estrutura ou invólucro de alumínio


ou liga de alumínio, devem ser tomados cuidados para evitar o risco de corrosão resultante do
contato entre o cobre e o alumínio ou suas ligas.

4.20.3.10. A ligação entre o terminal de aterramento ou contato de aterramento e partes de metal


aterradas, devem ser de baixa resistência.

21
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.20.3.11. Se as distâncias de separação da isolação básica em um circuito de extrabaixa tensão de


proteção são baseadas na tensão nominal do aparelho, este requisito não se aplica as ligações
fornecendo continuidade de aterramento no circuito de extrabaixa tensão de proteção.

4.21. Parafusos e Ligações

4.21.1. As fixações cuja falha pode comprometer a conformidade com este regulamento e as
ligações elétricas devem suportar as solicitações mecânicas que possam ocorrer em utilização
normal.

4.21.2. Os parafusos utilizados para estes propósitos não podem ser de metal mole ou sujeitos a
fluência tal como o zinco ou alumínio. Se forem de material isolante, devem ter diâmetro nominal
de pelo menos 3 mm e não podem ser utilizados em nenhuma ligação elétrica.

4.21.3. Os parafusos que transmitem pressão de contato elétrico ou para ligação que proporcionam
continuidade do aterramento devem ser atarraxados em metal.

4.21.4. Os parafusos não podem ser de material isolante se sua substituição por um parafuso
metálico pode prejudicar a isolação suplementar ou isolação reforçada. Os parafusos que podem ser
retirados quando da manutenção pelo usuário, não podem ser de material isolante se sua
substituição por um parafuso metálico pode prejudicar a isolação básica.

4.21.5. As ligações elétricas e ligações fornecendo continuidade de aterramento devem ser


projetadas de modo que a pressão de contato não seja transmitida através de material isolante
sujeito a contração ou distorção, salvo se houver elasticidade suficiente nas partes metálicas para
compensar qualquer possível contração ou distorção do material isolante.Este requisito não se
aplica a ligações elétricas em circuitos conduzindo uma corrente não excedendo 0,5 A.

4.21.6. Parafusos com rosca soberba não podem ser utilizados para ligação de partes condutoras de
corrente, salvo se estas partes são apertadas por tais parafusos diretamente em contato entre si.

4.21.7. Parafusos autoatarraxantes não podem ser utilizados para a ligação de partes condutoras de
corrente, a menos que produzam uma rosca de parafuso normalizada tipo máquina com forma
completa. Tais parafusos não podem ser utilizados se eles estão sujeitos a serem manuseados pelo
usuário ou instalador, salvo se a rosca é formada por operação de repuxo ou estampagem.

4.21.8. Parafusos com rosca soberba e autoatarraxante podem ser utilizados para proporcionar
continuidade de aterramento, desde que não seja necessário interromper a ligação em utilização
normal, durante a manutenção pelo usuário e durante a instalação e que ao menos dois parafusos
sejam utilizados para cada ligação.

4.21.9. Parafusos e porcas que fazem uma ligação mecânica entre partes diferentes do aparelho
devem ser protegidos contra o afrouxamento se eles também fazem ligações elétricas ou
proporcionam continuidade de aterramento.

4.22. Distâncias de escoamento, distâncias de separação e isolação sólida

4.22.1. Os aparelhos devem ser projetados de modo que as distâncias de escoamento, distâncias de
separação e isolação sólida sejam adequadas para resistir às solicitações elétricas as quais o
aparelho é provável de ser submetido.

22
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4.22.2. As distâncias de escoamento e distâncias de separação não podem ser menores do que os
valores em milímetros indicados na Tabela 4.

4.22.2.1. Caso ocorra uma tensão de ressonância entre o ponto onde um enrolamento e um capacitor
são ligados entre si e as partes metálicas separadas de partes vivas somente por isolação básica, as
distâncias de escoamento e distâncias de separação não podem ser menores do que os valores
especificados para o valor da tensão gerada pela ressonância, sendo estes valores acrescidos de 4
mm no caso de isolação reforçada.

Tabela 4 - Valores mínimos de distâncias de escoamento e distâncias de separação


Tensão de trabalho Tensão de trabalho Tensão de trabalho
Distâncias
≤ 130 V 130 ≤ 250 V 250 ≤ 480 V
Distância de Distância de Distância de Distância de Distância de Distância de
(mm)
Escoamento Separação Escoamento Separação Escoamento Separação
Entre partes vivas de
potenciais diferentesa
- se protegida contra
deposição de sujeira b 1,0 1,0 2,0 2,0 2,0 2,0
- se não protegida
contra deposição de
sujeira 2,0 1,5 3,0 2,5 4,0 3,0
- se enrolamentos com
verniz ou esmalte 1,5 1,5 2,0 2,0 3,0 3,0
- para resistores de
coeficiente de
temperatura positivo
(PTC), inclusive seus
fios de ligação, se
protegidos contra
deposição de umidade
ou sujeira b 1,0 1,0 1,0 1,0 - -
Entre partes vivas e
outras partes
metálicas sobre
isolação básica:
- se protegida contra
deposição de sujeira b 1,0 1,0 2,0 2,0 2,0 2,0
-se de cerâmica, mica
pura e material similar 1,0 1,0 2,5 c 2,5 c - -
-se de outro material 1,5 1,0 3,0 2,5 c - -
- se não protegida
contra deposição de
sujeira 2,0 1,5 4,0 3,0 - -
- se as partes vivas são
enrolamentos com
verniz ou esmalte 1,5 1,5 2,0 2,0 - -
- na extremidade de
elementos de
aquecimento tubulares
blindados 1,0 1,0 1,0e 1,0d - -
Entre partes vivas e
outras partes
metálicas sobre
isolação reforçada:
- se as partes vivas são
enrolamentos com
verniz ou esmalte 6,0 6,0 6,0 6,0 - -
- para outras partes
vivas 8,0 8,0 8,0 8,0 - -
Entre partes metálicas
separadas por isolação
suplementar 4,0 4,0 4,0 4,0 - -
23
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

Entre partes vivas em


reentrâncias na face
de montagem do
aparelho e a superfície
a qual ele é fixado 6,0 6,0 6,0 6,0
a
As distâncias de separação especificadas não se aplicam aos afastamentos entre os contatos de controles automáticos,
chaves com pequena distância de abertura entre os contatos e dispositivos similares ou a afastamentos entre os
elementos condutores de corrente de tais dispositivos onde as separações variam com o movimento dos contatos.
b
Em geral, o interior de um aparelho com um invólucro razoavelmente a prova de poeira é considerado como
protegido contra a deposição de sujeira, contanto que o aparelho não produza poeira em seu próprio interior, não sendo
exigida a selagem hermética.
c
Caso as partes sejam rígidas e fixadas por moldagem, ou se o projeto é tal que não há possibilidade de uma distância
ser reduzida por distorção ou deslocamento das partes, o valor pode ser reduzido para 2,0 mm.
d
Caso protegidos contra deposição de sujeira. A distância de 1 mm é permitida se as duas condições seguintes forem
atendidas:
a) O material isolante na extremidade do elemento tubular blindado é resistente ao trilhamento (ICT > 250) este
material pode ser pó de óxido de magnésio ou outro material de vedação;
b) O ambiente junto da extremidade do elemento tubular blindado é protegido por meio de uma cobertura de
proteção de sujeira. Esta cobertura deve estar próxima da extremidade do elemento, porém não
necessariamente em contato com o mesmo:
c) Em geral o invólucro do aparelho não assegura uma proteção suficiente;
d) Se um tampão ou bujão de cerâmica ou de borracha silicone é colocado na extremidade do elemento e
distâncias de escoamento e distâncias de separação normais aplicam-se a superfície externa do tampão ou do
bujão.
e
Caso sobre cerâmica, mica pura e materiais similares, protegidos contra deposição de sujeira. A distância de 1 mm é
permitida se as duas condições seguintes forem atendidas:
a) O material isolante na extremidade do elemento tubular blindado é resistente ao trilhamento (ICT > 250) este
material pode ser pó de óxido de magnésio ou outro material de vedação;
b) O ambiente junto da extremidade do elemento tubular blindado é protegido por meio de uma cobertura de
proteção de sujeira. Esta cobertura deve estar próxima da extremidade do elemento, porém não
necessariamente em contato com o mesmo:
c) Em geral o invólucro do aparelho não assegura uma proteção suficiente;
d) Se um tampão ou bujão de cerâmica ou de borracha de silicone é colocado na extremidade do elemento e
distâncias de escoamento e distâncias de separação normais aplicam-se a superfície externa do tampão ou do
bujão.

4.22.3. A distância através da isolação entre partes metálicas para tensões de trabalho até 250 V
inclusive, não pode ser menor do que 1,0 mm se tais partes estão separadas por isolação
suplementar e não pode ser menor que 2,0 mm se estão separadas por isolação reforçada.

4.22.3.1. Este requisito não se aplica se a isolação for aplicada sob a forma de uma folha fina de
materiais diferentes de mica ou materiais escamosos similares e:
a) Para isolação suplementar, consistir de pelo menos duas camadas, desde que cada uma das
camadas resista ao ensaio de tensão suportável para isolação suplementar;
b) Para isolação reforçada, consistir de pelo menos três camadas, desde que pelo menos duas
camadas juntas resistam ao ensaio de tensão suportável para isolação reforçada.

4.22.3.2. Este requisito também não se aplica se a isolação suplementar ou a isolação reforçadaé
inacessível e atendem a uma das seguintes condições:
a) A elevação máxima da temperatura determinada durante o ensaio não excede ao valor
especificado;
b) A isolação deve resistir ao ensaio de tensão suportável, após ter sido condicionada durante
168 h, em uma estufa com circulação forçada de ar, mantida em uma temperatura de 50 K
acima da elevação máxima de temperatura determinada durante o ensaio. Este ensaio deve
24
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

ser realizado na isolação na temperatura de estufa e após resfriar até aproximadamente a


temperatura ambiente.

4.23. Resistência ao calor e ao fogo

4.23.1. As partes externas de material não metálico, partes de material isolante que sustentam as
partes vivas, incluindo ligações e partes de material termoplástico proporcionando isolação
suplementar ou isolação reforçada, cuja deterioração possa prejudicar a conformidade do aparelho
com este regulamento, devem ser suficientemente resistentes ao calor. Este requisito não se aplica a
isolação ou a cobertura de cordões flexíveis ou fiação interna.

4.23.2. As partes de material não metálico devem ser resistentes à ignição e propagação de chama.
Este requisito não se aplica a acabamentos decorativos, botões rotativos e a outras partes não
sujeitas a inflamar-se e propagar chamas originadas do interior do aparelho.

4.23.3. Partes de material isolante que sustentam ligações condutoras de corrente superior a 0,5 A
durante o funcionamento normal, são submetidas ao ensaio de fio incandescente, o qual deve ser
realizado a temperatura de 750°C. Este ensaio é também realizado em partes em contato com tais
ligações ou muito próximo das mesmas.

4.23.4. Caso as partes não resistam ao ensaio de 4.22.3, o ensaio de chama de agulha é realizado em
todas as outras partes de material não metálico que estão a uma distância menor ou igual a 50 mm.
Entretanto, partes protegidas por uma barreira separada, que suporta o ensaio de chama de agulha,
não são ensaiadas.

4.24. Resistência ao enferrujamento


Partes ferrosas, cujo enferrujamento possa causar a não conformidade do aparelho com este RTQ,
devem ser adequadamente protegidas contra enferrujamento.

4.25. Radiação, toxicidade e riscos similares


Os aparelhos não podem emitir radiações perigosas ou apresentar toxicidade ou riscos similares.

25
ANEXO I DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

ANEXO I A
CLASSIFICAÇÃO DOS AQUECEDORES INSTANTÂNEOS DE ÁGUA ELÉTRICOS

1. Os Aquecedores Instantâneos de Água Elétricos são classificados em faixas de consumo,


conforme a Potência Nominal (Pnom) dos aparelhos, de acordo com a Tabela A.1.

Tabela A.1. Classificação dos Aquecedores Instantâneos de Água Elétricos


Consumo
Pnom 2400 W
2400 Pnom 3500 W
3500 Pnom 4600 W
4600 Pnom 5700 W
5700 Pnom 6800 W
6800 Pnom 7900 W
7900 Pnom 9000 W

26
ANEXO II DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/ XXXX

ANEXO II
REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE PARA
AQUECEDORES INSTANTÂNEOS DE ÁGUA ELÉTRICOS

1 OBJETIVO
Estabelecer critérios e procedimentos de avaliação da conformidade para aquecedores instantâneos
de água elétricos, com foco na segurança e no desempenho, através do mecanismo de
certificação,visando à prevenção de acidentes e a classificação de potência elétrica nominal.

1.1 Agrupamento para efeitos de Certificação


Para a certificação do objeto deste RAC, aplica-se o conceito de família.

2 SIGLAS
Para fins deste RAC, são adotadas as siglas a seguir, complementadas pelas siglas contidas nos
documentos complementares citados no item 3 desse RAC:

ENCE Etiqueta Nacional de Conservação e Energia

3 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Para fins desteRAC, são adotados os seguintes documentos complementares:

Norma ABNT NBR 16305:2014 Aparelhos elétricos fixos de aquecimento instantâneo


de água – Requisitos de desempenho e segurança
Norma ABNT NBR 12087:1991 Chuveiros elétricos - Determinação da potência
elétrica - Método de ensaio
Norma ABNT NBR 12088:1991 Chuveiros elétricos - Determinação da pressão mínima
de funcionamento e incremento máximo de
temperatura - Método de ensaio
Norma ABNT NBR 12089:1991 Chuveiros elétricos - Determinação do consumo de
energia elétrica - Método de ensaio
Norma ABNT NBR 14013:2016 Aquecedores instantâneos de água e torneiras elétricas
— Determinação da potência elétrica — Métodos de
ensaio
Norma ABNT NBR 14016:2016 Aquecedores instantâneos de água e torneiras elétricas
— Determinação da corrente de fuga — Método de
ensaio
Aparelhos eletrodomésticos fixos de aquecimento
Norma ABNT NBR 15001:2003 instantâneo de água - Determinação da eficiência
energética
Portaria Inmetro nº 118, de 06 de março Requisitos Gerais de Certificação de Produto – RGCP.
de 2015 e suas substitutivas
Portaria Inmetro nº 164, de 05 de abril Cientifica que os objetos sujeitos à avaliação da
de 2012e sua substitutiva conformidade, no âmbito do Programa Brasileiro de
Etiquetagem (PBE), deverão ostentar, no ponto de
venda, de forma claramente visível ao consumidor, a
Etiqueta Nacional de Conservação de Energia –
ENCE.
Portaria Inmetro nº 248, de 25 de maio Aprova o Vocabulário Inmetro de Avaliação da
de 2015 Conformidade.
ABNT NBR 5426:1985 Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção
por Atributos

1
ANEXO II DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

4 DEFINIÇÕES
Para fins deste RAC, são adotadas as definições a seguir, complementadas pelas definições contidas
nos documentos complementares citados no item 3.

4.1 Família
Conjunto de modelos de mesma tensão nominal que apresentam princípios funcionais e de
construção mecânica e elétrica semelhantes.

Tabela 1. Famílias de Aquecedores Instantâneos de Água Elétricos


Tipo de Aquecedor Família Descrição da família

A1 Chuveiros e duchas com elemento de aquecimento nu


Chuveiros e duchas com elemento de aquecimento
A2
Chuveiros e Duchas blindado
A3 Chuveiros com carcaça metálica
A4 Chuveiros e duchas eletrônicos
B1 Torneiras
Torneiras
B2 Torneiras articuláveis
Aquecedores de água de passagem individuais com
C1
elemento de aquecimento nu
Aquecedores de água de passagem Aquecedores de água de passagem individuais com
C2
elemento de aquecimento blindado
C3 Aquecedores de água de passagem centrais
Aquecedores de banheiras de
D1 Aquecedores de banheiras de hidromassagem
hidromassagem

4.2 Modelo
Conjunto de aparelhos da mesma família que apresentam diferentes valores de potência elétrica
nominal.

4.3 Versão
Aparelhos de um mesmo modelo que:
a) Em um todo, têm a mesma apresentação visual;
b) Podem ter diferentes acabamentos, por exemplo, cromado, branco, bege, dourado, etc., ou
ainda uma combinação particular de diferentes acabamentos, mas de mesma forma
construtiva;
c) Podem incluir ou excluir acessórios que não alteram os princípios de funcionamento do
produto, por exemplo, tubos de extensão, mangueiras flexíveis, duchas manuais, etc.

5 MECANISMO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE


O mecanismo de Avaliação da Conformidade para Aquecedores Instantâneos de Água Elétricos é o
da certificação.

6 ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE


Este RAC estabelece os Modelos de Certificação 5 e 1b.

2
ANEXO II DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

6.1 Modelo de Certificação 5

6.1.1 Avaliação Inicial

6.1.1.1 Solicitação de Certificação


O fornecedor deve encaminhar uma solicitação formal ao OCP, fornecendo a documentação
descrita no RGCP.

6.1.1.2 Análise da Solicitação e da Conformidade da Documentação


Os critérios de Análise da Solicitação e da Conformidade da Documentação devem seguir os
requisitos estabelecidos no RGCP.

6.1.1.3 Auditoria Inicial do Sistema de Gestão

6.1.1.3.1 Os critérios de Auditoria Inicial do Sistema de Gestão devem seguir os requisitos


estabelecidos no RGCP.

6.1.1.3.2 Faz parte destas avaliações o acompanhamento da fabricação dos modelos de produtos que
integram o escopo de certificação, bem como a confirmação de que os ensaios de rotina definidosno
item 6.1.2.1.1 estão sendo executados.

6.1.1.4 Plano de Ensaios Iniciais


Os critérios do Plano de Ensaios Iniciais devem seguir as condições gerais descritas no RGCP.

6.1.1.4.1 Definição dos Ensaios a serem Realizados


A demonstração da conformidade na etapa de avaliação inicial é aplicável para cada modelo de
aquecedor, devendo ser realizada conforme a tabela 2.

Tabela 2. Procedimentos para avaliação da conformidade


Procedimento
Item do RTQ Ensaio
Base normativa Item
4.1 Inspeção visual - -
4.2 a 4.5 Avaliação da conformidade ABNT NBR 16305 Íntegra
4.6 Corrente de fuga ABNT NBR 14016 Íntegra
4.7.1 Potência absorvida ABNT NBR 12087 e ABNT NBR 14013 Íntegra
4.7.2 Classificação Anexo I A Integra
4.7.3 e 4.7.4 Consumo ABNT NBR 12089 Íntegra
4.7.5 Eficiência energética ABNT NBR 15001 Íntegra
4.8.1 e 4.8.2 Pressão de acionamento ABNT NBR 12088 Íntegra
4.8.3 Incremento de temperatura ABNT NBR 12088 Íntegra
4.9 a 4.25 Avaliação da conformidade ABNT NBR 16305 Íntegra

6.1.1.4.2 Definição da Amostragem

6.1.1.4.2.1 Os critérios da Definição da Amostragem devem seguir as condições gerais descritas no


RGCP, além das seguintes.

6.1.1.4.2.2 A coleta da amostra deve ser realizada de forma aleatória no processo produtivo do
produto objeto da solicitação, desde que o produto já tenha sido inspecionado e liberado pelo
controle de qualidade da fábrica, ou na área de expedição, em embalagens prontas para
comercialização.

6.1.1.4.2.3 As amostras devem ser coletadas conforme a Tabela 3.

3
ANEXO II DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

Tabela 3. Coleta de amostras para os ensaios de avaliação inicial

Item Ensaios Amostra Inicial

3 unidades (prova, contraprova e testemunha) de todos os


1 Todos os ensaios
modelos da família.

6.1.1.4.2.4 A amostra deve ser identificada, lacrada e encaminhada ao laboratório para ensaio, de
acordo com o estabelecido em procedimento específico do OCP.

6.1.1.4.2.5 Todos os ensaios citados na Tabela 2 devem ser realizados.

6.1.1.4.2.6 Os ensaios iniciais para a obtenção da certificação não podem ser realizados em
protótipos.

6.1.1.4.3 Definição do Laboratório


A definição de laboratório deve seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

6.1.1.5 Tratamento de Não Conformidades na Etapa de Avaliação Inicial


Os critérios para tratamento de não conformidades na etapa de avaliação inicial devem seguir os
requisitos estabelecidos no RGCP.

6.1.1.6 Emissão do Certificado de Conformidade


Os critérios para emissão do Certificado de Conformidade na etapa de avaliação inicial devem
seguir as condições descritas no RGCP. O Certificado de Conformidade deve ter validade de 4
(quatro) anos. Além dos requisitos mínimos descritos no RGCP, deve ser anexada proposta de
Etiqueta Nacional de Conservação de Energia – ENCE preenchida para os produtos certificados.

6.1.1.6.1 No certificado de conformidade, o modelo dever ser notado da seguinte forma:


Marca Modelo (Designação Comercial do Descrição (Descrição Técnica do
Modelo e Códigos de referência Modelo)
comercial, se existentes) - Tensão
- Potência
- Material da carcaça
- Elemento de aquecimento
- Aterramento
- Acessórios

6.1.2 Avaliação deManutenção


Depois da concessão do Certificado de Conformidade, o acompanhamento da Certificação é
realizado pelo OCP para constatar se as condições técnico-organizacionais que deram origem à
concessão inicial da certificação continuam sendo cumpridas.
A avaliação de manutenção deve ser realizada a cada 12 (doze) meses e abranger os requisitos
descritos em 6.1.1.3.

6.1.2.1 Plano de Ensaios de Manutenção


Os ensaios de manutenção devem ser realizadosa cada 12 (doze) mesesou sempre que existirem
fatos que recomendem a realização antes deste período.

6.1.2.1.1 Ensaios de rotina

4
ANEXO II DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

6.1.2.1.1.1 Os ensaios de rotina para controle da qualidade do produto são de responsabilidade do


fabricante e devem ser realizados na fábrica, em 100% dos produtos prontos, antes da sua
embalagem final.

6.1.2.1.1.2 Os ensaios de rotina (continuidade do aterramento, tensão suportável, potência elétrica e


pressão mínima de funcionamento) devem ser realizados conforme plano estabelecido pelo
fabricante.

6.1.2.1.1.3 Os registrosda realização dos ensaios de rotina deverão ser disponibilizados para
verificação do OCP nas Auditorias de Manutenção ou sempre que solicitado.

6.1.2.1.2 Definição dos Ensaios a serem realizados


A demonstração da conformidade na etapa de manutenção é aplicável para cada família de
aquecedor devendo ser realizada conforme a tabela 2.

6.1.2.1.3 Definição da Amostragem de Manutenção


Os critérios da Definição da Amostragem de Manutenção devem seguir os requisitos estabelecidos
no RGCP, além dos seguintes.

6.1.2.1.3.1 O OCP deve coletar amostras para os ensaios de manutenção de acordo com o
especificado na Tabela 4.

Tabela 4. Coleta de amostras para os ensaios de manutenção


Item Ensaios 1ª. Manutenção 2ª. Manutenção 3ª. Manutenção
3 unidades (prova, contraprova e testemunha) de 1/3 dos
1 Todos os ensaios
modelosde cada família

6.1.2.1.3.2 Todos os ensaios citados no item 1 da Tabela 4 devem ser realizados.

6.1.2.1.3.3 Ao final da 3ª manutenção, todos os modelos da família devem ter sido ensaiados nas
manutenções.

6.1.2.1.4 Definição do Laboratório


A definição de laboratório deve seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

6.1.2.2 Tratamento de não conformidades na etapa de Avaliação de Manutenção


Os critérios para tratamento de não conformidades na etapa de avaliação de manutenção devem
seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

6.1.2.3 Confirmação da Manutenção


Os critérios de confirmação da manutenção devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

6.1.3 Avaliação de Recertificação


Os critérios gerais de avaliação para a recertificação estão contemplados no RGCP.

6.2 Modelo de Certificação 1b

6.2.1 AvaliaçãoInicial

6.2.1.1 Solicitação de Certificação


O fornecedor deve encaminhar uma solicitação formal ao OCP, fornecendo a documentação
descrita no RGCP.

5
ANEXO II DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

Nota: Os lotes de certificação são compostos por produtos de uma mesma família, mesmo que de
diferentes lotes de fabricação. Cabe ao OCP identificar o tamanho do lote de certificação, tendo
como base os critérios de famílias estabelecidos neste RAC.

6.2.1.2 Análise da Solicitação e da Conformidade da Documentação


Os critérios de Análise da Solicitação e da Conformidade da Documentação devem seguir os
requisitos descritos no RGCP.

6.2.1.3 Plano de Ensaios


Os critérios do Plano de Ensaios devem seguir os requisitos descritos no RGCP.

6.2.1.3.1 Definição dos ensaios a serem realizados

6.2.1.3.1.1 Os ensaios que devem ser realizados aplicáveis para cada modelo de aquecedor estão
listados na tabela 2.

6.2.1.3.1.2 Os valores de potência, consumo, pressão de funcionamento e eficiência elétricos


calculados nos ensaios de manutenção para cada modelo devem ser obtidos pela média aritmética
entre os valores das unidades da amostra.

6.2.1.3.1.3 A tolerância máxima aceita para o desvio dos valores de potência, consumo e eficiência
elétricos entre as unidades da amostra é de ± 5% (cinco porcento).

6.2.1.3.2 DefiniçãodaAmostragem

6.2.1.3.2.1 O OCP é responsável por presenciar a coleta das amostras do objeto a ser certificado.

6.2.1.3.2.2 A coleta deve ser realizada pelo OCP no(s) lote(s) disponível(is) no Brasil, antes de sua
comercialização. Não são realizados ensaios de contraprova e testemunha.

6.2.1.3.2.3 O tamanho da amostra, por modelo, deve ser determinado conforme a norma ABNT
NBR 5426, com plano de amostragem simples, distribuição normal, nível de inspeção S1 e NQA de
2,5.

6.2.1.3.2.4 A coleta da amostra deve ser realizada com base na quantidade comprovada no
momento da solicitação de certificação.

6.2.1.3.2.5 Não são realizados ensaios de contraprova e testemunha

6.2.1.3.2.6 No caso de importação fracionada, a coleta da amostra somente deve ser realizada após
o recebimento de todas as frações subsequentes do lote.

6.2.1.3.2.7 As importações posteriores do mesmo lote estarão sujeitas a nova amostragem.

6.2.1.3.3 Definição do laboratório


A definição de laboratório deve seguir as condições descritas no RGCP.

6.2.1.4 Tratamento de Não Conformidades no Processo de Avaliação de Lote


Caso haja reprovação do lote, este não deve ser liberado para comercialização e o fornecedor deve
providenciar a destruição do mesmo ou a devolução ao país de origem (quando tratar-se de
importação) com documentação comprobatória da providência. No caso de produto nacional, o
OCP deve avaliar a possibilidade de reclassificação ou destruição do lote.

6
ANEXO II DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/2016

6.2.1.5 Emissão do Certificado de Conformidade


Os critérios para emissão do Certificado de Conformidade na etapa de avaliação inicial devem
seguir as condições descritas no RGCP.

7 TRATAMENTO DE RECLAMAÇÕES
Os critérios para tratamento de reclamações devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

8 ATIVIDADES EXECUTADAS POR OCP ACREDITADO POR MEMBRO DO MLA DO


IAF
Os critérios para atividades executadas por OCP acreditado por membro do MLA do IAF devem
seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

9 TRANSFERÊNCIA DA CERTIFICAÇÃO
Os critérios para transferência da certificação devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

10 ENCERRAMENTO DA CERTIFICAÇÃO
Os critérios para encerramento da certificação devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

11 SELO DE IDENTIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE


Os critérios gerais para o Selo deIdentificação da Conformidade estão contemplados no RGCP e no
Anexo III desta Portaria.

12 RESPONSABILIDADES E OBRIGAÇÕES
Os critérios para responsabilidades e obrigações devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

13 PENALIDADES
Os critérios para aplicação de penalidades devem seguir os requisitos estabelecidos no RGCP.

7
ANEXO III DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/ 2016

ANEXO III
SELO DE IDENTIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE

Condições de aplicação e uso da ENCE

Superfície que será aplicada: Plana Curva Lisa Rugosa

Natureza da superfície: Vidro Papel Plástico ou material sintético


Metálica Madeira Borracha Outros (especificar):

Tempo esperado de vida útil da ENCE em anos: 5 (cinco)

Solicitações demandadas durante o manuseio do produto: transporte e armazenamento

Aplicação: Manual Mecanizada

A ENCE deve ser aposta na embalagem dos aparelhos.A ENCE indica a Potência Nominal
superior da faixa de consumo de energia elétrica em que o aparelho se encontra. Dessa forma, o
consumidor poderá distinguir a faixa de consumo do aparelho em relação aos demais no mercado
nacional, por ocasião da sua decisão de compra.

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